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Resumos Para Provas & Concursos
LEI 8.429, DE 2 JUNHO DE 1992.
O objetivo desse material é destacar os tópicos mais importantes e
consequentemente mais cobrados, evitando um estudo improdutivo e acelerando
seu aprendizado. Incluindo quadros resumos e questões comentadas.
SUMÁRIO
PG DESCRIÇÃO
2 CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais
3 CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade Administrativa
3 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento
Ilícito
4 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
6 Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou
Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
6 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios
da Administração Pública
7 CAPÍTULO III - Das Penas
8 CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens
9 CAPÍTULO V - Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
10 CAPÍTULO VI - Das Disposições Penais
11 CAPÍTULO VII - Da Prescrição
11 Questões comentadas – lei 8.429
18 Fim das questões comentadas
OBS: Esse conteúdo é um material demonstrativo. Portanto contém alguns recortes
do conteúdo completo, caso queira conhecer o todo o material da lei 8.429! Clique
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CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou SEM remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela
estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
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Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário
os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo
inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do
indiciado.
A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que
assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da
Administração Pública
Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
Viole os
deveres
de:
Honestidade
Imparcialidade
Legalidade
Lealdade
Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de
acordo com a gravidade do fato:
I - na hipótese do art. 9° (Enriquecimento ilícito), perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos,
pagamento de multa civil de até 3X o valor do acréscimo patrimonial e proibição
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
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creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos;
ENRIQUECIMENTO
ILÍCITO
- Perda dos bens;
- Ressarcimento integral;
- Perda da função pública;
- Suspensão direitos políticos de 8 a 10 anos;
- Multa civil de até 3X o valor do acréscimo;
- Proibição de contratar com o poder público de 10 anos.
II - na hipótese do art. 10 (Prejuízo ao erário), ressarcimento integral do dano,
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8
anos, pagamento de multa civil de até 2x o valor do dano e proibição de contratar
com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de 5 anos;
PREJUÍZO
AO
ERÁRIO
- Ressarcimento integral;
- Perda dos bens, se concorrer;
- Perda da função pública;
- Suspensão direitos políticos de 5 a 8 anos;
- Multa civil de até 2X o valor do dano;
- Proibição de contratar com o poder público de 5 anos.
III - na hipótese do art. 11 (Crimes contra a administração pública),
ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de 3 a 5 anos, pagamento de multa civil de até 100X o valor
da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de 3 anos.
CRIMES CONTRA
A ADM. PÚBLICA
- Ressarcimento integral, se houver;
- Perda da função pública;
- Suspensão direitos políticos de 3 a 5 anos;
- Multa civil de até 100X o valor da remuneração;
- Proibição de contratar com o poder público de 5 anos.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A (Concessão ou Aplicação Indevida de
Benefício Financeiro ou Tributário), perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de 5 a 8 anos e multa civil de até 3X o valor do benefício financeiro
ou tributário concedido.
CONCESSÃO - Perda da função pública;
- Suspensão direitos políticos de 5 a 8 anos;
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INDEVIDA - Multa civil de 3X o valor de benefício.
Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano
causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPÍTULO IV
Da Declaração de Bens
A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de
declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
arquivada no serviço de pessoal competente.
Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao
Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo
competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.
Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens,
contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos
termos da lei e dos tratados internacionais.
A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público
ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida
cautelar.
É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.
O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser
instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 15 dias.
Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de 30 dias, em decisão fundamentada,
rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da
improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de 6 a 10 meses e multa.
Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos
danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
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A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com
o trânsito em julgado da sentença condenatória.
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:
I - até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de
exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o
desta Lei.
QUESTÕES COMENTADAS – LEI 8429
1. (FUNDEP/UFVJM-MG/2017) Analise as afirmativas a seguir sobre a Lei de
Improbidade Administrativa (Lei Nº 8.429, de 2 de junho de 1992).
I. A Lei é exclusivamente aplicável aos servidores públicos, não alcançando os
agentes políticos.
II. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente não se sujeita às cominações da Lei.
III. Constitui ato de improbidade administrativa receber vantagem econômica de
qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência
ou declaração a que o agente público esteja obrigado.
Segundo o que dispõe a referida Lei, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Antônio Carlos
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I. INCORRETA. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente
público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por
cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
II. INCORRETA. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público
ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do
valor da herança.
III. CORRETA. Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,
para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
GABARITO: LETRA C
4. (FCC/TRT-24ª REGIÃO-MS/2017) Joaquim, diretor de autarquia estadual,
contratou, sem concurso público, três pessoas para integrarem o quadro de
servidores da mencionada entidade. Alguns meses após a contratação, o Ministério
Público ajuizou ação de improbidade administrativa contra Joaquim, sob o
fundamento de que foi frustrada a licitude de concurso púbico, pleiteando sua
condenação pela prática de ato ímprobo que atenta contra os princípios da
Administração pública. Ao longo do citado processo, restou demonstrado que
Joaquim, de fato, frustrou a licitude de concurso público. Nos termos da Lei nº
8.429/1992,
a) a conduta praticada por Joaquim apenas configurará ato de improbidade
administrativa se for comprovada a ocorrência de dano ao erário.
b) o ato ímprobo praticado por Joaquim restará configurado mesmo que ausente o
dolo, desde que presente a conduta culposa.
c) está incorreto o enquadramento feito pelo Ministério Público, pois a conduta de
Joaquim enquadra-se em outra modalidade de ato ímprobo, qual seja, ato ímprobo
causador de prejuízo ao erário.
d) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja
condenado, Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à proibição de
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de cinco anos.
Antônio Carlos
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e) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja
condenado, Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à suspensão dos
direitos políticos de três a cinco anos.
COMENTÁRIOS:
Conforme a Lei 8.429. Art. 11, V - frustrar a licitude de concurso público; Art. 12,
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da
função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento
de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
TIPO SUSP. DIR. POL PROIB. CONTRAT. MULTA
ENRIQ. ILÍCITO
(DOLO)
8 A 10 ANOS 10 ANOS Até 3X ACRESC.
PATRIMONIAL.
PREJ. ERÁR. (DOLO
OU CULPA)
5 A 8 ANOS 5 ANOS ATÉ 2X VALOR O
DANO
CONTRA PRINCÍP.
(DOLO)
3 A 5 ANOS 3 ANOS ATÉ 100X VALOR DA
REMUNERAÇÃO
GABARITO: LETRA E
Antônio Carlos
Resumos Para Provas & Concursos
Antônio Carlos
Resumos Para Provas & Concursos
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 - Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
O objetivo desse material é destacar os tópicos mais importantes e
consequentemente mais cobrados, evitando um estudo improdutivo e acelerando
seu aprendizado. Incluindo quadros resumos e questões comentadas.
SUMÁRIO
PG DESCRIÇÃO
2 Das Regras Deontológicas
4 Dos Principais Deveres do Servidor Público
6 Das Vedações ao Servidor Público
7 Das comissões de ética
8 Quadro Resumo – Decreto 1.171
8 Questões - Início
11 Questões - Fim
Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
implementarão, em 60 dias, as providências necessárias à plena vigência do Código
de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética,
integrada por 3 servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
permanente.
O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o
injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o
mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior
do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
É vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências,
para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
Antônio Carlos
Resumos Para Provas & Concursos
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que
deles dependam;
A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.
QUESTÕES COMENTADAS – DECRETO 1.171
1. (IF SERTÃO – PE/IF SERTÃO – PE/2016) Com base no Decreto nº 1.171/94, é
correto afirmar:
a) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano material.
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, integra-se
na vida particular de cada servidor público, embora os fatos e atos verificados na
conduta do dia-a-dia, em sua vida privada, não possam interferir negativamente no
seu bom conceito na vida funcional.
c) Toda ausência justificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas
relações humanas.
d) Em qualquer caso, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético
contra o bem comum, imputável a quem a negar.
e) O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta,
tendo que decidir, sobretudo, entre o honesto e o desonesto.
COMENTÁRIOS:
De acordo com DECRETO Nº 1.171/94:
a) ERRADO - IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço
público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga
seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral.
b) ERRADO - VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e
atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
c) ERRADO - XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é
fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.
Antônio Carlos
Resumos Para Provas & Concursos
d) ERRADO - VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou
interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em
processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a
quem a negar.
e) CORRETO - II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético
de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo
e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
GABARITO: LETRA A

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Lei 8.429 de 1992: atos de improbidade administrativa e suas penalidades

  • 1.
  • 2. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos LEI 8.429, DE 2 JUNHO DE 1992. O objetivo desse material é destacar os tópicos mais importantes e consequentemente mais cobrados, evitando um estudo improdutivo e acelerando seu aprendizado. Incluindo quadros resumos e questões comentadas. SUMÁRIO PG DESCRIÇÃO 2 CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais 3 CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade Administrativa 3 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito 4 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 6 Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário 6 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública 7 CAPÍTULO III - Das Penas 8 CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens 9 CAPÍTULO V - Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial 10 CAPÍTULO VI - Das Disposições Penais 11 CAPÍTULO VII - Da Prescrição 11 Questões comentadas – lei 8.429 18 Fim das questões comentadas OBS: Esse conteúdo é um material demonstrativo. Portanto contém alguns recortes do conteúdo completo, caso queira conhecer o todo o material da lei 8.429! Clique aqui. CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou SEM remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
  • 3. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: Viole os deveres de: Honestidade Imparcialidade Legalidade Lealdade Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: I - na hipótese do art. 9° (Enriquecimento ilícito), perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos, pagamento de multa civil de até 3X o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
  • 4. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos; ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - Perda dos bens; - Ressarcimento integral; - Perda da função pública; - Suspensão direitos políticos de 8 a 10 anos; - Multa civil de até 3X o valor do acréscimo; - Proibição de contratar com o poder público de 10 anos. II - na hipótese do art. 10 (Prejuízo ao erário), ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos, pagamento de multa civil de até 2x o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 anos; PREJUÍZO AO ERÁRIO - Ressarcimento integral; - Perda dos bens, se concorrer; - Perda da função pública; - Suspensão direitos políticos de 5 a 8 anos; - Multa civil de até 2X o valor do dano; - Proibição de contratar com o poder público de 5 anos. III - na hipótese do art. 11 (Crimes contra a administração pública), ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, pagamento de multa civil de até 100X o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos. CRIMES CONTRA A ADM. PÚBLICA - Ressarcimento integral, se houver; - Perda da função pública; - Suspensão direitos políticos de 3 a 5 anos; - Multa civil de até 100X o valor da remuneração; - Proibição de contratar com o poder público de 5 anos. IV - na hipótese prevista no art. 10-A (Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos e multa civil de até 3X o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. CONCESSÃO - Perda da função pública; - Suspensão direitos políticos de 5 a 8 anos;
  • 5. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos INDEVIDA - Multa civil de 3X o valor de benefício. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. CAPÍTULO IV Da Declaração de Bens A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar. É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput. O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 15 dias. Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de 30 dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de 6 a 10 meses e multa. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
  • 6. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. CAPÍTULO VII Da Prescrição As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. III - até 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. QUESTÕES COMENTADAS – LEI 8429 1. (FUNDEP/UFVJM-MG/2017) Analise as afirmativas a seguir sobre a Lei de Improbidade Administrativa (Lei Nº 8.429, de 2 de junho de 1992). I. A Lei é exclusivamente aplicável aos servidores públicos, não alcançando os agentes políticos. II. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente não se sujeita às cominações da Lei. III. Constitui ato de improbidade administrativa receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que o agente público esteja obrigado. Segundo o que dispõe a referida Lei, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) I, apenas b) I e II, apenas. c) III, apenas. d) I, II e III. COMENTÁRIOS:
  • 7. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos I. INCORRETA. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. II. INCORRETA. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. III. CORRETA. Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; GABARITO: LETRA C 4. (FCC/TRT-24ª REGIÃO-MS/2017) Joaquim, diretor de autarquia estadual, contratou, sem concurso público, três pessoas para integrarem o quadro de servidores da mencionada entidade. Alguns meses após a contratação, o Ministério Público ajuizou ação de improbidade administrativa contra Joaquim, sob o fundamento de que foi frustrada a licitude de concurso púbico, pleiteando sua condenação pela prática de ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração pública. Ao longo do citado processo, restou demonstrado que Joaquim, de fato, frustrou a licitude de concurso público. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, a) a conduta praticada por Joaquim apenas configurará ato de improbidade administrativa se for comprovada a ocorrência de dano ao erário. b) o ato ímprobo praticado por Joaquim restará configurado mesmo que ausente o dolo, desde que presente a conduta culposa. c) está incorreto o enquadramento feito pelo Ministério Público, pois a conduta de Joaquim enquadra-se em outra modalidade de ato ímprobo, qual seja, ato ímprobo causador de prejuízo ao erário. d) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja condenado, Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.
  • 8. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos e) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja condenado, Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos. COMENTÁRIOS: Conforme a Lei 8.429. Art. 11, V - frustrar a licitude de concurso público; Art. 12, III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. TIPO SUSP. DIR. POL PROIB. CONTRAT. MULTA ENRIQ. ILÍCITO (DOLO) 8 A 10 ANOS 10 ANOS Até 3X ACRESC. PATRIMONIAL. PREJ. ERÁR. (DOLO OU CULPA) 5 A 8 ANOS 5 ANOS ATÉ 2X VALOR O DANO CONTRA PRINCÍP. (DOLO) 3 A 5 ANOS 3 ANOS ATÉ 100X VALOR DA REMUNERAÇÃO GABARITO: LETRA E
  • 9. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos
  • 10. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 - Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O objetivo desse material é destacar os tópicos mais importantes e consequentemente mais cobrados, evitando um estudo improdutivo e acelerando seu aprendizado. Incluindo quadros resumos e questões comentadas. SUMÁRIO PG DESCRIÇÃO 2 Das Regras Deontológicas 4 Dos Principais Deveres do Servidor Público 6 Das Vedações ao Servidor Público 7 Das comissões de ética 8 Quadro Resumo – Decreto 1.171 8 Questões - Início 11 Questões - Fim Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em 60 dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por 3 servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. É vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
  • 11. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. QUESTÕES COMENTADAS – DECRETO 1.171 1. (IF SERTÃO – PE/IF SERTÃO – PE/2016) Com base no Decreto nº 1.171/94, é correto afirmar: a) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano material. b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, integra-se na vida particular de cada servidor público, embora os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia, em sua vida privada, não possam interferir negativamente no seu bom conceito na vida funcional. c) Toda ausência justificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. d) Em qualquer caso, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. e) O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta, tendo que decidir, sobretudo, entre o honesto e o desonesto. COMENTÁRIOS: De acordo com DECRETO Nº 1.171/94: a) ERRADO - IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. b) ERRADO - VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. c) ERRADO - XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
  • 12. Antônio Carlos Resumos Para Provas & Concursos d) ERRADO - VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. e) CORRETO - II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. GABARITO: LETRA A