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Um texto bastante interessante e um pouco extenso, retirado do site ANTI-CRISTIANISMO.
   Vale a pena a leitura. Visite a página Jesus Bêbado no Facebook ou o blog. Boa leitura!



                                         Capítulo 1
                              A importância de questionar Deus

Esse texto dedica-se exclusivamente a responder a questão: Deus existe? Muitas pessoas ficam
espantadas com a simples idéia de questionar a idéia de Deus. Acreditam que Deus é uma
verdade absoluta, incontestável por si só. Mas será mesmo?

A história nos mostra muitos exemplos de fatos trágicos que ocorrem quando se torna algo
inquestionável. O exemplo mais célebre é o de Galileu. Galileu foi duramente reprimido
porque afirmou que a Terra não era o centro do Universo; ela girava ao redor do Sol, um entre
vários outros planetas. Hoje ninguém mais duvida de tal afirmação, porém Galileu pagou caro
a sua descoberta. Foi mal compreendido pelos seus contemporâneos, que acreditavam ser
uma verdade absoluta o fato da Terra estar no centro do Universo. Galileu estava a frente de
seu tempo; foi injustamente reprimido, contudo, todos hoje reconhecem o seu mérito.

Por isso, caro leitor, tome cuidado ao tornar uma afirmação inquestionável: ela pode atrasar o
desenvolvimento humano. Por exemplo: crença que a Terra era plana (em formato de pizza)
constituiu um verdadeiro entrave na evolução da ciência durante muitos séculos. Logo, evite
discriminar a pessoa que acredita em coisas nas quais você não acredita; quem garante que
você esteja certo?

O ato de questionar é fundamental. Porque se nós acreditássemos em tudo que nos é falado,
não precisaremos procurar novas respostas; o conhecimento estagnará e não se desenvolverá
a humanidade. A par desses fatos, o leitor deve sempre se lembrar: "Questionar é evoluir".

A afirmação considerada inquestionável por muitas pessoas é a de que Deus existe. Todavia,
porque tantas pessoas crêem Nele? Por vários motivos: tradição passada de pai para filho,
crença incondicional na Bíblia, "milagres" que ocorrem no dia-a-dia, a associação da idéia de
Deus (ou um ser superior) a tudo que não é compreendido, afirmações da Bíblia e dos
religiosos que consideram pecado questionar Deus... Enfim, serão estes motivos suficientes? A
resposta desta questão é o objetivo deste texto.

                                        Capítulo 2
          A validade dos argumentos utilizados para "provar" a existência de Deus

A grande maioria da população mundial crê em Deus. E, defendendo seu ponto de vista,
apresenta vários argumentos para "comprovar" a existência Dele. Vamos analisá-los e concluir
se são válidos para comprovar a existência de Deus:

* "Deus existe porque eu sinto Sua presença em mim". Neste argumento, torna-se evidente
que, através dos sentidos, a pessoa percebe a presença de Deus. Todavia, será que tudo que a
gente percebe é verdadeiro? Não. Vamos dar exemplos dessa afirmação:
Suponhamos que uma pessoa X não tenha conhecimentos sobre o Sistema Solar, sobre a
posição e sobre o movimento da Terra no espaço. Observando o céu, ela "percebe" o Sol se
movimentando, enquanto a Terra "permanece parada". Isso é percebido por qualquer um,
mas será a realidade? Claro que não: sabemos que a Terra gira em torno do Sol.

Suponhamos então que essa mesma pessoa visse o céu numa noite estrelada. Não sei se o
leitor já percebeu, mas parece aos sentidos dessa pessoa (ou qualquer outra) que estamos no
centro de uma "bola" de vidro, e que as estrelas estão fixas, nas "bordas" dessa abóbada (os
antigos acreditavam que a Terra estava localizada numa espécie de redoma, e que as estrelas
se situavam nas extremidades desta). Estará essa percepção correta? Óbvio que é errônea, já
que as estrelas não são fixas (estão em movimento constante) e não existe nenhum hemisfério
acima de nossas cabeças.

E, como último argumento: a nossa sensação de calor e frio. Nossos sentidos nos sugerem que
o calor e o frio são opostos (ou seja, duas faces de uma moeda), como fogo e água. Mas os
cientistas já perceberam que o que nós chamamos de "frio" significa pouco calor, variando
apenas a agitação térmica das moléculas. Mais uma vez, os sentidos nos enganam.

Estes casos acima nos permitem concluir que não devemos confiar nos nossos sentidos, que
eles nos "pregam peças". Então, o argumento que "Deus existe porque sinto Sua presença",
logo, não é válido para provar a existência de Deus.

* "Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos". Esse é o argumento
mais fácil de se refutar. Ora, se ele existe porque atende às minhas preces, então, se ele não
atendesse às minhas preces, ele não existiria? É difícil de acreditar.

Entretanto, vamos supor que eu pedisse a Deus e "Ele" realizasse um pedido meu. Isso,
tampouco, consistiria numa prova que Ele existe. Por dois motivos. Primeiro: é de
conhecimento de todos que a mente humana possui poderes extraordinários. Há pessoas que
conseguem arrastar móveis com o pensamento, ler o pensamento alheio e levitar somente
acreditando realmente que são capazes de tal. E a ciência já estuda tais fenômenos,
estruturando a parapsicologia.

As pessoas muitas vezes associam algo que não compreendem (como pedir alguma coisa e
esta ser concretizada) com a idéia de Deus. É porque não conseguem conviver com a idéia que
o homem ainda não possui conhecimentos suficientes para explicar aquele fenômeno. Assim
pensava-se antigamente sobre a chuva, a eletricidade, o fogo: eram fenômenos feitos por
Deus, simplesmente pela única razão que não compreendiam esses fenômenos e precisavam
associá-los a uma inteligência superior e onipresente.

O segundo motivo: é impossível realizar os desejos de todas as pessoas. Se todos quisessem
parar de trabalhar, quem iria produzir algo? Quando se obtém um emprego (porque "Deus"
quis), você está, literalmente, "tirando" outra pessoa que ocuparia o seu emprego se você não
existisse. Quando se diz: "Graças a Deus que o homem que morreu não foi meu filho", deve-se
dizer que o mesmo "Deus" que evitou a morte de seu filho, provocou a morte de outro,
mostrando que, desse modo, não se comprova a existência de Deus.
Enfim, o argumento "Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos" não
pode ser utilizado para comprovar uma suposta existência de Deus.

* "Deus existe porque está escrito na Bíblia". Quanto a isso, nos limitamos a fazer uma
pergunta: por que a Bíblia está certa? Como você tem certeza que Deus falou a Moisés e
aquela história toda? Pela mesma e perigosa razão pela qual Galileu foi injustamente
reprimido: toma-se algo (nesse caso, a Bíblia), como verdade absoluta. Mas muitos fatos
afirmados por ela são inadmissíveis para a lógica. Vamos, por exemplo, tomar a afirmação dela
que diz que nós todos descendemos de Adão e Eva.

Essa é a teoria da Bíblia: Deus criou um casal que se reproduziu e gerou descendentes, e nós
estamos entre eles. Essa teoria contraria diversas leis da lógica. Vamos começar pelas mais
fáceis.

Em primeiro lugar, todos nós sabemos que quando dois irmãos ou dois parentes muito
próximos procriam, os filhos nascem com alto índice de anomalias e defeitos (como ausência
de braços, retardamento e outros). Ora, se os filhos de Adão e Eva eram irmãos entre si, como
se reproduziram normalmente? E não responda que foi porque Deus quis porque assim você
está admitindo uma verdade absoluta.

Em segundo lugar, a teoria da Bíblia não explica como nasceram os brancos, os negros, os
amarelos, os louros, enfim, toda a diversidade de aparências entre as pessoas (a ciência explica
pela lei da Evolução Natural de Darwin).

E, em terceiro e último, a teoria que derrubou definitivamente a idéia do casal primeiro: a
teoria da Evolução de Darwin (ela continha alguns erros, que hoje foram aperfeiçoados,
caracterizando o mutacionismo). Porque essa teoria, em vez de afirmar que é impossível o
homem descender de um casal único, ela descobriu que nós descendemos de um antepassado
comum aos macacos. E nela se encontra mais um exemplo do mal que é aceitar uma verdade
como absoluta: um professor que ensinava essa teoria foi preso (nos Estados Unidos, início do
século), porque esta teoria estava errada(?), pois ia contra a Bíblia e a Bíblia não podia estar
incorreta. Hoje, qualquer aluno de biologia estuda essa teoria, face às várias provas já
demonstrando que ela corresponde à realidade. Vamos estudar os conceitos básicos dessa
teoria:

1 - As variações surgem nos indivíduos de uma espécie bruscamente, em conseqüência de
alterações do material genético transmitido de pais a filhos através dos gametas. As
modificações impressas aos indivíduos nessa condição são também hereditárias e se
constituem em mutações.

2 - Se algumas mutações determinam a manifestação de caracteres indesejáveis, outras,
entretanto, tornam os indivíduos mais adaptados para as exigências do meio ambiente,
fazendo-os mais aptos para vencer na luta pela vida.

3 - Como conseqüência da luta pela vida, resulta um seleção natural dos mais adaptados ou
mais aptos e a extinção dos menos aptos.
Assim a ciência consegue explicar, satisfatoriamente, as mudanças que ocorrem nas espécies.
Por isso, cada animal é adaptado ao ambiente em que vive. Por isso existem peixes que
suportam grandes pressões vivendo em grande profundidade e aves perfeitamente adaptados
para o vôo. As sucessivas evoluções tornaram possível as adaptações.

Você pode dizer que os cientistas podem estar enganados; quem sabe eles não estudaram a
fundo a questão?

Felizmente, eles estudaram a questão profundamente, encontrando muitas provas que a
evolução é real. Vamos ver as principais delas:

Provas anatômicas - O estudo da anatomia comparada revelaa fatos surpreendentes que
falam a favor da evolução. Observe, por exemplo, que a grande maioria dos mamíferos (e
não só dos mamíferos, mas também dos demais vertebrados terrestres, comos sapos,
lagartos, crocodilos, aves) possui membros pendáctilos, isto é, com 5 dedos. Por quê? Não
seria de pouco senso considerar esse fato apenas como uma "coincidência"? Se fosse
verdade a Teoria da Criação Especial, pela qual Deus teria criado todos os seres a um só
tempo, cada um independente do outro, não seria mais compreensível que os animais
pudessem variar infinitamente nas suas estruturas, sem qualquer padrão de repetição? A
"padronização estrutural" das espécies só tem uma explicação: o parentesco que as une no
tempo, através da evolução.

Provas embriológicas - A embriologia comparada tambémm fornece provas que reforçam a
teoria da evolução. Já no século passado, Ernst von Baer chamava a atenção para a
semelhança que existe entre embriões de espécies diferentes nos estágios iniciais de
desenvolvimento. Por que razão o embrião de um peixe, o de um anfíbio, o de um réptil, o de
uma ave e o de um mamífero, incluindo o embrião humano, se assemelham em certo
momento de sua formação? Que outra razão justifica essa semelhança senão o verdadeiro
parentesco que os liga ao tronco inicial do qual resultaram todos os vertebrados atuais?

Provas bioquímicas - A busca de provas que contribuam paraa a confirmação da teoria da
evolução assume nos dias atuais um caráter cada vez mais profundo e vigoroso. Agora, nos
laboratórios das grandes universidades americanas e européias, os cientistas procuram
desvendar a semelhança que aproximam seres de espécies muito distantes na complexidade
bioquímica de suas células e de seus organismos. Sabe-se que as enzimas são substâncias
produzidas pela atividade celular sob controle específico de genes. Ora, a cada dia descobrem-
se novas enzimas que estão presentes ao mesmo tempo em organismos muito distantes uns
dos outros nos sistemas de classificação dos seres. Várias enzimas digestivas do homem têm
sido encontradas nas células de animais inferiores. A tripsina, por exemplo, enzima proteolítica
integrante do suco pancreático e da atividade intestinal, está presente em numerosos animais,
desde os protozoários até os mamíferos.

O mesmo ocorre com relação aos hormônios. Os hormônios tireiodianos do gado bovino
podem ser administrados com absoluta segurança a seres humanos portadores de
hipotireiodismo. Entre a hemoglobina humana e a do chipanzé não há nenhuma diferença.
Mas, entre a hemoglobina humana e a do gorila, já se observa duas trocas de aminoácidos. A
hemoglobina do macaco Rhesus tem 12 aminoácidos trocados em relação à nossa
hemoglobina e 43 em relação à do cavalo. Como explicar a variação seqüencial dos padrões
moleculares que ditam as normas desta fantástica biologia interna dos organismos se não
admitirmos o mecanismo da Evolução como a melhor das justificativas?

Provas cromossômicas - Numerosos cientistas dos grandes labooratórios de pesquisa do
mundo têm dedicado seus esforços no sentido de fazer um cariotipagem comparada entre
organismos diversos. A comparação entre os cariótipos de espécies diferentes também
parece confirmar que há um parentesco entre seres de grupos diversos. Isso é feito pela
análise do números de cromossomos nas células de animais e de plantas e por um estudo
comparativo entre esses cariótipos. As diversidades de banana bem conhecidas (banana-
ouro, banana-prata, banana-maçã, banana-d'água, banana-da-terra) revelam cariótipos de
22, 44, 55, 77 e 88 cromossomos, o que indica que resultam de mutações por euploidias
(respectivamente; 2n=22; 4n=44; 5n=55; 7n=77; 8n=88). Já o trigo tem variedades com 14, 28
ou 42 cromossomos, que correspondem a indivíduos haplóides, diplóides e triplóides,
respectivamente. Nas plantas, essas mutações cromossômicas são muito comuns e mostram
a evolução das espécies.

Gorilas, chimpanzés e orangotangos possuem todos o cariótipo de 2n = 48 cromossomos. O
homem possui 2n = 46, o que faz os geneticistas presumirem que tenha havido a fusão de dois
pares de cromossomos no cariótipo humano em relação ao dos antropóides. O gibão (macaco
asiático) possui um constante cromossômica de 2n = 44. Deduzimos, então, que o gibão, o
gorila e o chimpanzé são todos parentes afastados do homem (mas nem tão afastados
assim!...). Outro exemplo: o rato tem 42 cromossomos nas suas células diplóides, mas o
camundongo só possui 40. Essa diferença de apenas um par não é sugestiva? Enfim, tudo
indica que o estudo do cariótipo comparado das espécies pode servir para mostrar o grau de
parentesco entre aquelas que se mostram mais vizinhas dentro dos sistemas de classificação
dos seres. E isso é suficiente para representar uma palavra a mais no arsenal de provas que
confirmam a evolução.

Provas zoogeográficas - Qualquer observador atento poder&aacuute; notar que as faunas do
hemisfério norte (América do Norte, Europa e Ásia) são bastante semelhantes entre si, num
flagrante contraste com as faunas das terras do hemisfério sul (América do Sul, África e
Oceania), que são sensivelmente diferentes umas das outras. No primeiro caso, os cervídeos
(rena, alce, veado galheiro, as raposas, os castores, os lobos, etc.), apenas com algumas
diversidades regionais, próprias dos grupamentos alopátricos. Já no segundo caso, a fauna
da América do Sul (onças, pequenos macacos, tatus, preguiças, tamanduás e uma grande
diversidade de aves), a fauna da África (leões, tigres, rinocerontes, zebras, girafas, elefantes,
gorilas etc.) e a fauna da Oceania (canguru, quivi, ornitorrinco etc.) revelam profundas
diferenças. É interessante questionar a razão desse contraste.

Os geólogos são unânimes em afirmar que todos os continentes da Terra estiveram há muitos
milhões de anos atrás fundidos num só, chamado de Pangéia. Há, talvez, 200 milhões de anos,
a Pangéia se fragmentou em blocos, originando a Laurásia e a Godwana. Esses dois imensos
blocos passaram, lentamente, a deslizar sobre a vasta massa de material incandescente, que
fica abaixo da crosta terrestre. A Laurásia, de situação setentrional, originou a América do
Norte, a Europa e a Ásia. A Godwana, situada meridionalmente, também se fragmentou, por
sua vez, dando origem a América do Sul, a África, a Oceania e a Antártica. Essa conclusão
passou a constituir a chamada teoria da derivação continental ou do deslizamento continental.

Pela deriva continental, as terras do hemisfério sul ficaram logo separadas. E,
progressivamente, a distância entre ela se tornou cada vez maior. O isolamento das espécies
em cada continente foi total. Hoje, são passados 200 milhões de anos desde que o isolamento
geográfico se instalou entre aquelas populações. O somatório das mutações e o trabalho da
seleção natural fizeram com que as faunas e floras destes continentes se tornassem
profundamente diversificadas. As terras do hemifério norte, a despeito de se afastarem
também pelo deslizamento continental, mantiveram ainda contato por muito tempo. Aliás, a
Europa nunca se separou da Ásia. O isolamento que se instalou entre os animais foi em
decorrência da civilização que muito se desenvolveu entre as florestas européias e asiáticas,
separando-as. Por sua vez, a Ásia se manteve ligada à América do Norte por um istmo que a
comunicava ao Alasca e que submergiu a cerca de vinte mil anos, dando lugar ao atual estreito
de Bhering. Só então houve o total isolamento das faunas da América do Norte e do bloco
asiático europeu. Como se vê, as terras do norte estão separadas há, relativamente, pouco
tempo. O isolamento entre as suas espécies é recente e, por isso, elas ainda não se
diversificaram muito. Mais uma prova que depõe a favor da evolução. Ainda existem mais
provas, como as paleontológicas, que atestam a veracidade da evolução. Mas, para não cansar
o leitor, achamos melhor não colocá-las.

Contudo, pelas provas aqui apresentadas já se observa que a evolução natural das espécies é a
imagem da realidade, portanto é inaceitável a teoria bíblica do surgimento do homem. E,
admitindo que a Bíblia não estava certa neste ponto, ninguém pode garantir que Deus existe
porque ela o afirma. Logo, o argumento "Deus existe porque está escrito na Bíblia" não prova a
existência de Deus.

O interessante é que, mesmo reconhecendo a evolução como um FATO, a maioria dos
cientistas americanos acredita em Deus (de acordo com pesquisas, em torno de 86% dos
cientistas americanos acreditam em Deus). Porém, a concepção que eles possuem em Deus é
diferente daquela concepção de Deus medieval, que criou Adão e Eva: eles acreditam num
Deus que criou o Universo. Mas observe, caro leitor, que a concepção de Deus mudou! Se ela
muda de acordo com as descobertas da ciência, como podemos admitir Deus como Invariável,
Indiscutível, Pérpetuo e Constante? Mais algo sugestivo para pensar...

* "Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai" - Primeiro:
como sabemos que Cristo morreu crucificado? Por que a Bíblia fala?

Contudo, vamos supor que existiu Cristo, e ele morreu por acreditar em Deus e por amor à
gente. Ora, se eu digo que alguém tem certeza de alguma coisa, é diferente de afirmar que
aquela coisa é verdadeira.. Por exemplo, Sócrates defendia conceitos próprios dele, que não
eram iguais aos conceitos vigentes naquela época. Por isso, Sócrates foi condenado a morte.
Na prisão anterior a sua morte, seus amigos ofereceram várias chances para a fuga dele,
porém ele se recusou a fugir, dizendo que assim jamais acreditariam no que ele dizia. Morreu
por amor às suas teorias. Isso não significa que as teorias dele estavam certas(aliás, muitos
pontos de duas teorias eram errôneos).
Então, podemos concluir que o argumento "Deus existe porque Cristo morreu crucificado por
amor a todos nós e a Seu Pai" não é válido.

* "Deus existe porque alguém deve ter criado o Universo". Esse ponto de vista, durante muito
tempo, foi considerado como a "prova científica da existência de Deus". Descartes foi o
filósofo que mais desenvolveu essa idéia: se tudo tem uma causa, deve existir um causa
primeira, que é Deus.

Agora, uma pergunta: QUEM CRIOU DEUS? Ora, se tudo tem uma causa, então Deus deve ter
sido criado. Aí você me responderia: "Deus é imaterial, ele é início e fim". Palavras bonitas, é o
que são. Ora, você não consegue conceber algo concreto, apalpável, sem uma causa, mas
consegue conceber algo invisível, imaterial, "pensante" e "inteligente", sem uma causa? Não é
interessante?

Colocado em outras palavras: não entendemos como tudo começou, mas não podemos
atribuir tudo que não sabemos explicar a um ser superior. Pois se atribuírmos tudo a Deus, não
precisaremos procurar respostas, e não foi assim que se descobriram, por exemplo, vacinas,
átomos e eletricidade. Foi através do método científico, o único meio de desenvolver a
humanidade.

                                         Capítulo 3
                      Como foi o começo da crença em Deus no Ocidente

Agora que vimos que os principais argumentos dos crentes em Deus não podem ser válidos,
procuraremos uma base para responder a pergunta: Deus existe?

Vamos raciocinar: se alguém for criado livre, sem estabelecer comunicação alguma e nenhuma
intervenção cultural do meio; ele acreditará em Deus? A resposta é NÃO. Daí conclui-se que a
existência de Deus é questão cultural, transmitida pelo meio. Portanto, para os religiosos, uma
pessoa que nasça numa ilha e não acredita em Deus irá para o inferno. Qual o pecado dela?
Nascer isolada ou não acreditar em Deus(observe que ambos não são culpa dela)? Estudemos
um pouco de história. Ora, se alguém transmite uma informação, é porque é de seu interesse.
Não sei se o leitor sabe, mas o Império Romano perseguiu cristãos até o século IV. De repente,
Constantino se "converteu" ao Cristianismo, e a religião Católica passou a ser a oficial de
Roma. Por quê essa conversão tão rápida? Um "milagre"? Claro que não.

Ao espalhar a existência de Deus, o Imperador obtinha várias vantagens. Vamos enumerar as
principais delas:

- Fim do medo da morte, conseguido através da confiança na existência de um "paraíso" após
a morte, que fazia com que os soldados lutassem por seu Estado com mais coragem;

- Maior auto-confiança, com vantagens relativas ao fim do medo da morte;

- Menor sensação de solidão, amenizando pessoas de fortes depressões;

- Menos violência, pois pessoas "más" não encontram o "paraíso" após sua morte;

- Mais pessoas confiando no Estado, devido à sua forte ligação com a Igreja;
- Esperança no futuro, sendo as pessoas otimistas o suficiente para ficarem paradas esperando
uma "atitude divina" contra as injustiças impostas a si.

E já que um rei poderia fácil e vantajosamente instaurar uma religião em seu Estado, por que
não o faria? Ou melhor, por que as religiões existentes não são derivadas da religião antiga e
aproveitadora, a qual vem sendo passada inocentemente por cada geração? Será que não foi
por motivos pessoais e econômicos que a crença em Deus começou?

                                        Capítulo 4
              Algumas questões interessantes provocadas pela crença em Deus

O leitor deve questionar: se os crentes em Deus pregam coisas "boas", tais como a caridade,
tal pode provocar injustiças? E a resposta á afirmativa! Ora, é de conhecimento de todos que o
meio influencia bastante qualquer pessoa. Uma criança que vive na favela, convivendo com
roubos, furtos, assaltos, estupros e assassinatos, possui muita probabilidade de que, quando
crescer, praticar as mesmas coisas (claro que ela, em essência, pode não ser má, porém o meio
influencia o indivíduo neste sentido). Então, vêm os religiosos e dizem: "as pessoas que matam
e roubam são más, e arderão nas chamas do inferno". Ora, o leitor há de concordar conosco
que tal é uma injustiça! Não seria a religião um meio de perpetuar o estado de miséria
existente e discriminar a população que não possui meios de subsistência?

As pessoas que tem fé em Deus são ensinadas que "questionar Deus" ou "desobedecer as
ordens Dele" é um pecado grave. Não será tal uma maneira de fazer com que as pessoas
acreditem em tudo e que não façam questionamentos "perigosos", induzindo-as a acreditar,
por exemplo, no Governo, e que tudo um dia melhorará?

Contudo, vejamos mais questões. Observe que os dois primeiros mandamentos de Deus são
claros:

1o - "Amar a Deus sôbre tôdas as coisas."

2o - "Não tomar seu santo nome em vão."

Vamos raciocinar: os dois primeiros mandamentos dizem respeito a Ele, e não a nós! Ele não
manda "Amar o próximo sobre todas as coisas" ou "não tomar o nome de ninguém em vão",
mas manda nós o amarmos sobre todas as coisas e nunca tomar o seu nome em vão. Ou seja,
a imagem de Deus se mostra completamente superior! E por que a imagem de Deus se mostra
superior a nós, se ele mandou à Terra seu filho Jesus, que lavou os pés dos apóstolos e morreu
por nós como um irmão, sem aparente superioridade? Não seria uma contradição? Mas se
Deus é superior a nós, por que a preocupação em nos defender e nos ajudar? Se foi capaz de
criar um planeta com vida, por que não cria outros? Seríamos apenas o seu passatempo
predileto? Uma espécie de jogo de computador? Ou talvez seus bichinhos de estimação?

Por muito tempo a igreja tem entrado em discursões, e saiu perdendo. Muitas teorias bíblicas
estão sendo quebradas por outras, muitas não apenas consideradas aceitáveis, mas também
comprovadas cientificamente.Vejamos algumas delas:
-A terra no centro do Universo: a igreja impunha à sociedade que todo o Universo girava em
torno da Terra, que por sua vez permanecia parada. Esta teoria fora baseada no simples fato
dos astros (a Lua, alguns planetas e as estrelas) vistos por nós apresentarem uma aparente
translação ao redor da Terra, como por exemplo o Sol que "nasce" no leste e "morre" no
oeste. Por muito tempo a igreja não só deduziu, como afirmou com convicção que tudo isso
ocorria porque Deus nos fez no centro do Universo, como criaturas únicas e privilegiadas.
Quem ousasse questionar a igreja era considerado pecador. Hoje em dia sabe-se, comprovado
cientificamente, que a Terra gira em torno do Sol. O idealizador desta tese fora Galileu,
ameaçado de morte por ter sido considerado um pecador pela igreja por ter quebrado a
estrutura principal do homem no centro do Universo.

-A criação instantânea da Terra: a igreja impõe ainda hoje que o planeta Terra tenha sido
criado de repente. Isso é absurdo. O planeta Terra, comprovado cientificamente pelos
cientistas, surgiu junto com o sistema solar, a quatro bilhões e meio de anos, sendo nada
menos que o agrupamento de sobras da nebulosa (grande nuvem de gás e poeira a altíssima
temperatura) que envolvia o Sol. De início a temperatura era extremamente alta em sua
superfície. A água em estado de vapor, encontrada em abundância na atmosfera primitiva por
causa da grande atividade dos vulcões, passou para o estado líquido, possibilitando a formação
dos oceanos.

-A origem instantânea das plantas e dos animais: a igreja impõe ainda hoje que as plantas e os
animais tenham surgido de uma simples "ordem divina", na qual Deus criou primeiramente as
plantas e logo após os animais. Mas os cientistas já mostraram que o mais provável foi que a
dois bilhões de anos a vida se originou, inicialmente com o aparecimento de moléculas
orgânicas muito simples. Na realidade, essas moléculas eram apenas aglomerados de matéria
orgânica, formados a partir de combinações de substâncias existentes na atmosfera. Essas
combinações foram provocadas pela energia dos raios ultravioletas do Sol e pelas descargas
elétricas dos raios durante as tempestades, muito freqüentes nesse período.

As principais moléculas orgânicas formadas nestas condições combinaram-se entre si e deram
origem a outras substâncias chamadas proteínas. Muitas moléculas de proteínas foram se
juntando e se transformando, dando origem aos coacervados. Depois de muitas modificações
e alguns milhões de anos, os coacervados transformaram-se em seres unicelulares. A partir
daí, através de adaptações ao meio, mutações e seleções naturais, enfim, através do ciclo
evolutivo, tem-se toda a variedade de animais e plantas uni e pluricelulares existentes.
Inclusive o homem.

-A origem instantânea do ser humano: a igreja considera que o homem (Adão) tenha sido
criado primeiro que a mulher (Eva), sendo o ser humano líder do mundo, o qual foi criado
especialmente para ele. O ser humano para a ciência, comprovado cientificamente, fora
resultado de uma grande e complexa evolução dos seres vivos, já visto na passagem anterior.
O ser humano fora alvo do ciclo evolutivo, possuindo um antepassado em comum com todos
os outros animais existentes. O Pliopithecus, primata parecido com o atual gibão (espécie de
macaco), é considerado um ancestral em comum do homem, do chimpanzé e do gorila, sendo
que ele surgiu a mais de 23 milhões de anos atrás.
O Ramapithecus, um dos primatas primitivos mais parecidos com o homem, é considerado
como o mais primitivo dos ancestrais do homem em linha direta, tendo surgido a mais de 14
milhões de anos atrás.

Foi comprovado cientificamente que a Terra gira em torno do Sol e que o Universo não surgiu
no mesmo dia em que a Terra. Em um discurso de 1992, o papa João Paulo II afirmava:

"Desde o início da Era do Iluminismo até os nossos dias, o caso Galileu tem sido uma espécie de
'mito' em que a imagem fabricada a partir dos acontecimentos está muito distante da
realidade. Nessa perspectiva, o caso Galileu simbolizava a suposta rejeição do progresso
científico por parte da Igreja Católica, ou o obscurantismo 'dogmático' em oposição à livre
busca da verdade. O erro dos teólogos da época, quando sustentavam a centralidade da Terra,
era pensar que nossa compreensão da estrutura do mundo físico fosse de alguma forma
imposta pelo sentido literal das Sagradas Escrituras."

O papa afirma que a imagem que nós temos da posição da Igreja naquela época
supostamente(?) rejeitava o progresso científico. Quer dizer que ela sempre orientou a livre
busca da verdade, mesmo contrariando as Sagradas Escrituras? Impossível de crer.

Não há dúvida, no entanto, de que o fato de a Santa Inquisição levar o idoso e enfermo Galileu
para inspecionar os instrumentos de tortura nas masmorras da Igreja não só admite, como
requer exatamente essa interpretação: o medo da discussão e do debate. Censurar as visões
alternativas e ameaçar os seus proponentes com a tortura revela uma falta de fé na própria
doutrina e nos paroquianos que estão sendo ostensivamente protegidos. Por que foram
necessárias as ameaças e a prisão domiciliar de Galileu? A verdade não tem meios de se
defender quando confrontada com o erro?

Muitos achavam que Copérnico e Galileu não tinham boas intenções e eram corrosivos para a
ordem social. Na realidade, qualquer desafio, vindo de qualquer fonte, à verdade literal da
Bíblia poderia despertar tais interpretações. Não é difícil compreender que a ciência tivesse
começado a deixar as pessoas nervosas. Em vez de criticar aqueles que perpetuam os mitos, o
rancor público se dirigia contra os que os desacreditavam. Muitas passagens da Bíblia ainda
são aceitas pelas seitas e pelos indivíduos ao pé da letra. Como indentificamos as passagens
com sentido literário ou sem sentido literário? Caso admitamos a existência de erros nas
Escrituras, como pode a Bíblia ser um guia infalível da ética e da moral? Será então que as
seitas e os indivíduos podem aceitar como autênticas as partes da Bíblia que lhes agradam e
rejeitar as incovenientes e incômodas?

Mas por que desejaríamos pensar que o Universo foi feito para nós? Por que é tão atraente
esta idéia? Por que a alimentamos? A nossa auto-estima é tão precária que precisa de nada
menos que um Universo feito sob medida para nós? Não seria muito pouca humildade de
nossa parte?

                                         Capítulo 5
                                 Sobre os poderes da mente

Durante alguns trechos do texto, o leitor pôde observar que nós, autores, acreditamos que a
mente possui um poder extraordinário. E é verdade, nós cremos em tal. E a ciência também
estuda esses fenômenos. Como estes são muito utilizados para induzir às pessoas a
acreditarem numa consciência Superior(velha história: associam algo que não compreendem a
Deus) , nós concluímos que deveríamos colocar algumas palavras sobre os Poderes da Mente,
para que o leitor tenha acesso a um resumo das informações sobre esses poderes.

As capacidades para sensibilidades psíquicas e mentais intensificadas são muitas vezes
amontoadas numa única categoria, "intuição", e a elas referem-se como o sexto sentido.

Discordamos desta categoria pois, na realidade, parece que existem sete sentidos psíquicos,
além dos cinco normais (visão, tato, audição, olfato e gustação), e destes se vale o corpo e a
mente humana para a percepção. A percepção que ocorre nestes sentidos em geral tem a
denominação de "extra- sensorial". Os sete sentidos psíquicos que já foram discriminados
(pode ser que existam outros mais, ainda ignorados) são:

1 - Telepatia - habilidade para comunicação com outra mente, sem o uso de quaisquer dos
cinco sentidos básicos.

2 - Precognição ou captação de futuro - habilidade para perceber informações no futuro.

3 - Retrocognização ou captação de passado - habilidade para perceber acontecimentos e
informações anteriores no tempo

4 - Clarividência - habilidade para perceber acontecimentos e informações distantes
diretamente, sem a mediação de nenhuma outra mente ou artigo.

5 - Empatia de vibração - habilidade para desempenhar atividades sensoriais tais como
adivinhação, leitura de auras, viagem astral, cura, localização de objetos perdidos.

6 - Psicometria - habilidade para tocar uma coisa qualquer e sentir seu relacionamento com
pessoas, com o tempo, etc., inteiramente através do contato com este objeto.

7 - Psicocinese - habilidade para influir na natureza da matéria física sem nenhum contato
físico, exclusivamente valendo-se dos poderes mentais.

Gostaríamos de enfatizar nossa crença no sentido de que a concretização de habilidades
psíquicas ou extra-sensoriais não é uma coisa necessariamente mágica ou mística. Ao
contrário, como se dá com todas as habilidades e potencialidades humanas, estes talentos
encontram-se entre os poderes amplamente não utilizados que existem dentro do
corpo/mente humano normal, aguardando para serem descobertos.

Acreditamos que a razão pela qual só estamos parcialmente ativos nesta região vital do
corpo/mente é o fato de termos desenvolvido determinados modos de perceber, pensar,
imaginar, que, embora sejam altamente funcionais, também são propensos a limitar visões e
pensamentos mais ampliados. Da mesma forma como seguramente limitamos nosso âmbito
de movimentação física à medida que envelhecemos e encouraçamos nossa musculatura,
também limitamos nossos poderes mentais escravizando-os dentro de medos, conflitos
intelectuais e crenças limitadoras.
Capítulo 6
                               Faz mal não acreditar em Deus?

Muitas pessoas afirmam que nós não podemos deixar de acreditar em Deus, porque o homem
deve se segurar numa força superior, pois senão se verá muito frágil e não terá consolo nos
momentos críticos. Afirmam que quem não acredita em Deus não é feliz. Puras ilusões.

Desde quando acreditar em algo não verdadeiro(assumindo que é possível a inexistência de
Deus) faz bem? Não podemos acreditar em algo só porque este nos faz bem. Aliás, é
impossível que a crença em algo incorreto possa só nos trazer benefícios. Por exemplo: se
pensarmos que todos os homens são "bons" e não existem assaltos, isso nos trará menos
medo, mais confiança. Concordamos que tal é um benefício. Porém, por outro lado, não
tomaremos medidas contra crimes, estes se proliferarão extraordinariamente rápido. Fechar
os olhos à realidade nunca será o caminho certo.

Continuando, nós concordamos que o homem deve procurar apoio numa "força superior".
Todavia, discordamos que essa força tenha que ser Deus. Devemos procurar a explicação de
tudo, pois só assim eliminaremos a fome, a miséria e as doenças do mundo. Foi assim que se
descobriram a lâmpada elétrica, o telefone, a cura de doenças, a radioatividade, a circulação,
os vírus e as bactérias, os avanços genéticos, entre outras maravilhas.

Quanto mais nós pesquisarmos, menores serão os nossos males. Menor será o número de
doenças que nos afligem. Menor será nosso sofrimento. Contudo, caro leitor, o nosso texto
não provou que Deus não existe. O propósito principal foi mostrar que é impossível provar a
existência Dele: em outras palavras, para a ciência, Deus não tem valor. Apesar de não ser
possível provar a existência de Deus, o leitor pode perfeitamente concordar com nosso texto e
crer em Deus. É uma escolha pessoal. Assim como nós, os autores, não acreditamos em Deus,
cada um possui o livre arbítrio de acreditar ou não Nele. Nós só achamos que, já que não é
possível mostrar a existência Dele, não há razão para acreditarmos que Ele exista.

Concordamos que acreditar em Deus faz bem. Há pessoas que param de beber, fumar, roubar,
matar, se prostituir somente na fé em Deus. Mas pense bem: a ciência não pode fazer as
mesmas coisas, com remédios contra vícios, esclarecimentos e conhecimentos? Enfim, mesmo
que o leitor não concorde com este texto, nós também tentamos incutir o leitor o propósito de
questionar. Lembre-se:




          "Questionar é evoluir".

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Questionar é evoluir

  • 1. Um texto bastante interessante e um pouco extenso, retirado do site ANTI-CRISTIANISMO. Vale a pena a leitura. Visite a página Jesus Bêbado no Facebook ou o blog. Boa leitura! Capítulo 1 A importância de questionar Deus Esse texto dedica-se exclusivamente a responder a questão: Deus existe? Muitas pessoas ficam espantadas com a simples idéia de questionar a idéia de Deus. Acreditam que Deus é uma verdade absoluta, incontestável por si só. Mas será mesmo? A história nos mostra muitos exemplos de fatos trágicos que ocorrem quando se torna algo inquestionável. O exemplo mais célebre é o de Galileu. Galileu foi duramente reprimido porque afirmou que a Terra não era o centro do Universo; ela girava ao redor do Sol, um entre vários outros planetas. Hoje ninguém mais duvida de tal afirmação, porém Galileu pagou caro a sua descoberta. Foi mal compreendido pelos seus contemporâneos, que acreditavam ser uma verdade absoluta o fato da Terra estar no centro do Universo. Galileu estava a frente de seu tempo; foi injustamente reprimido, contudo, todos hoje reconhecem o seu mérito. Por isso, caro leitor, tome cuidado ao tornar uma afirmação inquestionável: ela pode atrasar o desenvolvimento humano. Por exemplo: crença que a Terra era plana (em formato de pizza) constituiu um verdadeiro entrave na evolução da ciência durante muitos séculos. Logo, evite discriminar a pessoa que acredita em coisas nas quais você não acredita; quem garante que você esteja certo? O ato de questionar é fundamental. Porque se nós acreditássemos em tudo que nos é falado, não precisaremos procurar novas respostas; o conhecimento estagnará e não se desenvolverá a humanidade. A par desses fatos, o leitor deve sempre se lembrar: "Questionar é evoluir". A afirmação considerada inquestionável por muitas pessoas é a de que Deus existe. Todavia, porque tantas pessoas crêem Nele? Por vários motivos: tradição passada de pai para filho, crença incondicional na Bíblia, "milagres" que ocorrem no dia-a-dia, a associação da idéia de Deus (ou um ser superior) a tudo que não é compreendido, afirmações da Bíblia e dos religiosos que consideram pecado questionar Deus... Enfim, serão estes motivos suficientes? A resposta desta questão é o objetivo deste texto. Capítulo 2 A validade dos argumentos utilizados para "provar" a existência de Deus A grande maioria da população mundial crê em Deus. E, defendendo seu ponto de vista, apresenta vários argumentos para "comprovar" a existência Dele. Vamos analisá-los e concluir se são válidos para comprovar a existência de Deus: * "Deus existe porque eu sinto Sua presença em mim". Neste argumento, torna-se evidente que, através dos sentidos, a pessoa percebe a presença de Deus. Todavia, será que tudo que a gente percebe é verdadeiro? Não. Vamos dar exemplos dessa afirmação:
  • 2. Suponhamos que uma pessoa X não tenha conhecimentos sobre o Sistema Solar, sobre a posição e sobre o movimento da Terra no espaço. Observando o céu, ela "percebe" o Sol se movimentando, enquanto a Terra "permanece parada". Isso é percebido por qualquer um, mas será a realidade? Claro que não: sabemos que a Terra gira em torno do Sol. Suponhamos então que essa mesma pessoa visse o céu numa noite estrelada. Não sei se o leitor já percebeu, mas parece aos sentidos dessa pessoa (ou qualquer outra) que estamos no centro de uma "bola" de vidro, e que as estrelas estão fixas, nas "bordas" dessa abóbada (os antigos acreditavam que a Terra estava localizada numa espécie de redoma, e que as estrelas se situavam nas extremidades desta). Estará essa percepção correta? Óbvio que é errônea, já que as estrelas não são fixas (estão em movimento constante) e não existe nenhum hemisfério acima de nossas cabeças. E, como último argumento: a nossa sensação de calor e frio. Nossos sentidos nos sugerem que o calor e o frio são opostos (ou seja, duas faces de uma moeda), como fogo e água. Mas os cientistas já perceberam que o que nós chamamos de "frio" significa pouco calor, variando apenas a agitação térmica das moléculas. Mais uma vez, os sentidos nos enganam. Estes casos acima nos permitem concluir que não devemos confiar nos nossos sentidos, que eles nos "pregam peças". Então, o argumento que "Deus existe porque sinto Sua presença", logo, não é válido para provar a existência de Deus. * "Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos". Esse é o argumento mais fácil de se refutar. Ora, se ele existe porque atende às minhas preces, então, se ele não atendesse às minhas preces, ele não existiria? É difícil de acreditar. Entretanto, vamos supor que eu pedisse a Deus e "Ele" realizasse um pedido meu. Isso, tampouco, consistiria numa prova que Ele existe. Por dois motivos. Primeiro: é de conhecimento de todos que a mente humana possui poderes extraordinários. Há pessoas que conseguem arrastar móveis com o pensamento, ler o pensamento alheio e levitar somente acreditando realmente que são capazes de tal. E a ciência já estuda tais fenômenos, estruturando a parapsicologia. As pessoas muitas vezes associam algo que não compreendem (como pedir alguma coisa e esta ser concretizada) com a idéia de Deus. É porque não conseguem conviver com a idéia que o homem ainda não possui conhecimentos suficientes para explicar aquele fenômeno. Assim pensava-se antigamente sobre a chuva, a eletricidade, o fogo: eram fenômenos feitos por Deus, simplesmente pela única razão que não compreendiam esses fenômenos e precisavam associá-los a uma inteligência superior e onipresente. O segundo motivo: é impossível realizar os desejos de todas as pessoas. Se todos quisessem parar de trabalhar, quem iria produzir algo? Quando se obtém um emprego (porque "Deus" quis), você está, literalmente, "tirando" outra pessoa que ocuparia o seu emprego se você não existisse. Quando se diz: "Graças a Deus que o homem que morreu não foi meu filho", deve-se dizer que o mesmo "Deus" que evitou a morte de seu filho, provocou a morte de outro, mostrando que, desse modo, não se comprova a existência de Deus.
  • 3. Enfim, o argumento "Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos" não pode ser utilizado para comprovar uma suposta existência de Deus. * "Deus existe porque está escrito na Bíblia". Quanto a isso, nos limitamos a fazer uma pergunta: por que a Bíblia está certa? Como você tem certeza que Deus falou a Moisés e aquela história toda? Pela mesma e perigosa razão pela qual Galileu foi injustamente reprimido: toma-se algo (nesse caso, a Bíblia), como verdade absoluta. Mas muitos fatos afirmados por ela são inadmissíveis para a lógica. Vamos, por exemplo, tomar a afirmação dela que diz que nós todos descendemos de Adão e Eva. Essa é a teoria da Bíblia: Deus criou um casal que se reproduziu e gerou descendentes, e nós estamos entre eles. Essa teoria contraria diversas leis da lógica. Vamos começar pelas mais fáceis. Em primeiro lugar, todos nós sabemos que quando dois irmãos ou dois parentes muito próximos procriam, os filhos nascem com alto índice de anomalias e defeitos (como ausência de braços, retardamento e outros). Ora, se os filhos de Adão e Eva eram irmãos entre si, como se reproduziram normalmente? E não responda que foi porque Deus quis porque assim você está admitindo uma verdade absoluta. Em segundo lugar, a teoria da Bíblia não explica como nasceram os brancos, os negros, os amarelos, os louros, enfim, toda a diversidade de aparências entre as pessoas (a ciência explica pela lei da Evolução Natural de Darwin). E, em terceiro e último, a teoria que derrubou definitivamente a idéia do casal primeiro: a teoria da Evolução de Darwin (ela continha alguns erros, que hoje foram aperfeiçoados, caracterizando o mutacionismo). Porque essa teoria, em vez de afirmar que é impossível o homem descender de um casal único, ela descobriu que nós descendemos de um antepassado comum aos macacos. E nela se encontra mais um exemplo do mal que é aceitar uma verdade como absoluta: um professor que ensinava essa teoria foi preso (nos Estados Unidos, início do século), porque esta teoria estava errada(?), pois ia contra a Bíblia e a Bíblia não podia estar incorreta. Hoje, qualquer aluno de biologia estuda essa teoria, face às várias provas já demonstrando que ela corresponde à realidade. Vamos estudar os conceitos básicos dessa teoria: 1 - As variações surgem nos indivíduos de uma espécie bruscamente, em conseqüência de alterações do material genético transmitido de pais a filhos através dos gametas. As modificações impressas aos indivíduos nessa condição são também hereditárias e se constituem em mutações. 2 - Se algumas mutações determinam a manifestação de caracteres indesejáveis, outras, entretanto, tornam os indivíduos mais adaptados para as exigências do meio ambiente, fazendo-os mais aptos para vencer na luta pela vida. 3 - Como conseqüência da luta pela vida, resulta um seleção natural dos mais adaptados ou mais aptos e a extinção dos menos aptos.
  • 4. Assim a ciência consegue explicar, satisfatoriamente, as mudanças que ocorrem nas espécies. Por isso, cada animal é adaptado ao ambiente em que vive. Por isso existem peixes que suportam grandes pressões vivendo em grande profundidade e aves perfeitamente adaptados para o vôo. As sucessivas evoluções tornaram possível as adaptações. Você pode dizer que os cientistas podem estar enganados; quem sabe eles não estudaram a fundo a questão? Felizmente, eles estudaram a questão profundamente, encontrando muitas provas que a evolução é real. Vamos ver as principais delas: Provas anatômicas - O estudo da anatomia comparada revelaa fatos surpreendentes que falam a favor da evolução. Observe, por exemplo, que a grande maioria dos mamíferos (e não só dos mamíferos, mas também dos demais vertebrados terrestres, comos sapos, lagartos, crocodilos, aves) possui membros pendáctilos, isto é, com 5 dedos. Por quê? Não seria de pouco senso considerar esse fato apenas como uma "coincidência"? Se fosse verdade a Teoria da Criação Especial, pela qual Deus teria criado todos os seres a um só tempo, cada um independente do outro, não seria mais compreensível que os animais pudessem variar infinitamente nas suas estruturas, sem qualquer padrão de repetição? A "padronização estrutural" das espécies só tem uma explicação: o parentesco que as une no tempo, através da evolução. Provas embriológicas - A embriologia comparada tambémm fornece provas que reforçam a teoria da evolução. Já no século passado, Ernst von Baer chamava a atenção para a semelhança que existe entre embriões de espécies diferentes nos estágios iniciais de desenvolvimento. Por que razão o embrião de um peixe, o de um anfíbio, o de um réptil, o de uma ave e o de um mamífero, incluindo o embrião humano, se assemelham em certo momento de sua formação? Que outra razão justifica essa semelhança senão o verdadeiro parentesco que os liga ao tronco inicial do qual resultaram todos os vertebrados atuais? Provas bioquímicas - A busca de provas que contribuam paraa a confirmação da teoria da evolução assume nos dias atuais um caráter cada vez mais profundo e vigoroso. Agora, nos laboratórios das grandes universidades americanas e européias, os cientistas procuram desvendar a semelhança que aproximam seres de espécies muito distantes na complexidade bioquímica de suas células e de seus organismos. Sabe-se que as enzimas são substâncias produzidas pela atividade celular sob controle específico de genes. Ora, a cada dia descobrem- se novas enzimas que estão presentes ao mesmo tempo em organismos muito distantes uns dos outros nos sistemas de classificação dos seres. Várias enzimas digestivas do homem têm sido encontradas nas células de animais inferiores. A tripsina, por exemplo, enzima proteolítica integrante do suco pancreático e da atividade intestinal, está presente em numerosos animais, desde os protozoários até os mamíferos. O mesmo ocorre com relação aos hormônios. Os hormônios tireiodianos do gado bovino podem ser administrados com absoluta segurança a seres humanos portadores de hipotireiodismo. Entre a hemoglobina humana e a do chipanzé não há nenhuma diferença. Mas, entre a hemoglobina humana e a do gorila, já se observa duas trocas de aminoácidos. A hemoglobina do macaco Rhesus tem 12 aminoácidos trocados em relação à nossa
  • 5. hemoglobina e 43 em relação à do cavalo. Como explicar a variação seqüencial dos padrões moleculares que ditam as normas desta fantástica biologia interna dos organismos se não admitirmos o mecanismo da Evolução como a melhor das justificativas? Provas cromossômicas - Numerosos cientistas dos grandes labooratórios de pesquisa do mundo têm dedicado seus esforços no sentido de fazer um cariotipagem comparada entre organismos diversos. A comparação entre os cariótipos de espécies diferentes também parece confirmar que há um parentesco entre seres de grupos diversos. Isso é feito pela análise do números de cromossomos nas células de animais e de plantas e por um estudo comparativo entre esses cariótipos. As diversidades de banana bem conhecidas (banana- ouro, banana-prata, banana-maçã, banana-d'água, banana-da-terra) revelam cariótipos de 22, 44, 55, 77 e 88 cromossomos, o que indica que resultam de mutações por euploidias (respectivamente; 2n=22; 4n=44; 5n=55; 7n=77; 8n=88). Já o trigo tem variedades com 14, 28 ou 42 cromossomos, que correspondem a indivíduos haplóides, diplóides e triplóides, respectivamente. Nas plantas, essas mutações cromossômicas são muito comuns e mostram a evolução das espécies. Gorilas, chimpanzés e orangotangos possuem todos o cariótipo de 2n = 48 cromossomos. O homem possui 2n = 46, o que faz os geneticistas presumirem que tenha havido a fusão de dois pares de cromossomos no cariótipo humano em relação ao dos antropóides. O gibão (macaco asiático) possui um constante cromossômica de 2n = 44. Deduzimos, então, que o gibão, o gorila e o chimpanzé são todos parentes afastados do homem (mas nem tão afastados assim!...). Outro exemplo: o rato tem 42 cromossomos nas suas células diplóides, mas o camundongo só possui 40. Essa diferença de apenas um par não é sugestiva? Enfim, tudo indica que o estudo do cariótipo comparado das espécies pode servir para mostrar o grau de parentesco entre aquelas que se mostram mais vizinhas dentro dos sistemas de classificação dos seres. E isso é suficiente para representar uma palavra a mais no arsenal de provas que confirmam a evolução. Provas zoogeográficas - Qualquer observador atento poder&aacuute; notar que as faunas do hemisfério norte (América do Norte, Europa e Ásia) são bastante semelhantes entre si, num flagrante contraste com as faunas das terras do hemisfério sul (América do Sul, África e Oceania), que são sensivelmente diferentes umas das outras. No primeiro caso, os cervídeos (rena, alce, veado galheiro, as raposas, os castores, os lobos, etc.), apenas com algumas diversidades regionais, próprias dos grupamentos alopátricos. Já no segundo caso, a fauna da América do Sul (onças, pequenos macacos, tatus, preguiças, tamanduás e uma grande diversidade de aves), a fauna da África (leões, tigres, rinocerontes, zebras, girafas, elefantes, gorilas etc.) e a fauna da Oceania (canguru, quivi, ornitorrinco etc.) revelam profundas diferenças. É interessante questionar a razão desse contraste. Os geólogos são unânimes em afirmar que todos os continentes da Terra estiveram há muitos milhões de anos atrás fundidos num só, chamado de Pangéia. Há, talvez, 200 milhões de anos, a Pangéia se fragmentou em blocos, originando a Laurásia e a Godwana. Esses dois imensos blocos passaram, lentamente, a deslizar sobre a vasta massa de material incandescente, que fica abaixo da crosta terrestre. A Laurásia, de situação setentrional, originou a América do Norte, a Europa e a Ásia. A Godwana, situada meridionalmente, também se fragmentou, por
  • 6. sua vez, dando origem a América do Sul, a África, a Oceania e a Antártica. Essa conclusão passou a constituir a chamada teoria da derivação continental ou do deslizamento continental. Pela deriva continental, as terras do hemisfério sul ficaram logo separadas. E, progressivamente, a distância entre ela se tornou cada vez maior. O isolamento das espécies em cada continente foi total. Hoje, são passados 200 milhões de anos desde que o isolamento geográfico se instalou entre aquelas populações. O somatório das mutações e o trabalho da seleção natural fizeram com que as faunas e floras destes continentes se tornassem profundamente diversificadas. As terras do hemifério norte, a despeito de se afastarem também pelo deslizamento continental, mantiveram ainda contato por muito tempo. Aliás, a Europa nunca se separou da Ásia. O isolamento que se instalou entre os animais foi em decorrência da civilização que muito se desenvolveu entre as florestas européias e asiáticas, separando-as. Por sua vez, a Ásia se manteve ligada à América do Norte por um istmo que a comunicava ao Alasca e que submergiu a cerca de vinte mil anos, dando lugar ao atual estreito de Bhering. Só então houve o total isolamento das faunas da América do Norte e do bloco asiático europeu. Como se vê, as terras do norte estão separadas há, relativamente, pouco tempo. O isolamento entre as suas espécies é recente e, por isso, elas ainda não se diversificaram muito. Mais uma prova que depõe a favor da evolução. Ainda existem mais provas, como as paleontológicas, que atestam a veracidade da evolução. Mas, para não cansar o leitor, achamos melhor não colocá-las. Contudo, pelas provas aqui apresentadas já se observa que a evolução natural das espécies é a imagem da realidade, portanto é inaceitável a teoria bíblica do surgimento do homem. E, admitindo que a Bíblia não estava certa neste ponto, ninguém pode garantir que Deus existe porque ela o afirma. Logo, o argumento "Deus existe porque está escrito na Bíblia" não prova a existência de Deus. O interessante é que, mesmo reconhecendo a evolução como um FATO, a maioria dos cientistas americanos acredita em Deus (de acordo com pesquisas, em torno de 86% dos cientistas americanos acreditam em Deus). Porém, a concepção que eles possuem em Deus é diferente daquela concepção de Deus medieval, que criou Adão e Eva: eles acreditam num Deus que criou o Universo. Mas observe, caro leitor, que a concepção de Deus mudou! Se ela muda de acordo com as descobertas da ciência, como podemos admitir Deus como Invariável, Indiscutível, Pérpetuo e Constante? Mais algo sugestivo para pensar... * "Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai" - Primeiro: como sabemos que Cristo morreu crucificado? Por que a Bíblia fala? Contudo, vamos supor que existiu Cristo, e ele morreu por acreditar em Deus e por amor à gente. Ora, se eu digo que alguém tem certeza de alguma coisa, é diferente de afirmar que aquela coisa é verdadeira.. Por exemplo, Sócrates defendia conceitos próprios dele, que não eram iguais aos conceitos vigentes naquela época. Por isso, Sócrates foi condenado a morte. Na prisão anterior a sua morte, seus amigos ofereceram várias chances para a fuga dele, porém ele se recusou a fugir, dizendo que assim jamais acreditariam no que ele dizia. Morreu por amor às suas teorias. Isso não significa que as teorias dele estavam certas(aliás, muitos pontos de duas teorias eram errôneos).
  • 7. Então, podemos concluir que o argumento "Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai" não é válido. * "Deus existe porque alguém deve ter criado o Universo". Esse ponto de vista, durante muito tempo, foi considerado como a "prova científica da existência de Deus". Descartes foi o filósofo que mais desenvolveu essa idéia: se tudo tem uma causa, deve existir um causa primeira, que é Deus. Agora, uma pergunta: QUEM CRIOU DEUS? Ora, se tudo tem uma causa, então Deus deve ter sido criado. Aí você me responderia: "Deus é imaterial, ele é início e fim". Palavras bonitas, é o que são. Ora, você não consegue conceber algo concreto, apalpável, sem uma causa, mas consegue conceber algo invisível, imaterial, "pensante" e "inteligente", sem uma causa? Não é interessante? Colocado em outras palavras: não entendemos como tudo começou, mas não podemos atribuir tudo que não sabemos explicar a um ser superior. Pois se atribuírmos tudo a Deus, não precisaremos procurar respostas, e não foi assim que se descobriram, por exemplo, vacinas, átomos e eletricidade. Foi através do método científico, o único meio de desenvolver a humanidade. Capítulo 3 Como foi o começo da crença em Deus no Ocidente Agora que vimos que os principais argumentos dos crentes em Deus não podem ser válidos, procuraremos uma base para responder a pergunta: Deus existe? Vamos raciocinar: se alguém for criado livre, sem estabelecer comunicação alguma e nenhuma intervenção cultural do meio; ele acreditará em Deus? A resposta é NÃO. Daí conclui-se que a existência de Deus é questão cultural, transmitida pelo meio. Portanto, para os religiosos, uma pessoa que nasça numa ilha e não acredita em Deus irá para o inferno. Qual o pecado dela? Nascer isolada ou não acreditar em Deus(observe que ambos não são culpa dela)? Estudemos um pouco de história. Ora, se alguém transmite uma informação, é porque é de seu interesse. Não sei se o leitor sabe, mas o Império Romano perseguiu cristãos até o século IV. De repente, Constantino se "converteu" ao Cristianismo, e a religião Católica passou a ser a oficial de Roma. Por quê essa conversão tão rápida? Um "milagre"? Claro que não. Ao espalhar a existência de Deus, o Imperador obtinha várias vantagens. Vamos enumerar as principais delas: - Fim do medo da morte, conseguido através da confiança na existência de um "paraíso" após a morte, que fazia com que os soldados lutassem por seu Estado com mais coragem; - Maior auto-confiança, com vantagens relativas ao fim do medo da morte; - Menor sensação de solidão, amenizando pessoas de fortes depressões; - Menos violência, pois pessoas "más" não encontram o "paraíso" após sua morte; - Mais pessoas confiando no Estado, devido à sua forte ligação com a Igreja;
  • 8. - Esperança no futuro, sendo as pessoas otimistas o suficiente para ficarem paradas esperando uma "atitude divina" contra as injustiças impostas a si. E já que um rei poderia fácil e vantajosamente instaurar uma religião em seu Estado, por que não o faria? Ou melhor, por que as religiões existentes não são derivadas da religião antiga e aproveitadora, a qual vem sendo passada inocentemente por cada geração? Será que não foi por motivos pessoais e econômicos que a crença em Deus começou? Capítulo 4 Algumas questões interessantes provocadas pela crença em Deus O leitor deve questionar: se os crentes em Deus pregam coisas "boas", tais como a caridade, tal pode provocar injustiças? E a resposta á afirmativa! Ora, é de conhecimento de todos que o meio influencia bastante qualquer pessoa. Uma criança que vive na favela, convivendo com roubos, furtos, assaltos, estupros e assassinatos, possui muita probabilidade de que, quando crescer, praticar as mesmas coisas (claro que ela, em essência, pode não ser má, porém o meio influencia o indivíduo neste sentido). Então, vêm os religiosos e dizem: "as pessoas que matam e roubam são más, e arderão nas chamas do inferno". Ora, o leitor há de concordar conosco que tal é uma injustiça! Não seria a religião um meio de perpetuar o estado de miséria existente e discriminar a população que não possui meios de subsistência? As pessoas que tem fé em Deus são ensinadas que "questionar Deus" ou "desobedecer as ordens Dele" é um pecado grave. Não será tal uma maneira de fazer com que as pessoas acreditem em tudo e que não façam questionamentos "perigosos", induzindo-as a acreditar, por exemplo, no Governo, e que tudo um dia melhorará? Contudo, vejamos mais questões. Observe que os dois primeiros mandamentos de Deus são claros: 1o - "Amar a Deus sôbre tôdas as coisas." 2o - "Não tomar seu santo nome em vão." Vamos raciocinar: os dois primeiros mandamentos dizem respeito a Ele, e não a nós! Ele não manda "Amar o próximo sobre todas as coisas" ou "não tomar o nome de ninguém em vão", mas manda nós o amarmos sobre todas as coisas e nunca tomar o seu nome em vão. Ou seja, a imagem de Deus se mostra completamente superior! E por que a imagem de Deus se mostra superior a nós, se ele mandou à Terra seu filho Jesus, que lavou os pés dos apóstolos e morreu por nós como um irmão, sem aparente superioridade? Não seria uma contradição? Mas se Deus é superior a nós, por que a preocupação em nos defender e nos ajudar? Se foi capaz de criar um planeta com vida, por que não cria outros? Seríamos apenas o seu passatempo predileto? Uma espécie de jogo de computador? Ou talvez seus bichinhos de estimação? Por muito tempo a igreja tem entrado em discursões, e saiu perdendo. Muitas teorias bíblicas estão sendo quebradas por outras, muitas não apenas consideradas aceitáveis, mas também comprovadas cientificamente.Vejamos algumas delas:
  • 9. -A terra no centro do Universo: a igreja impunha à sociedade que todo o Universo girava em torno da Terra, que por sua vez permanecia parada. Esta teoria fora baseada no simples fato dos astros (a Lua, alguns planetas e as estrelas) vistos por nós apresentarem uma aparente translação ao redor da Terra, como por exemplo o Sol que "nasce" no leste e "morre" no oeste. Por muito tempo a igreja não só deduziu, como afirmou com convicção que tudo isso ocorria porque Deus nos fez no centro do Universo, como criaturas únicas e privilegiadas. Quem ousasse questionar a igreja era considerado pecador. Hoje em dia sabe-se, comprovado cientificamente, que a Terra gira em torno do Sol. O idealizador desta tese fora Galileu, ameaçado de morte por ter sido considerado um pecador pela igreja por ter quebrado a estrutura principal do homem no centro do Universo. -A criação instantânea da Terra: a igreja impõe ainda hoje que o planeta Terra tenha sido criado de repente. Isso é absurdo. O planeta Terra, comprovado cientificamente pelos cientistas, surgiu junto com o sistema solar, a quatro bilhões e meio de anos, sendo nada menos que o agrupamento de sobras da nebulosa (grande nuvem de gás e poeira a altíssima temperatura) que envolvia o Sol. De início a temperatura era extremamente alta em sua superfície. A água em estado de vapor, encontrada em abundância na atmosfera primitiva por causa da grande atividade dos vulcões, passou para o estado líquido, possibilitando a formação dos oceanos. -A origem instantânea das plantas e dos animais: a igreja impõe ainda hoje que as plantas e os animais tenham surgido de uma simples "ordem divina", na qual Deus criou primeiramente as plantas e logo após os animais. Mas os cientistas já mostraram que o mais provável foi que a dois bilhões de anos a vida se originou, inicialmente com o aparecimento de moléculas orgânicas muito simples. Na realidade, essas moléculas eram apenas aglomerados de matéria orgânica, formados a partir de combinações de substâncias existentes na atmosfera. Essas combinações foram provocadas pela energia dos raios ultravioletas do Sol e pelas descargas elétricas dos raios durante as tempestades, muito freqüentes nesse período. As principais moléculas orgânicas formadas nestas condições combinaram-se entre si e deram origem a outras substâncias chamadas proteínas. Muitas moléculas de proteínas foram se juntando e se transformando, dando origem aos coacervados. Depois de muitas modificações e alguns milhões de anos, os coacervados transformaram-se em seres unicelulares. A partir daí, através de adaptações ao meio, mutações e seleções naturais, enfim, através do ciclo evolutivo, tem-se toda a variedade de animais e plantas uni e pluricelulares existentes. Inclusive o homem. -A origem instantânea do ser humano: a igreja considera que o homem (Adão) tenha sido criado primeiro que a mulher (Eva), sendo o ser humano líder do mundo, o qual foi criado especialmente para ele. O ser humano para a ciência, comprovado cientificamente, fora resultado de uma grande e complexa evolução dos seres vivos, já visto na passagem anterior. O ser humano fora alvo do ciclo evolutivo, possuindo um antepassado em comum com todos os outros animais existentes. O Pliopithecus, primata parecido com o atual gibão (espécie de macaco), é considerado um ancestral em comum do homem, do chimpanzé e do gorila, sendo que ele surgiu a mais de 23 milhões de anos atrás.
  • 10. O Ramapithecus, um dos primatas primitivos mais parecidos com o homem, é considerado como o mais primitivo dos ancestrais do homem em linha direta, tendo surgido a mais de 14 milhões de anos atrás. Foi comprovado cientificamente que a Terra gira em torno do Sol e que o Universo não surgiu no mesmo dia em que a Terra. Em um discurso de 1992, o papa João Paulo II afirmava: "Desde o início da Era do Iluminismo até os nossos dias, o caso Galileu tem sido uma espécie de 'mito' em que a imagem fabricada a partir dos acontecimentos está muito distante da realidade. Nessa perspectiva, o caso Galileu simbolizava a suposta rejeição do progresso científico por parte da Igreja Católica, ou o obscurantismo 'dogmático' em oposição à livre busca da verdade. O erro dos teólogos da época, quando sustentavam a centralidade da Terra, era pensar que nossa compreensão da estrutura do mundo físico fosse de alguma forma imposta pelo sentido literal das Sagradas Escrituras." O papa afirma que a imagem que nós temos da posição da Igreja naquela época supostamente(?) rejeitava o progresso científico. Quer dizer que ela sempre orientou a livre busca da verdade, mesmo contrariando as Sagradas Escrituras? Impossível de crer. Não há dúvida, no entanto, de que o fato de a Santa Inquisição levar o idoso e enfermo Galileu para inspecionar os instrumentos de tortura nas masmorras da Igreja não só admite, como requer exatamente essa interpretação: o medo da discussão e do debate. Censurar as visões alternativas e ameaçar os seus proponentes com a tortura revela uma falta de fé na própria doutrina e nos paroquianos que estão sendo ostensivamente protegidos. Por que foram necessárias as ameaças e a prisão domiciliar de Galileu? A verdade não tem meios de se defender quando confrontada com o erro? Muitos achavam que Copérnico e Galileu não tinham boas intenções e eram corrosivos para a ordem social. Na realidade, qualquer desafio, vindo de qualquer fonte, à verdade literal da Bíblia poderia despertar tais interpretações. Não é difícil compreender que a ciência tivesse começado a deixar as pessoas nervosas. Em vez de criticar aqueles que perpetuam os mitos, o rancor público se dirigia contra os que os desacreditavam. Muitas passagens da Bíblia ainda são aceitas pelas seitas e pelos indivíduos ao pé da letra. Como indentificamos as passagens com sentido literário ou sem sentido literário? Caso admitamos a existência de erros nas Escrituras, como pode a Bíblia ser um guia infalível da ética e da moral? Será então que as seitas e os indivíduos podem aceitar como autênticas as partes da Bíblia que lhes agradam e rejeitar as incovenientes e incômodas? Mas por que desejaríamos pensar que o Universo foi feito para nós? Por que é tão atraente esta idéia? Por que a alimentamos? A nossa auto-estima é tão precária que precisa de nada menos que um Universo feito sob medida para nós? Não seria muito pouca humildade de nossa parte? Capítulo 5 Sobre os poderes da mente Durante alguns trechos do texto, o leitor pôde observar que nós, autores, acreditamos que a mente possui um poder extraordinário. E é verdade, nós cremos em tal. E a ciência também
  • 11. estuda esses fenômenos. Como estes são muito utilizados para induzir às pessoas a acreditarem numa consciência Superior(velha história: associam algo que não compreendem a Deus) , nós concluímos que deveríamos colocar algumas palavras sobre os Poderes da Mente, para que o leitor tenha acesso a um resumo das informações sobre esses poderes. As capacidades para sensibilidades psíquicas e mentais intensificadas são muitas vezes amontoadas numa única categoria, "intuição", e a elas referem-se como o sexto sentido. Discordamos desta categoria pois, na realidade, parece que existem sete sentidos psíquicos, além dos cinco normais (visão, tato, audição, olfato e gustação), e destes se vale o corpo e a mente humana para a percepção. A percepção que ocorre nestes sentidos em geral tem a denominação de "extra- sensorial". Os sete sentidos psíquicos que já foram discriminados (pode ser que existam outros mais, ainda ignorados) são: 1 - Telepatia - habilidade para comunicação com outra mente, sem o uso de quaisquer dos cinco sentidos básicos. 2 - Precognição ou captação de futuro - habilidade para perceber informações no futuro. 3 - Retrocognização ou captação de passado - habilidade para perceber acontecimentos e informações anteriores no tempo 4 - Clarividência - habilidade para perceber acontecimentos e informações distantes diretamente, sem a mediação de nenhuma outra mente ou artigo. 5 - Empatia de vibração - habilidade para desempenhar atividades sensoriais tais como adivinhação, leitura de auras, viagem astral, cura, localização de objetos perdidos. 6 - Psicometria - habilidade para tocar uma coisa qualquer e sentir seu relacionamento com pessoas, com o tempo, etc., inteiramente através do contato com este objeto. 7 - Psicocinese - habilidade para influir na natureza da matéria física sem nenhum contato físico, exclusivamente valendo-se dos poderes mentais. Gostaríamos de enfatizar nossa crença no sentido de que a concretização de habilidades psíquicas ou extra-sensoriais não é uma coisa necessariamente mágica ou mística. Ao contrário, como se dá com todas as habilidades e potencialidades humanas, estes talentos encontram-se entre os poderes amplamente não utilizados que existem dentro do corpo/mente humano normal, aguardando para serem descobertos. Acreditamos que a razão pela qual só estamos parcialmente ativos nesta região vital do corpo/mente é o fato de termos desenvolvido determinados modos de perceber, pensar, imaginar, que, embora sejam altamente funcionais, também são propensos a limitar visões e pensamentos mais ampliados. Da mesma forma como seguramente limitamos nosso âmbito de movimentação física à medida que envelhecemos e encouraçamos nossa musculatura, também limitamos nossos poderes mentais escravizando-os dentro de medos, conflitos intelectuais e crenças limitadoras.
  • 12. Capítulo 6 Faz mal não acreditar em Deus? Muitas pessoas afirmam que nós não podemos deixar de acreditar em Deus, porque o homem deve se segurar numa força superior, pois senão se verá muito frágil e não terá consolo nos momentos críticos. Afirmam que quem não acredita em Deus não é feliz. Puras ilusões. Desde quando acreditar em algo não verdadeiro(assumindo que é possível a inexistência de Deus) faz bem? Não podemos acreditar em algo só porque este nos faz bem. Aliás, é impossível que a crença em algo incorreto possa só nos trazer benefícios. Por exemplo: se pensarmos que todos os homens são "bons" e não existem assaltos, isso nos trará menos medo, mais confiança. Concordamos que tal é um benefício. Porém, por outro lado, não tomaremos medidas contra crimes, estes se proliferarão extraordinariamente rápido. Fechar os olhos à realidade nunca será o caminho certo. Continuando, nós concordamos que o homem deve procurar apoio numa "força superior". Todavia, discordamos que essa força tenha que ser Deus. Devemos procurar a explicação de tudo, pois só assim eliminaremos a fome, a miséria e as doenças do mundo. Foi assim que se descobriram a lâmpada elétrica, o telefone, a cura de doenças, a radioatividade, a circulação, os vírus e as bactérias, os avanços genéticos, entre outras maravilhas. Quanto mais nós pesquisarmos, menores serão os nossos males. Menor será o número de doenças que nos afligem. Menor será nosso sofrimento. Contudo, caro leitor, o nosso texto não provou que Deus não existe. O propósito principal foi mostrar que é impossível provar a existência Dele: em outras palavras, para a ciência, Deus não tem valor. Apesar de não ser possível provar a existência de Deus, o leitor pode perfeitamente concordar com nosso texto e crer em Deus. É uma escolha pessoal. Assim como nós, os autores, não acreditamos em Deus, cada um possui o livre arbítrio de acreditar ou não Nele. Nós só achamos que, já que não é possível mostrar a existência Dele, não há razão para acreditarmos que Ele exista. Concordamos que acreditar em Deus faz bem. Há pessoas que param de beber, fumar, roubar, matar, se prostituir somente na fé em Deus. Mas pense bem: a ciência não pode fazer as mesmas coisas, com remédios contra vícios, esclarecimentos e conhecimentos? Enfim, mesmo que o leitor não concorde com este texto, nós também tentamos incutir o leitor o propósito de questionar. Lembre-se: "Questionar é evoluir".