1. Ano 19 Setembro – Outubro / 2011 nº 165
METODISMO EM FESTA
As celebrações de aniversário, durante o mês proporcionando momentos de grande espirituali-
de setembro, se prolongarão até o dia 30. A Cate- dade. A SMM completará 115 anos e comemorará,
dral Metodista de Piracicaba e o Colégio Piracica- na reunião mensal da Sociedade, durante a devo-
bano se uniram em culto em Ação de Graças, no cional. O Coral “James William Koger”, também
dia 11 de setembro, para celebrar a data. O bispo aniversariante, apresentará em dezembro a cantata
Paulo Ayres Mattos foi o pregador nessa ocasião, “O Esperado das Nações”, de Albert Willard Ream.
82 ANOS DA “VOZ MISSIONÁRIA”
No próximo dia 24 de
setembro, às 15h, a Socieda-
115 ANOS DA SMM
Com muita alegria,
de Metodista de Mulheres, comemoraremos, na reu-
em reunião mensal, marca- nião mensal, do dia 19 de
rá os 82 anos da “Voz Mis- novembro, os 115 anos
sionária”, com devocional da SMM. A Comissão,
preparada por Amélia Tavares (publicada no último nú- composta por Joana D’Arc Bicudo da Silva, Vera
mero da revista), e dirigida por Cinira Cirillo Cezar (agente Cantoni e Clóris Alessi prometem momentos de
da Voz), com a colaboração de um grupo de mulheres. grande espiritualidade. Venham louvar a Deus por
tantas bênçãos recebidas nesses longos anos de exis-
tência desse ministério.
SARAU DA PRIMAVERA
Essa atividade da SMM realizar-se-á no dia 22 de
novembro, no Salão Social da Igreja, com início às 15h30, BAZAR DE NATAL
sob a direção e empenho de Inayá Ometto. Na ocasião, O famoso e esperado “Bazar de Natal” abrirá suas
números artísticos serão apresentados pelos participantes portas no dia 10 de dezembro, a partir das 15h30, quando
das famílias da Igreja, que tocarão piano e outros instru- serão expostos trabalhos belíssimos, confeccionados com
mentos, declamarão, cantarão e farão a gente rir com muito gosto e carinho pelas prendadas mulheres da SMM.
as estórias e outros quadros que tornarão aquele sábado Além dos comestíveis, essas talentosas senhoras apresenta-
muito divertido. Ofereçam seus talentos colaborando rão material para a cozinha, para sua casa e para seu adorno.
com quitutes para esse agradável encontro. Compareçam e adquiram essas preciosidades.
CONGRESSO REGIONAL DAS SSMMMM
Cinco sócias da SMM da Catedral Metodista de céia N. Ramos de Souza, Maria José Martins, Inayá
Piracicaba participarão do Congresso a se realizar em Ometto, Cinira Cirillo Cezar e Vera Ligia Carvalho.
Caldas Novas, Goiás, nos dias 4 a 6 de novembro: Ni- Desejamos a todas boa estada e bom aproveitamento.
2. 2 GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011
VOZ MISSIONÁRIA COMPLETA 82 ANOS Corpo Editorial
B elíssimo programa, preparado pelas irmãs Cinira Cirillo
Cesar, Clóris Alessi e Ivone Tavernard, marcou o Jubileu
de Cravo, ou seja, os 82 anos da revista Voz Missionária.
Um belo fundo musical abrilhantou o começo do programa.
Cantamos belos cânticos. Dirigimo-nos a Deus
em orações de gratidão e adoração. Confessamos por meio
de expressiva leitura bíblica, pela irmã, Cinira em Jeremias
Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer
2:13-19. Fizemos uma reflexão silenciosa do texto “Uma
gota, apenas uma gota de Deus.” E, depois a irmã Inayá leu
o texto “Palavra de esperança”, baseado em Isaias 41:17-20. Expediente
Bonito trabalho com tela e fitas de cores variadas GAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da
marcou o momento de edificação com o texto “Nossa Catedral Metodista de Piracicaba.
vida tecida por Deus”, apresentado pela irmã Ivone. En- Redatora:
tão cada mulher, aproximando-se da tela, fazia os laços de Vera Baggio Alvim
cores diferentes. Cada fio e cor representavam o trabalho Corpo Editorial:
Clóris Alessi
de Deus em nossas vidas e o fio mais grosso e forte mos- Darlene Barbosa Schützer
trava a resistência da Voz Missionária, diante das lutas e Inayá Ometto
dificuldades, graças às orações que sustentam a obra. Rinalva Cassiano Silva
Wilma Baggio Câmara da Silva
No final, houve o sorteio de brindes e entrega de Secretária:
marcadores de Bíblia com o registro dos 82 anos da Voz Mis- Wilma Baggio Câmara da Silva
sionária, além da leitura da bela poesia “Nossa vida tecida cecams@gmail.com
por Deus”. Brilhante reunião pela inspiradora programação e Produção e Impressão:
Printfit Soluções - www.printfit.com.br
pela presença de grande número de sócias e visitantes. A or- Diagramação:
namentação, confeccionada com lindos cravos coloridos, foi Genival Cardoso
desfeita pelos presentes ao levarem de lembrança essas flores. Fotos:
Ester Siqueira Bezerra Rev. Paulo Dias Nogueira
Distribuição:
Sílvia Novaes Rolim
Jornalista Responsável:
Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP
Diretoria da SMM
Cinira na direção
Vera, Clóris, Maria José, Zenaide, Cinira,
Priscila, Vera Lígia, Wilma, Inayá, Silvia e Ester.
Presidente:
Vera Baggio Alvim
Vices:
Ester dando laço Agente Cinira
Inayá T. Veiga Ometto
Priscila Barroso Segabinazzi
Secretária de ata:
Clóris Alessi
Sec. Correpondentes:
Wilma Baggio Câmara da Silva
Tesoureira:
Sílvia Novaes Rolim
Agente da Voz Missionária:
Aniversariantes de setembro Sorteando prendas Cinira Cirillo Cesar
3. GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011 3
Colégio Piracicabano: 130 anos
educando a favor da vida
“Graças te rendemos, ó Deus; graças te rendemos e invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas.” Sl 75:1
P reparando a festa... É Atualmente, o CP possui cerca de 800 alunos,
tempo de olhar para 60 professores e 10 funcionários. além de vários fun-
o passado, o presen- cionários vinculados à mantenedora (Instituto Edu-
te e o futuro, tempo de re- cacional Piracicabano). Pertence à Rede Metodista de
visitar a história do Colégio Educação e se relaciona com colégios metodistas em
Piracicabano (CP). Tempo diversas partes do mundo.
de emoção, de avaliação, de O aprofundamento e a consistência do processo
gratidão a Deus. educativo, conduzido em português e em inglês, como
A missionária nor- ocorre no Colégio Piracica-
te americana, Miss Martha bano, continua contribuin-
Watts, chegou ao Brasil e do muito com a cidade e
fundou o Colégio Piracicabano, em 1881. Essa jovem me- região, pois ao prepararmos
todista, temente a Deus, cheia de sonhos, tinha a convicção os alunos para a comunica-
de que por meio da educação era possível mudar a vida das ção fluente nos dois idio-
pessoas, bem como formar mas, sem dúvida, estamos
cidadãos com condições de preparando-os para acom-
intervir no desenvolvimen- panhar as transformações
to do Brasil. do mundo, bem como, para intervir na sociedade, se po-
Essa instituição sicionando, argumentando, participando do processo de
foi o primeiro colégio me- construção e de desenvolvimento da cidade e região.
todista fundado no Brasil, A educação cristã, baseada nos princípios da fé,
para ser uma escola para do amor e da doação ao outro, não é fácil de ser praticada
mulheres quando estas nos dias de hoje. O mundo
não tinham acesso à edu- prega outros valores, como
cação. Ele cresceu e gerou a Unimep, hoje maior do que o prazer, a riqueza mate-
o próprio Colégio. Sempre teve como ideal a educação rial, a busca da felicidade a
cristã a favor da vida. É qualquer preço, a efemeri-
pioneiro em relação ao dade e a busca de interesses
ensino bilíngüe na região. próprios nos relacionamentos pessoais.
A proposta pedagó- A fé em Deus nos estimula a refletir e a pensar mais
gica do Colégio Piracicaba- no outro do que em nós mesmos, no compromisso com
no se destaca pela formação Deus, na responsabilidade de nossas ações. Com a graça
integral dos alunos, com de Deus, o Colégio Piracicabano vem fazendo isto, há 130
ênfase no conhecimento anos, de forma consis-
científico e na tecnologia, tente e consolidada.
bem como nos aspectos culturais, artísticos e sociais, desta-
Profª Marilice T. Oliveira
cando igualmente as áreas de comunicação, ciências exatas e
esportiva, além da formação
cristã.Essa proposta ampla,
inovadora e consolidada, foi
construída por muitos edu-
cadores e anônimos que, ao
longo dos anos, se dedica-
ram de alguma forma à edu-
cação metodista.
4. 4 GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011
Origens do Lar Betel Rev. José Carlos Barbosa
A
semente que deu origem ao do que ela e “suas amigas
Lar Betel foi plantada em estão trabalhando sem os-
28 de maio de 1950, quan- tentação em benefício dos
do numa das salas da Igreja Me- velhos, dentro do cristianis-
todista Central foi criada a Caixa mo samaritano”
Beneficente, sob a presidência de A Vila Betel sur-
Francisco Munhoz Perez. giu oficialmente em 8 de
Na primeira reunião, que abril de 1952, em reunião
contou com a participação de Prof. realizada na casa do Rev.
Adolfo Carvalho, Antonio Alves, Nelson G. da Costa. Da
Branca Marcondes, Candida Wolf primeira diretoria fizeram
Cotrin, Olímpia N. Joly, Maria parte: Branca Marcondes
Eliza Leitão e Gustavo Alvin, foi César (Presidente), Alvina
decidido prestar auxílio à popu- F. Leitão (Vice-Pres.), Ciro
lação carente. Inúmeras sugestões Marcondes (superinten-
surgiram e foram implementadas, dente), Alberto Michelucci
desde a realização de um jogo de (tesoureiro), Benedito de
basquete no Colégio Piracicabano, Andrade (secretário).
visando angariar recursos para a Walter Hahn foi
compra de cobertores aos presos da o generoso filantropo que
cadeia publica, que rendeu o valor doou os quatro lotes e pro-
de 700,00 cruzeiros, até a estratégia Branca Leite Marcondes videnciou a planta para a
utilizada por Adolfo de Carvalho, construção do abrigo. Do
que angariou muitos sócios contribuintes entre pessoas seu projeto inicial consta-
da cidade que não eram membros da igreja metodista. va a sugestão de um salão
O projeto social foi se ampliando progressiva- para cultos, dois amplos sa-
mente e no final de 1951 os planos se tornaram mais lões suficientes para abrigar
ousados, quando são dados os primeiros passos para a dez a doze camas cada um,
criação de uma vila para abrigo de idosos desampara- destinados a acolher idosos
dos. Artigo publicado no jornal Expositor Cristão (1/ que não estivessem em con-
nov./1951) traz essa informação, informa que houve a dições de subsistência pró-
indicação do nome “Vila Betel” e aponta que o projeto pria, isto é, que não pudes-
formal vai ser discutido pelo Conselho Paroquial extra- sem morar sozinhos e nem
ordinário convocado para o mês de novembro. Outro fossem capazes de preparar
artigo publicado pelo mesmo jornal (14/fev./1952), o próprio alimento. A cam-
exalta o esforço de D. Branca Leite Marcondes, dizen- panha do “metro quadrado
de construção” foi proposta
por Ismael Corazza, sendo
que Augusto leite Marcon-
des se comprometeu a ofe-
recer um “Livro de Ouro”
para registrar as doações
para a construção da obra.
O muro atrás de Branca Marcondes
é onde, hoje, se encontra a antiga
Dep. Aldrovandi entrega contribuição do governo à construção da Vila Betel casa pastoral, na Rua D. Pedro I.
5. GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011 5
MEMÓRIA
SAUDOSA ESCOLA DOMINICAL
Gustavo Jacques Dias Alvim
A
Escola Dominical da Igreja Metodista de Piraci- disciplina era rigorosa e os professores, muito respeitados
caba (depois Central, agora Catedral), na minha e admirados por todos. Havia excelentes revistas para o
juventude, era viva, alegre, evangelizadora e mis- estudo em classe da Escola Dominical, apropriadas para
sionária. Naquele tempo, não havia culto pela manhã e a cada idade. Durante a aula era feita a chamada do rol e
Escola Dominical se reunia no templo com uma abertura, recolhida a coleta (contribuição dos alunos e alunas). A
que começava às 10 horas em ponto, dirigida pelo supe- aula durava uns 45 minutos e terminava com o sinal, que
rintendente. Era o momento de orações, leitura bíblica, chamava todos para o encerramento, outra vez no tem-
pequenas dramatizações, recitação de poesias, cântico de plo. Estudava-se a Palavra Sagrada, havia concursos bíbli-
um hino e/ou corinhos, coral, instrumentistas ou canto- cos, aprendiam-se corinhos e versículos eram decorados.
res, etc., enfim uma programação variada e bem elaborada Quando o nome do aluno era chamado para o registro da
para preparar os alunos e alunas para as classes. O De- frequência, a gente respondia com a recitação de um versí-
partamento Primário fazia a abertura em separado. Foram culo bíblico. Os recursos pedagógicos eram pouquíssimos:
muitos os superintendentes que conheci, porém o que lousa e giz, cartazes e flanelógrafo; o resto, quando havia,
mais me marcou foi o Prof. Josaphat de Araújo Lopes, en- era fruto da imaginação e criatividade. As datas importan-
tão diretor do Co- tes eram comemo-
légio Piracicabano, radas. No fim do
pelo seu vigor e ano, a Escola Do-
entusiasmo con- minical fazia a ce-
tagiante. Profes- lebração do Natal,
sor, poeta, grande na qual não faltava
orador, eloqüente uma peça no palco
e de forte voz, ele da Igreja, sempre
tinha um vocabu- muito esperada.
lário erudito, que Para o en-
chamava a minha cerramento, or-
atenção. Algumas deiramente e em
das suas expressões fila, as crianças,
ficaram na minha vestidas com suas
memória, como melhores roupas,
“destra” e “sinis- voltavam para o
tra” para referir-se templo, simultane-
à direita e à esquerda. A frequência. bastante numerosa, amente com os juvenis, jovens e adultos. O secretário da
era reforçada, durante o período escolar, pela presença de Escola Dominical lia o relatório para informar a freqüên-
vários estudantes dos internatos do Colégio Piracicabano. cia, o número de bíblias trazidas pelos alunos, o resultado
Matriculei-me na Escola Dominical, dessa Igreja, da coleta, etc. Era feita a apresentação das classes vencedo-
com 11 ou 12 anos, na Classe dos “Cordeirinhos de Je- ras nos vários quesitos e no todo, premiando-se esta com
sus”, do Departamento Primário, cuja coordenadora era a outorga temporária do estandarte. Os nomes das clas-
Profª. Branca Piza. Os alunos eram divididos pelas classes ses eram sugestivos, como Filhas de Dorcas, Wesleyana,
por faixas etárias. Na minha classe, a professora era a dona Vanguarda, Soldados de Jesus e outros dos quais não me
Helena Schalch, de cabelos brancos, já idosa, muito inte- lembro mais. Havia excelentes professores e professoras.
ressada e dedicada. A dona Helena, também minha mes- Estes são pedaços da história de um tempo sau-
tra de aritmética no primeiro ano do curso ginasial, e suas doso e bom, em que a Escola Dominical (“o coração da
irmãs Ida e Sophia trabalhavam no Colégio Piracicabano. Igreja”) tinha no seu rol mais alunos do que membros da
As aulas dela, tanto num lugar como outro, eram boas, Igreja. Hoje, é preciso revitalizá-la. Foi este o brado do
apesar da voz um pouco enfraquecida. Naquele tempo, a último Concílio Geral.
6. 6 GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011
CULTOS CELEBRATIV
O
130º aniversário da Igreja Metodista e do Colégio
Piracicabano foi comemorado em culto especial de
ação de graças, no domingo, dia 11 de setembro.
Os Corais “Vozes do Pira” e “Encanta Pira”, compostos,
respectivamente, por adultos e crianças, abrilhantaram esse
momento de festa e gratidão. O cântico “Eu vejo o amor de
Deus”, nas vozes das crianças, encantou os presentes.
A celebração litúrgica foi dirigida pelo Revº Paulo
Dias Nogueira e Revª Ana Glória Prates Gris da Silva, da Pas-
toral do Colégio. A mensagem, baseada no texto de Malaquias
2:5-9, foi proferida pelo bispo emérito da Igreja Metodista,
Revmo. Paulo Ayres Mattos, especialmente convidado para
a ocasião. Em sua reflexão o pregador deu destaque para o
tema educação, enfatizando que a educação e a evangeliza-
ção andam juntas. Lembrou que, no tempo de Malaquias, a Pastor Paulo, Revmo. Paulo Ayres Mattos e Revª. Ana Glória Prates
educação ficava a cargo dos sacerdotes e, por isso, estes eram
tão importantes para o povo. Como a violência e a injustiça mas que a Palavra de Deus não estava algemada. “Nos dias de
campeavam entre a população, Malaquias colocava a grande hoje, como cristãos estamos numa situação muito delicada,
responsabilidade nos ombros dos sacerdotes por esse fato, pois pela falta de liberdade religiosa em alguns lugares. Além disso,
entendia que somente a educação poderia mudar um povo. há opressão, ameaças e comercialização da religião para satisfa-
E prosseguiu acrescentando: “Hoje não é diferente. A zer necessidades imediatas, como se a igreja fosse supermerca-
educação continua sendo o instrumento de do e Jesus uma mercadoria. Nós, metodistas,
transformação na vida das pessoas. Moral não podemos deixar isso acontecer em nossa
e ética são a base de todo o processo edu- Igreja. Seria traição ao Evangelho. É impor-
cacional. Estes valores não são só de cida- tante lembrar o exemplo de Martha Watts”,
dania, mas igualmente valores evangélicos. fundadora do Colégio Piracicabana.
Martha Watts e os missionários vieram ao A liturgia contou com uma primo-
Brasil para realizar uma missão, não por rosa parte musical, com vários convidados
dinheiro, mas para preservar estes valores”. ilustres que tornou a noite ainda mais espe-
Se no culto matutino o bispo des- cial. Foi um dia abençoado. Damos graças a
tacou a educação, no culto vespertino, ele Deus pelo privilégio de termos participado
enfatizou a evangelização. Começou dizen- dessa festejada data.
do que o apóstolo Paulo esteve em algemas, Bispo Paulo Ayres pregando a mensagem Inayá Toledo Veiga Ometto
Coral infantil “Encanta Pira” Profª. Marilice T. Oliveira Coral “Vozes de Pira”
Crianças presentes Presentes
7. GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011 7
IVOS DOS 130 ANOS
T
odo mês de setembro será lem- O culto foi encerrado com ora-
brado por belas e grandiosas ati- ção pelo pastor Paulo e a bênção apos-
vidades eclesiásticas em louvor tólica, impetrada pelo bispo Adonias.
a Deus pelas bênçãos recebidas, por to- Após o culto, reunimo-nos para um
dos esses anos. No dia 18, tivemos be- abençoado, variado e rico almoço, com
líssimo culto que contagiou toda a Igre- um grande número de irmãos e amigos.
ja, pela sua grandeza e fatos marcantes. Foi um verdadeiro banquete, marcado
Belo prelúdio abriu o culto. por muita alegria, amor e união.
Compuseram o púlpito os pastores Luis
de Souza Cardoso, Jesus Tavernard Ju- CULTO VESPERTINO
nior, Paulo Dias Nogueira e o bispo Belo prelúdio abriu a progra-
Adonias Pereira do Lago. Textos bíblicos mação, tocado no órgão pela irmã Vera
tocantes, cânticos, hinos e a afirmação do Quintanilha Cantoni. O culto, que con-
Credo Apostólico se destacaram nos dife- tou também com a presença do bispo
rentes momentos de gratidão e confissão. Josué Adam Lazier, foi conduzido pela
Os momentos para a confra- leitura espaçada do Salmo 24, O Coral
ternização entre os presentes na Igreja abrilhantou de modo muito especial,
Bispo Adonias Pereira do Lago, pregando a mensagem
revelaram muito amor, alegria e união todo o culto. Cânticos corais deram be-
entre todos. Maior destaque teve a recepção de um gran- leza ao culto e o Ministério do Acolhimento recebeu com muita
de número de novos membros (quase quarenta), o que deu alegria e amor os visitantes presentes.
um brilho especial ao culto. O Ministério do Acolhimento A mensagem do Bispo Adonias se baseou no texto
recebeu com muita sabedoria e carinho as visitas e muitos de Malaquias 15:21-28. Ele fez comentários profundos em
familiares dos irmãos recebidos. torno da palavra FÉ, fruto da graça de Deus em nossas vidas.
Bela e profunda foi a mensagem do bispo da 5ª Re- Fixou-se na importância da fé verdadeira por meio de várias
gião, Revmo. Adonias Pereira do Lago, baseada em Mateus citações, destacando do texto
28:18-20. Ele frisou a alegria de Deus quando pessoas for- Lido, o exemplo da mulher Cananéia.
mam aliança com Ele. Salientou a força e o poder do Espírito Houve apelo no final da mensagem; a Igreja se sen-
Santo na vida da Igreja. Deu relevo à necessidade de praticar tiu tocada e respondeu com alegria e devoção. O culto se
o amor e de se ter um foco na vida. Esse foco é Jesus Cristo; encerrou com oração pelo pastor Paulo e a benção pelo Bispo
depois, as outras pessoas e, finalmente, nós mesmos. No en- Adonias. No final, os presentes à Igreja foram convidados
cerramento da pregação, fez um apelo e os presentes no culto para o partir do bolo, no salão anexo ao templo.
responderam com alegria e de modo expressivo. Ester Siqueira Bezerra
Bênção especial
Pastor e esposa
recebendo a bênção
(no detalhe:
Valéria e Beatriz)
Autoridades presentes
8. 8 GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011
A relevância da
história para a criança
Ivone Oliveira Tavernard
“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as intimarás a teus filhos,
e delas falarás assentando-te em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (DEUTERONÔMIO 6: 6-7).
V ivemos em uma sociedade de inversão de valores.
Não raras vezes os valores morais e cristãos, acabam
por ficarem aos encargos das instituições escolares
e religiosas. Neste novo contexto dialogar, contar histórias
para os filhos, e o brincar de forma lúdica perde espaço para
autoridade e submeter-se a prescrição do profeta Eliseu (v.10
b). Naamã exultante com sua cura reconhece que Deus é
digno e adoração (v. 15).
A História de vida de Ana ensina-nos pelo menos
três grandes lições de suma relevância. Primeiro, a importân-
os objetos tecnológicos. Os objetos tecnológicos são uma re- cia de contar Histórias e fatos contidos na Bíblia. As Histó-
alidade que chegou para ficar, no entanto eles não podem rias bíblicas são valorosas para a vida das crianças. Segundo é
exercer a função de pai e mãe. o amor ao próximo. Ana demonstra preocupação por aquele
Na tradição judaico-cristã as Histórias eram repassa- que a tinha separado de sua família. Ela inverte a lógica do
das para as crianças oralmente. Moisés ao apresentar diante ensinamento mosaico, que diz: “Olho por olho, dente por
do povo as ordenanças de Deus, relatou a importância de en- dente, mão por mão, pé por pé,...” (ÊX: 21:24). Terceiro é
sino (tradição), tantos para os adultos como para as crianças. o Ouvir. Como é importante ouvirmos as crianças e apren-
“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; dermos com elas. Nesta narrativa bíblica não é a criança que
aprende com o adulto, é o adulto que ouve e dá crédito a
E as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentando-te em
História de fé e experiência de uma criança
tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantan-
Sendo assim, é fundamental que o contar história
do-te” (DEUTERONÔMIO 6: 6-7).
inicie-se na infância. A infância é o momento propício para a
O livro segundo Reis, 5: 1 -15, narra a História de
criança acumular experiência. As histórias narradas às
uma criança, que é levada cativa pelo exército do rei da Síria. crianças pelos avôs, pais,
A narrativa leva-nos a pensar que essa criança aprendeu sobre responsáveis e profes-
Deus, ouvindo Histórias em seu lar. sores as ensinarão a
A História ocorre em Israel, na Síria. E conta a His- amar a Deus sobre
tória do um homem que se chamava Naamã. “Ele era o che- todas as coisas.
fe do exército do rei”. (v.1) Naamã era um grande homem
diante de seu senhor, o rei. Porém, padecia de uma enfermi-
dade incurável na sua época (v.1b). Um dia Naamã saiu com
seus soldados para a batalha e ao retornar para casa, “levou
cativa uma menina, que passou a servir a sua esposa”. (v.2).
Ainda que o texto não mencione o nome da menina,
vou aqui chamá-la de Ana. Ana tornou-se conhecedora do
sofrimento de Naamã. E no momento oportuno diz a sua
senhora: “Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profe-
ta que está em Samaria: ele o restauraria da lepra”. (v.3). Seu
testemunho de fé e convicção levou esperança para a família
de Naamã. O poderoso Naamã ao tornar-se conhecedor de
que poderia ser curado, conta ao rei da Assíria que
por sua vez, no exercício de sua autoridade envia
uma carta ao rei de Israel (v.6).
Naamã empreende esforços para ficar cura-
do. E, ao receber a orientação do pro-
feta de Deus, despe-se de seu poder e
9. GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011 9
“A voz do céu se espalha pelo mundo inteiro...”
e tem o som de muitas crianças.
Lisete Espíndola, Joanice Casemiro e Cia Pastores: Paulo e Luiz Carlos Elenise Ramos e sua performance com as crianças
D
omingo é sempre um dia especial. É espe- mas, com uma boa combinação. Imaginem essa diferen-
cial porque é dia de folga, e um dia de folga ça nas ideias, muitas delas vão aparecer para a gente com-
dá muitas ideias pra gente. Essas ideias logo partilhar e assim poderemos ser bem mais criativos. Mas
que são compartilhadas ganham asas, cara, corpo e o momento especial foi a história contada pelo pastor, “a
acabam virando realidade. Foi assim que aconteceu do grilo que não foi na mudança, porém, apareceu ou-
em nossa igreja no domingo de 21 de agosto. tro fazendo o mesmo barulho na casa nova, um suspense
Um culto mais do que ou Deus que apareceu por lá ?”
especial foi preparado para as Aprendemos muito nesse do-
crianças, teve muita música, mingo, ouvimos na oração que
história de grilo, história da Deus cuida da gente até quan-
latinha Diva narrada pela pro- do estamos brincando e que
fessora Vastí Ferrari Marques e parece até a nossa mãe.
muita gente mostrando talen- Fizemos a partilha do
tos que certamente não mos- pão e da água, foi muito in-
trariam no horário do “culto teressante fazer uma ceia di-
de todo domingo”. Porém, ferente. Lembramos que o
esse foi um culto especial, pois, pão é um produto criado pelo
foi realizada uma oficina de homem depois de uma longa
música para crianças e adultos. Elenise Ramos caminhada da vida do trigo
A oficina de música foi e que a água é oferecida pela
acompanhada ao piano pela natureza e quanto mais pre-
professora Lisete Espíndola e servada for de qualquer in-
regida pela maestrina Joanice terferência humana mais pura
Casemiro que, com todo cari- ela estará. Assim é a vida que
nho, nos ensinou alguns exer- precisa ser cuidada por Deus e
cícios para aquecer a voz. Nos- pelo homem também.
so canto ficou mais bonito. As Entendemos que Deus
músicas foram interpretadas e está sempre conosco e que tem
encenadas pela maestrina Ele- um amor que vai durar para
nise Ramos e foram muito criativas. Foram momentos sempre. Então não importa se é azul ou rosa, se a brin-
de alegria e muita espontaneidade. A história desse do- cadeira é de carrinho ou boneca, se é de panelinha ou de
mingo ficou a cargo do pastor Luiz Carlos Ramos, foi caminhão o legal é brincar juntos espalhados pelo chão.
muito divertida e significativa. Esse domingo foi realmente muito importante, foi
As músicas ensinadas na oficina lembraram que ser um presente de Deus que chegou para nós por meio de
diferente é muito importante, cantamos sobre as diferen- pessoas muito especiais.
ças das nossas próprias mãos. Quantos dedos diferentes, Shirlei Debussi Pissaia
10. 10 GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011
Porque nós somos para com Deus
o bom perfume de Cristo...
(2 Coríntios 2.15ª)
A
Voz Missionária com- grande problema é que vive-
pleta no dia 18 de se- mos procurando este meio
tembro de 2011, 82 termo. Não existe uma pes-
anos de existência, Jubileu de Cra- soa meio perfumada, ou ela
vo. Segundo a Wikipédia, o cravo é é completamente perfumada
a flor do craveiro, planta herbácea, ou não. Não existe uma meia
pertencente à família Caryophylla- transformação do ambiente,
ceae, gênero Dianthus, que alcança quando o perfume fica im-
até um metro de altura. As flores do pregnado no ar, ele transfor-
cravo apresentam muitas tonalida- ma o ambiente.
des, do branco ao vermelho, passan- Um negociante, indo a
do pelo amarelo e pelo rosa. Certas uma cidade, num certo dia,
variedades exalam um aroma delica- sentiu no ar um perfume que,
do, motivo pelo qual são utilizadas a princípio, ele não conseguia
na fabricação de perfumes. Portan- saber de onde vinha.
to, o Cravo nos remete à beleza, perfume e resistência. A Então, ele perguntou a alguém a causa desse perfume. A
Voz Missionária tem resistido ao tempo, mudanças, crises pessoa lhe explicou que, à tarde, quando as operárias de uma
e lutas, transmitido a beleza das verdades eternas em suas fábrica de perfume saíam do trabalho e se misturavam às outras
páginas e exalado o bom perfume de Cristo. pessoas na rua, o perfume que no serviço aderia a suas roupas era
O apóstolo Paulo afirma que nós somos o bom perfume sentido pelas pessoas na rua e se espalhava a distância.
de Cristo. O dicionário define perfume como cheiro agra- Vivemos num mundo onde os sinais de morte se fazem
dável exalado de uma substância aromática; produto feito de presente, estes sinais de morte têm aparência e cheiro de
essência aromática e usado para perfumar. E perfumar é o ato morte. No dia 11 de setembro, o mundo lembrou com pesar
de espalhar perfume ou por perfume em si mesmo. Na mente que há dez anos atrás, aconteceu o ataque terrorista às torres
de Paulo estava a imagem do triunfo romano: os generais gêmeas em Nova Iorque. Após o ataque, a cidade exalava o
romanos, após a vitoriosa campanha militar passeavam por cheiro de morte, presentes nos sinais de destruição e morte.
toda cidade exibindo os presos condenados à morte, que per- A presença do discípulo(a) de Jesus neste mundo deve ser
maneceram fiéis ao general derrotado, e os salvos da pena de uma presença agradável, espalhando ao seu redor um perfu-
morte, mas condenados à escravidão; o povo que ia assistir à me que é sentido por todos quantos convivem com ele/ela.
parada militar queimava incenso e ervas perfumadas ao lon- Essa presença deve se irradiar como um perfume que vence
go da estrada. Para os vencedores, esse era um perfume de os sinais de morte.
vida; para os vencidos, um perfume de morte, pois seriam Hoje, as empresas procuram substâncias que permane-
executados ou lançados nas prisões ao final do desfile. çam na pele por horas e não somente durante alguns instan-
O perfume de uma pessoa permanece no ambiente, tes enquanto se borrifa o perfume. Os perfumes franceses
mesmo depois de sua partida e dá a idéia de duração e de são conhecidos pelo seu poder de fixação e duração. Porém,
lembrança, simbolizando assim a memória que traz a lem- mesmo após algumas horas, este perfume some da pele e do
brança do portador da fragrância. Eu tive uma tia, cujo per- ambiente. Mas, existe um perfume que permanece para sem-
fume (La Femme) marcou minha infância. Até hoje quando pre: o perfume de Cristo.
sinto o cheiro deste perfume, recordo minha infância e mi- As edições da Voz Missionária chegam como um aroma
nha tia. Paulo mostra que nós podemos sair de cena, mas de vida e suas mensagens como bom perfume de Cristo. A
nossos atos e exemplos permanecerão indeléveis na mente e nossa oração é que a Voz Missionária continue irradiando
na vida das pessoas, assim como a pessoa de minha tia ficou vida através de suas páginas e espalhe o bom perfume de
marcada pelo seu perfume. Cristo, que leva vida e vence os sinais de morte. Aproveita-
O amor de Cristo é o aroma que atinge a totalidade mos a oportunidade e lhe fazemos um convite: ajude a es-
da vida. Quando nos abrimos à comunhão com Deus, Ele palhar o perfume de Cristo através da Voz Missionária, para
entra em comunhão conosco na forma sutil de um perfu- que ela continue resistindo, levando beleza e perfumando a
me. Evangelho é perfume de vida para a vida; rejeitando- vida das mulheres metodistas.
o, torna-se perfume de morte para a morte. O evangelho Amélia Tavares
nos coloca diante de uma opção, não existe meio termo. O Redatora Voz Missionária
11. GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011 11
Umas e Outras Inayá Toledo Veiga Ometto
NOTA 10 “NA PADOCA DA METÔ”
Parabenizamos todas as pessoas que foram res- Fazendo pão para o restauro
ponsáveis pela programação dos festejos dos 130 anos
de nossa Igreja. A bonita decoração do templo, a pri-
morosa parte musical, os preletores de alto nível e ou-
tros detalhes, se somaram ao amor e dedicação dos or-
ganizadores. Nota 10.
CAFÉ DA MANHÃ
O café da manhã, que deu início às comemora-
ções do mês de setembro, mais uma vez foi um sucesso. A
mesa posta, com a colaboração de cada um dos presentes,
era mais bonita que a de um hotel 5 estrelas. Foram mo-
mentos de alegria, confraternização e fraternidade. Para-
béns ao Ministério da Ação Docente e Escola Dominical.
OFICINAS DE MÚSICAS CÂNTICOS E CORINHOS
A Oficina de Música, promovida pelo Ministério Aguarde o novo livrete de cânticos e corinhos.
de Ação Docente (a coordenadora Rinalva é incansável), Ele vem aí para também marcar os 115 anos de nossa
no culto matutino do dia 20 de agosto foi um momento Sociedade. Está excelente.
único. Tivemos o privilégio de apreciar o talento da or-
ganista Lisete Espindola, nos encantando mais uma vez.
O culto foi dirigido pelo Rev. Luiz Carlos Ramos, que, LIVRO DE RECEITAS
com seu carisma cativante, deixou-nos uma rica mensa-
Outro presente para nós será a publicação do li-
gem, envolvendo a todos e principalmente, as crianças.
vro de Receitas de nossa Sociedade. Com tantas mulhe-
Contamos, ainda, com a presença da Elenise Ramos, en-
res talentosas certamente o livro será um sucesso. Dona
cantadora irmã do pastor Luiz Carlos que, com seu jeito
Benta que se cuide!
descontraído e engraçado, nos brindou com deliciosas
brincadeiras, levando todos a rirem bastante. Uma ma-
nhã perfeita, para nunca ser esquecida. CHANCELA: 115 ANOS DA SMM
Parabéns ao Genival Cardoso da Equilíbrio Edi-
VISITA AO LAR BETEL tora. Aluno da Escola Dominical e recém recebido na
Com o coração cheio de carinho e as mãos trans- Igreja Metodista por profissão de fé, é o artista da chan-
bordando de lembranças, um grupo da Sociedade Me- cela dos 115 anos da SMM.
todista de Mulheres visitará os idosos do Lar Betel no
dia 6 de outubro.
Colabore doando os presentes e participe desse ATIVIDADES DA SMM
evento para levar a eles sua solidariedade. Visita ao Lar Betel a ser marcada (veja boletim) encontro na Igreja
3º Sarau Artístico dia 22/10 (sábado) 15h30 Salão Social
PARABÉNS Reunião Mensal
dia 19/11 (sábado)
Comemoração Salão Social
Estão de parabéns as sócias Clóris Alessi, Wil- dos 115 anos da SMM
ma Baggio Câmara da Silva e Maria Leny Alessi que Visita ao Lar Betel dia 1/12 (5ª feira) 14h encontro na Igreja
apresentaram o novo “Caderno de Endereços e Aniver- Bazar de Natal dia 10/12 (sábado) 15h Salão Social
sários”. Foi um trabalho de muito fôlego. Continuem Celebração de Natal
dia 17/12 (sábado) 12h
Salão Social
assim, prestativas e atuantes. (almoço da “travessinha)
12. 12 GAIVOTA • Setembro/Outubro • 2011
Velhice...
o que diz a Bíblia?
C
onvido você a uma breve reflexão bíblico- dos anciãos (presbyteros) no Sinédrio ao lado dos es-
pastoral sobre o tema da velhice. Na Bíblia cribas e sacerdotes (Mt 15:1-2; Mc 7:1-5; At 4:5-8).
existem várias palavras que podem ser tra- Pode-se afirmar que a sociedade israelita em seus
duzidas por ancião/velho/idoso. Neste artigo destacarei vários momentos históricos sempre respeitou e reve-
apenas zāqēn (hebraico) e presbytero (grego), uma no renciou os idosos, reconhecendo neles idoneidade e
Antigo Testamento e a outra no Novo Testamento. sabedoria. A igreja primitiva, conhecida pelos textos
A palavra zāqēn, derivada de zāqān, barba, significa do Novo Testamento, seguirá esta mesma tradição,
idoneidade e sabedoria provenientes de uma vida farta valorizando os anciãos, dando-lhes lugar de destaque
de dias. Esta palavra e liderança nas co-
aparece 167 vezes no munidades nascen-
plural e 9 no singu- tes. Por sua idade e
lar. Na Septuaginta experiência o ancião
(LXX) ela foi traduzi- era respeitado e sua
da por (presbyteros). opinião valorizada;
Nos textos que ele participava das
narram o tempo do principais decisões
Êxodo, os anciãos da comunidade; era
são apresentados responsável pela ad-
como importantes ministração, o en-
personagens, pessoas sino e o governo da
que recebiam tarefas igreja (Atos 15:1-4;
específicas e lidera- 1 Pedro 5:1-4).
vam o povo sob a Ainda que exis-
responsabilidade de tam outras palavras
Moisés (Êx 3:16-22; para designar ancião
17:5-7; 24:1-3). Durante o período da monarquia os na Bíblia, por ser este um espaço exíguo, optei por
anciãos formavam o Conselho Real. Decidiam sobre destacar apenas as palavras zāqēn e presbyteros. Dese-
os acordos de paz ou os atos de guerra. Em muitos jo que esta breve reflexão possa auxiliar nossa socieda-
momentos assumiam funções judiciárias (2Sm 17:1- de na releitura da velhice. Primeiramente, desejo que
4,15; 1Rs 20:7-8; Dt 19:10-13). No período do Exí- os próprios anciãos e anciãs reconheçam sua grande
lio Babilônico o povo de Israel não tinha uma lide- responsabilidade, por isso precisam lançar fora toda a
rança oficial, sendo assim os anciãos eram os únicos autocomiseração e, respeitando os seus limites, devem
a exercerem autoridade sobre o povo. Quando retor- contribuir para um mundo melhor. Meu segundo dese-
naram à Palestina, o povo estabeleceu em cada cidade jo é que a nossa sociedade aprenda a respeitar e valorizar
um conselho de anciãos, formando, assim, o Sinédrio. seus anciãos e anciãs.
No Novo Testamento, verifica-se a participação ativa Rev. Paulo Dias Nogueira