Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap11.pdf

Exercicios resolvidos do livro de Usinagem para Engenharia

1
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap11.pdf
Usinagem para
Engenharia
Um curso de mecânica do corte
Resolução dos exerícios
Anna Carla Araujo
Adriane Lopes Mougo
Fábio de Oliveira Campos
Usinagem para Engenharia 1𝑎
Edição
Capítulo 11 :
11.1 O conceito de usinabilidade de um sistema de usinagem se refere
à facilidade com a qual a usinagem ocorre em um sistema de usi-
nagem, composto pelo material da peça usinada, ferramenta de
corte, condições de corte, máquina-ferramenta e processo sendo
realizado.
11.2 Os ensaios de usinabilidade de longa duração são aqueles onde a
ferramenta de corte é utilizada até o final da sua vida, considerando
um critério de fim de vida específico, para que seja possível a cons-
trução da curva de vida da ferramenta. Esses ensaios levam tempo
para ser realizados, além de haver um gasto grande de material. Já
os ensaios de usinabilidade de curta duração não são realizados
necessariamente até o final da vida da ferramenta e, por isso, são
mais rápidos e há um gasto de material menor.
Além do alto gasto de tempo e de material, os ensaios de longa du-
ração também possuem a desvantagem de serem utilizados apenas
para o critério de vida da ferramenta, o que para certas aplicações
pode não ser o ideal.
11.3 Tomando como ν𝑟𝑒𝑓
60 a velocidade de corte com a qual o aço SAE 1212
apresenta vida da ferramenta de 60 min: ν𝑟𝑒𝑓
60 = 63 m/min. Logo:
1. IU =
ν1117
60
ν𝑟𝑒𝑓
60
× 100% IU = 53,5
63 × 100% IU = 85%
2. IU =
ν1213
60
ν𝑟𝑒𝑓
60
× 100% IU = 81,90
63 × 100% IU = 130%
3. IU =
ν12L14
60
ν𝑟𝑒𝑓
60
× 100% IU = 112,77
63 × 100% IU = 179%
11.4 Tomando como ν𝑟𝑒𝑓
60 a velocidade de corte com a qual o aço B1212
apresenta vida da ferramenta de 60 min: ν𝑟𝑒𝑓
60 = 54 m/min. A Tabela
11.1 apresente o IU para diversos materiais. Logo:
1. IU =
ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜
60
ν𝑟𝑒𝑓
60
× 100% 30 =
ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜
60
54 × 100% ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜
60 = 30
100 54 ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜
60 =
16, 2 m/min
2. IU =
ν4130
60
ν𝑟𝑒𝑓
60
× 100% 30 =
ν4130
60
54 × 100% ν4130
60 = 65
100 54 ν4130
60 = 35, 1
m/min
3. IU =
ν𝑙𝑎𝑡𝑜
60
ν𝑟𝑒𝑓
60
× 100% 30 =
ν𝑙𝑎𝑡𝑜
60
54 × 100% ν𝑙𝑎𝑡𝑜
60 = 30
100 54 ν𝑙𝑎𝑡𝑜
60 = 108
m/min
2
11.5 Força de usinagem é o vetor resultante de força gerado durante o
corte no processo de usinagem. A força de corte é a componente
da força de usinagem projetada na direção de corte, dada pela
velocidade de corte. A força de corte é importante para a análise de
usinabilidade porque ela é a grande responsável pela demanda de
potência necessária à máquina para realizar o corte.
11.6 Quando se pretende analisar a usinabilidade de um sistema levando
em consideração o critério de morfologia do cavaco, deve-se levar
em conta os seguintes aspectos: se o cavaco gerado durante o
corte é longo ou curto, pois cavacos longos podem se enrolar na
ferramenta ou na peça, causando acidentes ou prejudicando a ru-
gosidade da peça; o tempo que o cavaco se mantém na região de
corte, pois quanto mais rápido o cavaco for removido daquela região,
mais rápido o calor absorvido por ele será dissipado e menor será a
temperatura na região de corte.
11.7 a A condutividade térmica do material usinado possui ligação
com a temperatura da região de corte. Na usinagem de um
material com baixa condutividade térmica, o calor gerado no
corte não é dissipado com eficiência, fazendo com que a tem-
peratura se eleve. Elevadas temperaturas de corte geram uma
diminuição da vida da ferramenta, maiores forças de usinagem
e pior rugosidade de superfície.
b As propriedades dos materiais estão diretamente relacionadas
à sua microestrutura. Ela pode ser alterada, por exemplo, por
tratamentos térmicos para que a resistência mecânica ou a
ductilidade seja aumentada. Fases microestruturais mais resis-
tentes ou o tamanho de grão (grãos refinados) geram materiais
mais resistentes o que afeta diretamente a usinabilidade, pois
aumentará a força de usinagem e diminuirá a vida da ferra-
menta.
c Materiais de alta ductilidade possuem a tendência em formar
aresta postiça de corte, que diminui a vida da ferramenta e
aumenta a rugosidade, piorando a usinabilidade do sistema e
também geram cavacos longos, que são prejudiciais à usina-
gem.
11.8 As ligas de titânio são considerados materiais de difícil usinagem
especialmente porque possuem alta resistência mecânica à eleva-
das temperaturas, baixa condutividade térmica fazendo com que
o calor se mantenha na região de corte e a temperatura aumente
e são suscetíveis à formação de aresta postiça de corte se usadas
baias velocidades de corte, devido à sua ductilidade.
3
Usinagem para Engenharia 1𝑎
Edição
11.9 Ângulos de saída mais positivos diminuem a força de usinagem ne-
cessária ao corte, porém se usados valores mito elevados, também
pode ocorrer risco de quebra da ponta da ferramenta que se torna
mais afiada e um aumento da rugosidade da superfície usinada pelo
aumento do atrito entre a superfície de folga e a superfície usinada.
Ângulos de folga muito elevados causam o aumento da rugosidade
e do desgaste de flanco, diminuindo a vida da ferramenta. O raio
de ponta da ferramenta também afeta o acabamento, sendo que
um maior raio de ponta leva a menores valores de rugosidade. Há
ainda o uso de quebra-cavacos, que geram cavacos mais curtos.
11.10 Quebra-cavacos são dispositivos utilizados nas ferramentas de corte
com o intuito de gerar cavacos mais curtos durante o corte, espe-
cialmente em insertos. Eles são utilizados na superfície de saída
e podem ser fixados mecanicamente ou a ferramenta pode ser fa-
bricada já com o quebra-cavaco no seu formato. Eles funcionam
impondo uma curvatura ao cavaco que está escoando pela superfí-
cie de saída que seja suficiente para quebrá-lo.
11.11 O tempo total de usinagem de uma peça é dado por:
𝑡𝑡 = 𝑡𝑐 + 𝑡𝑠 + 𝑡𝑎 +
𝑡𝑝
𝑛𝑧
+ 𝑛𝑡
𝑛𝑧
𝑡𝑓𝑡
𝑡𝑡 = 4, 5 + 0, 45 + 0, 24 + 15
500 + 𝑛𝑡
500 3
O número de trocas de ferramenta necessárias para usinagem do
lote pode ser encontrado a partir do tamanho do lote 𝑛𝑧 e da quanti-
dade de peças que é possível usinar por vida da ferramenta ZT:
𝑛𝑡 = 𝑛𝑧
ZT
− 1
𝑛𝑡 = 99𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑠
Logo:
𝑡𝑡 = 4, 5 + 0, 45 + 0, 24 + 15
500 + 99
500 3
𝑡𝑡 = 5, 814𝑚𝑖𝑛
11.12 O Intervalo de Máxima Eficiência (IME) é dado pelas velocidades de
de corte de máxima produção V𝑐𝑚𝑥𝑝 e de mínimo custo V𝑐𝑜.
V𝑐𝑚𝑥𝑝 =
𝑥
√ C
(𝑥−1)𝑡𝑓𝑡
V𝑐𝑚𝑥𝑝 =
2,71
√ 8,8×106
(2,71−1)3,5
V𝑐𝑚𝑥𝑝 = 189𝑚/𝑚𝑖𝑛
V𝑐𝑜 =
𝑥
√ C2C
60(𝑥−1)C3
4
C2 = Sℎ + S𝑚
C2 = 25 + 15 = R$40, 00/ℎ𝑜𝑟𝑎
C3 = C𝑓𝑡 +
𝑡𝑓𝑡
60 (Sℎ + S𝑚)
C3 = 5 + 3,5
60 (25 + 15) = 7, 33
V𝑐𝑜 =
𝑥
√ 40×8,8×106
60(2,71−1)7,33
V𝑐𝑜 = 124𝑚/𝑚𝑖𝑛
Assim, o IME é dado pelas velocidades de 124 m/min e 189 m/min.
5
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap11.pdf

Recomendados

AVALIAÇÃO DO DESGASTE DE BROCAS DE AÇO-RÁPIDO SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE END... por
AVALIAÇÃO DO DESGASTE DE BROCAS DE AÇO-RÁPIDO SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE END...AVALIAÇÃO DO DESGASTE DE BROCAS DE AÇO-RÁPIDO SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE END...
AVALIAÇÃO DO DESGASTE DE BROCAS DE AÇO-RÁPIDO SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE END...Emmirmec
73 visualizações8 slides
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM por
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEMUSINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEMCarlos Dias
3.8K visualizações20 slides
Fabricação por usinagem por
Fabricação por usinagemFabricação por usinagem
Fabricação por usinagemSérgio Maêda
19.5K visualizações21 slides
Cap11-Usinabilidade.pdf por
Cap11-Usinabilidade.pdfCap11-Usinabilidade.pdf
Cap11-Usinabilidade.pdfACAraujo3
2 visualizações15 slides
Cap11-Usinabilidade.pdf por
Cap11-Usinabilidade.pdfCap11-Usinabilidade.pdf
Cap11-Usinabilidade.pdfAnna Carla Araujo
36 visualizações15 slides
Brochamento por
BrochamentoBrochamento
Brochamentoantoniorfreitas
6.4K visualizações25 slides

Mais conteúdo relacionado

Similar a Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap11.pdf

Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório) por
Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório)Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório)
Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório)Andre Torres
2.8K visualizações16 slides
Potências de corte artigo por
Potências de corte   artigoPotências de corte   artigo
Potências de corte artigoStéfano Bellote
8.3K visualizações24 slides
Maquinas rotativas por
Maquinas rotativasMaquinas rotativas
Maquinas rotativasWagnerReisdePaula1
371 visualizações36 slides
01 fluidos de corte por
01 fluidos de corte01 fluidos de corte
01 fluidos de corteUanderson Marques da Silva
27.9K visualizações51 slides
Artigo metal duro2 por
Artigo metal duro2Artigo metal duro2
Artigo metal duro2Alessandro Dal Zotto
181 visualizações9 slides
Tecnologia da usinagem dos materiais site do livro por
Tecnologia da usinagem dos materiais site do livroTecnologia da usinagem dos materiais site do livro
Tecnologia da usinagem dos materiais site do livroadalberto miran
182 visualizações4 slides

Similar a Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap11.pdf(20)

Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório) por Andre Torres
Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório)Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório)
Análise do acabamento superficial dos metais (Provisório)
Andre Torres2.8K visualizações
Potências de corte artigo por Stéfano Bellote
Potências de corte   artigoPotências de corte   artigo
Potências de corte artigo
Stéfano Bellote8.3K visualizações
Maquinas rotativas por WagnerReisdePaula1
Maquinas rotativasMaquinas rotativas
Maquinas rotativas
WagnerReisdePaula1371 visualizações
Tecnologia da usinagem dos materiais site do livro por adalberto miran
Tecnologia da usinagem dos materiais site do livroTecnologia da usinagem dos materiais site do livro
Tecnologia da usinagem dos materiais site do livro
adalberto miran182 visualizações
Projeto Multidisciplinar - Torno Convencional (Torno Mecânico) por Romário B. de Almeida
Projeto Multidisciplinar - Torno Convencional (Torno Mecânico)Projeto Multidisciplinar - Torno Convencional (Torno Mecânico)
Projeto Multidisciplinar - Torno Convencional (Torno Mecânico)
Romário B. de Almeida6.1K visualizações
Processos de fabricação por Djeison secco
Processos de fabricaçãoProcessos de fabricação
Processos de fabricação
Djeison secco471 visualizações
Apostila de usinagem por Miquéias Prata
Apostila de usinagemApostila de usinagem
Apostila de usinagem
Miquéias Prata2.3K visualizações
Arranque.de.apara por Bruno Rua
Arranque.de.aparaArranque.de.apara
Arranque.de.apara
Bruno Rua4K visualizações
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf por GustavoOliveira186883
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdfMAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
GustavoOliveira1868835 visualizações
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf por MarceloKonish
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdfMAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MarceloKonish16 visualizações
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf por KaikyKonish
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdfMAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
KaikyKonish4 visualizações
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf por GustavoOliveira186883
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdfMAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
GustavoOliveira1868833 visualizações
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf por OtavioGuimares1
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdfMAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
OtavioGuimares12 visualizações
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf por MarceloKonish
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdfMAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MAPA - USINAGEM E CONFORMAÇÃO - 52 2023.pdf
MarceloKonish3 visualizações

Mais de Anna Carla Araujo

Cap12-Microusinagem.pdf por
Cap12-Microusinagem.pdfCap12-Microusinagem.pdf
Cap12-Microusinagem.pdfAnna Carla Araujo
138 visualizações13 slides
Cap10-Desgaste_vida.pdf por
Cap10-Desgaste_vida.pdfCap10-Desgaste_vida.pdf
Cap10-Desgaste_vida.pdfAnna Carla Araujo
60 visualizações17 slides
Cap08-Temperatura.pdf por
Cap08-Temperatura.pdfCap08-Temperatura.pdf
Cap08-Temperatura.pdfAnna Carla Araujo
28 visualizações10 slides
Cap09-Superficie.pdf por
Cap09-Superficie.pdfCap09-Superficie.pdf
Cap09-Superficie.pdfAnna Carla Araujo
26 visualizações23 slides
Cap13-Monitoramento.pdf por
Cap13-Monitoramento.pdfCap13-Monitoramento.pdf
Cap13-Monitoramento.pdfAnna Carla Araujo
26 visualizações19 slides
Cap07-Forca_potencia.pdf por
Cap07-Forca_potencia.pdfCap07-Forca_potencia.pdf
Cap07-Forca_potencia.pdfAnna Carla Araujo
46 visualizações12 slides

Mais de Anna Carla Araujo(20)

Cap12-Microusinagem.pdf por Anna Carla Araujo
Cap12-Microusinagem.pdfCap12-Microusinagem.pdf
Cap12-Microusinagem.pdf
Anna Carla Araujo138 visualizações
Cap10-Desgaste_vida.pdf por Anna Carla Araujo
Cap10-Desgaste_vida.pdfCap10-Desgaste_vida.pdf
Cap10-Desgaste_vida.pdf
Anna Carla Araujo60 visualizações
Cap08-Temperatura.pdf por Anna Carla Araujo
Cap08-Temperatura.pdfCap08-Temperatura.pdf
Cap08-Temperatura.pdf
Anna Carla Araujo28 visualizações
Cap09-Superficie.pdf por Anna Carla Araujo
Cap09-Superficie.pdfCap09-Superficie.pdf
Cap09-Superficie.pdf
Anna Carla Araujo26 visualizações
Cap13-Monitoramento.pdf por Anna Carla Araujo
Cap13-Monitoramento.pdfCap13-Monitoramento.pdf
Cap13-Monitoramento.pdf
Anna Carla Araujo26 visualizações
Cap07-Forca_potencia.pdf por Anna Carla Araujo
Cap07-Forca_potencia.pdfCap07-Forca_potencia.pdf
Cap07-Forca_potencia.pdf
Anna Carla Araujo46 visualizações
Cap01-Introducao.pdf por Anna Carla Araujo
Cap01-Introducao.pdfCap01-Introducao.pdf
Cap01-Introducao.pdf
Anna Carla Araujo52 visualizações
Cap04-Maquinas_ferramentas.pdf por Anna Carla Araujo
Cap04-Maquinas_ferramentas.pdfCap04-Maquinas_ferramentas.pdf
Cap04-Maquinas_ferramentas.pdf
Anna Carla Araujo31 visualizações
Cap06-Tensoes_mecanicas.pdf por Anna Carla Araujo
Cap06-Tensoes_mecanicas.pdfCap06-Tensoes_mecanicas.pdf
Cap06-Tensoes_mecanicas.pdf
Anna Carla Araujo31 visualizações
Cap03-Geomatria_cavaco.pdf por Anna Carla Araujo
Cap03-Geomatria_cavaco.pdfCap03-Geomatria_cavaco.pdf
Cap03-Geomatria_cavaco.pdf
Anna Carla Araujo41 visualizações
Cap05-Materiais-ferramentas.pdf por Anna Carla Araujo
Cap05-Materiais-ferramentas.pdfCap05-Materiais-ferramentas.pdf
Cap05-Materiais-ferramentas.pdf
Anna Carla Araujo28 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap09.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap09.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap09.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap09.pdf
Anna Carla Araujo38 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap08.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap08.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap08.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap08.pdf
Anna Carla Araujo27 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap02.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap02.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap02.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap02.pdf
Anna Carla Araujo143 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap07.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap07.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap07.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap07.pdf
Anna Carla Araujo40 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap03.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap03.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap03.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap03.pdf
Anna Carla Araujo30 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap06.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap06.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap06.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap06.pdf
Anna Carla Araujo29 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap01.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap01.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap01.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap01.pdf
Anna Carla Araujo16 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap04.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap04.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap04.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap04.pdf
Anna Carla Araujo78 visualizações
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap05.pdf por Anna Carla Araujo
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap05.pdfUsinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap05.pdf
Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap05.pdf
Anna Carla Araujo18 visualizações

Último

Instrumentação e Controle.pdf por
Instrumentação e Controle.pdfInstrumentação e Controle.pdf
Instrumentação e Controle.pdfAndrSilva113556
20 visualizações24 slides
Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ... por
Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ...Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ...
Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ...mariaclarinhaa2723
15 visualizações4 slides
ATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdf por
ATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdfATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdfsoyelax352
5 visualizações1 slide
AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023 por
AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023
AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023AssessoriaAcademica9
12 visualizações4 slides
MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023 por
MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023
MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023AcademiaDL
15 visualizações4 slides
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf por
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdfATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdfsoyelax352
9 visualizações2 slides

Último(20)

Instrumentação e Controle.pdf por AndrSilva113556
Instrumentação e Controle.pdfInstrumentação e Controle.pdf
Instrumentação e Controle.pdf
AndrSilva11355620 visualizações
Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ... por mariaclarinhaa2723
Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ...Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ...
Olá, acadêmico(a)! O objetivo básico dos demonstrativos contábeis é fornecer ...
mariaclarinhaa272315 visualizações
ATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdf por soyelax352
ATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdfATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO - 542023.pdf
soyelax3525 visualizações
AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023 por AssessoriaAcademica9
AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023
AE03 - CIRCUITOS ELETRICOS UNICESUMAR 54/2023
AssessoriaAcademica912 visualizações
MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023 por AcademiaDL
MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023
MAPA - CONTABILIDADE EMPRESARIAL - 54/2023
AcademiaDL15 visualizações
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf por soyelax352
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdfATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf
soyelax3529 visualizações
ATIVIDADE 3 - AGRON - DESENHO TECNICO E CONSTRUÇÕES RURAIS - 542023.pdf por loporo7100
ATIVIDADE 3 - AGRON - DESENHO TECNICO E CONSTRUÇÕES RURAIS - 542023.pdfATIVIDADE 3 - AGRON - DESENHO TECNICO E CONSTRUÇÕES RURAIS - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - AGRON - DESENHO TECNICO E CONSTRUÇÕES RURAIS - 542023.pdf
loporo710013 visualizações
ATIVIDADE 1 - GESTÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS.docx por loporo7100
ATIVIDADE 1 - GESTÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS.docxATIVIDADE 1 - GESTÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS.docx
ATIVIDADE 1 - GESTÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS.docx
loporo71005 visualizações
MAPA - EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA - 542023.pdf por wogafib965
MAPA - EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA - 542023.pdfMAPA - EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA - 542023.pdf
MAPA - EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA - 542023.pdf
wogafib9656 visualizações
O diagrama trajeto passo, também conhecido como diagrama sequencial ou diagra... por vihoj47492
O diagrama trajeto passo, também conhecido como diagrama sequencial ou diagra...O diagrama trajeto passo, também conhecido como diagrama sequencial ou diagra...
O diagrama trajeto passo, também conhecido como diagrama sequencial ou diagra...
vihoj4749213 visualizações
Base Científica Militar.pdf por AndrSilva113556
Base Científica Militar.pdfBase Científica Militar.pdf
Base Científica Militar.pdf
AndrSilva11355613 visualizações
ATIVIDADE 3 - CIENCIAS DO AMBIENTE - 542023.pdf por loporo7100
ATIVIDADE 3 - CIENCIAS DO AMBIENTE - 542023.pdfATIVIDADE 3 - CIENCIAS DO AMBIENTE - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - CIENCIAS DO AMBIENTE - 542023.pdf
loporo71007 visualizações
2) Segundo, você deverá inserir imagens e explicar sobre dois exemplos de dow... por PrimeEducacional
2) Segundo, você deverá inserir imagens e explicar sobre dois exemplos de dow...2) Segundo, você deverá inserir imagens e explicar sobre dois exemplos de dow...
2) Segundo, você deverá inserir imagens e explicar sobre dois exemplos de dow...
PrimeEducacional27 visualizações
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf por loporo7100
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdfATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA - 542023.pdf
loporo71006 visualizações
Questão 1 LISTE e EXPLIQUE as sete perdas na construção civil. Questão 2 ARGU... por vihoj47492
Questão 1 LISTE e EXPLIQUE as sete perdas na construção civil. Questão 2 ARGU...Questão 1 LISTE e EXPLIQUE as sete perdas na construção civil. Questão 2 ARGU...
Questão 1 LISTE e EXPLIQUE as sete perdas na construção civil. Questão 2 ARGU...
vihoj474926 visualizações
ATIVIDADE 1 - CIÊNCIAS POLÍTICAS 542023 .pdf por soyelax352
ATIVIDADE 1 - CIÊNCIAS POLÍTICAS 542023 .pdfATIVIDADE 1 - CIÊNCIAS POLÍTICAS 542023 .pdf
ATIVIDADE 1 - CIÊNCIAS POLÍTICAS 542023 .pdf
soyelax3525 visualizações
Dia Nacional do Campo Limpo 2023 celebra um marco: desde 2002, agricultores, ... por AaAssessoriadll
Dia Nacional do Campo Limpo 2023 celebra um marco: desde 2002, agricultores, ...Dia Nacional do Campo Limpo 2023 celebra um marco: desde 2002, agricultores, ...
Dia Nacional do Campo Limpo 2023 celebra um marco: desde 2002, agricultores, ...
AaAssessoriadll11 visualizações
UNID 6 – Associação de impedâncias 1 – Calcule o valor da impedância equivale... por vihoj47492
UNID 6 – Associação de impedâncias 1 – Calcule o valor da impedância equivale...UNID 6 – Associação de impedâncias 1 – Calcule o valor da impedância equivale...
UNID 6 – Associação de impedâncias 1 – Calcule o valor da impedância equivale...
vihoj474925 visualizações
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for... por PrimeEducacional
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...
PrimeEducacional33 visualizações
ATIVIDADE 3 - ESTRUTURAS DE CONCRETO I - 542023.pdf por soyelax352
ATIVIDADE 3 - ESTRUTURAS DE CONCRETO I - 542023.pdfATIVIDADE 3 - ESTRUTURAS DE CONCRETO I - 542023.pdf
ATIVIDADE 3 - ESTRUTURAS DE CONCRETO I - 542023.pdf
soyelax3525 visualizações

Usinagem_para_Engenharia_Resolucao_Exercicios - Cap11.pdf

  • 1. 1
  • 3. Usinagem para Engenharia Um curso de mecânica do corte Resolução dos exerícios Anna Carla Araujo Adriane Lopes Mougo Fábio de Oliveira Campos
  • 4. Usinagem para Engenharia 1𝑎 Edição Capítulo 11 : 11.1 O conceito de usinabilidade de um sistema de usinagem se refere à facilidade com a qual a usinagem ocorre em um sistema de usi- nagem, composto pelo material da peça usinada, ferramenta de corte, condições de corte, máquina-ferramenta e processo sendo realizado. 11.2 Os ensaios de usinabilidade de longa duração são aqueles onde a ferramenta de corte é utilizada até o final da sua vida, considerando um critério de fim de vida específico, para que seja possível a cons- trução da curva de vida da ferramenta. Esses ensaios levam tempo para ser realizados, além de haver um gasto grande de material. Já os ensaios de usinabilidade de curta duração não são realizados necessariamente até o final da vida da ferramenta e, por isso, são mais rápidos e há um gasto de material menor. Além do alto gasto de tempo e de material, os ensaios de longa du- ração também possuem a desvantagem de serem utilizados apenas para o critério de vida da ferramenta, o que para certas aplicações pode não ser o ideal. 11.3 Tomando como ν𝑟𝑒𝑓 60 a velocidade de corte com a qual o aço SAE 1212 apresenta vida da ferramenta de 60 min: ν𝑟𝑒𝑓 60 = 63 m/min. Logo: 1. IU = ν1117 60 ν𝑟𝑒𝑓 60 × 100% IU = 53,5 63 × 100% IU = 85% 2. IU = ν1213 60 ν𝑟𝑒𝑓 60 × 100% IU = 81,90 63 × 100% IU = 130% 3. IU = ν12L14 60 ν𝑟𝑒𝑓 60 × 100% IU = 112,77 63 × 100% IU = 179% 11.4 Tomando como ν𝑟𝑒𝑓 60 a velocidade de corte com a qual o aço B1212 apresenta vida da ferramenta de 60 min: ν𝑟𝑒𝑓 60 = 54 m/min. A Tabela 11.1 apresente o IU para diversos materiais. Logo: 1. IU = ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜 60 ν𝑟𝑒𝑓 60 × 100% 30 = ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜 60 54 × 100% ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜 60 = 30 100 54 ν𝑡𝑖𝑡𝑛𝑖𝑜 60 = 16, 2 m/min 2. IU = ν4130 60 ν𝑟𝑒𝑓 60 × 100% 30 = ν4130 60 54 × 100% ν4130 60 = 65 100 54 ν4130 60 = 35, 1 m/min 3. IU = ν𝑙𝑎𝑡𝑜 60 ν𝑟𝑒𝑓 60 × 100% 30 = ν𝑙𝑎𝑡𝑜 60 54 × 100% ν𝑙𝑎𝑡𝑜 60 = 30 100 54 ν𝑙𝑎𝑡𝑜 60 = 108 m/min 2
  • 5. 11.5 Força de usinagem é o vetor resultante de força gerado durante o corte no processo de usinagem. A força de corte é a componente da força de usinagem projetada na direção de corte, dada pela velocidade de corte. A força de corte é importante para a análise de usinabilidade porque ela é a grande responsável pela demanda de potência necessária à máquina para realizar o corte. 11.6 Quando se pretende analisar a usinabilidade de um sistema levando em consideração o critério de morfologia do cavaco, deve-se levar em conta os seguintes aspectos: se o cavaco gerado durante o corte é longo ou curto, pois cavacos longos podem se enrolar na ferramenta ou na peça, causando acidentes ou prejudicando a ru- gosidade da peça; o tempo que o cavaco se mantém na região de corte, pois quanto mais rápido o cavaco for removido daquela região, mais rápido o calor absorvido por ele será dissipado e menor será a temperatura na região de corte. 11.7 a A condutividade térmica do material usinado possui ligação com a temperatura da região de corte. Na usinagem de um material com baixa condutividade térmica, o calor gerado no corte não é dissipado com eficiência, fazendo com que a tem- peratura se eleve. Elevadas temperaturas de corte geram uma diminuição da vida da ferramenta, maiores forças de usinagem e pior rugosidade de superfície. b As propriedades dos materiais estão diretamente relacionadas à sua microestrutura. Ela pode ser alterada, por exemplo, por tratamentos térmicos para que a resistência mecânica ou a ductilidade seja aumentada. Fases microestruturais mais resis- tentes ou o tamanho de grão (grãos refinados) geram materiais mais resistentes o que afeta diretamente a usinabilidade, pois aumentará a força de usinagem e diminuirá a vida da ferra- menta. c Materiais de alta ductilidade possuem a tendência em formar aresta postiça de corte, que diminui a vida da ferramenta e aumenta a rugosidade, piorando a usinabilidade do sistema e também geram cavacos longos, que são prejudiciais à usina- gem. 11.8 As ligas de titânio são considerados materiais de difícil usinagem especialmente porque possuem alta resistência mecânica à eleva- das temperaturas, baixa condutividade térmica fazendo com que o calor se mantenha na região de corte e a temperatura aumente e são suscetíveis à formação de aresta postiça de corte se usadas baias velocidades de corte, devido à sua ductilidade. 3
  • 6. Usinagem para Engenharia 1𝑎 Edição 11.9 Ângulos de saída mais positivos diminuem a força de usinagem ne- cessária ao corte, porém se usados valores mito elevados, também pode ocorrer risco de quebra da ponta da ferramenta que se torna mais afiada e um aumento da rugosidade da superfície usinada pelo aumento do atrito entre a superfície de folga e a superfície usinada. Ângulos de folga muito elevados causam o aumento da rugosidade e do desgaste de flanco, diminuindo a vida da ferramenta. O raio de ponta da ferramenta também afeta o acabamento, sendo que um maior raio de ponta leva a menores valores de rugosidade. Há ainda o uso de quebra-cavacos, que geram cavacos mais curtos. 11.10 Quebra-cavacos são dispositivos utilizados nas ferramentas de corte com o intuito de gerar cavacos mais curtos durante o corte, espe- cialmente em insertos. Eles são utilizados na superfície de saída e podem ser fixados mecanicamente ou a ferramenta pode ser fa- bricada já com o quebra-cavaco no seu formato. Eles funcionam impondo uma curvatura ao cavaco que está escoando pela superfí- cie de saída que seja suficiente para quebrá-lo. 11.11 O tempo total de usinagem de uma peça é dado por: 𝑡𝑡 = 𝑡𝑐 + 𝑡𝑠 + 𝑡𝑎 + 𝑡𝑝 𝑛𝑧 + 𝑛𝑡 𝑛𝑧 𝑡𝑓𝑡 𝑡𝑡 = 4, 5 + 0, 45 + 0, 24 + 15 500 + 𝑛𝑡 500 3 O número de trocas de ferramenta necessárias para usinagem do lote pode ser encontrado a partir do tamanho do lote 𝑛𝑧 e da quanti- dade de peças que é possível usinar por vida da ferramenta ZT: 𝑛𝑡 = 𝑛𝑧 ZT − 1 𝑛𝑡 = 99𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑠 Logo: 𝑡𝑡 = 4, 5 + 0, 45 + 0, 24 + 15 500 + 99 500 3 𝑡𝑡 = 5, 814𝑚𝑖𝑛 11.12 O Intervalo de Máxima Eficiência (IME) é dado pelas velocidades de de corte de máxima produção V𝑐𝑚𝑥𝑝 e de mínimo custo V𝑐𝑜. V𝑐𝑚𝑥𝑝 = 𝑥 √ C (𝑥−1)𝑡𝑓𝑡 V𝑐𝑚𝑥𝑝 = 2,71 √ 8,8×106 (2,71−1)3,5 V𝑐𝑚𝑥𝑝 = 189𝑚/𝑚𝑖𝑛 V𝑐𝑜 = 𝑥 √ C2C 60(𝑥−1)C3 4
  • 7. C2 = Sℎ + S𝑚 C2 = 25 + 15 = R$40, 00/ℎ𝑜𝑟𝑎 C3 = C𝑓𝑡 + 𝑡𝑓𝑡 60 (Sℎ + S𝑚) C3 = 5 + 3,5 60 (25 + 15) = 7, 33 V𝑐𝑜 = 𝑥 √ 40×8,8×106 60(2,71−1)7,33 V𝑐𝑜 = 124𝑚/𝑚𝑖𝑛 Assim, o IME é dado pelas velocidades de 124 m/min e 189 m/min. 5