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Anatomia e funcão do Cerebelo
Onésimo Rafael
Napere
Sistema nervoso
TMG23, Maio de 2023
Objecticos
 Definição
 Localização anatómica
 Divisão em lóbulos
 Divisão em camadas
 Funções
Sinais de lesão cerebelar
 Definição da epilepsia
 Etiologia da epilepsia
 Classificação da
epilepsia
 Quadro clinico e
diagnostico
Complicações
Cerebelo
O cerebelo é um órgão do sistema
nervoso suprasegmentar que deriva da
parte dorsal do metencéfalo e fica situado
dorsalmente ao bulbo e à ponte,
contribuindo para a formação do tecto do
IV ventrículo.
O cerebelo é um
órgão do sistema
nervoso
suprasegmentar
que deriva da
parte dorsal do
metencéfalo e
fica situado
dorsalmente ao
bulbo e à ponte,
contribuindo para
a formação do
tecto do IV
ventrículo
Localização anatómica
Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está
separado do lobo occipital do cérebro por uma prega
da dura-máter denominada tenda do cerebelo.
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar
inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos
cerebelares médio e superior, respectivamente.
Os hemisférios cerebelares, direito e esquerdo se
conectam ao tronco encefálico através de três projecções
que são os pedúnculos cerebelares superiores, médios e
inferiores.
 Os pedúnculos cerebelares superiores se ligam ao
mesencéfalo, os pedúnculos cerebelares médios se
conectam a ponte e os pedúnculos cerebelares inferiores
estão ligados ao bulbo.
O cerebelo é constituído de um centro de substância
branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradiam as
lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por
uma fina camada de substância cinzenta, o córtex
cerebelar.
 A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direcção
predominantemente transversal, que delimitam lâminas
finas denominadas folhas do cerebelo, existem também
sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que
delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias
folhas.
O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que
dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, receberam
o nome de árvore da vida
 No interior do corpo medular existem quatro pares de
núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais
do cerebelo:
 Núcleo denteado;
 Núcleo emboliforme;
 Núcleo globoso;
 Núcleo fastigial
 O núcleo denteado é o maior dos núcleos centrais do
cerebelo assemelha-se ao núcleo olivar inferior e
localiza-se mais lateralmente, em relação com o ponto
mais alto do teto do IV ventriculo,
 O núcleo fastigial localiza-se próximo ao plano
mediano, entre os núcleos fastigial e denteado
localizam-se os núcleos globoso e emboliforme. Esses
dois núcleos são bastante semelhantes do ponto de vista
funcional e estrutural, sendo frequentemente agrupados
sob o nome de núcleo interpósito.
camadas
Da superfície para o interior do órgão, distinguem-se as
seguintes camadas:
1. Camada molecular;
2. Camadas de células de Purkinje;
3. Camada granular
CAMADA MOLECULAR
 Formada principalmente por fibras de direcção paralela
e contém dois tipos de neurónios, as células estreladas e
as células em cesto que são assim denominadas por
apresentarem sinapses axónio-somática dispostas em
torno do corpo das células de Purkinje à maneira de um
cesto
CAMADA DE CELULAS DE PURKINJE
 Formada por uma fileira de células de Purkinje. Os
elementos mais importantes do cerebelo. As células de
Purkinje, piriformes e grandes, são dotadas de dendritos
que se ramificam na camada molecular e um axónio que
sai em direcção oposta terminando nos núcleos centrais
do cerebelo, onde exercem acção inibitória. Esses
axónios constituem as únicas fibras eferentes do córtex
do cerebelo
CAMADA GLANDULAR
 Constituída principalmente pelas células granulares ou
grânulos do cerebelo, extremamente numerosas, têm
vários dendritos com um axónio que atravessa a camada
das células de Purkinje e, ao atingir a camada molecular,
bifurca-se em T. Os ramos resultantes dessa bifurcação
constituem as chamados fibras paralelas, que se
dispõem paralelamente ao eixo da tolha cerebelar
 Essas fibras estabelecem sinapses com os dendritos das
células de Purkinje disposta ao longo do eixo da folha
cerebelar, lembrando a disposição dos fios nos postes
telegráficos. Desse modo, cada célula granular faz
sinapse com um grande número de células de Purkinje.
 Na camada granular existe ainda um outro tipo de
neurónio, as células de Golgi, com ramificações muito
amplas. Essas células, entretanto, são menos numerosas
que as granulares.
 Dos núcleos centrais saem as fibras eferentes do
cerebelo e neles chegam os axónios das células de
Purkinje. Cada núcleo recebe os axónios das células de
Purkinje originadas em partes específicas da superfície
cerebelar.
 O corpo medular do cerebelo é consumido de substância
branca e formado por fibras mielínicas, que são
principalmente as seguintes:
 Fibras aferentes ao cerebelo que penetram pelos
pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex, onde
perdem a bainha de mielina;
 Fibras formadas pelos axónios das células de Purkinje
que dirigem-se aos núcleos centrais e, ao sair do córtex,
tornam-se mielínicas.
Funções do cerebelo
As principais funções do cerebelo são
 Manutenção do equilíbrio e da postura;
 Controle do tónus muscular;
 Controle dos movimentos voluntários;
 Aprendizagem motora.
Manutenção do equilíbrio e da postura
 Essas funções se fazem basicamente pelo arquicerebelo e
pela zona medial (vermis), que promovem a contração
adequada dos músculos axiais e proximais dos membros, de
modo a manter o equilíbrio e a postura normal, mesmo nas
condições em que o corpo se desloca. A influência do
cerebelo é transmitida aos neurônios motores pelos tractos
vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal.
CONTROLE DO TONUS MUSCULAR
 Um dos sintomas da decerebelização é a perda do tônus
muscular, que pode ser obtida também por lesão dos
núcleos centrais. Os s núcleos em especial o denteado e
interpósito , mantêm mesmo na ausência de
movimento, um certo nível de atividade espontânea.
Essa atividade, agindo sobre os neurónios motores via
tractos córtico-espinhal e rubro-espinhal, é importante
para a manutenção do tónus.
Aprendizagem motora
 Quando executamos uma mesma actividade motora várias vezes, ela passa a
ser feita de maneira cada vez mais rápida e com menos erros.
 O sistema nervoso aprende a executar as tarefas motoras repetitivas, o que
provavelmente envolve modificações mais ou menos estáveis em circuitos
nervosos. Admite-se que o cerebelo participa desse processo através das fibras
olivo-cerebelares, que chegam ao córtex cerebelar como fibras trepadeiras e
fazem sinapses directamente com as células de Purkinje. Há evidência de que
essas fibras podem modular a excitabilidade das células de Purkinje, em
resposta aos impulsos que elas recebem do sistema de fibras musgosas e
paralelas.
Lesões Cerebelares
 A destruição de pequenas partes do córtex cerebelar
lateral, desde que mantidos os núcleos cerebelares
profundos intactos, quase nunca causa anormalidades
detectáveis da função motora, desde que todos os
movimentos sejam realizados lentamente, pois as partes
restantes do sistema de controlo motor são capazes de
compensar, em grande medida, a perda de algumas
partes do cerebelo.
 Para causar disfunção grave e contínua do cerebelo, a
lesão cerebelar, em geral, precisará envolver um ou
mais dos núcleos cerebelares profundos: o denteado, o
interpósito ou o fastígio. Estas lesões têm como
sintomatologia uma grave ataxia, ou seja, falta de
coordenação dos movimentos voluntários decorrentes
de erros na força, extensão e direcção do movimento
 Portanto, os movimentos usualmente passam da
marca pretendida, depois, a parte consciente do
cérebro compensa, de modo excessivo na direcção
oposta para o movimento compensatório que se
sucede. Esse efeito é chamado dismetria, e resulta
em movimentos sem ordenação, chamados ataxia
 Ataxia
São movimentos sem coordenação. A marcha atáxica é
vacilante e o paciente abre as pernas para aumentar
sua base de equilíbrio. Esse é um dos principais
sintomas de doença cerebelar.
 Dismetria
É a falta do controle da amplitude do movimento, ou
seja, ocorre a ausência de previsão para até onde o
movimento irá.
 A dismetria e a ataxia também podem resultar de lesões
nos tratos espinocerebelares, pois as informações de
feedback das partes do corpo que se movimentam para o
cerebelo são essenciais para a programação do término
de movimento do cerebelo.
Epilepsia
 Epilepsia é uma afecção crónica do sistema nervoso de
etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas,
devidas a uma carga excessiva dos neurónios cerebrais,
associada eventualmente a diversas como convulsões.
 A crise epiléptica é uma perturbação de funcionamento
do cérebro, temporária e reversível, que produz
manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas
ou neurovegetativas, mas sem febre.
ETIOLOGIA
 A epilepsia pode ter etiologia idiopática, ou pode ser
secundária a anomalias dos canais iónicos ou lesões
específicas do cérebro (infecções, traumatismos,
tumores, distúrbios metabólicos e hidroelectrolíticos,
doenças degenerativas, doenças vasculares ).
CLASSIFICACAO
QUADRO CLINICO
 Paragens bruscas da actividade;
 Perda de consciência e Quedas;
 Convulsões e contrações musculares;
 Movimentos automáticos e despropositados (vestir ou
despir, caminhar, mastigar ou engolir);
 Contracções simples e repetitivas de um dos membros
(braço, perna) ou da face.
CRISE GENERALIZADA
 Tónico-Clónica (Grande Mal)
 É caracterizada por queda súbita (com ou sem grito),
enrijecimento muscular seguido de convulsões,
paragem da respiração, possível perda de urina e/ou
mordedura da língua, todo este episódio durante
menos de 5 minutos após o qual reaparece a
respiração e ocorre uma possível confusão e/ou
fadiga antes do retorno à normalidade
 Crise de Ausência (Pequeno Mal)
 É caracterizada por episódios breves (3 a 30
segundos) de paralisia e desatenção que podem até
passar despercebidos pelas outras pessoas. A
recuperação é rápida mas os episódios são
acompanhados por perda da consciência.
 Crise Mioclónica
 É caracterizada por contracções musculares súbitas e
maciças atingindo todo o corpo ou partes do mesmo.
O doente pode atirar o que tiver nas mãos ou cair de
uma cadeira.
 Crise Atónica
 É caracterizada por queda súbita, sem perda de
consciência. Dura cerca de 10 a 60 segundos; depois
o doente pode pôr-se de pé e andar.
CRISE PARCIAL SIMPLES
 É caracterizada por convulsões limitadas a uma área
do corpo, mas que podem estender-se a outras áreas,
sem haver perda de consciência. Podem generalizar-
se e provocar uma crise de grande mal.
 Sensação de formigueiros ou picada percorrendo
uma ou mais áreas corporais. Visualização ou
audição de coisas ou sons que não estão presentes.
Sensação inexplicável de medo ou prazer. Cheiros ou
gostos desagradáveis, sem que haja nada que os
provoque. Sensação "esquisita" no estômago.
 Crise Parcial Complexa
 É caracterizada por súbito enrijecimento muscular
seguido de movimentos mastigatórios e
automatismos, constando de gestos desajeitados de
mexer na roupa, agarrar ou manusear objectos,
despir-se.
 O Doente pode deambular ou pode resistir quando
agarrado. O episódio dura alguns minutos e após a
crise pode-se estabelecer confusão no doente que
pode ser longa e acompanhada por perda de
consciência
 Estado de Mal Epiléptico
 É uma situação em que as convulsões se seguem
umas às outras sem haver, entre elas, recuperação da
consciência. Necessita de hospitalização e
tratamento médico imediato, pois pode ser mortal ou
provocar lesões cerebrais graves
COMPLICACOES
 Aspiração de secrecções ou conteúdo oral com
subsequente sufoco e morte;
 Quedas de grandes alturas;
 Afogamento e queimaduras;
 lesões cerebrais;
 Transtornos mentais;
 Depressão e psicose.
EXAMES AUXILIARES E DIAGNOSTICO
 Suspeitar se de epilepsia se as convulsões são
recorrentes, sem febre, sem sinais de doença
sistémica.
Electroencefalograma
Tomografia Computadorizada
Ressonância Magnética.
DUVIDAS

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Anatomia e funções do cerebelo

  • 1. Anatomia e funcão do Cerebelo Onésimo Rafael Napere Sistema nervoso TMG23, Maio de 2023
  • 2. Objecticos  Definição  Localização anatómica  Divisão em lóbulos  Divisão em camadas  Funções Sinais de lesão cerebelar  Definição da epilepsia  Etiologia da epilepsia  Classificação da epilepsia  Quadro clinico e diagnostico Complicações
  • 3. Cerebelo O cerebelo é um órgão do sistema nervoso suprasegmentar que deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo.
  • 4. O cerebelo é um órgão do sistema nervoso suprasegmentar que deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo
  • 5. Localização anatómica Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital do cérebro por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente.
  • 6.
  • 7. Os hemisférios cerebelares, direito e esquerdo se conectam ao tronco encefálico através de três projecções que são os pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores.
  • 8.  Os pedúnculos cerebelares superiores se ligam ao mesencéfalo, os pedúnculos cerebelares médios se conectam a ponte e os pedúnculos cerebelares inferiores estão ligados ao bulbo.
  • 9.
  • 10. O cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar.
  • 11.  A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direcção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas folhas do cerebelo, existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas.
  • 12. O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, receberam o nome de árvore da vida
  • 13.
  • 14.  No interior do corpo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo:  Núcleo denteado;  Núcleo emboliforme;  Núcleo globoso;  Núcleo fastigial
  • 15.  O núcleo denteado é o maior dos núcleos centrais do cerebelo assemelha-se ao núcleo olivar inferior e localiza-se mais lateralmente, em relação com o ponto mais alto do teto do IV ventriculo,
  • 16.  O núcleo fastigial localiza-se próximo ao plano mediano, entre os núcleos fastigial e denteado localizam-se os núcleos globoso e emboliforme. Esses dois núcleos são bastante semelhantes do ponto de vista funcional e estrutural, sendo frequentemente agrupados sob o nome de núcleo interpósito.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. camadas Da superfície para o interior do órgão, distinguem-se as seguintes camadas: 1. Camada molecular; 2. Camadas de células de Purkinje; 3. Camada granular
  • 21. CAMADA MOLECULAR  Formada principalmente por fibras de direcção paralela e contém dois tipos de neurónios, as células estreladas e as células em cesto que são assim denominadas por apresentarem sinapses axónio-somática dispostas em torno do corpo das células de Purkinje à maneira de um cesto
  • 22. CAMADA DE CELULAS DE PURKINJE  Formada por uma fileira de células de Purkinje. Os elementos mais importantes do cerebelo. As células de Purkinje, piriformes e grandes, são dotadas de dendritos que se ramificam na camada molecular e um axónio que sai em direcção oposta terminando nos núcleos centrais do cerebelo, onde exercem acção inibitória. Esses axónios constituem as únicas fibras eferentes do córtex do cerebelo
  • 23. CAMADA GLANDULAR  Constituída principalmente pelas células granulares ou grânulos do cerebelo, extremamente numerosas, têm vários dendritos com um axónio que atravessa a camada das células de Purkinje e, ao atingir a camada molecular, bifurca-se em T. Os ramos resultantes dessa bifurcação constituem as chamados fibras paralelas, que se dispõem paralelamente ao eixo da tolha cerebelar
  • 24.  Essas fibras estabelecem sinapses com os dendritos das células de Purkinje disposta ao longo do eixo da folha cerebelar, lembrando a disposição dos fios nos postes telegráficos. Desse modo, cada célula granular faz sinapse com um grande número de células de Purkinje.
  • 25.  Na camada granular existe ainda um outro tipo de neurónio, as células de Golgi, com ramificações muito amplas. Essas células, entretanto, são menos numerosas que as granulares.
  • 26.  Dos núcleos centrais saem as fibras eferentes do cerebelo e neles chegam os axónios das células de Purkinje. Cada núcleo recebe os axónios das células de Purkinje originadas em partes específicas da superfície cerebelar.  O corpo medular do cerebelo é consumido de substância branca e formado por fibras mielínicas, que são principalmente as seguintes:
  • 27.  Fibras aferentes ao cerebelo que penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex, onde perdem a bainha de mielina;  Fibras formadas pelos axónios das células de Purkinje que dirigem-se aos núcleos centrais e, ao sair do córtex, tornam-se mielínicas.
  • 29. As principais funções do cerebelo são  Manutenção do equilíbrio e da postura;  Controle do tónus muscular;  Controle dos movimentos voluntários;  Aprendizagem motora.
  • 30. Manutenção do equilíbrio e da postura  Essas funções se fazem basicamente pelo arquicerebelo e pela zona medial (vermis), que promovem a contração adequada dos músculos axiais e proximais dos membros, de modo a manter o equilíbrio e a postura normal, mesmo nas condições em que o corpo se desloca. A influência do cerebelo é transmitida aos neurônios motores pelos tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal.
  • 31. CONTROLE DO TONUS MUSCULAR  Um dos sintomas da decerebelização é a perda do tônus muscular, que pode ser obtida também por lesão dos núcleos centrais. Os s núcleos em especial o denteado e interpósito , mantêm mesmo na ausência de movimento, um certo nível de atividade espontânea. Essa atividade, agindo sobre os neurónios motores via tractos córtico-espinhal e rubro-espinhal, é importante para a manutenção do tónus.
  • 32. Aprendizagem motora  Quando executamos uma mesma actividade motora várias vezes, ela passa a ser feita de maneira cada vez mais rápida e com menos erros.  O sistema nervoso aprende a executar as tarefas motoras repetitivas, o que provavelmente envolve modificações mais ou menos estáveis em circuitos nervosos. Admite-se que o cerebelo participa desse processo através das fibras olivo-cerebelares, que chegam ao córtex cerebelar como fibras trepadeiras e fazem sinapses directamente com as células de Purkinje. Há evidência de que essas fibras podem modular a excitabilidade das células de Purkinje, em resposta aos impulsos que elas recebem do sistema de fibras musgosas e paralelas.
  • 33. Lesões Cerebelares  A destruição de pequenas partes do córtex cerebelar lateral, desde que mantidos os núcleos cerebelares profundos intactos, quase nunca causa anormalidades detectáveis da função motora, desde que todos os movimentos sejam realizados lentamente, pois as partes restantes do sistema de controlo motor são capazes de compensar, em grande medida, a perda de algumas partes do cerebelo.
  • 34.  Para causar disfunção grave e contínua do cerebelo, a lesão cerebelar, em geral, precisará envolver um ou mais dos núcleos cerebelares profundos: o denteado, o interpósito ou o fastígio. Estas lesões têm como sintomatologia uma grave ataxia, ou seja, falta de coordenação dos movimentos voluntários decorrentes de erros na força, extensão e direcção do movimento
  • 35.  Portanto, os movimentos usualmente passam da marca pretendida, depois, a parte consciente do cérebro compensa, de modo excessivo na direcção oposta para o movimento compensatório que se sucede. Esse efeito é chamado dismetria, e resulta em movimentos sem ordenação, chamados ataxia
  • 36.  Ataxia São movimentos sem coordenação. A marcha atáxica é vacilante e o paciente abre as pernas para aumentar sua base de equilíbrio. Esse é um dos principais sintomas de doença cerebelar.  Dismetria É a falta do controle da amplitude do movimento, ou seja, ocorre a ausência de previsão para até onde o movimento irá.
  • 37.  A dismetria e a ataxia também podem resultar de lesões nos tratos espinocerebelares, pois as informações de feedback das partes do corpo que se movimentam para o cerebelo são essenciais para a programação do término de movimento do cerebelo.
  • 39.  Epilepsia é uma afecção crónica do sistema nervoso de etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas, devidas a uma carga excessiva dos neurónios cerebrais, associada eventualmente a diversas como convulsões.
  • 40.  A crise epiléptica é uma perturbação de funcionamento do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas, mas sem febre.
  • 41. ETIOLOGIA  A epilepsia pode ter etiologia idiopática, ou pode ser secundária a anomalias dos canais iónicos ou lesões específicas do cérebro (infecções, traumatismos, tumores, distúrbios metabólicos e hidroelectrolíticos, doenças degenerativas, doenças vasculares ).
  • 43. QUADRO CLINICO  Paragens bruscas da actividade;  Perda de consciência e Quedas;  Convulsões e contrações musculares;  Movimentos automáticos e despropositados (vestir ou despir, caminhar, mastigar ou engolir);  Contracções simples e repetitivas de um dos membros (braço, perna) ou da face.
  • 44. CRISE GENERALIZADA  Tónico-Clónica (Grande Mal)  É caracterizada por queda súbita (com ou sem grito), enrijecimento muscular seguido de convulsões, paragem da respiração, possível perda de urina e/ou mordedura da língua, todo este episódio durante menos de 5 minutos após o qual reaparece a respiração e ocorre uma possível confusão e/ou fadiga antes do retorno à normalidade
  • 45.  Crise de Ausência (Pequeno Mal)  É caracterizada por episódios breves (3 a 30 segundos) de paralisia e desatenção que podem até passar despercebidos pelas outras pessoas. A recuperação é rápida mas os episódios são acompanhados por perda da consciência.
  • 46.  Crise Mioclónica  É caracterizada por contracções musculares súbitas e maciças atingindo todo o corpo ou partes do mesmo. O doente pode atirar o que tiver nas mãos ou cair de uma cadeira.
  • 47.  Crise Atónica  É caracterizada por queda súbita, sem perda de consciência. Dura cerca de 10 a 60 segundos; depois o doente pode pôr-se de pé e andar.
  • 48. CRISE PARCIAL SIMPLES  É caracterizada por convulsões limitadas a uma área do corpo, mas que podem estender-se a outras áreas, sem haver perda de consciência. Podem generalizar- se e provocar uma crise de grande mal.
  • 49.  Sensação de formigueiros ou picada percorrendo uma ou mais áreas corporais. Visualização ou audição de coisas ou sons que não estão presentes. Sensação inexplicável de medo ou prazer. Cheiros ou gostos desagradáveis, sem que haja nada que os provoque. Sensação "esquisita" no estômago.
  • 50.  Crise Parcial Complexa  É caracterizada por súbito enrijecimento muscular seguido de movimentos mastigatórios e automatismos, constando de gestos desajeitados de mexer na roupa, agarrar ou manusear objectos, despir-se.
  • 51.  O Doente pode deambular ou pode resistir quando agarrado. O episódio dura alguns minutos e após a crise pode-se estabelecer confusão no doente que pode ser longa e acompanhada por perda de consciência
  • 52.  Estado de Mal Epiléptico  É uma situação em que as convulsões se seguem umas às outras sem haver, entre elas, recuperação da consciência. Necessita de hospitalização e tratamento médico imediato, pois pode ser mortal ou provocar lesões cerebrais graves
  • 53. COMPLICACOES  Aspiração de secrecções ou conteúdo oral com subsequente sufoco e morte;  Quedas de grandes alturas;  Afogamento e queimaduras;  lesões cerebrais;  Transtornos mentais;  Depressão e psicose.
  • 54. EXAMES AUXILIARES E DIAGNOSTICO  Suspeitar se de epilepsia se as convulsões são recorrentes, sem febre, sem sinais de doença sistémica. Electroencefalograma Tomografia Computadorizada Ressonância Magnética.