1. A história de conversão de Nabucodonosor é registrada em quatro etapas ao longo dos capítulos 1-4 de Daniel, começando com ignorância e terminando com completa rendição a Deus.
2. Apesar de reconhecer o poder de Deus em eventos anteriores, Nabucodonosor esquece com o tempo, necessitando de mais intervenções divinas, incluindo um período de loucura, para que finalmente levantasse seus olhos para o céu e reconhecesse a soberania de Deus.
3. UMA CONVERSÃO EM QUATRO ETAPAS
1. O primeiro contato mais direto com o Deus de Israel aconteceu por
ocasião da primeira invasão de Jerusalém.
Nesse primeiro contato, o rei era ignorante sobre as obras de Deus.
Mesmo sendo chamado servo de Deus (Jer 25:9), ele é apenas um
instrumento inconsciente de juízo contra Israel.
4. UMA CONVERSÃO EM QUATRO ETAPAS
2. O segundo contato mais direto com Deus acontece em Daniel 2,
quando Daniel interpreta o seu sonho.
Nesse ponto, ele ouve falar de Deus através do testemunho de Daniel.
O rei chega a reconhecer a superioridade do Deus de Daniel e ordena
sua adoração em Babilônia (ler Dan 2:46-45).
Mas a medida em que o tempo passa, vida acontece e Nabucodonosor
simplesmente esqueceu da obra divina em sua vida.
5. UMA CONVERSÃO EM QUATRO ETAPAS
2. O segundo contato mais direto com Deus acontece em Daniel 2,
quando Daniel interpreta o seu sonho.
a. Comentando sobre a experiência de Nabucodonosor, Ellen White diz:
“o coração que não é transformado pela graça de Deus em seguida perde
as impressões do Espírito” (PP 519).
b. Isso ainda aconteceria mais duas vezes com o rei, antes de ele se
render de todo o coração.
6. UMA CONVERSÃO EM QUATRO ETAPAS
3. O terceiro encontro é bem mais poderoso e ele está registrado no
capítulo 3.
Nesse ponto, o rei vê as obras de Deus. Ele pessoalmente vê o filho de
Deus dentro da fornalha.
Mais uma vez, Nabucodonosor reconhece o poder do Deus dos
hebreus.
Exatamente como no fim do capítulo 2, ele glorifica a Deus e exige
adoração compulsória ao Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (ler
Dan 3:28-29).
7. UMA CONVERSÃO EM QUATRO ETAPAS
4. O último e dramático encontro do rei com Deus aparece no capítulo 4.
1. É possível ver uma progressão no trabalho de Deus com o rei pagão: no
capítulo 1 o rei era ignorante sobre as obras de Deus, no capítulo 2 ele
ouviu falar sobre as obras de Deus e no capítulo 3 ele vê as obras de
Deus.
4. Mas isso ainda não tinha sido suficiente. Deus não desistiria fácil. E ele
faz uma nova tentativa no capítulo 4.
8. II UM SONHO NOVAMENTE
Há muito paralelos entre o capítulo 2 e 4 de Daniel. Mas a diferença mais
significativa é o caráter pessoal do sonho do cap. 4.
Um novo decreto é emitido e mais uma vez os colegas de Daniel
falham em oferecer uma interpretação (cf. 4:4-7).
Daniel é trazido à presença do rei e ouve atentamente o relato do
sonho (ler o sonho em Dan 4:10-17).
9. II UM SONHO NOVAMENTE
No primeiro momento Daniel se tornou terrificado. Ele sabia o que o
sonho significava (cf. 4:19).
A árvore representava o rei e o fato de ter sido cortada para ficar
abandonada 7 tempos apontava para um período de 7 anos de loucura
vivendo como um animal do campo (cf. 4:25-26).
2. Daniel termina com um apelo ao rei que ele reconhecesse Deus
como o único soberano.
É significativo que como expressão desse reconhecimento o rei deveria
praticar justiça social (4:27).
10. II UM SONHO NOVAMENTE
Infelizmente, no final de um ano o rei não tinha emendado os seus
caminhos e o sonho se cumpriu ao pé da letra (4:33).
Lembre que um dos principais temas do livro é o poder infalível de
Deus em predizer o futuro (soberania divina sobre a história).
a. Alguns sugerem que o rei sofreu de alguma condição mental patológica
que levava o pensar ser um animal.
b. É difícil imaginar o soberano de Babilônia nessa condição.
c. Assim, o caso de Nabucodonosor é um exemplo prático de Provérbios
16:18 – “a soberba precede a ruína e a altivez de espírito a queda.”
11. III OLHANDO PARA O CÉU (DAN 4:34-37)
Finalmente o rei Nabucodonosor levantou os olhos para o céu (v.34).
O restabelecimento de Nabucodonosor coincide com o momento que
ele levanta os olhos para o céu.
Enquanto seus olhos estavam voltados para a terra, o rei só conseguia ver
suas próprias realizações que os levaram a pensar que ele poderia
controlar não apenas seu próprio destino, mas o rumo do mundo então
conhecido.
12. III OLHANDO PARA O CÉU (DAN 4:34-37)
As atitudes de Nabucodonosor nos capítulos 2 e 3 ilustram o poder
blasfemador do chifre pequeno que aparece na parte profética do livro.
i. Ele se exalta acima de tudo e todos.
ii. Age como se fosse Deus
iii. Estabelece decretos de morte que afetam diretamente os eleitos.
Mas o rei se arrepende enquanto há tempo.
13. III OLHANDO PARA O CÉU (DAN 4:34-37)
A confissão de Nabucodonosor.
Quando o rei olha para o céu e seu entendimento retorna, o rei
finalmente reconhece seu lugar na criação.
a. Isso se torna evidente em seu hino de louvor que engrandece Deus
como o soberano sobre a criação e a história (v. 34b-35).
b. Curiosamente as palavras do rei não são tão diferentes da profissão
que ele já tinha feito antes no fim de Dan 2 e 3. Mas dessa vez, ela era
sincera.
14. III OLHANDO PARA O CÉU (DAN 4:34-37)
O único antídoto contra o orgulho e autossuficiência é olhar para o céu.
a. O ato que olhar para o céu nos leva a entender nossa pequenez em
contraste com o Deus criador do universo.
b. À medida que entendemos nosso lugar, podemos cair de joelhos e
adorar genuinamente o único que tem o controle de nossas vidas e
futuro.
15. III OLHANDO PARA O CÉU (DAN 4:34-37)
O retorno da majestade de Nabucodonosor.
1. Logo depois do fim do hino de louvor a Deus, o rei declara que a
dignidade do reino e sua majestade e glória retornaram para ele (v. 36).
2. O problema do monarca não era a majestade ou riqueza. Embora essas
coisas tragam inúmeras tentações, elas não são pecados em si mesmas.
3. O pecado é a falta do reconhecimento que todas as bênçãos materiais
vêm de Deus.
16. CONCLUSÃO
A história de conversão de Nabucodonosor é uma das mais dramáticas
registradas na Bíblia. E ela nos ensina algumas importantes lições:
1. Não há limites para o poder de Cristo em transformar vidas.
a. Nenhum coração é tão duro que não possa ser quebrantado.
b.Ellen White diz que: O outrora orgulhoso rei tinha se tornado um humilde
filho de Deus; o governante tirano e opressor tornara-se um rei sábio e
compassivo. Aquele que tinha desafiado o Deus do Céu e dEle blasfemado,
reconhecia agora o poder do Altíssimo, e fervorosamente procurou promover o
temor de Jeová e a felicidade dos seus súditos (PP, 331).
17. CONCLUSÃO
2. No caso de algumas pessoas ouvir ou ver as obras de Deus não será
suficiente. Como Nabucodonosor, elas terão que experimentar Deus. Muitas
vezes isso incluirá provações. Deus não cria dificuldades, mas pode usá-las
como oportunidades para alcançar corações.
18. CONCLUSÃO
3. Em nosso testemunho pessoal não podemos deixar de fora nenhuma classe
de pessoas.
a. Isso inclui os nossos governantes.
b. Como Daniel, Deus poderá nos colocar em uma posição que nos dará
oportunidade de testemunhas para grupos de pessoas inesperados. Nós
precisamos estar preparados.
19. CONCLUSÃO
4. Finalmente, o amor de Cristo é paciente. Por isso, nós também precisamos
ser.
a. Não sabemos exatamente quantos anos se passaram entre os eventos do
capítulo 1 e 4. Mas sabemos que Deus trabalhou pacientemente com o rei
durante esse tempo.
b. Cristãos genuínos não são fabricados em massa. Cada um desenvolverá sua
história individual na medida em que Deus opera através da obra do Espírito
Santo o maior de todos os milagres: a conversão.
c. Nosso papel é ser embaixadores de Cristo, estando preparados em todo
tempo para testemunhar de sua graça maravilhosa.