5. História de uma extinção
Walter Alvarez, em 1980, descobriu uma anomalia
no teor de irídio numa sequência sedimentar marinha
com idade situada na fronteira K-T (Cretácico-
Terciário), na cidade de Gubbio, em Itália.
Este metal nobre, muito comum nos meteoritos, tem
ali uma concentração cerca de trinta vezes superior
à das rochas da superfície terrestre.
Nuno Correia - 08/09
6. Foi encontrado quartzo de choque
nas rochas portadoras da
anomalia de irídio, nas escavações
da fronteira K-T, tanto na Europa
como na América.
Esta forma de quartzo parece
resultar da transformação da
variedade comum deste mineral,
por acção de pressões
gigantescas, só atribuíveis, em
condições naturais, a grandes
impactos cósmicos.
Nuno Correia - 08/09
7. Presença de tectites
As tectites são pequenas
esferas vítreas,
provavelmente
resultantes de
fusão, seguida de
solidificação, e
tendem a ser
associadas a impactos
meteoríticos.
Nuno Correia - 08/09
8. O irídio é um elemento
pouco abundante na
crusta terrestre, mas
relativa-mente
abundante no espaço
exterior, podendo ter
chegado à Terra
através de um
impacto com um
asteróide ou um
cometa.
Nuno Correia - 08/09
9. Desta forma, foi formulada
a hipótese de que um
corpo de grandes
dimensões, oriundo do
espaço, tenha colidido com
a Terra nesta altura.
Nuno Correia - 08/09
10. Cratera de Impacto
No México foi encontrada
uma estrutura circular,
datada do Terciário, com
200 a 300 quilómetros
de diâmetro, e que foi
identificada como uma
cratera de impacto
meteorítico - a cratera
de Chicxulub.
Nuno Correia - 08/09
12. Este impacto teria
levantado uma nuvem
de poeira e de outras
pequenas partículas, de
tal modo intensa, que
fez com que a luz solar
não fosse capaz de a
atravessar e chegar
até ao solo.
Nuno Correia - 08/09
13. Esta é a causa
correntemente
atribuída à extinção
dos dinossáurios,
como defendeu
Alvarez.
Nuno Correia - 08/09
15. O irídio é um elemento do
grupo da platina, muito raro
na crosta terrestre, mas não
tão raro no manto.
Através do vulcanismo podem
chegar à superfície grandes
quantidades de irídio.
Nuno Correia - 08/09
16. Foram feitas sondagens na estrutura de Chicxulub,
supostamente corres-pondente a uma cratera de
impacto meteorítico, e verificou-se que as ro-chas
sedimentares abaixo dela se apresentam pouco
deformadas.
Estruturas semelhantes a tectites foram encontradas
em rochas vulcâni-cas da Gronelândia, formadas
no início do Terciário.
Nuno Correia - 08/09
17. As escoadas dos Traps do
Decão representam milhões
de quilómetros cúbicos de
basalto, com idade situada
no limite K-T.
Nuno Correia - 08/09
18. A análise da composição do ar
contido em fragmentos de
âmbar, com idades
compreendidas entre 68 e 62
milhões de anos, revelou, para
esse período de tempo,
variações no teor de oxigénio
da ordem dos seis a oito por
cento, provavelmente em
consequência de transformações
na atmos-fera, induzidas por
erupções vulcânicas.
Nuno Correia - 08/09
19. Actividade 2 – pg 16
A ciclicidade
nas extinções
Nuno Correia - 08/09
20. Némesis é um de entre vários
nomes dados à pequena estrela
companheira do nosso Sol.
Esta pequena estrela está agora a
cerca de dois anos-luz de nós,
em afastamento, mas daqui a
poucos milhões de anos dará a
volta e encaminhar-se-á, de
novo, em direcção à Terra.
Nuno Correia - 08/09
21. Sepkoski e Raup
No início da década de 80
do século XX, dois
paleontólogos da
Universidade de Chicago,
John Sepkoski (1948-
1999) e David Raup (n.
1933), resolveram compilar
todos os elementos
existentes sobre todos os
organismos marinhos
extintos nos últimos 600
milhões de anos.
Nuno Correia - 08/09
23. As extinções em massa provocadas por choque de corpos
celestes com a Terra não é aceite por toda a
comunidade científica.
Alguns paleontólogos defendem que a extinção dos
dinossáurios foi lenta e gradual, ao contrário do que a
teoria do impacto faz supor. Muitos geólogos
argumentam que o teor em irídio, presente na camada
de argila, poderia ser o resultado de actividade
vulcânica muito intensa capaz de o trazer do interior
da Terra, onde se pensa que seja muito mais
abundante do que na crusta.
Nuno Correia - 08/09
24. Com os conhecimentos actuais, será muito difícil excluir
definitivamente qualquer uma das prováveis
hipóteses da extinção em massa.
Provavelmente, nem será necessário.
Com efeito, vários modelos têm sido apresentados em
que os dois fenómenos poderão estar associados.
Nuno Correia - 08/09