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Momento conjuntural no Brasil:
destacando alguns elementos
      4º Congresso do Sintrafesc: Painel
"Movimento sindical, transformações no mundo
     do trabalho e desafios ambientais”

          FLORIANÓPOLIS, 06 DE DEZEMBRO DE 2012
Avanços da situação
         socioeconômica no Brasil
• Milhões de pessoas saíram da pobreza nos últimos anos
• O Governo Federal vem implementando um plano para tentar
  enfrentar o processo de desindustrialização (Plano Brasil Maior)
• O Governo Federal vem colocando em prática uma série de
  ações para erradicar a miséria no país (Plano Brasil sem
  Miséria)
• Foram elevadas substancialmente as transferências
  governamentais para os pobres (especialmente através do Bolsa
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• O governo lançou um programa para combater o déficit
  habitacional no país, o Minha Casa Minha Vida, que desde o seu
  lançamento já contratou 1,8 milhão de casas e apartamentos,
  tendo construído já um milhão de moradias
Avanços da situação
      socioeconômica do país
• As taxas de juros foram reduzidas ao menor
  patamar da história e melhorou o acesso ao
  crédito
• Há um processo importante e inédito de
  geração de empregos na economia brasileira
  (que não cessou nem com a crise de 2007/8)
• O salário mínimo teve expressivos ganhos reais
  nos últimos anos e, a partir de 2011, passou a
  ter uma política de correção, com base na
  expansão do PIB
Avanços e imensos desafios
• Não se pode menosprezar nada do que foi
  e está sendo feito
• Mas todo país tem seus desafios,
  especialmente quando se é jovem e em
  desenvolvimento
• Para atingirmos a condição de um país
  realmente desenvolvido, os desafios
  colocados para a nação e para os
  trabalhadores, são gigantescos
Crise mundial tende a ser profunda e
             prolongada
• Econômica: possibilidade de uma crise prolongada, com
  epicentro na Europa, por causa das dívidas soberanas
• Política: Há uma flagrante desconstrução da democracia,
  com ataques ao direitos conquistados em décadas.
• A Europa tem a sua história atravessada pelas guerras
• Nos últimos 50 anos o Continente conquistou a paz
  relativa e a democracia fundada em direitos econômicos e
  sociais
• Mas todas essas conquistas estão sendo atacadas,
  porque a retirada de direitos tem sido apresentada
  pelos governos como saída para a crise
Está em curso a “commoditização”
  da produção em algumas regiões
• Países da América Latina e da África resistem à crise
  através da exploração e exportação da natureza
  (minérios, produtos agrícolas, combustíveis fosseis, etc.)
• Mas quem fixa o preço das commodities são os EUA, a
  China e a Europa
• Cada vez pagam menos dinheiro por maior volume de
  mercadorias
• O mercado futuro já fixa preços para as colheitas de 2016
• A especulação com alimentos fez subir, nos últimos anos,
   o número de famintos crônicos no mundo, de 800 milhões
  para 1,2 bilhão
Aumenta o preço de mercado dos dois
  principais bens da natureza: terra e água
• Empresas transnacionais investem pesado na compra de
  terra e fontes de água potável na América Latina, Ásia e
  África
• Esses países se desnacionalizam pela desapropriação de
  seus territórios
• Desde a crise econômica de 2008, foi acelerado
  imensamente o processo de compras de terras no
  mundo
• Até 2008 o volume de transações de terra era de 4 milhões
  de hectares por ano. Já em 2009 foi contabilizado 45
  milhões de hectares, sendo 75% na África e 3,6% no Brasil
  e na Argentina
Concentração dos meios de
      comunicação no país
• O sistema é dominado por oligopólios e visceralmente ligado aos
  interesses econômicos dominantes, o que muito atrapalha o
  desenvolvimento e a própria democracia
• Em qualquer país os principais meios de comunicação são
  instrumento de dominação política das grandes empresas, é ele
  quem define o imaginário das pessoas
• Os MC acabam sendo instrumento fundamental de dominação
  das classes hegemônicas e, por isso, têm que ser regulados
  pelo poder público
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  regulamenta todo o sistema
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        travada no país
• Cinco milhões de agricultores sem-terra se
  abrigam em precários acampamentos à beira
  de estradas ou habitam assentamentos com
  baixo índice de produtividade
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  famílias neste ano, até final de outubro
• É o nº mais baixo registrado neste mesmo
  período em dez anos e representa apenas
  36% da meta estabelecida para 2012, de 30
  mil famílias
Reforma agrária está travada
• O número de assentamentos deste ano periga
  ficar atrás do registrado em 2011, que foi o mais
  baixo dos últimos 16 anos (21.933 famílias)
• Nos dois mandatos de FHC, a marca mais baixa
  foi de 42.912 assentamentos, em 1995, primeiro
  ano de governo
• O MST tem divulgado que o pessoal encarregado
  da RA alega que, antes de abrir novos
  assentamentos, deseja melhorar os já existentes.
  O que é um verdadeiro absurdo
A economia brasileira encontra-se em
        estado de semiestagnação
• Houve mudança importantes no manejo do Tripé de
  política econômica, mas não o seu rompimento
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  assim como as metas de inflação
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  sobrevalorizado
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  presa a uma armadilha de altas taxas de juros e
  baixa taxa de câmbio que mantém a taxa de
  investimentos muito baixa
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               pública
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  Ministério do Planejamento divulgou que: se
  todos as reivindicações dos trabalhadores do
  Executivo, Legislativo e Judiciário fossem
  aceitas pela União, a conta chegaria a R$ 92,2
  bilhões ao ano - metade da folha de
  pagamento atual, de R$ 187 bilhões

• De fato é uma cifra assustadora...
Gastos com a dívida pública
• No entanto, o Brasil gastou, nos 12 meses encerrados
  em agosto deste ano, R$ 224,046 bilhões, ou 5,17%
  do PIB com os serviços da dívida pública
• Os gastos com os juros somente neste ano, até
  agosto, já chegaram a R$ 147,5 bilhões
• Investimentos janeiro a agosto: R$ 42,9 bilhões (1%
  do PIB)
• Ou seja, segue a transferência brutal de recursos
  públicos via dívida pública, muito acima dos
  investimentos (e pouca gente menciona)
Este será o sexto ano seguido que o fluxo
  de IED financiará o déficit em transações
              correntes do Brasil
• Como as opções de investimentos mundo
  afora estão escassas, continua firme o apetite
  do capital estrangeiro por investir no Brasil
• Muitos analistas acham ótimo e elogiam a
  capacidade do Brasil atrair os
  investimentos externos diretos
• Mas estes capitais para investimento direto
  vêm ao Brasil, basicamente, para adquirir o
  controle de empresas nacionais
Há, portanto, um processo de aceleração da
 desnacionalização da economia brasileira

• No 1º semestre do ano as corporações estrangeiras
  adquiriram 167 empresas de capital nacional, maior
  liquidação de empresas privadas brasileiras num único
  semestre em toda a história do país
• A maior parte das empresas é comprada por
  transnacionais com sede nos EUA, França, Inglaterra e
  Alemanha
• Desde 2004, passaram a ser controladas de fora do país
  1.167 empresas que antes eram nacionais, sendo
  86,5% destas (1.009 empresas) desnacionalizadas após
  2006, ano em que o Governo Federal passou a facilitar
  o ingresso no país do investimento estrangeiro direto
IED e desnacionalização no
              Brasil
• Ou seja, o outro lado da atração de IED é a desnacionalização
  da produção no país
• Uma das razões do déficit externo neste ano (US$ 53 bilhões) é
  a remessa de lucros e dividendos ao exterior que deve
  chegar a US$ 24 bilhões
• Com a desnacionalização da economia se aprofundando, cada
  vez mais os centros de decisão econômica das empresas
  estarão localizados nos países centrais do capitalismo
• Grandes corporações transnacionais tomam suas decisões de
  investimento levando em conta os seus interesses
  estratégicos – que na maioria das vezes estão profundamente
  imbricados com os interesses estratégicos dos Estados
  Nacionais onde estão sediadas as empresas – e não os deste
  ou daquele país onde mantêm filiais
Crise mundial e
             desnacionalização
▪    A crise do capitalismo financeiro internacional fez
    com que um grande volume de capital fictício viesse
    para o Brasil, especialmente a partir de 2008
    ▪ Estes capitais adquiriram terras, usinas, etanol,
    hidrelétricas, poços de petróleo, empresas
    industriais, e até a empresa de serviços de saúde
    ▪ Exemplo é a Amil. Com um cadastro de 8
    milhões de brasileiros, a empresa foi recentemente
    desnacionalizada e transferida para um grupo de
    empresários estadunidenses
Crise mundial e
           desnacionalização
• No setor sucroalcooleiro, em apenas três anos, o
  capital estrangeiro passou a controlar 58% de todas
  as terras de cana, usinas de açúcar e etanol
• Hoje, três empresas controlam o setor: Bunge,
  Cargill e Shell
• O grande objetivo destes capitais são os
  recursos do pré-sal, pela sua importância
  estratégica e lucros extraordinários (enquanto o
  preço do barril está ao redor de 115 dólares, o custo
  de extração do pré-sal é de apenas 16 dólares)
Burguesia brasileira e projeto
           nacional
• A classe dominante brasileira não defende os interesses
  nacionais, mas apenas os seus interesses imediatos
• Para tanto, se apropria de recursos públicos ou se alia
  subalternamente aos interesses da burguesia internacional
• Ilustração: o comportamento dos industriais de SC em
  relação à instalação da BMW no Norte do Estado. É
  inacreditável o grau de subserviência do governo estadual e
  dos empresários em relação ao capital alemão
• Não bastasse a disponibilização do mercado interno, as
  isenções fiscais e outras benesses, o BRDE foi capitalizado,
  para que a BMW possa contrair empréstimos de até R$ 240
  milhões na instituição. É muita subserviência e puxa
  saquismo
O Brasil e os paraísos fiscais
• Há alguns meses, os jornais revelaram que
  haveria 580 bilhões de dólares de capitalistas
  brasileiros depositados em paraísos fiscais no
  exterior
• A maior parte dessa fortuna sai do país sem
  pagar impostos, e parte dela às vezes retorna
  para esquentar investimentos estratégicos, ou
  mesmo apenas para limpar sua origem, como
  revelou o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr.,
  “A privataria Tucana”
O problema da
            desindustrialização
• Em 1940, a indústria representava 20% do PIB no Brasil; em
  1985 este número tinha crescido para 36%; no ano passado
  havia recuado para 15% e hoje certamente tem um peso ainda
  menor (em função da atual crise na indústria)
• As exportações de manufaturados, em quantidade, estão em
  declínio desde 2007, tendo sido, em 2011, 15% inferiores às
  daquele ano. No mesmo período a quantidade das importações
  de manufaturados elevou-se em 59%.
• Hoje temos uma complementaridade indesejada com a
  economia chinesa, na qual exportamos commodities e
  importamos produtos industriais
• O próprio EUA tem tido grande superávit com o Brasil. No ano
  passado, o nosso déficit no comércio com os EUA chegou a
  US$ 8 bilhões
Relação entre desnacionalização e
       desindustrialização
• Grandes corporações transnacionais tomam suas
  decisões de investimento levando em conta os seus
  interesses estratégicos e não os do país onde têm
  filiais
• Estes, na maioria das vezes, estão profundamente
  imbricados com os interesses estratégicos dos Estados
  Nacionais onde estão sediadas as empresas
• Neste contexto um país com economia inserida de
  forma dependente no sistema mundial corre o risco de
  desindustrialização, dependendo de como as empresas
  transnacionais que nele atuam definirem a organização
  de suas cadeias de produção e seus fornecedores
O desafio educacional
• O Brasil tem apenas 6,6 milhões de brasileiros nas
  universidades (3,5% da população)
• O país tem 13,6% de adultos analfabetos literais e
  29% de adultos analfabetos funcionais (sabem ler e
  assinar o nome, mas são incapazes de escrever
  uma carta sem erros ou interpretar um texto)
• O brasileiro lê apenas 4 livros por ano, em média
• O orçamento deste ano para o Ministério da Cultura
  é de apenas R$ 5 bilhões (enquanto se gasta mais
  de US$ 220 bilhões com juros da dívida)
Elevado grau de informalidade
• O país passou por um forte e importante
  processo de formalização do trabalho nos
  últimos anos
• Mas, dos 92 milhões de trabalhadores, quase
  a metade não tem carteira assinada. Ou seja,
  temos ainda um longo caminho a percorrer no
  campo da formalização do trabalho
Miséria e concentração de renda

• Apesar do Brasil ser o principal exportador
  de carne do mundo, temos ainda 16
  milhões de miseráveis (dos quais 40%
  têm até 14 anos de idade e 71% são
  negros e pardos. Possivelmente a maioria
  são mulheres)
• O país tem o 6º PIB do mundo, mas
  ocupa a vergonhosa posição de 84º lugar
  no IDH da ONU
Concentração de renda e
         exclusão social
• Quatro milhões de menores de 14 anos de idade
  ainda se encontram fora da escola e submetidos a
  trabalhos indignos
• Dos domicílios, 47,5% carecem de saneamento
  básico, o que significa um universo de 27 milhões
  de moradias nas quais vivem 105 milhões de
  pessoas
• Há cerca de 25 mil pessoas submetidas ao
  trabalho escravo, sobretudo nos Estados da
  Amazônia, que continua sendo desmatada
Violência e consumo de drogas
▪   O Brasil é o segundo maior consumidor de
     drogas no mundo (atrás apenas dos EUA)
    ▪ Convive com grande violência urbana. Os
     homicídios são a principal causa de mortes de
     jovens entre 12 e 25 anos
     ▪ O trânsito mata 56.000 pessoas por ano,
     número superior ao número de soldados
     estadunidenses mortos nos 10 anos de Guerra
     do Vietnã
Ausência de um projeto
  nacional de desenvolvimento
• O governo brasileiro não tem um projeto nacional
  de desenvolvimento
• Adota, aqui e ali, medidas que têm caráter nacional,
  mas isso não significa um projeto nacional, que
  consiga resolver os grandes problemas nacionais
• Possivelmente o enfrentamento dessa tarefa
  implicaria, a partir de determinado momento, em se
  indispor pra valer com as classes dominantes (ou
  com setores dela)
• Vontade que parece ausente do governo atual
  como um todo, até pela sua composição de forças
Período de transição na
       economia internacional
• Devemos viver nas próximas décadas um longo
  período de transição com o declínio dos Estados
  Unidos e Europa e ascensão da China e dos demais
  emergentes
• Uma transição com essas características abre
  oportunidades históricas para projetos mais
  independentes de desenvolvimento econômico
• A grande crise mundial pode ser uma oportunidade
  ímpar para o Brasil encaminhar um projeto nacional
  de desenvolvimento, que combine crescimento com
  distribuição da riqueza
Medidas e políticas importantes
• Aceleração do desenvolvimento
  econômico do país
• Subordinação dos sistemas bancário e
  cambial aos interesses desse
  desenvolvimento
• Posse dos recursos naturais do país e a
  recuperação das empresas e recursos
  públicos estratégicos dilapidados
Medidas e políticas importantes
• Efetivação de um programa de reforma
  agrária que penalize o latifúndio improdutivo
  e beneficie as propriedades produtivas de
  pequeno e médio porte
• Destinação de maiores verbas às políticas
  públicas de educação, o fortalecimento do
  ensino público e a melhor adequação dessas
  políticas aos interesses do desenvolvimento
  tecnológico e cultural do país
Medidas e políticas importantes
• Reforço aos orçamentos de entidades de saúde
  pública
• Obrigação dos serviços privados de seguridade de
  ressarcirem gastos dos serviços públicos de saúde
  com atendimento a segurados dos serviços privados
• Fomento à pesquisa de aplicação de novos
  procedimentos de saúde sanitária básica, preventiva e
  de tecnologia atual
• Implementação de uma política democrática de
  segurança pública, o fortalecimento da política de não
  discriminação de gênero e raça
Medidas e políticas importantes
• Reforço do controle pelo poder público das
  concessões de meios de comunicação a grupos
  privados com vistas ao aprofundamento do regime
  democrático
• Ampliação e a consolidação da política de unidade
  com a América do Sul – essencial para a
  preservação dos governos progressistas na região
• Defesa de uma política externa de respeito à
  soberania dos Estados, de relações amistosas com
  todos os povos e de defesa da paz.
Claro Enigma
• “Tantos pisam este chão que ele talvez /
  um dia se humanize (...) / Nossos donos
  temporais ainda não devassaram / o claro
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Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc 6.12.12

  • 1. Momento conjuntural no Brasil: destacando alguns elementos 4º Congresso do Sintrafesc: Painel "Movimento sindical, transformações no mundo do trabalho e desafios ambientais” FLORIANÓPOLIS, 06 DE DEZEMBRO DE 2012
  • 2. Avanços da situação socioeconômica no Brasil • Milhões de pessoas saíram da pobreza nos últimos anos • O Governo Federal vem implementando um plano para tentar enfrentar o processo de desindustrialização (Plano Brasil Maior) • O Governo Federal vem colocando em prática uma série de ações para erradicar a miséria no país (Plano Brasil sem Miséria) • Foram elevadas substancialmente as transferências governamentais para os pobres (especialmente através do Bolsa Família) • O governo lançou um programa para combater o déficit habitacional no país, o Minha Casa Minha Vida, que desde o seu lançamento já contratou 1,8 milhão de casas e apartamentos, tendo construído já um milhão de moradias
  • 3. Avanços da situação socioeconômica do país • As taxas de juros foram reduzidas ao menor patamar da história e melhorou o acesso ao crédito • Há um processo importante e inédito de geração de empregos na economia brasileira (que não cessou nem com a crise de 2007/8) • O salário mínimo teve expressivos ganhos reais nos últimos anos e, a partir de 2011, passou a ter uma política de correção, com base na expansão do PIB
  • 4. Avanços e imensos desafios • Não se pode menosprezar nada do que foi e está sendo feito • Mas todo país tem seus desafios, especialmente quando se é jovem e em desenvolvimento • Para atingirmos a condição de um país realmente desenvolvido, os desafios colocados para a nação e para os trabalhadores, são gigantescos
  • 5. Crise mundial tende a ser profunda e prolongada • Econômica: possibilidade de uma crise prolongada, com epicentro na Europa, por causa das dívidas soberanas • Política: Há uma flagrante desconstrução da democracia, com ataques ao direitos conquistados em décadas. • A Europa tem a sua história atravessada pelas guerras • Nos últimos 50 anos o Continente conquistou a paz relativa e a democracia fundada em direitos econômicos e sociais • Mas todas essas conquistas estão sendo atacadas, porque a retirada de direitos tem sido apresentada pelos governos como saída para a crise
  • 6. Está em curso a “commoditização” da produção em algumas regiões • Países da América Latina e da África resistem à crise através da exploração e exportação da natureza (minérios, produtos agrícolas, combustíveis fosseis, etc.) • Mas quem fixa o preço das commodities são os EUA, a China e a Europa • Cada vez pagam menos dinheiro por maior volume de mercadorias • O mercado futuro já fixa preços para as colheitas de 2016 • A especulação com alimentos fez subir, nos últimos anos, o número de famintos crônicos no mundo, de 800 milhões para 1,2 bilhão
  • 7. Aumenta o preço de mercado dos dois principais bens da natureza: terra e água • Empresas transnacionais investem pesado na compra de terra e fontes de água potável na América Latina, Ásia e África • Esses países se desnacionalizam pela desapropriação de seus territórios • Desde a crise econômica de 2008, foi acelerado imensamente o processo de compras de terras no mundo • Até 2008 o volume de transações de terra era de 4 milhões de hectares por ano. Já em 2009 foi contabilizado 45 milhões de hectares, sendo 75% na África e 3,6% no Brasil e na Argentina
  • 8. Concentração dos meios de comunicação no país • O sistema é dominado por oligopólios e visceralmente ligado aos interesses econômicos dominantes, o que muito atrapalha o desenvolvimento e a própria democracia • Em qualquer país os principais meios de comunicação são instrumento de dominação política das grandes empresas, é ele quem define o imaginário das pessoas • Os MC acabam sendo instrumento fundamental de dominação das classes hegemônicas e, por isso, têm que ser regulados pelo poder público • Os sindicatos e o movimento social sofre na carne o problema • A campanha pelos pisos estaduais em Santa Catarina • A Argentina aprovou, recentemente, a Lei de Meios, que regulamenta todo o sistema
  • 9. A reforma agrária está travada no país • Cinco milhões de agricultores sem-terra se abrigam em precários acampamentos à beira de estradas ou habitam assentamentos com baixo índice de produtividade • Segundo o Incra o governo assentou 10.815 famílias neste ano, até final de outubro • É o nº mais baixo registrado neste mesmo período em dez anos e representa apenas 36% da meta estabelecida para 2012, de 30 mil famílias
  • 10. Reforma agrária está travada • O número de assentamentos deste ano periga ficar atrás do registrado em 2011, que foi o mais baixo dos últimos 16 anos (21.933 famílias) • Nos dois mandatos de FHC, a marca mais baixa foi de 42.912 assentamentos, em 1995, primeiro ano de governo • O MST tem divulgado que o pessoal encarregado da RA alega que, antes de abrir novos assentamentos, deseja melhorar os já existentes. O que é um verdadeiro absurdo
  • 11. A economia brasileira encontra-se em estado de semiestagnação • Houve mudança importantes no manejo do Tripé de política econômica, mas não o seu rompimento • Os superávits primários continuam sendo buscados, assim como as metas de inflação • O câmbio deu uma melhorada, mas o real continua sobrevalorizado • A economia brasileira não deslancha porque está presa a uma armadilha de altas taxas de juros e baixa taxa de câmbio que mantém a taxa de investimentos muito baixa
  • 12. Superávit primário e dívida pública • Após a longa greve dos servidores federais o Ministério do Planejamento divulgou que: se todos as reivindicações dos trabalhadores do Executivo, Legislativo e Judiciário fossem aceitas pela União, a conta chegaria a R$ 92,2 bilhões ao ano - metade da folha de pagamento atual, de R$ 187 bilhões • De fato é uma cifra assustadora...
  • 13. Gastos com a dívida pública • No entanto, o Brasil gastou, nos 12 meses encerrados em agosto deste ano, R$ 224,046 bilhões, ou 5,17% do PIB com os serviços da dívida pública • Os gastos com os juros somente neste ano, até agosto, já chegaram a R$ 147,5 bilhões • Investimentos janeiro a agosto: R$ 42,9 bilhões (1% do PIB) • Ou seja, segue a transferência brutal de recursos públicos via dívida pública, muito acima dos investimentos (e pouca gente menciona)
  • 14. Este será o sexto ano seguido que o fluxo de IED financiará o déficit em transações correntes do Brasil • Como as opções de investimentos mundo afora estão escassas, continua firme o apetite do capital estrangeiro por investir no Brasil • Muitos analistas acham ótimo e elogiam a capacidade do Brasil atrair os investimentos externos diretos • Mas estes capitais para investimento direto vêm ao Brasil, basicamente, para adquirir o controle de empresas nacionais
  • 15. Há, portanto, um processo de aceleração da desnacionalização da economia brasileira • No 1º semestre do ano as corporações estrangeiras adquiriram 167 empresas de capital nacional, maior liquidação de empresas privadas brasileiras num único semestre em toda a história do país • A maior parte das empresas é comprada por transnacionais com sede nos EUA, França, Inglaterra e Alemanha • Desde 2004, passaram a ser controladas de fora do país 1.167 empresas que antes eram nacionais, sendo 86,5% destas (1.009 empresas) desnacionalizadas após 2006, ano em que o Governo Federal passou a facilitar o ingresso no país do investimento estrangeiro direto
  • 16. IED e desnacionalização no Brasil • Ou seja, o outro lado da atração de IED é a desnacionalização da produção no país • Uma das razões do déficit externo neste ano (US$ 53 bilhões) é a remessa de lucros e dividendos ao exterior que deve chegar a US$ 24 bilhões • Com a desnacionalização da economia se aprofundando, cada vez mais os centros de decisão econômica das empresas estarão localizados nos países centrais do capitalismo • Grandes corporações transnacionais tomam suas decisões de investimento levando em conta os seus interesses estratégicos – que na maioria das vezes estão profundamente imbricados com os interesses estratégicos dos Estados Nacionais onde estão sediadas as empresas – e não os deste ou daquele país onde mantêm filiais
  • 17. Crise mundial e desnacionalização ▪ A crise do capitalismo financeiro internacional fez com que um grande volume de capital fictício viesse para o Brasil, especialmente a partir de 2008 ▪ Estes capitais adquiriram terras, usinas, etanol, hidrelétricas, poços de petróleo, empresas industriais, e até a empresa de serviços de saúde ▪ Exemplo é a Amil. Com um cadastro de 8 milhões de brasileiros, a empresa foi recentemente desnacionalizada e transferida para um grupo de empresários estadunidenses
  • 18. Crise mundial e desnacionalização • No setor sucroalcooleiro, em apenas três anos, o capital estrangeiro passou a controlar 58% de todas as terras de cana, usinas de açúcar e etanol • Hoje, três empresas controlam o setor: Bunge, Cargill e Shell • O grande objetivo destes capitais são os recursos do pré-sal, pela sua importância estratégica e lucros extraordinários (enquanto o preço do barril está ao redor de 115 dólares, o custo de extração do pré-sal é de apenas 16 dólares)
  • 19. Burguesia brasileira e projeto nacional • A classe dominante brasileira não defende os interesses nacionais, mas apenas os seus interesses imediatos • Para tanto, se apropria de recursos públicos ou se alia subalternamente aos interesses da burguesia internacional • Ilustração: o comportamento dos industriais de SC em relação à instalação da BMW no Norte do Estado. É inacreditável o grau de subserviência do governo estadual e dos empresários em relação ao capital alemão • Não bastasse a disponibilização do mercado interno, as isenções fiscais e outras benesses, o BRDE foi capitalizado, para que a BMW possa contrair empréstimos de até R$ 240 milhões na instituição. É muita subserviência e puxa saquismo
  • 20. O Brasil e os paraísos fiscais • Há alguns meses, os jornais revelaram que haveria 580 bilhões de dólares de capitalistas brasileiros depositados em paraísos fiscais no exterior • A maior parte dessa fortuna sai do país sem pagar impostos, e parte dela às vezes retorna para esquentar investimentos estratégicos, ou mesmo apenas para limpar sua origem, como revelou o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., “A privataria Tucana”
  • 21. O problema da desindustrialização • Em 1940, a indústria representava 20% do PIB no Brasil; em 1985 este número tinha crescido para 36%; no ano passado havia recuado para 15% e hoje certamente tem um peso ainda menor (em função da atual crise na indústria) • As exportações de manufaturados, em quantidade, estão em declínio desde 2007, tendo sido, em 2011, 15% inferiores às daquele ano. No mesmo período a quantidade das importações de manufaturados elevou-se em 59%. • Hoje temos uma complementaridade indesejada com a economia chinesa, na qual exportamos commodities e importamos produtos industriais • O próprio EUA tem tido grande superávit com o Brasil. No ano passado, o nosso déficit no comércio com os EUA chegou a US$ 8 bilhões
  • 22. Relação entre desnacionalização e desindustrialização • Grandes corporações transnacionais tomam suas decisões de investimento levando em conta os seus interesses estratégicos e não os do país onde têm filiais • Estes, na maioria das vezes, estão profundamente imbricados com os interesses estratégicos dos Estados Nacionais onde estão sediadas as empresas • Neste contexto um país com economia inserida de forma dependente no sistema mundial corre o risco de desindustrialização, dependendo de como as empresas transnacionais que nele atuam definirem a organização de suas cadeias de produção e seus fornecedores
  • 23. O desafio educacional • O Brasil tem apenas 6,6 milhões de brasileiros nas universidades (3,5% da população) • O país tem 13,6% de adultos analfabetos literais e 29% de adultos analfabetos funcionais (sabem ler e assinar o nome, mas são incapazes de escrever uma carta sem erros ou interpretar um texto) • O brasileiro lê apenas 4 livros por ano, em média • O orçamento deste ano para o Ministério da Cultura é de apenas R$ 5 bilhões (enquanto se gasta mais de US$ 220 bilhões com juros da dívida)
  • 24. Elevado grau de informalidade • O país passou por um forte e importante processo de formalização do trabalho nos últimos anos • Mas, dos 92 milhões de trabalhadores, quase a metade não tem carteira assinada. Ou seja, temos ainda um longo caminho a percorrer no campo da formalização do trabalho
  • 25. Miséria e concentração de renda • Apesar do Brasil ser o principal exportador de carne do mundo, temos ainda 16 milhões de miseráveis (dos quais 40% têm até 14 anos de idade e 71% são negros e pardos. Possivelmente a maioria são mulheres) • O país tem o 6º PIB do mundo, mas ocupa a vergonhosa posição de 84º lugar no IDH da ONU
  • 26. Concentração de renda e exclusão social • Quatro milhões de menores de 14 anos de idade ainda se encontram fora da escola e submetidos a trabalhos indignos • Dos domicílios, 47,5% carecem de saneamento básico, o que significa um universo de 27 milhões de moradias nas quais vivem 105 milhões de pessoas • Há cerca de 25 mil pessoas submetidas ao trabalho escravo, sobretudo nos Estados da Amazônia, que continua sendo desmatada
  • 27. Violência e consumo de drogas ▪ O Brasil é o segundo maior consumidor de drogas no mundo (atrás apenas dos EUA) ▪ Convive com grande violência urbana. Os homicídios são a principal causa de mortes de jovens entre 12 e 25 anos ▪ O trânsito mata 56.000 pessoas por ano, número superior ao número de soldados estadunidenses mortos nos 10 anos de Guerra do Vietnã
  • 28. Ausência de um projeto nacional de desenvolvimento • O governo brasileiro não tem um projeto nacional de desenvolvimento • Adota, aqui e ali, medidas que têm caráter nacional, mas isso não significa um projeto nacional, que consiga resolver os grandes problemas nacionais • Possivelmente o enfrentamento dessa tarefa implicaria, a partir de determinado momento, em se indispor pra valer com as classes dominantes (ou com setores dela) • Vontade que parece ausente do governo atual como um todo, até pela sua composição de forças
  • 29. Período de transição na economia internacional • Devemos viver nas próximas décadas um longo período de transição com o declínio dos Estados Unidos e Europa e ascensão da China e dos demais emergentes • Uma transição com essas características abre oportunidades históricas para projetos mais independentes de desenvolvimento econômico • A grande crise mundial pode ser uma oportunidade ímpar para o Brasil encaminhar um projeto nacional de desenvolvimento, que combine crescimento com distribuição da riqueza
  • 30. Medidas e políticas importantes • Aceleração do desenvolvimento econômico do país • Subordinação dos sistemas bancário e cambial aos interesses desse desenvolvimento • Posse dos recursos naturais do país e a recuperação das empresas e recursos públicos estratégicos dilapidados
  • 31. Medidas e políticas importantes • Efetivação de um programa de reforma agrária que penalize o latifúndio improdutivo e beneficie as propriedades produtivas de pequeno e médio porte • Destinação de maiores verbas às políticas públicas de educação, o fortalecimento do ensino público e a melhor adequação dessas políticas aos interesses do desenvolvimento tecnológico e cultural do país
  • 32. Medidas e políticas importantes • Reforço aos orçamentos de entidades de saúde pública • Obrigação dos serviços privados de seguridade de ressarcirem gastos dos serviços públicos de saúde com atendimento a segurados dos serviços privados • Fomento à pesquisa de aplicação de novos procedimentos de saúde sanitária básica, preventiva e de tecnologia atual • Implementação de uma política democrática de segurança pública, o fortalecimento da política de não discriminação de gênero e raça
  • 33. Medidas e políticas importantes • Reforço do controle pelo poder público das concessões de meios de comunicação a grupos privados com vistas ao aprofundamento do regime democrático • Ampliação e a consolidação da política de unidade com a América do Sul – essencial para a preservação dos governos progressistas na região • Defesa de uma política externa de respeito à soberania dos Estados, de relações amistosas com todos os povos e de defesa da paz.
  • 34. Claro Enigma • “Tantos pisam este chão que ele talvez / um dia se humanize (...) / Nossos donos temporais ainda não devassaram / o claro estoque de manhãs / que cada um traz no sangue, no vento” (“Contemplação no banco”, Claro Enigma, 1951).