O documento fornece um resumo histórico e geográfico de Angola, cobrindo tópicos como: a origem dos povos bantus que se estabeleceram no país, a colonização portuguesa entre os séculos XVI-XIX, a luta pela independência e guerra civil após 1974, e detalhes atuais sobre a demografia, economia, educação e saúde.
11. O nome Angola é uma derivação
portuguesa do termo bantu
N’gola, título dos reis do
Reino do Ndongo existente na
altura em que os portugueses se
estabeleceram em Luanda no século
XVI (16).
12. O que é Batu?
Batu são agricultores e
caçadores. Sua expansão, a partir
da África Centro-Ocidental, se
deu em grupos menores, que se
relocalizaram de acordo com as
circunstâncias político-
econômicas e ecológicas.
14. Os habitantes originais de Angola
foram caçadores-colectores Khoisan,
dispersos e pouco numerosos.
A expansão dos povos Bantu,
chegando do Norte a partir do segundo
milénio, forçou os Khoisan (quando não
eram absorvidos) a recuar para o Sul
onde grupos residuais existem até hoje,
em Angola na Namíbia e no Botsuana.
15. Entre os séculos XIV e
XVII, uma série de
reinos foi estabelecida:
16. Oprincipal deles é o Reino
do Congo que abrangeu o
Noroeste da Angola de hoje e
uma faixa adjacente da
hoje República Democrática
do Congo, da República do
Congo e do Gabão.
17. Outro reino importante foi o Reino
do Ndongo, constituído naquela
altura a Sul/Sudeste do Reino do
Congo. No Nordeste da Angola
atual, mas com o seu centro no Sul
da atual República Democrática do
Congo, constituiu-se, sem contato
com os reinos atrás referidos,
o Reino da Lunda.
18. Presença colonial no litoral, séc.
XVI a XIX
A imagem a seguir é a
ilustração da rainha Nzinga em
negociações de paz com o
governador
portugês em Luanda em 1657.
19.
20. A partir do fim do século
XV, Portugal seguiu na região uma
dupla estratégia. Por um lado,
marcou continuamente presença no
Reino do Congo, por intermédio de
(sempre poucos, mas influentes)
padres cultos portugueses e
italianos) que promoveram uma
lenta cristianização e introduziram
elementos da cultura europeia.
21. . Por outro, estabeleceu em
1575 uma feitoria em
Luanda, num ponto de
fácil acesso ao mar e à
proximidade dos reinos
do Congo e de Ndongo.
22. Este território, de uma
dimensão ainda
bastante limitada,
passou mais tarde a
ser designado como
Angola.
23. 1641 e 1648 = Os holandeses
ocuparam a Angola e procuraram
estabelecer alianças com os estados
africanos da região.
1648 = Portugal retomou Luanda e
iniciou um processo de conquista
militar dos estados do Congo e
Ndongo.
1671 = A vitória dos portugueses
redundando num controle sobre
aqueles reinos.
24. 1657 = estabeleceu uma povoação perto
da actual cidade de Porto Amboim.
1617 = Porto Amboim foi transferida
para a atual Benguela que se tornou
numa segunda feitoria, independente
da de Luanda.
25. Dominação colonial e
luta anticolonial, 1926
a 1974.
A imagem a seguir
representa o escudo de
armas (1951-1975)
26.
27. Alcançada a desejada "ocupação
efectiva", Portugal - melhor dito: o
regime ditatorial entretanto
instaurado naquele país
por António de Oliveira Salazar-
concentrou-se em Angola na
consolidação do Estado colonial.
Esta meta foi atingida com alguma
eficácia.
28. 1950 = começou a articular-se uma
resistência contra a dominação colonial,
impulsionada pela descolonização que
se havia iniciado no continente
africano.
1945 = Fim da segunda guerra mundial.
1961 = . Esta resistência, que visava a
transformação da colónia de Angola em
país independente, desembocou num
combate armado contra Portugal que
teve três principais protagonistas:
29. o Movimento Popular de Libertação de
Angola (MPLA)
• A principal base desse movimento
social eram os Ambundu e a população
mestiça bem como partes da
inteligência branca, e que tinha laços
com partidos comunistas em Portugal e
países pertencente ao então Pacto de
Varsóvia;
30. Frente Nacional de Libertação de
Angola (FNLA),
•Com fortes raízes sociais entre
os Bakongo e vínculos com
o governo dos Estados Unidos e
ao regime de Mobutu Sese
Seko no Zaire, entre outros;
31. a União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA)
• socialmente enraizada
entre os Ovimbundu e
beneficiária de algum
apoio por parte
da China.
32. 1962 = o Estatuto do Indigenato e
outras disposições discriminatórias,
Portugal concedeu direitos de cidadão
a todos os habitantes de Angola que de
"colónia" passou a "província" e mais
tarde a "Estado de Angola".
1970 = hipóteses de conseguir a
independência pelas armas tornaram-se
muito fracas. Na maior parte do
território a vida continuou com a
normalidade colonial
33. 1974=aconteceu em Portugal
a Revolução dos Cravos, um golpe
militar que pôs fim à ditadura em
Portugal. Os novos detentores do poder
proclamaram de imediato a sua
intenção de permitir sem demora o
acesso das colónias portuguesas à
independência.
34. No dia 11 de novembro de 1975
foi proclamada a independência
de Angola , pelo MPLA em
Luanda, e pela FNLA e UNITA,
em conjunto no Huambo. As
forças armadas Portuguesas que
ainda permaneciam no território
regressaram a Portugal.
36. Por um lado, o MPLA - que em 1977
adoptou o marxismo-leninismo como
doutrina.
Por outro lado, iniciou-se logo depois da
declaração da independência a Guerra Civil
Angolana entre os três movimentos, uma
vez que a FNLA e, sobretudo, a UNITA não
se conformaram nem com a sua derrota
militar nem com a sua exclusão do sistema
político.
44. Angola situa-se na costa
atlântica Sul
da África Ocidental, entre
a Namíbia e o Congo.
Também faz fronteira com
a República Democrática do
Congo e a Zâmbia, a oriente.
49. O país está dividido entre uma faixa
costeira árida, que se estende desde
a Namíbia chegando praticamente
até Luanda, um planalto interior
húmido, uma savana seca no
interior sul e sudeste, e floresta
tropical no norte e em Cabinda. O
rio Zambeze e vários afluentes
do rio Congo têm as suas nascentes
em Angola.
50. A faixa costeira é temperada
pela corrente fria de Benguela,
originando um clima semelhante
ao da costa do Peru ou da Baixa
Califórnia. Existe uma estação
das chuvas curta, que vai de
Fevereiro a Abril.
51. Os Verões são quentes e secos, os
Invernos são temperados. As terras
altas do interior têm um clima
suave com uma estação das chuvas
de Novembro a Abril, seguida por
uma estação seca, mais fria, de
Maio a Outubro. As altitudes
variam bastante, encontrando-se as
zonas mais interiores entre os 1 000
e os 2 000 metros.
52. . As regiões do norte e Cabinda
têm chuvas ao longo de quase
todo o ano. A maioria dos rios de
Angola nasce no planalto do Bié,
os principais são: o Kwanza,
o Cuango, oCuando,
o Cubango e o Cunene19 .
53. Angola, apesar de se
localizar numa zona tropical,
tem um clima que não é
caracterizado para essa
região, devido à confluência
de três factores:
54. •A Corrente de
Benguela, fria, ao longo
da parte sul da costa
•O relevo no interior
•Influência do Deserto
do Namibe, a sudeste
61. Apesar da riqueza do país
em matérias-primas, grande
parte da sua população vive
em condições de pobreza
relativa .
62.
63. O VÍDEO A SEGUIR
REPRESENTA A DURA
REALIDADE DO PAÍS
DA ANGOLA
64. Indicadores demográficos
•População urbana: 57%
•Crescimento demográfico: (2005 - 2010):
2,81%
•Taxa de fecundidade (2006): 6,54
•Taxa de natalidade (2002): 46 por mil
•Taxa de mortalidade (2002): 25,8 por mil
•Taxa de mortalidade infantil (est. 2006):
131,9/mil nascidos vivos.
•Expectativa de vida: 42,7 anos.
homem: 41,2 anos
mulher: 44,3
65. Estrutura por idade (2002):
menores de 15 anos: 47,7%
de 16 a 59 anos: 47,9%
maiores de 60 anos: 4,4%
70. A imagem a seguir
representa
O actual Presidente
de Angola, José
Eduardo dos Santos
71.
72. O regime político vigente em
Angola é o presidencialismo,
em que o Presidente da
República é igualmente
chefe do Governo, que tem
ainda poderes legislativos.
73. O ramo executivo do governo é
composto pelo presidente
(actualmente José Eduardo dos
Santos), pelo vice-presidente
(Manuel Domingos Vicente,
desde 2012, quando foi
aprovada nova Constituição) e
pelo Conselho de Ministros.
77. A nível económico, Angola registrou
por um lado um forte crescimento,
por outro lado, dificuldades que o
obrigaram a solicitar o apoio
do FMI, não conseguindo travar o
surgimento de desigualdades
económicas e sociais muito
acentuadas.
78. A economia de Angola caracterizava-se, até
à década de 1970, por ser
predominantemente agrícola, sendo
o café sua principal cultura. Seguido logo
depois a cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo
de coco e amendoim. Entre as culturas
comerciais, destacavam-se o algodão,
o tabaco e a borracha. A produção
de batata, arroz, cacau e banana era
relativamente importante. Os maiores
rebanhos eram de gado bovino, caprino e
suíno.
79. Angola é rica em minerais,
especialmente diamantes, petróleo
e minério de ferro; possui também
jazidas
de cobre, manganês, fosfatos, sal,
mica,chumbo, estanho, ouro, prata
e platina.
80. As principais indústrias do território
são as de beneficiamento de
oleaginosas, cereais, carnes, algodão e
tabaco. Merece destaque, também, a
produção
de açúcar, cerveja, cimento e madeira,
além do refino de petróleo. Entre as
indústrias destacam-se as
de pneus, fertilizantes, celulose, vidro
e aço.
82. . A Saúde de Angola é classificada entre
as piores do mundo
Apenas uma pequena fração da
população recebe atenção médica ainda
rudimentar.
Em 2005, a expectativa de vida foi
estimada em apenas 38.43 anos, uma
das mais baixas do mundo.
. A incidência de tuberculose em 1999
foi 271 por 100.000 pessoas
83. Desnutrição afetado cerca de 53%
das crianças abaixo de cinco anos
de idade a partir de 1999.
A prevalência de HIV/SIDA foi
3.90 adultos em 2003.
A saúde no país está em alerta.
85. A imagem a seguir
representa algumas
Crianças estudando em
uma sala de aula em Bié,
Angola
86.
87. Enquanto na lei o ensino em Angola é
compulsório e gratuito até aos oito anos
de idade, o governo reporta que uma
percentagem significativa de crianças
não está matriculada em escolas por
causa da falta de estabelecimentos
escolares e de professores . Os
estudantes são normalmente
responsáveis por pagar despesas
adicionais relacionadas com a escola,
incluindo livros e alimentação.
88. . Os professores tendem a
receber um salário baixo,
sendo inadequadamente
formados e sobrecarregados
de trabalho (às vezes
ensinando durante dois ou
três turnos por dia).
89. . A taxa de alfabetização é muito baixa, com
67,4% da população acima dos 15 anos
que sabem ler e escrever português.
Em 2001, 82,9% dos homens e 54,2% das
mulheres estavam alfabetizados. Desde a
independência de Portugal, em 1975, uma
quantidade consideráveis de estudantes
angolanos continuaram a ir todos os anos
para escolas, instituições politécnicas e
universidades portuguesas, brasileiras,
russas e cubanas através de acordos
bilaterais.
94. Em Angola, a dança distingue
diversos géneros, significados,
formas e contextos, equilibrando
a vertente recreativa com a sua
condição de veículo de
comunicação religiosa, curativa,
ritual e mesmo de intervenção
social.
95. Depois de vários séculos de
colonização portuguesa, Angola
acabou por também sofrer misturas
com outras culturas actualmente
presentes
no Brasil, Moçambique e Cabo Verde.
Com isto, Angola hoje destaca-se pelos
mais diversos estilos musicais, tendo
como principais: o Samba, o Kuduro e
a Kizomba.
98. A culinária tradicional da
Angola é influenciada pela
portuguesa e pela
moçambicana, tendo também
recebido nos últimos anos
uma forte influência da
culinária brasileira.
99. Os ingredientes mais
comumente utilizados são
cereais cultivados a séculos
no país, entre eles sorgo,
painço e milho, além de
feijão frade, lentilha, inhame,
dinhungo ( abóbora carneira)
e quiabo.
100. O prato mais popular da Angola é
o fungi ou fuiji uma massa cozida
de farinha de milho ou de
mandioca pode acompanhar carne
ou peixe .
Outra receita tradicional é a
Muamba, que pode ser preparad
com galinha, carne seca ou peixe.
Acompanhada de quiabo ou dendê.