O documento discute modelos alternativos de curva de oferta agregada com base em oito modelos. Apresenta o Capítulo 7 que trata dos Modelos da Síntese Neoclássica, abordando a função de produção, demanda e oferta de trabalho e cinco modelos da curva de oferta agregada baseados no equilíbrio do mercado de trabalho.
1. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Parte 3 – Modelos Alternativos
de Curva de Oferta Agregada
Nesta parte serão discutidos
oito modelos alternativos de
curva de oferta agregada.
Será considerada uma
economia fechada.
1
2. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Capítulo 7
Modelos da Síntese
Neoclássica
2
3. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
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CAPÍTULO 6 – Primórdios da curva de
oferta agregada
6.1 Mercado de trabalho;
6.1.1 Conceitos básicos para entender o
funcionamento do mercado de trabalho.
3
4. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Nesta Aula
CAPÍTULO 7 – Modelos da Síntese Neoclássica
7.1 A função de produção;
7.2 A demanda de trabalho;
7.3 A oferta de trabalho;
7.4 Modelo clássico da Síntese Neoclássica;
7.5 O modelo salário nominal da Síntese Neoclássica;
7.6 A armadilha da liquidez;
7.7 O modelo básico da Síntese Neoclássica;
7.8 Modelo da Síntese Neoclássica com influência dos autores
novos clássicos;
7.9 Modelo de curva de oferta agregada da Síntese
Neoclássica com influência dos autores novos
4
keynesianos.
5. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Introdução
• Neste tópico são desenvolvidos cinco
modelos da curva de oferta agregada
baseados no equilíbrio do mercado de
trabalho e com firmas maximizando a
massa de lucros.
5
6. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelos da Síntese Neoclássica
• Síntese Neoclássica é a denominação
que se dá aos modelos
macroeconômicos que combinam a
curva de demanda agregada via o
modelo IS/LM com curvas de oferta
agregada obtidas a partir de
formulações neoclássicas de
funcionamento do mercado de trabalho. 6
7. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelos da Síntese Neoclássica
• Estes modelos têm em comum o fato
de considerarem firmas em
concorrência perfeita e em monopólio
que maximizam a massa de lucro, e o
fato de considerarem uma função de
produção de curto-prazo com produtos
marginais decrescentes do fator
variável.
7
8. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A função de produção
• Uma função de produção é uma
equação que dá o máximo de produto
que se pode obter de uma série de
fatores ou insumos.
• Assim, a função de produção
representa como fatores de trabalho
(N), capital (K), recursos naturais (T)
são combinados para gerar o produto
nacional (y). Ou seja:
y = y (N, K, T) 8
9. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A função de produção
y = y(N, K, T)
• No curto prazo, pode-se considerar o
montante de capital, de recursos naturais e a
tecnologia como sendo constantes e
definidos por K. Assim, a função de produção
de curto prazo é:
y y N, K
• A função de produção indica o montante de
trabalho, N, necessário para gerar um dado
nível de produto y. 9
10. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A função de produção
y = y(N, K, T)
• No curto prazo, pode-se considerar o
montante de capital, de recursos naturais e a
tecnologia como sendo constantes e
definidos por K. Assim, a função de produção
de curto prazo é:
y y N, K
• Uma das possíveis especificações da função
de produção de curto prazo é: y = C N .
10
11. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Estágios de Produção
y Função de produção
y f N, K
N
y
PMeT
N
y N
PMgT
N 11
12. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Estágios de Produção
y Função de produção
ESTÁGIO I y fN
Estágio I
É excluído porque
engloba
N rendimentos
médios crescentes
y do insumo
PMeT variável.
N
y N
PMgT
N 12
13. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Estágios de Produção
y Função de produção
ESTÁGIO I y fN
ESTÁGIO III
Estágio III
É excluído porque
apresenta PMgT
N negativo (há
desperdício do
y fator variável).
PMeT
N
y N
PMgT
N 13
14. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Estágios de Produção
y Função de produção
ESTÁGIO I y fN
ESTÁGIO III
Estágio II
É o estágio
relevante de
N produção
(racional)
y
PMeT
N
y N
PMgT
N 14
15. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• A análise será feita considerando a
demanda de trabalho para uma firma
competitiva e para uma firma
monopolista e em seguida serão
agregadas as demandas de trabalho de
todas as firmas competitivas e
monopolistas.
15
16. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Considere uma firma competitiva que
tenha como objetivo maximizar a massa
de lucros e tenha uma função de
produção como y = y(N,K), em que o
fator variável é a quantidade de
trabalho e
apresenta, inicialmente, rendimentos
marginais crescentes e depois
rendimentos marginais decrescentes do
16
fator trabalho.
17. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Sendo PMgT o produto marginal do fator
trabalho, o acréscimo da receita ( RT) da firma
ao empregar N de trabalho adicional é:
RT = P·PMgT· N
sendo o trabalho o único fator variável, o
acréscimo de custo ao empregar N de trabalho
é C = W· N, em que W é o salário nominal por
unidade de trabalho.
17
18. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
RT = P·PMgT· N C = W· N
• A firma competitiva atinge o máximo lucro
total quando:
RT = C No estágio II da
P·PMgT· N = W· N função de produção:
W = P·PMgT N PMgT
W e
PMgT N PMgT
P
em que é o salário real. 18
19. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
=W
P Demanda de trabalho
em função do salário
W0 real, para uma firma
P em concorrência
=PMgT
perfeita
N0 N
W
Demanda de trabalho
em função do salário
W0 nominal, para uma
W=P.PMgT firma em concorrência
perfeita
N0 N
19
20. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
=W • Observa-se que existe
P uma curva de demanda de
trabalho para cada nível
W0 de preço.
P • Se P aumentar, a curva de
=PMgT demanda de trabalho se
desloca para a direita.
N0 N • Isto ocorre porque se P
aumenta, a firma deseja
W
contratar, em cada nível
de salário nominal, uma
W0 quantidade maior de
trabalho de modo a
W=P.PMgT aumentar a sua produção.
N0 N
20
21. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Considere uma firma monopolista.
• Ela se depara com uma curva de
demanda negativamente inclinada pelo
seu produto. Logo, a firma monopolista
pode variar preço e produção. Sua receita
total é de RT = P·Q e sua receita marginal
RT
é RMg .
Q 21
22. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
RT
RMg
Q
P Q
RMg
Para frações Q
infinitesimais: P Q Q P
RMg
Q
Q P P
RMg P Q P Q
Q Q Q
Q P
RMg P 1
P Q 22
23. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
Q P
RMg P 1
P Q
Sendo e a elasticidade-preço da demanda, tem-se:
1
RMg P 1
e
23
24. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
Ganho do
monopolista ao
= RMg · PMgT
contratar um novo
trabalhador:
RT RT Q
N Q N
1
RT P 1 PMgT N
e
24
25. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
Uma firma monopolista atinge o máximo
lucro quando:
RT C
1
P 1 PMgT N W N
e
1
W P 1 PMgT
e
W 1
1 PMgT
P e 25
26. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
=W Demanda de trabalho
P
em função do salário
real, para uma firma
W0
monopolista
P 1
1 PMgT
e
N0 N
Demanda de trabalho
W
em função do salário
nominal, para uma
W0 firma monopolista
1
W P 1 PMgT
e
N0 N
26
27. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Para se obter a curva de demanda agregada
de trabalho, deve-se somar horizontalmente
as curvas de demanda de trabalho de cada
firma em concorrência perfeita com as
curvas de demanda de trabalho de cada
firma monopolista.
• Nota-se que se soma quantidade de trabalho
em cada nível de salário.
27
28. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Para haver a maximização da massa de
lucros por parte de uma firma em
concorrência perfeita i tem-se que é
necessário = PMgT, que é função da
quantidade de trabalho Ni.
– Quanto maior Ni, menor PMgTi.
gi Ni Ni hi
28
29. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Para haver maximização da massa de lucros
por parte de uma firma monopolista j é
necessário:
1
1 PMgTj
ej
• Mas PMgTj = l(Nj). Logo, para uma firma
monopolista necessita-se, para haver
maximização dos lucros, que:
1
1 Nj mj
1 l Nj 1
ej 1
ej 29
30. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• A quantidade total de trabalho demandada
na economia é dada pela expressão (em
que i representa as firmas em concorrência
perfeita e j as firmas em monopólio):
1
N Ni Nj hi mj
i j i j
1
1
ou ej
N p N
30
31. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
N p
W
fN
P
ou
W P fN
31
32. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
=W
P Demanda de trabalho
em função do salário
W0 real, para toda a
P economia
fN
N0 N
W Demanda de trabalho
em função do salário
W0
nominal, para toda a
economia
W P fN
N0 N
32
33. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
• Quando uma firma demanda trabalho, ela
oferta salário ao trabalhador.
• Assim, as equações dos slides anteriores
(e seus gráficos) expressam a demanda
de trabalho pelo conjunto de firmas em
cada nível de salário ou a oferta de salário
para cada nível de emprego.
33
34. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A demanda por trabalho
W
W0
W P fN
N0 N
Se aumentar o nível de preço, a curva de demanda de
trabalho se deslocará para a direita, pois as firmas – ao
receberem um preço maior pelo produto que elaboram –
desejarão, em cada nível de salário nominal, demandar
maior quantidade de trabalho para poderem produzir mais
de seu produto e tentarem vender a um preço constante. 34
35. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
• Considerando a função:
y y N, K
• Pode-se ter:
y C N
O termo C indica que certa parcela do produto
interno (y) depende do capital fixo. Logo, C > 0.
35
36. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
y C N
• Considera-se que as firmas operam no estágio
II da função de produção, em que o produto
marginal físico do trabalho é positivo, mas
decrescente e menor do que o produto médio
do trabalho. Isso implica:
2
y y
0 2
0
N N 36
37. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
y C N
2
y y
0 2
0
N N
y 1
C N 0
N
C 0
1 0
N 0 N 0 37
38. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
y C N
2
y y
0 2
0
N N
2
y 2
2
1 C N 0
N
0
C 0 1 0 1
2
N 0 N 0 38
39. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
y C N
2
y y
0 2
0
N N
C 0 e 0 1
39
40. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
W y
y C N PMgT
P N
W 1 1
C N W C P N
P
Como ( – 1) < 0
C P
W 1
N 40
41. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho
C P
W 1
N
• Ao se aumentar N, diminui-se W. Isto implica
a inclinação negativa da curva de demanda
de trabalho.
• Quando se aumenta P, encontra-se W maior
para o mesmo N. Isto implica em deslocar a
curva de demanda de trabalho para a direita.
41
42. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de
demanda de trabalho C P
W 1
N
• Considerando o seguinte exemplo:
0,5
y 20 N (função de produção)
0,5 1
W = 0,5 20 P N
?
0,5
W 10 P N
10 P
W 0,5
N 42
43. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A oferta de trabalho
• Modelos de oferta de trabalho diferentes
podem ser construídos segundo as
seguintes alternativas de hipóteses:
– A oferta de trabalho depende do salário
nominal ou do salário real?
– Os salários são rígidos ou flexíveis?
43
44. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A oferta de trabalho
• A oferta de trabalho depende do salário nominal ou do
salário real?
Inicialmente será considerado que os trabalhadores
não se preocupam com o salário nominal, mas sim
com o salário real (os trabalhadores não têm ilusão
monetária)
• Os salários são rígidos ou flexíveis?
Será considerado que os salários nominais e os preços
são flexíveis.
• Essas eram as hipóteses das formulações teóricas
antes da Teoria Geral de John Maynard Keynes, que
foi chamada por esse autor de economia clássica. 44
45. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
• Considere um trabalhador que pode alocar o
seu tempo para trabalhar e, assim, obter renda
ou alocá-lo para o lazer.
U = U(y, S)
Sendo U a utilidade, y a renda real e S as horas
de lazer.
• O total de horas disponíveis é de H, alocando n
horas para o trabalho e S horas para o lazer. A
renda obtida pelo trabalhador é:
W Restrição
y H S H S Orçamentária
P 45
46. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
y U0 U
1U H
2
ω2.H
y2 C
ω1.H
U2
y1 B
ω0.H U1
y0 A
U0
S2 S1 S0 H S
46
47. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
Ao salário 0 é ofertado trabalho igual a H – S0 = n0.
Ao salário 1 a oferta de trabalho é H – S1 = n1. Veja
que 1 > 0 e n1 > n0. Assim, pode-se construir a
curva de oferta de trabalho de um trabalhador 47
48. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
0
n0 n
Ao salário 0 é ofertado trabalho igual a H – S0 = n0.
48
49. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
1
0
n0 n1 n
Ao salário 1 a oferta de trabalho é H – S1 = n1.
1 > 0 e n 1 > n0 49
50. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
1
0
n0 n1 n
Assim, pode-se construir a curva de oferta de
trabalho de um trabalhador 50
51. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
• Observa-se que a partir
de um determinado valor
de salário real a curva de
oferta de trabalho inclina-
1 se para a esquerda.
0
• Isto ocorre porque a partir
de um certo nível de
salário real o trabalhador
n0 n1 n prefere aumentar as
horas de lazer e diminuir
as horas de trabalho. 51
52. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
• Se forem somadas horizontalmente as
curvas de oferta de trabalho de todos os
trabalhadores será encontrada a curva de
oferta de trabalho agregada.
W
gN W P gN
P
• Uma das possíveis formulações para g(N) é:
g(N) = D N, sendo D > 0.
52
53. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo clássico da Síntese Neoclássica
• Oferta de trabalho agregada.
= g(N)
N 53
54. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
formulação clássica da Síntese Neoclássica
• Demanda de trabalho (ou oferta de salário)
= f (N) ou W = P f (N)
• Oferta de trabalho (ou demanda de salário)
= g (N) ou W = P g (N)
• A condição de equilíbrio – em que o salário
ofertado é igual ao salário demandado – é :
f (N) = g (N)
ou
P f(N) = P g(N) 54
55. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
formulação clássica da Síntese Neoclássica
W Equilíbrio do mercado de trabalho
P g(N) Demanda de Trabalho = f (N)
(ou oferta de salário)
0
Oferta de trabalho = g (N)
f(N) (ou demanda de salário)
N0 N
W Equilíbrio no mercado de trabalho
P0.g(N) Demanda de Trabalho W = P.f (N)
W0 (ou oferta de salário)
A Oferta de trabalho W = P.g (N)
P0.f(N)
N0 (ou demanda de salário)
N
y
y(N,K) Função de produção
y0
y y N, K
N0 N
P
Oferta agregada de produto
P0 A
y0 y
55
56. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
formulação clássica da Síntese Neoclássica
W Equilíbrio do mercado de trabalho
P g(N)
0
Não há ilusão monetária
f(N) P não afeta
N0 P .g(N)
N
W 1 Equilíbrio no mercado de trabalho
B
W1 P0.g(N)
W0 P1.f(N)
A
P0.f(N)
N0 N
y
y(N,K) Função de produção
y0
N permanece fixo em N0
N0 N
P
P1 B Oferta agregada de produto
P0 A
A curva de oferta agregada é
y0 y Se uma reta vertical
56
P
57. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
formulação clássica da Síntese Neoclássica
W Resumindo:
P g(N)
0 • A partir da análise de equilíbrio do
f(N) mercado de trabalho, observa-se o
N0 P .g(N)
N que ocorre com N quando P varia.
W B
1
W1 P0.g(N) • Substitui N na função de produção.
W0 P1.f(N)
A
P0.f(N) • Obtém-se y ofertado em cada nível
N0 N de P.
y
y(N,K)
y0
Note que a curva de oferta agregada
não tem a mesma origem que as da
N0 N
P microeconomia convencional,
P1 B baseadas na estrutura de custo
P0 A marginal das firmas.
y0 y
57
58. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O modelo clássico completo da Síntese
Neoclássica
• O nível de emprego e o salário real são
determinados inteiramente no mercado de
trabalho.
• O nível de emprego de equilíbrio independe
das ocorrências no mercado de produto e nos
mercados de moeda e títulos.
• O modelo apresenta uma dicotomia entre o
mercado de trabalho (que determina a curva
de oferta agregada) e os mercados bens, de
moeda e títulos (a partir dos quais se obtém a
curva da demanda agregada). 58
59. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O modelo clássico completo da Síntese
Neoclássica
• O modelo clássico para uma economia fechada
corresponde às seguintes equações:
y = c[y – t(y)] + i(r) + g equilíbrio no mercado de produto
Com y0 , determina r0
M equilíbrio no mercado de moedas
lr ky e títulos
P
Com r0 e y0 , determina P0
y y N, K função de produção
Com N0 , determina y0
f (N) = g (N) equilíbrio no mercado de trabalho
Determina N0 59
60. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O modelo clássico completo da Síntese
Neoclássica
• No modelo clássico da Síntese
Neoclássica, a demanda agregada só
determina o nível de preço,
• Mas não altera o nível de produto de
equilíbrio.
60
61. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Política fiscal no modelo clássico da Síntese Neoclássica
D1
P D0 OO Excesso de
P1 C
demanda Oferta e demanda agregada
P0 B
A
D1
D0
y0 y
r I1 M1(M0/P1)
I0 C M0(M0/P0) Equilíbrio nos mercados de bens e de moedas
L1 S1
r0 B Aumento de G
A
L0 S0
y0 y1 y
g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho
C=A
0
f(N) Não há ilusão monetária
N0 N P não afeta
W P1.g(N)
C
W1 P0.g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho
W0 A P1.f(N)
P0.f(N)
61
N0 N
62. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Política fiscal no modelo clássico da
Síntese Neoclássica
• O nível de renda de equilíbrio não se alterou,
– Mas a taxa de juros aumentou (de ro para r1).
– Com isso, o investimento do setor privado
diminuiu.
• Pode-se concluir que no modelo clássico o
aumento dos gastos do governo não altera a
renda de equilíbrio, mas apenas substitui o
investimento privado pelo gasto do governo na
composição da renda de equilíbrio. 62
63. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica
P D Excesso de
D0 2 OO
P2 C demanda Oferta e demanda agregada
P0 B
A
D
D0 2
y0 y2 y
M
M0 0
r I0 A M2 P0
r0 L P2 M
Equilíbrio nos mercados de bens e monetário
0 M2 M2 2
P0
r2 P0
L2 B S Aumento da oferta nominal de
0
y0 y2 y moeda
A g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho
0
f(N)
N0 N
W
P0.g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho
W0 A
P0.f(N)
N0 N 63
64. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica
P D
D0 2 OO
P2 C Oferta e demanda agregada
P0 B
A
D
D0 2
y0 y2 y
M0 M2
M0 ,
r I0 C=A M P0 P2
r0
2
M2 Equilíbrio nos mercados de bens e monetário
L0 M p2 M2
2 P0
r2
L p0
2
B S
0 Aumento da oferta nominal de
y0 y2 y moeda
C= A g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho
0
f(N) Não há ilusão monetária
N0 N P não afeta
W P2.g(N)
W2 P0.g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho
W0 A P2.f(N)
P0.f(N)
N0 N 64
65. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Política monetária no modelo clássico
da Síntese Neoclássica
• Os valores de y, e N não se alteraram, mas
apenas o nível de preço e o salário nominal.
• Ou seja, uma modificação da quantidade
nominal de moeda não altera o lado real da
economia, mas apenas os valores nominais.
Isto é conhecido como a neutralidade
da moeda.
• Nota-se que no modelo clássico a demanda
agregada só determina o nível de preço, mas
não altera o nível de produto de equilíbrio.
65
66. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Políticas fiscal e monetária no modelo
clássico da Síntese Neoclássica
• Raciocínio nos modelos da Síntese Neoclássica:
– Partem de um ponto de equilíbrio inicial da
economia;
– Consideram, então, uma perturbação (como
uma política fiscal ou monetária
expansionista) na economia;
– Verificam que desajuste essa perturbação
gera entre oferta e demanda agregada;
– Esse desajuste levará a uma modificação
dos preços, que podem subir ou reduzir);
– Essa modificação dos preços levará a
economia a atingir um novo equilíbrio. 66
67. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Políticas fiscal e monetária no modelo
clássico da Síntese Neoclássica
• Raciocínio nos modelos da Síntese Neoclássica:
– Partem de um ponto de equilíbrio inicial da
economia;
– Consideram, então, uma perturbação (como
uma política fiscal ou monetária
expansionista) na economia;
– Verificam que desajuste essa perturbação
gera entre oferta e demanda agregada;
– Esse desajuste levará a uma modificação
dos preços, que podem subir ou reduzir);
– Essa modificação dos preços levará a
economia a atingir um novo equilíbrio.
• Portanto, a modificação dos preços permite que a
economia se ajuste a uma perturbação que sofra. 67
68. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
no modelo clássico da Síntese Neoclássica
W
• Oferta de trabalho: gN
P
• Supondo formato linear:
W
D N
P
ou
W D P N
68
69. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
no modelo clássico da Síntese Neoclássica
1
C P N D P N
Demanda de Oferta
trabalho trabalho
Em que 0 < <1 e C>0
1
C N D N
69
70. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
no modelo clássico da Síntese Neoclássica
1
C N D N
2
C N D
2 D
N
C
1
D 2
N
C
Em que C > 0 e D > 0 N>0
70
71. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
no modelo clássico da Síntese Neoclássica
1
D 2
y C N
N
C
D 2
y C
C
Curva de oferta agregada para o modelo clássico
C, D e são parâmetros y independe de P
curva de oferta agregada vertical 71
72. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
no modelo clássico da Síntese Neoclássica
Considere o seguinte exemplo numérico:
Função de produção: y 20 N0,5
W
Oferta de trabalho: 10 N
P
Calcular equação de demanda de trabalho e a
equação da curva de oferta agregada
Pag. 159-160 72
73. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
Curva IS – equilíbrio no
r A0 A1 g A 2 y
mercado de produto
Curva LM – equilíbrio no M
r B0 B1 y
mercado de moeda P
Função de produção: y C N
Curva de Oferta de trabalho: W D P N
Curva de Demanda de trabalho: 1
W C P N 73
74. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
Em que A0 > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , B0 < 0 , B1 > 0 ,
C > 0 , 0 < < 1 e D > 0. 74
75. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
• A curva de demanda agregada surge do
equilíbrio simultâneo nos mercados de produto,
moeda e títulos:
A0 A1 B0 M
y g
A2 B1 A2 B1 A2 B1 P
• A curva de oferta agregada surge do equilíbrio
no mercado de trabalho, substituindo o seu
resultado na função de produção:
D 2
y C 75
C
76. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo: C = 80 + 0,90·(y–t)
Função investimento: i = 750 – 2.000·r
Função tributação: t = 0,30·y
Gastos do governo: g = 750
Md
Demanda real de moeda: 0,1625 y 1.000 r
P
Oferta nominal de moeda: Ms = 600
Função de produção: y = 1.063,659·N0,5
Oferta de trabalho: W = 10·P·N 76
Pag. 161-163
77. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo: c = 75 + 0,85·(y–t)
Função investimento: i = 650 – 1.800·r
Função tributação: t = 0,30·y
Gastos do governo: g = 800
Md
Demanda real de moeda: 0,1625 y 1.000 r
P
Oferta nominal de moeda: Ms = 800
Função de produção: y = 962,296·N0,5
Oferta de trabalho: W = 10·P·N 77
78. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
Calcule y, P, r, N, w e W 78
79. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
• Nota-se que a partir das funções consumo,
investimento, tributação, certo valor de g,
função demanda real de moeda, valor da
oferta nominal de moeda, função de
produção e função de oferta de trabalho,
deduz-se: a curva IS, a curva LM, a curva de
demanda agregada, a curva de oferta
agregada e o ponto de equilíbrio da
economia.
79
80. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
Síntese Neoclássica
• A partir das funções consumo, investimento e tributação e dos gastos do
governo, obtém-se a curva IS.
• A partir das funções oferta e demanda de moeda, obtém-se a curva LM.
• A curva de demanda agregada surge do equilíbrio simultâneo nos
mercados de produto e de moeda.
• A partir da função de produção, é derivada a curva de demanda de
trabalho.
• O equilíbrio no mercado de trabalho ocorre quando a demanda de
trabalho é igual à oferta de trabalho.
• Substituindo esse valor de N na função de produção, encontra-se a curva
de oferta agregada (que é uma reta vertical no plano y versus P).
• Igualando oferta e demanda agregada encontra-se preço de equilíbrio e
produção de equilíbrio.
• Substituindo o valor de y na curva IS, encontra-se r.
• Substituindo o valor de N e P na expressão de oferta de trabalho,
encontra-se W. 80
81. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo salário nominal da Síntese
Neoclássica
• Agora será considerado que os
trabalhadores estão interessados no
salário nominal, de modo que a oferta de
trabalho é função do salário nominal W e
não do salário real W .
P
81
82. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo salário nominal da Síntese
Neoclássica
• O trabalhador tenta maximizar a função utilidade,
U = U(Y, S)
sujeito à restrição orçamentária,
Y = W (H – S)
em que
Y = renda nominal,
S = horas de lazer,
H = tempo total disponível
W = salário nominal. 82
83. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo salário nominal da Síntese
Neoclássica
y U0
U1 H
W1.H
y1 B
U1
W0.H
y0 A
U0
S1 S0 H S
83
84. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo salário nominal da Síntese
Neoclássica
W
W1
W0
n0 n1 n
Assim, pode-se construir a curva de oferta de
trabalho de um trabalhador 84
85. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo salário nominal da Síntese
Neoclássica
• Oferta de trabalho agregada.
W
Nota-se que a
W = h(N) oferta de trabalho
no modelo salário
nominal não
depende do nível
geral de preço
N
85
86. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo salário nominal da Síntese
Neoclássica
• A demanda de trabalho no modelo
salário nominal é a mesma que no
modelo clássico. Isto é:
W = P f(N)
Obtida de uma função de produção
com rendimentos marginais
decrescentes do fator trabalho (o único
variável). 86
87. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O equilíbrio no mercado de trabalho segundo o
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
• Foram formuladas as seguintes
equações:
oferta de trabalho W = h(N)
demanda de trabalho W = P f(N)
equilíbrio h(N) = P f(N)
87
88. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O equilíbrio no mercado de trabalho segundo o
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
W h (N)
E
W0
G F
W1
P0.f (N)
NS N0 ND N
• Observa-se que se o salário nominal for W1, a demanda de
trabalho ND será maior que a oferta de trabalho NS.
• O excesso de demanda de trabalho (ND – NS) gera um aumento
do salário nominal, até o valor de equilíbrio W0 ser alcançado. 88
89. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A curva de oferta agregada no modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
W h (N)
O nível de
W0
E emprego
G F de
W1 equilíbrio
P0.f (N)
depende
NS N0 ND N do nível de
preços.
equilíbrio h(N) = P f(N)
89
90. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A curva de oferta agregada no modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
W Equilíbrio no
C h (N)
B mercado de
A trabalho.
P2.f (N) • Com um preço maior, o
P1.f (N) valor nominal do produto
P0.f (N) marginal (P PMgT) sobe.
N0 N1 N2 N Em cada nível de salário
y
y2 nominal, as firmas
y1
y0 B C Função de desejarão contratar mais
A
Produção trabalho, para elaborar um
produto maior.
N0 N1N2 N
• Já a oferta de trabalho
O
depende do salário
P
C Oferta nominal, não sendo
P2
B agregada influenciada pelo preço.
P1
A
P0 P
O
90
y0 y1 y2 y
91. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
As equações do modelo salário nominal da
Síntese Neoclássica
• Equilíbrio no mercado de produto y cy t y ir g
• Equilíbrio no mercado de moedas M
lr k y
P
• Equilíbrio no mercado de trabalho hN P f N
• Função de produção y y N, K
Neste modelo não se tem o caso de uma equação com
apenas uma incógnita.
A solução do sistema de equações acima tem que ser
simultânea, ao contrário do modelo clássico em que o
produto real era determinado no mercado de trabalho. 91
92. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política fiscal no modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O Aumento de g
Curvas de
oferta e
P2
A
demanda Excesso de demanda (y1 – y0)
B
P0 agregada
D1
O D0 Aumento de P
y0 y1 y
I0 I1
r
B M0 Curvas
A IS e LM
S1
r0
L0 S0
y0 y1 y
W
h(N) Curvas de
A oferta e
W0 demanda de
P0 .f(N) trabalho 92
N0 N
93. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política fiscal no modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O Aumento de g
Curvas de
oferta e
C
P2
A
demanda Excesso de demanda (y1 – y0)
B
P0 agregada
D1
O D0 Aumento de P
y0 y2 y1 y
I1 Desloca a curva LM para esquerda
r I0 M1
C
r2 M0 Eleva taxa de juros
B Curvas
L1 A IS e LM
S1
r0 Reduz o investimento
L0 S0
y0 y2 y1 y Reduz y (isto é observado como
W
h(N) Curvas de um deslocamento ao longo da
A oferta e curva OO)
W0 demanda de
P0 .f(N) trabalho 93
N0 N
94. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política fiscal no modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O Aumento de g
Curvas de
oferta e
C
P2
A
demanda Excesso de demanda (y1 – y0)
B
P0 agregada
D1
O D0 Aumento de P
y0 y2 y1 y
I1 Desloca a curva de demanda de
r I0 M1
C trabalho para a direita (pois eleva
r2 M0 P PMgT, permitindo às empresas
B Curvas
IS e LM pagarem maiores salários nominais
L1 A S1
r0 para cada quantidade de trabalho).
L0 S0
Com isso, aumenta-se a
y0 y2 y1 y quantidade de trabalho
W
h(N) Curvas de empregada, elevando o produto
W2 C oferta e
A ofertado (isto é observado como
W0 P2 .f(N) demanda de um deslocamento ao longo da
P0 .f(N) trabalho 94
N0 N2 N curva OO
95. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política fiscal no modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O
Curvas de
oferta e • O preço elevará até
P2 C demanda P2, estabelecendo o equilíbrio
A B
P0 agregada em y , N , r e W (ponto C).
2 2 2 2
D1
O D0
y0 y2 y1 y • O investimento diminui porque
I0 I1 a taxa de juros subiu. Mas a
r M1
C diminuição de i foi em
r2 M0
B Curvas montante inferior ao aumento
L1 A IS e LM de g (y aumentou).
S1
r0
L0 S0
• No modelo clássico, variações
y0 y2 y1 y de g afetavam, apenas P. No
W
h(N) Curvas de
W2 C modelo salário nominal afeta
A oferta e
W0 P2 .f(N) demanda de P e y.
P0 .f(N) trabalho 95
N0 N2 N
96. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política monetária no modelo
salário nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O Aumento de M
Curvas de
oferta e
C
P2
A
demanda Excesso de demanda (y1 – y0)
B
P0 agregada
D1
O D0 Aumento de P
y0 y2 y1 y
A elevação da taxa de juros reduz
r I0
o investimento i, provocando um
M0 deslocamento ao longo da curva
M2 M1 Curvas
IS e LM de demanda agregada D1D1, do
r0 A
C ponto B ao C.
r2 L0 B
r1 L2 L1 S0
y0 y2 y1 y
W
h(N) Curvas de
A oferta e
W0 demanda de
P0 .f(N) trabalho 96
N0 N
97. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política monetária no modelo
salário nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O Aumento de M
Curvas de
oferta e
C
P2
A
demanda Excesso de demanda (y1 – y0)
B
P0 agregada
D1
O D0 Aumento de P
y0 y2 y1 y
Desloca a curva de demanda de
r I0
trabalho para a direita (pois eleva
M0 P PMgT, permitindo às empresas
M2 M1 Curvas
IS e LM pagarem maiores salários nominais
r0 A
C para cada quantidade de trabalho).
r2 L0 B
r1 L2 L1 S0
O produto ofertado aumenta, o que
y0 y2 y1 y é visto como um deslocamento ao
W
h(N) Curvas de longo da curva de oferta agregada
W2 C oferta e
A OO do ponto A ao C.
W0 P2 .f(N) demanda de
P0 .f(N) trabalho 97
N0 N2 N
98. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política monetária no modelo
salário nominal da Síntese Neoclássica
P D0 D1 O
Curvas de
oferta e • O preço elevará até
P2 C demanda P2, estabelecendo o equilíbrio
A B
P0 agregada em y , N , r e W (ponto C).
2 2 2 2
D1
O D0
y0 y2 y1 y • No modelo salário nominal a
I0 moeda não é neutra. Ela afeta
r
as variáveis reais da economia.
M0 Curvas
M2 M1
r0 A IS e LM • O aumento da quantidade de
C
r2 L0 B moeda causa aumento do PIB.
r1 L2 L1 S0
y0 y2 y1 y
W
h(N) Curvas de
W2 C oferta e
A
W0 P2 .f(N) demanda de
P0 .f(N) trabalho 98
N0 N2 N
99. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
• Oferta de trabalho: W hN
• Supondo formato linear:
W E N
em que
E 0
99
100. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
1
C P N E N
Oferta de
Demanda trabalho
de
trabalho
C P E N2
2 C P
N
E
100
101. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
2 C P
N
E
1
C P 2 Há um valor de
N N de equilíbrio
E para cada P
Considerando a função de produção: y C N
C P 2
y C
E
101
102. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
C P 2
y C
E
curva de oferta agregada no modelo salário nominal
0 1 0
2
• Logo, quando P é aumentado, eleva-se y.
• A curva de oferta agregada do modelo salário
nominal é positivamente inclinada no plano
cartesiano renda (y) versus nível geral de preços (P).102
103. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
modelo salário nominal da Síntese Neoclássica
Considere o seguinte exemplo numérico:
Função de produção: y 20 N0,5
Oferta de trabalho: W 0,01 N
Calcular a curva de oferta agregada do modelo
salário nominal
Pag. 174-175 103
104. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
Curva IS – equilíbrio no
r A0 A1 g A 2 y
mercado de produto
Curva LM – equilíbrio no M
r B0 B1 y
mercado de moeda P
Função de produção: y C N
Curva de Oferta de trabalho: W E N
Curva de Demanda de trabalho: 1
W C P N 104
105. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
Em que A0 > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , B0 < 0 , B1 > 0 ,
C > 0 , 0 < < 1 e E > 0. 105
106. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
• A curva de demanda agregada surge do
equilíbrio simultâneo nos mercados de produto,
moeda e títulos:
A0 A1 B0 M
y g
A2 B1 A2 B1 A2 B1 P
• A curva de oferta agregada surge do equilíbrio
no mercado de trabalho, substituindo o seu
resultado na função de produção:
C P 2
y C
E 106
107. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo: c = 75 + 0,90·(y–t)
Função investimento: i = 650 – 1.000·r
Função tributação: t = 0,20·y
Gastos do governo: g = 1.500
Md
Demanda real de moeda: 0,2000 y 2.000 r
P
Oferta nominal de moeda: Ms = 300
Função de produção: y = 450,000·N0,5
Oferta de trabalho: W = 0,01·N 107
108. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
Calcule y, P, r, N, w e W 108
109. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo salário
nominal da Síntese Neoclássica
Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo: C = 80 + 0,90·(y–t)
Função investimento: i = 750 – 2.000·r
Função tributação: t = 0,30·y
Gastos do governo: g = 750
Md
Demanda real de moeda: 0,1625 y 1.000 r
P
Oferta nominal de moeda: Ms = 600
Função de produção: y = 1.063,659·N0,5
Oferta de trabalho: W = 0,01·N 109
Pag. 176-179
110. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Clássico
No Modelo Brasileira
A armadilha da liquidez
P D1 D0
O • Considere que haja queda das
Equilíbrio
entre oferta expectativas de lucros e redução
e demanda brusca do volume de investimento.
P0 agregada. • O excesso de oferta (y0 – y1) reduz
D1 O D0
os preços.
y1 y0 y
• O produto demandado permanece
g(N) Equilíbrio no estável em y1, ou seja, a curva de
mercado de demanda agregada torna-se
0 trabalho. vertical.
• A alteração dos preços não afeta o
f(N)
mercado de trabalho e, portanto, a
y1 N0 N oferta agregada ainda é vertical no
r I0 produto y0.
M0 Equilíbrio
simultâneo • Nota-se que se não houver uma
M1
I1 nos mercados política fiscal para deslocar a curva
r0 de produto e IS, a economia permanece fora do
L S0 de moeda. equilíbrio, com o excesso de oferta
S1
y1 y0 y (y0 – y1). 110
111. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A armadilha da liquidez
P D1 D0
O
Equilíbrio
• Isto é a inconsistência do
entre oferta
e demanda modelo clássico, oriunda
P0 agregada. da economia operar com
D1 O D0
y1
uma taxa de juros muito
y0 y
baixa, na qual os indivíduos
g(N) Equilíbrio no são indiferentes a ter
mercado de
trabalho.
moeda ou títulos (essa
0
situação é chamada de
f(N) armadilha da liquidez).
y1 N0 N
r I0 M0 Equilíbrio
M1 simultâneo
I1 nos mercados
r0 de produto e
L S0 de moeda.
S1
y1 y0 y 111
112. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A armadilha da liquidez
P D1 D0 No Modelo Salário Nominal
O Equilíbrio • Considere que haja queda das
entre oferta expectativas de lucros e redução
e demanda brusca do volume de investimento.
P0
agregada. • O excesso de oferta (y0 – y1) reduz
P1 O D1 D0
os preços.
y1 y0 y
• O produto demandado permanece
W g(N) Equilíbrio no estável em y1, ou seja, a curva de
mercado de demanda agregada torna-se
W0 trabalho. vertical.
• o produto de equilíbrio nesses
P1·f(N) P0·f(N)
mercados fica em y1, apesar do
y1 N0 N preço cair.
r I0 M0 Equilíbrio • O modelo salário nominal permite a
simultâneo economia estar em equilíbrio em
M1
I1 nos mercados uma situação de armadilha de
r0 de produto e liquidez. E para sair de tal situação
L S0 de moeda. é necessária uma política fiscal
S1
y1 y0 y expansionista. 112