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MÓDULO
I
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II
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IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
1
MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA //
São Luís
2023
ALTERNATIVAS
SUSTENTÁVEIS PARA
GESTÃO AMBIENTAL
MÓDULO
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IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
2
MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA //
São Luís
2023
São Luís
2023
ALTERNATIVAS
SUSTENTÁVEIS PARA
GESTÃO AMBIENTAL
Rodrigues, Saymon D’ Lucas Soares
Alternativas sustentáveis para gestão ambiental [ebook]. /
Saymon D'Lucas Rodrigues, et al. – São Luís: UEMAnet, 2023.
62 p.
ISBN:
1.Meioambiente.2.Sustentabilidade.3.GestãoAmbiental.
I. Sá, Acíria Nazaré Leite II. Camara, Cristine Aparecida
Correa III. Pinheiro, Taynara de Jesus Correa V.Título
CDU: 502.1
Reitor
Walter Canales Sant´ana
Vice-Reitor
Paulo Henrique Aragão Catunda
Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis
Ilka Márcia Ribeiro S. Serra
Núcleo de Tecnologias para Educação
Lígia Tchaicka - Coordenadora Geral
Coordenação do Setor Design Educacional
Cristiane Peixoto - Coord. Administrativa
Danielle Martins Leite Fernandes Lima - Coord. Pedagógica
Professores Conteudistas
Acíria Nazaré Leite Sá
Cristine Aparecida Correa Camara
Saymon D’ Lucas Soares Rodrigues
Taynara de Jesus Correa Pinheiro
Designers Pedagógicos
Aline Varela
Érica Costa Sousa
Lidiane Saraiva Ferreira Lima
Designer de Linguagem
Aurileia Cabral Cantanhede
Projeto Gráfico
Kelly Barros
Diagramação
Josimar de Jesus Costa Almeida
Tonho Lemos Martins
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
Os materiais produzidos para os cursos ofertados pelo UEMAnet/UEMA para o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB são licenciados nos termos da
Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhada, podendo a obra ser remixada, adaptada e servir para criação de obras derivadas, desde que com
fins não comerciais, que seja atribuído crédito ao autor e que as obras derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença.
Este material NÃO pode ser disponibilizado, transmitido, exibido, vendido, licenciado, alterado ou utilizado por quaisquer outras instituições e
alunos(as), exceto se autorizado de forma expressa, mediante a permissão prévia da própria instituição detentora dos direitos da obra.
4
Prezado(a) cursista,
Este material traz uma compilação de estudos sobre o meio ambiente,
sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental, medidas que po-
dem melhorar as relações com o Meio Ambiente, e trabalhar com atitudes
sustentáveis, dentro de casa, nas escolas e no meio empresarial.
O Meio Ambiente é um sistema natural que influencia a vida de todos os
organismos, aliás, de tudo que há vida e não vida existente no Planeta Ter-
ra. Todos os fatores biológicos, químicos e físicos podem ser afetados dire-
tamente ou indiretamente pelas ações antrópicas, por isso, a preservação
do ambiente juntamente com ações sustentáveis, são tão importantes para
a manutenção dos recursos naturais para as próximas gerações, e mantém
uma boa qualidade de vida para todos.
Nesta perspectiva, este e-Book visa trabalhar com ações de Educação Am-
biental, e com a sustentabilidade para diminuir impactos causados pela má
gestão de resíduos sólidos. Este curso é dividido em quatro módulos con-
templando 11 capítulos, com indicação de leituras, vídeos, resumos, saiba
mais, propostas eco, e atividades complementares para fixação de conhe-
cimento.
Você vai obter conhecimentos acerca da Educação Ambiental e seus marcos
importantes, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável, a questão
da gestão de resíduos, gestão socioambiental, a sustentabilidade gerando
negócios e fonte de renda, ecokits gerando fonte de renda e o ecokits: colo-
cando em prática.
No último módulo, você aprenderá como produzir vários kits ecológicos,
como o papel, por meio da reciclagem de papel usado, sabão ecológico, por
meio da reutilização de óleo de cozinha, jarros de cocos, feito com a fibra
de coco, ecobag e pastas, feitas com banner reutilizados, e ecopads feita de
crochê, sendo uma alternativa ecológica ao algodão descartável.
Desejamos a você uma apreciável leitura, e que este curso lhe ajude a pro-
duzir belos kits ecológicos!
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
5 ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM CONCEITO 8
1.1 O que é o Meio Ambiente?.................................................... 8
1.2 O que é Educação Ambiental?............................................. 9
1.3 O histórico da Educação Ambiental................................... 10
1.4 Concepções em Educação Ambiental............................... 11
CAPÍTULO 2 - MARCOS IMPORTANTES DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL..................................................................................... 13
2.1 A 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano – Estocolmo, 1972.................................... 13
2.2 O convênio marco das Nações Unidas sobre a Mudança
Climática............................................................................................ 14
2.3 A 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento – Rio de Janeiro 1992.......... 14
2.4 2ª Cúpula da Terra+ 5 (1997).............................................. 15
2.5 A Agenda 21............................................................................. 15
CAPÍTULO 3 - SUSTENTABILIDADE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL................................... 16
3.1 O que é Sustentabilidade?..................................................... 16
3.2 Empreendedorismo e Desenvolvimento Sustentável... 17
3.3 Práticas que tornam Empresas sustentáveis.................. 18
PROPOSTA ECO................................................................................ 18
RESUMO....................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS............................................................................................ 19
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
MÓDULO II - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
ATRELADO À POLÍTICA DOS 10 R's
CAPÍTULO 4 - INTRODUÇÃO SOBRE RESÍDUOS
SÓLIDOS................................................................................... 22
4.1 A diferença entre “Lixo” e “Resíduo Sólido”................... 22
4.2 Os 10 R’s da Sustentabilidade............................................ 22
4.3 Possibilidades Econômicas................................................... 24
4.4 A Coleta Seletiva...................................................................... 25
CAPÍTULO 5 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA 27
5.1 O que é a Legislação Ambiental Brasileira?..................... 27
5.2 Leis e decretos fundamentais.............................................. 28
CAPÍTULO 6 - GESTÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL....... 31
6.1 Visão geral da problemática................................................. 31
PROPOSTA ECO................................................................................ 35
RESUMO....................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS........................................................................................... 36
SUMÁRIO
SUMÁRIO
MÓDULO
I
MÓDULO
II
MÓDULO
III
MÓDULO
IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
6
MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA //
MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA
CAPÍTULO 7 - GESTÃO, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE 39
7.1 Conceitos de Gestão............................................................. 39
7.2 Gestão em Responsabilidade............................................ 39
7.3 Modelos e Estratégias de Gestão Social e Ambiental 40
CAPÍTULO 8 - CONSUMO X MEIO AMBIENTE................. 41
8.1 Conceitos de consumo e meio ambiente........................ 41
8.2 Marketing Verde..................................................................... 42
8.3 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS.... 44
CAPÍTULO 9 - SUSTENTABILIDADE GERANDO
NEGÓCIOS E FONTES DE RENDA......................................... 45
9.1 Benefícios do Investimento em Programas Sociais e
Ambientais...................................................................................... 45
9.2 ESG............................................................................................ 47
9.3 Ciclo PDCA.............................................................................. 47
9.4 Matriz de SWOT..................................................................... 48
9.5 Sustentabilidade na Prática: Exemplos de Projetos... 49
CAPÍTULO 10 - ECOKITS COMO FONTE DE RENDA
ALTERNATIVA................................................................................ 50
10.1 Definição dos EcoKits........................................................ 50
10.2 Ecokits como Alternativa no Mercado de Produtos.... 51
10.3 Produção de Ecokits como Renda Extra....................... 51
PROPOSTA ECO.............................................................................. 52
RESUMO...................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS........................................................................................... 52
CAPÍTULO 11 - COMO ELABORAR ECOKITS.................. 55
11.1 Reciclagem............................................................................ 55
11.2 Alternativas Sustentáveis................................................ 58
RESUMO...................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS........................................................................................... 61
MÓDULO
I
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MÓDULO
III
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IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
7
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
MÓDULO I
BASES TEÓRICAS DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
E DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
OBJETIVO ESPECÍFICO
APRESENTAÇÃO
• Conceituar o que é Meio Ambiente dentro das perspectivas que englobam a
Educação Ambiental, contemplando os seus marcos importantes.
Olá, bem-vindo ao módulo I, no qual o foco principal está na Educação Ambiental e suas abordagens
conceituais.
Ao final da leitura deste módulo você será capaz de entender o conceito de meio ambiente e educação
ambiental, além de adentrar a uma discussão histórica desse processo. Ademais, os marcos históricos
aqui discutidos serão de suma importância para entender como as questões ambientais se fizeram
presentes ao longo do tempo. Por fim, os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentá-
vel serão discutidos aqui com intuito de evidenciar a importância para o presente e futuro.
Gostou? Aproveite!
MÓDULO
I
MÓDULO
II
MÓDULO
III
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IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
8
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
CONCEITOS
O Meio Ambiente pode ser compreendido como um conjunto de
conhecimentos e práticas específicas (RODRIGUES et al, 2019, p. 14). E não
possuiumconsensocentraldesuadefinição,poisentrealgunsautoressobreseu
significado, é determinada por certos aspectos, enquanto outros não acreditam
que tais conceitos são incorporados. E dentro do cenário jurídico, de acordo
com Lei n° 6.938/81 que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, em seu
Capítulo I, art. 3, define o conceito de Meio Ambiente da seguinte forma “meio
ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”
(BRASIL, 1981, p. 01). Assegurando, assim, o direito de todos a um ambiente
ecologicamente mais equilibrado e qualidade de vida.
1.1 O QUE É O MEIO AMBIENTE?
Figura 1: Meio ambiente em seu estado natural.
Fonte: Pensamento verde (2018).
Partindo disso, outros conceitos acerca do meio ambiente foram surgindo
ao longo do tempo. Assim, um deles se apresenta da seguinte maneira: "defino
meio ambiente como o lugar determinado ou percebido, onde os elementos
naturais e sociais estão em relação dinâmica e em interação” (REIGOTA, 2010,
p. 14). O adjetivo ambiental está designado em uma característica que qualifica a
práticaeducativa,emmeioaosproblemasexistentesnoplanetaterraevidenciado
(LAYRARGUES, 2004). A educação deve estar centrada em pilares universais
que busquem exprimir a visão deturpada que a sociedade, como um todo, possui
da natureza e seus recursos naturais como sendo algo separado, e, portanto,
intimamente conectado.
Nesse sentido, o meio ambiente engloba diversos cenários, sejam eles
de origem humana ou vegetal, entre outros. Dentro desse viés, a preocupação
com o meio ambiente ficou mais evidente e forte a partir de eventos globais que
devastaram grandes proporções dos ecossistemas existentes no planeta Terra.
Diante disso, o Instituto Estadual do Ambiente, INEA (2014). Destaca que:
Desde a Revolução Industrial, nossa sociedade tem vivenciado um de-
senvolvimento tecnológico bastante expressivo. No entanto, é inegá-
vel que o modelo de produção derivado dessa revolução, caracterizado
pelo uso intensivo de energia fóssil (petróleo), pela superexploração
dos recursos naturais e pela utilização do ar, água e solo como depósi-
to de dejetos, também tem contribuído para o aumento da degradação
ambiental. (INEA, 2014, p. 8).
INDICAÇÃO
DE LEITURA!
Leia o Tratado de Educação Ambiental
para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global. Saiba mais
no link: http://portal.mec.gov.br/secad/
arquivos/pdf/educacaoambiental/
tratado.pdf. Ou pelo QR-code ao lado.
MÓDULO
I
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II
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MÓDULO
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ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
9
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
A relação entre os seres humanos com a natureza vem a cada dia se
tornando desarmônica e prejudicial para o equilíbrio e conservação do ambiente.
Isso se deve ao fato de que cada vez mais estão surgindo e se acumulando
produtos ou materiais que contribuem para a intensificação das catástrofes
naturais e exploração exacerbada dos recursos provenientes da natureza. Além
disso, o crescente padrão de desenvolvimento industrial vem intensificando o
uso excessivo dos recursos naturais, isso acontece de uma forma cada vez mais
rápidaepreocupante.Umdessesefeitoséaextinçãoemgrandeescaladeanimais
silvestres e espécies nativas de plantas, pois, como se sabe, o aquecimento
global contribui para a mudança no ambiente e, consequentemente, a vida de
muitas espécies; e, ainda pior, os rejeitos de algumas empresas são colocados
diretamente nos rios sem tratamento, o qual, sem dúvida, contribui para agravar
a situação.
1.2 O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?
Para compreender o que é a educação ambiental, deve-se ter em mente tal
aspecto:aeducaçãoambientalpreocupa-seunicamentecomsaberesecológicosque
um indivíduo pode vir a adotar em seu dia-a-dia. Embora a pauta sobre a educação
ambiental não seja recente, ganhou cada vez mais ênfase na atualidade, visto que é
um problema mundial. A EA começou a ganhar visibilidade a partir de 1972, com a
realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada
em Estocolmo (Suécia), onde iniciou a abordagem de temas mais profundos sobre
os aspectos que englobam a natureza e a interferência do homem nela.
Embora o termo educação ambiental ainda estivesse muito restrito ao meio
científico, uma vez que, em meados dos anos de 1980 (século XX), temas como:
sustentabilidade, preservação ambiental, poluição, desmatamento, aquecimen-
to global e outros, eram pouco mencionados quando se apresentavam para a
população em geral eram sem grande relevância, ou seja, muitas temáticas fica-
vam restritas apenas nos meios acadêmicos, deixando a população leiga menos
ciente dos impactos ambientais.
Entretanto, com o aumento populacional, a poluição dos mares e rios, o
consumo desenfreado, o desmatamento das florestas, contaminação do solo,
poluição do ar decorrente da queima de combustíveis fósseis, derramamento de
compostos químicos altamente poluentes de forma inadequada levando à morte
da fauna e flora, são temas cada vez mais frequentes nas cúpulas mundiais e
reuniões sobre o meio ambiente, tal como a Rio-92, pois estão em prol da saúde
do meio ambiente e o futuro.
Figura 2 - Poluição da costa marítima, proveniente dos banhistas.
Fonte: Arionauro Cartuns (2016).
A educação ambiental criou uma grande visibilidade, tornou-se uma ferra-
menta de sensibilização da população, em geral para os problemas ocasionados
pela falta de consciência dos efeitos que os empreendimentos humanos podem
fazer no meio ambiente. Nesse sentido, a EA é percebida como um processo, no
qual o indivíduo toma para si a consciência, valores, habilidades e experiência
para conviver de uma forma harmônica individualmente e coletivamente com a
natureza (CHINALIA, 2015, p. 13).
MÓDULO
I
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ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
10
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
1.3 O HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Na sua opinião, os interesses econômi-
cos e a preservação da natureza podem
algum dia estar em harmonia? É real o
discurso no qual o capitalismo e a pre-
servação ambiental podem andar juntos?
Seja crítico nos seus argumentos!
REFLITA!
No contexto histórico da EA, seu marco principal foi através da Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo
na Suécia, em 1972. A partir de tal evento, no qual contou com a participação
de 113 países e 500 organizações governamentais e não governamentais, a
concepção de Educação Ambiental ganhou mais visibilidade e debates, embora
ainda estivesse muito ligada ao âmbito acadêmico.
Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em
todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através
da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis
ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro lado,
através do maior conhecimento e de ações mais sábias, podemos conquistar
uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um meio ambiente em
sintonia com as necessidades e esperanças humanas… (UON BR - DECLARA-
ÇÃO DA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O AMBIENTE HU-
MANO, 1972, parágrafo 6).
Em decorrência disso, outro encontro ocorreu em 1975, na Iugoslávia,
sendo realizado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura), no qual fortaleceu o discurso promovido pela educação
ambiental criando o Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA, no
qual promulgou as seguintes noções sobre a EA: “a Educação Ambiental deve
ser continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para
os interesses nacionais” (BRASIL, 2013).
Ainda nesse período, dos dias de 13 a 22 de outubro de 1975, foram
elaboradas algumas concepções acerca do que se tratava a Educação Ambiental,
a chamada C, a qual constituiu um importante papel na defesa do meio ambiente
nadécadade70.Emumdostrechosdacarta,eladizoseguinte:“Estenovotipode
desenvolvimentotambémdeverárequererareduçãomáximadosefeitosdanosos
ao meio ambiente, a reutilização de materiais e a concepção de tecnologias que
permitam que tais objetivos sejam alcançados” (BRASIL, 1999).
Na década de 1980, embora ainda se mantivesse em parte concentrada
no mundo acadêmico, o termo Educação Ambiental alcançou mais visibilidade.
Em meio a isso, desastres ambientais provocados pela ação do homem alertaram
para um fato: tornar a proteção ambiental uma discussão fundamental para a
manutenção do planeta e de seus recursos finitos. Uma vez que, até então, os
recursos existentes eram vistos como infinitos e, dessa forma, a preocupação
com os mesmos não era percebida, fazendo, portanto, o uso desenfreado de
tais riquezas naturais. E, assim, ao longo do tempo, percebia-se que as questões
ambientais demandavam profundas transformações no modo de como as
atividades humanas eram realizadas (HOLMER, 2020).
Neste contexto, a ONU criou, em 1983, a Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, “com o objetivo de examinar os problemas
ambientais e do desenvolvimento no âmbito planetário” (FIACCONE et al., 2015,
p.25), e desenvolver alternativas internacionais em prol do cumprimento da
redução dos agentes causadores dos problemas ambientais.
MÓDULO
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ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
11
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
Um dos principais motivadores da
Educação Ambiental, em especial, nas
décadas recentes, refere-se ao seu
caráter crítico em relação ao modo
como as sociedades contemporâneas
vivem em seus espaços naturais. Ela
questiona, principalmente, discursos
que são essencialmente parciais, frente
a problemática existente nas questões
cada vez mais insustentáveis. E por
sua vez, promulga saberes com bases
na sustentabilidade, para impulsionar
as gerações existentes e futuras a
desenvolverem-se de maneira ecológica
e conscientes dos seus deveres como
cidadãos.
REFLITA!
1.4 CONCEPÇÕES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
De acordo com o Dicionário Online de Português (DICIO), a palavra “Con-
cepção” diz respeito primeiramente a “ação de gerar ou de ser gerado, através da
junção de um espermatozóide com um óvulo; fecundação” (CONCEPÇÃO, 2022),
mas, neste contexto, ela melhor se enquadra em outra definição disponibilizada
nesse meio, a qual seria a de “conhecimento sobre algo, ideia”.
Dessa forma, o conhecimento é de suma importância para tomar inicia-
tivas; além disso, a Educação Ambiental refere-se a uma área de conhecimento
sobre “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Política Nacional de Educação
Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1).
Nesse sentido, a EA traz consigo uma grande responsabilidade individu-
al e coletiva que, segundo Silva e Campina (2011), respeitam a uma tipologia,
a qual elege essa área de conhecimento como: conservadora, pragmática e crí-
tica, que para cada uma, são definidas dimensões de análise que vão desde os
valores éticos e políticos, até as relações dadas entre os indivíduos, o ambiente
e as tecnologias.
Caminhar nesse contexto, quer dizer que a Educação Ambiental enquanto
conservadora representa uma concepção romântica da problemática ambiental
e elege o homem como o único vilão; na visão pragmática tem-se a ação com
soluções prontas, as quais seguem regras e formalidades para o seu bom fun-
cionamento em um determinado tempo; já a crítica lembra a perspectiva freiria-
na com ações educativas que envolvem diversas esferas, mas principalmente a
político-social.
VOCÊ SABIA
A perspectiva freiriana refere-se ao “Método Freiriano”, criado por
Paulo Freire, um dos mais importantes pedagogos brasileiros, cuja
contribuição intelectual é fortíssima em todo o mundo. Esse método
defende a educação dos adultos com base em suas experiências
cotidianas, sendo decodificadas para a compreensão do mundo.
MÓDULO
I
MÓDULO
II
MÓDULO
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MÓDULO
IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
12
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
INDICAÇÃO
DE LEITURA!
Para entender mais sobre essa temática,
leia o artigo “Concepções de educação
ambiental na mídia e em práticas escola-
res: contribuições de uma tipologia”, das
autoras Rosana Louro Ferreira da Silva e
Nilva Nunes Campina. Na página 36 da
publicação, há um quadro sobre Tipolo-
gia de concepções de educação ambien-
Seja como for, disseminar a Educação Ambiental e as suas concepções
(conjunto de ideias) é fundamental para a tomada de ações que trazem
benefícios coletivos ao mundo. Ainda mais importante, é não limitar essa área de
conhecimento a apenas um público, mas sim, procurar meios de adaptá-lo aos
mais diferenciados conjuntos de pessoas como forma de auxiliá-los na tomada
de decisões e, quem sabe, também na mudança de comportamentos.
tal e dimensões para a análise, assim, você poderá visualizar como são
as relações entre os indivíduos, o ambiente e as tecnologias.
Link: https://www.revistas.usp.br/pea/article/view/55932.
INDICAÇÃO
DE VÍDEO!
Voltado ao público jovem, o “João
Ambiente” é um projeto de Educação
Ambiental produzido pelo canal
CDInteligente. Se você possuir interesse
em acompanhar, sugerimos o vídeo “João
Ambiente” disponível no link: https://
youtu.be/mdfi-awWMC0. Ou pelo QR-
code ao lado.
RESUMO
Entender que o meio ambiente pode ser compreendido como um conjun-
to de fatores que irão influenciar as diversas formas de vida que nele reside,
abre precedentes para uma análise reflexiva acerca de como estamos lidando
com os diversos ecossistemas espalhados pelo planeta, pois, com a evolução
da sociedade humana, principalmente depois da Revolução Industrial, verifica-
-se cada vez mais interferência no equilíbrio planetário. Nesse sentido, a Edu-
cação Ambiental aparece como uma ferramenta para sensibilizar a população
em geral para os problemas ocasionados pela falta de consciência dos efeitos
causados pela poluição, com isso, ela traz saberes ecológicos que um indiví-
duo pode vir a adotar em seu dia-a-dia, a fim de diminuir o prejuízo imposto
pelo homem. Neste capítulo vimos sobre o que é o Meio Ambiente, o que é
Educação Ambiental, e, por fim, como essas temáticas vêm se desenvolvendo
ao longo das últimas décadas, trazendo seu contexto histórico e concepções
que a cercam.
MÓDULO
I
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IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
13
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
CAPÍTULO 2 - MARCOS IMPORTANTES DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Umdosmaisimportantesmarcoshistóricosnadefesadomeioambientefoi,
sem dúvida, a Conferência de Estocolmo, ocorrido em 1972, na Suécia; houve a
participaçãode113países,entreelesoBrasil(GURSKI;GONZAGA;TENDOLINI,
2012). Assim, foi uma primeira tentativa de aproximar os direitos humanos com
as questões ambientais.
Outrossim, esse evento imprescindível na defesa do meio ambiente deu
força pela luta na preservação ambiental e difundiu muitas pautas que até hoje
são discutidas. Assim, o tema ecologia tornou-se mais evidente, embora esse
mesmo ano tenha sido muito turbulento, pois a Guerra Fria se fazia presente no
contexto global.
2.1 A 1ª CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O
MEIO AMBIENTE HUMANO – ESTOCOLMO, 1972.
Figura 3 - Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em Es-
tocolmo na Suécia, 1972.
Fonte: CRBio-07 (2022).
INDICAÇÃO
DE LEITURA!
Em 1962, um livro impactante e extremamente importante para
a época, trouxe um debate acerca dos impactos e os danos
ambientais causados pela industrialização ao meio natural.
Assim, na obra A Primavera Silenciosa, Rachel Carson pôs em
evidência uma preocupação que surgia e se faz presente nos
dias atuais. Desse modo, esse livro se tornou um símbolo na
luta pela preservação ambiental.
Fonte: Eco Debate (2016).
VOCÊ SABIA
GUERRA FRIA: A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou
a polarização do mundo em dois blocos: um liderado pelos americanos
e outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito político-
ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual
defendendo os seus interesses e a sua ideologia (ARRAES, 2019).
MÓDULO
I
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MÓDULO
III
MÓDULO
IV
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
14
MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
Ainda dentro das preocupações com a degradação ambiental, o debate
acerca das Mudanças Climáticas teve seu início em Estocolmo, onde, nesse mo-
mento, pelo documento intitulado: “Declaração sobre o Meio Ambiente Huma-
no’’, alguns princípios fundamentais foram definidos. É fato que nessa época a
comunidade científica, população mundial e as pessoas no geral desconheciam
as possíveis consequências da irresponsabilidade ambiental global. Além dis-
so, na Rio-92, países membros da ONU reconheceram os riscos que as mudan-
ças climáticas poderiam trazer à humanidade (FIGUEIREDO; CRUZ, 2013).
2.2 O convênio marco das Nações Unidas sobre a Mudança
Climática.
Segundoalgunscientistas,jásentimosas
primeiras consequências das mudanças
climáticas: altas temperaturas nos polos
da terra, provocando o derretimento das
geleiras, altos volumes de chuvas em
lugares incomuns, secas mais intensas
etc. Nesse contexto, você concorda que
as potências mundiais empresariais
realmente se empenham em reduzir mais
o nível de poluição ou ser sustentável?
Justifique seus argumentos.
REFLITA!
Analisando os marcos históricos seguintes, a ONU convocou a conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo. Tal marco
histórico é visto como o resultado crescente da preocupação de organizações
sobre a natureza (MOTTA, 1997).
Nesse contexto histórico e progressivo de atenção às questões ambien-
tais, houve a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Am-
biente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 (Figura 2).
Além disso, outros termos para essa conferência ficaram conhecidos como Rio-
92, Eco-92 ou Cúpula da Terra. Assim, esse evento reuniu 179 países, organis-
mos governamentais, ONGs e a população.
2.3 A 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e Desenvolvimento – Rio de Janeiro 1992
Figura 4 - 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Fonte: G1 - Notícias (2012).
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VOCÊ SABIA
SAIBA MAIS
A Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente ocorreu em
1972 e sediou-se em Estocolmo. Esse foi um grande marco histórico
pelo fato de representantes de diversas nações estarem presentes
e discutir sobre questões ambientais e maneiras de resolver tais
problemáticas.NessaConferênciaocorreuacriaçãodoProgramadas
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Os assuntos mais
tratados naquele momento foram: poluição atmosférica, poluição da
água e do solo, crescimento demográfico e outros.
Clique no link a seguir ou aponte
asuacâmeraaoQR-codeabaixo,
para ter acesso ao documentário
sobre A cúpula da Terra: https://
youtu.be/hraPn_XFgg8.Oupelo
QR-code ao lado.
A Assembleia Geral realizou uma sessão especial em 1997, chamada de
Cúpula da Terra +5. Essa assembleia tinha a finalidade de revisar e avaliar a
implementação da Agenda 21 (Carta da Terra, 2000).
O documento final recomendou a adoção de algumas metas:
• reduzir as emissões de gases de efeito estufa que geram as mudanças
climáticas;
• uma maior movimentação dos padrões sustentáveis de distribuição de
energia, produção e uso;
• e o foco na erradicação da pobreza como pré-requisito para o
desenvolvimento sustentável.
Nessa conferência, um dos documentos propostos mais importantes foi
a Agenda 21, em que esse documento mostrou a real atenção mundial sobre
os recursos não renováveis que são finitos e altamente poluidores. Além disso,
associar os cuidados ambientais com o crescimento econômico para que as
gerações futuras desfrutem dos recursos naturais (SIQUEIRA, 2001).
Assim, algumas das questões em pauta na Agenda 21 foram:
• proteger a atmosfera;
• combater o desmatamento, a perda de solo e a desertificação;
• prevenir a poluição das águas e do ar;
• deter a destruição das populações de peixes e promover uma gestão
segura dos resíduos tóxicos.
2.4 2ª Cúpula da Terra + 5 (1997)
2.5 Agenda 21
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RESUMO
Conhecer os principais marcos que cercam a Educação Ambiental se torna
uma viagem no tempo, pois, desde a década de 70, as primeiras conferências
instigaram a participação dos países na defesa do meio ambiente, abordando
políticas de preservação aos ecossistemas, sendo essas importantíssimas para
a sobrevivência humana e manutenção do planeta. Mas mediante a esse cenário,
os termos não eram muito conhecidos pela maioria da sociedade da época,
assim como as consequências da irresponsabilidade ambiental global, e, dessa
forma, a Rio-92 resultado crescente da preocupação de organizações sobre a
natureza, se torna um importante evento e reforça a atenção sobre as questões
ambientais. Portanto, neste capítulo, vimos em forma de linha do tempo um
apanhado geral dos principais eventos que marcaram a Educação Ambiental ao
visualizar todo o processo de desenvolvimento e difusão social da problemática.
CAPÍTULO 3 - SUSTENTABILIDADE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A Carta da Terra, criada no final do século XX, trouxe as primeiras reflexões
ligadas às consequências das ações humanas sobre o ambiente de forma a com-
prometê-lo e como isso viria a impactar na diversidade das espécies, bem como
na sobrevivência humana nos próximos anos. Desse modo, surge um termo que
iria inovar a gestão dos recursos naturais, sendo este a sustentabilidade.
E, dessa forma, entender que ela é fundamentalmente um conjunto de
ações que mantém a integridade e vitalidade do planeta terra, ou seja, a preser-
vação dos ecossistemas e recursos naturais, garantido que eles sejam desfruta-
dos pelas futuras gerações, assim como a atual, prezando pelo desenvolvimen-
to e expansão social em suas diversas manifestações (BOFF, 2016).
Sendo assim, a ideia de produzir pensando no equilíbrio entre as necessi-
dades da sociedade com a capacidade do ambiente de suportá-las, sem ultra-
passar seu limite, não se torna uma tarefa simples. Por isso, a sustentabilidade
vem a ser essencial na criação do desenvolvimento sustentável, pois tende a
trazer um aspecto de qualidade em relação ao meio ambiente e a vida dos seres
humanos (LAMIM-GUEDES, 2013).
3.1 O que é Sustentabilidade?
VOCÊ SABIA
CARTA DA TERRA: Criada no ano de 1992, durante a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(CNUMAD),conhecidacomoRio92,tinhamapropostadetrazeraos
povos uma interdependência global e responsabilidade comparti-
lhada, relacionada a ética e valores fundamentais que irão contribuir
na construção de uma sociedade sustentável.
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Com a difusão do termo sustentabilidade, de maneira mais enfática em
1981, houve um novo modelo de demandas para as empresas da época, pois
conciliar ganhos econômicos, ambientais e sociais (Figura 3), se tornou neces-
sário com as mudanças no mercado. Sendo assim, um documento foi elaborado
em três anos de discussões entre os governantes e esse ficou conhecido como
Relatório Brundtland, que vem divulgar o conceito de desenvolvimento susten-
tável (MENDONÇA; DIAS, 2019).
Figura 5 - Tripé da sustentabilidade.
Dessa forma, ele vem a ser apresentado como: “Atender às necessidades
do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras” (ONU, 1988,
p. 46). Portanto, implantar práticas sustentáveis dentro do ambiente empresarial
pode trazer benefícios às três esferas do tripé da sustentabilidade, através do
gerenciamento de resíduos ao conhecer o ciclo de vida do produto, garantindo
assim um ambiente saudável tanto internamente quanto externamente.
Sendo assim, podemos entender que por um longo período de tempo
houve um certo preconceito entre as empresas ao adotar medidas sustentáveis,
3.2 Empreendedorismo e Desenvolvimento Sustentável
Fonte: Meio Sustentável (2022).
pois acreditava-se ser muito caro para os pequenos empreendedores aderir a
essecenário,masatravésdasmudançassociaiscausadaspelodesenvolvimento
sustentável em busca pelo “ecologicamente correto”, permitiu uma “virada de
chave” no consumo de produtos e serviços. Nesse sentido, vale mencionar a
EcoLabel, na qual é uma etiqueta de monitoramento de produtos introduzida
pela União Europeia com o intuito de ser um criterioso processo de extração,
distribuição e produção de produtos com certificação ambiental pela Comissão
Europeia de Meio Ambiente (MENDONÇA; DIAS, 2019).
Foi a principal referência na criação do documento Nosso Futuro em
Comum, que também ficou conhecido por Relatório de Brundtland, sendo ela a
primeira-ministra Norueguesa, líder da Comissão Mundial para o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento, tendo responsabilidade direta na publicação do informe.
VOCÊ SABIA
Quem foi Gro Harlem Brundtland?
Foi a principal referência na criação do
documento Nosso Futuro em Comum,
que também ficou conhecido por Rela-
tório de Brundtland, sendo ela a primei-
ra-ministra Norueguesa, líder da Comis-
são Mundial para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, tendo responsabili-
dade direta na publicação do informe. Fonte: Meio Sustentável (2022).
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A partir das conferências desenvolvidas pela ONU, houve o surgimento
de parcerias com os países participantes para a proteção da natureza, buscan-
do o crescimento de maneira sustentável. À frente disso, as empresas se res-
ponsabilizaram pelo compromisso de exercer suas atividades de modo ecolo-
gicamente consciente. Neste cenário, dá-se início a Sustentabilidade dentro do
ambiente empresarial.
Sustentabilidade empresarial corresponde à habilidade da empresa de
manter-se competitiva e rentável ao longo do tempo por meio da oferta de
produtos e/ou serviços com qualidade e preços compatíveis com o mercado, e
da justa remuneração da sua força de trabalho, investidores e ou proprietários.
(BIELSCHOWSHY, 2008, p. 959).
Diante disso, a gestão ambiental extrapola os meios científicos e
educacionais, sendo incorporados em diversos aspectos da sociedade. E, em
outro aspecto, as empresas, como uma das principais causas de poluição e
degradação da natureza, devem incorporar em seus processos produtivos o
dever de preservar e cuidar do meio ambiente. Para tanto, é necessário que as
empresas estabeleçam os parâmetros de sua organização e a harmonia com a
natureza.
3.3 Práticas que tornam Empresas Sustentáveis
INDICAÇÃO
DE VÍDEO!
Para saber mais sobre o assunto,
acesse o vídeo “Gestão Sustentável
para sobrevivência das empresas e do
planeta”. Link: https://www.youtube.
com/watch?v=aV5ELDWg5dk&t=3s.Ou
através do QR-code
PROPOSTA ECO
Como percebido neste módulo, com o tempo os hábitos mudaram, con-
sumimos cada vez mais, além do crescente número de exploração e poluição
da natureza. Para isso, elaboramos uma Proposta Eco a fim de que você e seus
amigos adotem em seu dia a dia. Essa proposta se baseia na substituição de
hábitos pessoais que venham a ser maléficos para a natureza, tais como: jogar
lixo em vias públicas, desperdiçar água, deixar de desligar os aparelhos que
não estão sendo utilizados, consumir materiais que serão descartados poste-
riormente o uso. Para isso, a seguinte sugestão é uma proposta de arborização
com a implantação de muros ou tetos verdes e hortas, jardins e pomares que,
sem grandes dificuldades, podem ser feitos com materiais recicláveis, como a
garrafa pet, casca de coco e pneus.
Figura 6 - Jardim suspenso feito de garrafa pet.
Fonte: Autossustentável (2012).
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RESUMO
Quando pensamos no termo sustentabilidade, vem em nossos
pensamentos diversas ações, como, por exemplo: plantar uma muda no
solo, desligar a torneira quando não estivermos utilizando, ou até mesmo
reaproveitar resíduos já utilizados, e certamente, essas são algumas
delas, mas não todas, pois as iniciativas que visam manter o equilíbrio dos
recursos naturais no planeta são muitas, garantido que as futuras gerações
possam usufruí-los. Baseado nisso, a demanda populacional começou a
mudar, pois muitas pessoas começaram a se preocupar com produtos
mais sustentáveis, consequentemente, diversas empresas tiveram que se
adaptar a esse novo modelo de mercado, unindo o empreendedorismo com
o desenvolvimento sustentável ao retirar a visão que se restringia somente
ao lucro, por fim, começar a se preocupar com o ambiente e a sociedade.
Portanto, vimos ao longo deste capítulo sobre os conceitos envolvendo
sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e empreendedorismo,
além de abordar práticas que tornam empresas sustentáveis.
REFERÊNCIAS
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sua atualidade) a partir do ocidente. Revista Cadernos do Ceom, v. 32, n.
50, p. 77-91, 2019.
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Microsoft Word - CBelgrado.doc (mec.gov.br). Acesso em: 23 ago. 2022.
______. Lei Federal Nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de
Educação Ambiental. Disponível em: L9795 (planalto.gov.br). Acesso em:
22 jul. 2022.
______. Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso em: 23 ago. 2022.
BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é: o que não é. 5 ed. Rio de Janeiro:
Vozes,2016.Disponívelem:https://www.redalyc.org/pdf/840/84030550008.
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BIELSCHOWSHY, Ricardo et al. Desenvolvimento, justiça e meio ambien-
te. 1 ed. São Paulo: Peirópolis, 2009. 325 p. Disponível em: https://books.
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CHINALIA, Fabiana. et al. Educação Ambiental. 1. ed. Rio de Janeiro:
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DA TERRA, Carta. A carta da Terra. Eco-92. Rio de Janeiro: Comissão Carta
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MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL //
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Propostas%20para%20a%20Agenda%2021_P_BD.pdf. Acesso em: 21 jul.
2022.

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  • 1. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 1 MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA // São Luís 2023 ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
  • 2. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 2 MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA // São Luís 2023 São Luís 2023 ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
  • 3. Rodrigues, Saymon D’ Lucas Soares Alternativas sustentáveis para gestão ambiental [ebook]. / Saymon D'Lucas Rodrigues, et al. – São Luís: UEMAnet, 2023. 62 p. ISBN: 1.Meioambiente.2.Sustentabilidade.3.GestãoAmbiental. I. Sá, Acíria Nazaré Leite II. Camara, Cristine Aparecida Correa III. Pinheiro, Taynara de Jesus Correa V.Título CDU: 502.1 Reitor Walter Canales Sant´ana Vice-Reitor Paulo Henrique Aragão Catunda Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis Ilka Márcia Ribeiro S. Serra Núcleo de Tecnologias para Educação Lígia Tchaicka - Coordenadora Geral Coordenação do Setor Design Educacional Cristiane Peixoto - Coord. Administrativa Danielle Martins Leite Fernandes Lima - Coord. Pedagógica Professores Conteudistas Acíria Nazaré Leite Sá Cristine Aparecida Correa Camara Saymon D’ Lucas Soares Rodrigues Taynara de Jesus Correa Pinheiro Designers Pedagógicos Aline Varela Érica Costa Sousa Lidiane Saraiva Ferreira Lima Designer de Linguagem Aurileia Cabral Cantanhede Projeto Gráfico Kelly Barros Diagramação Josimar de Jesus Costa Almeida Tonho Lemos Martins UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA Os materiais produzidos para os cursos ofertados pelo UEMAnet/UEMA para o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB são licenciados nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhada, podendo a obra ser remixada, adaptada e servir para criação de obras derivadas, desde que com fins não comerciais, que seja atribuído crédito ao autor e que as obras derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença. Este material NÃO pode ser disponibilizado, transmitido, exibido, vendido, licenciado, alterado ou utilizado por quaisquer outras instituições e alunos(as), exceto se autorizado de forma expressa, mediante a permissão prévia da própria instituição detentora dos direitos da obra.
  • 4. 4 Prezado(a) cursista, Este material traz uma compilação de estudos sobre o meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental, medidas que po- dem melhorar as relações com o Meio Ambiente, e trabalhar com atitudes sustentáveis, dentro de casa, nas escolas e no meio empresarial. O Meio Ambiente é um sistema natural que influencia a vida de todos os organismos, aliás, de tudo que há vida e não vida existente no Planeta Ter- ra. Todos os fatores biológicos, químicos e físicos podem ser afetados dire- tamente ou indiretamente pelas ações antrópicas, por isso, a preservação do ambiente juntamente com ações sustentáveis, são tão importantes para a manutenção dos recursos naturais para as próximas gerações, e mantém uma boa qualidade de vida para todos. Nesta perspectiva, este e-Book visa trabalhar com ações de Educação Am- biental, e com a sustentabilidade para diminuir impactos causados pela má gestão de resíduos sólidos. Este curso é dividido em quatro módulos con- templando 11 capítulos, com indicação de leituras, vídeos, resumos, saiba mais, propostas eco, e atividades complementares para fixação de conhe- cimento. Você vai obter conhecimentos acerca da Educação Ambiental e seus marcos importantes, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável, a questão da gestão de resíduos, gestão socioambiental, a sustentabilidade gerando negócios e fonte de renda, ecokits gerando fonte de renda e o ecokits: colo- cando em prática. No último módulo, você aprenderá como produzir vários kits ecológicos, como o papel, por meio da reciclagem de papel usado, sabão ecológico, por meio da reutilização de óleo de cozinha, jarros de cocos, feito com a fibra de coco, ecobag e pastas, feitas com banner reutilizados, e ecopads feita de crochê, sendo uma alternativa ecológica ao algodão descartável. Desejamos a você uma apreciável leitura, e que este curso lhe ajude a pro- duzir belos kits ecológicos! APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL
  • 5. 5 ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM CONCEITO 8 1.1 O que é o Meio Ambiente?.................................................... 8 1.2 O que é Educação Ambiental?............................................. 9 1.3 O histórico da Educação Ambiental................................... 10 1.4 Concepções em Educação Ambiental............................... 11 CAPÍTULO 2 - MARCOS IMPORTANTES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL..................................................................................... 13 2.1 A 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – Estocolmo, 1972.................................... 13 2.2 O convênio marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática............................................................................................ 14 2.3 A 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio de Janeiro 1992.......... 14 2.4 2ª Cúpula da Terra+ 5 (1997).............................................. 15 2.5 A Agenda 21............................................................................. 15 CAPÍTULO 3 - SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL................................... 16 3.1 O que é Sustentabilidade?..................................................... 16 3.2 Empreendedorismo e Desenvolvimento Sustentável... 17 3.3 Práticas que tornam Empresas sustentáveis.................. 18 PROPOSTA ECO................................................................................ 18 RESUMO....................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS............................................................................................ 19 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MÓDULO II - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ATRELADO À POLÍTICA DOS 10 R's CAPÍTULO 4 - INTRODUÇÃO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS................................................................................... 22 4.1 A diferença entre “Lixo” e “Resíduo Sólido”................... 22 4.2 Os 10 R’s da Sustentabilidade............................................ 22 4.3 Possibilidades Econômicas................................................... 24 4.4 A Coleta Seletiva...................................................................... 25 CAPÍTULO 5 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA 27 5.1 O que é a Legislação Ambiental Brasileira?..................... 27 5.2 Leis e decretos fundamentais.............................................. 28 CAPÍTULO 6 - GESTÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL....... 31 6.1 Visão geral da problemática................................................. 31 PROPOSTA ECO................................................................................ 35 RESUMO....................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS........................................................................................... 36 SUMÁRIO SUMÁRIO
  • 6. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 6 MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA // MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL MÓDULO IV - ECOKITS: COLOCANDO EM PRÁTICA CAPÍTULO 7 - GESTÃO, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE 39 7.1 Conceitos de Gestão............................................................. 39 7.2 Gestão em Responsabilidade............................................ 39 7.3 Modelos e Estratégias de Gestão Social e Ambiental 40 CAPÍTULO 8 - CONSUMO X MEIO AMBIENTE................. 41 8.1 Conceitos de consumo e meio ambiente........................ 41 8.2 Marketing Verde..................................................................... 42 8.3 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS.... 44 CAPÍTULO 9 - SUSTENTABILIDADE GERANDO NEGÓCIOS E FONTES DE RENDA......................................... 45 9.1 Benefícios do Investimento em Programas Sociais e Ambientais...................................................................................... 45 9.2 ESG............................................................................................ 47 9.3 Ciclo PDCA.............................................................................. 47 9.4 Matriz de SWOT..................................................................... 48 9.5 Sustentabilidade na Prática: Exemplos de Projetos... 49 CAPÍTULO 10 - ECOKITS COMO FONTE DE RENDA ALTERNATIVA................................................................................ 50 10.1 Definição dos EcoKits........................................................ 50 10.2 Ecokits como Alternativa no Mercado de Produtos.... 51 10.3 Produção de Ecokits como Renda Extra....................... 51 PROPOSTA ECO.............................................................................. 52 RESUMO...................................................................................................... 52 REFERÊNCIAS........................................................................................... 52 CAPÍTULO 11 - COMO ELABORAR ECOKITS.................. 55 11.1 Reciclagem............................................................................ 55 11.2 Alternativas Sustentáveis................................................ 58 RESUMO...................................................................................................... 61 REFERÊNCIAS........................................................................................... 61
  • 7. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 7 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // MÓDULO I BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL OBJETIVO ESPECÍFICO APRESENTAÇÃO • Conceituar o que é Meio Ambiente dentro das perspectivas que englobam a Educação Ambiental, contemplando os seus marcos importantes. Olá, bem-vindo ao módulo I, no qual o foco principal está na Educação Ambiental e suas abordagens conceituais. Ao final da leitura deste módulo você será capaz de entender o conceito de meio ambiente e educação ambiental, além de adentrar a uma discussão histórica desse processo. Ademais, os marcos históricos aqui discutidos serão de suma importância para entender como as questões ambientais se fizeram presentes ao longo do tempo. Por fim, os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentá- vel serão discutidos aqui com intuito de evidenciar a importância para o presente e futuro. Gostou? Aproveite!
  • 8. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 8 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CONCEITOS O Meio Ambiente pode ser compreendido como um conjunto de conhecimentos e práticas específicas (RODRIGUES et al, 2019, p. 14). E não possuiumconsensocentraldesuadefinição,poisentrealgunsautoressobreseu significado, é determinada por certos aspectos, enquanto outros não acreditam que tais conceitos são incorporados. E dentro do cenário jurídico, de acordo com Lei n° 6.938/81 que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, em seu Capítulo I, art. 3, define o conceito de Meio Ambiente da seguinte forma “meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (BRASIL, 1981, p. 01). Assegurando, assim, o direito de todos a um ambiente ecologicamente mais equilibrado e qualidade de vida. 1.1 O QUE É O MEIO AMBIENTE? Figura 1: Meio ambiente em seu estado natural. Fonte: Pensamento verde (2018). Partindo disso, outros conceitos acerca do meio ambiente foram surgindo ao longo do tempo. Assim, um deles se apresenta da seguinte maneira: "defino meio ambiente como o lugar determinado ou percebido, onde os elementos naturais e sociais estão em relação dinâmica e em interação” (REIGOTA, 2010, p. 14). O adjetivo ambiental está designado em uma característica que qualifica a práticaeducativa,emmeioaosproblemasexistentesnoplanetaterraevidenciado (LAYRARGUES, 2004). A educação deve estar centrada em pilares universais que busquem exprimir a visão deturpada que a sociedade, como um todo, possui da natureza e seus recursos naturais como sendo algo separado, e, portanto, intimamente conectado. Nesse sentido, o meio ambiente engloba diversos cenários, sejam eles de origem humana ou vegetal, entre outros. Dentro desse viés, a preocupação com o meio ambiente ficou mais evidente e forte a partir de eventos globais que devastaram grandes proporções dos ecossistemas existentes no planeta Terra. Diante disso, o Instituto Estadual do Ambiente, INEA (2014). Destaca que: Desde a Revolução Industrial, nossa sociedade tem vivenciado um de- senvolvimento tecnológico bastante expressivo. No entanto, é inegá- vel que o modelo de produção derivado dessa revolução, caracterizado pelo uso intensivo de energia fóssil (petróleo), pela superexploração dos recursos naturais e pela utilização do ar, água e solo como depósi- to de dejetos, também tem contribuído para o aumento da degradação ambiental. (INEA, 2014, p. 8). INDICAÇÃO DE LEITURA! Leia o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Saiba mais no link: http://portal.mec.gov.br/secad/ arquivos/pdf/educacaoambiental/ tratado.pdf. Ou pelo QR-code ao lado.
  • 9. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 9 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // A relação entre os seres humanos com a natureza vem a cada dia se tornando desarmônica e prejudicial para o equilíbrio e conservação do ambiente. Isso se deve ao fato de que cada vez mais estão surgindo e se acumulando produtos ou materiais que contribuem para a intensificação das catástrofes naturais e exploração exacerbada dos recursos provenientes da natureza. Além disso, o crescente padrão de desenvolvimento industrial vem intensificando o uso excessivo dos recursos naturais, isso acontece de uma forma cada vez mais rápidaepreocupante.Umdessesefeitoséaextinçãoemgrandeescaladeanimais silvestres e espécies nativas de plantas, pois, como se sabe, o aquecimento global contribui para a mudança no ambiente e, consequentemente, a vida de muitas espécies; e, ainda pior, os rejeitos de algumas empresas são colocados diretamente nos rios sem tratamento, o qual, sem dúvida, contribui para agravar a situação. 1.2 O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL? Para compreender o que é a educação ambiental, deve-se ter em mente tal aspecto:aeducaçãoambientalpreocupa-seunicamentecomsaberesecológicosque um indivíduo pode vir a adotar em seu dia-a-dia. Embora a pauta sobre a educação ambiental não seja recente, ganhou cada vez mais ênfase na atualidade, visto que é um problema mundial. A EA começou a ganhar visibilidade a partir de 1972, com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em Estocolmo (Suécia), onde iniciou a abordagem de temas mais profundos sobre os aspectos que englobam a natureza e a interferência do homem nela. Embora o termo educação ambiental ainda estivesse muito restrito ao meio científico, uma vez que, em meados dos anos de 1980 (século XX), temas como: sustentabilidade, preservação ambiental, poluição, desmatamento, aquecimen- to global e outros, eram pouco mencionados quando se apresentavam para a população em geral eram sem grande relevância, ou seja, muitas temáticas fica- vam restritas apenas nos meios acadêmicos, deixando a população leiga menos ciente dos impactos ambientais. Entretanto, com o aumento populacional, a poluição dos mares e rios, o consumo desenfreado, o desmatamento das florestas, contaminação do solo, poluição do ar decorrente da queima de combustíveis fósseis, derramamento de compostos químicos altamente poluentes de forma inadequada levando à morte da fauna e flora, são temas cada vez mais frequentes nas cúpulas mundiais e reuniões sobre o meio ambiente, tal como a Rio-92, pois estão em prol da saúde do meio ambiente e o futuro. Figura 2 - Poluição da costa marítima, proveniente dos banhistas. Fonte: Arionauro Cartuns (2016). A educação ambiental criou uma grande visibilidade, tornou-se uma ferra- menta de sensibilização da população, em geral para os problemas ocasionados pela falta de consciência dos efeitos que os empreendimentos humanos podem fazer no meio ambiente. Nesse sentido, a EA é percebida como um processo, no qual o indivíduo toma para si a consciência, valores, habilidades e experiência para conviver de uma forma harmônica individualmente e coletivamente com a natureza (CHINALIA, 2015, p. 13).
  • 10. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 10 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // 1.3 O HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Na sua opinião, os interesses econômi- cos e a preservação da natureza podem algum dia estar em harmonia? É real o discurso no qual o capitalismo e a pre- servação ambiental podem andar juntos? Seja crítico nos seus argumentos! REFLITA! No contexto histórico da EA, seu marco principal foi através da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo na Suécia, em 1972. A partir de tal evento, no qual contou com a participação de 113 países e 500 organizações governamentais e não governamentais, a concepção de Educação Ambiental ganhou mais visibilidade e debates, embora ainda estivesse muito ligada ao âmbito acadêmico. Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas… (UON BR - DECLARA- ÇÃO DA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O AMBIENTE HU- MANO, 1972, parágrafo 6). Em decorrência disso, outro encontro ocorreu em 1975, na Iugoslávia, sendo realizado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), no qual fortaleceu o discurso promovido pela educação ambiental criando o Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA, no qual promulgou as seguintes noções sobre a EA: “a Educação Ambiental deve ser continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais” (BRASIL, 2013). Ainda nesse período, dos dias de 13 a 22 de outubro de 1975, foram elaboradas algumas concepções acerca do que se tratava a Educação Ambiental, a chamada C, a qual constituiu um importante papel na defesa do meio ambiente nadécadade70.Emumdostrechosdacarta,eladizoseguinte:“Estenovotipode desenvolvimentotambémdeverárequererareduçãomáximadosefeitosdanosos ao meio ambiente, a reutilização de materiais e a concepção de tecnologias que permitam que tais objetivos sejam alcançados” (BRASIL, 1999). Na década de 1980, embora ainda se mantivesse em parte concentrada no mundo acadêmico, o termo Educação Ambiental alcançou mais visibilidade. Em meio a isso, desastres ambientais provocados pela ação do homem alertaram para um fato: tornar a proteção ambiental uma discussão fundamental para a manutenção do planeta e de seus recursos finitos. Uma vez que, até então, os recursos existentes eram vistos como infinitos e, dessa forma, a preocupação com os mesmos não era percebida, fazendo, portanto, o uso desenfreado de tais riquezas naturais. E, assim, ao longo do tempo, percebia-se que as questões ambientais demandavam profundas transformações no modo de como as atividades humanas eram realizadas (HOLMER, 2020). Neste contexto, a ONU criou, em 1983, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, “com o objetivo de examinar os problemas ambientais e do desenvolvimento no âmbito planetário” (FIACCONE et al., 2015, p.25), e desenvolver alternativas internacionais em prol do cumprimento da redução dos agentes causadores dos problemas ambientais.
  • 11. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 11 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // Um dos principais motivadores da Educação Ambiental, em especial, nas décadas recentes, refere-se ao seu caráter crítico em relação ao modo como as sociedades contemporâneas vivem em seus espaços naturais. Ela questiona, principalmente, discursos que são essencialmente parciais, frente a problemática existente nas questões cada vez mais insustentáveis. E por sua vez, promulga saberes com bases na sustentabilidade, para impulsionar as gerações existentes e futuras a desenvolverem-se de maneira ecológica e conscientes dos seus deveres como cidadãos. REFLITA! 1.4 CONCEPÇÕES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL De acordo com o Dicionário Online de Português (DICIO), a palavra “Con- cepção” diz respeito primeiramente a “ação de gerar ou de ser gerado, através da junção de um espermatozóide com um óvulo; fecundação” (CONCEPÇÃO, 2022), mas, neste contexto, ela melhor se enquadra em outra definição disponibilizada nesse meio, a qual seria a de “conhecimento sobre algo, ideia”. Dessa forma, o conhecimento é de suma importância para tomar inicia- tivas; além disso, a Educação Ambiental refere-se a uma área de conhecimento sobre “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1). Nesse sentido, a EA traz consigo uma grande responsabilidade individu- al e coletiva que, segundo Silva e Campina (2011), respeitam a uma tipologia, a qual elege essa área de conhecimento como: conservadora, pragmática e crí- tica, que para cada uma, são definidas dimensões de análise que vão desde os valores éticos e políticos, até as relações dadas entre os indivíduos, o ambiente e as tecnologias. Caminhar nesse contexto, quer dizer que a Educação Ambiental enquanto conservadora representa uma concepção romântica da problemática ambiental e elege o homem como o único vilão; na visão pragmática tem-se a ação com soluções prontas, as quais seguem regras e formalidades para o seu bom fun- cionamento em um determinado tempo; já a crítica lembra a perspectiva freiria- na com ações educativas que envolvem diversas esferas, mas principalmente a político-social. VOCÊ SABIA A perspectiva freiriana refere-se ao “Método Freiriano”, criado por Paulo Freire, um dos mais importantes pedagogos brasileiros, cuja contribuição intelectual é fortíssima em todo o mundo. Esse método defende a educação dos adultos com base em suas experiências cotidianas, sendo decodificadas para a compreensão do mundo.
  • 12. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 12 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // INDICAÇÃO DE LEITURA! Para entender mais sobre essa temática, leia o artigo “Concepções de educação ambiental na mídia e em práticas escola- res: contribuições de uma tipologia”, das autoras Rosana Louro Ferreira da Silva e Nilva Nunes Campina. Na página 36 da publicação, há um quadro sobre Tipolo- gia de concepções de educação ambien- Seja como for, disseminar a Educação Ambiental e as suas concepções (conjunto de ideias) é fundamental para a tomada de ações que trazem benefícios coletivos ao mundo. Ainda mais importante, é não limitar essa área de conhecimento a apenas um público, mas sim, procurar meios de adaptá-lo aos mais diferenciados conjuntos de pessoas como forma de auxiliá-los na tomada de decisões e, quem sabe, também na mudança de comportamentos. tal e dimensões para a análise, assim, você poderá visualizar como são as relações entre os indivíduos, o ambiente e as tecnologias. Link: https://www.revistas.usp.br/pea/article/view/55932. INDICAÇÃO DE VÍDEO! Voltado ao público jovem, o “João Ambiente” é um projeto de Educação Ambiental produzido pelo canal CDInteligente. Se você possuir interesse em acompanhar, sugerimos o vídeo “João Ambiente” disponível no link: https:// youtu.be/mdfi-awWMC0. Ou pelo QR- code ao lado. RESUMO Entender que o meio ambiente pode ser compreendido como um conjun- to de fatores que irão influenciar as diversas formas de vida que nele reside, abre precedentes para uma análise reflexiva acerca de como estamos lidando com os diversos ecossistemas espalhados pelo planeta, pois, com a evolução da sociedade humana, principalmente depois da Revolução Industrial, verifica- -se cada vez mais interferência no equilíbrio planetário. Nesse sentido, a Edu- cação Ambiental aparece como uma ferramenta para sensibilizar a população em geral para os problemas ocasionados pela falta de consciência dos efeitos causados pela poluição, com isso, ela traz saberes ecológicos que um indiví- duo pode vir a adotar em seu dia-a-dia, a fim de diminuir o prejuízo imposto pelo homem. Neste capítulo vimos sobre o que é o Meio Ambiente, o que é Educação Ambiental, e, por fim, como essas temáticas vêm se desenvolvendo ao longo das últimas décadas, trazendo seu contexto histórico e concepções que a cercam.
  • 13. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 13 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // CAPÍTULO 2 - MARCOS IMPORTANTES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Umdosmaisimportantesmarcoshistóricosnadefesadomeioambientefoi, sem dúvida, a Conferência de Estocolmo, ocorrido em 1972, na Suécia; houve a participaçãode113países,entreelesoBrasil(GURSKI;GONZAGA;TENDOLINI, 2012). Assim, foi uma primeira tentativa de aproximar os direitos humanos com as questões ambientais. Outrossim, esse evento imprescindível na defesa do meio ambiente deu força pela luta na preservação ambiental e difundiu muitas pautas que até hoje são discutidas. Assim, o tema ecologia tornou-se mais evidente, embora esse mesmo ano tenha sido muito turbulento, pois a Guerra Fria se fazia presente no contexto global. 2.1 A 1ª CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE HUMANO – ESTOCOLMO, 1972. Figura 3 - Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em Es- tocolmo na Suécia, 1972. Fonte: CRBio-07 (2022). INDICAÇÃO DE LEITURA! Em 1962, um livro impactante e extremamente importante para a época, trouxe um debate acerca dos impactos e os danos ambientais causados pela industrialização ao meio natural. Assim, na obra A Primavera Silenciosa, Rachel Carson pôs em evidência uma preocupação que surgia e se faz presente nos dias atuais. Desse modo, esse livro se tornou um símbolo na luta pela preservação ambiental. Fonte: Eco Debate (2016). VOCÊ SABIA GUERRA FRIA: A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a polarização do mundo em dois blocos: um liderado pelos americanos e outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito político- ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual defendendo os seus interesses e a sua ideologia (ARRAES, 2019).
  • 14. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 14 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // Ainda dentro das preocupações com a degradação ambiental, o debate acerca das Mudanças Climáticas teve seu início em Estocolmo, onde, nesse mo- mento, pelo documento intitulado: “Declaração sobre o Meio Ambiente Huma- no’’, alguns princípios fundamentais foram definidos. É fato que nessa época a comunidade científica, população mundial e as pessoas no geral desconheciam as possíveis consequências da irresponsabilidade ambiental global. Além dis- so, na Rio-92, países membros da ONU reconheceram os riscos que as mudan- ças climáticas poderiam trazer à humanidade (FIGUEIREDO; CRUZ, 2013). 2.2 O convênio marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática. Segundoalgunscientistas,jásentimosas primeiras consequências das mudanças climáticas: altas temperaturas nos polos da terra, provocando o derretimento das geleiras, altos volumes de chuvas em lugares incomuns, secas mais intensas etc. Nesse contexto, você concorda que as potências mundiais empresariais realmente se empenham em reduzir mais o nível de poluição ou ser sustentável? Justifique seus argumentos. REFLITA! Analisando os marcos históricos seguintes, a ONU convocou a conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo. Tal marco histórico é visto como o resultado crescente da preocupação de organizações sobre a natureza (MOTTA, 1997). Nesse contexto histórico e progressivo de atenção às questões ambien- tais, houve a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Am- biente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 (Figura 2). Além disso, outros termos para essa conferência ficaram conhecidos como Rio- 92, Eco-92 ou Cúpula da Terra. Assim, esse evento reuniu 179 países, organis- mos governamentais, ONGs e a população. 2.3 A 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio de Janeiro 1992 Figura 4 - 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Fonte: G1 - Notícias (2012).
  • 15. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 15 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // VOCÊ SABIA SAIBA MAIS A Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente ocorreu em 1972 e sediou-se em Estocolmo. Esse foi um grande marco histórico pelo fato de representantes de diversas nações estarem presentes e discutir sobre questões ambientais e maneiras de resolver tais problemáticas.NessaConferênciaocorreuacriaçãodoProgramadas Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Os assuntos mais tratados naquele momento foram: poluição atmosférica, poluição da água e do solo, crescimento demográfico e outros. Clique no link a seguir ou aponte asuacâmeraaoQR-codeabaixo, para ter acesso ao documentário sobre A cúpula da Terra: https:// youtu.be/hraPn_XFgg8.Oupelo QR-code ao lado. A Assembleia Geral realizou uma sessão especial em 1997, chamada de Cúpula da Terra +5. Essa assembleia tinha a finalidade de revisar e avaliar a implementação da Agenda 21 (Carta da Terra, 2000). O documento final recomendou a adoção de algumas metas: • reduzir as emissões de gases de efeito estufa que geram as mudanças climáticas; • uma maior movimentação dos padrões sustentáveis de distribuição de energia, produção e uso; • e o foco na erradicação da pobreza como pré-requisito para o desenvolvimento sustentável. Nessa conferência, um dos documentos propostos mais importantes foi a Agenda 21, em que esse documento mostrou a real atenção mundial sobre os recursos não renováveis que são finitos e altamente poluidores. Além disso, associar os cuidados ambientais com o crescimento econômico para que as gerações futuras desfrutem dos recursos naturais (SIQUEIRA, 2001). Assim, algumas das questões em pauta na Agenda 21 foram: • proteger a atmosfera; • combater o desmatamento, a perda de solo e a desertificação; • prevenir a poluição das águas e do ar; • deter a destruição das populações de peixes e promover uma gestão segura dos resíduos tóxicos. 2.4 2ª Cúpula da Terra + 5 (1997) 2.5 Agenda 21
  • 16. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 16 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // RESUMO Conhecer os principais marcos que cercam a Educação Ambiental se torna uma viagem no tempo, pois, desde a década de 70, as primeiras conferências instigaram a participação dos países na defesa do meio ambiente, abordando políticas de preservação aos ecossistemas, sendo essas importantíssimas para a sobrevivência humana e manutenção do planeta. Mas mediante a esse cenário, os termos não eram muito conhecidos pela maioria da sociedade da época, assim como as consequências da irresponsabilidade ambiental global, e, dessa forma, a Rio-92 resultado crescente da preocupação de organizações sobre a natureza, se torna um importante evento e reforça a atenção sobre as questões ambientais. Portanto, neste capítulo, vimos em forma de linha do tempo um apanhado geral dos principais eventos que marcaram a Educação Ambiental ao visualizar todo o processo de desenvolvimento e difusão social da problemática. CAPÍTULO 3 - SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A Carta da Terra, criada no final do século XX, trouxe as primeiras reflexões ligadas às consequências das ações humanas sobre o ambiente de forma a com- prometê-lo e como isso viria a impactar na diversidade das espécies, bem como na sobrevivência humana nos próximos anos. Desse modo, surge um termo que iria inovar a gestão dos recursos naturais, sendo este a sustentabilidade. E, dessa forma, entender que ela é fundamentalmente um conjunto de ações que mantém a integridade e vitalidade do planeta terra, ou seja, a preser- vação dos ecossistemas e recursos naturais, garantido que eles sejam desfruta- dos pelas futuras gerações, assim como a atual, prezando pelo desenvolvimen- to e expansão social em suas diversas manifestações (BOFF, 2016). Sendo assim, a ideia de produzir pensando no equilíbrio entre as necessi- dades da sociedade com a capacidade do ambiente de suportá-las, sem ultra- passar seu limite, não se torna uma tarefa simples. Por isso, a sustentabilidade vem a ser essencial na criação do desenvolvimento sustentável, pois tende a trazer um aspecto de qualidade em relação ao meio ambiente e a vida dos seres humanos (LAMIM-GUEDES, 2013). 3.1 O que é Sustentabilidade? VOCÊ SABIA CARTA DA TERRA: Criada no ano de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD),conhecidacomoRio92,tinhamapropostadetrazeraos povos uma interdependência global e responsabilidade comparti- lhada, relacionada a ética e valores fundamentais que irão contribuir na construção de uma sociedade sustentável.
  • 17. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 17 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // Com a difusão do termo sustentabilidade, de maneira mais enfática em 1981, houve um novo modelo de demandas para as empresas da época, pois conciliar ganhos econômicos, ambientais e sociais (Figura 3), se tornou neces- sário com as mudanças no mercado. Sendo assim, um documento foi elaborado em três anos de discussões entre os governantes e esse ficou conhecido como Relatório Brundtland, que vem divulgar o conceito de desenvolvimento susten- tável (MENDONÇA; DIAS, 2019). Figura 5 - Tripé da sustentabilidade. Dessa forma, ele vem a ser apresentado como: “Atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras” (ONU, 1988, p. 46). Portanto, implantar práticas sustentáveis dentro do ambiente empresarial pode trazer benefícios às três esferas do tripé da sustentabilidade, através do gerenciamento de resíduos ao conhecer o ciclo de vida do produto, garantindo assim um ambiente saudável tanto internamente quanto externamente. Sendo assim, podemos entender que por um longo período de tempo houve um certo preconceito entre as empresas ao adotar medidas sustentáveis, 3.2 Empreendedorismo e Desenvolvimento Sustentável Fonte: Meio Sustentável (2022). pois acreditava-se ser muito caro para os pequenos empreendedores aderir a essecenário,masatravésdasmudançassociaiscausadaspelodesenvolvimento sustentável em busca pelo “ecologicamente correto”, permitiu uma “virada de chave” no consumo de produtos e serviços. Nesse sentido, vale mencionar a EcoLabel, na qual é uma etiqueta de monitoramento de produtos introduzida pela União Europeia com o intuito de ser um criterioso processo de extração, distribuição e produção de produtos com certificação ambiental pela Comissão Europeia de Meio Ambiente (MENDONÇA; DIAS, 2019). Foi a principal referência na criação do documento Nosso Futuro em Comum, que também ficou conhecido por Relatório de Brundtland, sendo ela a primeira-ministra Norueguesa, líder da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, tendo responsabilidade direta na publicação do informe. VOCÊ SABIA Quem foi Gro Harlem Brundtland? Foi a principal referência na criação do documento Nosso Futuro em Comum, que também ficou conhecido por Rela- tório de Brundtland, sendo ela a primei- ra-ministra Norueguesa, líder da Comis- são Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, tendo responsabili- dade direta na publicação do informe. Fonte: Meio Sustentável (2022).
  • 18. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 18 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // A partir das conferências desenvolvidas pela ONU, houve o surgimento de parcerias com os países participantes para a proteção da natureza, buscan- do o crescimento de maneira sustentável. À frente disso, as empresas se res- ponsabilizaram pelo compromisso de exercer suas atividades de modo ecolo- gicamente consciente. Neste cenário, dá-se início a Sustentabilidade dentro do ambiente empresarial. Sustentabilidade empresarial corresponde à habilidade da empresa de manter-se competitiva e rentável ao longo do tempo por meio da oferta de produtos e/ou serviços com qualidade e preços compatíveis com o mercado, e da justa remuneração da sua força de trabalho, investidores e ou proprietários. (BIELSCHOWSHY, 2008, p. 959). Diante disso, a gestão ambiental extrapola os meios científicos e educacionais, sendo incorporados em diversos aspectos da sociedade. E, em outro aspecto, as empresas, como uma das principais causas de poluição e degradação da natureza, devem incorporar em seus processos produtivos o dever de preservar e cuidar do meio ambiente. Para tanto, é necessário que as empresas estabeleçam os parâmetros de sua organização e a harmonia com a natureza. 3.3 Práticas que tornam Empresas Sustentáveis INDICAÇÃO DE VÍDEO! Para saber mais sobre o assunto, acesse o vídeo “Gestão Sustentável para sobrevivência das empresas e do planeta”. Link: https://www.youtube. com/watch?v=aV5ELDWg5dk&t=3s.Ou através do QR-code PROPOSTA ECO Como percebido neste módulo, com o tempo os hábitos mudaram, con- sumimos cada vez mais, além do crescente número de exploração e poluição da natureza. Para isso, elaboramos uma Proposta Eco a fim de que você e seus amigos adotem em seu dia a dia. Essa proposta se baseia na substituição de hábitos pessoais que venham a ser maléficos para a natureza, tais como: jogar lixo em vias públicas, desperdiçar água, deixar de desligar os aparelhos que não estão sendo utilizados, consumir materiais que serão descartados poste- riormente o uso. Para isso, a seguinte sugestão é uma proposta de arborização com a implantação de muros ou tetos verdes e hortas, jardins e pomares que, sem grandes dificuldades, podem ser feitos com materiais recicláveis, como a garrafa pet, casca de coco e pneus. Figura 6 - Jardim suspenso feito de garrafa pet. Fonte: Autossustentável (2012).
  • 19. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 19 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // RESUMO Quando pensamos no termo sustentabilidade, vem em nossos pensamentos diversas ações, como, por exemplo: plantar uma muda no solo, desligar a torneira quando não estivermos utilizando, ou até mesmo reaproveitar resíduos já utilizados, e certamente, essas são algumas delas, mas não todas, pois as iniciativas que visam manter o equilíbrio dos recursos naturais no planeta são muitas, garantido que as futuras gerações possam usufruí-los. Baseado nisso, a demanda populacional começou a mudar, pois muitas pessoas começaram a se preocupar com produtos mais sustentáveis, consequentemente, diversas empresas tiveram que se adaptar a esse novo modelo de mercado, unindo o empreendedorismo com o desenvolvimento sustentável ao retirar a visão que se restringia somente ao lucro, por fim, começar a se preocupar com o ambiente e a sociedade. Portanto, vimos ao longo deste capítulo sobre os conceitos envolvendo sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e empreendedorismo, além de abordar práticas que tornam empresas sustentáveis. REFERÊNCIAS ARRAES, Marcos Alexandre. Guerra Fria: uma arqueologia do conceito (e sua atualidade) a partir do ocidente. Revista Cadernos do Ceom, v. 32, n. 50, p. 77-91, 2019. BRASIL - Ministério da Educação. Um pouco da História da Educação Ambiental. 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/ educacaoambiental/historia.pdf. Acesso em: 23 ago. 2022. ______. Ministério da Educação. Carta de Belgrado. 1999. Disponível em: Microsoft Word - CBelgrado.doc (mec.gov.br). Acesso em: 23 ago. 2022. ______. Lei Federal Nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: L9795 (planalto.gov.br). Acesso em: 22 jul. 2022. ______. Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov. br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso em: 23 ago. 2022. BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é: o que não é. 5 ed. Rio de Janeiro: Vozes,2016.Disponívelem:https://www.redalyc.org/pdf/840/84030550008. pdf. Acesso em: 23 ago. 2022. BIELSCHOWSHY, Ricardo et al. Desenvolvimento, justiça e meio ambien- te. 1 ed. São Paulo: Peirópolis, 2009. 325 p. Disponível em: https://books. google.com.br/books?id=rXKCCwAAQBAJ&pg=PT300&lpg=PT300&dq#- v=onepage&q&f=false. Acesso em: 13 jun. 2022. CHINALIA, Fabiana. et al. Educação Ambiental. 1. ed. Rio de Janeiro: Estácio SESES, 2015. 170 p. CONCEPÇÃO. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/risco/. Acesso em: 24 ago. 2022. DA TERRA, Carta. A carta da Terra. Eco-92. Rio de Janeiro: Comissão Carta da Terra, 2000. Disponível em: https://vilavelha.ifes.edu.br/images/stories/ biblioteca/sala-verde-virtual/ambientalismos-ecologia-politica-e-bem- viver/carta-da-terra/carta-da-terra-valores-e-principios-para-um-futuro- sustentavel.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022.
  • 20. MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III MÓDULO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL 20 MÓDULO I - BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL // FIACCONE, E. A. et al. Processo Formador em Educação Ambiental a Distância. Salvador: UFBA, 2015. FIGUEIREDO, Fábio Fonseca; CRUZ, Fernando Manuel Rocha da. Aproximações teóricas sobre a questão ambiental internacional na sociedade global: de Estocolmo 1972 ao Rio de Janeiro 2012. 2013. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/18283/1/ Aproxima%c3%a7%c3%b5es%20te%c3%b3ricas%20sobre%20a%20 quest%c3%a3o%20ambiental%20internacional%20na%20sociedade%20 global.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022. GURSKI, Bruno; GONZAGA, Roberto; TENDOLINI, Patricia. Conferência de Estocolmo: um marco na questão ambiental. Administração de Empresas em Revista, v. 1, n. 7, 2012. 79 p. Disponível em: http://revista.unicuritiba. edu.br/index.php/admrevista/article/view/466/356. Acesso em: 21 jul. 2022. HOLMER, Sueli Amuiña. Histórico da educação ambiental no Brasil e no mundo. Salvador: UFBA, Instituto de Biologia; Superintendência de Educação a Distância, 2020. 67p. INEA. Instituto Estadual do Ambiente. Educação ambiental: conceitos e práticas na gestão ambiental pública/Instituto Estadual do Ambiente. Rio de Janeiro: INEA, 2014. 52 p. LAMIM-GUEDES, Valdir. Crise ambiental, sustentabilidade e questões socioambientais. Ciência em Tela, v. 6, 2013. Disponível em: http://www. cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0602es01.pdf. Acesso em: 12 de jun. de 2022. LAYRARGUES, P.P. Identidades da Educação Ambiental Brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. 2004. MENDONÇA, Francisco de Assis; DIAS, Mariana Andreotti. Meio ambiente e sustentabilidade. 3 ed. Curitiba: InterSaberes, 2019. MOTTA, Ronaldo Seroa da. Desafios ambientais da economia brasileira. 1997. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2272/1/ td_0509.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022. ONU - Organização das Nações Unidas ONU e o meio ambiente. Nações Unidas Brasil, 2020. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/91223-onu- e-o-meio-ambiente. Acesso em: 12 jun. 2022. ONU - Organização das Nações Unidas. Comissão Mundial sobre DesenvolvimentoeMeioAmbiente.NossoFuturoComum-RelatórioBrundtland. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988. Disponível em: https://www.cidp. pt/revistas/rjlb/2018/5/2018_05_0405_0428.pdf. Acesso em: 5 jun. 2022. ONU - Organização das Nações Unidas. ONU: mudanças climáticas põem em risco quase metade da população. PODER360, 2022. Disponível em: https://www.poder360.com.br/internacional/onu-mudancas-climaticas- poem-em-risco-quase-metade-da-populacao/. Acesso em: 12 jun. 2022. ONU - Organizações das Nações Unidas. A ONU e o Meio Ambiente. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/91223-onu-e-o-meio-ambiente. Acesso em: 13 jun. 2022. REIGOTA, M. (Org.). Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 2010, ed.8, v. 12. p. 88. RODRIGUES, Gabrielle Silva. et al. O estado da arte das práticas didático- pedagógicas em educação ambiental. Revista Brasileira de Educação Ambiental, Diadema, v. 14, n. 1, p. 09-28, 2019. SEBRAE. Sustentabilidade nos pequenos negócios. 2. ed. Cuiabá: Sebrae, 2015. SILVA, Rosana Louro Ferreira da. CAMPINA, Nilva Nunes. Concepções de educação ambiental na mídia e em práticas escolares: contribuições de uma tipologia. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 6, n. 1 – p. 29-46, 2011. SIQUEIRA, Tagore Villarim de. Desenvolvimento sustentável: antecedentes históricos e propostas para a Agenda 21. 2001. Disponível: https://web.bndes. gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/11475/2/RB%2015%20Desenvolvimento%20 Sustent%c3%a1vel_Antecedentes%20Hist%c3%b3ricos%20e%20 Propostas%20para%20a%20Agenda%2021_P_BD.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022.