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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus
Bragança Paulista.
André de Souza Vieira
Luis Carlos de Souza Junior
Thiago Moreno Venancio Leal
FERRAMENTA PARA AUXILIAR O EDUCADOR FÍSICO NO
GERENCIAMENTO DE TREINAMENTOS
Bragança Paulista
2013
André de Souza Vieira
Luis Carlos de Souza Junior
Thiago Moreno Venancio Leal
FERRAMENTA PARA AUXILIAR O EDUCADOR FÍSICO NO
GERENCIAMENTO DE TREINAMENTOS
Monografia apresentada ao Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia - Campus Bragança Paulista como
parte dos requisitos para conclusão do curso Tecnólogo em
Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Orientador:
Prof. Dr. Flávio Cezar Amate
Bragança Paulista
2013
André de Souza Vieira
Luis Carlos de Souza Junior
Thiago Moreno Venancio Leal
FERRAMENTA PARA AUXILIAR O EDUCADOR FÍSICO NO
GERENCIAMENTO DE TREINAMENTOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à
obtenção do grau de Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de
Sistemas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
São Paulo – Campus de Bragança Paulista.
Aprovado pela Banca Examinadora em 13 de dezembro de 2013.
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________________
Prof. Dr. Flávio Cezar Amate – IFSP – Bragança Paulista - Orientador
________________________________________________________
Prof. Dr. Luciano Bernardes de Paula – IFSP – Bragança Paulista
________________________________________________________
Prof. Ma. Ana Paula Muller Giancoli– IFSP – Bragança Paulista
________________________________________________________
Prof. Ma. Eliane Andreoli – IFSP – Bragança Paulista
Agradecimentos
Este trabalho não poderia ser terminado sem a ajuda de diversas pessoas às quais
prestamos nossas homenagens:
Aos nossos pais pelo incentivo em todos os momentos de nossas vidas, principalmente
quando nos apoiaram nesta jornada do ensino superior.
Ao nosso orientador, que nos mostrou os caminhos a serem seguidos para a correta
elaboração desta monografia e que teve também muita paciência para nos ajudar.
Aos educadores físicos que se despuseram a nos ajudar respondendo ao nosso
questionário e que também nos auxiliaram com dúvidas técnicas relacionadas ao domínio.
A todos os professores e colegas do IFSP, que ajudaram de forma direta e indireta na
conclusão deste trabalho.
E também agradecemos a Deus, pois sem Ele, este trabalho não seria possível.
André de Souza Vieira:
Aos meus irmãos, Vanessa de Souza Vieira e Rodrigo de Souza Vieira, pois sem a
ajuda deles, não estaria aqui.
Aos meus amigos de Bueno Brandão MG, aos educadores físicos, principalmente,
Prof. Cleber do Paraiso, Prof. José Leandro Goulart e Prof. Paulo Evaristo Ribeiro, pois com
todas as discussões diárias ecoou na ideia do desenvolvimento desta ferramenta.
Luis Carlos de Souza Junior:
Aos meus pais e familiares que sempre incentivaram meus estudos. Aos meus amigos
e colegas que igualmente me incentivaram a progredir, sempre.
Aos docentes do IFSP que também colaboraram conosco nesta etapa de nossas vidas.
Thiago Moreno Venancio Leal:
Agradeço a todos que contribuíram positivamente na minha formação da vida e isso
inclui a família, professores, amigos e profissionais. Agradeço ainda mais a todos que
contribuíram negativamente, pois, graças a eles, barreiras tão triviais e tolas quem impomos a
nós mesmos não poderiam ser quebradas se não fosse pelo forte murro da ignorância dos
fracos, arrogantes e desonrosos.
“Algo só é impossível até que alguém duvide e resolva provar ao contrário.”
Albert Einstein
Resumo
Atualmente vivenciamos um acelerado progresso tecnológico. Esse progresso vem
conduzindo uma pressão mercadológica para todos os setores da economia, inclusive, na
saúde. Com o estilo de vida do homem moderno cada vez mais temos postos de trabalho
voltados às questões cognitivas e de menos esforço físico. Essa mudança de estilo leva ao
aumento da demanda por academias de ginástica, já que essa é uma das práticas mais
acessíveis para melhora da qualidade de vida cada vez menos presentes nas atividades
rotineiras que favorecem o sedentarismo. Sendo assim, as academias de ginástica trabalham
para suprir a demanda tão exigida pelos alunos e muitas vezes caem em processos
desnecessários, causados principalmente, pela falta de organização e meio de análise de
resultados. Analisando esta última informação, um sistema web pode auxiliar em dois
principais aspectos, tais como: organizar o treinamento e exibir informações de resultados, de
forma intuitiva e precisa, após as avaliações. Neste trabalho é apresentado o desenvolvimento
de uma ferramenta computacional web para auxiliar o educador físico no gerenciamento de
treinamentos. O estudo da literatura científica proporcionou o embasamento teórico do
sistema. Foram aplicados questionários durante o processo de desenvolvimento que
permitiram esclarecer termos técnicos, levantamento de requisitos e feedback relacionado ao
trabalho. As variáveis do treinamento resistidos estudadas foram duração da sessão de
treinamento, número de repetições, intervalo de recuperação entre as séries,
sobrecarga/intensidade, frequência, velocidade/Tempo sob Tensão (Excêntrica e Concêntrica)
e Métodos de treinamento. Os parâmetros de avaliação estudados foram o percentual de
gordura e de massa magra corporal. O sistema foi desenvolvido em PHP com o IDE
NetBeans. O sistema de banco de dados utilizado foi o Postgresql. Para implementar o estilo e
outras formatações mais elaboradas no sistema foi utilizado o CSS e o framework Foundation.
De acordo com os resultados encontrados pôde-se concluir que as tecnologias utilizadas
deixaram o sistema para web intuitivo, usável e interoperável. Os estilos aplicados,
considerando o design responsivo, permitiram executar o sistema em plataformas do tipo
desktop bem como os atuais dispositivos móveis, o que é extremamente positivo, pois o
educador físico não fica limitado a sua mesa, já que este pode realizar o atendimento e
consultar os dados dos alunos durante a execução dos treinos usando um tablet ou
smartphone. Através do questionário de usabilidade aplicado aos educadores físicos,
concluiu-se também que o sistema teve uma boa usabilidade o que é bastante positivo, pois
demonstrou uma boa aceitação deste tipo de aplicação.
Abstract
In our present days we experience an accelerated technological progress. Such
progress has been leading a marketing pressure to all economy sectors and health as well. In
the modern man lifestyle we have increasingly job opportunities focused on cognitive issues
using less effort. That change in our lifestyle drives us to a raising demand of physical health
clubs, since these are one of the most accessible ways to achieve a better quality of life which
are less and less present at our daily activities, favoring the sedentary life. Therefore, the
gyms work to meet the exigent demands required by the clients and end up getting through
unnecessary processes most of the time due to, mainly, the lack of organization and means to
analyses the client’s progress. Taking note of this last information, a web system can aid in
two aspects: arrange the trainings and show intuitive and precise results of the client’s
progress. In this work we present the development of a web software which will assist the
physical educator to manage the client’s trainings. The study of the scientific literature has
provided the theoretical basis of the system. Surveys where applied during the development
process that clarified technical terms, gathered system requirements and gave work-related
feedback. The acknowledged resistive training variables are as follow: training session’s
duration, self-recovery interval between sets, attendance, speed/time under tension (Eccentric
and Concentric) and training methods. The studied evaluation criteria were body fat and lean
body mass percentages. The system was developed using NetBeans IDE, PHP and Postgresql
as ORDBMS. In order to implement style and others high-elaboration formats it was used
CSS and the Foundation framework. According to the given outcomes it can be concluded
that the employed technologies have made an intuitive, usable and interoperable web system.
The applied styles, seeing that a responsive design was implemented, have allowed the
application to run on both mobile and desktop devices, which are positive approaches since
the physical educator is not restricted to one platform, being able to attend service and verify
the clients’ data during training executions using a smartphone or tablet, for instance. Through
the usability survey applied to the physical educators, it was concluded that the system had a
good usability rate which is fairly positive, for it has shown a fine acceptance to this sort of
software.
Lista de figuras
Figura 1: Arquitetura física do sistema.....................................................................................40	
Figura 2: Diagrama de caso de uso ..........................................................................................42	
Figura 3: Diagrama de classes..................................................................................................55	
Figura 4: Modelo entidade-relacionamento..............................................................................56	
Figura 5: Protótipo tela de acesso.............................................................................................57	
Figura 6: Protótipo tela principal..............................................................................................57	
Figura 7: Função escrita em linguagem JavaScript, utilizando a biblioteca jQuery. ...............58	
Figura 8: Coleta de dados da controller para o gráfico............................................................61	
Figura 9: Demonstração gráfica das requisições do sistema....................................................63	
Figura 10: Feedback após o cadastro de um professor.............................................................64	
Figura 11: Tela inicial...............................................................................................................65	
Figura 12: Tela de autenticação................................................................................................65	
Figura 13: Tela de cadastro de usuário.....................................................................................66	
Figura 14: Tela home do sistema..............................................................................................66	
Figura 15: Tela de cadastro de usuário.....................................................................................67	
Figura 16: Tela de cadastro de alunos. .....................................................................................68	
Figura 17: Tela de cadastro de treinamento..............................................................................68	
Figura 18: Tela de cadastro de exercício..................................................................................69	
Figura 19: Tela de cadastro de avaliações................................................................................70	
Figura 20: Tela com filtros de seleção da análise gráfica.........................................................70	
Figura 21: Gráfico construído após os filtros selecionados......................................................71	
Figura 22: Tela para exportar treinamento. ..............................................................................71	
Figura 23: Ficha de treinamento exportada..............................................................................72	
Figura 24: Tela do sistema simulada em um tablet..................................................................72	
Figura 25: Tela do sistema simulada em um smartphone. .......................................................73
Lista de Quadros
Quadro 1: As principais variáveis presentes no treinamento resistido.................................9
Quadro 2 Volume................................................................................................................30
Quadro 3: Velocidade.........................................................................................................30
Quadro 4: Ordem dos exercícios.........................................................................................31
Quadro 5: Duração da sessão de treinamento.....................................................................32
Quadro 6: Número de séries em cada aparelho...................................................................32
Quadro 7: Número de exercício para cada grupo muscular................................................33
Quadro 8: Intervalo da repetição entre as séries.................................................................33
Quadro 9: Sobrecarga (Intensidade)...................................................................................34
Quadro 10: Aquecimento (Alongamento)...........................................................................34
Quadro 11: Frequência........................................................................................................35
Quadro 12.1a: Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes...........................................................................36
Quadro 12.1b: Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes...........................................................................37
Quadro 12.1c: Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes...........................................................................38
Quadro 13: Síntese do questionário de usabilidade............................................................74
Lista de Equações
Equação 1: Cálculo da massa corporal magra (masc.)........................................................15
Equação 2: Cálculo da massa corporal magra (fem.)..........................................................15
Equação 3: Cálculo do percentual de gordura corporal......................................................15
Lista de Abreviaturas
AJAX Asynchronous JavaScript And XML
CSS Cascading Style Sheet,
GC Gordura Corporal
HTML Hyper Text Markup Language
HTTP Hyper Text Transfer Protocol
IDE Integrated Development Environment
IMC Índice de Massa Corporal
IR Intervalo de recuperação
JSON JavaScript Object Notation
MCM Massa corporal magra
MVCC Multiversion concurrency control
ODBC Open Database Connectivity
ORDMBS Object-Relational Database Management System
PDF Portable Document Format
PDO PHP Data Objects
PHP PHP Hypertext preprocessor
RM Repetição Máxima
SGBD Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados
UML Unified Modeling Language
URL Uniform Resource Locator
VBA Visual Basic for Applications
WWW World Wide web
XML eXtensible Markup Language
Sumário
1.	 Introdução...........................................................................................................................1	
1.1.	 Problema Abordado .....................................................................................................2	
1.2.	 Objetivos......................................................................................................................3	
1.2.1.	 Objetivo Geral..........................................................................................................3	
1.2.2.	 Objetivos Específicos...............................................................................................4	
1.3.	 Motivação ....................................................................................................................4	
1.4.	 Estrutura do Texto........................................................................................................5	
2.	 Revisão Bibliográfica .........................................................................................................6	
2.1.	 A Atividade Física .......................................................................................................6	
2.2.	 Academias de ginástica................................................................................................7	
2.3.	 Benefícios da Atividade Física ....................................................................................7	
2.4.	 Contexto contemporâneo .............................................................................................8	
2.5.	 Variáveis ......................................................................................................................9	
2.5.1.	 Duração da sessão de treinamento .........................................................................10	
2.5.2.	 Número de séries em cada aparelho.......................................................................10	
2.5.3.	 Número de repetições.............................................................................................11	
2.5.4.	 Intervalo de recuperação entre as séries.................................................................11	
2.5.5.	 Sobrecarga/Intensidade ..........................................................................................12	
2.5.6.	 Frequência..............................................................................................................12	
2.5.7.	 Velocidade/ Tempo sob tensão (Excêntrica e Concêntrica)...................................13	
2.5.8.	 Métodos de treinamento.........................................................................................13	
2.6.	 Antropometria............................................................................................................14	
2.7.	 Ferramentas computacionais para academias de ginástica ........................................15	
3.	 Contextualização ..............................................................................................................19	
3.1.	 Ferramentas de Desenvolvimento..............................................................................19	
3.1.1.	 HTML.....................................................................................................................19
3.1.2.	 PHP.........................................................................................................................20	
3.1.3.	 Javascript e outras tecnologias...............................................................................21	
3.1.4.	 CSS.........................................................................................................................23	
3.1.5.	 Foundation..............................................................................................................24	
3.1.6.	 Postgresql ...............................................................................................................25	
3.1.7.	 Apache....................................................................................................................26	
3.1.8.	 NetBeans IDE.........................................................................................................27	
4.	 Metodologia......................................................................................................................29	
4.1.	 Síntese do questionário de levantamento de requisitos..............................................29	
4.2.	 Síntese do questionário de usabilidade ......................Error! Bookmark not defined.	
4.3.	 Desenvolvimento .......................................................................................................40	
4.3.1.	 Arquitetura Física...................................................................................................40	
4.3.2.	 Arquitetura Lógica .................................................................................................41	
4.3.2.1.	 Modelo de Caso de Uso......................................................................................41	
4.3.2.2.	 Diagrama de Caso de Uso ..................................................................................41	
4.3.2.3.	 Documentação dos Casos de Uso.......................................................................42	
4.3.2.4.	 Diagrama de Classes...........................................................................................54	
4.3.2.5.	 Modelo de Dados................................................................................................55	
4.3.2.6.	 Protótipos............................................................................................................56	
4.3.2.7.	 Codificação.........................................................................................................58	
4.3.2.8.	 Interface Gráfica.................................................................................................64	
4.3.2.9.	 Resultados – Análise interface gráfica ...............................................................74	
4.3.3.	 Considerações Finais..............................................................................................76	
5.	 Discussões e Conclusões ..................................................................................................77	
5.1.	 Proposta de trabalhos futuros.....................................................................................78	
Referências ...............................................................................................................................80	
Apêndice A – Questionário para levantamento de requisitos...................................................85	
Apêndice B – Avaliação da Interface do Sistema ....................................................................90
Anexo A – Parecer Consubstanciado do CEP..........................................................................92	
Anexo B – Respostas do questionário......................................................................................95
1
1. Introdução
Atualmente, existem milhares de pessoas com doenças crônicas como diabetes,
obesidade, depressão, doenças cardiovasculares provocadas principalmente pelo
sedentarismo. Segundo o dicionário Aulete digital, a definição de sedentarismo é: “qualidade
de vida de pessoas que não exercitam o corpo e conserva-o inativo”. Com essa definição, é
fato que a atividade física é imprescindível para a melhoria da saúde em contraste a essas
doenças. Como afirma Cavani (2008), a atividade física é um grande aliado da saúde, pois
pode minimizar os riscos de diversas doenças como cardíacas, hipertensão, obesidade etc.,
além de maximizar o ego, isto é, melhorar as características morfofisiológicas do indivíduo, e
auxiliar no combate da depressão e a ansiedade.
Mas afinal o que define uma atividade física? A atividade física é representada por
qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética tendo um gasto
energético basal. Dessa forma, atividade física envolve atividades comuns do dia-a-dia, como
domésticas, ocupacionais e lazer (MANOEL, 2002). Para Cavani (2008), a atividade física é
toda ação que efetua gasto calórico através do estado em repouso e contrações musculares.
A atividade física apresenta diversos benefícios, dentre eles podemos citar um estudo
apresentado por Matsudo et al. (2002) que comprova os benefícios sobre o sedentarismo, no
qual foi realizado uma análise feita na população Finlândia, comprovando que a inatividade
física é o fator mais prevalente para risco de doenças crônicas, ultrapassando fatores de risco
considerado pela sociedade primordiais como fumo, hipertensão arterial etc.
Outro fator importante apontado pelo autor Matsudo et al. (2002) que a atividade física
tem sido mencionada como uma fonte da juventude, bastando praticá-la para verificar seus
benefícios e promover longevidade. Todavia, só atividade física não é suficiente para
minimizar os efeitos indesejáveis, devendo aliar a atividade física com a alimentação
equilibrada. Como afirma Cavani (2008, p.26), o sedentarismo provoca o aumento de gordura
corporal, esse aspecto demostra a necessidade da prática de atividade física, com intuito de
maximizar o gasto calórico e auxiliar na perda e na manutenção da massa corporal adiposa.
Portanto, só a prática de atividade física não é suficiente, havendo a necessidade de mudar os
hábitos alimentares para proporcionar um resultado considerável.
Para Bagrichevsky e Estevão (2006), o exercício físico exerce vários papéis crucias na
saúde, dentre eles podemos citar profiláticos, reabilitação de patologia, estados funcionais
2
alterados do organismo e melhoria na condição morfofisiológica de pessoas saudáveis e de
desportistas. Aplicando foco neste último artigo, para os autores a forma que as variáveis de
entradas como intensidade, duração, frequência e volume total dos exercícios são
configuradas, pode garantir o sucesso ou fracasso em relação ao objetivo do indivíduo, a
partir do emprego sistemático e considerando o potencial genético de cada um.
Você, leitor, deve estar perguntando: Mas como melhorar as características
morfofisiológicas? Para Bagrichevsky e Estevão (2006), uma forma mais rápida de aumentar
as características morfofisiológicas é o exercício contra resistência, popularmente chamado de
“musculação”. Exercício contra resistência é representado por exercícios localizados,
utilizando toda a gama de dispositivos e aparatos (incluindo barras, pesos livres e
equipamentos modulares) para fornecer uma resistência mecânica gradual em termos de
intensidade, durante a ação contrátil voluntária de qualquer grupo muscular requerido. Um
fator de grande valia apontado pelos autores é que para maximizar as tendências
probabilísticas de sucesso em relação ao objetivo do indivíduo deve-se executar o treinamento
de maneira planejada, contínua e individualizada.
Em relação ao treinamento, as ordens dos fatores alteram o produto final, assim para
obter resultado considerável deve-se elaborar um treinamento consistente. Como afirmam
Bagrichevsky e Estevão (2006), é necessário reconhecer os programas de exercícios contra
resistidos e obedecer às leis gerais da preparação física para elaborar um treinamento sólido.
Os autores ainda enfatizam a precisão de ser definido individualmente, pois cada pessoa
apresenta características específicas. Também há muitos fatores a serem considerados entre
intensidade e duração, isto é, fator determinante relacionado à sobrecarga, onde os valores
podem ser maiores ou menores dependendo do objetivo e das características específicas de
cada um.
1.1. Problema Abordado
As academias desportivas exercem um papel importante na saúde, se associadas às
orientações corretas e a um treinamento consistente e organizado. Os educadores físicos
trabalham com muitas informações para suprir os objetivos dos clientes e muitas vezes caem
em processos desnecessários ou redundantes, pelo fato que a memorização humana é volátil.
Realizando uma análise nesta última informação há a possibilidade de minimizar o tempo de
3
vida do objetivo do aluno pelos procedimentos legais, fornecendo uma espécie de atalho
através do estudo sistemático da literatura.
As pessoas vão para academia com certos objetivos, traçados por diversas
características excêntricas que não são alcançados de um dia para o outro. Assim, uma boa
porcentagem da população praticante da atividade física recorre a métodos ilegais, tais como
anabolizantes ou outras substâncias, para obter resultados rápidos causando danos
irreversíveis à sua saúde. Estudos quantitativos demonstram que existe uma taxa altíssima no
uso de anabolizantes no Brasil, especificamente nas cidades analisadas: São Paulo, 19%;
Porto Alegre, 11,1%; Goiânia, 9% (IRIART et al., 2009).
Dessa forma, existem muitas lacunas ou dados a serem preenchidos para elaborar um
treinamento consistente que não é uma tarefa trivial, exigindo muito da capacidade de
memorização do ser humano. Como afirma Peralta (2007), organizar o treinamento não é uma
tarefa trivial, pois requer um conhecimento superior do educador físico em relação ao
conteúdo, a estrutura, e as leis que regulamentam o treinamento dos atletas. Sendo assim,
podem-se visualizar muitos dos benefícios de um sistema de software que organize e otimize
o treinamento de um aluno conforme o objetivo pretendido.
1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Geral
Desenvolver um sistema para auxiliar o educador físico no gerenciamento de
treinamento em academias de ginástica e que este possa ser acessível por diversos
dispositivos, por meio de um navegador web.
4
1.2.2. Objetivos Específicos
Este trabalho tem os seguintes objetivos específicos:
• Mostrar que o uso de um sistema de software pode auxiliar o educador físico na
obtenção de um treinamento consistente para o aluno, considerando suas
individualidades e otimizando o treinamento final.
• Permitir a criação de uma ficha de exercícios completamente gerenciável, a ponto
de se conseguir extrair o melhor resultado possível dos treinamentos físicos
realizados pelos alunos e ainda, ao final, poder analisar informações dos alunos
com base no gráfico gerado pelo sistema.
1.3. Motivação
Aliando a escassez de tempo à necessidade da prática de exercício físico, a
popularidade das academias cresceu substancialmente. O sistema encontrado na maioria
delas, no entanto, não condiz com a necessidade de economia de tempo e nível atual
tecnológico. Entre as ineficiências pode-se citar o fato de que, ao chegar a uma academia
comum, o aluno precisa consultar a ficha que contêm sua série de exercícios manualmente e
não é raro observar um acúmulo de pessoas fazendo processo, o que pode ser demorado.
O presente proposto não tem a intenção de substituir o educador físico na elaboração
de um treino, muito menos propor certas informações que cabem a ele e, somente a ele,
indicar.
Outras propostas semelhantes a esta serão analisadas na Seção 2.7 deste trabalho.
Alguns desses sistemas propostos não possuem um banco de dados eficiente e/ou não geram
gráficos para acompanhamento, muito menos (quando em versão desktop) dispõem de uma
plataforma que permita sua execução em outros ambientes que não o Microsoft Windows.
Neste sentido, a fim de melhorar o acompanhamento dos alunos nas academias, a
atualização de dados por parte dos instrutores, a análise dos dados armazenados e o
acompanhamento de desempenho, a ferramenta é proposta.
5
1.4. Estrutura do Texto
O presente trabalho encontra-se divido em seis capítulos, no decorrer destes são
abordadas as formas que foram utilizadas para concluir o desenvolvimento do trabalho como
um todo.
No capítulo de introdução é explanado o tema proposto, a descrição do problema
abordado no conteúdo do trabalho, os nossos objetivos e o caso que nos motivou a
desenvolver este trabalho.
No capítulo de revisão bibliográfica encontram-se o esclarecimento do conteúdo que
será abordado na ferramenta sobre os exercícios resistidos realizando uma revisão na
literatura científica. Abordamos o contexto histórico relacionado à prática da atividade física,
o contexto atual, fazemos uma análise das variáveis empregadas no sistema e por fim
relatamos sobre ferramentas computacionais que já existem e que tem um propósito parecido
com o proposto pelo nosso sistema.
No capítulo de contextualização, são apresentadas as ferramentas utilizadas para o
desenvolvimento do trabalho.
No capítulo de metodologia apresentamos a síntese do questionário aplicado a alguns
educadores físicos para ajudar na compreensão do domínio e levantamento dos requisitos que
fora essencial para análise das variáveis.
No capítulo de desenvolvimento é apresentada a arquitetura física e lógica do sistema
proposto, descrevendo sua modelagem e desenvolvimento. Ainda neste capítulo, abordamos
os diagramas UML, modelo de dados, protótipos, codificação, análise de resultados,
considerações finais referentes ao sistema proposto.
Por fim, no Capítulo 6 abordamos as discussões e conclusões que tivemos com relação
ao desenvolvimento deste trabalho e apontamos algumas propostas de trabalhos futuros.
6
2. Revisão Bibliográfica
Este capítulo é destinado para esclarecimento do conteúdo que será abordado na
ferramenta sobre os exercícios resistidos, realizando uma revisão na literatura científica.
Como o objetivo deste trabalho é auxiliar o educador físico no treinamento resistido, há
necessidade de investigar todos os componentes extrínsecos e intrínsecos relacionados aos
exercícios resistidos para obter resultado considerável.
Antes de iniciar a análise destes componentes, é importante citar as origens históricas
dos exercícios físicos e sua importância na saúde e na vida das pessoas. Vale lembrar também
que a atividade física está presente entre nós desde os tempos mais remotos.
Os exercícios resistidos apresentam inúmeros fatores a serem analisados para elaborar
um treinamento consistente. Esses fatores podem ser correspondidos pelas variáveis
decisórias. De acordo como essas variáveis são manipuladas, podem produzir caminhos
diversos traçados por objetivos excêntricos distintos (MARTORELLI, 2011). As principais
variáveis analisadas no sistema proposto serão apresentadas na Seção 2.5 deste trabalho.
2.1. A Atividade Física
Desde os tempos mais remotos, o homem precisa se movimentar para buscar recursos
necessários à sua sobrevivência. Para isso, ele precisava utilizar o seu corpo para caçar,
pescar, plantar dentre outras atividades. Nessa época "a atividade física tinha um papel
relevante para a sua sobrevivência expressa, principalmente na necessidade vital de atacar e
defender-se", conforme pontua Souza (1998).
Souza (1998) ainda comenta que na Grécia nasceu o ideal de beleza, que pode ser
visto nos museus de todo o mundo. Ali seria o berço das manifestações do exercício físico. As
mulheres praticavam exercícios rítmicos sob a forma de dança. Alguns esportes destacavam-
se nessa época como, por exemplo: as corridas de carros; o pugilismo; as lutas de um modo
geral; o combate armado; o arremesso com bolas de ferro; o tiro com o arco; o arremesso de
lanças, a natação em variados estilos. Nesta mesma época, principalmente no Oriente, os
exercícios físicos aparecem nas várias formas de luta; na natação; no remo; no hipismo; na
7
arte de atirar com o arco; na promoção de atividades que exercessem força, agilidade e
resistência.
Matsudo et al. (2002), menciona que desde os textos clássicos gregos, romanos e
orientais, a atividade física tem sido mencionada como instrumento de recuperação,
manutenção e promoção da saúde.
Chegando à Idade Moderna o exercício físico passou a ser altamente valorizado como
agente de educação. Vários estudiosos da época, entre eles inúmeros pedagogos, contribuíram
para a evolução do conhecimento da Educação Física com a publicação de obras relacionadas
à pedagogia, à fisiologia e à técnica. A partir daí surgiu um grande movimento de
sistematização da Ginástica, conforme cita Souza (1998).
2.2. Academias de ginástica
Citamos ao longo deste texto, os termos atividade física, ginástica, exercícios.
Portanto, o termo tão comumente abordado hoje “Academia de Ginástica”, surgiu quando? De
acordo com Capinussú (2006), no Brasil, as academias de ginástica existentes tiveram suas
origens em 1940. Elas se situavam nas grandes capitais brasileiras e tinham como base as
ginásticas, as lutas e o halterofilismo ou fisiculturismo. Já o termo academia, surgiu com
Platão, em 378 A.C., tendo fundado sua Academia, assim denominada, em homenagem ao
herói ateniense Academos.
Atualmente a sociedade em geral preocupa-se com a prática de exercícios físicos para
diversos fins como: bem estar, saúde e um envelhecimento com boa qualidade de vida. Isso
faz com que pessoas de todas as faixas etárias pratiquem algum tipo de atividade esportiva
principalmente nas academias.
2.3. Benefícios da Atividade Física
A atividade física é de extrema necessidade para qualquer pessoa, sendo
imprescindível a sua prática. Matsudo et al. (2002), demonstra que a inatividade física
8
(sedentarismo) é o fator de risco de doenças crônicas não transmissíveis mais prevalente na
população.
Nos dias de hoje, é grande o atrativo pela prática de atividade física em academias por
pessoas jovens, devido aos efeitos modeladores que causam no corpo, tanto para o homem
quanto para a mulher. Para desportistas, o objetivo costuma ser a melhora do desempenho
físico. Nos últimos anos, no entanto, numerosos trabalhos científicos têm demonstrado
importantes efeitos dos exercícios com pesos para a saúde.
2.4. Contexto contemporâneo
Atualmente vivenciamos um acelerado progresso tecnológico. Esse progresso vem
conduzindo uma pressão mercadológica para todos os setores da economia, inclusive, na
saúde e/ou área relacionado à estética (PETROSKI et al., 2012). As academias de ginástica
trabalham para suprir a demanda tão exigida pelos alunos e muitas vezes caem em processos
desnecessários, causados principalmente, pela falta de organização e meio de análise de
resultados (GERALDES E DANTAS, 1998). Analisando esta última informação, um sistema
de software pode auxiliar em dois aspectos: organizar o treinamento e exibir informações de
resultados, de forma intuitiva e precisa, após as avaliações.
A alucinada pressão imposta pela mídia e sociedade para obtenção do corpo perfeito,
fazem as pessoas buscarem as academias de ginástica. Normalmente, o principal parâmetro de
análise é a composição corporal. Existe uma busca insaciável para adquirir um corpo perfeito,
levando homens e mulheres optarem por diversos tipos de métodos, legais ou ilegais, na busca
de resultados. Os métodos enfatizados são a busca por um treinamento otimizado,
mensuração de resultado, suplementação e uso de anabolizantes (SILVA E FARINATTI,
2012).
Para organizar o treinamento é necessário compreender todo o processo de elaboração
de treinamento resistido, pois existem muitas variáveis e/ou caminhos diferentes. Sendo
assim, o educador precisa ter sólidos conhecimentos sobre as leis que determinam a estrutura
e sua constante modificação para proporcionar um treinamento otimizado para aluno
(GERALDES E DANTAS, 1998)(PERALTA, 2007).
9
Dessa forma, para elaboração do sistema na web seria uma ação de grande valia o
estudo do domínio da aplicação, ou seja, o processo básico da elaboração de treinamento em
ênfase as variáveis decisórias e o estudo da antropometria para mensuração de resultados.
2.5. Variáveis
Pelo estudo da literatura científica, vários autores enfatizaram que um bom
treinamento resistido precisa ser elaborado a partir da combinação das variáveis conforme
apresentado no Quadro 1, a seguir.
Quadro 1 – As principais variáveis presentes no treinamento resistido.
Autores Variáveis
Gomide et al. (2012); Oliveira e
Rodrigues (2007); Bagrichevsky e
Estevão (2006)
Duração da sessão de treinamento
Gomide et al. (2012); Martorelli (2011);
Silva e Farinatti (2007)
Número de séries em cada aparelho
Gomide et al. (2012); Silva e Farinatti
(2007);
Número de repetições
Gomide et al. (2012); Martorelli (2011);
Oliveira e Rodrigues (2007); Silva e
Farinatti (2007)
Intervalo de recuperação entre as séries
Gomide et al. (2012); Martorelli (2011);
Oliveira e Rodriguese (2007);
Bagrichevsky e Estevão (2006)
Sobrecarga/Intensidade
Gomide et al. (2012); Martorelli (2011);
Oliveira e Rodrigues (2007);
Bagrichevsky e Estevão (2006); Prestes
et al. (2002)
Frequência
Gomide et al. (2012); Martorelli (2011);
Oliveira e Rodrigues (2007);
Velocidade/ Tempo sob tensão (Excêntrica
e Concêntrica)
Oliveira e Rodrigues (2007); Método de treinamento
10
Prestes et al. (2002)
2.5.1. Duração da sessão de treinamento
A duração da sessão de treinamento é o tempo estimado para aluno finalizar a sessão
de treinamento.
Segundo Gomide et al. (2012), Oliveira e Rodrigues (2007), Bagrichevsky e Estevão
(2006) comentaram em seus trabalhos, a variável duração da sessão junto com outras, podem
garantir o sucesso ou fracasso perante o treinamento resistido.
A duração da sessão de treinamento influencia na intensidade para prescrever o
treinamento (GOMIDE et al., 2012).
Já para a Bagrichevsky e Estevão (2006), a duração da sessão de treinamento
influencia na sobrecarga e número de repetição máxima. Entretanto, nenhum dos autores
especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando a critério do educador
físico prescrever este limite durante a elaboração do treinamento para o aluno.
2.5.2. Número de séries em cada aparelho
Uma série é o número do conjunto de repetições que o aluno executa em um exercício.
Segundo Gomide et al. (2012) e Martorelli (2011) comentaram em seus trabalhos, a variável
número de séries junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante o
treinamento resistido. O número de série influencia na intensidade para prescrever o
treinamento (GOMIDE et al., 2012).
Em relação ao desempenho, a partir do estudo proposto pelo autor Martorelli (2011),
sugere-se a utilização de séries múltiplas à série simples.
Em relação à prescrição do número de séries, os autores Silva e Farinatti (2007),
realizaram uma busca na literatura científica, na qual a grande maioria dos autores
pesquisados sugere a utilização de três séries. Entretanto, na minoria existem duas parcelas,
uma defendendo a utilização de uma única série e a outra de duas séries.
11
Dessa forma, existem muitas vertentes para a prescrição do número de séries ao
treinamento, ficando a critério do educador físico prescrever o número de séries durante a
elaboração do treinamento para o aluno.
2.5.3. Número de repetições
O número de repetições é o número de vezes que o aluno executa um determinado
exercício durante uma série. Segundo Gomide et al. (2012) comentou em seu trabalho, a
variável número de repetições junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante
o treinamento resistido.
O número de repetições influencia na intensidade para prescrever o treinamento
(GOMIDE et al., 2012).
Já de acordo com o estudo apresentado Silva e Farinatti (2007), o número de
repetições é proporcional com o número de séries, por exemplo, duas séries de quinze
repetições, três séries de nove repetições e quatros séries de seis repetições. Entretanto,
nenhum dos autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando a
critério do educador físico prescrever estes limites.
2.5.4. Intervalo de recuperação entre as séries
O intervalo de recuperação entre as séries é o tempo entre as séries. Segundo Gomide
et al. (2012), Martorelli (2011), Oliveira e Rodrigues (2007) comentaram em seus trabalhos, a
variável intervalo de recuperação entre as sérias junto com outras, podem garantir o sucesso
ou fracasso perante o treinamento resistido.
O intervalo de recuperação entre as séries influencia na intensidade para prescrever o
treinamento (GOMIDE et al., 2012).
Já de acordo Martorelli (2011), o intervalo entre as séries pode ser um diferencial para
variar o treinamento, isto é, o treinamento adapta muito rápido ao grupo muscular e com essa
adaptação pode ocorrer redução de resultados pretendidos, assim essa variável pode eliminar
essa redução de resultados neste quesito. De acordo com o estudo elaborado pelo autor, um
menor intervalo de recuperação apresentou redução do desempenho em relação ao
12
treinamento. A maioria dos autores estudados recomenda a utilização de 2 a 3 minutos para
exercícios multiarticulares e de 1 a 2 minutos para exercícios uniarticulares. Entretanto,
nenhum dos autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando a
critério do educador físico prescrever estes limites.
2.5.5. Sobrecarga/Intensidade
Neste contexto, a sobrecarga é o peso. E a intensidade é relação em porcentagem
referente à sobrecarga máxima. A intensidade deveria ser prescrita de 60 a 85% a partir do
teste 1RM (Repetição Máxima) (GOMIDE et. al., 2012). Já para o estudo apresentado pelo
autor Martorelli (2011), a intensidade mostrou-se eficiente usando 60% do teste 1RM, 2
minutos de IR (Intervalo de recuperação), 6 séries e 6 repetições. Entretanto, nenhum dos
autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando também a
critério do educador físico prescrever tais limites.
2.5.6. Frequência
Neste contexto, a frequência é o número de dias por semana que o aluno executa o
treinamento. Para Prestes et. al. (2002, s/p), a variável frequência depende do método de
treinamento. Para um treino de adaptação, os autores sugerem a utilização de 3 vezes por
semana. Já́ para um treino de hipertrofia, a frequência também depende do objetivo
pretendido, se o objetivo seja o aumento de volume muscular então o autor sugere 4 vezes por
semana, senão se objetivo resistência muscular localizada então o autor sugere 6 vezes por
semana.
13
2.5.7. Velocidade/ Tempo sob tensão (Excêntrica e Concêntrica)
Neste contexto, a velocidade é o tempo de descida ou subida do movimento. Segundo
Gomide et al. (2012), Martorelli (2011), Oliveira e Rodrigues (2007) comentaram em seus
trabalhos, a variável velocidade junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso
perante o treinamento resistido.
A velocidade de execução do movimento influencia no objetivo pretendido, isto é, a
forma que velocidade é prescrita, ela pode hipertrofiar as fibras lentas (OLIVEIRA E
RODRIGUES, 2007).
Para Prestes et al. (2002), a variável velocidade depende do método de treinamento.
Para um treino de adaptação, o autor sugere a utilização de velocidade média para o
movimento. Já para um treino de hipertrofia, a variável também depende do objetivo
pretendido, se o objetivo seja o aumento de volume muscular então o autor sugere velocidade
média para o movimento, senão se objetivo resistência muscular localizada então o autor
sugere velocidade média para o movimento.
2.5.8. Métodos de treinamento
Neste contexto, os métodos de treinamento são métodos já elaborados, compostos por
suas características onde envolve todas as variáveis citadas anteriores. Esses métodos são
propostos para suprir parcialmente cada objetivo perante a instrução de um educador físico.
Para Prestes et al. (2002), o método de treinamento depende do objetivo almejado pelo
aluno. Se caso o aluno deseja um aumento de massa muscular, o método de treinamento mais
conceituado seria parcelado piramidal ou parcelado, senão se o objetivo do aluno seja
resistência muscular localizada, o método de treinamento mais conceituado seria circuito
alternado ou seguimento.
Já de acordo com Oliveira e Rodrigues (2007), existem muitos métodos de
treinamento, o que gera muita discussão sobre qual método usar e determinar a superioridade
14
de um a outro. Entretanto, de acordo com as autoras, não existe método mais efetivo do que
outro abordado pela literatura científica, isto é, apenas existem experimentos empíricos, sendo
assim, existe a necessidade de uma prescrição de método por um profissional qualificado de
educação física.
2.6. Antropometria
Outro fator de extrema importância são as avaliações, pois a partir dessa diretriz pode-
se verificar se o treinamento resistido está causando mudanças tanto positivas quanto
negativas, e assim ajustar para um treinamento mais consistente. O método mais comumente
utilizado para avaliação composição corporal é a antropometria, pois possui as seguintes
vantagens: menor custo, trivialidade, fácil obtenção e padronizado (KAZAPI, 2004). Para o
autor as variáveis como peso; altura; perímetros cefálicos, braquial e torácico; pregas cutâneas
bicipital, triciptal, subescapular, suprailíaca juntamente com sexo, idade pode-se criar um
índice que comparado com aos índices das organizações consagradas como a organização
mundial da saúde pode produzir um padrão notório para a classificação da composição
corporal.
É importante também mencionar os cálculos referentes à massa corporal magra do
indivíduo. Este cálculo foi descoberto por Hume (1966, p.389), através de seus estudos e
testes com algumas dezenas de indivíduos, entre eles homens e mulheres, que a massa
corporal magra poderia ser predita através do uso da altura e peso do indivíduo.
O autor, de acordo com sua pesquisa bibliográfica, pontuou o fato que o volume total
de sangue circulando no corpo estava diretamente associado à combinação do peso corporal e
do cubo da altura e que o volume de glóbulos vermelhos estava diretamente relacionado à
massa corporal magra. Uma vez que o volume de glóbulos vermelhos derivado da fórmula de
altura e peso ao cubo de Nadler, Hidalgo e Bloch correlaciona-se diretamente com o volume
de glóbulos vermelhos derivados da relação de massa corporal magra (HUME E
GOLDBERG, 1964 APUD HUME, 1966, p.389), conclui-se no trabalho dos autores que era
possível predizer a massa corporal magra através da altura e peso de um indivíduo.
O estudo e os testes resultaram em quatro fórmulas, sendo duas delas apontadas pelo
autor como mais apropriadas. As fórmulas serão mostradas a seguir, sendo uma a versão
masculina e a outra a versão feminina, respectivamente:
15
M.C.M = 0,32810 P + 0,33929 A – 29,5336 (1)
M.C.M = 0,29569 P + 0,41813 A – 43,2933 (2)
Nas quais, M.C.M = Massa corporal magra (kg); P = Peso (Kg); A = Altura (Cm).
Também se faz necessário despontar o cálculo do conhecido IMC, segundo
Deurenberg, Weststrate e Seidell (1990), existem diversos métodos para avaliar a composição
corporal, cada qual com suas vantagens e limitações.
O estudo desses autores foi realizado em cima de centenas de testes com indivíduos de
diferentes faixas etárias e índices de massa corporal (IMC) com o intuito de desenvolver uma
fórmula de predição de porcentagem de gordura corporal levando em consideração a idade e
sexo.
Em estudos epidemiológicos, como apontam os autores, o índice de massa corporal é o
método mais simples para utilizar na avaliação de porcentagem de gordura corporal. Como há
diferenças de composição corporal entre homens e mulheres e a relação de idade aumenta os
valores de massa adiposa e diminui os valores da massa magra, a relação entre o IMC e a
porcentagem de gordura corporal serão dependentes do sexo e da idade.
Baseado nestas informações e nos testes realizados pelos autores, o estudo resultou na
seguinte fórmula para predição de porcentagem de gordura corporal em adultos:
GC% = 1,20 x IMC – 10,8 x SEXO + 0,23 x IDADE - 5,4 (3)
Onde, GC% é a gordura corporal, IMC é o índice de massa corporal e SEXO é 0, se
feminino, e 1, se masculino.
De acordo com a Equação 3, o resultado será um valor aproximado em porcentagem.
2.7. Ferramentas computacionais para academias de ginástica
É do conhecimento de todos que as ferramentas computacionais estão cada vez mais
presentes em todo e qualquer tipo de empreendimento, que atenda ao público ou não. Com
16
academias de ginástica não é diferente. A proposta do presente trabalho é auxiliar o educador
físico no gerenciamento dos treinamentos e de alguns dados dos alunos que, quando se tratam
de muitos, fica complexo ao educador guardar todas estas informações.
Outros pesquisadores igualmente observaram essa necessidade das academias e se
propuseram a recomendar soluções para estes problemas, também com embasamento teórico
em pesquisas realizadas nesta área e em pesquisas em campo.
Peralta (2007) propôs em sua pesquisa uma solução para facilitar e orientar o
profissional da educação física na construção de uma estrutura do processo de treino
desportivo e também para preencher as lacunas que podem existir devido a uma incorreta
organização do processo de treino em suas etapas de formação. Contudo, em sua solução o
autor utiliza de planilhas eletrônicas a partir do software Microsoft Excel 2003 e o ambiente
VBA (Visual Basic for Applications).
Entretanto, planilhas eletrônicas não são a melhor aplicação para armazenar
informações e consulta-las posteriormente, podendo este arquivo ser acessado por qualquer
usuário e, podendo este excluir o arquivo que contém os dados por engano, por exemplo.
Outra observação importante relativa às planilhas eletrônicas é que não permitem criar uma
interface amigável com o usuário, ficando sempre com uma aparência de tabela.
Uma aplicação que utiliza banco de dados permite uma consulta mais rápida aos
dados, sem falar em indexação e outros pontos que facilitam e aumentam o desempenho da
armazenagem e consulta aos dados.
Algo muito interessante no trabalho de Peralta (2007) é que, assim como a proposta
deste estudo, a dele também não tem pretensão nenhuma em substituir o treinador físico e sim
ajudá-lo, pois existem muitos dados referentes aos alunos que precisam ser armazenado e que,
segundo o autor, cada treinador físico possui muitos alunos e fica difícil a individualização e
controle do processo de treino de todos estes.
Cavalheiro (2013), também tem uma proposta semelhante à deste trabalho, no qual ele
define um sistema de controle para ser utilizado por profissionais do treinamento
personalizado, também conhecidos como personal trainer. Sua proposta trata-se de um
sistema para organizar informações referentes ao treino dos alunos, podendo gerar um
relatório de desempenho do aluno ao final de um período.
O autor se preocupou com a interoperabilidade do sistema, porém, o projeto utiliza-se
de uma plataforma que não permite total interoperabilidade com outros sistemas que é o
Microsoft .NET. Outro detalhe relacionado à interoperabilidade é que o sistema utiliza uma
plataforma de computação em nuvem chamada Windows Azure é executado no Data Center
17
(centro de dados) da Microsoft. O Windows Azure então funciona como se fosse um “sistema
operacional em nuvem” – Seu acesso e utilização são cobrados pela Microsoft, o que eleva o
valor do projeto. Ainda, o sistema foi desenvolvido para operar no Microsoft Windows 8, e
somente nele, ficando restrito à outros sistemas operacionais, tanto desktop, quanto móveis.
Outro ponto a ser observado e comparado em relação ao trabalho de Cavalheiro (2013)
com a nossa proposta, é que o sistema proposto por ele não é capaz de gerar informações para
uma análise do educador físico em um gráfico. Gráficos facilitam a análise das informações e
permitem uma melhor análise para uma tomada de decisões.
Fantinel (2012) propõe em sua pesquisa um sistema que tem por objetivo oferecer uma
solução eficiente no que diz respeito ao suporte e acompanhamento à prática de atividades
físicas. O autor utiliza em seu trabalho um sistema dividido em duas partes, uma para ser
executada em desktop e outra para smartphones com sistema operacional Android.
Sua proposta se aproxima bastante da nossa, com exceção à aplicação exclusiva para
Android, o proposto por nós pode ser utilizado em qualquer smartphone, independente de seu
sistema operacional. Outro ponto que pudemos observar em seu trabalho é que, como o
próprio autor cita, o banco de dados que ele utilizou no desenvolvimento da aplicação é o
NeoDATIS ODB, um banco de dados muito simples e que serve apenas para projetos de
pequeno porte. A tendência de um sistema como esse é crescer, devido ao número de alunos e
de outros dados que podem ser armazenados; um banco de dados para projetos de pequeno
porte talvez não apoie o número de dados que serão armazenados nele.
Machado e Jardim (2013) propuseram um sistema de software que permite utilizar um
smartphone para auxiliar o profissional de educação física no processo de avaliação física. A
ideia principal do sistema desenvolvido por eles é coletar dados dos usuários com base em
toques na tela e imagens intuitivas para ajudar aos usuários no processo do sistema. No
sistema proposto pelos autores também é possível gerar relatórios, tomando como base, os
dados cadastrados.
Contudo, esse sistema torna-se limitado, pois só pode ser executado em aparelhos
smartphones fabricados pela empresa americana Apple, limitando o número de usuários a
utilizarem o sistema, pois comparados a outros smartphones, os fabricados pela Apple são de
um custo mais elevado.
Outro ponto importante, também a ser observado, é que o aplicativo não tem uma
versão desktop, o que limita sua execução somente em aparelhos smartphones (fabricados
pela Apple). Outro detalhe igualmente importante para ser observado é que seus relatórios são
18
gerados apenas na tela do smartphone e, caso o usuário queira imprimir este, tem que enviá-lo
a um servidor que está previamente configurado no aplicativo.
A proposta de elaboração do sistema, foco deste trabalho, inclui a utilização de
ferramentas livres, sem custo quanto à sua aquisição, diminuindo o valor financeiro do projeto
com um todo. Outro ponto importante desta proposta diz respeito à sua interoperabilidade
com outros ambientes, fato não encontrado nos trabalhos comentados anteriormente. Assim
sendo, o sistema proposto é capaz de operar em qualquer sistema operacional desde que haja
um navegador web instalado.
Além disso, o presente trabalho foi construído para se adaptar a qualquer tamanho de
tela, utilizando-se de um design responsivo em suas telas, o que permite que o mesmo seja
operado com a mesma funcionalidade em um aparelho com uma tela de tamanho reduzido,
como por exemplo, um smartphone ou tablet, da mesma forma com que é utilizado em um
desktop com uma tela maior.
19
3. Contextualização
Neste capítulo, serão apresentadas as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento
do trabalho.
3.1. Ferramentas de Desenvolvimento
3.1.1. HTML
O surgimento do HTML relaciona-se ao surgimento da WWW (abreviação para World
Wide web, traduzida como “Teia Mundial”) que começou em lugar não muito esperado: no
Laboratório Europeu para Física de Partículas (CERN) em Geneva, na Suiça. (W3, 2013).
Tim Berners-Lee, o inventor da web, estava trabalhando na seção de serviços de
computação do CERN quando teve a ideia de criar o que chamamos hoje de WWW. As
pesquisas de física de partículas envolviam constantemente a colaboração de institutos de
todas as partes do mundo e, desta forma, Tim teve a ideia de criar alguma maneira em que os
pesquisadores organizassem e reunissem informações através de sítios remotos. Tim sugeriu
algo um pouco mais adiante: muito além de permitir o compartilhamento destes arquivos e
documentos através de download, seria possível criar links de texto nos próprios arquivos.
(W3, 2013).
Tim Berners-Lee desenvolveu então, em 1990, três especificações que formaram a
base principal de toda a web: a HTML (abreviação para HyperText Markup Language,
traduzida como Linguagem de Marcação de HiperTexto) que é o formato de documento para
a web; a URL (abreviação para Universal Resource Locators, traduzido como Localizador
Universal de Recursos), cujo propósito era de estabelecer links entre os documentos; e o
HTTP (abreviação para HyperText Transfer Protocol, traduzido como Protocolo de
Transferência de HiperTexto), no qual fora desenvolvido para permitir a transferência de
documentos entre os dispositivos na Internet. (LIE, 2005, p. 27).
20
A penúltima versão da HTML, a HTML 4.01, veio em 1999. Desde esse tempo a
Internet mudou bastante e, sendo assim, a nova versão conhecida como HTML 5 veio para
substituir gradativamente o HTML 4.01 e também o XHTML 1. O principal objetivo do
HTML 5, além de ser multiplataforma, é garantir que seja possível criar e executar desde
vídeos até animações sem a necessidade de plug-ins extras (Flash por exemplo) e, dessa
forma, é notável um uso menor de scripts visto que novas marcações estão disponíveis.
(W3Schools, 2013).
3.1.2. PHP
A linguagem PHP, altamente difundida na atualidade, é uma linguagem para
desenvolvimento web livre e com código aberto (open source). O surgimento da linguagem
começa em 1995 quando Ramus Lerdorf desenvolveu um script para calcular quantos visitantes
estavam visualizando seu currículo e para pegar informações destes usuários (Gilmore, 2010,
p.1). Segundo o autor, o script foi desenvolvido usando o módulo Common Gateway Interface
(interface de saída comum) com a linguagem Perl (Perl Documentation, 2013). Devido ao
número de requisições por e-mail e a utilidade dos scripts Lerdorf começou a distribuir essas
ferramentas e as chamou inicialmente de Personal Home Page (PHP).
Dentre as diversas versões disponibilizadas desde o período de lançamento, as mais
utilizadas atualmente são PHP 4, PHP 5 e PHP 6. Cada versão se adequa a diferentes
necessidades e servidores de hospedagem (Gilmore, 2010, p.1).
Segundo o autor (ibid., p.2) a versão 4, em relação as versões anteriores, adicionou
diversas melhorias como o gerenciamento de recursos aprimorados, suporte orientado a
objeto, suporte nativo para gerenciamento de sessão, criptografia, suporte nativo ao JAVA,
etc. A versão 5 é a versão mais estável atualmente, uma vez que a versão 6 ainda encontra-se
em fase beta e, desta forma, foi a versão escolhida para desenvolvimento do software. Nesta
versão foram melhoradas as capacidades da linguagem quanto a orientação a objetos
adicionando diversas funções novas, gerenciamento de exceções, suporte avançado ao xml
etc. A versão 6, a mais atual, estão sendo dispostas novas características e construções na
linguagem, como tipos e loops diferenciados, suporte nativo ao Unicode e aperfeiçoamentos
de segurança (Gilmore, 2010, p.5).
21
Dentre as ferramentas e bibliotecas disponíveis, é importante citar a biblioteca PHP
Data Objects (PDO), cujo objetivo é unificar as formas de acesso ao banco, criando um
padrão de comunicação de forma a facilitar o desenvolvimento e já inclui as principais
medidas de segurança, sendo compatível com vários gerenciadores de banco de dados (PHP
Manual, 2013).
Diante destas características, Gilmore (2010, p.5) determina as vantagens da
linguagem:
• Praticidade: O objetivo desde a criação da linguagem oficial foi sempre a
praticidade. A linguagem não requer grandes conhecimentos e permite criar
poderosos softwares com o mínimo de linhas, pois não é obrigatório nem mesmo
importar as bibliotecas.
• Poder: A linguagem tem a disposição mais de 180 bibliotecas e mais de 1000
funções além de permitir manipular arquivos Flash e Portable Document Format
(PDF), avaliar senhas, comunicar-se com diversos protocolos etc.
• Possibilidade: Além de oferecer suporte a mais de 25 ferramentas de
gerenciamento de banco de dados, tornou-se uma poderosa linguagem de
programação procedural, permitindo operações complexas com strings com mais
de 85 funções para tal. Além disso, suporta formatos de expressão regulares da
linguagem Perl.
Dentre as diversas funções existentes no PHP, destaca-se a função md5. Este algoritmo
é usado em aplicações com assinatura digital com o objetivo de comprimir arquivos de grande
extensão de maneira segura antes de encriptado com uma chave privada (W3Schools, 2013).
Todas essas características validam a escolha do PHP para o mercado, uma vez que é
um software livre e permite trabalhar de forma orientada a objetos, uma das principais
características da linguagem.
3.1.3. Javascript e outras tecnologias
22
O surgimento do JavaScript, como explica Goodman (2007, p.7), acontece logo antes
do lançamento formal do Navigator 2, Netscape e da Suns Microsystems sendo anunciado
como a linguagem que sucederia o LiveScript, desenvolvida em paralelo com a até então nova
versão do programa de servidor web da Netscape.
Embora a Netscape tivesse motivos comerciais para usar Java como parte do nome da
linguagem de script, isso só acabou gerando confusão entre linguagem Java e linguagem de
marcação de hipertexto (HTML) tornando difícil a distinção entre Java e JavaScript. Apesar
de tudo, a linguagem ainda assim mantinha algumas semelhanças com Java como nas sintaxes
(Ibidem).
A linguagem JavaScript é uma tecnologia de aperfeiçoamento da web que visa
transformar uma página de conteúdo estática em uma página interativa, dinâmica e mais
“inteligente”, sendo carregada e executada somente no lado do cliente. Apesar de existirem
algumas outras linguagens ou plug-ins capazes de tornarem a web também dinâmica, contudo
o JavaScript se encaixa perfeitamente com todos os padrões web e dispõe de diversas
ferramentas e tecnologias derivadas para auxílio, como jQuery e Ajax, que serão explicados
mais adiante. (Idem, p.3)
Para compreendermos as principais utilidades do JavaScript, pontuamos algumas das
soluções nas quais pode-se e recomenda-se utilizar a linguagem (Idem, p.8):
• Fazer a página responder as interações do usuário, como por exemplo: botões, caixas
de seleção, listas de seleção, áreas de texto, links de HiperTexto etc.
• Controlar a navegação com múltiplos frames, plug-ins, ou applets de Java, baseadas
no que fora determinado no documento HTML.
• Validar e/ou ajustar dados antes de serem enviados ao servidor.
• Mudar os conteúdos e estilos da página dinamicamente.
Apesar destas vantagens, Goodman (2007, p.8) descreve que o JavaScript não é capaz
de realizar tais feitos por ele mesmo. O usuário é capaz de desde bloquear todas suas ações até
liberá-las completamente (se utilizando navegadores modernos). Isso existe, pois é possível,
através da linguagem de script, invadir a privacidade do usuário através de acessos não
autorizados e, desta forma, faz-se necessário a autorização do mesmo para que certas ações da
linguagem sejam executadas. Sem a autorização prévia não será possível acessar documentos
23
no computador, iniciar softwares, capturar faixas de dados do servidor para retransmiti-las,
enviar e-mails, entre outros e, portanto, deve-se estar atento ao uso da linguagem.
Dentre as tecnologias dispostas pelo JavaScript, é importante citar o jQuery que, como
explica a W3Schools (2013), é que uma biblioteca de JavaScript que visa facilitar o uso da
linguagem e agilizar diversas rotinas comuns permitindo manipular tanto a HTML como a
CSS, animações, Ajax e outros utilitários. O Ajax (abreviação para Asynchronous JavaScript
And XML, traduzido como XML e JavaScript assíncrono) é outra ferramenta incorporada
atráves de JavaScript, como menciona a W3Schools (2013), sendo extremamente útil para a
dinâmica da página, uma vez que permite fazer requisições e atualização na página sem a
necessidade de recarregá-la, já que realiza pequenas transações de dados com o servidor de
maneira imperceptível.
Por fim, dentre os diversos complementos existentes, citamos também a biblioteca
Highcharts, uma biblioteca escrita em JavaScript puro oferecendo uma maneira simples de
criar e adicionar gráficos dinâmicos na página, dispondo de várias formatações e tipos de
gráficos (Highcharts, 2013).
3.1.4. CSS
Nos primeiros anos, logo após a criação da WWW, a criação de páginas era limitada
ao conteúdo e às poucas formas de alterar a aparência e estilo do mesmo. Como explicam Lie
e Bos (2005, p. 1), os autores só podiam trabalhar em aspectos estruturais da página como a
divisão de partes do texto em cabeçalho e texto corrido, assim como alterar o peso das fontes
e o estilo das mesmas, entre outros poucos efeitos, contudo, era tudo o que podiam fazer.
Embora o uso da web e da HTML tinha como principal objetivo a disposição de
documentos e resultados científicos e não a questão visual, quando autores fora do contexto
científico descobriram a web a frustação era cada vez mais constante em relação às suas
limitações. Muitos autores viviam no meio das publicações baseadas em papel onde tinham o
controle destas formatações visuais (Ibidem).
Neste contexto surge a CSS, abreviação para Cascading Style Sheet, traduzida como
“Folha de estilo em cascata”, um método para estilizar páginas web. O CSS foi criado para
trabalhar juntamente com a HTML. O HTML por si só possui pouca capacidade de
influenciar na aparência do documento, no entanto, as folhas de estilo descrevem como cada
24
elemento do documento deve se comportar ou ser mostrado aumentando grandiosamente o
potencial das páginas em HTML (Idem, 2005, p. 2).
Eles ainda pontuam que a folha de estilo “é um conjunto de instruções que dizem ao
navegador como o documento deve ser apresentado aos usuários”. É possível definir uma
gama de estilos que variam desde a definição do tamanho dos elementos (limite de espaço que
ocupam) até as cores, espaçamento etc (ibidem).
A última versão da CSS, cujo desenvolvimento começou em 1998, como menciona
Gasston (2011, p.2), um ano após o lançamento do CSS2 que já apresentava problemas que o
tornavam inconsistente e frustrante. Por muitos anos o Internet Explorer dominou o mercado
que não mostrava interesse em implementar o CSS3, mas a grande demanda de navegadores
dos últimos anos levou o CSS3 a ser implementado de maneira consistente. Desta forma, o
CSS3 está sob constante desenvolvimento assim como os navegadores para implementá-lo,
tornando um complemento indispensável para a nova web, amplamente abraçado e estudado
pelas comunidades desenvolvedoras (ibidem).
3.1.5. Foundation
Hoje em dia, devido aos muitos dispositivos de diferentes formatos que encontramos,
se faz importante a utilização de um design responsivo para que a página ou o sistema web
que estamos criando, se adapte a todas estas telas. Para Andrade et al. (2013), “Design
Responsivo é uma técnica de estruturação de HTML e CSS na qual a página adequa-se ao
navegador do usuário sem a necessidade de criar vários conteúdos para cada resolução de
tela”.
Pensando nesta adaptação, utilizamos neste trabalho o framework Foundation. De
acordo com a documentação disponível em seu site oficial, o Foundation tem muitos
componentes e estruturas para ajudar a construir um site ágil, sem ter que se preocupar em
escrever muitas linhas de código.
O Foundation possui um poderoso pré-processador de CSS e que facilita a escrita do
código, proporcionando uma programação mais limpa e organizada. Sendo assim, com o
Foundation fica fácil fazer a manutenção do código ao longo do tempo, sem ter muito
trabalho.
25
Dentre os componentes que acompanham o framework, podemos citar a grid, que
funciona em qualquer tipo de dispositivo e permite ordenar os dados com grande facilidade.
Ainda falando sobre os recursos disponíveis no Foundation, podemos citar os botões, que
podem ser adicionados à página de uma forma tão fácil quanto adicionar uma classe CSS, cita
seu site oficial.
O Foundation também dispõe de diversos plugins em Javascript, dentre eles podemos
destacar o reveal modal e o top bar. Reveal modal é uma modal responsiva com a
possibilidade trazer o conteúdo por AJAX. O top bar é um menu responsivo, com funções
predefinida para identificar o tamanho da tela e se necessário aplicar o menu mobile, já
incluso no framework. Ambos de fácil implementação, manuseio e manutenção.
3.1.6. Postgresql
Segundo seu site oficial, o PostgreSQL é um poderoso sistema gerenciador de banco
de dados objeto-relacional de código aberto. Tem mais de 15 anos de desenvolvimento ativo e
uma arquitetura que comprovadamente ganhou forte reputação de confiabilidade, integridade
de dados e conformidade a padrões. Roda em todos os grandes sistemas operacionais,
incluindo GNU/Linux, Unix (AIX, BSD, HP-UX, SGI IRIX, Mac OS X, Solaris, Tru64), e
MS Windows. É totalmente compatível com ACID, tem suporte completo a chaves
estrangeiras, junções (JOINs), visões, gatilhos e procedimentos armazenados (em múltiplas
linguagens). Inclui a maior parte dos tipos de dados do ISO SQL:1999, incluindo INTEGER,
NUMERIC, BOOLEAN, CHAR, VARCHAR, DATE, INTERVAL, e TIMESTAMP.
Suporta também o armazenamento de objetos binários, incluindo figuras, sons ou vídeos.
Possui interfaces nativas de programação para C/C++, Java, .Net, Perl, Python, Ruby, Tcl,
ODBC, entre outros, e uma excepcional documentação (POSTGRESQL, 2013).
Como um banco de dados de nível corporativo, o PostgreSQL possui funcionalidades
sofisticadas como o controle de concorrência multiversionado (MVCC, em inglês),
recuperação em um ponto no tempo (PITR em inglês), tablespaces, replicação assíncrona,
transações agrupadas (savepoints), cópias de segurança a quente (online/hot backup), um
sofisticado planejador de consultas (otimizador) e registrador de transações sequencial (WAL)
para tolerância a falhas. Suporta conjuntos de caracteres internacionais, codificação de
caracteres multibyte, Unicode e sua ordenação por localização, sensibilidade a caixa
26
(maiúsculas e minúsculas) e formatação. É altamente escalável, tanto na quantidade enorme
de dados que pode gerenciar, quanto no número de usuários concorrentes que pode acomodar.
Existem sistemas ativos com o PostgreSQL em ambiente de produção que gerenciam mais de
4 TB de dados.
Neves et. al (2008), fazem um comparativo de desempenho entre três Sistemas
Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD), do tipo "freeware", ou seja, de licença gratuita,
que são: MySQL, PostgreSQLe Firebird. Neste estudo, os autores constatam que o
PostgreSQL se sobressai em vários quesitos, podemos citar por exemplo, um rápido
desempenho na manipulação dos dados para um grande volume de informações, perante aos
outros dois SGBDs citados acima. Ainda, segundo os autores, o PostgreSQL é adequado para
volumes grandes de dados e tem muitos recursos de dados estatísticos que facilitam o
acompanhamento e controle no seu SGBD.
Seu site oficial ainda cita que o PostgreSQL é louvado por seus usuários e é
reconhecido no setor, incluindo o Prêmio Linux New Media para o Melhor Sistema de Bases
de Dados e cinco Prêmios Escolha dos Editores do Linux Journal para melhor SGBD
(ibidem).
3.1.7. Apache
Danesh (2000, p.324) pontua que para algumas pessoas, o Apache é o software de
servidor web mais utilizado. Na página oficial do Apache na Internet, encontramos citações
de que o Apache foi o servidor web mais popular na Internet desde abril de 1996, e
comemorou seu aniversário de 17 anos como um projeto em fevereiro deste ano.
O autor ainda menciona que o Apache nasceu do trabalho realizado para consertar o
NCSA httpd, um dos servidores web originais, para corrigir alguns problemas e incluir
funcionalidade. Desde então, o Apache tem surgido como o servidor não-comercial de
escolha para sistemas Unix. Mais recentemente, ele foi portado para o Windows, e pode ser
usado como servidor web em sistemas NT.
Em seu site oficial ainda comenta que “O objetivo deste projeto é fornecer um servidor
seguro, eficiente e extensível que fornece serviços HTTP em sincronia com os padrões HTTP
atuais”. Isso sem falar que a desenvolvedora do Apache fornece o código-fonte completo e
que vem com uma licença sem restrições.
27
Danesh (2000, p.325) coloca que o Apache oferece numerosos recursos que o tornam
atraente para administradores de sistema Unix. Além de usar uma configuração baseada, nos
arquivos de configuração originais do NCSA httpd, o Apache está disponível como o código-
fonte completo e é desenvolvido coletivamente, como muitos outros aplicativos populares
para o ambiente Linux. O código-fonte original da versão mais recente do Apache está
disponível à partir do endereço www.apache.org, junto com os códigos binários pré-
compilados para muitos sistemas diferentes, incluindo o Linux. O Apache está incluído como
o servidor web padrão instalado com o Red Hat Linux e em outras versões.
Em seu site oficial, ainda encontramos como planos futuros para o Apache, continuar
sendo um servidor HTTP "open source", ou seja, destinado para uso sem custo, e que é de
extrema importância para a equipe de desenvolvimento manter-se sempre atualizada com os
avanços relacionados ao protocolo HTTP e a evolução da web em geral. A página oficial cita
também que o Comitê de Gestão do Projeto Apache HTTP mantém padrões rigorosos antes
de liberar novas versões de seus servidores, e o Apache é executado sem problemas em mais
de metade de todos os servidores WWW disponíveis na Internet.
3.1.8. NetBeans IDE
O NetBeans é um ambiente integrado de desenvolvimento (IDE - Integrated
Development Environment), open-source escrito totalmente em Java. Seu projeto inicial foi
fundado pela Sun Mycrosystems em junho de 2000 que, ainda nos dias de hoje continua
sendo seu principal patrocinador. Sendo um ambiente que permite a você escrever, compilar e
debugar, seu uso em empresas cuja exigência de produtividade são altas, não é apenas uma
economia GONÇALVES (2006, p.23).
Em sua página oficial na Internet em português, é posto que o NetBeans IDE permite o
desenvolvimento rápido e fácil de aplicações desktop Java, móveis e web, oferecendo
excelentes ferramentas para desenvolvedores de PHP e C/C++. Não somente para tais
linguagens, mas o NetBeans IDE oferece suporte para linguagens de programação voltadas à
web, como XML, HTML, PHP, JavaScript e outras.
Tratando sobre PHP, em sua página oficial, é mencionado que o editor de PHP do
NetBeans oferece geração e modelos de código (Getters e Setters), refatoração (Renomeação
Instantânea), dicas de ferramenta de parâmetro, sugestões e correções rápidas e autocompletar
28
código inteligente (incluindo colchete de fechamento). Ainda, o NetBeans oferece uma versão
de IDE sob medida para desenvolver sites em PHP que compreende uma variedade de
linguagens de marcação e script. O editor PHP é integrado dinamicamente com as
funcionalidades de edição de HTML, JavaScript e CSS.
Gonçalves (2006, p.23) ainda ressalta que o NetBeans IDE vem evoluindo
rapidamente a cada versão, tornando-se competitiva junto as melhores ferramentas de
desenvolvimento Java do mundo. É possível instalar o NetBeans IDE em todos os sistemas
operacionais que suportam Java, incluindo Windows, Linux e Mac OS. Além de ser uma
ferramenta gratuita e com código-fonte aberto, tem uma grande comunidade de usuários e
desenvolvedores em todo o mundo.
Para o desenvolvimento do sistema proposto, utilizamos o NetBeans IDE na sua
versão 7.3.1, que possui funcionalidades para oferecer suporte e melhorar a experiência de
desenvolvimento com aplicações web no lado do cliente que utilizam a família de tecnologias
HTML 5. Também é possível trabalhar com desenvolvimento direcionado a desktops e
plataformas móveis ao mesmo tempo.
29
4. Metodologia
4.1. Síntese do questionário de levantamento de requisitos
Foram levantados da literatura científica os componentes necessários para elaboração
do treinamento de musculação. Após esse levantamento, foi aplicado um questionário para
verificar a viabilidade do projeto e esclarecimento de alguns termos técnicos aos educadores
físicos.
O questionário (APÊNDICE A) aprovado pelo comitê de ética sob o parecer 377.352
(ANEXO A) fora aplicado para três educadores físicos, cujas respostas foram sintetizadas e
apresentadas de forma imparcial nos quadros que serão apresentados posteriormente no
decorrer desta seção.
O questionário divide-se em duas partes: a primeira parte constante dos Quadros 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, contém as perguntas relacionadas diretamente ao domínio onde
buscamos compreender os diferentes quesitos, nos quais atribuímos o nome de “variáveis”,
que alteram a forma e o resultado dos exercícios de musculação; a segunda parte , conforme
apresentada nos quadros 12.1a, 12.1b e 12.1c, dispõe as perguntas relacionadas à validação e
ao levantamento dos requisitos do software em questão levando em consideração algumas
proposições sobre o programa.
O Quadro 2, apresentado a seguir, mostra a síntese das respostas relacionadas às
perguntas sobre a variável “volume”, cujo objetivo é compreender os diferentes resultados
possíveis ao alterar os níveis da mesma.
30
Quadro 2 – Volume
Síntese Resposta
Nível
Máximo
Podem ser proporcionados tais resultados: hipertrofia, força, resistência,
condicionamento do aparelho locomotor, definição etc. Desde que haja
uma boa combinação entre volume e intensidade.
Nível
mínimo
Hipertrofia, força, resistência, condicionamento do aparelho locomotor,
definição. No entanto precisar estabelecer uma intensidade adequada.
Nível
ideal
Resistência, basicamente são exercícios de longa duração. Em caso um
prático seriam de duas à três séries de 12 à 20 repetições cada, com
intervalos de 30 à 60 segundos entre as mesmas.
Hipertrofia, basicamente seria uma combinação de sobrecarga de peso
e/ou intensidade. Em um caso prático, seriam 6 à 12 repetições, intervalo
menor que 90 segundos e 3 séries.
Força, basicamente seria uma combinação de sobrecarga de peso e/ou
intensidade. Em um caso prático, seriam menos que 6 repetições com
pausas maiores que 120 segundos e 4 à 10 séries.
O Quadro 3 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “velocidade”, cujo objetivo é compreender os diferentes resultados possíveis ao
alterar os níveis da mesma.
Quadro 3 - Velocidade
Síntese Resposta
Nível
Máximo
A ação da célula muscular é a mesma nos processos excêntrico e
concêntrico, daí a importância de se manter a musculatura tensionada nas
duas etapas do movimento. No entanto, pode proporcionar explosão e
resistência muscular localizada, aumentando o risco de lesões.
Nível
mínimo
Maior recrutamento de fibras da musculatura sinérgica. Em um caso
prático, pode ser 2 à 6 tempos/segundos, nas fases concêntrica e excêntrica.
Entretanto, o movimento seja contínuo, isto é, sem haver interrupções.
Nível
ideal
A velocidade deve ser maior no treinamento de resistência e menor para
força e hipertrofia. Podem ser utilizados, buscando resultados distintos, o
tempo de execução de 2 a 6 tempos/segundos por movimento.
31
O Quadro 4 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “ordem dos exercícios”, cujo objetivo é compreender a influência e aplicação correta
da mesma.
Quadro 4 – Ordem dos exercícios
Síntese Resposta
A ordem dos
exercícios afeta os
resultado dos
treinamentos de
musculação?
Sim. O ideal é começar o treinamento pelos músculos que serão
mais enfatizados, no entanto existe também a necessidade de
favorecer o trabalho do grupo muscular agonista.
Como a ordem dos
exercícios deve ser
realizada para o
objetivo de
resistência,
hipertrofia e força?
Normalmente, trabalham-se os grupos musculares maiores e
depois os menores, pela exigência sobre os músculos assessórios
e articulações.
O Quadro 5 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “duração da sessão de treinamento”, cujo objetivo é compreender as dependências da
variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
32
Quadro 5 – Duração da sessão de treinamento
Síntese Resposta
Dependência
da sessão de
treinamento
Pode variar de acordo com o nível em que o indivíduo se encontra e
seu objetivo. As principais variáveis são grupos musculares a serem
trabalhados, numero de exercício para cada grupo muscular, número
de séries, repetições etc.
Nível máximo
Catabolismo e lesões decorrentes do overtraining são os principais
riscos de um treinamento muito extenso.
Nível mínimo Pode pormenorizar os resultados.
Nível ideal
O nível ideal para cada objetivo deve ser traçado de acordo com o
perfil de cada indivíduo, tais como biótipo, hábitos e
condicionamento físico. Em um caso prático, normalmente, a
duração pode variar de 45 minutos à uma hora.
O Quadro 6 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “número de séries em cada aparelho”, cujo objetivo é compreender as dependências
da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
Quadro 6 – Número de séries em cada aparelho
Síntese Resposta
Dependência do
número de series
em cada aparelho
Depende de fatores como o objetivo pretendido pelo indivíduo,
nível de preparo do mesmo etc.
Nível máximo O excesso pode levar a lesões.
Nível mínimo
Pode haver um trabalho reduzido do grupo muscular alvo, o que
dificultaria os ganhos pretendidos.
Nível ideal
Neste caso, pode-se levar em consideração o grupo muscular
envolvido, há músculos mais resistentes que necessitam de mais
volume para serem trabalhados e outros menos.
O Quadro 7 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “número de exercício para cada grupo muscular”, cujo objetivo é compreender as
dependências da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
33
Quadro 7 – Número de exercício para cada grupo muscular
Síntese Resposta
Dependência do
número de
exercício para
cada grupo
muscular
Normalmente, pode variar levando em conta o objetivo e o
condicionamento físico do indivíduo. Em caso prático,
usualmente, são prescritos para iniciantes no mínimo quatro
exercícios diferentes para grupo musculares maiores e pelo menos
três para grupos musculares menores.
Nível máximo Estresse muscular.
Nível mínimo
A falta de estimulo para musculatura pode ocasionar a estagnação
do desenvolvimento pretendido.
Nível ideal
Pode variar em decorrência do condicionamento do indivíduo. Em
um caso prático, normalmente, ideal é que sejam desenvolvidas
pelo menos 10 a 15 repetições para cada grupo muscular.
O Quadro 8 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “intervalo de repetição entre as séries”, cujo objetivo é compreender as dependências
da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
Quadro 8 – Intervalo da repetição entre as séries
Síntese Resposta
Dependências do
intervalo de
repetição entre as
séries
Objetivo, condicionamento físico do indivíduo, número de séries,
repetições, intensidade, recuperação etc. A recuperação é
fundamental, pois permite a síntese energética para a próxima
série.
Nível máximo Pode gerar estresse muscular, lesões, tendinite e overtraining.
Nível mínimo
Com um descanso abaixo do necessário, a execução do exercício
fica comprometida e assim pode minimizar os resultados
pretendidos.
Nível ideal
Para resistência, hipertrofia e força, os níveis ideais seriam de 30
a 60, menor que 90 e maior que 120 segundos, respectivamente.
34
O Quadro 9 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “sobrecarga”, cujo objetivo é compreender a importância da variável e os resultados
possíveis em seu nível máximo.
Quadro 9 – Sobrecarga (Intensidade)
Síntese Resposta
A intensidade ou
sobrecarga é
variável?
Sim. A individualidade é uma questão primordial para o
treinamento resistido. O sexo pode ser determinante,
principalmente por questões que envolve a atuação dos
hormônios. Este fator pode variar também com objetivo,
alimentação, faixa etária, genética e etc.
Nível máximo Pode levar ao overtraining ou lesões.
O Quadro 10 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “aquecimento”, cujo objetivo é compreender a necessidade da variável e a aplicação
correta da mesma.
Quadro 10 – Aquecimento (Alongamento)
Síntese Resposta
Alongamento
pode sempre ser
aplicado?
O alongamento pode sempre ser aplicado desde que o aluno não
tenha alguma limitação que impeça a execução do movimento e
respeite o limite da intensidade determinado por cada aluno.
Entretanto, há uma grande controvérsia a respeito de alongamento
para praticantes de musculação. Há estudos que apontam serem
necessários e outros que dizem ser nocivos.
Quais orientações
poderiam ser
prescritas para
alongamentos?
O aquecimento ou alongamento dever ser feito preparando a
musculatura que será trabalhada naquela sessão respeitando certo
limite para não consumir as reservas energéticas que serão
requeridas nos exercícios principais.
O Quadro 11 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a
variável “frequência”, cujo objetivo é compreender as dependências da variável e variação da
mesma.
35
Quadro 11 – Frequência
Síntese Resposta
Dependências do fator
frequência
As principais dependências são objetivo, nível de
condicionamento físico, frequência cardíaca, número de
repetições, intensidade respiração e etc.
Variação
Em treinamentos resistidos, normalmente, é prescrito
um intervalo de 48 horas entre um esforço e outra para o
mesmo grupo muscular. Em um caso prático mais
específico seria: 48 horas para treino de resistência, 48 a
72 horas para treinamento de hipertrofia e mais que 72
horas para treinamento de força.
O Quadro 12.1a, a seguir, apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas
nas quais deve-se considerar um programa de computador que tem como objetivo gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes, cujas respostas levaram em consideração as
seguintes proposições:
- O programa não irá criar a ficha de exercícios e sim armazenar uma que será criada
pelo educador físico.
- O programa não determinará os métodos de treinamento para os alunos e sim terá
conhecimento deles para que este possa facilitar a criação e gerenciamento das
fichas de exercícios.
36
Quadro 12.1a – Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes
Síntese Resposta
Um programa de computador que conheça o
funcionamento destas variáveis de forma
sistemática pode monitorar a evolução de
um aluno através de registros das tarefas
cumpridas?
Sim, pode auxiliar na mensuração dos
resultados.
Como um programa de gerenciamento e
monitoramento pode auxiliar o educador
físico a gerenciar seus alunos?
Fazendo um controle da frequência, dos
treinos realizados e dos números
relacionados ao aluno como peso,
medidas etc.
Um programa de computador que conheça
os principais métodos de treinamento pode
vir a facilitar as responsabilidades do
educador físico? Como?
Pode ser uma ferramenta para auxiliar,
dando sugestões de treinamentos de
acordo com cada indivíduo e
registrando dados a respeito do aluno,
porém cabe ao professor optar pela
melhor forma de treinamento.
O Quadro 12.1b apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas onde deve-
se considerar um programa de computador onde o objetivo é gerenciar e monitorar o
treinamento dos seus clientes, cujas respostas levaram em consideração as seguintes
proposições:
- O programa armazenará todas estas variáveis separadamente para cada cliente
como uma ficha de exercícios digital.
- O software armazenará os dados fixos do cliente (nome, data de nascimento e etc.)
- O software armazenará os dados não constantes (peso, massa e etc.) conforme o
tempo e os exercícios praticados na academia pelos clientes.
- O software deverá gerar gráficos que mostrem o andamento do cliente conforme o
tempo.
37
Quadro 12.1b – Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes
Síntese Resposta
Que tipos de informações
estes gráficos podem
mostrar?
Antropometria, curvas de desempenho em determinados
exercícios (ou em todos), curva de desempenho da FC
(Freqüência Cardiaca), frequência, peso, altura, medidas
corporais, percentual de gordura, cargas utilizadas etc.
Quais variáveis devem ser
consideradas para
trabalhar com esses tipos
de informações?
Idade, saúde, nível e tempo de treinamento (iniciante,
atleta etc), intervalo entre as aferições, sexo, objetivos
principais etc.
Podemos relacionar duas
ou mais variáveis entre si e
criar gráficos com
informações mais
complexas e relevantes?
Quais podem se relacionar
e que informações podem
mostrar?
Sim. A complexidade é inevitável neste caso. Conciliar
força com resistência, por exemplo, deverá incluir itens
mais específicos, tal como o tipo de fibra muscular que
ocorre com maior frequência em determinado grupo
muscular do indivíduo, o que exigiria outras avaliações e
métodos, invasivos inclusive. Mostrar o período de maior
frequência nos treinos e resultados também seria
interessante, pois permitiria mostrar a importância da
regularidade nos treinos.
O Quadro 12.1c, mostrado a seguir, apresenta a síntese das respostas relacionadas às
perguntas onde deve-se considerar um programa de computador onde o objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes, cujas respostas levaram em consideração as
seguintes proposições:
- O programa armazenará as variáveis de treinamento perguntadas anteriormente e
também armazenará as variáveis corporais do cliente (peso, massa etc.) que serão
atualizadas no programa conforme o andamento do cliente com os exercícios.
- Através destes dados mencionados no item anterior o programa deverá gerar
diferentes tipos de gráficos para mostrar o andamento do cliente.
38
Quadro 12.1c – Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e
monitorar o treinamento dos seus clientes
Síntese Resposta
Que tipos de gráficos podem
ser criados e quais tipos de
informações podem ser
mostrados?
Os gráficos devem ser sempre de fácil leitura. Entre as
informações a serem exibidas devem estar, além dos
dados da composição corporal, as frequências cardíacas
trabalhadas e sua evolução. É interessante mostrar a
alimentação e também a intensidade e a frequência
juntamente com seus respectivos resultados. Os
números são importantes, portanto, deve-se possibilitar
uma análise quantitativa da evolução do indivíduo.
Quais variáveis de
treinamento e corporais devem
ser consideradas para cada
tipo de gráfico mencionado no
item anterior?
Antropometria (principais medidas no decorrer do
treinamento), mensuração do desenvolvimento da FC
(relação entre sua evolução e o alcance dos resultados
pretendidos), intensidade, tempo de treinamento,
volume e objetivo específico.
Podemos relacionar duas ou
mais variáveis de treinamento
e/ou corporais e criar gráficos
com outras informações?
Quais informações podemos
mostrar com as relações?
Antropometria (principais medidas no decorrer do
treinamento), mensuração do desenvolvimento da FC
(relação entre sua evolução e o alcance dos resultados
pretendidos), intensidade e resultados em forma de
medidas, frequência e resultados em forma de medidas,
alimentação e peso.
Para a compreensão do domínio a ser trabalhado fora essencial o conhecimento destas
variáveis, principalmente, por parte dos respondentes que atuam na área de Educação Física.
Sendo assim, com a análise e a síntese dos questionários respondidos foi possível
abstrair os estudos necessários do domínio para que validássemos o uso destas variáveis como
informações a serem armazenadas no software através da ficha de exercícios e para mostrar
nas análises gráficas.
39
40
4.2. Desenvolvimento
Neste capítulo será apresentada a arquitetura física e lógica do sistema proposto,
descrevendo sua modelagem e desenvolvimento.
4.2.1. Arquitetura Física
Propomos a concepção de um sistema que possa ser acessível a partir de um
navegador web, permitindo o cadastro de treinos físicos, alunos e professores. É proposto
também que este possa gerar avaliações e a ficha de treinamento dos alunos. Por fim, é a
principal função do sistema gerar análises gráficas à partir dos dados que se encontram no
sistema.
A seguir, na Figura 1, encontra-se o diagrama representando a arquitetura física do
sistema.
Figura 1: Arquitetura física do sistema.
41
4.2.2. Arquitetura Lógica
4.2.2.1. Modelo de Caso de Uso
O modelo de casos de uso é uma representação das funcionalidades externamente
observáveis do sistema e dos elementos externos ao sistema que interagem com o mesmo.
Esse modelo representa os requisitos funcionais do sistema. Também direciona diversas das
atividades posteriores do ciclo de vida do sistema de software (BEZERRA, 2004, p.45).
Segundo o autor, este modelo é muito importante, pois direciona diversas tarefas
posteriores do ciclo de vida do sistema de software. O modelo de casos de uso de um sistema
é composto de duas partes, uma textual, e outra gráfica.
4.2.2.2. Diagrama de Caso de Uso
O diagrama da UML utilizado na modelagem gráfica é o diagrama de casos de uso.
Este diagrama permite dar uma visão global e de alto nível do sistema e pode também ser
chamado de diagrama de contexto. Um caso de uso é a especificação de uma sequência de
interações entre um sistema e os agentes externos (BEZERRA, 2004, p.46).
Para desenvolvimento dos diagramas propostos, utilizamos o software Astah UML
versão comunitária. Na Figura 2 temos o diagrama de caso de uso (DCU) do sistema
proposto.
42
Figura 2: Diagrama de caso de uso
4.2.2.3. Documentação dos Casos de Uso
Conforme Bezerra (2004, p.65), a UML não define uma estruturação específica a ser
utilizada na descrição de um caso de uso. Segundo ele, existem diversas propostas para
descrever esse formato. O autor ainda coloca que a equipe de desenvolvimento deve utilizar
os itens de descrição que lhes forem realmente úteis. A que utilizamos nesta documentação é
o formato definido por Bezerra (2004, p.65) adaptado do proposto pelo Grupo Guild (2002).
43
Autenticar no sistema (CSU01)
• Sumário:
Educador físico utiliza o sistema para se autenticar como um usuário, informando seu
nome de usuário e senha;
• Ator Primário:
Educador Físico.
• Precondições:
Para ocorrer uma autenticação com sucesso no sistema, o Educador físico precisa estar
previamente cadastrado como um usuário do sistema.
• Fluxo Principal:
1. O Educador físico acessa a página de autenticação do sistema que estará hospedada
em um endereço na Internet utilizando-se do navegador de Internet instalado em sua
estação de trabalho, podendo esta ser um dispositivo móvel ou um desktop.
2. Neste momento, o Educador físico clica no botão “Entrar”.
3. O sistema solicita que o usuário informe seu nome de usuário e a senha.
4. Educador físico clica no botão “Autenticar”.
5. O sistema exibe a tela principal do sistema (caso a autenticação seja feita com
sucesso).
• Fluxo Alternativo (1): Usuário não preencheu o campo “usuário” e/ou “senha”.
a. Sistema exibe uma mensagem informando o não preenchimento dos campos e não
completa a autenticação.
• Pós-Condições:
Usuário autenticado no sistema;
Página principal é exibida ao usuário.
Manter usuários (CSU02)
• Sumário:
Podem ser realizadas as manutenções nos cadastros antigos ou serem efetuados novos
cadastros de usuários no sistema.
• Ator Primário:
Educador Físico.
Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
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Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
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Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
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Ferramenta para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos
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  • 1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus Bragança Paulista. André de Souza Vieira Luis Carlos de Souza Junior Thiago Moreno Venancio Leal FERRAMENTA PARA AUXILIAR O EDUCADOR FÍSICO NO GERENCIAMENTO DE TREINAMENTOS Bragança Paulista 2013
  • 2. André de Souza Vieira Luis Carlos de Souza Junior Thiago Moreno Venancio Leal FERRAMENTA PARA AUXILIAR O EDUCADOR FÍSICO NO GERENCIAMENTO DE TREINAMENTOS Monografia apresentada ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Bragança Paulista como parte dos requisitos para conclusão do curso Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Orientador: Prof. Dr. Flávio Cezar Amate Bragança Paulista 2013
  • 3. André de Souza Vieira Luis Carlos de Souza Junior Thiago Moreno Venancio Leal FERRAMENTA PARA AUXILIAR O EDUCADOR FÍSICO NO GERENCIAMENTO DE TREINAMENTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Campus de Bragança Paulista. Aprovado pela Banca Examinadora em 13 de dezembro de 2013. BANCA EXAMINADORA: ________________________________________________________ Prof. Dr. Flávio Cezar Amate – IFSP – Bragança Paulista - Orientador ________________________________________________________ Prof. Dr. Luciano Bernardes de Paula – IFSP – Bragança Paulista ________________________________________________________ Prof. Ma. Ana Paula Muller Giancoli– IFSP – Bragança Paulista ________________________________________________________ Prof. Ma. Eliane Andreoli – IFSP – Bragança Paulista
  • 4. Agradecimentos Este trabalho não poderia ser terminado sem a ajuda de diversas pessoas às quais prestamos nossas homenagens: Aos nossos pais pelo incentivo em todos os momentos de nossas vidas, principalmente quando nos apoiaram nesta jornada do ensino superior. Ao nosso orientador, que nos mostrou os caminhos a serem seguidos para a correta elaboração desta monografia e que teve também muita paciência para nos ajudar. Aos educadores físicos que se despuseram a nos ajudar respondendo ao nosso questionário e que também nos auxiliaram com dúvidas técnicas relacionadas ao domínio. A todos os professores e colegas do IFSP, que ajudaram de forma direta e indireta na conclusão deste trabalho. E também agradecemos a Deus, pois sem Ele, este trabalho não seria possível. André de Souza Vieira: Aos meus irmãos, Vanessa de Souza Vieira e Rodrigo de Souza Vieira, pois sem a ajuda deles, não estaria aqui. Aos meus amigos de Bueno Brandão MG, aos educadores físicos, principalmente, Prof. Cleber do Paraiso, Prof. José Leandro Goulart e Prof. Paulo Evaristo Ribeiro, pois com todas as discussões diárias ecoou na ideia do desenvolvimento desta ferramenta. Luis Carlos de Souza Junior: Aos meus pais e familiares que sempre incentivaram meus estudos. Aos meus amigos e colegas que igualmente me incentivaram a progredir, sempre. Aos docentes do IFSP que também colaboraram conosco nesta etapa de nossas vidas. Thiago Moreno Venancio Leal: Agradeço a todos que contribuíram positivamente na minha formação da vida e isso inclui a família, professores, amigos e profissionais. Agradeço ainda mais a todos que contribuíram negativamente, pois, graças a eles, barreiras tão triviais e tolas quem impomos a nós mesmos não poderiam ser quebradas se não fosse pelo forte murro da ignorância dos fracos, arrogantes e desonrosos.
  • 5. “Algo só é impossível até que alguém duvide e resolva provar ao contrário.” Albert Einstein
  • 6. Resumo Atualmente vivenciamos um acelerado progresso tecnológico. Esse progresso vem conduzindo uma pressão mercadológica para todos os setores da economia, inclusive, na saúde. Com o estilo de vida do homem moderno cada vez mais temos postos de trabalho voltados às questões cognitivas e de menos esforço físico. Essa mudança de estilo leva ao aumento da demanda por academias de ginástica, já que essa é uma das práticas mais acessíveis para melhora da qualidade de vida cada vez menos presentes nas atividades rotineiras que favorecem o sedentarismo. Sendo assim, as academias de ginástica trabalham para suprir a demanda tão exigida pelos alunos e muitas vezes caem em processos desnecessários, causados principalmente, pela falta de organização e meio de análise de resultados. Analisando esta última informação, um sistema web pode auxiliar em dois principais aspectos, tais como: organizar o treinamento e exibir informações de resultados, de forma intuitiva e precisa, após as avaliações. Neste trabalho é apresentado o desenvolvimento de uma ferramenta computacional web para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamentos. O estudo da literatura científica proporcionou o embasamento teórico do sistema. Foram aplicados questionários durante o processo de desenvolvimento que permitiram esclarecer termos técnicos, levantamento de requisitos e feedback relacionado ao trabalho. As variáveis do treinamento resistidos estudadas foram duração da sessão de treinamento, número de repetições, intervalo de recuperação entre as séries, sobrecarga/intensidade, frequência, velocidade/Tempo sob Tensão (Excêntrica e Concêntrica) e Métodos de treinamento. Os parâmetros de avaliação estudados foram o percentual de gordura e de massa magra corporal. O sistema foi desenvolvido em PHP com o IDE NetBeans. O sistema de banco de dados utilizado foi o Postgresql. Para implementar o estilo e outras formatações mais elaboradas no sistema foi utilizado o CSS e o framework Foundation. De acordo com os resultados encontrados pôde-se concluir que as tecnologias utilizadas deixaram o sistema para web intuitivo, usável e interoperável. Os estilos aplicados, considerando o design responsivo, permitiram executar o sistema em plataformas do tipo desktop bem como os atuais dispositivos móveis, o que é extremamente positivo, pois o educador físico não fica limitado a sua mesa, já que este pode realizar o atendimento e consultar os dados dos alunos durante a execução dos treinos usando um tablet ou smartphone. Através do questionário de usabilidade aplicado aos educadores físicos,
  • 7. concluiu-se também que o sistema teve uma boa usabilidade o que é bastante positivo, pois demonstrou uma boa aceitação deste tipo de aplicação.
  • 8. Abstract In our present days we experience an accelerated technological progress. Such progress has been leading a marketing pressure to all economy sectors and health as well. In the modern man lifestyle we have increasingly job opportunities focused on cognitive issues using less effort. That change in our lifestyle drives us to a raising demand of physical health clubs, since these are one of the most accessible ways to achieve a better quality of life which are less and less present at our daily activities, favoring the sedentary life. Therefore, the gyms work to meet the exigent demands required by the clients and end up getting through unnecessary processes most of the time due to, mainly, the lack of organization and means to analyses the client’s progress. Taking note of this last information, a web system can aid in two aspects: arrange the trainings and show intuitive and precise results of the client’s progress. In this work we present the development of a web software which will assist the physical educator to manage the client’s trainings. The study of the scientific literature has provided the theoretical basis of the system. Surveys where applied during the development process that clarified technical terms, gathered system requirements and gave work-related feedback. The acknowledged resistive training variables are as follow: training session’s duration, self-recovery interval between sets, attendance, speed/time under tension (Eccentric and Concentric) and training methods. The studied evaluation criteria were body fat and lean body mass percentages. The system was developed using NetBeans IDE, PHP and Postgresql as ORDBMS. In order to implement style and others high-elaboration formats it was used CSS and the Foundation framework. According to the given outcomes it can be concluded that the employed technologies have made an intuitive, usable and interoperable web system. The applied styles, seeing that a responsive design was implemented, have allowed the application to run on both mobile and desktop devices, which are positive approaches since the physical educator is not restricted to one platform, being able to attend service and verify the clients’ data during training executions using a smartphone or tablet, for instance. Through the usability survey applied to the physical educators, it was concluded that the system had a good usability rate which is fairly positive, for it has shown a fine acceptance to this sort of software.
  • 9. Lista de figuras Figura 1: Arquitetura física do sistema.....................................................................................40 Figura 2: Diagrama de caso de uso ..........................................................................................42 Figura 3: Diagrama de classes..................................................................................................55 Figura 4: Modelo entidade-relacionamento..............................................................................56 Figura 5: Protótipo tela de acesso.............................................................................................57 Figura 6: Protótipo tela principal..............................................................................................57 Figura 7: Função escrita em linguagem JavaScript, utilizando a biblioteca jQuery. ...............58 Figura 8: Coleta de dados da controller para o gráfico............................................................61 Figura 9: Demonstração gráfica das requisições do sistema....................................................63 Figura 10: Feedback após o cadastro de um professor.............................................................64 Figura 11: Tela inicial...............................................................................................................65 Figura 12: Tela de autenticação................................................................................................65 Figura 13: Tela de cadastro de usuário.....................................................................................66 Figura 14: Tela home do sistema..............................................................................................66 Figura 15: Tela de cadastro de usuário.....................................................................................67 Figura 16: Tela de cadastro de alunos. .....................................................................................68 Figura 17: Tela de cadastro de treinamento..............................................................................68 Figura 18: Tela de cadastro de exercício..................................................................................69 Figura 19: Tela de cadastro de avaliações................................................................................70 Figura 20: Tela com filtros de seleção da análise gráfica.........................................................70 Figura 21: Gráfico construído após os filtros selecionados......................................................71 Figura 22: Tela para exportar treinamento. ..............................................................................71 Figura 23: Ficha de treinamento exportada..............................................................................72 Figura 24: Tela do sistema simulada em um tablet..................................................................72 Figura 25: Tela do sistema simulada em um smartphone. .......................................................73
  • 10. Lista de Quadros Quadro 1: As principais variáveis presentes no treinamento resistido.................................9 Quadro 2 Volume................................................................................................................30 Quadro 3: Velocidade.........................................................................................................30 Quadro 4: Ordem dos exercícios.........................................................................................31 Quadro 5: Duração da sessão de treinamento.....................................................................32 Quadro 6: Número de séries em cada aparelho...................................................................32 Quadro 7: Número de exercício para cada grupo muscular................................................33 Quadro 8: Intervalo da repetição entre as séries.................................................................33 Quadro 9: Sobrecarga (Intensidade)...................................................................................34 Quadro 10: Aquecimento (Alongamento)...........................................................................34 Quadro 11: Frequência........................................................................................................35 Quadro 12.1a: Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes...........................................................................36 Quadro 12.1b: Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes...........................................................................37 Quadro 12.1c: Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes...........................................................................38 Quadro 13: Síntese do questionário de usabilidade............................................................74
  • 11. Lista de Equações Equação 1: Cálculo da massa corporal magra (masc.)........................................................15 Equação 2: Cálculo da massa corporal magra (fem.)..........................................................15 Equação 3: Cálculo do percentual de gordura corporal......................................................15
  • 12. Lista de Abreviaturas AJAX Asynchronous JavaScript And XML CSS Cascading Style Sheet, GC Gordura Corporal HTML Hyper Text Markup Language HTTP Hyper Text Transfer Protocol IDE Integrated Development Environment IMC Índice de Massa Corporal IR Intervalo de recuperação JSON JavaScript Object Notation MCM Massa corporal magra MVCC Multiversion concurrency control ODBC Open Database Connectivity ORDMBS Object-Relational Database Management System PDF Portable Document Format PDO PHP Data Objects PHP PHP Hypertext preprocessor RM Repetição Máxima SGBD Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados UML Unified Modeling Language URL Uniform Resource Locator VBA Visual Basic for Applications WWW World Wide web XML eXtensible Markup Language
  • 13. Sumário 1. Introdução...........................................................................................................................1 1.1. Problema Abordado .....................................................................................................2 1.2. Objetivos......................................................................................................................3 1.2.1. Objetivo Geral..........................................................................................................3 1.2.2. Objetivos Específicos...............................................................................................4 1.3. Motivação ....................................................................................................................4 1.4. Estrutura do Texto........................................................................................................5 2. Revisão Bibliográfica .........................................................................................................6 2.1. A Atividade Física .......................................................................................................6 2.2. Academias de ginástica................................................................................................7 2.3. Benefícios da Atividade Física ....................................................................................7 2.4. Contexto contemporâneo .............................................................................................8 2.5. Variáveis ......................................................................................................................9 2.5.1. Duração da sessão de treinamento .........................................................................10 2.5.2. Número de séries em cada aparelho.......................................................................10 2.5.3. Número de repetições.............................................................................................11 2.5.4. Intervalo de recuperação entre as séries.................................................................11 2.5.5. Sobrecarga/Intensidade ..........................................................................................12 2.5.6. Frequência..............................................................................................................12 2.5.7. Velocidade/ Tempo sob tensão (Excêntrica e Concêntrica)...................................13 2.5.8. Métodos de treinamento.........................................................................................13 2.6. Antropometria............................................................................................................14 2.7. Ferramentas computacionais para academias de ginástica ........................................15 3. Contextualização ..............................................................................................................19 3.1. Ferramentas de Desenvolvimento..............................................................................19 3.1.1. HTML.....................................................................................................................19
  • 14. 3.1.2. PHP.........................................................................................................................20 3.1.3. Javascript e outras tecnologias...............................................................................21 3.1.4. CSS.........................................................................................................................23 3.1.5. Foundation..............................................................................................................24 3.1.6. Postgresql ...............................................................................................................25 3.1.7. Apache....................................................................................................................26 3.1.8. NetBeans IDE.........................................................................................................27 4. Metodologia......................................................................................................................29 4.1. Síntese do questionário de levantamento de requisitos..............................................29 4.2. Síntese do questionário de usabilidade ......................Error! Bookmark not defined. 4.3. Desenvolvimento .......................................................................................................40 4.3.1. Arquitetura Física...................................................................................................40 4.3.2. Arquitetura Lógica .................................................................................................41 4.3.2.1. Modelo de Caso de Uso......................................................................................41 4.3.2.2. Diagrama de Caso de Uso ..................................................................................41 4.3.2.3. Documentação dos Casos de Uso.......................................................................42 4.3.2.4. Diagrama de Classes...........................................................................................54 4.3.2.5. Modelo de Dados................................................................................................55 4.3.2.6. Protótipos............................................................................................................56 4.3.2.7. Codificação.........................................................................................................58 4.3.2.8. Interface Gráfica.................................................................................................64 4.3.2.9. Resultados – Análise interface gráfica ...............................................................74 4.3.3. Considerações Finais..............................................................................................76 5. Discussões e Conclusões ..................................................................................................77 5.1. Proposta de trabalhos futuros.....................................................................................78 Referências ...............................................................................................................................80 Apêndice A – Questionário para levantamento de requisitos...................................................85 Apêndice B – Avaliação da Interface do Sistema ....................................................................90
  • 15. Anexo A – Parecer Consubstanciado do CEP..........................................................................92 Anexo B – Respostas do questionário......................................................................................95
  • 16. 1 1. Introdução Atualmente, existem milhares de pessoas com doenças crônicas como diabetes, obesidade, depressão, doenças cardiovasculares provocadas principalmente pelo sedentarismo. Segundo o dicionário Aulete digital, a definição de sedentarismo é: “qualidade de vida de pessoas que não exercitam o corpo e conserva-o inativo”. Com essa definição, é fato que a atividade física é imprescindível para a melhoria da saúde em contraste a essas doenças. Como afirma Cavani (2008), a atividade física é um grande aliado da saúde, pois pode minimizar os riscos de diversas doenças como cardíacas, hipertensão, obesidade etc., além de maximizar o ego, isto é, melhorar as características morfofisiológicas do indivíduo, e auxiliar no combate da depressão e a ansiedade. Mas afinal o que define uma atividade física? A atividade física é representada por qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética tendo um gasto energético basal. Dessa forma, atividade física envolve atividades comuns do dia-a-dia, como domésticas, ocupacionais e lazer (MANOEL, 2002). Para Cavani (2008), a atividade física é toda ação que efetua gasto calórico através do estado em repouso e contrações musculares. A atividade física apresenta diversos benefícios, dentre eles podemos citar um estudo apresentado por Matsudo et al. (2002) que comprova os benefícios sobre o sedentarismo, no qual foi realizado uma análise feita na população Finlândia, comprovando que a inatividade física é o fator mais prevalente para risco de doenças crônicas, ultrapassando fatores de risco considerado pela sociedade primordiais como fumo, hipertensão arterial etc. Outro fator importante apontado pelo autor Matsudo et al. (2002) que a atividade física tem sido mencionada como uma fonte da juventude, bastando praticá-la para verificar seus benefícios e promover longevidade. Todavia, só atividade física não é suficiente para minimizar os efeitos indesejáveis, devendo aliar a atividade física com a alimentação equilibrada. Como afirma Cavani (2008, p.26), o sedentarismo provoca o aumento de gordura corporal, esse aspecto demostra a necessidade da prática de atividade física, com intuito de maximizar o gasto calórico e auxiliar na perda e na manutenção da massa corporal adiposa. Portanto, só a prática de atividade física não é suficiente, havendo a necessidade de mudar os hábitos alimentares para proporcionar um resultado considerável. Para Bagrichevsky e Estevão (2006), o exercício físico exerce vários papéis crucias na saúde, dentre eles podemos citar profiláticos, reabilitação de patologia, estados funcionais
  • 17. 2 alterados do organismo e melhoria na condição morfofisiológica de pessoas saudáveis e de desportistas. Aplicando foco neste último artigo, para os autores a forma que as variáveis de entradas como intensidade, duração, frequência e volume total dos exercícios são configuradas, pode garantir o sucesso ou fracasso em relação ao objetivo do indivíduo, a partir do emprego sistemático e considerando o potencial genético de cada um. Você, leitor, deve estar perguntando: Mas como melhorar as características morfofisiológicas? Para Bagrichevsky e Estevão (2006), uma forma mais rápida de aumentar as características morfofisiológicas é o exercício contra resistência, popularmente chamado de “musculação”. Exercício contra resistência é representado por exercícios localizados, utilizando toda a gama de dispositivos e aparatos (incluindo barras, pesos livres e equipamentos modulares) para fornecer uma resistência mecânica gradual em termos de intensidade, durante a ação contrátil voluntária de qualquer grupo muscular requerido. Um fator de grande valia apontado pelos autores é que para maximizar as tendências probabilísticas de sucesso em relação ao objetivo do indivíduo deve-se executar o treinamento de maneira planejada, contínua e individualizada. Em relação ao treinamento, as ordens dos fatores alteram o produto final, assim para obter resultado considerável deve-se elaborar um treinamento consistente. Como afirmam Bagrichevsky e Estevão (2006), é necessário reconhecer os programas de exercícios contra resistidos e obedecer às leis gerais da preparação física para elaborar um treinamento sólido. Os autores ainda enfatizam a precisão de ser definido individualmente, pois cada pessoa apresenta características específicas. Também há muitos fatores a serem considerados entre intensidade e duração, isto é, fator determinante relacionado à sobrecarga, onde os valores podem ser maiores ou menores dependendo do objetivo e das características específicas de cada um. 1.1. Problema Abordado As academias desportivas exercem um papel importante na saúde, se associadas às orientações corretas e a um treinamento consistente e organizado. Os educadores físicos trabalham com muitas informações para suprir os objetivos dos clientes e muitas vezes caem em processos desnecessários ou redundantes, pelo fato que a memorização humana é volátil. Realizando uma análise nesta última informação há a possibilidade de minimizar o tempo de
  • 18. 3 vida do objetivo do aluno pelos procedimentos legais, fornecendo uma espécie de atalho através do estudo sistemático da literatura. As pessoas vão para academia com certos objetivos, traçados por diversas características excêntricas que não são alcançados de um dia para o outro. Assim, uma boa porcentagem da população praticante da atividade física recorre a métodos ilegais, tais como anabolizantes ou outras substâncias, para obter resultados rápidos causando danos irreversíveis à sua saúde. Estudos quantitativos demonstram que existe uma taxa altíssima no uso de anabolizantes no Brasil, especificamente nas cidades analisadas: São Paulo, 19%; Porto Alegre, 11,1%; Goiânia, 9% (IRIART et al., 2009). Dessa forma, existem muitas lacunas ou dados a serem preenchidos para elaborar um treinamento consistente que não é uma tarefa trivial, exigindo muito da capacidade de memorização do ser humano. Como afirma Peralta (2007), organizar o treinamento não é uma tarefa trivial, pois requer um conhecimento superior do educador físico em relação ao conteúdo, a estrutura, e as leis que regulamentam o treinamento dos atletas. Sendo assim, podem-se visualizar muitos dos benefícios de um sistema de software que organize e otimize o treinamento de um aluno conforme o objetivo pretendido. 1.2. Objetivos 1.2.1. Objetivo Geral Desenvolver um sistema para auxiliar o educador físico no gerenciamento de treinamento em academias de ginástica e que este possa ser acessível por diversos dispositivos, por meio de um navegador web.
  • 19. 4 1.2.2. Objetivos Específicos Este trabalho tem os seguintes objetivos específicos: • Mostrar que o uso de um sistema de software pode auxiliar o educador físico na obtenção de um treinamento consistente para o aluno, considerando suas individualidades e otimizando o treinamento final. • Permitir a criação de uma ficha de exercícios completamente gerenciável, a ponto de se conseguir extrair o melhor resultado possível dos treinamentos físicos realizados pelos alunos e ainda, ao final, poder analisar informações dos alunos com base no gráfico gerado pelo sistema. 1.3. Motivação Aliando a escassez de tempo à necessidade da prática de exercício físico, a popularidade das academias cresceu substancialmente. O sistema encontrado na maioria delas, no entanto, não condiz com a necessidade de economia de tempo e nível atual tecnológico. Entre as ineficiências pode-se citar o fato de que, ao chegar a uma academia comum, o aluno precisa consultar a ficha que contêm sua série de exercícios manualmente e não é raro observar um acúmulo de pessoas fazendo processo, o que pode ser demorado. O presente proposto não tem a intenção de substituir o educador físico na elaboração de um treino, muito menos propor certas informações que cabem a ele e, somente a ele, indicar. Outras propostas semelhantes a esta serão analisadas na Seção 2.7 deste trabalho. Alguns desses sistemas propostos não possuem um banco de dados eficiente e/ou não geram gráficos para acompanhamento, muito menos (quando em versão desktop) dispõem de uma plataforma que permita sua execução em outros ambientes que não o Microsoft Windows. Neste sentido, a fim de melhorar o acompanhamento dos alunos nas academias, a atualização de dados por parte dos instrutores, a análise dos dados armazenados e o acompanhamento de desempenho, a ferramenta é proposta.
  • 20. 5 1.4. Estrutura do Texto O presente trabalho encontra-se divido em seis capítulos, no decorrer destes são abordadas as formas que foram utilizadas para concluir o desenvolvimento do trabalho como um todo. No capítulo de introdução é explanado o tema proposto, a descrição do problema abordado no conteúdo do trabalho, os nossos objetivos e o caso que nos motivou a desenvolver este trabalho. No capítulo de revisão bibliográfica encontram-se o esclarecimento do conteúdo que será abordado na ferramenta sobre os exercícios resistidos realizando uma revisão na literatura científica. Abordamos o contexto histórico relacionado à prática da atividade física, o contexto atual, fazemos uma análise das variáveis empregadas no sistema e por fim relatamos sobre ferramentas computacionais que já existem e que tem um propósito parecido com o proposto pelo nosso sistema. No capítulo de contextualização, são apresentadas as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento do trabalho. No capítulo de metodologia apresentamos a síntese do questionário aplicado a alguns educadores físicos para ajudar na compreensão do domínio e levantamento dos requisitos que fora essencial para análise das variáveis. No capítulo de desenvolvimento é apresentada a arquitetura física e lógica do sistema proposto, descrevendo sua modelagem e desenvolvimento. Ainda neste capítulo, abordamos os diagramas UML, modelo de dados, protótipos, codificação, análise de resultados, considerações finais referentes ao sistema proposto. Por fim, no Capítulo 6 abordamos as discussões e conclusões que tivemos com relação ao desenvolvimento deste trabalho e apontamos algumas propostas de trabalhos futuros.
  • 21. 6 2. Revisão Bibliográfica Este capítulo é destinado para esclarecimento do conteúdo que será abordado na ferramenta sobre os exercícios resistidos, realizando uma revisão na literatura científica. Como o objetivo deste trabalho é auxiliar o educador físico no treinamento resistido, há necessidade de investigar todos os componentes extrínsecos e intrínsecos relacionados aos exercícios resistidos para obter resultado considerável. Antes de iniciar a análise destes componentes, é importante citar as origens históricas dos exercícios físicos e sua importância na saúde e na vida das pessoas. Vale lembrar também que a atividade física está presente entre nós desde os tempos mais remotos. Os exercícios resistidos apresentam inúmeros fatores a serem analisados para elaborar um treinamento consistente. Esses fatores podem ser correspondidos pelas variáveis decisórias. De acordo como essas variáveis são manipuladas, podem produzir caminhos diversos traçados por objetivos excêntricos distintos (MARTORELLI, 2011). As principais variáveis analisadas no sistema proposto serão apresentadas na Seção 2.5 deste trabalho. 2.1. A Atividade Física Desde os tempos mais remotos, o homem precisa se movimentar para buscar recursos necessários à sua sobrevivência. Para isso, ele precisava utilizar o seu corpo para caçar, pescar, plantar dentre outras atividades. Nessa época "a atividade física tinha um papel relevante para a sua sobrevivência expressa, principalmente na necessidade vital de atacar e defender-se", conforme pontua Souza (1998). Souza (1998) ainda comenta que na Grécia nasceu o ideal de beleza, que pode ser visto nos museus de todo o mundo. Ali seria o berço das manifestações do exercício físico. As mulheres praticavam exercícios rítmicos sob a forma de dança. Alguns esportes destacavam- se nessa época como, por exemplo: as corridas de carros; o pugilismo; as lutas de um modo geral; o combate armado; o arremesso com bolas de ferro; o tiro com o arco; o arremesso de lanças, a natação em variados estilos. Nesta mesma época, principalmente no Oriente, os exercícios físicos aparecem nas várias formas de luta; na natação; no remo; no hipismo; na
  • 22. 7 arte de atirar com o arco; na promoção de atividades que exercessem força, agilidade e resistência. Matsudo et al. (2002), menciona que desde os textos clássicos gregos, romanos e orientais, a atividade física tem sido mencionada como instrumento de recuperação, manutenção e promoção da saúde. Chegando à Idade Moderna o exercício físico passou a ser altamente valorizado como agente de educação. Vários estudiosos da época, entre eles inúmeros pedagogos, contribuíram para a evolução do conhecimento da Educação Física com a publicação de obras relacionadas à pedagogia, à fisiologia e à técnica. A partir daí surgiu um grande movimento de sistematização da Ginástica, conforme cita Souza (1998). 2.2. Academias de ginástica Citamos ao longo deste texto, os termos atividade física, ginástica, exercícios. Portanto, o termo tão comumente abordado hoje “Academia de Ginástica”, surgiu quando? De acordo com Capinussú (2006), no Brasil, as academias de ginástica existentes tiveram suas origens em 1940. Elas se situavam nas grandes capitais brasileiras e tinham como base as ginásticas, as lutas e o halterofilismo ou fisiculturismo. Já o termo academia, surgiu com Platão, em 378 A.C., tendo fundado sua Academia, assim denominada, em homenagem ao herói ateniense Academos. Atualmente a sociedade em geral preocupa-se com a prática de exercícios físicos para diversos fins como: bem estar, saúde e um envelhecimento com boa qualidade de vida. Isso faz com que pessoas de todas as faixas etárias pratiquem algum tipo de atividade esportiva principalmente nas academias. 2.3. Benefícios da Atividade Física A atividade física é de extrema necessidade para qualquer pessoa, sendo imprescindível a sua prática. Matsudo et al. (2002), demonstra que a inatividade física
  • 23. 8 (sedentarismo) é o fator de risco de doenças crônicas não transmissíveis mais prevalente na população. Nos dias de hoje, é grande o atrativo pela prática de atividade física em academias por pessoas jovens, devido aos efeitos modeladores que causam no corpo, tanto para o homem quanto para a mulher. Para desportistas, o objetivo costuma ser a melhora do desempenho físico. Nos últimos anos, no entanto, numerosos trabalhos científicos têm demonstrado importantes efeitos dos exercícios com pesos para a saúde. 2.4. Contexto contemporâneo Atualmente vivenciamos um acelerado progresso tecnológico. Esse progresso vem conduzindo uma pressão mercadológica para todos os setores da economia, inclusive, na saúde e/ou área relacionado à estética (PETROSKI et al., 2012). As academias de ginástica trabalham para suprir a demanda tão exigida pelos alunos e muitas vezes caem em processos desnecessários, causados principalmente, pela falta de organização e meio de análise de resultados (GERALDES E DANTAS, 1998). Analisando esta última informação, um sistema de software pode auxiliar em dois aspectos: organizar o treinamento e exibir informações de resultados, de forma intuitiva e precisa, após as avaliações. A alucinada pressão imposta pela mídia e sociedade para obtenção do corpo perfeito, fazem as pessoas buscarem as academias de ginástica. Normalmente, o principal parâmetro de análise é a composição corporal. Existe uma busca insaciável para adquirir um corpo perfeito, levando homens e mulheres optarem por diversos tipos de métodos, legais ou ilegais, na busca de resultados. Os métodos enfatizados são a busca por um treinamento otimizado, mensuração de resultado, suplementação e uso de anabolizantes (SILVA E FARINATTI, 2012). Para organizar o treinamento é necessário compreender todo o processo de elaboração de treinamento resistido, pois existem muitas variáveis e/ou caminhos diferentes. Sendo assim, o educador precisa ter sólidos conhecimentos sobre as leis que determinam a estrutura e sua constante modificação para proporcionar um treinamento otimizado para aluno (GERALDES E DANTAS, 1998)(PERALTA, 2007).
  • 24. 9 Dessa forma, para elaboração do sistema na web seria uma ação de grande valia o estudo do domínio da aplicação, ou seja, o processo básico da elaboração de treinamento em ênfase as variáveis decisórias e o estudo da antropometria para mensuração de resultados. 2.5. Variáveis Pelo estudo da literatura científica, vários autores enfatizaram que um bom treinamento resistido precisa ser elaborado a partir da combinação das variáveis conforme apresentado no Quadro 1, a seguir. Quadro 1 – As principais variáveis presentes no treinamento resistido. Autores Variáveis Gomide et al. (2012); Oliveira e Rodrigues (2007); Bagrichevsky e Estevão (2006) Duração da sessão de treinamento Gomide et al. (2012); Martorelli (2011); Silva e Farinatti (2007) Número de séries em cada aparelho Gomide et al. (2012); Silva e Farinatti (2007); Número de repetições Gomide et al. (2012); Martorelli (2011); Oliveira e Rodrigues (2007); Silva e Farinatti (2007) Intervalo de recuperação entre as séries Gomide et al. (2012); Martorelli (2011); Oliveira e Rodriguese (2007); Bagrichevsky e Estevão (2006) Sobrecarga/Intensidade Gomide et al. (2012); Martorelli (2011); Oliveira e Rodrigues (2007); Bagrichevsky e Estevão (2006); Prestes et al. (2002) Frequência Gomide et al. (2012); Martorelli (2011); Oliveira e Rodrigues (2007); Velocidade/ Tempo sob tensão (Excêntrica e Concêntrica) Oliveira e Rodrigues (2007); Método de treinamento
  • 25. 10 Prestes et al. (2002) 2.5.1. Duração da sessão de treinamento A duração da sessão de treinamento é o tempo estimado para aluno finalizar a sessão de treinamento. Segundo Gomide et al. (2012), Oliveira e Rodrigues (2007), Bagrichevsky e Estevão (2006) comentaram em seus trabalhos, a variável duração da sessão junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante o treinamento resistido. A duração da sessão de treinamento influencia na intensidade para prescrever o treinamento (GOMIDE et al., 2012). Já para a Bagrichevsky e Estevão (2006), a duração da sessão de treinamento influencia na sobrecarga e número de repetição máxima. Entretanto, nenhum dos autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando a critério do educador físico prescrever este limite durante a elaboração do treinamento para o aluno. 2.5.2. Número de séries em cada aparelho Uma série é o número do conjunto de repetições que o aluno executa em um exercício. Segundo Gomide et al. (2012) e Martorelli (2011) comentaram em seus trabalhos, a variável número de séries junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante o treinamento resistido. O número de série influencia na intensidade para prescrever o treinamento (GOMIDE et al., 2012). Em relação ao desempenho, a partir do estudo proposto pelo autor Martorelli (2011), sugere-se a utilização de séries múltiplas à série simples. Em relação à prescrição do número de séries, os autores Silva e Farinatti (2007), realizaram uma busca na literatura científica, na qual a grande maioria dos autores pesquisados sugere a utilização de três séries. Entretanto, na minoria existem duas parcelas, uma defendendo a utilização de uma única série e a outra de duas séries.
  • 26. 11 Dessa forma, existem muitas vertentes para a prescrição do número de séries ao treinamento, ficando a critério do educador físico prescrever o número de séries durante a elaboração do treinamento para o aluno. 2.5.3. Número de repetições O número de repetições é o número de vezes que o aluno executa um determinado exercício durante uma série. Segundo Gomide et al. (2012) comentou em seu trabalho, a variável número de repetições junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante o treinamento resistido. O número de repetições influencia na intensidade para prescrever o treinamento (GOMIDE et al., 2012). Já de acordo com o estudo apresentado Silva e Farinatti (2007), o número de repetições é proporcional com o número de séries, por exemplo, duas séries de quinze repetições, três séries de nove repetições e quatros séries de seis repetições. Entretanto, nenhum dos autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando a critério do educador físico prescrever estes limites. 2.5.4. Intervalo de recuperação entre as séries O intervalo de recuperação entre as séries é o tempo entre as séries. Segundo Gomide et al. (2012), Martorelli (2011), Oliveira e Rodrigues (2007) comentaram em seus trabalhos, a variável intervalo de recuperação entre as sérias junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante o treinamento resistido. O intervalo de recuperação entre as séries influencia na intensidade para prescrever o treinamento (GOMIDE et al., 2012). Já de acordo Martorelli (2011), o intervalo entre as séries pode ser um diferencial para variar o treinamento, isto é, o treinamento adapta muito rápido ao grupo muscular e com essa adaptação pode ocorrer redução de resultados pretendidos, assim essa variável pode eliminar essa redução de resultados neste quesito. De acordo com o estudo elaborado pelo autor, um menor intervalo de recuperação apresentou redução do desempenho em relação ao
  • 27. 12 treinamento. A maioria dos autores estudados recomenda a utilização de 2 a 3 minutos para exercícios multiarticulares e de 1 a 2 minutos para exercícios uniarticulares. Entretanto, nenhum dos autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando a critério do educador físico prescrever estes limites. 2.5.5. Sobrecarga/Intensidade Neste contexto, a sobrecarga é o peso. E a intensidade é relação em porcentagem referente à sobrecarga máxima. A intensidade deveria ser prescrita de 60 a 85% a partir do teste 1RM (Repetição Máxima) (GOMIDE et. al., 2012). Já para o estudo apresentado pelo autor Martorelli (2011), a intensidade mostrou-se eficiente usando 60% do teste 1RM, 2 minutos de IR (Intervalo de recuperação), 6 séries e 6 repetições. Entretanto, nenhum dos autores especifica um limite máximo ou mínimo para este parâmetro, ficando também a critério do educador físico prescrever tais limites. 2.5.6. Frequência Neste contexto, a frequência é o número de dias por semana que o aluno executa o treinamento. Para Prestes et. al. (2002, s/p), a variável frequência depende do método de treinamento. Para um treino de adaptação, os autores sugerem a utilização de 3 vezes por semana. Já́ para um treino de hipertrofia, a frequência também depende do objetivo pretendido, se o objetivo seja o aumento de volume muscular então o autor sugere 4 vezes por semana, senão se objetivo resistência muscular localizada então o autor sugere 6 vezes por semana.
  • 28. 13 2.5.7. Velocidade/ Tempo sob tensão (Excêntrica e Concêntrica) Neste contexto, a velocidade é o tempo de descida ou subida do movimento. Segundo Gomide et al. (2012), Martorelli (2011), Oliveira e Rodrigues (2007) comentaram em seus trabalhos, a variável velocidade junto com outras, podem garantir o sucesso ou fracasso perante o treinamento resistido. A velocidade de execução do movimento influencia no objetivo pretendido, isto é, a forma que velocidade é prescrita, ela pode hipertrofiar as fibras lentas (OLIVEIRA E RODRIGUES, 2007). Para Prestes et al. (2002), a variável velocidade depende do método de treinamento. Para um treino de adaptação, o autor sugere a utilização de velocidade média para o movimento. Já para um treino de hipertrofia, a variável também depende do objetivo pretendido, se o objetivo seja o aumento de volume muscular então o autor sugere velocidade média para o movimento, senão se objetivo resistência muscular localizada então o autor sugere velocidade média para o movimento. 2.5.8. Métodos de treinamento Neste contexto, os métodos de treinamento são métodos já elaborados, compostos por suas características onde envolve todas as variáveis citadas anteriores. Esses métodos são propostos para suprir parcialmente cada objetivo perante a instrução de um educador físico. Para Prestes et al. (2002), o método de treinamento depende do objetivo almejado pelo aluno. Se caso o aluno deseja um aumento de massa muscular, o método de treinamento mais conceituado seria parcelado piramidal ou parcelado, senão se o objetivo do aluno seja resistência muscular localizada, o método de treinamento mais conceituado seria circuito alternado ou seguimento. Já de acordo com Oliveira e Rodrigues (2007), existem muitos métodos de treinamento, o que gera muita discussão sobre qual método usar e determinar a superioridade
  • 29. 14 de um a outro. Entretanto, de acordo com as autoras, não existe método mais efetivo do que outro abordado pela literatura científica, isto é, apenas existem experimentos empíricos, sendo assim, existe a necessidade de uma prescrição de método por um profissional qualificado de educação física. 2.6. Antropometria Outro fator de extrema importância são as avaliações, pois a partir dessa diretriz pode- se verificar se o treinamento resistido está causando mudanças tanto positivas quanto negativas, e assim ajustar para um treinamento mais consistente. O método mais comumente utilizado para avaliação composição corporal é a antropometria, pois possui as seguintes vantagens: menor custo, trivialidade, fácil obtenção e padronizado (KAZAPI, 2004). Para o autor as variáveis como peso; altura; perímetros cefálicos, braquial e torácico; pregas cutâneas bicipital, triciptal, subescapular, suprailíaca juntamente com sexo, idade pode-se criar um índice que comparado com aos índices das organizações consagradas como a organização mundial da saúde pode produzir um padrão notório para a classificação da composição corporal. É importante também mencionar os cálculos referentes à massa corporal magra do indivíduo. Este cálculo foi descoberto por Hume (1966, p.389), através de seus estudos e testes com algumas dezenas de indivíduos, entre eles homens e mulheres, que a massa corporal magra poderia ser predita através do uso da altura e peso do indivíduo. O autor, de acordo com sua pesquisa bibliográfica, pontuou o fato que o volume total de sangue circulando no corpo estava diretamente associado à combinação do peso corporal e do cubo da altura e que o volume de glóbulos vermelhos estava diretamente relacionado à massa corporal magra. Uma vez que o volume de glóbulos vermelhos derivado da fórmula de altura e peso ao cubo de Nadler, Hidalgo e Bloch correlaciona-se diretamente com o volume de glóbulos vermelhos derivados da relação de massa corporal magra (HUME E GOLDBERG, 1964 APUD HUME, 1966, p.389), conclui-se no trabalho dos autores que era possível predizer a massa corporal magra através da altura e peso de um indivíduo. O estudo e os testes resultaram em quatro fórmulas, sendo duas delas apontadas pelo autor como mais apropriadas. As fórmulas serão mostradas a seguir, sendo uma a versão masculina e a outra a versão feminina, respectivamente:
  • 30. 15 M.C.M = 0,32810 P + 0,33929 A – 29,5336 (1) M.C.M = 0,29569 P + 0,41813 A – 43,2933 (2) Nas quais, M.C.M = Massa corporal magra (kg); P = Peso (Kg); A = Altura (Cm). Também se faz necessário despontar o cálculo do conhecido IMC, segundo Deurenberg, Weststrate e Seidell (1990), existem diversos métodos para avaliar a composição corporal, cada qual com suas vantagens e limitações. O estudo desses autores foi realizado em cima de centenas de testes com indivíduos de diferentes faixas etárias e índices de massa corporal (IMC) com o intuito de desenvolver uma fórmula de predição de porcentagem de gordura corporal levando em consideração a idade e sexo. Em estudos epidemiológicos, como apontam os autores, o índice de massa corporal é o método mais simples para utilizar na avaliação de porcentagem de gordura corporal. Como há diferenças de composição corporal entre homens e mulheres e a relação de idade aumenta os valores de massa adiposa e diminui os valores da massa magra, a relação entre o IMC e a porcentagem de gordura corporal serão dependentes do sexo e da idade. Baseado nestas informações e nos testes realizados pelos autores, o estudo resultou na seguinte fórmula para predição de porcentagem de gordura corporal em adultos: GC% = 1,20 x IMC – 10,8 x SEXO + 0,23 x IDADE - 5,4 (3) Onde, GC% é a gordura corporal, IMC é o índice de massa corporal e SEXO é 0, se feminino, e 1, se masculino. De acordo com a Equação 3, o resultado será um valor aproximado em porcentagem. 2.7. Ferramentas computacionais para academias de ginástica É do conhecimento de todos que as ferramentas computacionais estão cada vez mais presentes em todo e qualquer tipo de empreendimento, que atenda ao público ou não. Com
  • 31. 16 academias de ginástica não é diferente. A proposta do presente trabalho é auxiliar o educador físico no gerenciamento dos treinamentos e de alguns dados dos alunos que, quando se tratam de muitos, fica complexo ao educador guardar todas estas informações. Outros pesquisadores igualmente observaram essa necessidade das academias e se propuseram a recomendar soluções para estes problemas, também com embasamento teórico em pesquisas realizadas nesta área e em pesquisas em campo. Peralta (2007) propôs em sua pesquisa uma solução para facilitar e orientar o profissional da educação física na construção de uma estrutura do processo de treino desportivo e também para preencher as lacunas que podem existir devido a uma incorreta organização do processo de treino em suas etapas de formação. Contudo, em sua solução o autor utiliza de planilhas eletrônicas a partir do software Microsoft Excel 2003 e o ambiente VBA (Visual Basic for Applications). Entretanto, planilhas eletrônicas não são a melhor aplicação para armazenar informações e consulta-las posteriormente, podendo este arquivo ser acessado por qualquer usuário e, podendo este excluir o arquivo que contém os dados por engano, por exemplo. Outra observação importante relativa às planilhas eletrônicas é que não permitem criar uma interface amigável com o usuário, ficando sempre com uma aparência de tabela. Uma aplicação que utiliza banco de dados permite uma consulta mais rápida aos dados, sem falar em indexação e outros pontos que facilitam e aumentam o desempenho da armazenagem e consulta aos dados. Algo muito interessante no trabalho de Peralta (2007) é que, assim como a proposta deste estudo, a dele também não tem pretensão nenhuma em substituir o treinador físico e sim ajudá-lo, pois existem muitos dados referentes aos alunos que precisam ser armazenado e que, segundo o autor, cada treinador físico possui muitos alunos e fica difícil a individualização e controle do processo de treino de todos estes. Cavalheiro (2013), também tem uma proposta semelhante à deste trabalho, no qual ele define um sistema de controle para ser utilizado por profissionais do treinamento personalizado, também conhecidos como personal trainer. Sua proposta trata-se de um sistema para organizar informações referentes ao treino dos alunos, podendo gerar um relatório de desempenho do aluno ao final de um período. O autor se preocupou com a interoperabilidade do sistema, porém, o projeto utiliza-se de uma plataforma que não permite total interoperabilidade com outros sistemas que é o Microsoft .NET. Outro detalhe relacionado à interoperabilidade é que o sistema utiliza uma plataforma de computação em nuvem chamada Windows Azure é executado no Data Center
  • 32. 17 (centro de dados) da Microsoft. O Windows Azure então funciona como se fosse um “sistema operacional em nuvem” – Seu acesso e utilização são cobrados pela Microsoft, o que eleva o valor do projeto. Ainda, o sistema foi desenvolvido para operar no Microsoft Windows 8, e somente nele, ficando restrito à outros sistemas operacionais, tanto desktop, quanto móveis. Outro ponto a ser observado e comparado em relação ao trabalho de Cavalheiro (2013) com a nossa proposta, é que o sistema proposto por ele não é capaz de gerar informações para uma análise do educador físico em um gráfico. Gráficos facilitam a análise das informações e permitem uma melhor análise para uma tomada de decisões. Fantinel (2012) propõe em sua pesquisa um sistema que tem por objetivo oferecer uma solução eficiente no que diz respeito ao suporte e acompanhamento à prática de atividades físicas. O autor utiliza em seu trabalho um sistema dividido em duas partes, uma para ser executada em desktop e outra para smartphones com sistema operacional Android. Sua proposta se aproxima bastante da nossa, com exceção à aplicação exclusiva para Android, o proposto por nós pode ser utilizado em qualquer smartphone, independente de seu sistema operacional. Outro ponto que pudemos observar em seu trabalho é que, como o próprio autor cita, o banco de dados que ele utilizou no desenvolvimento da aplicação é o NeoDATIS ODB, um banco de dados muito simples e que serve apenas para projetos de pequeno porte. A tendência de um sistema como esse é crescer, devido ao número de alunos e de outros dados que podem ser armazenados; um banco de dados para projetos de pequeno porte talvez não apoie o número de dados que serão armazenados nele. Machado e Jardim (2013) propuseram um sistema de software que permite utilizar um smartphone para auxiliar o profissional de educação física no processo de avaliação física. A ideia principal do sistema desenvolvido por eles é coletar dados dos usuários com base em toques na tela e imagens intuitivas para ajudar aos usuários no processo do sistema. No sistema proposto pelos autores também é possível gerar relatórios, tomando como base, os dados cadastrados. Contudo, esse sistema torna-se limitado, pois só pode ser executado em aparelhos smartphones fabricados pela empresa americana Apple, limitando o número de usuários a utilizarem o sistema, pois comparados a outros smartphones, os fabricados pela Apple são de um custo mais elevado. Outro ponto importante, também a ser observado, é que o aplicativo não tem uma versão desktop, o que limita sua execução somente em aparelhos smartphones (fabricados pela Apple). Outro detalhe igualmente importante para ser observado é que seus relatórios são
  • 33. 18 gerados apenas na tela do smartphone e, caso o usuário queira imprimir este, tem que enviá-lo a um servidor que está previamente configurado no aplicativo. A proposta de elaboração do sistema, foco deste trabalho, inclui a utilização de ferramentas livres, sem custo quanto à sua aquisição, diminuindo o valor financeiro do projeto com um todo. Outro ponto importante desta proposta diz respeito à sua interoperabilidade com outros ambientes, fato não encontrado nos trabalhos comentados anteriormente. Assim sendo, o sistema proposto é capaz de operar em qualquer sistema operacional desde que haja um navegador web instalado. Além disso, o presente trabalho foi construído para se adaptar a qualquer tamanho de tela, utilizando-se de um design responsivo em suas telas, o que permite que o mesmo seja operado com a mesma funcionalidade em um aparelho com uma tela de tamanho reduzido, como por exemplo, um smartphone ou tablet, da mesma forma com que é utilizado em um desktop com uma tela maior.
  • 34. 19 3. Contextualização Neste capítulo, serão apresentadas as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento do trabalho. 3.1. Ferramentas de Desenvolvimento 3.1.1. HTML O surgimento do HTML relaciona-se ao surgimento da WWW (abreviação para World Wide web, traduzida como “Teia Mundial”) que começou em lugar não muito esperado: no Laboratório Europeu para Física de Partículas (CERN) em Geneva, na Suiça. (W3, 2013). Tim Berners-Lee, o inventor da web, estava trabalhando na seção de serviços de computação do CERN quando teve a ideia de criar o que chamamos hoje de WWW. As pesquisas de física de partículas envolviam constantemente a colaboração de institutos de todas as partes do mundo e, desta forma, Tim teve a ideia de criar alguma maneira em que os pesquisadores organizassem e reunissem informações através de sítios remotos. Tim sugeriu algo um pouco mais adiante: muito além de permitir o compartilhamento destes arquivos e documentos através de download, seria possível criar links de texto nos próprios arquivos. (W3, 2013). Tim Berners-Lee desenvolveu então, em 1990, três especificações que formaram a base principal de toda a web: a HTML (abreviação para HyperText Markup Language, traduzida como Linguagem de Marcação de HiperTexto) que é o formato de documento para a web; a URL (abreviação para Universal Resource Locators, traduzido como Localizador Universal de Recursos), cujo propósito era de estabelecer links entre os documentos; e o HTTP (abreviação para HyperText Transfer Protocol, traduzido como Protocolo de Transferência de HiperTexto), no qual fora desenvolvido para permitir a transferência de documentos entre os dispositivos na Internet. (LIE, 2005, p. 27).
  • 35. 20 A penúltima versão da HTML, a HTML 4.01, veio em 1999. Desde esse tempo a Internet mudou bastante e, sendo assim, a nova versão conhecida como HTML 5 veio para substituir gradativamente o HTML 4.01 e também o XHTML 1. O principal objetivo do HTML 5, além de ser multiplataforma, é garantir que seja possível criar e executar desde vídeos até animações sem a necessidade de plug-ins extras (Flash por exemplo) e, dessa forma, é notável um uso menor de scripts visto que novas marcações estão disponíveis. (W3Schools, 2013). 3.1.2. PHP A linguagem PHP, altamente difundida na atualidade, é uma linguagem para desenvolvimento web livre e com código aberto (open source). O surgimento da linguagem começa em 1995 quando Ramus Lerdorf desenvolveu um script para calcular quantos visitantes estavam visualizando seu currículo e para pegar informações destes usuários (Gilmore, 2010, p.1). Segundo o autor, o script foi desenvolvido usando o módulo Common Gateway Interface (interface de saída comum) com a linguagem Perl (Perl Documentation, 2013). Devido ao número de requisições por e-mail e a utilidade dos scripts Lerdorf começou a distribuir essas ferramentas e as chamou inicialmente de Personal Home Page (PHP). Dentre as diversas versões disponibilizadas desde o período de lançamento, as mais utilizadas atualmente são PHP 4, PHP 5 e PHP 6. Cada versão se adequa a diferentes necessidades e servidores de hospedagem (Gilmore, 2010, p.1). Segundo o autor (ibid., p.2) a versão 4, em relação as versões anteriores, adicionou diversas melhorias como o gerenciamento de recursos aprimorados, suporte orientado a objeto, suporte nativo para gerenciamento de sessão, criptografia, suporte nativo ao JAVA, etc. A versão 5 é a versão mais estável atualmente, uma vez que a versão 6 ainda encontra-se em fase beta e, desta forma, foi a versão escolhida para desenvolvimento do software. Nesta versão foram melhoradas as capacidades da linguagem quanto a orientação a objetos adicionando diversas funções novas, gerenciamento de exceções, suporte avançado ao xml etc. A versão 6, a mais atual, estão sendo dispostas novas características e construções na linguagem, como tipos e loops diferenciados, suporte nativo ao Unicode e aperfeiçoamentos de segurança (Gilmore, 2010, p.5).
  • 36. 21 Dentre as ferramentas e bibliotecas disponíveis, é importante citar a biblioteca PHP Data Objects (PDO), cujo objetivo é unificar as formas de acesso ao banco, criando um padrão de comunicação de forma a facilitar o desenvolvimento e já inclui as principais medidas de segurança, sendo compatível com vários gerenciadores de banco de dados (PHP Manual, 2013). Diante destas características, Gilmore (2010, p.5) determina as vantagens da linguagem: • Praticidade: O objetivo desde a criação da linguagem oficial foi sempre a praticidade. A linguagem não requer grandes conhecimentos e permite criar poderosos softwares com o mínimo de linhas, pois não é obrigatório nem mesmo importar as bibliotecas. • Poder: A linguagem tem a disposição mais de 180 bibliotecas e mais de 1000 funções além de permitir manipular arquivos Flash e Portable Document Format (PDF), avaliar senhas, comunicar-se com diversos protocolos etc. • Possibilidade: Além de oferecer suporte a mais de 25 ferramentas de gerenciamento de banco de dados, tornou-se uma poderosa linguagem de programação procedural, permitindo operações complexas com strings com mais de 85 funções para tal. Além disso, suporta formatos de expressão regulares da linguagem Perl. Dentre as diversas funções existentes no PHP, destaca-se a função md5. Este algoritmo é usado em aplicações com assinatura digital com o objetivo de comprimir arquivos de grande extensão de maneira segura antes de encriptado com uma chave privada (W3Schools, 2013). Todas essas características validam a escolha do PHP para o mercado, uma vez que é um software livre e permite trabalhar de forma orientada a objetos, uma das principais características da linguagem. 3.1.3. Javascript e outras tecnologias
  • 37. 22 O surgimento do JavaScript, como explica Goodman (2007, p.7), acontece logo antes do lançamento formal do Navigator 2, Netscape e da Suns Microsystems sendo anunciado como a linguagem que sucederia o LiveScript, desenvolvida em paralelo com a até então nova versão do programa de servidor web da Netscape. Embora a Netscape tivesse motivos comerciais para usar Java como parte do nome da linguagem de script, isso só acabou gerando confusão entre linguagem Java e linguagem de marcação de hipertexto (HTML) tornando difícil a distinção entre Java e JavaScript. Apesar de tudo, a linguagem ainda assim mantinha algumas semelhanças com Java como nas sintaxes (Ibidem). A linguagem JavaScript é uma tecnologia de aperfeiçoamento da web que visa transformar uma página de conteúdo estática em uma página interativa, dinâmica e mais “inteligente”, sendo carregada e executada somente no lado do cliente. Apesar de existirem algumas outras linguagens ou plug-ins capazes de tornarem a web também dinâmica, contudo o JavaScript se encaixa perfeitamente com todos os padrões web e dispõe de diversas ferramentas e tecnologias derivadas para auxílio, como jQuery e Ajax, que serão explicados mais adiante. (Idem, p.3) Para compreendermos as principais utilidades do JavaScript, pontuamos algumas das soluções nas quais pode-se e recomenda-se utilizar a linguagem (Idem, p.8): • Fazer a página responder as interações do usuário, como por exemplo: botões, caixas de seleção, listas de seleção, áreas de texto, links de HiperTexto etc. • Controlar a navegação com múltiplos frames, plug-ins, ou applets de Java, baseadas no que fora determinado no documento HTML. • Validar e/ou ajustar dados antes de serem enviados ao servidor. • Mudar os conteúdos e estilos da página dinamicamente. Apesar destas vantagens, Goodman (2007, p.8) descreve que o JavaScript não é capaz de realizar tais feitos por ele mesmo. O usuário é capaz de desde bloquear todas suas ações até liberá-las completamente (se utilizando navegadores modernos). Isso existe, pois é possível, através da linguagem de script, invadir a privacidade do usuário através de acessos não autorizados e, desta forma, faz-se necessário a autorização do mesmo para que certas ações da linguagem sejam executadas. Sem a autorização prévia não será possível acessar documentos
  • 38. 23 no computador, iniciar softwares, capturar faixas de dados do servidor para retransmiti-las, enviar e-mails, entre outros e, portanto, deve-se estar atento ao uso da linguagem. Dentre as tecnologias dispostas pelo JavaScript, é importante citar o jQuery que, como explica a W3Schools (2013), é que uma biblioteca de JavaScript que visa facilitar o uso da linguagem e agilizar diversas rotinas comuns permitindo manipular tanto a HTML como a CSS, animações, Ajax e outros utilitários. O Ajax (abreviação para Asynchronous JavaScript And XML, traduzido como XML e JavaScript assíncrono) é outra ferramenta incorporada atráves de JavaScript, como menciona a W3Schools (2013), sendo extremamente útil para a dinâmica da página, uma vez que permite fazer requisições e atualização na página sem a necessidade de recarregá-la, já que realiza pequenas transações de dados com o servidor de maneira imperceptível. Por fim, dentre os diversos complementos existentes, citamos também a biblioteca Highcharts, uma biblioteca escrita em JavaScript puro oferecendo uma maneira simples de criar e adicionar gráficos dinâmicos na página, dispondo de várias formatações e tipos de gráficos (Highcharts, 2013). 3.1.4. CSS Nos primeiros anos, logo após a criação da WWW, a criação de páginas era limitada ao conteúdo e às poucas formas de alterar a aparência e estilo do mesmo. Como explicam Lie e Bos (2005, p. 1), os autores só podiam trabalhar em aspectos estruturais da página como a divisão de partes do texto em cabeçalho e texto corrido, assim como alterar o peso das fontes e o estilo das mesmas, entre outros poucos efeitos, contudo, era tudo o que podiam fazer. Embora o uso da web e da HTML tinha como principal objetivo a disposição de documentos e resultados científicos e não a questão visual, quando autores fora do contexto científico descobriram a web a frustação era cada vez mais constante em relação às suas limitações. Muitos autores viviam no meio das publicações baseadas em papel onde tinham o controle destas formatações visuais (Ibidem). Neste contexto surge a CSS, abreviação para Cascading Style Sheet, traduzida como “Folha de estilo em cascata”, um método para estilizar páginas web. O CSS foi criado para trabalhar juntamente com a HTML. O HTML por si só possui pouca capacidade de influenciar na aparência do documento, no entanto, as folhas de estilo descrevem como cada
  • 39. 24 elemento do documento deve se comportar ou ser mostrado aumentando grandiosamente o potencial das páginas em HTML (Idem, 2005, p. 2). Eles ainda pontuam que a folha de estilo “é um conjunto de instruções que dizem ao navegador como o documento deve ser apresentado aos usuários”. É possível definir uma gama de estilos que variam desde a definição do tamanho dos elementos (limite de espaço que ocupam) até as cores, espaçamento etc (ibidem). A última versão da CSS, cujo desenvolvimento começou em 1998, como menciona Gasston (2011, p.2), um ano após o lançamento do CSS2 que já apresentava problemas que o tornavam inconsistente e frustrante. Por muitos anos o Internet Explorer dominou o mercado que não mostrava interesse em implementar o CSS3, mas a grande demanda de navegadores dos últimos anos levou o CSS3 a ser implementado de maneira consistente. Desta forma, o CSS3 está sob constante desenvolvimento assim como os navegadores para implementá-lo, tornando um complemento indispensável para a nova web, amplamente abraçado e estudado pelas comunidades desenvolvedoras (ibidem). 3.1.5. Foundation Hoje em dia, devido aos muitos dispositivos de diferentes formatos que encontramos, se faz importante a utilização de um design responsivo para que a página ou o sistema web que estamos criando, se adapte a todas estas telas. Para Andrade et al. (2013), “Design Responsivo é uma técnica de estruturação de HTML e CSS na qual a página adequa-se ao navegador do usuário sem a necessidade de criar vários conteúdos para cada resolução de tela”. Pensando nesta adaptação, utilizamos neste trabalho o framework Foundation. De acordo com a documentação disponível em seu site oficial, o Foundation tem muitos componentes e estruturas para ajudar a construir um site ágil, sem ter que se preocupar em escrever muitas linhas de código. O Foundation possui um poderoso pré-processador de CSS e que facilita a escrita do código, proporcionando uma programação mais limpa e organizada. Sendo assim, com o Foundation fica fácil fazer a manutenção do código ao longo do tempo, sem ter muito trabalho.
  • 40. 25 Dentre os componentes que acompanham o framework, podemos citar a grid, que funciona em qualquer tipo de dispositivo e permite ordenar os dados com grande facilidade. Ainda falando sobre os recursos disponíveis no Foundation, podemos citar os botões, que podem ser adicionados à página de uma forma tão fácil quanto adicionar uma classe CSS, cita seu site oficial. O Foundation também dispõe de diversos plugins em Javascript, dentre eles podemos destacar o reveal modal e o top bar. Reveal modal é uma modal responsiva com a possibilidade trazer o conteúdo por AJAX. O top bar é um menu responsivo, com funções predefinida para identificar o tamanho da tela e se necessário aplicar o menu mobile, já incluso no framework. Ambos de fácil implementação, manuseio e manutenção. 3.1.6. Postgresql Segundo seu site oficial, o PostgreSQL é um poderoso sistema gerenciador de banco de dados objeto-relacional de código aberto. Tem mais de 15 anos de desenvolvimento ativo e uma arquitetura que comprovadamente ganhou forte reputação de confiabilidade, integridade de dados e conformidade a padrões. Roda em todos os grandes sistemas operacionais, incluindo GNU/Linux, Unix (AIX, BSD, HP-UX, SGI IRIX, Mac OS X, Solaris, Tru64), e MS Windows. É totalmente compatível com ACID, tem suporte completo a chaves estrangeiras, junções (JOINs), visões, gatilhos e procedimentos armazenados (em múltiplas linguagens). Inclui a maior parte dos tipos de dados do ISO SQL:1999, incluindo INTEGER, NUMERIC, BOOLEAN, CHAR, VARCHAR, DATE, INTERVAL, e TIMESTAMP. Suporta também o armazenamento de objetos binários, incluindo figuras, sons ou vídeos. Possui interfaces nativas de programação para C/C++, Java, .Net, Perl, Python, Ruby, Tcl, ODBC, entre outros, e uma excepcional documentação (POSTGRESQL, 2013). Como um banco de dados de nível corporativo, o PostgreSQL possui funcionalidades sofisticadas como o controle de concorrência multiversionado (MVCC, em inglês), recuperação em um ponto no tempo (PITR em inglês), tablespaces, replicação assíncrona, transações agrupadas (savepoints), cópias de segurança a quente (online/hot backup), um sofisticado planejador de consultas (otimizador) e registrador de transações sequencial (WAL) para tolerância a falhas. Suporta conjuntos de caracteres internacionais, codificação de caracteres multibyte, Unicode e sua ordenação por localização, sensibilidade a caixa
  • 41. 26 (maiúsculas e minúsculas) e formatação. É altamente escalável, tanto na quantidade enorme de dados que pode gerenciar, quanto no número de usuários concorrentes que pode acomodar. Existem sistemas ativos com o PostgreSQL em ambiente de produção que gerenciam mais de 4 TB de dados. Neves et. al (2008), fazem um comparativo de desempenho entre três Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD), do tipo "freeware", ou seja, de licença gratuita, que são: MySQL, PostgreSQLe Firebird. Neste estudo, os autores constatam que o PostgreSQL se sobressai em vários quesitos, podemos citar por exemplo, um rápido desempenho na manipulação dos dados para um grande volume de informações, perante aos outros dois SGBDs citados acima. Ainda, segundo os autores, o PostgreSQL é adequado para volumes grandes de dados e tem muitos recursos de dados estatísticos que facilitam o acompanhamento e controle no seu SGBD. Seu site oficial ainda cita que o PostgreSQL é louvado por seus usuários e é reconhecido no setor, incluindo o Prêmio Linux New Media para o Melhor Sistema de Bases de Dados e cinco Prêmios Escolha dos Editores do Linux Journal para melhor SGBD (ibidem). 3.1.7. Apache Danesh (2000, p.324) pontua que para algumas pessoas, o Apache é o software de servidor web mais utilizado. Na página oficial do Apache na Internet, encontramos citações de que o Apache foi o servidor web mais popular na Internet desde abril de 1996, e comemorou seu aniversário de 17 anos como um projeto em fevereiro deste ano. O autor ainda menciona que o Apache nasceu do trabalho realizado para consertar o NCSA httpd, um dos servidores web originais, para corrigir alguns problemas e incluir funcionalidade. Desde então, o Apache tem surgido como o servidor não-comercial de escolha para sistemas Unix. Mais recentemente, ele foi portado para o Windows, e pode ser usado como servidor web em sistemas NT. Em seu site oficial ainda comenta que “O objetivo deste projeto é fornecer um servidor seguro, eficiente e extensível que fornece serviços HTTP em sincronia com os padrões HTTP atuais”. Isso sem falar que a desenvolvedora do Apache fornece o código-fonte completo e que vem com uma licença sem restrições.
  • 42. 27 Danesh (2000, p.325) coloca que o Apache oferece numerosos recursos que o tornam atraente para administradores de sistema Unix. Além de usar uma configuração baseada, nos arquivos de configuração originais do NCSA httpd, o Apache está disponível como o código- fonte completo e é desenvolvido coletivamente, como muitos outros aplicativos populares para o ambiente Linux. O código-fonte original da versão mais recente do Apache está disponível à partir do endereço www.apache.org, junto com os códigos binários pré- compilados para muitos sistemas diferentes, incluindo o Linux. O Apache está incluído como o servidor web padrão instalado com o Red Hat Linux e em outras versões. Em seu site oficial, ainda encontramos como planos futuros para o Apache, continuar sendo um servidor HTTP "open source", ou seja, destinado para uso sem custo, e que é de extrema importância para a equipe de desenvolvimento manter-se sempre atualizada com os avanços relacionados ao protocolo HTTP e a evolução da web em geral. A página oficial cita também que o Comitê de Gestão do Projeto Apache HTTP mantém padrões rigorosos antes de liberar novas versões de seus servidores, e o Apache é executado sem problemas em mais de metade de todos os servidores WWW disponíveis na Internet. 3.1.8. NetBeans IDE O NetBeans é um ambiente integrado de desenvolvimento (IDE - Integrated Development Environment), open-source escrito totalmente em Java. Seu projeto inicial foi fundado pela Sun Mycrosystems em junho de 2000 que, ainda nos dias de hoje continua sendo seu principal patrocinador. Sendo um ambiente que permite a você escrever, compilar e debugar, seu uso em empresas cuja exigência de produtividade são altas, não é apenas uma economia GONÇALVES (2006, p.23). Em sua página oficial na Internet em português, é posto que o NetBeans IDE permite o desenvolvimento rápido e fácil de aplicações desktop Java, móveis e web, oferecendo excelentes ferramentas para desenvolvedores de PHP e C/C++. Não somente para tais linguagens, mas o NetBeans IDE oferece suporte para linguagens de programação voltadas à web, como XML, HTML, PHP, JavaScript e outras. Tratando sobre PHP, em sua página oficial, é mencionado que o editor de PHP do NetBeans oferece geração e modelos de código (Getters e Setters), refatoração (Renomeação Instantânea), dicas de ferramenta de parâmetro, sugestões e correções rápidas e autocompletar
  • 43. 28 código inteligente (incluindo colchete de fechamento). Ainda, o NetBeans oferece uma versão de IDE sob medida para desenvolver sites em PHP que compreende uma variedade de linguagens de marcação e script. O editor PHP é integrado dinamicamente com as funcionalidades de edição de HTML, JavaScript e CSS. Gonçalves (2006, p.23) ainda ressalta que o NetBeans IDE vem evoluindo rapidamente a cada versão, tornando-se competitiva junto as melhores ferramentas de desenvolvimento Java do mundo. É possível instalar o NetBeans IDE em todos os sistemas operacionais que suportam Java, incluindo Windows, Linux e Mac OS. Além de ser uma ferramenta gratuita e com código-fonte aberto, tem uma grande comunidade de usuários e desenvolvedores em todo o mundo. Para o desenvolvimento do sistema proposto, utilizamos o NetBeans IDE na sua versão 7.3.1, que possui funcionalidades para oferecer suporte e melhorar a experiência de desenvolvimento com aplicações web no lado do cliente que utilizam a família de tecnologias HTML 5. Também é possível trabalhar com desenvolvimento direcionado a desktops e plataformas móveis ao mesmo tempo.
  • 44. 29 4. Metodologia 4.1. Síntese do questionário de levantamento de requisitos Foram levantados da literatura científica os componentes necessários para elaboração do treinamento de musculação. Após esse levantamento, foi aplicado um questionário para verificar a viabilidade do projeto e esclarecimento de alguns termos técnicos aos educadores físicos. O questionário (APÊNDICE A) aprovado pelo comitê de ética sob o parecer 377.352 (ANEXO A) fora aplicado para três educadores físicos, cujas respostas foram sintetizadas e apresentadas de forma imparcial nos quadros que serão apresentados posteriormente no decorrer desta seção. O questionário divide-se em duas partes: a primeira parte constante dos Quadros 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, contém as perguntas relacionadas diretamente ao domínio onde buscamos compreender os diferentes quesitos, nos quais atribuímos o nome de “variáveis”, que alteram a forma e o resultado dos exercícios de musculação; a segunda parte , conforme apresentada nos quadros 12.1a, 12.1b e 12.1c, dispõe as perguntas relacionadas à validação e ao levantamento dos requisitos do software em questão levando em consideração algumas proposições sobre o programa. O Quadro 2, apresentado a seguir, mostra a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “volume”, cujo objetivo é compreender os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
  • 45. 30 Quadro 2 – Volume Síntese Resposta Nível Máximo Podem ser proporcionados tais resultados: hipertrofia, força, resistência, condicionamento do aparelho locomotor, definição etc. Desde que haja uma boa combinação entre volume e intensidade. Nível mínimo Hipertrofia, força, resistência, condicionamento do aparelho locomotor, definição. No entanto precisar estabelecer uma intensidade adequada. Nível ideal Resistência, basicamente são exercícios de longa duração. Em caso um prático seriam de duas à três séries de 12 à 20 repetições cada, com intervalos de 30 à 60 segundos entre as mesmas. Hipertrofia, basicamente seria uma combinação de sobrecarga de peso e/ou intensidade. Em um caso prático, seriam 6 à 12 repetições, intervalo menor que 90 segundos e 3 séries. Força, basicamente seria uma combinação de sobrecarga de peso e/ou intensidade. Em um caso prático, seriam menos que 6 repetições com pausas maiores que 120 segundos e 4 à 10 séries. O Quadro 3 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “velocidade”, cujo objetivo é compreender os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma. Quadro 3 - Velocidade Síntese Resposta Nível Máximo A ação da célula muscular é a mesma nos processos excêntrico e concêntrico, daí a importância de se manter a musculatura tensionada nas duas etapas do movimento. No entanto, pode proporcionar explosão e resistência muscular localizada, aumentando o risco de lesões. Nível mínimo Maior recrutamento de fibras da musculatura sinérgica. Em um caso prático, pode ser 2 à 6 tempos/segundos, nas fases concêntrica e excêntrica. Entretanto, o movimento seja contínuo, isto é, sem haver interrupções. Nível ideal A velocidade deve ser maior no treinamento de resistência e menor para força e hipertrofia. Podem ser utilizados, buscando resultados distintos, o tempo de execução de 2 a 6 tempos/segundos por movimento.
  • 46. 31 O Quadro 4 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “ordem dos exercícios”, cujo objetivo é compreender a influência e aplicação correta da mesma. Quadro 4 – Ordem dos exercícios Síntese Resposta A ordem dos exercícios afeta os resultado dos treinamentos de musculação? Sim. O ideal é começar o treinamento pelos músculos que serão mais enfatizados, no entanto existe também a necessidade de favorecer o trabalho do grupo muscular agonista. Como a ordem dos exercícios deve ser realizada para o objetivo de resistência, hipertrofia e força? Normalmente, trabalham-se os grupos musculares maiores e depois os menores, pela exigência sobre os músculos assessórios e articulações. O Quadro 5 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “duração da sessão de treinamento”, cujo objetivo é compreender as dependências da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
  • 47. 32 Quadro 5 – Duração da sessão de treinamento Síntese Resposta Dependência da sessão de treinamento Pode variar de acordo com o nível em que o indivíduo se encontra e seu objetivo. As principais variáveis são grupos musculares a serem trabalhados, numero de exercício para cada grupo muscular, número de séries, repetições etc. Nível máximo Catabolismo e lesões decorrentes do overtraining são os principais riscos de um treinamento muito extenso. Nível mínimo Pode pormenorizar os resultados. Nível ideal O nível ideal para cada objetivo deve ser traçado de acordo com o perfil de cada indivíduo, tais como biótipo, hábitos e condicionamento físico. Em um caso prático, normalmente, a duração pode variar de 45 minutos à uma hora. O Quadro 6 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “número de séries em cada aparelho”, cujo objetivo é compreender as dependências da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma. Quadro 6 – Número de séries em cada aparelho Síntese Resposta Dependência do número de series em cada aparelho Depende de fatores como o objetivo pretendido pelo indivíduo, nível de preparo do mesmo etc. Nível máximo O excesso pode levar a lesões. Nível mínimo Pode haver um trabalho reduzido do grupo muscular alvo, o que dificultaria os ganhos pretendidos. Nível ideal Neste caso, pode-se levar em consideração o grupo muscular envolvido, há músculos mais resistentes que necessitam de mais volume para serem trabalhados e outros menos. O Quadro 7 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “número de exercício para cada grupo muscular”, cujo objetivo é compreender as dependências da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma.
  • 48. 33 Quadro 7 – Número de exercício para cada grupo muscular Síntese Resposta Dependência do número de exercício para cada grupo muscular Normalmente, pode variar levando em conta o objetivo e o condicionamento físico do indivíduo. Em caso prático, usualmente, são prescritos para iniciantes no mínimo quatro exercícios diferentes para grupo musculares maiores e pelo menos três para grupos musculares menores. Nível máximo Estresse muscular. Nível mínimo A falta de estimulo para musculatura pode ocasionar a estagnação do desenvolvimento pretendido. Nível ideal Pode variar em decorrência do condicionamento do indivíduo. Em um caso prático, normalmente, ideal é que sejam desenvolvidas pelo menos 10 a 15 repetições para cada grupo muscular. O Quadro 8 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “intervalo de repetição entre as séries”, cujo objetivo é compreender as dependências da variável e os diferentes resultados possíveis ao alterar os níveis da mesma. Quadro 8 – Intervalo da repetição entre as séries Síntese Resposta Dependências do intervalo de repetição entre as séries Objetivo, condicionamento físico do indivíduo, número de séries, repetições, intensidade, recuperação etc. A recuperação é fundamental, pois permite a síntese energética para a próxima série. Nível máximo Pode gerar estresse muscular, lesões, tendinite e overtraining. Nível mínimo Com um descanso abaixo do necessário, a execução do exercício fica comprometida e assim pode minimizar os resultados pretendidos. Nível ideal Para resistência, hipertrofia e força, os níveis ideais seriam de 30 a 60, menor que 90 e maior que 120 segundos, respectivamente.
  • 49. 34 O Quadro 9 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “sobrecarga”, cujo objetivo é compreender a importância da variável e os resultados possíveis em seu nível máximo. Quadro 9 – Sobrecarga (Intensidade) Síntese Resposta A intensidade ou sobrecarga é variável? Sim. A individualidade é uma questão primordial para o treinamento resistido. O sexo pode ser determinante, principalmente por questões que envolve a atuação dos hormônios. Este fator pode variar também com objetivo, alimentação, faixa etária, genética e etc. Nível máximo Pode levar ao overtraining ou lesões. O Quadro 10 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “aquecimento”, cujo objetivo é compreender a necessidade da variável e a aplicação correta da mesma. Quadro 10 – Aquecimento (Alongamento) Síntese Resposta Alongamento pode sempre ser aplicado? O alongamento pode sempre ser aplicado desde que o aluno não tenha alguma limitação que impeça a execução do movimento e respeite o limite da intensidade determinado por cada aluno. Entretanto, há uma grande controvérsia a respeito de alongamento para praticantes de musculação. Há estudos que apontam serem necessários e outros que dizem ser nocivos. Quais orientações poderiam ser prescritas para alongamentos? O aquecimento ou alongamento dever ser feito preparando a musculatura que será trabalhada naquela sessão respeitando certo limite para não consumir as reservas energéticas que serão requeridas nos exercícios principais. O Quadro 11 apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas sobre a variável “frequência”, cujo objetivo é compreender as dependências da variável e variação da mesma.
  • 50. 35 Quadro 11 – Frequência Síntese Resposta Dependências do fator frequência As principais dependências são objetivo, nível de condicionamento físico, frequência cardíaca, número de repetições, intensidade respiração e etc. Variação Em treinamentos resistidos, normalmente, é prescrito um intervalo de 48 horas entre um esforço e outra para o mesmo grupo muscular. Em um caso prático mais específico seria: 48 horas para treino de resistência, 48 a 72 horas para treinamento de hipertrofia e mais que 72 horas para treinamento de força. O Quadro 12.1a, a seguir, apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas nas quais deve-se considerar um programa de computador que tem como objetivo gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes, cujas respostas levaram em consideração as seguintes proposições: - O programa não irá criar a ficha de exercícios e sim armazenar uma que será criada pelo educador físico. - O programa não determinará os métodos de treinamento para os alunos e sim terá conhecimento deles para que este possa facilitar a criação e gerenciamento das fichas de exercícios.
  • 51. 36 Quadro 12.1a – Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes Síntese Resposta Um programa de computador que conheça o funcionamento destas variáveis de forma sistemática pode monitorar a evolução de um aluno através de registros das tarefas cumpridas? Sim, pode auxiliar na mensuração dos resultados. Como um programa de gerenciamento e monitoramento pode auxiliar o educador físico a gerenciar seus alunos? Fazendo um controle da frequência, dos treinos realizados e dos números relacionados ao aluno como peso, medidas etc. Um programa de computador que conheça os principais métodos de treinamento pode vir a facilitar as responsabilidades do educador físico? Como? Pode ser uma ferramenta para auxiliar, dando sugestões de treinamentos de acordo com cada indivíduo e registrando dados a respeito do aluno, porém cabe ao professor optar pela melhor forma de treinamento. O Quadro 12.1b apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas onde deve- se considerar um programa de computador onde o objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes, cujas respostas levaram em consideração as seguintes proposições: - O programa armazenará todas estas variáveis separadamente para cada cliente como uma ficha de exercícios digital. - O software armazenará os dados fixos do cliente (nome, data de nascimento e etc.) - O software armazenará os dados não constantes (peso, massa e etc.) conforme o tempo e os exercícios praticados na academia pelos clientes. - O software deverá gerar gráficos que mostrem o andamento do cliente conforme o tempo.
  • 52. 37 Quadro 12.1b – Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes Síntese Resposta Que tipos de informações estes gráficos podem mostrar? Antropometria, curvas de desempenho em determinados exercícios (ou em todos), curva de desempenho da FC (Freqüência Cardiaca), frequência, peso, altura, medidas corporais, percentual de gordura, cargas utilizadas etc. Quais variáveis devem ser consideradas para trabalhar com esses tipos de informações? Idade, saúde, nível e tempo de treinamento (iniciante, atleta etc), intervalo entre as aferições, sexo, objetivos principais etc. Podemos relacionar duas ou mais variáveis entre si e criar gráficos com informações mais complexas e relevantes? Quais podem se relacionar e que informações podem mostrar? Sim. A complexidade é inevitável neste caso. Conciliar força com resistência, por exemplo, deverá incluir itens mais específicos, tal como o tipo de fibra muscular que ocorre com maior frequência em determinado grupo muscular do indivíduo, o que exigiria outras avaliações e métodos, invasivos inclusive. Mostrar o período de maior frequência nos treinos e resultados também seria interessante, pois permitiria mostrar a importância da regularidade nos treinos. O Quadro 12.1c, mostrado a seguir, apresenta a síntese das respostas relacionadas às perguntas onde deve-se considerar um programa de computador onde o objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes, cujas respostas levaram em consideração as seguintes proposições: - O programa armazenará as variáveis de treinamento perguntadas anteriormente e também armazenará as variáveis corporais do cliente (peso, massa etc.) que serão atualizadas no programa conforme o andamento do cliente com os exercícios. - Através destes dados mencionados no item anterior o programa deverá gerar diferentes tipos de gráficos para mostrar o andamento do cliente.
  • 53. 38 Quadro 12.1c – Considere um programa de computador cujo objetivo é gerenciar e monitorar o treinamento dos seus clientes Síntese Resposta Que tipos de gráficos podem ser criados e quais tipos de informações podem ser mostrados? Os gráficos devem ser sempre de fácil leitura. Entre as informações a serem exibidas devem estar, além dos dados da composição corporal, as frequências cardíacas trabalhadas e sua evolução. É interessante mostrar a alimentação e também a intensidade e a frequência juntamente com seus respectivos resultados. Os números são importantes, portanto, deve-se possibilitar uma análise quantitativa da evolução do indivíduo. Quais variáveis de treinamento e corporais devem ser consideradas para cada tipo de gráfico mencionado no item anterior? Antropometria (principais medidas no decorrer do treinamento), mensuração do desenvolvimento da FC (relação entre sua evolução e o alcance dos resultados pretendidos), intensidade, tempo de treinamento, volume e objetivo específico. Podemos relacionar duas ou mais variáveis de treinamento e/ou corporais e criar gráficos com outras informações? Quais informações podemos mostrar com as relações? Antropometria (principais medidas no decorrer do treinamento), mensuração do desenvolvimento da FC (relação entre sua evolução e o alcance dos resultados pretendidos), intensidade e resultados em forma de medidas, frequência e resultados em forma de medidas, alimentação e peso. Para a compreensão do domínio a ser trabalhado fora essencial o conhecimento destas variáveis, principalmente, por parte dos respondentes que atuam na área de Educação Física. Sendo assim, com a análise e a síntese dos questionários respondidos foi possível abstrair os estudos necessários do domínio para que validássemos o uso destas variáveis como informações a serem armazenadas no software através da ficha de exercícios e para mostrar nas análises gráficas.
  • 54. 39
  • 55. 40 4.2. Desenvolvimento Neste capítulo será apresentada a arquitetura física e lógica do sistema proposto, descrevendo sua modelagem e desenvolvimento. 4.2.1. Arquitetura Física Propomos a concepção de um sistema que possa ser acessível a partir de um navegador web, permitindo o cadastro de treinos físicos, alunos e professores. É proposto também que este possa gerar avaliações e a ficha de treinamento dos alunos. Por fim, é a principal função do sistema gerar análises gráficas à partir dos dados que se encontram no sistema. A seguir, na Figura 1, encontra-se o diagrama representando a arquitetura física do sistema. Figura 1: Arquitetura física do sistema.
  • 56. 41 4.2.2. Arquitetura Lógica 4.2.2.1. Modelo de Caso de Uso O modelo de casos de uso é uma representação das funcionalidades externamente observáveis do sistema e dos elementos externos ao sistema que interagem com o mesmo. Esse modelo representa os requisitos funcionais do sistema. Também direciona diversas das atividades posteriores do ciclo de vida do sistema de software (BEZERRA, 2004, p.45). Segundo o autor, este modelo é muito importante, pois direciona diversas tarefas posteriores do ciclo de vida do sistema de software. O modelo de casos de uso de um sistema é composto de duas partes, uma textual, e outra gráfica. 4.2.2.2. Diagrama de Caso de Uso O diagrama da UML utilizado na modelagem gráfica é o diagrama de casos de uso. Este diagrama permite dar uma visão global e de alto nível do sistema e pode também ser chamado de diagrama de contexto. Um caso de uso é a especificação de uma sequência de interações entre um sistema e os agentes externos (BEZERRA, 2004, p.46). Para desenvolvimento dos diagramas propostos, utilizamos o software Astah UML versão comunitária. Na Figura 2 temos o diagrama de caso de uso (DCU) do sistema proposto.
  • 57. 42 Figura 2: Diagrama de caso de uso 4.2.2.3. Documentação dos Casos de Uso Conforme Bezerra (2004, p.65), a UML não define uma estruturação específica a ser utilizada na descrição de um caso de uso. Segundo ele, existem diversas propostas para descrever esse formato. O autor ainda coloca que a equipe de desenvolvimento deve utilizar os itens de descrição que lhes forem realmente úteis. A que utilizamos nesta documentação é o formato definido por Bezerra (2004, p.65) adaptado do proposto pelo Grupo Guild (2002).
  • 58. 43 Autenticar no sistema (CSU01) • Sumário: Educador físico utiliza o sistema para se autenticar como um usuário, informando seu nome de usuário e senha; • Ator Primário: Educador Físico. • Precondições: Para ocorrer uma autenticação com sucesso no sistema, o Educador físico precisa estar previamente cadastrado como um usuário do sistema. • Fluxo Principal: 1. O Educador físico acessa a página de autenticação do sistema que estará hospedada em um endereço na Internet utilizando-se do navegador de Internet instalado em sua estação de trabalho, podendo esta ser um dispositivo móvel ou um desktop. 2. Neste momento, o Educador físico clica no botão “Entrar”. 3. O sistema solicita que o usuário informe seu nome de usuário e a senha. 4. Educador físico clica no botão “Autenticar”. 5. O sistema exibe a tela principal do sistema (caso a autenticação seja feita com sucesso). • Fluxo Alternativo (1): Usuário não preencheu o campo “usuário” e/ou “senha”. a. Sistema exibe uma mensagem informando o não preenchimento dos campos e não completa a autenticação. • Pós-Condições: Usuário autenticado no sistema; Página principal é exibida ao usuário. Manter usuários (CSU02) • Sumário: Podem ser realizadas as manutenções nos cadastros antigos ou serem efetuados novos cadastros de usuários no sistema. • Ator Primário: Educador Físico.