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Capítulo 11 - Usinabilidade
Usinagem para Engenharia
A.C. Araujo a
, A.L. Mougo b
e F.O. Campos c
.
a
araujo@insa-toulouse.fr, INSA-Toulouse, Institute Clément Ader, França
b
adriane.mougo@cefet-rj.br, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, Brasil
c
fabio.campos@cefet-rj.br, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, Brasil
Slides propostos
Setembro de 2020
O conceito de usinabilidade
Representa a facilidade em usinar um material em um sistema de usinagem
com uma ferramenta de corte (material e geometria específicas)
sob determinada condição de corte (parâmetros)
com uma máquina-ferramenta específica
realizando um processo de usinagem determinado.
As vezes é comum restringir a apenas ao material da peça, uma simplificação.
Tipos de ensaios para usinabilidade:
O ensaio de longa duração utiliza o critério da vida da ferramenta sob condições
normais de corte e, por isso, consomem um período de tempo longo e bastante material
para ser usinado;
O ensaio de curta duração utiliza também outros critérios de usinabilidade e consome
menos material pois é realizado em um de tempo de usinagem mais curto.
1 14
Critérios de Usinabilidade
Quase todos os critérios utilizados na avaliação de usinabilidade dizem respeito à capacidade
produtiva do sistema ou à qualidade da usinagem. São eles:
vida da ferramenta,
força de corte,
rugosidade da superfície usinada
morfologia do cavaco
tendência a formar rebarba
facilidade dese atingir uma tolerância dimensional especificada
geração de tensão residual na superfície usinada
temperatura máxima alcançada durante o corte.
Os critérios possuem interdependências!
A utilização de um critério depende da aplicação desejada.
2 14
Cap. 11 - Usinabilidade
Índice de usinabilidade
O índice de usinabilidade IU é um coeficiente normalizado para calcular a
usinabilidade de uma referência cujo índice será igual a 1.
É obtido através da comparação da curva do desgaste de flanco de cada sistema (ou cada
material), ou seja, em um ensaio de longa duração.
É calculado pela relação percentual entre as velocidades de corte que cada material
alcança o mesmo tempo de vida T.
IU =
νm
60
νref
60
× 100% (1)
νref
T = velocidade de corte para um tempo de vida de uma referência
νm
T = velocidade de corte para um tempo de vida T do sistema (ou material) analisado
Uma prática é utilizar o tempo de vida de 60 minutos (νm
60).
3 14
Cap. 11 - Usinabilidade
Table 1: Exemplos de índices de usinabilidade apresentados por [Groover 2014]1
.
Material Dureza (HBN) Índice de
Usinabilidade (%)
Ligas de alumínio moles ver nota a 200
Latão ver nota a 200
Ligas de alumínio duras ver nota a 125
Material padrão: B1112 180-220 100
Aço inoxidável 416 190-210 90
Aços de médio-carbono 140-210 65
Aços de alto-carbono 180-230 55
Aços de baixo-carbono 130-170 50
1
Groover, M. P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora LTC, 2014.
4 14
Imagem de desgaste em ensaio de curta duração
Figura 1: Imagem apresentando KB e KF obtidas por microscopia [Ribeiro 2019]2
2
RIBEIRO, K. S. B.Monitoramento da condição da ferramenta no microfresamento por sinais de potência e emissão
acústica. Dissertação (Mestrado) — Universidade de São Paulo, 2019
5 14
Cap. 11 - Usinabilidade
Força de corte como critério de usinabilidade
Um sistema de usinagem possui melhor usinabilidade que uma referência se apresenta forças
de corte menores.
É possível comparar o comportamento de uma componente da força de usinagem ou
utilizando a força resultante;
Também é utilizado comparar a força específica de corte: quanto maior a força
específica, pior a usinabilidade;
Ainda, é possível calcular a potência necessária em cada caso e comparar diretamente.
6 14
Cap. 11 - Usinabilidade
-10 -5 0 5 10 15 20 25
Comprimento usinado (mm)
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Força
de
Avanço
(N)
Força de furação em placas laminadas - Institut Clement Ader
Transição
Liga de
Titânio
Alumínio
Figura 2: Furação de um placa laminada de Ti-6Al-4V e alumínio AA2024 3
3
Imagem cedida pelo grupo Radical do Institute Clément Ader
7 14
Cap. 11 - Usinabilidade
Rugosidade da peça como critério de usinabilidade
Segundo este critério, um material terá melhor usinabilidade que outro quando para as
mesmas considerações de corte, ele apresentar uma rugosidade menor.
Morfologia do cavaco como critério de usinabilidade
Quando um material é comparado com outro sob as mesmas considerações de usinagem,
diz-se que um possui melhor usinabilidade se durante o corte há produção de cavacos
descontínuos e os cavacos são retirados da região de corte rapidamente.
8 14
Cap. 11 - Usinabilidade
Elementos do sistema que alteram a usinabilidade e seus fatores
Material de trabalho: Propriedades mecânicas, químicas ou físicas e a microestrutura;
Ferramenta de corte: Um fator essencial é a afinidade química entre o material da
ferramenta e da peça;
Condições de corte: Parâmetros de corte (avanço, velocidade de corte e profundidade
de corte) e o meio no qual o processo irá ocorrer,ou seja, se será utilizado algum fluído
de corte e, em caso positivo, qual método de aplicação;
Máquina-ferramenta: A rigidez da máquina e as formas disponíveis de fixação da
peça são algumas das características que influenciarão na dinâmica do sistema.
9 14
Condições econômicas de usinagem
Velocidade de corte de máxima produção
Para determinar a velocidade de corte que produz o maior número de peças em um
determinado tempo, deve-se encontrar aquela que produz uma peça no menor tempo.
tt =
Lu π D
1000 f Vc
+ t1 +
Lu π D V
(x−1)
c
1000 f C
ttf (2)
dtt
dVc
= 0 (3)
Vcmxp = x
s
C
(x − 1) ttf
= C1/x
((x − 1) ttf )−1/x
(4)
10 14
0 50 100 150 200 250
Velocidade de corte (m/min)
0
50
100
150
Tempo
de
produção
por
peça
(min)
Minimo tt
Máxima
produção
tt
=tc
+t1
+t2
t2
t1
Produção
tc
Vcmxp
Figura 3: Velocidade de corte de máxima produção [Araujo, Mougo e Campos 2020]
11 14
Condições econômicas de usinagem
Velocidade de corte de mínimo custo
Dentre os custos envolvidos diretamente com o processo pode-se citar o custo das
ferramentas, da máquina-ferramenta e da mão-de-obra.
Cp = C1 +
Lu π D
1000 f
V x−1
c c2 +
Lu π D
1000 f Vc
c3 (5)
dCp
dVc
= 0 (6)
Vco = x
s
Cc2
(x − 1)c3
(7)
12 14
0 50 100 150 200
Velocidade de corte (m/min)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Custo
por
peça
(R$)
C
3
Minimo C
p
Custo de
produção
C
p
=C
1
+C
2
+C
3
C
2
C
1
V
co
Figura 4: Velocidade de corte de mínimo custo [Araujo, Mougo e Campos 2020]
13 14
Intervalo de máxima eficiência - IME
0 50 100 150 200
Velocidade de corte (m/min)
0
20
40
60
80
100
120
140
Tempo
de
produção
por
peça
(min)
Custo
por
peça
(R$)
t
t
=t
c
+t
1
+t
2
Minimo t
t
Máxima
produção
Minimo Cp
Custo de
produção
C
p
=C
1
+C
2
+C
3
IME
Vco
Vcmxp
Figura 5: Intervalo de máxima eficiência da velocidade de corte [Araujo, Mougo e Campos 2020]
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  • 1. Capítulo 11 - Usinabilidade Usinagem para Engenharia A.C. Araujo a , A.L. Mougo b e F.O. Campos c . a araujo@insa-toulouse.fr, INSA-Toulouse, Institute Clément Ader, França b adriane.mougo@cefet-rj.br, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, Brasil c fabio.campos@cefet-rj.br, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, Brasil Slides propostos Setembro de 2020
  • 2. O conceito de usinabilidade Representa a facilidade em usinar um material em um sistema de usinagem com uma ferramenta de corte (material e geometria específicas) sob determinada condição de corte (parâmetros) com uma máquina-ferramenta específica realizando um processo de usinagem determinado. As vezes é comum restringir a apenas ao material da peça, uma simplificação. Tipos de ensaios para usinabilidade: O ensaio de longa duração utiliza o critério da vida da ferramenta sob condições normais de corte e, por isso, consomem um período de tempo longo e bastante material para ser usinado; O ensaio de curta duração utiliza também outros critérios de usinabilidade e consome menos material pois é realizado em um de tempo de usinagem mais curto. 1 14
  • 3. Critérios de Usinabilidade Quase todos os critérios utilizados na avaliação de usinabilidade dizem respeito à capacidade produtiva do sistema ou à qualidade da usinagem. São eles: vida da ferramenta, força de corte, rugosidade da superfície usinada morfologia do cavaco tendência a formar rebarba facilidade dese atingir uma tolerância dimensional especificada geração de tensão residual na superfície usinada temperatura máxima alcançada durante o corte. Os critérios possuem interdependências! A utilização de um critério depende da aplicação desejada. 2 14
  • 4. Cap. 11 - Usinabilidade Índice de usinabilidade O índice de usinabilidade IU é um coeficiente normalizado para calcular a usinabilidade de uma referência cujo índice será igual a 1. É obtido através da comparação da curva do desgaste de flanco de cada sistema (ou cada material), ou seja, em um ensaio de longa duração. É calculado pela relação percentual entre as velocidades de corte que cada material alcança o mesmo tempo de vida T. IU = νm 60 νref 60 × 100% (1) νref T = velocidade de corte para um tempo de vida de uma referência νm T = velocidade de corte para um tempo de vida T do sistema (ou material) analisado Uma prática é utilizar o tempo de vida de 60 minutos (νm 60). 3 14
  • 5. Cap. 11 - Usinabilidade Table 1: Exemplos de índices de usinabilidade apresentados por [Groover 2014]1 . Material Dureza (HBN) Índice de Usinabilidade (%) Ligas de alumínio moles ver nota a 200 Latão ver nota a 200 Ligas de alumínio duras ver nota a 125 Material padrão: B1112 180-220 100 Aço inoxidável 416 190-210 90 Aços de médio-carbono 140-210 65 Aços de alto-carbono 180-230 55 Aços de baixo-carbono 130-170 50 1 Groover, M. P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora LTC, 2014. 4 14
  • 6. Imagem de desgaste em ensaio de curta duração Figura 1: Imagem apresentando KB e KF obtidas por microscopia [Ribeiro 2019]2 2 RIBEIRO, K. S. B.Monitoramento da condição da ferramenta no microfresamento por sinais de potência e emissão acústica. Dissertação (Mestrado) — Universidade de São Paulo, 2019 5 14
  • 7. Cap. 11 - Usinabilidade Força de corte como critério de usinabilidade Um sistema de usinagem possui melhor usinabilidade que uma referência se apresenta forças de corte menores. É possível comparar o comportamento de uma componente da força de usinagem ou utilizando a força resultante; Também é utilizado comparar a força específica de corte: quanto maior a força específica, pior a usinabilidade; Ainda, é possível calcular a potência necessária em cada caso e comparar diretamente. 6 14
  • 8. Cap. 11 - Usinabilidade -10 -5 0 5 10 15 20 25 Comprimento usinado (mm) -100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Força de Avanço (N) Força de furação em placas laminadas - Institut Clement Ader Transição Liga de Titânio Alumínio Figura 2: Furação de um placa laminada de Ti-6Al-4V e alumínio AA2024 3 3 Imagem cedida pelo grupo Radical do Institute Clément Ader 7 14
  • 9. Cap. 11 - Usinabilidade Rugosidade da peça como critério de usinabilidade Segundo este critério, um material terá melhor usinabilidade que outro quando para as mesmas considerações de corte, ele apresentar uma rugosidade menor. Morfologia do cavaco como critério de usinabilidade Quando um material é comparado com outro sob as mesmas considerações de usinagem, diz-se que um possui melhor usinabilidade se durante o corte há produção de cavacos descontínuos e os cavacos são retirados da região de corte rapidamente. 8 14
  • 10. Cap. 11 - Usinabilidade Elementos do sistema que alteram a usinabilidade e seus fatores Material de trabalho: Propriedades mecânicas, químicas ou físicas e a microestrutura; Ferramenta de corte: Um fator essencial é a afinidade química entre o material da ferramenta e da peça; Condições de corte: Parâmetros de corte (avanço, velocidade de corte e profundidade de corte) e o meio no qual o processo irá ocorrer,ou seja, se será utilizado algum fluído de corte e, em caso positivo, qual método de aplicação; Máquina-ferramenta: A rigidez da máquina e as formas disponíveis de fixação da peça são algumas das características que influenciarão na dinâmica do sistema. 9 14
  • 11. Condições econômicas de usinagem Velocidade de corte de máxima produção Para determinar a velocidade de corte que produz o maior número de peças em um determinado tempo, deve-se encontrar aquela que produz uma peça no menor tempo. tt = Lu π D 1000 f Vc + t1 + Lu π D V (x−1) c 1000 f C ttf (2) dtt dVc = 0 (3) Vcmxp = x s C (x − 1) ttf = C1/x ((x − 1) ttf )−1/x (4) 10 14
  • 12. 0 50 100 150 200 250 Velocidade de corte (m/min) 0 50 100 150 Tempo de produção por peça (min) Minimo tt Máxima produção tt =tc +t1 +t2 t2 t1 Produção tc Vcmxp Figura 3: Velocidade de corte de máxima produção [Araujo, Mougo e Campos 2020] 11 14
  • 13. Condições econômicas de usinagem Velocidade de corte de mínimo custo Dentre os custos envolvidos diretamente com o processo pode-se citar o custo das ferramentas, da máquina-ferramenta e da mão-de-obra. Cp = C1 + Lu π D 1000 f V x−1 c c2 + Lu π D 1000 f Vc c3 (5) dCp dVc = 0 (6) Vco = x s Cc2 (x − 1)c3 (7) 12 14
  • 14. 0 50 100 150 200 Velocidade de corte (m/min) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Custo por peça (R$) C 3 Minimo C p Custo de produção C p =C 1 +C 2 +C 3 C 2 C 1 V co Figura 4: Velocidade de corte de mínimo custo [Araujo, Mougo e Campos 2020] 13 14
  • 15. Intervalo de máxima eficiência - IME 0 50 100 150 200 Velocidade de corte (m/min) 0 20 40 60 80 100 120 140 Tempo de produção por peça (min) Custo por peça (R$) t t =t c +t 1 +t 2 Minimo t t Máxima produção Minimo Cp Custo de produção C p =C 1 +C 2 +C 3 IME Vco Vcmxp Figura 5: Intervalo de máxima eficiência da velocidade de corte [Araujo, Mougo e Campos 2020] 14 / 14