2. Sumário
Embriologia do sistema nervoso
Conceito do sistema nervoso
Classificação do sistema nervoso
Neuroanatomia
Fisiologia do sistema nervoso central
Referências bibliográficas
3. EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
O estudo do desenvolvimento embrionário do sistema
nervoso é importante, pois permite entender muitos
aspectos da anatomia.
ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO
Durante a evolução os primeiros neurônios surgiram na
superfície externa dos organismos, fato significante visto
a função primordial do sistema nervoso de relacionar o
animal com o meio ambiente.
4. EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Neurulação- processo envolvido na formação
da placa neural e pregas neurais e
fechamentos destas pregas para formar o
tubo neural.
A formação do tubo neural começa no início
da 4ª semana (22º a 23º dia) e termina no final
da 4ª semana, quando ocorre o fechamento
do neuróporo caudal (posterior).
5. EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Na embriologia temos três folhetos embrionários:
ENDODERME
MESODERME
ECTODERME
ECTODERME -
Camada exterior de um embrião em desenvolvimento /
camada que está em contato com o meio externo.
Camada que dá origem a epiderme e seus anexos,
encéfalo e medula espinhal.
CAMADA QUE DÁ ORIGEM AO SISTEMA NERVOSO
6. PROCESSO DE ORIGEM DO SN
1°) Espessamento do Ectoderme, formando a PLACA NEURAL
2°) A placa neural cresce, torna-se mais espessa e adquire um sulco
longitudinal denominado SULCO NEURAL
3°) O Sulco neural se aprofunda formando a GOTEIRA NEURAL
4°) Os lábios da goteira neural se fundem para formar o TUBO NEURAL.
O ectoderme não diferenciado se fecha sobre o tubo neural.
No ponto em que o ectoderme encontra os lábios da goteira neural,
desenvolvem - se células que formam de cada lado, uma lâmina longitudinal,
denominada CRISTA NEURAL.
8. PROCESSO DE ORIGEM DO SN
Día 18 → invaginação da placa neural
formando um sulco neural mediano, com as
pregas neurais de ambos lados (proeminentes
na região cefálica – primeiros sinais de
desenvolvimento do encéfalo).
Fim da terceira semana → aproximação das
pregas, que começam a fundir-se.
9. PROCESSO DE ORIGEM DO SN
CRISTA NEURAL TUBO NEURAL
Dá origem a
elementos do
Sistema Nervoso
Periférico
Dá origem a
elementos do
Sistema Nervoso
Central
10. CRISTA NEURAL
As cristas neurais são contínuas no sentido crânio-caudal.
Elas se dividem dando origem a diversos fragmentos que vão formar os
gânglios espinhais. Neles se diferenciam os neurônios sensitivos e pseudo-
unipolares.
Várias células da crista neural migram e vão dar origem a células em tecidos
situados longe do SNC.
Elementos derivados da crista neural:
Gânglios sensitivos
Gânglios do sistema nervoso autônomo
Medula da glândula supra-renal
Paragânglios
Melanócitos
Células de Schwann
Anfícitos e células C da tireóide
11. TUBO NEURAL
O fechamento da goteira neural e
concomitantemente a fusão do
ectoderme é um processo que se
inicia no meio da goteira e é mais
lento nas extremidades.
Assim, permanece nas extremidades
cranial e caudal do embrião, dois
orifícios que são as últimas partes do
Sistema Nervoso a se fecharem.
São denominados:
Neuróporo Rostral
Neuróporo Caudal
12. TUBO NEURAL - PAREDES
O crescimento das
paredes do tubo neural
não é uniforme, dando
origem às seguintes
formações:
Duas lâminas alares
Duas lâminas basais
Uma lâmina do assoalho
Uma lâmina do tecto
13. TUBO NEURAL - PAREDES
Os derivados destas formações, obedecem a uma
disposição topográfica e funcional no adulto:
LÂMINAS ALARES = Derivam neurônios e
grupos de neurônios (núcleos) ligados á
sensibilidade.
LÂMINAS BASAIS = Derivam neurônios e
grupos de neurônios (núcleos) ligados á
motricidade
14. TUBO NEURAL - PAREDES
SULCO LIMITANTE = Separa as formações motoras
das formações sensitivas. As áreas próximas a este
sulco relacionam-se com a inervação das vísceras; as
mais afastadas inervam territórios somáticos (músculos
esqueléticos e formações cutâneas).
LÂMINA DO TECTO = Em algumas áreas do SN
permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela
corióide e dos plexos corióides.
LÂMINA DO ASSOALHO = A lâmina em algumas áreas
permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco
mediano do assoalho do IV ventrículo.
15. DILATAÇÃO DO TUBO NEURAL
Desde o início de sua formação o calibre do Tubo Neural
não é uniforme.
A parte cranial que dá origem ao encéfalo do adulto
torna-se dilatada e constitui o ENCÉFALO PRIMITIVO OU
ARQUENCÉFALO.
A parte caudal que dá origem á medula do adulto
permanece de calibre uniforme e constitui a MEDULA
PRIMITIVA DO EMBRIÃO
16. Embriologia
Formação do encéfalo:
Tubo neural cefálico ao 4º par de somitos.
A fusão das pregas neurais da região cefálica e o fechamento do
neuróporo rostral formam as três vesículas encefálicas primárias,
estas formam:
encéfalo anterior (prosencéfalo)
encéfalo médio (mesencéfalo)
encéfalo posterior (rombencéfalo)
Durante a 5º semana, se dividem em vesículas secundárias:
encéfalo anterior → telencéfalo (vesículas ópticas, hemisférios cerebrais) e
diencéfalo
encéfalo médio → não se divide
- encéfalo posterior → metencéfalo e mielencéfalo (ponte, cerebelo e bulbo)
Hipófise (4º semana)
18. CAVIDADE DO TUBO NEURAL
A luz do tubo neural permanece no SN do adulto sofrendo, em
algumas partes, várias modificações.
A luz da medula primitiva forma, no adulto:
O Canal Central da Medula.
A cavidade dilatada do Rombencéfalo forma:
O IV Ventrículo;
A cavidade do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo,
forma:
O III Ventrículo.
19. CAVIDADE DO TUBO NEURAL
A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o:
Aqueduto Cerebral (Aqueduto de Sylvius) que une o III ao IV
Ventrículo
A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado:
Os ventrículos laterais, unidos ao III Ventrículo pelos dois
forames interventriculares.
Todas estas cavidades são revestidas por epitélio denominado
epêndima e com exceção do canal central da medula, contêm o
líquido cérebro-espinhal ou liquor.
20. Mielinização das fibras nervosas
Na medula, as bainhas de mielina começam a formar-se durante
o final do período fetal e continuam a formar-se durante o
primeiro ano pós-natal.
As bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas situadas
na medula, são sintetizadas por oligodendrócitos.
Nas fibras nervosas periféricas são formadas pelas células de
Schwann (originárias da crista neural)
Com 20 semanas as fibras periféricas tornam-se
esbranquiçadas, pelo depósito de mielina.
As raízes motoras mielinizam-se antes das sensitivas.
21. Formação da medula espinhal
Espessamento das paredes do tubo neural na região
caudal ao 4º par de somitos.
O canal neural do tubo neural converte-se no sistema
de ventrículos do encéfalo e no canal central da
medula espinhal.
As células neuroepiteliais constituem a zona
ventricular (camada ependimária) que dá origem aos
neurônios e células macrogliais. Posteriormente, se
diferenciam em células ependimárias e formam o
epêndima que reveste o canal central da medula.
22. Formação das meninges da
medula espinhal
O mesênquima que envolve o tubo neural se condensa formando
uma membrana chamada meninge (membrana) primitiva:
A camada externa se espessa, formando a dura-máter.
A camada interna permanece delgada e forma as leptomeninges.
Células da crista neural se misturam às leptomeninges. Dentro
das leptomeninges aparecem espaços cheios de líquido que
coalescem e formam o espaço subaracnóide.
O LCR começa a formar-se durante a quinta semana.
23. Conceito
Sistema Nervoso:
É um conjunto de órgão responsáveis
pela coordenação e integração dos
demais sistema orgânicos, relacionado o
organismo com as variações do meio
externo e controlando o funcionamento
visceral.
24. FUNÇÕES BÁSICAS
Função Integradora => Coordenação das funções do
vários órgãos (↑Pressão arterial→↑Filtração Renal e
↓Freq. Respirat.)
Função Sensorial => Sensações gerais e especiais.
Função Motora => Contrações musculares
voluntárias ou Involuntárias
Função Adaptativa => Adaptação ao meio ambiente
(sudorese, calafrio, salivação)
25. Vascularizacação cerebral
O sistema nervoso exige para o seu
metabolismo um suprimento permanente e
elevado de glicose e oxigénio.
A interrupção do suprimento sanguineo
cerebral por poucos minutos pode levar a
lesões irreversiveis pois como se sabe as
celulas nervosas nao se regeneram.
O encefalo é vascularizado por dois
sistemas: vertebro-basilar (artérias
vertebrais) (100-200 ml/min), e carotideo
( art. Carotida interna) (600-700ml/min)
Na base do cranio estas formam o
polígono de willis de onde saem as
artérias cerebrais
28. Drenagem venosa
Drenagem venosa é dividida em: sistema venoso superficial e sistema venoso
profundo, que drenam para os seios da dura máter de onde o sangue converge para
as veias jugulares internas.
29. 29
Unidade básica do sistema nervoso
Apresenta:
=> corpo celular
=> prolongamentos celulares:
a. dendritos: prolongamentos curtos
b. axônio (fibra nervosa)
NEURÔNIOS
30. Existem algumas diferenças entre
Axônios e Dendritos
Axônios
Leva informação do
corpo celular
Superfície lisa
Normalmente apenas 1
por célula
Sem ribossomos
Pode ser recobertos
com mielina
Ramifica longe do corpo
celular
Dendritos
Traz informação para o
corpo celular
Superfície irregular
(espinhas dendríticas)
Muitos dendritos por
célula
Tem ribossomos
Sem recobrimento de
mielina
Ramificam perto do
corpo celular
32. 32
BAINHA DE MIELINA
Bainha de mielina: é uma membrana
de tecido gorduroso que envolve as
fibras nervosas agindo como meio
isolante térmico e facilita a
transmissão do impulso nervoso. (120
m/s).
Bainha de mielina
33. Corpo celular – núcleo e
maioria das organelas
citoplasmáticas
Dendritos –
ramificações do
corpo celular.
Função: captar
estímulos
Axônio – maior prolongamento. Presença de
vesículas com neurotransmissores na porção
terminal
Bainha de Mielina
– células de
Schwann que se
enrolam no axônio.
Isolante elétrico
Nódulo de
Ranvier –
regiões do axônio
não recobertas
por bainha
34. NEURÔNIO- classificação
A
unipolar (n. Sensitivos)
bipolar (n.
sensitivos)
multipolar (n. Motores)
Quanto à posição:
NEURÔNIO AFERENTE:
Conduz o impulso nervoso do receptor
para o SNC.
Responsável por levar informações da
superfície do corpo para o interior.
Relaciona o meio interno com o meio
externo.
NEURÔNIO EFERENTE:
Conduz o impulso nervoso do SNC ao
efetuador (músculo ou glândula).
NEURÔNIO DE ASSOCIAÇÃO:
Faz a união entre os dois tipos anteriores.
O corpo celular deste está sempre dentro
do SNC.
Quanto à anatomia:
35. 35
Quanto à velocidade de condução
TIPO A => Grande calibre mielinizadas:
Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos
Beta => mecanorreceptores da pele (Tato)
Gama => dor e frio
TIPO B => Médio calibre - pré-ganglionares do SNA.
TIPO C => Pequeno calibre - pós-ganglionares do SNA.
NEURÔNIOS- classificação
Quanto maior o calibre → Maior a velocidade de condução
36. 36
• São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo
a principal função a Nutrição.
• Não produzem potencial de ação.
ASTRÓCITOS ....................... Nutrição e metabolismo
MACRÓGLIA
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS ........Revestimento dos
Ventrículos cerebrais e do canal espinhal
OLIGODENDRÓLIA .................. Síntese de mielina
MICRÓGLIA
HORTEGÁGLIA .................. Células de limpeza
CÉLULAS DA GLIA
38. 38
São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células efetoras
(Músculo ou Glândula).
SINAPSES
39. 39
QUANTO A LOCALIZAÇÃO.
• CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal
• PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras
QUANTO A FUNÇÃO
• EXCITATÓRIAS
• INIBITÓRIAS
QUANTO AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS
• AXO-SOMÁTICA
• AXO-DENDRÍTICA
• AXO-AXÔNICA
• DENDRO-DENDRÍTICAS
• AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA
SINAPSES
40. 40
São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses,
de natureza química variada, que ao serem liberadas pela fibra
pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra
pós-sináptica.
CLASSE I .......... Acetil colina
Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares)
CLASSE II .....................................Adrenalina (medula da adrenal e cérebro)
Dopamina
Serotonina
(TIROSINA →DOPA→ DOPAMINA →NORADRENALINA→ ADRENALINA)
GABA
CLASSE III ...............AMINOÁCIDOS Glicina
Glutamato
CLASSE IV ............................ PEPTÍDEOS HIPOTALÂMICOS, HIPOFISÁRIOS, DE
AÇÃO INTESTINAL E CEREBRAL e OUTROS
NEUROTRANSMISSORES
41. 41
EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA
POTENCIAL DE REPOUSO
é o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa.
é o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro contra os
seus gradientes de concentração
-75 mV
42. 42
EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA
POTENCIAL DE AÇÃO
DESPOLARIZAÇÃO
REPOLARIZAÇÃO
HIPERPOLARIZAÇÃO
44. Condução do impulso nervoso
Sentido: dendrito corpo celular
axônio
Estado de repouso: neurônio polarizado
Alta [ ] de Na+ e baixa [ ] de k+ no meio extracelular
Baixa [ ] de Na+ e alta [ ] de k+ dentro do axônio
Na+
K+
45. Condução do impulso nervoso
Na presença de estímulo – despolarização da membrana,
aumento de permeabilidade da membrana pelo Na+ e entrada deste
no axônio
Na+
K+
- - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - -
+ + + + + + + + - - - - - - - - - - + + + + + +
+ + + + + + + + - - - - - - - - - - + + + + + +
47. Condução do impulso nervoso
Bomba de Na+ e K+: restabelece as concentrações de Na+ e K+
dentro e fora do axônio após a passagem do impulso – transporte
ativo
Alta [ ] de Na+ e baixa [ ] de k+ no meio extracelular
Baixa [ ] de Na+ e alta [ ] de k+ dentro do axônio
Na+
K+
48. Tipos de condução
Contínua: o impulso passa por toda
extensão do axônio. Ocorre em
neurônios sem bainha de mielina e é
mais lenta.
Saltatória: ocorre em neurônios com
bainha de mielina, há despolarização da
membrana apenas nos nódulos de
Ranvier. É mais rápida
50. Neurotransmissores estão
presentes em vesículas na
terminação do axônio.
Chegada do impulso na
terminação resulta na liberação
dos neurotransmissores na
fenda sináptica
Os neurotransmissores
atingem o outro neurônio
desencadeando impulso
nervoso
Condução do impulso
51. Cérebro
Encéfalo Cerebelo Bulbo ou med oblonga
Tronco encefálico Ponte
Mesencéfalo
SNC
Medula espinhal
SN Cranianos
Nervos
Espinhais
SNP Terminações nervosas
Sensitivos
Gânglios
Motores viscerais
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO-CRITÉRIO ANATÔMICO
52. DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO:
Critério morfológico:
Sistema Nervoso Central (SNC):
É a parte do sistema nervoso situado dentro da caixa craniana e no
canal vertebral.
Analisa as informações, armazena sob a forma de memória,
elabora padrões de resposta ou gera respostas espontâneas.
Sistema Nervoso Periférico (SNP):
É aparte do sistema nervoso situada fora da caixa craniana e do
canal vertebral interligando o SNC a todas as regiões do corpo
53. DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
Critério Funcional:
Sistema Nervoso Somático (SNS)
Relacionado com as variações do meio
externo.
Sistema Nervoso Visceral (SNV)
Relacionado com as variações do meio
interno.
54. Estrutura e constituição do SNC
Substância cinzenta : áreas contendo os
corpo celulares (neurônios)
Substância branca: áreas contendo as fibras
nervosas envolvidas por bainha de mielina
55. Cavidades do SNC
Canal ependimário
(medula espinhal)
Ventrículos encefálicos:
Dois ventrículos
laterais
III ventrículo
(diencéfalo)
aqueduto cerebral
(mesencéfalo)
IV ventrículo (ponte e
bulbo)
Giros e sulcos
Corpo caloso
Septo pelúcido
Fórnix
57. Envoltórios do SNC (Meninges)
São membranas conjuntivas que envolvem e
protegem o SNC dentro das caixas ósseas.
Dura-máter: ( mais externa e forma um saco
fechado)
espinhal (l folheto)
encefálica (2 folheto)
Aracnóide (média)
Pia-máter (mais interna e responsável pela
forma do SNC)
58. Envoltórios do SNC (Meninges)
Espaços:
Epidural ( entre dura-mater e o osso –
contem veias)
Sub-dural (entre a dura-mater e
aracnoide - virtual)
Sub-aracnoídeo: contém o líquido
cefalorraquidiano (LCR)
59.
60. Líquido cefalorraquidiano (LCR)
Liquido incolor, inodoro, insípido de origem
plasmática produzido nos ventrículo encefálico
que circula no espaço sub-aracnoídeo
protegendo o SNC.
Volume circulante: 150 ml
Volume produzido diariamente: 500 ml
Circulação: ventrículos encefálico – espaço
subaracnoídeo – granulações aracnoídeas -
seios da dura-máter
61.
62. Medula espinhal:
É uma massa nervosa com forma cilíndrica.
Liga o encéfalo aos nervos espinhais
Relacionada com os atos reflexos – respostas rápidas sem
participação do encéfalo.
Inicia-se no bulbo próximo a origem aparente do nervo hipoglosso (XII
par) e a origem do I par de nervos espinhais (C1).
Apresenta duas dilatações:
Intumescência cervical: (C5 a T3) é maior; onde saem os nervos
que formam o plexo braquial.
Intumescência lombar:Intumescência lombar: (L4 a S3) onde saem os nervos que
formam o plexo lombo-sacral.
63. Medula espinhal
Seu termino ocorre (T12, L1 ou
L2) em forma de cone
denominado cone medular
Cauda eqüina: são as raízes dos
últimos nervos espinhais.
Funções:
Reflexos do pescoço para baixo;
DELA IRRADIAM –SE 31 PARES
DE NERVOS ESPINHAIS
Passagem de informações
sensitivas (chegam ao córtex) e
ordens motoras da parte somática
para comandar o corpo.
64. Cérebro
Parte mais desenvolvida do encéfalo
Relacionado com o pensamento, memória, fala, inteligência, sentidos,
emoções.
Hemisfério direito: criatividade e habilidades artísticas
Hemisfério esquerdo: habilidades analíticas e matemáticas
65. Cérebro
Compreende os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo.
São separados por uma fissura longitudinal do cérebro, cujo
assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais,
o corpo caloso.
A superfície do cérebro apresenta várias saliências
arredondadas denominadas giros separados por sulcos.
Todavia, os locais de deteminadas fissuras e sulcos são
constantes o suficiente para servirem de pontos de
referência através dos quais cada hemisfério pode ser
dividido em lobos: frontal, parietal, temporal e occipital e
lobo da insula.
66. Cérebro
Sulco longitudinal do cérebro é
uma depressão profunda que se
estende até o corpo caloso, na
região central do cérebro. Ela se
dirige anterior e posteriormente,
dividindo o cérebro em hemisférico
direito e esquerdo.
Dois giros se situam paralelamente
ao sulco central: um anterior a ele,
o giro pré-cental (Área motora) e
outro posterior, o giro pós-central
(Área Sensitiva)
69. CÉREBRO- Corte Sagital
CORPO CALOSO
HIPÓFISE
HIPOTÁLAMO
TÁLAMO
PONTE
MEDULA
CEREBELO
Em coordenação regulam várias
atividades do corpo
O hipotálamo detecta alterações no
corpo, libera neurotransmissores que
atuam na hipófise que produz
hormônios
70. Tronco cerebral
http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp#divisao
Situação: Na frente do cerebelo
apoiado na parte basilar do osso
occipital; está preso ao cerebelo por
três pares de pedúnculos (feixes de
fibras).
São eles:
Pedúnculo cerebelar
inferior (bulbo ao cerebelo),
Pedúnculo cerebelar médio
(ponte ao cerebelo),
Pedúnculo cerebelar
superior (mesencéfalo ao
cerebelo).
71. Tronco cerebral- Medula oblonga
Pirâmides: elevações na região anterior do bulbo
formada por fibras descendentes (motricidade
voluntária).
Decussação das pirâmides: 75% a 90% das fibras que
descem pelas pirâmides, cruzam o lado oposto
(explicando o comando oposto dos lados).
Olivas: na face lateral do bulbo; é a substância cinzenta;
os neurônios são envolvidos com atividade motora
repetitiva (motricidade involuntária).
72. Tronco cerebral- Medula oblonga
Origina 5 nervos cranianos
VIII (vestibulococlear)
IX (glossofaríngeo)
X (vago)
XI (acessório)
XII (hipoglosso)
Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as
funções autônomas:
Frequencia cardíaca (centro cárdio inibitório)
Frequencia respiratoria (centro respiratório)
Pressão arterial (centro vasomotor)
Reflexos de salivação,
Tosse
Espirro
Ato de engolir.
73.
74. Tronco cerebral- PONTE
Formada por inúmeras fibras de disposição transversal;
Sulco basilar (depressão no meio da ponte, onde
repousa a artéria basilar);
Local de emergência dos nervos
V (trigêmeo)
VI (abducente)
VII (facial)
75. Tronco cerebral- MESENCÉFALO
Feixes de fibras que ligam o
córtex a centros subcorticais
(abaixo do córtex);
Possui o pedúnculo cerebral
É um centro importante para os
movimentos do olho e audição
com virada da cabeça.
Com fibras ascendentes e
descendentes de tratos.
Local de emergência dos nervos
cranianos III oculomotor e IV
troclear
76. Tronco cerebral
Funções: (resumo)
localizado o centro
respiratório, o vasomotor,
centro do vômito;
Controla o nosso sentido de
alerta;
Passagem de inúmeras
fibras ascendentes.
Conexão com 10 pares de
nervos cranianos
77. Cerebelo
Situação: posteriormente ao tronco cerebral, repousa na fossa craniana posterior, dentro
da fossa cerebelar.
Constituição:
Vermis: estrutura ímpar central mediana;
Movimentos do pescoço, ombro, quadril
Dois hemisférios cerebelares (direito e esquerdo).
Movimentos do MMSS e MMII
78. Cerebelo
Funções:
Controle motor (indireto): tônus muscular,
postura, coordenação motora, equilíbrio,
marcha, aprendizagem motora repetitiva;
Função sensorial é inconsciente
O control é homolateral
Mantém a ordem do córtex.
Assume todo movimento que precisa ser
mantido após iniciado
Movimento de partida = córtex
Movimento automatizado =
cerebelo (não gera, mantém)
79. Diencéfalo
Situado entre o mesencéfalo e o
telencéfalo.
Divisão:
Tálamo:
Hipotálamo:
Epitálamo:
Subtálamo:
80. Diencéfalo
Tálamo
•Localizado Superior e anteriormente;
•Duas massas ovóides de substância
cinzenta;
Funcoes:
•Sensibilidade
•Motricidade: núcleos ventrais
anterior e lateral: pálido, cerebelo
corticais
•Comportamento emocional:
núcleos anteriores e dorso medial
81. Diencéfalo
Hipotálamo
Inferior e anterior;
É o centro de controle do SNA,
Faz parte do sistema límbico (emoções);
possui a hipófise, que é dividida em
adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise
(posterior).
Controle da atividade visceral –
homeostase do meio interno (controle do
SNA, temperatura corporal, emoções,
sono, vigília, fome, sede, diurese)
82. Diencéfalo
Epitálamo: superior e posterior;
produz hormônio (melatonina) que
age sobre o ritmo circadiano
(relógio biológico), e influenciada
pela luz, inibe a maturação das
gônadas – Glândula pineal, e
contém os Núcleos habenulares
Subtálamo: área de transição
entre o mesencéfalo e o diencéfalo
(possui núcleos motores). Controle
da atividade motora subconsciente.
83. Sistema límbico
Estrutura
Componentes corticais
Giro do cíngulo, giro parahipocampal, hipocampo
Componentes subcorticais
Corpo amigdalóide, área septal, nucleos mamilares,
núcleos anteriores do tálamo e habenulares
Funções
Controle de emoções
Regulação do SNA
Organização memória e aprendizagem
87. 87
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R
São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no
funcionamento do neurônio motor inferior
N E U R O N I O M O T O R I N F E R I O R
É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no
SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para
fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas.
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R vs I N F E R I O R
88. 88
Eles se dividem em 3 subgrupos
O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a medula
espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior.
PIRAMIDAL
Desencadeamento do movimento voluntário, hábil, aprendido
EXTRAPIRAMIDAL
Sua maior importância é Iniciar o tônus muscular extensor postural, antigravitacional subconsciente.
CEREBELO
Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um
objeto. Coordena os movimentos iniciados pelos dois subgrupos anteriores. Ele compara o movimento pretendido
com o movimento real e os ajusta.
Permite o planejamento e a execução dos movimentos
É responsável pela manutenção da postura, coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R
PIRAMIDAL
EXTRAPIRAMIDAL
CEREBELO
89. 89
•TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a
medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores
espinhais.
-TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo
influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os
músculos da cabeça.
-TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex
cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex
cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral
para que este faça os ajustes necessários.
***lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a
área lesada (Hemiparesia)
S I S T E M A P I R A M I D A L
90. 90
-TRATO RETICULO ESPINHAL - inicia na formacao reticular localizada na
medula oblonga medial, na ponte e mesencéfalo.
- TRATO VESTIBULO-ESPINHAL - começa no núcleo vestibular do Bulbo.
OBS* Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna
vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional.
-TRATO TECTO-ESPINHAL - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo
superior) e termina na medula cervical.
É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a
observação de um objeto em movimento.
- TRATO RUBRO ESPINHAL - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem
sua função bem estabelecida mas influencia neurônios motores inferiores para os
músculos mais distais.
S I S T E M A E X T R A P I R A M I D A L
91. 91
Pode ser dividido em 3 Partes:
VESTIBULOCEREBELO OU ARQUICEREBELO - ajuda a
coordenar o equilíbrio e os movimentos oculares
ESPINOCEREBELO OU PALEOCEREBELO - ajuda a
coordenar o movimento estereotipado (locomoção e reações
posturais) e o tonus muscular.
CEREBROCEREBELO OU NEOCEREBELO - ajuda a
coordenar a programação de movimentos dos membros, estando
relacionado com os movimentos não estereotipados como
aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos.
N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R- C E R E B E L O
92. Formação reticular
É um conjunto de células e
fibras nervosas que possuem
características próprias, de
agregação difusa, e que
ocupam toda região central do
tronco encefálico, do bulbo ao
mesencéfalo.
É um importante centro de
integração do sistema
sensitivo – motor e de
percepção.
93. Núcleos da formação reticular
São núcleos de neurônios de tamanhos e
tipos diferentes, separados por uma rede
de fibras nervosas dispostas em direções
quase totalmente localizadas na parte
central do tronco encefálico .
1. Núcleos da Rafe
2. Locus Ceruleus
3. Substância cinzenta periaquedutal
4. Área tegmentar ventral
94. Características dos núcleos da formação reticular
Núcleos da Rafe: conjunto de oito núcleos contendo neurônios
ricos em serotonina . É o principal desencadeador do sono .
Locus Ceruleus: é um núcleo pontino situado logo abaixo da área
de mesmo nome no assoalho do IV ventrículo . Apresenta células
ricas em noradrenalina. É responsável pelo sono REM.
Substância cinzenta periaquedutal ( central ): corresponde a
substância cinzenta que circunda o arqueduto cerebral e é
importante na regulação da dor
.
Área tegmentar ventral: situada na parte ventral do tegmento do
mesencéfalo, medialmente à substância negra, contém neurônios
ricos em dopamina .
95. Funções dos núcleos da formação reticular
A formação reticular influencia quase todos
os setores do SNC.
Controle da atividade eletro-cortical (sono e
vigília)
Sistema Reticular Ativador Ascendente
(SARA) : projeta-se no córtex cerebral e sobre
ele tem uma função ativadora, mantendo e
controlando a vigília . *Regulação do
Sono
96. Controle da motricidade somática
Controle Neuroendócrino (hipófise)
Integração de reflexos (centro
respiratório e vaso motor)
*Reflexo do vômito
*Reflexo respiratório
*Reflexo vasomotor
Funções dos núcleos da formação reticular
97. Referencias bibliográficas
GUYTON & HALL, Tratado de fisiologia
Médica, 11ª edição, Rio de Janeiro, Elsevier,
2006. cap 45. pág
Moore KL, Persaud TVN. Embriologia Básica.
7ª ed. Saunders – Elsevier; 2008
NETTER, Frank H, Atlas de anatomia
Humana, 3ª edição, Porto Alegre, Artmed,
2003