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Ano 19                                Março – Abril / 2011                           nº162


PORTAS ABERTAS: ENTRE,                                           CAMPANHA DOS TALENTOS
  CANTE, OUÇA E ORE!
                                                                      VERSÃO 2011
                                                                    A primeira fase da Campanha dos Talentos tem início
                                                                 no dia 19 de março, sob a responsabilidade das seguintes
                                                                 sócias: Ana Tereza Ribeiro G. Fernabdes e Ivone Oliveira
                                                                 Tavernard. A devocional enfatizará os dons, com foco no
                                                                 tema “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”.
                                                                 O lançamento ocorrerá no contexto da reunião mensal
                                                                 da SMM. Participe ativamente desta campanha e ajude
                                                                 a SMM levar adiante a concretização de seus objetivos.


    O ciclo pascal, que compreende a Quaresma, Sema-
na Santa, período da Páscoa e Pentecostes, inicia-se, este
ano, no dia 13 de março e se prolonga até 5 de junho.
Na Quaresma, ou seja, durante os 40 dias que antecedem
a Semana Santa, o maior período litúrgico, a Catedral
Metodista de Piracicaba manterá as suas “Portas Abertas”,
das 7 às 8 horas, às quintas-feiras (dias 17, 24, 31 de mar-
ço e 7, 14 e 21 de abril, para momentos de adoração, con-        VEM AÍ O CHÁ DE OUTONO
trição, edificação e oração. O pastor Paulo Dias Nogueira
                                                                   A SMM promove, no dia 16 de abril, um Chá Bene-
liderará, juntamente com os membros do Ministério da
                                                               ficente para angariar fundos visando à concretização do
Liturgia, estas reuniões tão importantes no calendário li-
                                                               Bazar de Natal. Essa arrecadação será empregada na com-
túrgico cristão. Compareçam a este encontro que abre o
                                                               pra de peças idealizadas e confeccionadas pelas mulheres
calendário da Igreja.
                                                               talentosas da SMM, sob a liderança de Inayá Ometto,
                                                               Rachel Munhoz dos Santos Diehl, Zenaide Pereira Rebe-
10 DE ABRIL: DIA DO PASTOR                                     que, Maria José Martins e equipe da cozinha comandadas
    A Igreja tem celebrado com muita alegria o “Dia do         por Zenaide Rebeque. Participe dando sua colaboração a
Pastor”, agendado, no corrente ano, para o dia 10 de           essa importante atividade.
abril. Nessa oportunidade, durante os cultos matutinos
e vespertinos, reserva-se um espaço para manifestações de
carinho e gratidão pela vida e obra do pastor titular Rev.
Paulo Dias Nogueira, dos coadjutores Rev. Luís de Souza
Cardoso e Rev. Jesus Tavernard Júnior, bem como dos
demais pastores aposentados que a frequentam, princi-
palmente, aqueles que estiveram na liderança da mesma
no passado.

                        DARLENE: DEZ MESES NA ALEMANHA
    Nossa irmã e colaboradora da Gaivota Darlene está de viagem marcada para a Alemanha, onde ficará durante 10 me-
ses estudando e acompanhando parte de sua família. Felizmente a tecnologia da comunicação não nos deixará distantes.
Ao contrário, vamos todas ganhar com suas experiências. Boa viagem, que Deus a abençoe. Sua falta será sentida.
2      GAIVOTA • Março/Abril • 2011



       “Quantos pães                                                             Corpo Editorial


       temos à mão?”
                                       Inayá Ometto

                                     O Dia Mun-
                                  dial de Oração foi
                                  comemorado na               Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer
                                  tarde de 4 de mar-
                                  ço, no templo da
                                                                                    Expediente
                                  Catedral, com a
                                                         GAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da
                                  presença de apro-      Catedral Metodista de Piracicaba.
                                  ximadamente 60
                                                         Redatora:
                                  pessoas de várias      Vera Baggio Alvim
                                  igrejas e denomi-      Corpo Editorial:
                                  nações de nossa        Clóris Alessi
                                  cidade, e também       Darlene Barbosa Schützer
                                                         Inayá Ometto
                                  por milhares de        Wilma Baggio Câmara da Silva
        Leonor Gorlart e Revda    outras ao redor do     Secretária:
          Romilde San’Anna      mundo.                   Wilma Baggio Câmara da Silva
                                    O programa des-      cecams@gmail.com
                                                         Produção e Impressão:
te ano foi elaborado pelas mulheres do Chile sob o       Printfit Soluções - www.printfit.com.br
tema: “Quantos pães temos?”                              Marcel Yamauti - Diagramação
   Depois da apresentação das igrejas presentes,         Fotos:
entoamos cânticos, oramos e soubemos um pouco            Rev. Paulo Dias Nogueira
da história dos chilenos. A mensagem ficou a cargo       Distribuição:
                                                         Sílvia Novaes Rolim
do pastor Rev. Paulo Dias Nogueira, baseada no
                                                         Jornalista Responsável:
texto de Iº Reis 17:1-6, que fala da visita de Elias à   Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP
viúva de Sarepta. O profeta chega e pede o que co-
mer. A mulher tem somente um pouco de farinha                                  Diretoria da SMM
e azeite, mas faz o pão, o último pedaço, para Elias,
mesmo sabendo que iria faltar para ela e o filho no
dia seguinte. Com este gesto um milagre acontece
– houve fartura para sempre naquela casa.
   E nós? Qual lógica vamos seguir? Quantos pães
temos à mão? O que eu vou fazer com eles? Comer
sozinho?
   Terminado o momento do culto confraterni-
                                                          Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera
zamo-nos com um chá quentinho diante de uma
mesa repleta de pães.                                                                  Presidente:
                                                                                   Vera Baggio Alvim
   Deus esteve presente ali naquela tarde.                                               Vices:
                                                                                 Inayá T. Veiga Ometto
                                                                               Priscila Barroso Segabinazzi
                                                                                   Secretária de ata:
                                                                                      Clóris Alessi
                                                                                 Sec. Correpondentes:
                                                                               Rosália T. Veiga Ometto
                                                                             Wilma Baggio Câmara da Silva
                                                                                       Tesoureira:
                                                                                   Sílvia Novaes Rolim
                                                                               Agente da Voz Missionária:
                                                                                   Cinira Cirillo Cesar
GAIVOTA • Março/Abril • 2011                3

     Encontros do Cristo ressurreto
                                                       Lucas 24.13-35

    Eu gosto da forma como os evangelhos apresentam                     3. Conhecimento não gera vida - Eles sabem
os encontros do Cristo ressurreto com os seus discípulos.           tudo sobre Jesus, fazem um resumo perfeito dos acon-
Estes encontros acontecem em meio à desesperança, tris-             tecimentos, criticam o forasteiro que manifesta falta
teza, vazio e falta de sentido dos discípulos. Quando Je-           de conhecimento do que ocorrera em Jerusalém. Po-
sus aparece aos seus discípulos encontra as situações mais          rém, se detêm na morte. Demonstram conhecimento
variadas: a ausência de Tomé, os discípulos voltando à              exterior: o elemento histórico, mas não atingem a fé
atividade de pesca, as mulheres chorando e procurando               porque não acreditam na sua ressurreição. O resulta-
seu corpo. O episódio dos discípulos de no caminho de               do deste conhecimento incompleto é a tristeza. Sem a
Emaús reforça esta visão.                                           fé na ressurreição as derrotas permanecem derrotas, a
                                                                    vida termina com a morte e esta é somente uma tra-
    1. Jerusalém e Emaús (contraste entre fé e deses-               gédia sem sentido. Será que caminhamos com olhos e
perança). Jerusalém foi o lugar do testemunho de Jesus              ouvidos fechados aos fatos? A desesperança nos impe-
(morte). De lá, animados pelo Espírito os discípulos sai-           de de captar a ação de Deus nos acontecimentos re-
rão para o testemunho. Sair de Jerusalém sem crer que               centes. Percebemos os fatos, mas não os discernimos.
lá é o lugar da vitória do Senhor é caminhar sem rumo
e sem sentido. Emaús é sinônimo da cegueira, da não                     Elementos que suscitam a fé
compreensão do evento da Páscoa. Ir a Emaús não é so-
mente ir para casa, mas abandonar o projeto de Deus.                    Palavra - o primeiro elemento que suscita fé na
Estes dois discípulos retornam aos seus afazeres comuns,            ressurreição é a Bíblia. Jesus lhes explica as Escritu-
depois da decepção com a morte de Jesus. Iam conver-                ras. É a palavra de Deus que desvenda o mistério. Pela
sando sobre os acontecimentos recentes da morte de Je-              Palavra, Jesus entra em nossa caminhada e com sua
sus, mas os dois caminhantes preferiram caminhar sozi-              Palavra vai nos mostrando o sentido e o rumo dos
nhos e abandonaram a comunidade. Diante dos dramas                  acontecimentos.
da vida, muitos abandonam a comunidade e recusam as                     Comunhão - cativados pela Palavra, os discípulos
respostas que procedem da fé, que podem dar um sen-                 convidam Jesus para que seja hóspede deles: “Fica co-
tido à vida.                                                        nosco, pois já é tarde e a noite vem chegando”. Este é
                                                                    o apelo da comunidade cristã. Quem Este deve ser o
   O desespero e a tristeza impede o reconhecimento                 nosso convite constante, independente da noite ou do
de Jesus. Enquanto eles caminham, Jesus se aproxima                 dia: Fica conosco, Senhor!
deles e conversa com eles. Jesus pergunta qual o moti-                  Partir do pão - a Palavra esquenta nosso coração,
vo do desânimo, que assunto traz tanta tristeza aos seus            mas só vemos e reconhecemos Jesus quando partimos
semblantes. Os dois discípulos estão tristes: viram cair            o pão. O pão partido e repartido é o sinal mais claro
por terra todos os seus planos. Aguardavam um Messias               da entrega da vida, fonte de partilha, de justiça e de
glorioso, um rei poderoso, um vencedor e se encontra-               fraternidade. Este é o momento decisivo porque os
ram diante de um derrotado. Os rabinos ensinavam que                olhos dos discípulos se abrem e eles reconhecem Jesus.
o Messias deveria viver mil anos, Porém, Jesus morreu
e todas as esperanças desmoronaram. Eles conversam,                    A Palavra de Deus, a comunhão e a partilha mu-
mas não reconhecem Jesus. O sofrimento não deixa re-                daram a orientação de vida daqueles dois discípulos.
conhecer o Mestre. Lucas menciona o nome de um dos                  Eles voltam a Jerusalém para compartilhar o encontro
discípulos, Cleopas, mas deixa de mencionar o nome                  com o Senhor. Eles mudaram de rumo, a ressurreição
do outro discípulo, talvez, ele queira que interpretemos            provocou mudança e transformação. Que o Cristo
como um espaço vazio, no qual cada um é chamado a                   vivo e ressurreto nos encontre em nosso caminhar e
inserir seu próprio nome.                                           que sua presença provoque mudança e fé.

                                                                                                Pra. Amélia Tavares
                                                                                        Redatora da Voz Missionária
4       GAIVOTA • Março/Abril • 2011




           O Senhor não me faltará
                                                     Salmo 23, 1
                          O Senhor é o meu pastor, nada me faltará
                                                                moradores da região serrana fluminense sabem muito
                                                                bem disso. De um minuto para outro tudo se desfez,
                                                                desmoronou-se. Não só a geografia do lugar, mas a vida
                                                                mesma alterou seu formato e curso original.
                                                                   De igual maneira nossa religiosidade. A fé oscila en-
                                                                tre a esperança e o medo. Entre a espera e a agonia.
                                                                Entre a presença e a ausência. Entre o céu e o infer-
                                                                no. Entre o paraíso e paisagens devastadas. Toda perda,
                                                                ainda que temporária, nos deixa sem chão, sem pátria,
                                                                vincando nosso corpo com cicatrizes.
                                                                   Retorno ao cais de onde partiu a inspiração do po-
                                                                eta. O sofrimento, a privação e a morte. E surpreen-
                                                                do-me com sua afirmação: ...nada me faltará. Para ser
                                                                sincero soa estranhamente aos meus ouvidos. Passa a
                                                                sensação de completude. Transmite a ideia de uma vida
                                                                supramundana, sem males e infortúnios. Basta lançar
                                                                os olhos para fora do texto bíblico e dar de cara com
                                                                a presença do vazio e do absurdo. Sempre nos faltará
                                                                alguma coisa ou alguém, porque a vivência humana é
                                                                território em que se dá a experiência da carência, da




   J
                                                                insatisfação, da incompletude.
             á me deparei e ainda me deparo com mui-              Deus, ao contrário, não sofre nem padece nenhuma
             tas colheitas infrutíferas, infelizes. Pessoas   privação. Nada falta em Deus e para Deus. A carência
             que tinham tudo e de repente, numa fra-          não condiz com o atributo da perfeição. Ele não conhe-
             ção de segundo, tudo virou poeira, cinzas,       ce o sabor amargo do fracasso, dos sonhos partidos, dos
fumaça.                                                       amores rompidos, da irrealização. Nada lhe falta porque
   Ponho-me a escutar mais atentamente a poética do           Deus tem tudo, Ele pode tudo. E nós não podemos,
salmista. O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. O que     nunca teremos, porque a carência é atestado probatório
tem ela a me dizer? O que é que não falta quando tudo         de nossa limitação. Se pudéssemos tudo, se tivéssemos
promete faltar? O que é que me preenche e me sustenta         tudo, se nada nos faltasse seríamos Deus. E não o somos.
quando vivencio a experiência do horror e da ausência?            Eis porque o sentimento de estranhamento àquela
   “Nada está no seu lugar”, é o refrão de Maistre no         versão. A experiência nos ensina a desconfiar sempre.
século 19. O espírito humano, ao levantar-se, se depara       Não temos pele de rinoceronte. Não somos invencíveis.
com a desordem, com a injustiça e com a confusão no           Não possuímos blindagem que nos proteja contra as ra-
mundo. O que era para estar no seu devido lugar - a or-       jadas disparadas pelos inimigos. Os apetrechos com os
dem, a bem-aventurança, a harmonia - não está mais. Os
GAIVOTA • Março/Abril • 2011            5
quais lutamos nossa batalha cotidiana são mais singelos. meu pastor, não me faltará. É o sentido mais exato e fiel
Nossa armadura é nossa humanidade. É pueril, sem re- ao texto hebraico, a que pôde chegar minha parca tra-
vestimento de aço, é capa plástica que se esfacela sutil- dução. Muda-se, com isso, o horizonte da narrativa. É
mente.                                                      o Pastor na poesia hebraica, que promete não nos faltar.
    Por isso sofremos. E perdemos. Há sempre um dor            O texto não indica a ausência de conflitos, de pertur-
sendo gestada no útero do mundo. Há sempre alguém bações, de privações; pois a vida, como constata o sal-
sofrendo quando escrevo essas palavras. A vida veio mista, poderá atravessar o vale das lágrimas e da morte.
acrescida com certa dose de sofrimento da qual não po- Os gemidos e soluços estão todos aí, esparramados em
demos escapar. Uns sofrem mais; outros menos, mas a cada canto do mundo. Ninguém está imune a eles. No
verdade é que todos sofrem. O humano é ser que viven- mundo passaremos por dificuldades e aflições. Com âni-
cia na pele a falta, a lacuna, a frustração. Sempre faltará mo, fé e disposição haveremos de suplantá-los. O texto
plenitude em nossa vida, embora deva ser buscada como também não aponta para uma vida nababesca, próspera,
meta final. Isso não é prognóstico. É diagnóstico. As per- isenta de males econômicos e sociais.
das, as faltas, nos ameaçam de frente e nos fazem sofrer.      Em meio às tragédias diárias, o Senhor não abando-
    Perder é exercício do-                                                                 nará nossa causa a pró-
loroso de desprender-se.                                                                   pria sorte. É disso de que
Por isso que perder é algo       “SEMPRE NOS FALTARÁ AL- trata a poesia. O pastor
difícil e terrível. Porque       GUMA COISA OU ALGUÉM, de nossas almas não per-
ninguém quer perder                                                                        mitirá que nosso barco
nunca, somente multipli-         PORQUE A VIVÊNCIA HUMA- navegue à deriva. O Se-
car os ganhos e as posses.
                                 NA É TERRITÓRIO EM QUE SE nhor não se ausentará de
Com a perda, sempre fica                                                                   suas ovelhas em meio aos
para trás aquilo que mais        DÁ A EXPERIÊNCIA DA CA- escombros e desmorona-
amamos, o que mais nos                                                                     mentos. A poesia é tanto
apegamos. Estar de luto,
                                 RÊNCIA, DA INSATISFAÇÃO, mais humana e recon-
escreveu Comte-Spon-             DA INCOMPLETUDE.”                                         fortante quanto menos
ville, “é estar sofrendo.                                                                  triunfalista e hedonista
E que sofrimento maior                                                                     ela é. Nossa força proce-
que a dor da perda de um ente querido?” Nunca esque- de do alto (do Deus-Pastor); de baixo (dos irmãos e da
cerei o sofrimento de minha tia Irene ao saber da morte igreja); de todos os lados (dos amigos e parentes). É isso
do seu filho. Uma dor cortante, feito navalha afiada, que que esperamos que nunca nos falte quando as fraturas da
rasga a carne tão profundamente que nenhum cirurgião alma estiverem expostas.
é capaz de estancar o sangramento. Desde então seu co-         Uma coisa é certa na poesia. O Senhor não me faltará
ração parou de bater. Ela perdeu o brilho, o entusiasmo, quando tudo ficar escasso. O pastor apascentará sempre
a vontade de viver. Ela também morreu com a morte seu rebanho. Com Ele ao nosso lado, poderemos fazer
de seu filho. Ainda com Comte-Sponville, “há luto cada a travessia do vale sombrio a pastos verdejantes. Quan-
vez que há perda, recusa, frustração. Portanto, há luto do cessar a privação, teremos comida e bebida fartas. E
sempre.” Porque a cada dia lidamos com debilidades e aprenderemos a sorrir novamente. A arte de sorrir, cada
decepções.                                                  vez que a vida nos priva de algo, cada vez que o mundo
    Embarco mais uma vez no vagão do salmista. O que nos diz Não.
é que não nos falta quando tudo – ou quase tudo – ame-
                                                                                             Rev. Tavernard Junior
aça nos faltar? O Deus-Pastor das Escrituras. Adonai é
                                                                                     Pastor coadjutor da Catedral
6        GAIVOTA • Março/Abril • 2011



          PLANO DE AÇÃO/2011 COM
             NOVA METODOLOGIA
                                                                                                                 Clóris Alessi
    Acolhedora como sempre, a Chácara de Inayá Ometto foi, zado!
mais uma vez, o local escolhido para a reunião de planeja-           Restava-nos buscar a sustentação teológica para as ativida-
mento das atividades da SMM para corrente ano. A novidade des da SMM, que foi pesquisada no livro de Christian Schar-
foi o emprego de nova metodologia, orientada pelo Rev. Pau- sz – fundador e presidente do Instituto de Desenvolvimento
lo Dias Nogueira, que tem sido usada também para a elabora- Natural da Igreja –, onde foi encontrada a fundamentação
ção dos planos dos demais Ministérios da Catedral, conforme para cada item do Plano de Ação da SMM, aproximadamente
orientação aprovada nas reuniões preparatórias da CLAM.          vinte e cinco atividades!
    Anteriormente, pelo menos por dez anos, trabalhou-se na          De acordo com o pastor, citando Scharsz, no “Mensageiro
elaboração                                                                                                       nº. 369 (bo-
de um ca-                                                                                                        letim sema-
lendário de                                                                                                      nal da Igreja),
atividades,                                                                                                      esse      autor
que, agora,                                                                                                      afirma que,
num salto                                                                                                        após realizar
de quali-                                                                                                        pesquisa em
dade,    foi                                                                                                     mais de 100
transfor-                                                                                                        mil Igrejas
mado num                                                                                                         de 32 países
plano     de                                                                                                     diferentes,
ação, cujas                                                                                                      nos      cinco
premis-                                                                                                          continentes,
sas serão o                                                                                                      na busca das
“crescimen-                                                                                                      causas      do
to qualita-                                                                                                      crescimento
tivo, quan-                                                                                                      das igrejas no
titativo e                                       Pastor fazendo sua mensagem                                     mundo, che-
orgânico” de nossa Igreja.                                                                      gou-se a oito marcas de qua-
    O caminho para se                                                                                  lidade das igrejas que
chegar a esse nível de                                                                                 crescem. Segundo ele,
entendimento foi per-                                                                                  se essas marcas forem
corrido com atenção,                                                                                   colocadas em prática
disposição, interesse e                                                                                na caminhada da Igre-
muita coragem. Um                                                                                      ja, redundarão em cres-
excelente resultado foi                                                                                cimento quantitativo e
alcançado, graças à                                                                                    qualitativo. Conheçam
orientação segura do                                                                                   essas marcas: 1. lide-
Rev. Paulo. Conversa-                                                                                  rança capacitadora; 2.
mos, discutimos, às ve-                                                                                ministérios orientados
zes discordamos, mas,                                                                                  pelos dons; 3. espiritu-
com muita alegria com                                                                                  alidade contagiante; 4.
a graça de Deus, acha-                                                                                 estruturas funcionais;
mos que já havíamos                             Katia, Presidente da Federação                         5. culto inspirador; 6.
atingido o objetivo. Respiramos fundo e pensamos: missão evangelização orientada para as necessidades; 7. grupos fami-
cumprida! Ledo engano. O trabalho ainda não estava finali- liares; 8. relacionamentos marcados pelo amor fraternal.
GAIVOTA • Março/Abril • 2011                 7




                                         Pastor Presidente da Federação, Diretoria e Assessores

    Foi possível chegarmos à sustentação teológica referida, ao      SSMMMM, da 5º Região –, que esteve o tempo todo conos-
colocarmos em cada atividade a fundamentação cabível e que           co. Ela trouxe uma reflexão, baseada no Evangelho de Lucas,
se fazia necessária. Por exemplo: no item “Lar Betel – visita        capítulo 5, versículo 19; foram momentos que nos proporcio-
e culto, a se realizar no dia 5 de maio, acompanhado sempre          naram muita espiritualidade. Foi um grande prazer ouvi-la e
de presentes aos internos/as, escolhemos os seguintes temas:         revê-la.
espiritualidade contagiante; relacionamentos marcados pelo
                                                                        Então, missão cumprida, um café delicioso estava à espera,
amor fraternal; evangelização orientada para as necessidades.
                                                                     no qual se destacavam as sobremesas, especialmente ofereci-
    Depois do almoço, retornou-se à reunião, com os relató-          das pela Inayá, que encheu os olhos de todos.
rios falados e escritos das atividades desenvolvidas no ano an-
                                                                        Só restou agradecer a presença das participantes, que de-
terior pelas suas responsáveis, que serviram para informação
                                                                     dicaram um dia inteiro a essa atividade, o carinho e atenção
e avaliação.
                                                                     dispensados pela anfitriã. De lá já saímos com saudades, mas
   Houve, então, oportunidade, para destacar a presença              renovadas na disposição de servir na missão.
de Kátia Regina S. R. Torres – presidente da Federação das




                       Grupo almoçando                                                            Na sobremesa
8       GAIVOTA • Março/Abril • 2011

MEMÓRIAS


                 S. M. J. - SOCIEDADE METODISTA DE JOVENS
                                                                                          Gustavo Jacques Dias Alvim

    Já tive oportunidade de escrever nesse espaço sobre        combater os vícios, manter cursos de alfabetização, bem
as atividades da Sociedade de Jovens da hoje Catedral,         como promover estudos sobre os movimentos sociais
na década dos anos 50. Neste artigo, voltarei no tempo         hodiernos”.
para contar detalhes dessa associação, cuja possibilida-           O Departamento de Missões e Evangelização tinha
de de existência hoje está prevista nos Cânones, porém         como fins: “despertar interesse dos sócios no trabalho
com base em estatuto daquela época e ajuda da minha            missionário, organizar classes de estudos sobre missões,
memória. Seus fins eram e continuam sendo o cultivo            promover campanhas de evangelização e visitação, bem
de experiências cristãs nos domínios da piedade, da fra-       como realizar cultos de pregação ao ar livre e onde mais
ternidade e do evangelismo, e em trabalhos sociais, lite-      conviesse’.
rários e recreativos.                                              Ao Departamento de Recreação Desportos competia
    O lema da S.M.J. era e é, até hoje, “Tudo por Cris-        “promover reuniões sociais, convescotes, excursões, fes-
to”; seu símbolo: a violeta; as cores: branco e ouro; e        tas, jogos de salão e representações teatrais, bem como a
o distintivo a “Cruz de Malta”. O versículo ou mote,           prática do desporto”.
desde então, permanece o mesmo: “Ensina-nos a contar               A S. M. J., da então Igreja Metodista Central de Pi-
os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações          racicaba, realizava diversas atividades: devocionais domi-
sábios” (Salmo 90:12).                                         nicais (cada domingo um departamento era incumbido
    Em Piracicaba, a sociedade era composta por um gru-        de fazê-lo), antes dos cultos vespertinos. Nas tardes do
po de jovens muito ativos, que chegou a superar o nú-          domingo, semeava escolas dominicais em bairros (as
mero de 150 associados, a maioria assídua e participante.      igrejas da Paulista e da Betânia são frutos desse traba-
    Além da diretoria administrativa, havia os superin-        lho). Fazia campanhas para atender os necessitados, en-
tendentes de departamentos. As atividades eram diver-          fermos e enlutados Aos sábados, promovia sociais, com
sificadas e intensas, realizadas pelos seus departamentos      teatro, esquetes, shows, brincadeiras de salão. As equipes
de Cultivo Espiritual; Literatura; Missões e Evangeliza-       de voleibol, basquetebol, futebol de salão e de campo,
ção; Recreação e Desportos. Os sócios ativos (de 17 a 30       pingue-pongue, disputavam, sem fazer feio, os campeo-
anos) — havia também os auxiliares — eram distribuí-           natos e torneios da cidade. Duas vezes ao ano, ocorriam
dos pelos departamentos.                                       os acampamentos na praia de Bertioga. Mensalmen-
    Ao Departamento de Cultivo Espiritual competia:            te, circulava o famoso jornalzinho “O Avante”. Havia
“estimular atividades religiosas tais como cursos de efici-    presença marcante dos jovens nos congressos regionais
ência espiritual, estudos bíblicos e doutrinários, retiros e   e gerais. Na verdade, a igreja era tudo para aquela ju-
reuniões de oração”.                                           ventude. O grupo de jovens estava sempre reunido nos
    Ao Departamento de Literatura cabia “promover a            templos, nas quadras, nas casas, nas ruas e nos jardins. Ia
difusão da revista “Cruz de Malta”, estudos dos Cânones        me esquecendo: havia algo também muito agradável: as
da Igreja, preleções, reuniões literárias e artísticas, bem    confraternizações com outras Sociedades Metodistas de
como a circulação dos livros e publicações da Igreja”.         Jovens de cidades vizinhas ou longínquas levadas a efeito
    O Departamento de Ação Social se responsabilizava          com certa freqüência, mas, sobre isso vou escrever no
por “visitar os enfermos, dar assistência aos necessitados,    próximo número da Gaivota.
GAIVOTA • Março/Abril • 2011       9

   Perguntas sobre as dores deste mundo
                                                                           Darlene Barbosa Schützer



                        Toda gente se emocionou com as cenas da tragédia.
                   Como conformar-se com as perdas, o choro, o olhar perdido?
                         Toda gente soube dos motivos e das providências.
                  Como condescender com a ganância, a falta de planejamento,
                                        o desvio de recursos?
                                       Toda gente contribuiu.
                        Como garantir que a ajuda chegue a quem precisa?
                                   Toda gente vai se esquecendo.
             Como transformar a comoção e solidariedade imediatas em mobilização
            permanente que exija ações eficazes e responsáveis na ocupação do solo?
               Governos do mundo inteiro assinaram no Rio de Janeiro, em 1992, a
            Carta da Terra, indicando a necessidade de conciliar o desenvolvimento
          sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
                Há mais de duas décadas o Conselho Mundial de Igrejas lançou o
                         programa “Justiça, Paz e Integridade da Criação”.
             E você? E eu? E a Catedral Metodista de Piracicaba? E a Igreja Metodista
                      no Brasil? E os cristãos e cristãs ao redor do mundo?
              Foi no início de 2006 que ouvi pela primeira vez o cântico “Pelas dores
           deste mundo”, de Rodolfo Gaede Neto, e desde então ele me acompanha
                             nesses momentos de lamento e clamor.
                                       Que seja nossa oração!
                                      Que nos inspire à ação!!!


                                 Pelas dores deste mundo, ó Senhor
                                        imploramos piedade.
                                   A um só corpo geme a criação.
                                 Teus ouvidos se inclinem ao clamor
                                       desta gente oprimida.
                                    Apressa-te com tua salvação!

                           A tua paz, bendita e irmanada co’a justiça
                            abrace o mundo inteiro. Tem compaixão!
                          O teu poder sustente o testemunho do teu povo!
                               Teu reino venha a nós, Kyrie eleison!
10     GAIVOTA • Março/Abril • 2011



                           Somos Todos Pastores
                                        Lucas 2.8 João 21.15-17


       PASTORES, GUARDEM SEUS REBANHOS DURANTE A NOITE, PARA QUE NADA
                              ACONTEÇA A ELES!
            No salmo 23 Davi exclama que Deus é o pastor que cuida das suas ovelhas.

    É interessante notar que Lucas é o único evangelista   pastora daqueles que estão ao nosso redor. Como disse
que relata o pastoreio no episódio do nascimento de Je-    Israel Belo, precisamos guardar as pessoas que Deus co-
sus Cristo. Os pastores guardavam (vigiavam) seus reba-    loca em nosso caminho e que precisam de nós, ou seja,
nhos durante a noite, com certeza para que nada aconte-    nossos filhos, nossos pais, nosso cônjuge, nossos amigos
cesse com as ovelhas. Podemos encontrar nos evangelhos     e todos aqueles que de nós aproximam. Assim como so-
outras referências sobre como cuidar do rebanho, uma       mos guardados, guardemos. Vigiemos nossos amigos e
delas está em João 21, em que é mostrado o cuidado         parentes, ficando ao lado deles nos momentos de festa e
que se deve ter com as ovelhas, e outra na A Parábola do   alegria, mas também nos da depressão.
samaritano (Lucas 10.30-37) .                                  Vigiar é orar para que Deus cuide dele(s), é valorizar
    O pastor Israel                                                                             suas diferenças em
Belo, ao fazer uma                                                                              relação a nós, é er-
reflexão sobre esse                                                                             guer o outro quando
assunto, indagou o                                                                              ele cair, enfim é pas-
seguinte: “E nós, o                                                                             torear. E essa não é
que guardamos?” E                                                                               uma tarefa somente
ele mesmo respon-                                                                               para pastores, todos
deu:     “Precisamos                                                                            nós podemos sê-lo
guardar a Palavra                                                                               se ouvirmos a Pala-
de Deus dentro do                                                                               vra de Deus, que nos
nosso coração, para                                                                             pede para guardar as
que dele saiam sen-                                                                             pessoas.
timentos,      pensa-                                                                               O salmo 23 é
mentos e gestos que                                                                             um belo exemplo
‘denunciem’ que a                                                                               de pastoreio: “O Se-
Palavra de Deus está ali. Quando guardamos a Palavra,      nhor é meu pastor e nada me faltará.” Será que temos
recebemos orientação segura para a nossa vida. Guardar     essa confiança, em especial nos momentos de tribulação?
a Palavra de Deus é nos guardar de uma vida superficial,   Se não a temos é porque somos humanos, então pode-
de uma vida sem projeto, de uma vida movida a even-        mos pedir a Deus que nos dê essa confiança. Que Deus
tos.”                                                      nos ajude no pastoreio dos nossos irmãos e de todos que
    É importante sabermos de quem somos pastores. O        precisam de nós.
que nos pede o Senhor? Certamente, o mesmo que pe-             Que nunca cheguemos à situação de Caim quando
diu aos discípulos: “Apascenta as minhas ovelhas”.         disse: “Por ventura sou guardador de meu irmão?” Ele
    Geralmente pensamos que pastores são somente           não assumiu seu papel de guardador de Abel, entretanto
aqueles que estudaram numa faculdade de teologia ou        nós podemos ser o de nossos irmãos. Que Deus nos aju-
num seminário, entretanto o pastoreio não pode ser         de nessa tarefa, a qual nada mais é do que o exercício do
privativo daqueles que se prepararam numa instituição      amor que Cristo nos ensinou.
voltada para esse objetivo. Cada um de nós é pastor ou
                                                                                                   Rinalva C. Silva
GAIVOTA • Março/Abril • 2011            11

                                        Umas e Outras
                                                                                                 Inayá Ometto



   A    revitalização dos ministérios locais está no ca-
        minho certo. Todos têm se empenhado com
                                                              U     m dos destaques na reunião do planejamento
                                                                    anual foi a presença de duas queridas assesso-
                                                           ras: Mirce Lavoura e Sarah D.T. Veiga, as “decanas” da
dedicação às tarefas propostas. Destacamos, nesta
                                                           SMM da Catedral. Estas baluartes de nossa sociedade
oportunidade, o ministério da liturgia, que semanal-
                                                           dão exemplos de vida e nos incentivam a seguir sempre
mente se reúne para elaborar com amor e carinho o
                                                           em frente.
programa dos cultos. A todos os dedicados compo-
nentes nosso reconhecimento pelo primoroso trabalho
que tem sido realizado.


   W       ilma Robert, missionária americana, tra-
           balhou no Rio Grande do Sul e depois foi
Secretária Executiva do Conselho Geral da Igreja Me-
todista, em São Paulo. Foi também, Secretária Geral
da Junta de Ministérios Globais, em Nova York por 7
anos. Esteve em visita ao Centro Cultural “Marta Wat-
ts” e a Universidade Metodista de Piracicaba. A sócia
Clóris Alessi representou a S.M. M junto na comissão
de recepção. Na ocasião, entregou-lhe sugestivo cartão

                                                              A
de boas vindas em nome da Sociedade de Mulheres da                 campanha do sorvete, idealizada e promovida
Catedral.                                                          pelo Ministério da Administração, foi coroada
                                                           de êxito. Sob a coordenação de Ana Maria O. Rossi,

                          O      nosso editor, Gusta-
                                 vo Alvim, assumiu
                       a vice-reitoria da Unimep por
                                                           tudo transcorreu como o previsto. Cumprimentamos
                                                           essa irmã por sua dedicação, empenho e competência.

                       indicação do reitor Dr. Clovis
                       Pinto de Castro. A posse solene
                       e pública ocorre no dia 16 de
                       março, às 19 horas, no Teatro                                    Q      uem também pres-
                                                                                               tigiou com sua
                                                                                     presença, foi a Presidente da
                       da universidade. Desejamos ao
                       Gustavo uma excelente gestão e                                Federação Kátia Torres, que
                       que Deus o acompanhe e guar-                                  nos trouxe palavras de incen-
de nessa caminhada.                                                                  tivo para o trabalho que será
                                                                                     realizado neste ano.



   N     osso querido pastor Paulo sempre nos brin-

                                                              C
         da com inspiradores sermões, entretanto, no                om a licença saúde da Paula, nossa secretária,
culto vespertino do dia 27 de fevereiro ele se superou.             quem esta a frente dos trabalhos é a multiface-
Baseado no texto de Isaías 49:14-15, discorreu sobre o     tada Priscila Segabinazzi, que com dedicação, doação
cuidado que Deus tem por nós, sem nunca nos desam-         e competência tem dado conta da função com louvor.
parar. Ao final, oramos em pequenos grupos, entoan-        Parabéns Priscila! Que Deus a abençoe sempre!
do, a seguir, o hino “Deus cuidará de ti”. Tocante!
Que Deus o abençoe, amado pastor!
12    GAIVOTA • Março/Abril • 2011



     E você, o que diz da Páscoa?
                                                                  Montagem de Darlene Schutzer


 Passagem da indiferença para o amor
 Tempo de crer, compreender, solidarizar-se,
                                                   Agora o que mais importa
 escutar, olhar com amor, estender a mão,
                                                   é renascer na esperança.
 caminhar juntos, com esperança.
                                                   É renascer,
                                                   é renascer na esperança.
 Por isso, se alguém bater na sua porta,
 abra seu coração!
                                                                               Jaci Maraschin
                                   Jorge Rioja




                                                    O que começa em cinzas
                                                    termina em ressurreição e esperanças,
                                                    sonhos novos de plenitude e abundância.



     Páscoa é a certeza de que a morte está ven-
     cida, a solidariedade vence o lucro,
     a doçura vence o amargor, a alegria vence a
     tristeza, o amor vence a solidão,                  Ovos da Páscoa
     o descanso vence a correria.
                                                        O ovo não cabe em si,
                                                        túrgido de promessa,
                                                        a natureza morta palpitante,
                                                        branco tão frágil
                                                        guarda um sol ocluso,
                                                        o que vai viver,
     Noites que se transformam em manhãs,               espera
     Invernos que se tornam primaveras,
                                                                      Adélia Prado
     Velhices que retornam às infâncias,
     Lagartas que viram borboletas,
     Sementes que explodem grão,
     Trigais que se revestem de beleza,
     Fontes que brotam do árido chão,
     Vida que vence a morte:
     Ressurreição!                                           Penso no sol
                                                             que morre diariamente
                              Inês França Bento              jorrando luz
                                                             embora tenha
                                                             a noite pela frente...

                                                                     Pedro Casaldáliga

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Encontros com o Ressuscitado

  • 1. Ano 19 Março – Abril / 2011 nº162 PORTAS ABERTAS: ENTRE, CAMPANHA DOS TALENTOS CANTE, OUÇA E ORE! VERSÃO 2011 A primeira fase da Campanha dos Talentos tem início no dia 19 de março, sob a responsabilidade das seguintes sócias: Ana Tereza Ribeiro G. Fernabdes e Ivone Oliveira Tavernard. A devocional enfatizará os dons, com foco no tema “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”. O lançamento ocorrerá no contexto da reunião mensal da SMM. Participe ativamente desta campanha e ajude a SMM levar adiante a concretização de seus objetivos. O ciclo pascal, que compreende a Quaresma, Sema- na Santa, período da Páscoa e Pentecostes, inicia-se, este ano, no dia 13 de março e se prolonga até 5 de junho. Na Quaresma, ou seja, durante os 40 dias que antecedem a Semana Santa, o maior período litúrgico, a Catedral Metodista de Piracicaba manterá as suas “Portas Abertas”, das 7 às 8 horas, às quintas-feiras (dias 17, 24, 31 de mar- ço e 7, 14 e 21 de abril, para momentos de adoração, con- VEM AÍ O CHÁ DE OUTONO trição, edificação e oração. O pastor Paulo Dias Nogueira A SMM promove, no dia 16 de abril, um Chá Bene- liderará, juntamente com os membros do Ministério da ficente para angariar fundos visando à concretização do Liturgia, estas reuniões tão importantes no calendário li- Bazar de Natal. Essa arrecadação será empregada na com- túrgico cristão. Compareçam a este encontro que abre o pra de peças idealizadas e confeccionadas pelas mulheres calendário da Igreja. talentosas da SMM, sob a liderança de Inayá Ometto, Rachel Munhoz dos Santos Diehl, Zenaide Pereira Rebe- 10 DE ABRIL: DIA DO PASTOR que, Maria José Martins e equipe da cozinha comandadas A Igreja tem celebrado com muita alegria o “Dia do por Zenaide Rebeque. Participe dando sua colaboração a Pastor”, agendado, no corrente ano, para o dia 10 de essa importante atividade. abril. Nessa oportunidade, durante os cultos matutinos e vespertinos, reserva-se um espaço para manifestações de carinho e gratidão pela vida e obra do pastor titular Rev. Paulo Dias Nogueira, dos coadjutores Rev. Luís de Souza Cardoso e Rev. Jesus Tavernard Júnior, bem como dos demais pastores aposentados que a frequentam, princi- palmente, aqueles que estiveram na liderança da mesma no passado. DARLENE: DEZ MESES NA ALEMANHA Nossa irmã e colaboradora da Gaivota Darlene está de viagem marcada para a Alemanha, onde ficará durante 10 me- ses estudando e acompanhando parte de sua família. Felizmente a tecnologia da comunicação não nos deixará distantes. Ao contrário, vamos todas ganhar com suas experiências. Boa viagem, que Deus a abençoe. Sua falta será sentida.
  • 2. 2 GAIVOTA • Março/Abril • 2011 “Quantos pães Corpo Editorial temos à mão?” Inayá Ometto O Dia Mun- dial de Oração foi comemorado na Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer tarde de 4 de mar- ço, no templo da Expediente Catedral, com a GAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da presença de apro- Catedral Metodista de Piracicaba. ximadamente 60 Redatora: pessoas de várias Vera Baggio Alvim igrejas e denomi- Corpo Editorial: nações de nossa Clóris Alessi cidade, e também Darlene Barbosa Schützer Inayá Ometto por milhares de Wilma Baggio Câmara da Silva Leonor Gorlart e Revda outras ao redor do Secretária: Romilde San’Anna mundo. Wilma Baggio Câmara da Silva O programa des- cecams@gmail.com Produção e Impressão: te ano foi elaborado pelas mulheres do Chile sob o Printfit Soluções - www.printfit.com.br tema: “Quantos pães temos?” Marcel Yamauti - Diagramação Depois da apresentação das igrejas presentes, Fotos: entoamos cânticos, oramos e soubemos um pouco Rev. Paulo Dias Nogueira da história dos chilenos. A mensagem ficou a cargo Distribuição: Sílvia Novaes Rolim do pastor Rev. Paulo Dias Nogueira, baseada no Jornalista Responsável: texto de Iº Reis 17:1-6, que fala da visita de Elias à Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP viúva de Sarepta. O profeta chega e pede o que co- mer. A mulher tem somente um pouco de farinha Diretoria da SMM e azeite, mas faz o pão, o último pedaço, para Elias, mesmo sabendo que iria faltar para ela e o filho no dia seguinte. Com este gesto um milagre acontece – houve fartura para sempre naquela casa. E nós? Qual lógica vamos seguir? Quantos pães temos à mão? O que eu vou fazer com eles? Comer sozinho? Terminado o momento do culto confraterni- Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera zamo-nos com um chá quentinho diante de uma mesa repleta de pães. Presidente: Vera Baggio Alvim Deus esteve presente ali naquela tarde. Vices: Inayá T. Veiga Ometto Priscila Barroso Segabinazzi Secretária de ata: Clóris Alessi Sec. Correpondentes: Rosália T. Veiga Ometto Wilma Baggio Câmara da Silva Tesoureira: Sílvia Novaes Rolim Agente da Voz Missionária: Cinira Cirillo Cesar
  • 3. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 3 Encontros do Cristo ressurreto Lucas 24.13-35 Eu gosto da forma como os evangelhos apresentam 3. Conhecimento não gera vida - Eles sabem os encontros do Cristo ressurreto com os seus discípulos. tudo sobre Jesus, fazem um resumo perfeito dos acon- Estes encontros acontecem em meio à desesperança, tris- tecimentos, criticam o forasteiro que manifesta falta teza, vazio e falta de sentido dos discípulos. Quando Je- de conhecimento do que ocorrera em Jerusalém. Po- sus aparece aos seus discípulos encontra as situações mais rém, se detêm na morte. Demonstram conhecimento variadas: a ausência de Tomé, os discípulos voltando à exterior: o elemento histórico, mas não atingem a fé atividade de pesca, as mulheres chorando e procurando porque não acreditam na sua ressurreição. O resulta- seu corpo. O episódio dos discípulos de no caminho de do deste conhecimento incompleto é a tristeza. Sem a Emaús reforça esta visão. fé na ressurreição as derrotas permanecem derrotas, a vida termina com a morte e esta é somente uma tra- 1. Jerusalém e Emaús (contraste entre fé e deses- gédia sem sentido. Será que caminhamos com olhos e perança). Jerusalém foi o lugar do testemunho de Jesus ouvidos fechados aos fatos? A desesperança nos impe- (morte). De lá, animados pelo Espírito os discípulos sai- de de captar a ação de Deus nos acontecimentos re- rão para o testemunho. Sair de Jerusalém sem crer que centes. Percebemos os fatos, mas não os discernimos. lá é o lugar da vitória do Senhor é caminhar sem rumo e sem sentido. Emaús é sinônimo da cegueira, da não Elementos que suscitam a fé compreensão do evento da Páscoa. Ir a Emaús não é so- mente ir para casa, mas abandonar o projeto de Deus. Palavra - o primeiro elemento que suscita fé na Estes dois discípulos retornam aos seus afazeres comuns, ressurreição é a Bíblia. Jesus lhes explica as Escritu- depois da decepção com a morte de Jesus. Iam conver- ras. É a palavra de Deus que desvenda o mistério. Pela sando sobre os acontecimentos recentes da morte de Je- Palavra, Jesus entra em nossa caminhada e com sua sus, mas os dois caminhantes preferiram caminhar sozi- Palavra vai nos mostrando o sentido e o rumo dos nhos e abandonaram a comunidade. Diante dos dramas acontecimentos. da vida, muitos abandonam a comunidade e recusam as Comunhão - cativados pela Palavra, os discípulos respostas que procedem da fé, que podem dar um sen- convidam Jesus para que seja hóspede deles: “Fica co- tido à vida. nosco, pois já é tarde e a noite vem chegando”. Este é o apelo da comunidade cristã. Quem Este deve ser o O desespero e a tristeza impede o reconhecimento nosso convite constante, independente da noite ou do de Jesus. Enquanto eles caminham, Jesus se aproxima dia: Fica conosco, Senhor! deles e conversa com eles. Jesus pergunta qual o moti- Partir do pão - a Palavra esquenta nosso coração, vo do desânimo, que assunto traz tanta tristeza aos seus mas só vemos e reconhecemos Jesus quando partimos semblantes. Os dois discípulos estão tristes: viram cair o pão. O pão partido e repartido é o sinal mais claro por terra todos os seus planos. Aguardavam um Messias da entrega da vida, fonte de partilha, de justiça e de glorioso, um rei poderoso, um vencedor e se encontra- fraternidade. Este é o momento decisivo porque os ram diante de um derrotado. Os rabinos ensinavam que olhos dos discípulos se abrem e eles reconhecem Jesus. o Messias deveria viver mil anos, Porém, Jesus morreu e todas as esperanças desmoronaram. Eles conversam, A Palavra de Deus, a comunhão e a partilha mu- mas não reconhecem Jesus. O sofrimento não deixa re- daram a orientação de vida daqueles dois discípulos. conhecer o Mestre. Lucas menciona o nome de um dos Eles voltam a Jerusalém para compartilhar o encontro discípulos, Cleopas, mas deixa de mencionar o nome com o Senhor. Eles mudaram de rumo, a ressurreição do outro discípulo, talvez, ele queira que interpretemos provocou mudança e transformação. Que o Cristo como um espaço vazio, no qual cada um é chamado a vivo e ressurreto nos encontre em nosso caminhar e inserir seu próprio nome. que sua presença provoque mudança e fé. Pra. Amélia Tavares Redatora da Voz Missionária
  • 4. 4 GAIVOTA • Março/Abril • 2011 O Senhor não me faltará Salmo 23, 1 O Senhor é o meu pastor, nada me faltará moradores da região serrana fluminense sabem muito bem disso. De um minuto para outro tudo se desfez, desmoronou-se. Não só a geografia do lugar, mas a vida mesma alterou seu formato e curso original. De igual maneira nossa religiosidade. A fé oscila en- tre a esperança e o medo. Entre a espera e a agonia. Entre a presença e a ausência. Entre o céu e o infer- no. Entre o paraíso e paisagens devastadas. Toda perda, ainda que temporária, nos deixa sem chão, sem pátria, vincando nosso corpo com cicatrizes. Retorno ao cais de onde partiu a inspiração do po- eta. O sofrimento, a privação e a morte. E surpreen- do-me com sua afirmação: ...nada me faltará. Para ser sincero soa estranhamente aos meus ouvidos. Passa a sensação de completude. Transmite a ideia de uma vida supramundana, sem males e infortúnios. Basta lançar os olhos para fora do texto bíblico e dar de cara com a presença do vazio e do absurdo. Sempre nos faltará alguma coisa ou alguém, porque a vivência humana é território em que se dá a experiência da carência, da J insatisfação, da incompletude. á me deparei e ainda me deparo com mui- Deus, ao contrário, não sofre nem padece nenhuma tas colheitas infrutíferas, infelizes. Pessoas privação. Nada falta em Deus e para Deus. A carência que tinham tudo e de repente, numa fra- não condiz com o atributo da perfeição. Ele não conhe- ção de segundo, tudo virou poeira, cinzas, ce o sabor amargo do fracasso, dos sonhos partidos, dos fumaça. amores rompidos, da irrealização. Nada lhe falta porque Ponho-me a escutar mais atentamente a poética do Deus tem tudo, Ele pode tudo. E nós não podemos, salmista. O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. O que nunca teremos, porque a carência é atestado probatório tem ela a me dizer? O que é que não falta quando tudo de nossa limitação. Se pudéssemos tudo, se tivéssemos promete faltar? O que é que me preenche e me sustenta tudo, se nada nos faltasse seríamos Deus. E não o somos. quando vivencio a experiência do horror e da ausência? Eis porque o sentimento de estranhamento àquela “Nada está no seu lugar”, é o refrão de Maistre no versão. A experiência nos ensina a desconfiar sempre. século 19. O espírito humano, ao levantar-se, se depara Não temos pele de rinoceronte. Não somos invencíveis. com a desordem, com a injustiça e com a confusão no Não possuímos blindagem que nos proteja contra as ra- mundo. O que era para estar no seu devido lugar - a or- jadas disparadas pelos inimigos. Os apetrechos com os dem, a bem-aventurança, a harmonia - não está mais. Os
  • 5. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 5 quais lutamos nossa batalha cotidiana são mais singelos. meu pastor, não me faltará. É o sentido mais exato e fiel Nossa armadura é nossa humanidade. É pueril, sem re- ao texto hebraico, a que pôde chegar minha parca tra- vestimento de aço, é capa plástica que se esfacela sutil- dução. Muda-se, com isso, o horizonte da narrativa. É mente. o Pastor na poesia hebraica, que promete não nos faltar. Por isso sofremos. E perdemos. Há sempre um dor O texto não indica a ausência de conflitos, de pertur- sendo gestada no útero do mundo. Há sempre alguém bações, de privações; pois a vida, como constata o sal- sofrendo quando escrevo essas palavras. A vida veio mista, poderá atravessar o vale das lágrimas e da morte. acrescida com certa dose de sofrimento da qual não po- Os gemidos e soluços estão todos aí, esparramados em demos escapar. Uns sofrem mais; outros menos, mas a cada canto do mundo. Ninguém está imune a eles. No verdade é que todos sofrem. O humano é ser que viven- mundo passaremos por dificuldades e aflições. Com âni- cia na pele a falta, a lacuna, a frustração. Sempre faltará mo, fé e disposição haveremos de suplantá-los. O texto plenitude em nossa vida, embora deva ser buscada como também não aponta para uma vida nababesca, próspera, meta final. Isso não é prognóstico. É diagnóstico. As per- isenta de males econômicos e sociais. das, as faltas, nos ameaçam de frente e nos fazem sofrer. Em meio às tragédias diárias, o Senhor não abando- Perder é exercício do- nará nossa causa a pró- loroso de desprender-se. pria sorte. É disso de que Por isso que perder é algo “SEMPRE NOS FALTARÁ AL- trata a poesia. O pastor difícil e terrível. Porque GUMA COISA OU ALGUÉM, de nossas almas não per- ninguém quer perder mitirá que nosso barco nunca, somente multipli- PORQUE A VIVÊNCIA HUMA- navegue à deriva. O Se- car os ganhos e as posses. NA É TERRITÓRIO EM QUE SE nhor não se ausentará de Com a perda, sempre fica suas ovelhas em meio aos para trás aquilo que mais DÁ A EXPERIÊNCIA DA CA- escombros e desmorona- amamos, o que mais nos mentos. A poesia é tanto apegamos. Estar de luto, RÊNCIA, DA INSATISFAÇÃO, mais humana e recon- escreveu Comte-Spon- DA INCOMPLETUDE.” fortante quanto menos ville, “é estar sofrendo. triunfalista e hedonista E que sofrimento maior ela é. Nossa força proce- que a dor da perda de um ente querido?” Nunca esque- de do alto (do Deus-Pastor); de baixo (dos irmãos e da cerei o sofrimento de minha tia Irene ao saber da morte igreja); de todos os lados (dos amigos e parentes). É isso do seu filho. Uma dor cortante, feito navalha afiada, que que esperamos que nunca nos falte quando as fraturas da rasga a carne tão profundamente que nenhum cirurgião alma estiverem expostas. é capaz de estancar o sangramento. Desde então seu co- Uma coisa é certa na poesia. O Senhor não me faltará ração parou de bater. Ela perdeu o brilho, o entusiasmo, quando tudo ficar escasso. O pastor apascentará sempre a vontade de viver. Ela também morreu com a morte seu rebanho. Com Ele ao nosso lado, poderemos fazer de seu filho. Ainda com Comte-Sponville, “há luto cada a travessia do vale sombrio a pastos verdejantes. Quan- vez que há perda, recusa, frustração. Portanto, há luto do cessar a privação, teremos comida e bebida fartas. E sempre.” Porque a cada dia lidamos com debilidades e aprenderemos a sorrir novamente. A arte de sorrir, cada decepções. vez que a vida nos priva de algo, cada vez que o mundo Embarco mais uma vez no vagão do salmista. O que nos diz Não. é que não nos falta quando tudo – ou quase tudo – ame- Rev. Tavernard Junior aça nos faltar? O Deus-Pastor das Escrituras. Adonai é Pastor coadjutor da Catedral
  • 6. 6 GAIVOTA • Março/Abril • 2011 PLANO DE AÇÃO/2011 COM NOVA METODOLOGIA Clóris Alessi Acolhedora como sempre, a Chácara de Inayá Ometto foi, zado! mais uma vez, o local escolhido para a reunião de planeja- Restava-nos buscar a sustentação teológica para as ativida- mento das atividades da SMM para corrente ano. A novidade des da SMM, que foi pesquisada no livro de Christian Schar- foi o emprego de nova metodologia, orientada pelo Rev. Pau- sz – fundador e presidente do Instituto de Desenvolvimento lo Dias Nogueira, que tem sido usada também para a elabora- Natural da Igreja –, onde foi encontrada a fundamentação ção dos planos dos demais Ministérios da Catedral, conforme para cada item do Plano de Ação da SMM, aproximadamente orientação aprovada nas reuniões preparatórias da CLAM. vinte e cinco atividades! Anteriormente, pelo menos por dez anos, trabalhou-se na De acordo com o pastor, citando Scharsz, no “Mensageiro elaboração nº. 369 (bo- de um ca- letim sema- lendário de nal da Igreja), atividades, esse autor que, agora, afirma que, num salto após realizar de quali- pesquisa em dade, foi mais de 100 transfor- mil Igrejas mado num de 32 países plano de diferentes, ação, cujas nos cinco premis- continentes, sas serão o na busca das “crescimen- causas do to qualita- crescimento tivo, quan- das igrejas no titativo e Pastor fazendo sua mensagem mundo, che- orgânico” de nossa Igreja. gou-se a oito marcas de qua- O caminho para se lidade das igrejas que chegar a esse nível de crescem. Segundo ele, entendimento foi per- se essas marcas forem corrido com atenção, colocadas em prática disposição, interesse e na caminhada da Igre- muita coragem. Um ja, redundarão em cres- excelente resultado foi cimento quantitativo e alcançado, graças à qualitativo. Conheçam orientação segura do essas marcas: 1. lide- Rev. Paulo. Conversa- rança capacitadora; 2. mos, discutimos, às ve- ministérios orientados zes discordamos, mas, pelos dons; 3. espiritu- com muita alegria com alidade contagiante; 4. a graça de Deus, acha- estruturas funcionais; mos que já havíamos Katia, Presidente da Federação 5. culto inspirador; 6. atingido o objetivo. Respiramos fundo e pensamos: missão evangelização orientada para as necessidades; 7. grupos fami- cumprida! Ledo engano. O trabalho ainda não estava finali- liares; 8. relacionamentos marcados pelo amor fraternal.
  • 7. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 7 Pastor Presidente da Federação, Diretoria e Assessores Foi possível chegarmos à sustentação teológica referida, ao SSMMMM, da 5º Região –, que esteve o tempo todo conos- colocarmos em cada atividade a fundamentação cabível e que co. Ela trouxe uma reflexão, baseada no Evangelho de Lucas, se fazia necessária. Por exemplo: no item “Lar Betel – visita capítulo 5, versículo 19; foram momentos que nos proporcio- e culto, a se realizar no dia 5 de maio, acompanhado sempre naram muita espiritualidade. Foi um grande prazer ouvi-la e de presentes aos internos/as, escolhemos os seguintes temas: revê-la. espiritualidade contagiante; relacionamentos marcados pelo Então, missão cumprida, um café delicioso estava à espera, amor fraternal; evangelização orientada para as necessidades. no qual se destacavam as sobremesas, especialmente ofereci- Depois do almoço, retornou-se à reunião, com os relató- das pela Inayá, que encheu os olhos de todos. rios falados e escritos das atividades desenvolvidas no ano an- Só restou agradecer a presença das participantes, que de- terior pelas suas responsáveis, que serviram para informação dicaram um dia inteiro a essa atividade, o carinho e atenção e avaliação. dispensados pela anfitriã. De lá já saímos com saudades, mas Houve, então, oportunidade, para destacar a presença renovadas na disposição de servir na missão. de Kátia Regina S. R. Torres – presidente da Federação das Grupo almoçando Na sobremesa
  • 8. 8 GAIVOTA • Março/Abril • 2011 MEMÓRIAS S. M. J. - SOCIEDADE METODISTA DE JOVENS Gustavo Jacques Dias Alvim Já tive oportunidade de escrever nesse espaço sobre combater os vícios, manter cursos de alfabetização, bem as atividades da Sociedade de Jovens da hoje Catedral, como promover estudos sobre os movimentos sociais na década dos anos 50. Neste artigo, voltarei no tempo hodiernos”. para contar detalhes dessa associação, cuja possibilida- O Departamento de Missões e Evangelização tinha de de existência hoje está prevista nos Cânones, porém como fins: “despertar interesse dos sócios no trabalho com base em estatuto daquela época e ajuda da minha missionário, organizar classes de estudos sobre missões, memória. Seus fins eram e continuam sendo o cultivo promover campanhas de evangelização e visitação, bem de experiências cristãs nos domínios da piedade, da fra- como realizar cultos de pregação ao ar livre e onde mais ternidade e do evangelismo, e em trabalhos sociais, lite- conviesse’. rários e recreativos. Ao Departamento de Recreação Desportos competia O lema da S.M.J. era e é, até hoje, “Tudo por Cris- “promover reuniões sociais, convescotes, excursões, fes- to”; seu símbolo: a violeta; as cores: branco e ouro; e tas, jogos de salão e representações teatrais, bem como a o distintivo a “Cruz de Malta”. O versículo ou mote, prática do desporto”. desde então, permanece o mesmo: “Ensina-nos a contar A S. M. J., da então Igreja Metodista Central de Pi- os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações racicaba, realizava diversas atividades: devocionais domi- sábios” (Salmo 90:12). nicais (cada domingo um departamento era incumbido Em Piracicaba, a sociedade era composta por um gru- de fazê-lo), antes dos cultos vespertinos. Nas tardes do po de jovens muito ativos, que chegou a superar o nú- domingo, semeava escolas dominicais em bairros (as mero de 150 associados, a maioria assídua e participante. igrejas da Paulista e da Betânia são frutos desse traba- Além da diretoria administrativa, havia os superin- lho). Fazia campanhas para atender os necessitados, en- tendentes de departamentos. As atividades eram diver- fermos e enlutados Aos sábados, promovia sociais, com sificadas e intensas, realizadas pelos seus departamentos teatro, esquetes, shows, brincadeiras de salão. As equipes de Cultivo Espiritual; Literatura; Missões e Evangeliza- de voleibol, basquetebol, futebol de salão e de campo, ção; Recreação e Desportos. Os sócios ativos (de 17 a 30 pingue-pongue, disputavam, sem fazer feio, os campeo- anos) — havia também os auxiliares — eram distribuí- natos e torneios da cidade. Duas vezes ao ano, ocorriam dos pelos departamentos. os acampamentos na praia de Bertioga. Mensalmen- Ao Departamento de Cultivo Espiritual competia: te, circulava o famoso jornalzinho “O Avante”. Havia “estimular atividades religiosas tais como cursos de efici- presença marcante dos jovens nos congressos regionais ência espiritual, estudos bíblicos e doutrinários, retiros e e gerais. Na verdade, a igreja era tudo para aquela ju- reuniões de oração”. ventude. O grupo de jovens estava sempre reunido nos Ao Departamento de Literatura cabia “promover a templos, nas quadras, nas casas, nas ruas e nos jardins. Ia difusão da revista “Cruz de Malta”, estudos dos Cânones me esquecendo: havia algo também muito agradável: as da Igreja, preleções, reuniões literárias e artísticas, bem confraternizações com outras Sociedades Metodistas de como a circulação dos livros e publicações da Igreja”. Jovens de cidades vizinhas ou longínquas levadas a efeito O Departamento de Ação Social se responsabilizava com certa freqüência, mas, sobre isso vou escrever no por “visitar os enfermos, dar assistência aos necessitados, próximo número da Gaivota.
  • 9. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 9 Perguntas sobre as dores deste mundo Darlene Barbosa Schützer Toda gente se emocionou com as cenas da tragédia. Como conformar-se com as perdas, o choro, o olhar perdido? Toda gente soube dos motivos e das providências. Como condescender com a ganância, a falta de planejamento, o desvio de recursos? Toda gente contribuiu. Como garantir que a ajuda chegue a quem precisa? Toda gente vai se esquecendo. Como transformar a comoção e solidariedade imediatas em mobilização permanente que exija ações eficazes e responsáveis na ocupação do solo? Governos do mundo inteiro assinaram no Rio de Janeiro, em 1992, a Carta da Terra, indicando a necessidade de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra. Há mais de duas décadas o Conselho Mundial de Igrejas lançou o programa “Justiça, Paz e Integridade da Criação”. E você? E eu? E a Catedral Metodista de Piracicaba? E a Igreja Metodista no Brasil? E os cristãos e cristãs ao redor do mundo? Foi no início de 2006 que ouvi pela primeira vez o cântico “Pelas dores deste mundo”, de Rodolfo Gaede Neto, e desde então ele me acompanha nesses momentos de lamento e clamor. Que seja nossa oração! Que nos inspire à ação!!! Pelas dores deste mundo, ó Senhor imploramos piedade. A um só corpo geme a criação. Teus ouvidos se inclinem ao clamor desta gente oprimida. Apressa-te com tua salvação! A tua paz, bendita e irmanada co’a justiça abrace o mundo inteiro. Tem compaixão! O teu poder sustente o testemunho do teu povo! Teu reino venha a nós, Kyrie eleison!
  • 10. 10 GAIVOTA • Março/Abril • 2011 Somos Todos Pastores Lucas 2.8 João 21.15-17 PASTORES, GUARDEM SEUS REBANHOS DURANTE A NOITE, PARA QUE NADA ACONTEÇA A ELES! No salmo 23 Davi exclama que Deus é o pastor que cuida das suas ovelhas. É interessante notar que Lucas é o único evangelista pastora daqueles que estão ao nosso redor. Como disse que relata o pastoreio no episódio do nascimento de Je- Israel Belo, precisamos guardar as pessoas que Deus co- sus Cristo. Os pastores guardavam (vigiavam) seus reba- loca em nosso caminho e que precisam de nós, ou seja, nhos durante a noite, com certeza para que nada aconte- nossos filhos, nossos pais, nosso cônjuge, nossos amigos cesse com as ovelhas. Podemos encontrar nos evangelhos e todos aqueles que de nós aproximam. Assim como so- outras referências sobre como cuidar do rebanho, uma mos guardados, guardemos. Vigiemos nossos amigos e delas está em João 21, em que é mostrado o cuidado parentes, ficando ao lado deles nos momentos de festa e que se deve ter com as ovelhas, e outra na A Parábola do alegria, mas também nos da depressão. samaritano (Lucas 10.30-37) . Vigiar é orar para que Deus cuide dele(s), é valorizar O pastor Israel suas diferenças em Belo, ao fazer uma relação a nós, é er- reflexão sobre esse guer o outro quando assunto, indagou o ele cair, enfim é pas- seguinte: “E nós, o torear. E essa não é que guardamos?” E uma tarefa somente ele mesmo respon- para pastores, todos deu: “Precisamos nós podemos sê-lo guardar a Palavra se ouvirmos a Pala- de Deus dentro do vra de Deus, que nos nosso coração, para pede para guardar as que dele saiam sen- pessoas. timentos, pensa- O salmo 23 é mentos e gestos que um belo exemplo ‘denunciem’ que a de pastoreio: “O Se- Palavra de Deus está ali. Quando guardamos a Palavra, nhor é meu pastor e nada me faltará.” Será que temos recebemos orientação segura para a nossa vida. Guardar essa confiança, em especial nos momentos de tribulação? a Palavra de Deus é nos guardar de uma vida superficial, Se não a temos é porque somos humanos, então pode- de uma vida sem projeto, de uma vida movida a even- mos pedir a Deus que nos dê essa confiança. Que Deus tos.” nos ajude no pastoreio dos nossos irmãos e de todos que É importante sabermos de quem somos pastores. O precisam de nós. que nos pede o Senhor? Certamente, o mesmo que pe- Que nunca cheguemos à situação de Caim quando diu aos discípulos: “Apascenta as minhas ovelhas”. disse: “Por ventura sou guardador de meu irmão?” Ele Geralmente pensamos que pastores são somente não assumiu seu papel de guardador de Abel, entretanto aqueles que estudaram numa faculdade de teologia ou nós podemos ser o de nossos irmãos. Que Deus nos aju- num seminário, entretanto o pastoreio não pode ser de nessa tarefa, a qual nada mais é do que o exercício do privativo daqueles que se prepararam numa instituição amor que Cristo nos ensinou. voltada para esse objetivo. Cada um de nós é pastor ou Rinalva C. Silva
  • 11. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 11 Umas e Outras Inayá Ometto A revitalização dos ministérios locais está no ca- minho certo. Todos têm se empenhado com U m dos destaques na reunião do planejamento anual foi a presença de duas queridas assesso- ras: Mirce Lavoura e Sarah D.T. Veiga, as “decanas” da dedicação às tarefas propostas. Destacamos, nesta SMM da Catedral. Estas baluartes de nossa sociedade oportunidade, o ministério da liturgia, que semanal- dão exemplos de vida e nos incentivam a seguir sempre mente se reúne para elaborar com amor e carinho o em frente. programa dos cultos. A todos os dedicados compo- nentes nosso reconhecimento pelo primoroso trabalho que tem sido realizado. W ilma Robert, missionária americana, tra- balhou no Rio Grande do Sul e depois foi Secretária Executiva do Conselho Geral da Igreja Me- todista, em São Paulo. Foi também, Secretária Geral da Junta de Ministérios Globais, em Nova York por 7 anos. Esteve em visita ao Centro Cultural “Marta Wat- ts” e a Universidade Metodista de Piracicaba. A sócia Clóris Alessi representou a S.M. M junto na comissão de recepção. Na ocasião, entregou-lhe sugestivo cartão A de boas vindas em nome da Sociedade de Mulheres da campanha do sorvete, idealizada e promovida Catedral. pelo Ministério da Administração, foi coroada de êxito. Sob a coordenação de Ana Maria O. Rossi, O nosso editor, Gusta- vo Alvim, assumiu a vice-reitoria da Unimep por tudo transcorreu como o previsto. Cumprimentamos essa irmã por sua dedicação, empenho e competência. indicação do reitor Dr. Clovis Pinto de Castro. A posse solene e pública ocorre no dia 16 de março, às 19 horas, no Teatro Q uem também pres- tigiou com sua presença, foi a Presidente da da universidade. Desejamos ao Gustavo uma excelente gestão e Federação Kátia Torres, que que Deus o acompanhe e guar- nos trouxe palavras de incen- de nessa caminhada. tivo para o trabalho que será realizado neste ano. N osso querido pastor Paulo sempre nos brin- C da com inspiradores sermões, entretanto, no om a licença saúde da Paula, nossa secretária, culto vespertino do dia 27 de fevereiro ele se superou. quem esta a frente dos trabalhos é a multiface- Baseado no texto de Isaías 49:14-15, discorreu sobre o tada Priscila Segabinazzi, que com dedicação, doação cuidado que Deus tem por nós, sem nunca nos desam- e competência tem dado conta da função com louvor. parar. Ao final, oramos em pequenos grupos, entoan- Parabéns Priscila! Que Deus a abençoe sempre! do, a seguir, o hino “Deus cuidará de ti”. Tocante! Que Deus o abençoe, amado pastor!
  • 12. 12 GAIVOTA • Março/Abril • 2011 E você, o que diz da Páscoa? Montagem de Darlene Schutzer Passagem da indiferença para o amor Tempo de crer, compreender, solidarizar-se, Agora o que mais importa escutar, olhar com amor, estender a mão, é renascer na esperança. caminhar juntos, com esperança. É renascer, é renascer na esperança. Por isso, se alguém bater na sua porta, abra seu coração! Jaci Maraschin Jorge Rioja O que começa em cinzas termina em ressurreição e esperanças, sonhos novos de plenitude e abundância. Páscoa é a certeza de que a morte está ven- cida, a solidariedade vence o lucro, a doçura vence o amargor, a alegria vence a tristeza, o amor vence a solidão, Ovos da Páscoa o descanso vence a correria. O ovo não cabe em si, túrgido de promessa, a natureza morta palpitante, branco tão frágil guarda um sol ocluso, o que vai viver, Noites que se transformam em manhãs, espera Invernos que se tornam primaveras, Adélia Prado Velhices que retornam às infâncias, Lagartas que viram borboletas, Sementes que explodem grão, Trigais que se revestem de beleza, Fontes que brotam do árido chão, Vida que vence a morte: Ressurreição! Penso no sol que morre diariamente Inês França Bento jorrando luz embora tenha a noite pela frente... Pedro Casaldáliga