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ARTIGO:
A PERCEPÇÃO DOS ADOLESCENTES
ACERCA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
NO CONTEXTO FAMILIAR
PEREIRA, MO; et. al (2011)
A Percepção dos adolescentes acerca do álcool e outras drogas no contexto familiar
■ Introdução:
■ Tema escolhido por um grupo de extensão universitária com o apoio de um colégio da
região do Vale Paraíba Paulista.
■ Público alvo: Adolescentes
■ Consumo de substâncias se tornou problema de saúde pública, saindo do contexto de
entretenimento ocasional para determinados grupos, causando dependência física e
psíquica.
■ Fácil aquisição e diversidade.
■ Problema de todas as classes sociais, perturbações econômicas,
políticas, culturais, saúde, educação, social/familiar.
■ Família como fator de proteção.
■ Papel de transmissão de valores éticos, religiosos do grupo. Também repassam valores
culturais, costumes, ideias e padrões de comportamento da sociedade.
■ É possível proteger a criança por um período mas não em sua totalidade. A preparação e o
diálogo são essenciais para preparo do sujeito – formação do “eu”.
■ Atenção do adolescente no contexto social (colegas, amigos, figuras representativas) mas
a base do seu comportamento e impulsos já deverá estar formada.
■ E QUANDO O CONSUMO OCORRE DENTRO DO
AMBIENTE FAMILIAR?
■ Há grande possibilidade de que ele seja um futuro usuário. História pregressa para o uso.
NÃO É REGRA
■ Entra em contato com as substância psicoativas dentro do contexto familiar, em momento
que sua personalidade está sendo consolidada, não está recebendo informação clara e
coerente contrapondo com o que a escola e sociedade podem até dizer serem saudáveis.
■ Material e Métodos
■ Estudo descritivo, empírico, qualitativo, grupo focal
■ 5 adolescente com idades entre 12 e 15 anos vinculados a um Centro
de Assistência Social
■ Coleta de dados por visitas e 3 encontros grupais
■ Narrativas e discussões gravadas, transcritas e transcriadas
■ Utilização de um instrumento não estruturado com 5 questões.
■ Resultado e Discussão:
PRIMEIRO ENCONTRO:
■ Objetivo: Investigar os significados e as percepções acerca do uso abusivo do álcool e
outras drogas no ambiente familiar. >> Brainstorming
■ O diálogo transcorreu de forma ambígua entre o “ruim e proibido” e o “bom e não
causa danos”.
■ Os colaboradores diferenciaram o uso social do álcool causando um momento
agradável, de descontração e desinibição comparado ao uso danoso.
SEGUNDO ENCONTRO:
■ Pergunta: O que você acha sobre o consumo de álcool e outras drogas por familiares
ou responsáveis de famílias?
■ Percepções como maior liberdade de uso aos homens e maior controle sofrido pelas
mulheres.
■ Depoimentos informaram que a dependência de um parente próximo começou a fazer
parte da rotina mas sempre de forma obscura e velada.
TERCEIRO ENCONTRO:
■ Realizada síntese dos dois encontros e seus objetivos.
■ Solicitada avaliação oral considerando sentimentos e emoções durante o grupo.
■ O que os encontros haviam representado para cada um.
■ Na maioria das falas, percebe-se o uso abusivo de forma inadequada e não gostariam
de manter em suas futuras famílias.
■ Discussão:
■ As falas dos adolescentes expressam um grave problema de saúde pública por ser um
potencial destruídos da vida das famílias.
■ Adolescentes em situação de vulnerabilidade social podem perceber com maior
facilidade os efeitos agradáveis da bebida, correndo maior risco para dependência.
■ Dependendo da quantidade e frequência do consumo, pode trazer consequências orgânicas,
psicológicas e sociais; sendo tão grave contra outras drogas consideradas mais “potentes”.
■ Houve diferentes opiniões no primeiro encontro demonstrando que as percepções sobre
uma mesma questão são autônomas e dependem do espaço subjetivo e do contexto social,
demonstrando como eles se colocam perante a vida.
■ Os adolescentes citaram casos de experiências próximas e percebeu-se
um sentimento de tabu, trazendo à tona vivências não positivas, sendo
preferível afastar ou repudiar.
■ As falas soaram como desabafo, demonstrando pouco diálogo familiar.
■ Geralmente a mãe conversa mais sobre o assunto porém de forma fantasiosa ou como alerta
e proibição.
■ Devemos estar atentos para o uso familiar. Os filhos podem apresentar maiores problemas
de comportamento sendo portanto um fator de risco para dependência nos filhos.
■ Os relatos demonstraram início precoce no começo e meio da adolescência por amigos ou
em casa. Muitos pais davam bebida na infância.
■ Essa experimentação pode ser um comportamento permanente,
gerador do vício no futuro adulto.
■ Estudos mostraram que famílias que usam preferencialmente bebidas de médio e alto teor
alcoólico, os filhos não mantinham experimentação constante. Inadequação pelo teor?
■ Quando as regras e o exemplo é claro, não há alto índice de dependência pelos jovens. A
permissividade e o interesso dos pais pela bebida influencia negativamente os hábitos do
adolescente.
■ Uso maior em homens (pais bebem mais que as mães), maior defasagem escolar, primeira
experimentação aproximadamente 12 anos (quanto mais cedo, maior o risco). Menor uso
em adolescentes que se sentiam acolhidos compreendidos pela família.
■ Considerações Finais
■ O uso de álcool e outras drogas encontra-se no seio familiar e com amigos, estando
envolvidos intensamente na dinâmica da dependência.
■ Sentimento unânime de tristeza ao declararem perda de alguém devido o uso.
■ O agir, pensar e sentir expressam os significados pessoais demonstrando como o sujeito
se sente nessa realidade particular.
■ Suas percepções não são ilusórias ou fantasiosas, eles vivenciam intrinsicamente os
acontecimentos familiares, podendo marcar sua história e trajetória de vida.
■ Os componentes relacionados às famílias devem ser considerados
para a implementação de ações educativas para esse grupo etário
visando mudanças de percepção e comportamento.
Obrigada!
■ Anna Patrícia dos Santos Cunha
anna.cunha@ebserh.gov.br

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Adolescentes e álcool em família

  • 1. ARTIGO: A PERCEPÇÃO DOS ADOLESCENTES ACERCA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO CONTEXTO FAMILIAR PEREIRA, MO; et. al (2011)
  • 2. A Percepção dos adolescentes acerca do álcool e outras drogas no contexto familiar ■ Introdução: ■ Tema escolhido por um grupo de extensão universitária com o apoio de um colégio da região do Vale Paraíba Paulista. ■ Público alvo: Adolescentes ■ Consumo de substâncias se tornou problema de saúde pública, saindo do contexto de entretenimento ocasional para determinados grupos, causando dependência física e psíquica. ■ Fácil aquisição e diversidade. ■ Problema de todas as classes sociais, perturbações econômicas, políticas, culturais, saúde, educação, social/familiar.
  • 3. ■ Família como fator de proteção. ■ Papel de transmissão de valores éticos, religiosos do grupo. Também repassam valores culturais, costumes, ideias e padrões de comportamento da sociedade. ■ É possível proteger a criança por um período mas não em sua totalidade. A preparação e o diálogo são essenciais para preparo do sujeito – formação do “eu”. ■ Atenção do adolescente no contexto social (colegas, amigos, figuras representativas) mas a base do seu comportamento e impulsos já deverá estar formada. ■ E QUANDO O CONSUMO OCORRE DENTRO DO AMBIENTE FAMILIAR?
  • 4. ■ Há grande possibilidade de que ele seja um futuro usuário. História pregressa para o uso. NÃO É REGRA ■ Entra em contato com as substância psicoativas dentro do contexto familiar, em momento que sua personalidade está sendo consolidada, não está recebendo informação clara e coerente contrapondo com o que a escola e sociedade podem até dizer serem saudáveis. ■ Material e Métodos ■ Estudo descritivo, empírico, qualitativo, grupo focal ■ 5 adolescente com idades entre 12 e 15 anos vinculados a um Centro de Assistência Social ■ Coleta de dados por visitas e 3 encontros grupais ■ Narrativas e discussões gravadas, transcritas e transcriadas ■ Utilização de um instrumento não estruturado com 5 questões.
  • 5. ■ Resultado e Discussão: PRIMEIRO ENCONTRO: ■ Objetivo: Investigar os significados e as percepções acerca do uso abusivo do álcool e outras drogas no ambiente familiar. >> Brainstorming ■ O diálogo transcorreu de forma ambígua entre o “ruim e proibido” e o “bom e não causa danos”. ■ Os colaboradores diferenciaram o uso social do álcool causando um momento agradável, de descontração e desinibição comparado ao uso danoso. SEGUNDO ENCONTRO: ■ Pergunta: O que você acha sobre o consumo de álcool e outras drogas por familiares ou responsáveis de famílias? ■ Percepções como maior liberdade de uso aos homens e maior controle sofrido pelas mulheres.
  • 6. ■ Depoimentos informaram que a dependência de um parente próximo começou a fazer parte da rotina mas sempre de forma obscura e velada. TERCEIRO ENCONTRO: ■ Realizada síntese dos dois encontros e seus objetivos. ■ Solicitada avaliação oral considerando sentimentos e emoções durante o grupo. ■ O que os encontros haviam representado para cada um. ■ Na maioria das falas, percebe-se o uso abusivo de forma inadequada e não gostariam de manter em suas futuras famílias. ■ Discussão: ■ As falas dos adolescentes expressam um grave problema de saúde pública por ser um potencial destruídos da vida das famílias. ■ Adolescentes em situação de vulnerabilidade social podem perceber com maior facilidade os efeitos agradáveis da bebida, correndo maior risco para dependência.
  • 7. ■ Dependendo da quantidade e frequência do consumo, pode trazer consequências orgânicas, psicológicas e sociais; sendo tão grave contra outras drogas consideradas mais “potentes”. ■ Houve diferentes opiniões no primeiro encontro demonstrando que as percepções sobre uma mesma questão são autônomas e dependem do espaço subjetivo e do contexto social, demonstrando como eles se colocam perante a vida. ■ Os adolescentes citaram casos de experiências próximas e percebeu-se um sentimento de tabu, trazendo à tona vivências não positivas, sendo preferível afastar ou repudiar. ■ As falas soaram como desabafo, demonstrando pouco diálogo familiar. ■ Geralmente a mãe conversa mais sobre o assunto porém de forma fantasiosa ou como alerta e proibição. ■ Devemos estar atentos para o uso familiar. Os filhos podem apresentar maiores problemas de comportamento sendo portanto um fator de risco para dependência nos filhos.
  • 8. ■ Os relatos demonstraram início precoce no começo e meio da adolescência por amigos ou em casa. Muitos pais davam bebida na infância. ■ Essa experimentação pode ser um comportamento permanente, gerador do vício no futuro adulto. ■ Estudos mostraram que famílias que usam preferencialmente bebidas de médio e alto teor alcoólico, os filhos não mantinham experimentação constante. Inadequação pelo teor? ■ Quando as regras e o exemplo é claro, não há alto índice de dependência pelos jovens. A permissividade e o interesso dos pais pela bebida influencia negativamente os hábitos do adolescente. ■ Uso maior em homens (pais bebem mais que as mães), maior defasagem escolar, primeira experimentação aproximadamente 12 anos (quanto mais cedo, maior o risco). Menor uso em adolescentes que se sentiam acolhidos compreendidos pela família.
  • 9. ■ Considerações Finais ■ O uso de álcool e outras drogas encontra-se no seio familiar e com amigos, estando envolvidos intensamente na dinâmica da dependência. ■ Sentimento unânime de tristeza ao declararem perda de alguém devido o uso. ■ O agir, pensar e sentir expressam os significados pessoais demonstrando como o sujeito se sente nessa realidade particular. ■ Suas percepções não são ilusórias ou fantasiosas, eles vivenciam intrinsicamente os acontecimentos familiares, podendo marcar sua história e trajetória de vida. ■ Os componentes relacionados às famílias devem ser considerados para a implementação de ações educativas para esse grupo etário visando mudanças de percepção e comportamento.
  • 10. Obrigada! ■ Anna Patrícia dos Santos Cunha anna.cunha@ebserh.gov.br