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Aprendendo com "Tim Connor"
4 passos para gerenciar melhor
Gerentes têm um impacto tremendo na produtividade dos seus su-
bordinados. Bons gerentes têm consciência da maneira em que influenciam,
diretamente ou indiretamente, os comportamentos, ações e decisões da sua
equipe. Além disso, bons gerentes usam essas armas não apenas para reforço
de seu pessoal de forma positiva, mas também para comunicar-se melhor. En-
tretanto, as decisões e ações da gerência podem ser danosas tanto para os
funcionários quanto para a empresa como um todo.
Tim Connor, do Connor Resource Group, aprendeu isso na prática,
nesses seus 25 anos de consultoria em empresas das mais diversas áreas,
com equipes em vários países. A diferença entre um bom gerente e um mau
está nas decisões que ele toma. Mas todos cometemos erros. Felizmente,
também podemos aprender com os erros dos outros. Estes são os 4 erros mais
comuns, levantados por Connor. Veja como evitá-los:
♦ Desenvolva uma cultura corporativa que premie os comporta-
mentos que você quer:
A cultura da empresa desce – vai de cima para baixo. As regras es-
critas, as não escritas, costumes e filosofias da gerência ou da própria empresa
eventualmente encontram seu lugar nas atitudes e performances de todo mun-
do dentro da empresa.
Culturas premiam atitudes e comportamentos diretamente e indire-
tamente. Pelas suas ações (ou falta de), você reafirma que certas atitudes e
comportamentos são aceitáveis, mesmo que você nem se dê conta.
Uma das coisas mais importantes que você tem que se lembrar
quando lida com pessoas é que você estimula os comportamentos que premia.
Comportamentos reforçados são comportamentos repetidos.
Se você quer mudar alguns comportamentos, primeiro você precisa
avaliar o que é que está premiando ou reforçando o comportamento que você
vê agora. Se não gostar dos comportamentos que vê, não culpe os funcioná-
rios - procure analisar (e criticar também) seu próprio estilo de liderança, cultu-
ra corporativa e como você se comunica, para determinar onde exatamente
está o problema.
Premie comportamentos através do reconhecimento e do feedback.
Você já foi uma vítima do gerente gaivota? Gerente gaivota é aquele que entra
voando na sala, batendo fortemente as asas enquanto faz um monte de baru-
lho. Aí ele balança o rabo, dá uma volta para cá, outra para lá, e sai - não antes
de fazer um pouco de cocô.
Em outras palavras, o estilo gaivota é altamente negativo - nunca e-
logia ou dá feedback positivo.
Esse estilo de gerência é altamente desmotivador. A maioria das
pessoas quer ser eficaz, fazer um bom trabalho, dentro do cronograma, etc. O
problema é que muitas empresas sabotam a performance dos funcionários,
recusando-se a olhar no espelho na busca dos culpados. Os funcionários que-
rem saber como anda seu trabalho, estejam indo bem ou mal. Ao falhar nessa
comunicação sobre como eles estão indo, o gerente mantém sua equipe no
escuro, sem dizer-lhes onde e como podem melhorar.
Você vai conseguir estimular muito mais o comportamento que você
quer quando fizer comentários positivos e estimulantes do que se só criticar
quando encontrar alguém fazendo alguma coisa errada.
♦ Evite a comunicação de cima para baixo:
Rumores, fofocas, memorandos, e-mails, reuniões, encontros reser-
vados e painel de edital têm todos uma coisa em comum: transmitem informa-
ção (alguns de forma mais eficaz e rápida do que outros). Se a comunicação
na sua empresa só funciona de cima para baixo, então pode ter certeza que
você não tem idéia da real situação da empresa, mercado, seus clientes ou
fornecedores.
Um dos maiores desafios que os gerentes encontram hoje em dia é
comunicar de forma eficaz, com claridade e consistência, a direção estratégica
para a qual a empresa está se dirigindo. Todo mundo tem o direito e a necessi-
dade de saber isso. A maioria das empresas faz isso de forma muito pobre.
Uma forma de descobrir o que as pessoas acreditam é organizar pesquisas
internas anônimas sobre atitudes, percepções e opiniões.
Como preparar-se para tomar boas decisões. Aqui estão alguns pen-
samentos de Connor, para você analisar na próxima vez que precisar tomar
uma decisão importante - algo que impacte clientes, funcionários, fornecedores
ou sua posição no mercado:
• Quem será afetado por esta decisão?
• Quais funcionários podem nos dar uma visão real do que está acon-
tecendo nesta área?
• Você tem todas as informações necessárias (e corretas) para tomar
esta decisão sozinho?
• Lá na ponta final, passando por cima de supervisores - o que as pes-
soas na linha de frente, as que vão realmente implantar esta decisão,
acham disso na prática?
Não assuma que as informações que você recebe de gerentes e su-
pervisores estão corretas. Monte um sistema para determinar porque algumas
decisões funcionam, e outras não.
Reconheça decisões de cima para baixo e de baixo para cima. Um
dos maiores erros nas empresas é tomar decisões a nível de diretoria sem
consultar os níveis de baixo sobre suas perspectivas e opiniões em relação
àquela situação específica. É como decidir algo no campo de golfe, e depois
querer que isso se transforme em realidade num passe de mágica. Esse tipo
de decisão pode afetar negativamente:
Moral
Comunicações internas
Performance
Lealdade
Rotatividade
Relações com clientes
Lucros
Custos
Não estamos sugerindo que toda as decisões devam levar em conta
as preocupações, atitudes, problemas, desejos e necessidades de cada um
dos seus funcionários. Todavia, se você quer que as pessoas comprem sua
idéia, então é fundamental desenvolver estratégias em que predominem os
sentimentos, atitudes, preocupações e experiência do pessoal de baixo.
As pessoas que estão mais próximas do cliente, problema ou forne-
cedor estão numa situação muito melhor de saber o que vai funcionar e o que
não. Ignorar esses comentários valiosos é pedir para ter problemas. Quando
decisões que afetam os funcionários são tomadas sem a sua participação, po-
de ter certeza que os resultados serão piores do que os desejados.
♦ Use o Poder Positivo - e não a força:
Alguns gerentes e empresas ainda trabalham usando a coerção (for-
ça e medo). Essa é uma visão improdutiva da motivação. Chefes que usam a
força e o medo contribuem para:
Moral baixo
Alta rotatividade
Baixa produtividade
Pessoas desmotivadas
Clientes insatisfeitos
Vulnerabilidade perante a concorrência
Péssima comunicação interna
Cultura organizacional duvidosa
Por outro lado, liderar através do poder positivo contribui para:
Dar mais poder aos funcionários (empowerment)
Aumento da criatividade
Um ambiente de respeito mútuo
Auto-estima positiva
Funcionários leais
Pessoas dispostas a aprender
Alta produtividade
Fidelização de clientes
Ao reler as duas listas acima, é de se questionar: porque é que al-
guém gostaria de manter um estilo de chefia que provoca resultados tão po-
bres? É completamente contra a lógica e o bom senso. Entre 1940 e 80, era
comum lidar com as pessoas desse jeito. E você sabe o que acabou aconte-
cendo: greves, movimentos populares, leis, etc. Felizmente os tempos muda-
ram. Mas, para alguns gerentes, o passado ainda é uma forte lembrança. Al-
guns ainda aplicam um pouco de força negativa para motivar seu pessoal. Al-
gumas formas são mais sutis do que outras. 3 exemplos:
• Sistemas ultrapassados de cotas e remuneração.
• Comunicação só de cima para baixo.
• Decisões feitas na diretoria sem consultar as bases.
Se algumas dessas coisas ainda acontecem na sua empresa, imple-
mente o poder positivo para melhorar a performance do seu departamento e a
produtividade dos seus funcionários.
♦ Auto-avaliação:
Muitas pessoas ficam presas em antigas formas de pensar, fazer e
acreditar – coisas que simplesmente já não funcionam. Muitos gerentes, execu-
tivos e empresários estão tão preocupados com detalhes que simplesmente já
não trabalham mais. Algumas das principais armadilhas são:
Um produto que já deixou de ser útil, prático ou inovador.
Um funcionário pouco produtivo ou negativo que sabota a produtivi-
dade de todo seu departamento – às vezes, da empresa inteira.
Regras que deveriam ter sido trocadas anos atrás.
Atitudes ou preconceitos que atrapalham o sucesso.
Estilos gerenciais pouco produtivos.
Normas e procedimentos internos confusos.
Hábitos pessoais antigos que impedem a modernização.
3 das perguntas que Connor geralmente faz aos participantes de
seus seminários são:
1. que você está fazendo na sua vida, carreira ou empresa que está
funcionando?
2. que você está fazendo que não está funcionando?
3. que você costumava fazer de certo que depois parou de fazer?
Estas três questões críticas podem fazer com que você comece a
viajar na direção certa – em todas as áreas da sua vida – se você fizê-las fre-
qüentemente, prestando bastante atenção nas respostas.
Connor se faz essas perguntas todo final de mês e final de ano. O
propósito deste exercício é assegurar:
• Manter o foco nas coisas certas da forma certa.
• Deixar de lado o que não está funcionando.
• Reavaliar sua carreira, negócio e vida, com a perspectiva não só do
passado, mas do futuro também.
• Planejar novas áreas de desenvolvimento pessoal.
• Experimentar novas estratégias, atitudes, filosofias, sentimentos e
técnicas.
Porque não investir um pouco de tempo para descobrir áreas que
precisam de mudanças ou simplesmente abandonadas? Se você realmente
quer mudar o ambiente na sua empresa, faça esta discussão em grupo – os
resultados serão surpreendentes.
Texto extraído do Fax:VendaMais, uma coluna semanal enviada por Raúl Cande-
loro exclusivamente para assinantes.

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  • 1. Aprendendo com "Tim Connor" 4 passos para gerenciar melhor Gerentes têm um impacto tremendo na produtividade dos seus su- bordinados. Bons gerentes têm consciência da maneira em que influenciam, diretamente ou indiretamente, os comportamentos, ações e decisões da sua equipe. Além disso, bons gerentes usam essas armas não apenas para reforço de seu pessoal de forma positiva, mas também para comunicar-se melhor. En- tretanto, as decisões e ações da gerência podem ser danosas tanto para os funcionários quanto para a empresa como um todo. Tim Connor, do Connor Resource Group, aprendeu isso na prática, nesses seus 25 anos de consultoria em empresas das mais diversas áreas, com equipes em vários países. A diferença entre um bom gerente e um mau está nas decisões que ele toma. Mas todos cometemos erros. Felizmente, também podemos aprender com os erros dos outros. Estes são os 4 erros mais comuns, levantados por Connor. Veja como evitá-los: ♦ Desenvolva uma cultura corporativa que premie os comporta- mentos que você quer: A cultura da empresa desce – vai de cima para baixo. As regras es- critas, as não escritas, costumes e filosofias da gerência ou da própria empresa eventualmente encontram seu lugar nas atitudes e performances de todo mun- do dentro da empresa. Culturas premiam atitudes e comportamentos diretamente e indire- tamente. Pelas suas ações (ou falta de), você reafirma que certas atitudes e comportamentos são aceitáveis, mesmo que você nem se dê conta. Uma das coisas mais importantes que você tem que se lembrar quando lida com pessoas é que você estimula os comportamentos que premia. Comportamentos reforçados são comportamentos repetidos. Se você quer mudar alguns comportamentos, primeiro você precisa avaliar o que é que está premiando ou reforçando o comportamento que você vê agora. Se não gostar dos comportamentos que vê, não culpe os funcioná- rios - procure analisar (e criticar também) seu próprio estilo de liderança, cultu- ra corporativa e como você se comunica, para determinar onde exatamente está o problema. Premie comportamentos através do reconhecimento e do feedback. Você já foi uma vítima do gerente gaivota? Gerente gaivota é aquele que entra voando na sala, batendo fortemente as asas enquanto faz um monte de baru- lho. Aí ele balança o rabo, dá uma volta para cá, outra para lá, e sai - não antes de fazer um pouco de cocô. Em outras palavras, o estilo gaivota é altamente negativo - nunca e- logia ou dá feedback positivo. Esse estilo de gerência é altamente desmotivador. A maioria das pessoas quer ser eficaz, fazer um bom trabalho, dentro do cronograma, etc. O problema é que muitas empresas sabotam a performance dos funcionários, recusando-se a olhar no espelho na busca dos culpados. Os funcionários que- rem saber como anda seu trabalho, estejam indo bem ou mal. Ao falhar nessa
  • 2. comunicação sobre como eles estão indo, o gerente mantém sua equipe no escuro, sem dizer-lhes onde e como podem melhorar. Você vai conseguir estimular muito mais o comportamento que você quer quando fizer comentários positivos e estimulantes do que se só criticar quando encontrar alguém fazendo alguma coisa errada. ♦ Evite a comunicação de cima para baixo: Rumores, fofocas, memorandos, e-mails, reuniões, encontros reser- vados e painel de edital têm todos uma coisa em comum: transmitem informa- ção (alguns de forma mais eficaz e rápida do que outros). Se a comunicação na sua empresa só funciona de cima para baixo, então pode ter certeza que você não tem idéia da real situação da empresa, mercado, seus clientes ou fornecedores. Um dos maiores desafios que os gerentes encontram hoje em dia é comunicar de forma eficaz, com claridade e consistência, a direção estratégica para a qual a empresa está se dirigindo. Todo mundo tem o direito e a necessi- dade de saber isso. A maioria das empresas faz isso de forma muito pobre. Uma forma de descobrir o que as pessoas acreditam é organizar pesquisas internas anônimas sobre atitudes, percepções e opiniões. Como preparar-se para tomar boas decisões. Aqui estão alguns pen- samentos de Connor, para você analisar na próxima vez que precisar tomar uma decisão importante - algo que impacte clientes, funcionários, fornecedores ou sua posição no mercado: • Quem será afetado por esta decisão? • Quais funcionários podem nos dar uma visão real do que está acon- tecendo nesta área? • Você tem todas as informações necessárias (e corretas) para tomar esta decisão sozinho? • Lá na ponta final, passando por cima de supervisores - o que as pes- soas na linha de frente, as que vão realmente implantar esta decisão, acham disso na prática? Não assuma que as informações que você recebe de gerentes e su- pervisores estão corretas. Monte um sistema para determinar porque algumas decisões funcionam, e outras não. Reconheça decisões de cima para baixo e de baixo para cima. Um dos maiores erros nas empresas é tomar decisões a nível de diretoria sem consultar os níveis de baixo sobre suas perspectivas e opiniões em relação àquela situação específica. É como decidir algo no campo de golfe, e depois querer que isso se transforme em realidade num passe de mágica. Esse tipo de decisão pode afetar negativamente: Moral Comunicações internas Performance Lealdade Rotatividade Relações com clientes Lucros Custos
  • 3. Não estamos sugerindo que toda as decisões devam levar em conta as preocupações, atitudes, problemas, desejos e necessidades de cada um dos seus funcionários. Todavia, se você quer que as pessoas comprem sua idéia, então é fundamental desenvolver estratégias em que predominem os sentimentos, atitudes, preocupações e experiência do pessoal de baixo. As pessoas que estão mais próximas do cliente, problema ou forne- cedor estão numa situação muito melhor de saber o que vai funcionar e o que não. Ignorar esses comentários valiosos é pedir para ter problemas. Quando decisões que afetam os funcionários são tomadas sem a sua participação, po- de ter certeza que os resultados serão piores do que os desejados. ♦ Use o Poder Positivo - e não a força: Alguns gerentes e empresas ainda trabalham usando a coerção (for- ça e medo). Essa é uma visão improdutiva da motivação. Chefes que usam a força e o medo contribuem para: Moral baixo Alta rotatividade Baixa produtividade Pessoas desmotivadas Clientes insatisfeitos Vulnerabilidade perante a concorrência Péssima comunicação interna Cultura organizacional duvidosa Por outro lado, liderar através do poder positivo contribui para: Dar mais poder aos funcionários (empowerment) Aumento da criatividade Um ambiente de respeito mútuo Auto-estima positiva Funcionários leais Pessoas dispostas a aprender Alta produtividade Fidelização de clientes Ao reler as duas listas acima, é de se questionar: porque é que al- guém gostaria de manter um estilo de chefia que provoca resultados tão po- bres? É completamente contra a lógica e o bom senso. Entre 1940 e 80, era comum lidar com as pessoas desse jeito. E você sabe o que acabou aconte- cendo: greves, movimentos populares, leis, etc. Felizmente os tempos muda- ram. Mas, para alguns gerentes, o passado ainda é uma forte lembrança. Al- guns ainda aplicam um pouco de força negativa para motivar seu pessoal. Al- gumas formas são mais sutis do que outras. 3 exemplos: • Sistemas ultrapassados de cotas e remuneração. • Comunicação só de cima para baixo. • Decisões feitas na diretoria sem consultar as bases. Se algumas dessas coisas ainda acontecem na sua empresa, imple- mente o poder positivo para melhorar a performance do seu departamento e a produtividade dos seus funcionários.
  • 4. ♦ Auto-avaliação: Muitas pessoas ficam presas em antigas formas de pensar, fazer e acreditar – coisas que simplesmente já não funcionam. Muitos gerentes, execu- tivos e empresários estão tão preocupados com detalhes que simplesmente já não trabalham mais. Algumas das principais armadilhas são: Um produto que já deixou de ser útil, prático ou inovador. Um funcionário pouco produtivo ou negativo que sabota a produtivi- dade de todo seu departamento – às vezes, da empresa inteira. Regras que deveriam ter sido trocadas anos atrás. Atitudes ou preconceitos que atrapalham o sucesso. Estilos gerenciais pouco produtivos. Normas e procedimentos internos confusos. Hábitos pessoais antigos que impedem a modernização. 3 das perguntas que Connor geralmente faz aos participantes de seus seminários são: 1. que você está fazendo na sua vida, carreira ou empresa que está funcionando? 2. que você está fazendo que não está funcionando? 3. que você costumava fazer de certo que depois parou de fazer? Estas três questões críticas podem fazer com que você comece a viajar na direção certa – em todas as áreas da sua vida – se você fizê-las fre- qüentemente, prestando bastante atenção nas respostas. Connor se faz essas perguntas todo final de mês e final de ano. O propósito deste exercício é assegurar: • Manter o foco nas coisas certas da forma certa. • Deixar de lado o que não está funcionando. • Reavaliar sua carreira, negócio e vida, com a perspectiva não só do passado, mas do futuro também. • Planejar novas áreas de desenvolvimento pessoal. • Experimentar novas estratégias, atitudes, filosofias, sentimentos e técnicas. Porque não investir um pouco de tempo para descobrir áreas que precisam de mudanças ou simplesmente abandonadas? Se você realmente quer mudar o ambiente na sua empresa, faça esta discussão em grupo – os resultados serão surpreendentes. Texto extraído do Fax:VendaMais, uma coluna semanal enviada por Raúl Cande- loro exclusivamente para assinantes.