O documento descreve as características geográficas, usos da água e impactos ambientais da bacia hidrográfica do Rio das Antas no Rio Grande do Sul. A bacia cobre uma área de 26.428 km2 e abrange 119 municípios. Os principais usos da água incluem abastecimento, irrigação, navegação e geração de energia. No entanto, despejos domésticos e industriais, assim como a agricultura, causam poluição hídrica e outros problemas ambientais na bacia
2. Características Geográficas
• Bacia hidrográfica do sistema
Taquari-Antas
• Está situada na região nordeste
do estado do Rio Grande do Sul
• Tem uma área de 26.428 km2,
equivalente a 9% do território
estadual,
• Abrange 119 municípios, total
ou parcialmente.
3. • Limites: ao norte, com a bacia
do rio Pelotas; a oeste e ao
sul, com a bacia do rio Jacuí;
e a leste com as bacias dos
rios Caí e Sinos.
4. • Principais afluentes: pela margem esquerda rios Camisas, Tainhas e Lajeado Grande e São
Marcos; pela margem direita - rios QuebraDentes, da Prata, Carreiro, Guaporé, Forqueta
e Taquari-Mirim.
• O rio Taquari nasce no extremo leste do
Planalto dos Campos Gerais, com a denominação
de rio das Antas, até a confluência com o rio
Carreiro, nas imediações do município de São
Valentim do Sul.
• A partir daí, passa a denominar-se Taquari,
desembocando no rio Jacuí (maior formador do
Guaíba), junto à cidade de Triunfo.
5. • O rio das Antas percorre 390 Km
e
o
rio
Taquari,
140
Km,
totalizando uma extensão de 530
Km.
6. • Devido
à
magnitude,
esta
bacia
possui
características
físicas
diferenciadas, como áreas de alto
índice de industrialização, áreas
com predomínio de produção primária,
zonas intensamente urbanizadas e
riscos de ocorrência de enchentes,
entre outras.
• Os
municípios
integrantes
desta
bacia
concentram
20%
do
PIB
estadual,
caracterizando-se
por
possuírem a base econômica voltada
para
um
setor
industrial
em
crescimento.
7. • O trecho mais significativo em
termos de uso e ocupação do
solo está compreendido entre os
municípios de Antônio Prado e
Veranópolis, concentrando 50%
da
população
e
57%
das
indústrias da bacia.
8. • A
área
ocupada
por
uma
ampla
variedade de cultivos agrícolas é
maior do que um milhão de hectares,
gerando
problemas
relativos
à
utilização de agrotóxicos e adubos
químicos, aos processos erosivos, com
consequente aumento da turbidez, e ao
assoreamento.
• Em 1993, havia 8.123 indústrias na
bacia do Taquari-Antas, de variados
ramos de produção.
9. • A
bacia
hidrográfica
possui
climas
subtropical e temperado, e quatro tipos de
vegetação:
Savana,
Floresta
Ombrófila
Mista, Floresta Estacional Decidual e
Áreas de Tensão Ecológica.
• Ainda
podem
ser
observados
diversos
ambientes
onde
a
vegetação
natural
encontra-se
em
satisfatório
nível
de
preservação, nas encostas íngremes dos
vales, onde o acesso é difícil e o local
impróprio a práticas agrícolas.
• Os
locais
mais
preservados
são
representados
por
dez
unidades
de
conservação correspondentes a 16.000 h,
sendo a mais importante a do Parque
Nacional dos Aparados da Serra, em Cambará
do Sul.
10. • O rio Taquari, em épocas de chuvas
contínuas,
pode
sofrer
grandes
flutuações de vazão, encher e causar
enchentes nas áreas mais baixas,
causando prejuízos consideráveis à
agricultura e ao sistema viário.
• A zona urbana dos municípios do
baixo Taquari, especialmente Lajeado
e Estrela, foi inundada em cinco
ocasiões
nos
últimos
dez
anos,
acarretando
enormes
prejuízos
à
economia e à infraestrutura urbana
dessas cidades.
11. Em relação aos usos da água, destacam-se
• Abastecimento público e industrial,
• Irrigação;
• Dessedentação de animais - a população
calculada em equivalentes bovinos é de
958.749 animais;
• Navegação comercial –é
desenvolvida com
intensidade desde Muçum até a foz do
Taquari, em uma extensão de 148 km,
havendo três portos públicos neste trecho:
Taquari, Mariante e Estrela. Entre estes
terminais
portuários
destaca-se
o
de
Estrela, pelo volume de carga movimentado
e área de influência;
• Recreação - vários pontos dos rios são
usados como balneários, para a prática de
canoagem e áreas de camping. Os rios mais
utilizados são os da Prata, Santa Rita,
das Antas e Taquari;
12. • Pesca comercial;
• Geração de energia elétrica - o Rio
Grande do Sul é um dos estados
brasileiros com maior carência de
energia elétrica, apesar de possuir
um
grande
potencial
ainda
não
utilizado, principalmente nas bacias
do Uruguai e Taquari-Antas. A CEEE
desenvolveu estudos para inventariar
os potenciais hídricos passíveis de
aproveitamento
para
geração
de
energia elétrica na bacia do TaquariAntas,
identificando
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aproveitamentos de pequeno porte,
mais
adequados
as
suas
características
geomorfológicas,
pedológicas e hidrológicas
13. Diluição de Efluentes
• Os rios e arroios da bacia servem
como corpo receptor e via de
transporte
de
efluentes
de
variadas
origens,
como
os
despejos domésticos – na grande
maioria
sem
tratamento,
os
despejos industriais, as águas
pluviais de drenagem urbana, as
lixívias de depósitos de resíduos
sólidos e as águas de drenagem
rural,
incluindo
lavouras,
plantios diversos e criação de
animais.