1. SÍMBOLOS DA PRIMEIRA RÉPUBLICA
Trabalho realizado por:
Bruno Neves nº 3
Iago Costa nº12
Ivo sousa nº 16
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Índice
Introdução p. 3
Bandeira Nacional p. 4
Hino Nacional p. 5
Biografia de Alfredo Keil e de Henrique Lopes de Mendonça p. 6
História do escudo p. 7
Conclusão p. 11
Netgrafia p. 12
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Introdução
Neste trabalho vamos ficar a saber mais sobre os símbolos da 1ª república que são:
- Moeda (o escudo).
- Bandeira.
- Hino (A Portuguesa).
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A Bandeira da Primeira República
A Bandeira de Portugal é a bandeira nacional da República Portuguesa. É um bicolor
rectangular com um campo desigual dividido em verde na tralha, e vermelho na batente. O
brasão de armas (a Esfera armilar e o Escudo português) está centrado sobre o limite das
cores da bandeira, a uma distância igual das bordas superior e inferior. A 30 de Junho de
1911, menos de um ano após a queda da monarquia constitucional, este projecto foi
oficialmente adoptado para a nova bandeira nacional, após ser seleccionado, entre várias
propostas, por uma comissão cujos membros incluíam Columbano Bordalo Pinheiro, João
Chagas e Abel Botelho.
A conjugação do novo domínio de cores, especialmente o uso do verde, não era
tradicional na composição da Bandeira Nacional Portuguesa e representou uma mudança
radical de inspiração republicana, que rompeu o vínculo com a bandeira monárquica religiosa.
Desde da tentativa frustrada de insurreição republicana a 31 de Janeiro de 1891, o vermelho e
o verde tinham sido estabelecidos como as cores do Partido Republicano Português e seus
movimentos associados, cuja importância política continuou crescendo até atingir um período
de auge na sequência da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910.
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O Hino da 1ª República
Com resultado do sentimento nacional profundo vindo da humilhação sofrida
pelo Ultimato Inglês imposto pelos Britânicos em 1890, surge, no mesmo ano, uma
música de exaltação nacional feita pelo autor da música Alfredo Keil e Henrique Lopes
de Mendonça, autor da letra. Devido ao seu forte carácter patriótico, apesar de ter
sido proibida após o 31 de janeiro de 1891, foi escolhida como hino republicano em
1911. Mas, sofreu a seguinte alteração: o verso "Contra os bretões marchar,
marchar!", que fazia parte da versão original, foi alterado para "Contra os canhões
marchar, marchar!".
Concluindo, o hino passou a chamar-se “A PORTUGUESA” e passou a ser assim:
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
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Biografia de Henrique Lopes Mendonça e Alfredo Keil
Alfredo Keil
Busto de Alfredo Keil no jardim da Praça
da Alegria, Lisboa
Nome completo Alfredo Cristiano Keil
Nascimento 3 de julho de 1850
Lisboa Portugal
Morte 4 de outubro de 1907
(57 anos)
Hamburgo
Nacionalidade Português
Ocupação compositor de música,
pintor, poeta,
arqueólogo e
coleccionador
Henrique Lopes de Mendonça
Henrique Lopes de Mendonça retratado
por Columbano
Nascimento 12 de fevereiro de
1856
Lisboa, Portugal
Morte 24 de agosto de
1931 (75 anos)
Lisboa, Portugal
Ocupação militar, historiador,
arqueólogo naval,
professor,
conferencista,
dramaturgo,
cronista e
romancista
Nacionalidade Portuguesa
Obra(s) de
destaque
Letra de A
Portuguesa
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História do escudo
O escudo foi criado em 22 de maio de 1911, cinco meses após a Proclamação
da República, por decreto do Governo Provisório. O ministro das Finanças era, então,
José Relvas. A nova moeda renovou o sistema monetário português, colocou a unidade
monetária portuguesa ao nível das dos outros países e evitou as desvantagens práticas
do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao
emprego de grande número de algarismos para representar na escrita uma quantia.
Assim, a taxa de conversão foi fixada em mil réis (reais).
A nova moeda foi buscar o nome ao início da II Dinastia. O Rei D. Duarte, quando
decidiu retomar a cunhagem em ouro, mandou bater os primeiros escudos, dado que
era esta a figura que aparecia representada na moeda. Ao longo da história da
monarquia, outros reis mandaram cunhar moedas de ouro com esta denominação. O
escudo era, assim, uma moeda nobre por ser fabricada naquele metal precioso.
Deverá ter sido esta, uma das razões que levou os responsáveis do regime republicano
a designarem a nova unidade monetária desta forma.
Segundo o preâmbulo do decreto de 22/05/1911, encontravam-se, na altura,
em circulação cerca de 34 400 contos de moedas de prata e 3 900 contos de moedas
de cupro-níquel e de bronze. O mesmo diploma mandou substituir estes valores por 35
500 contos de moedas de prata de 1$00, $50, $20 e $10 e por 3 750 contos de bronze-
níquel de $04, $02, $01 e $005, mas este plano nunca foi integralmente cumprido. As
primeiras moedas só foram cunhadas em 1912 e até 1917 apenas foram emitidos
cerca de 13 000 contos de novas moedas em prata.
Quanto ao papel-moeda, encontravam-se em circulação, no momento da
Proclamação da República, notas de 500, 1 000, 2 500, 5 000, 10 000, 20 000, 50 000 e
100 000 réis que o Banco de Portugal alterou, apondo-lhes sobre a coroa a sobrecarga
República, tendo desta forma continuado em circulação até 1929. Contudo, a primeira
nota emitida em escudos data de 1913 e resultou da alteração da chapa já gravada
destinada à nota de 5 000 réis, que passou assim a apresentar o valor facial de 5
escudos. Nela figurava Alexandre Herculano. A primeira nota concebida para escudos
foi a de 20 escudos, com uma primeira emissão datada de 14 de outubro de 1916. No
centro desta nota aparecia Almeida Garrett e dos lados as figuras alegóricas da Justiça
e da Glória.
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A mudança do sistema monetário estendeu-se às colónias portuguesas de
África, por decreto do Governo Provisório de 22 de maio de 1911, complementado
pelo decreto nº 141, de 18 de setembro de 1913 que determinou ainda que a
contabilidade pública das colónias portuguesas de Cabo Verde, Guiné, São Tomé e
Príncipe, Angola e Moçambique deveria ser feita de acordo com o novo sistema
monetário a partir de 1 de janeiro do ano seguinte. Foi também em 1913 que a
contabilidade do Estado português passou a ser feita em escudos.
Desde 1911, data do I Governo Constitucional, vivia-se em Portugal um forte clima de
instabilidade política, agravado, em 1914, pela Primeira Guerra Mundial e pela
participação de Portugal neste conflito a partir de 1916. As consequências internas
foram gravosas. O período de 1917 a 1924 caracterizou-se pela escassez de moeda,
coexistindo as de bronze, com as de ferro e cupro-níquel. Para as substituir, registou-
se uma avalanche de cédulas e outro numerário de papel. A subida dos preços que
acompanhou a Primeira Guerra Mundial e se prolongou até 1924 fez com que o
escudo neste ano passasse a valer menos 25 vezes do que aquando da sua criação e o
valor intrínseco da moeda metálica ultrapassou o respetivo valor nominal, provocando
o seu entesouramento, nomeadamente através de depósitos no estrangeiro. Ao
mesmo tempo, surgiram cédulas emitidas à margem da lei para as substituir. Como
medida para ultrapassar esta situação, o Banco de Portugal e a Casa da Moeda
emitiram cédulas, tendo aquele procedido ainda à impressão de notas de valores
muito baixos - 50 centavos e 1 escudo. Na mesma época, circularam igualmente notas
de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 500 e 1 000 escudos, em mais de uma chapa, nelas figurando
personalidades de relevo da História portuguesa.
Em 1924, o ministério de Álvaro de Castro tomou uma série de medidas para
travar a queda do escudo, nomeadamente a venda de reservas de prata do Banco de
Portugal. Neste ano, o executivo reformou também a moeda metálica, aumentando o
teor da liga e reduzindo o seu valor real. As cédulas foram sendo recolhidas e retiradas
de circulação, sendo substituídas por moedas de 1 escudo e de 50 centavos em bronze
e alumínio, de 20, 10 e 0,5 centavos em cobre. Em 1927, foi decretada a substituição
das moedas de bronze e alumínio por moeda de igual valor em alpaca. Quanto às
notas, o Banco de Portugal lançou novas notas e reforçou as anteriores. De recordar
que o escudo em 1924 valia 25 vezes menos do que em 1911, em grande parte devido
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aos esforço financeiro português na Primeira Guerra Mundial. Em 1925 deu-se o maior
escândalo financeiro da história do escudo: a grande burla-falsificação de Alves dos
Reis, ou caso Angola e Metrópole, com mais reflexos negativos em termos políticos do
que financeiros ou económicos. Alves dos Reis inundou o País com 200 000 notas de
500 escudos duplicadas, com a efígie de Vasco da Gama.
Em 1930, o ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, acabou com a
dupla circulação monetária em Portugal, retirando a divisa monárquica. A partir de
1931, assistiu-se a um novo período na história da moeda portuguesa, marcado pela
transformação oficial do escudo de ouro em simples padrão teórico. O escudo
conheceu entre 1920 e 1940, apesar dos percalços da economia portuguesa, um
período de "relativa estabilidade", com "apenas" 20 desvalorizações. Até ao fim da
Segunda Guerra Mundial, 1945, o escudo não evitou algumas derrapagens e
oscilações, devido ao conflito, mas depois recuperou a estabilidade, que se manteve
até à década de 60. Outra faceta curiosa marcou a evolução do escudo no Estado
Novo: o uso de notas e moedas como complemento popularizante dos manuais de
história e da propaganda oficial do regime. Registou-se na Ditadura também uma
normalização de emissões de notas e moedas, "patrióticas" e de glorificação dos heróis
nacionais e dos Descobrimentos.
Na década de 60 o império começou a ruir. O escudo coabitava nas colónias
com moedas locais; aí a guerra estalava e ameaçava perdurar, como veio a suceder. Na
economia portuguesa, a inflação, pela primeira vez na história da Ditadura, conheceu
um crescimento desmesurado, com o poder de compra em queda e as convulsões
sociais a ameaçarem crises políticas. Em 1971, na Europa comunitária, entretanto,
começava a construir-se a moeda única europeia. Em Portugal, depois do 25 de abril
de 1974, acabou a chamada "zona do escudo", processo que se concluiria nas ex-
colónias em 1977, com a implementação das novas moedas nacionais. Crises
económicas e inflação permanente em níveis elevados assolaram o País desde a
Revolução, principalmente entre 1977 e 1986, conhecendo-se depois, graças à adesão
de Portugal à Comunidade Económica Europeia um período de crescimento
económico. Novas moedas de 1, 5 e 10 escudos de latão-níquel e de 20, 25, 50, 100 e
200 em cupro-níquel, para além de edições especiais. Alguns destes valores em moeda
seriam extintos na década de 90. Em relação ao papel-moeda, mantiveram-se em
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circulação notas nos valores anteriores e iniciou-se a emissão de valores novos: 2 000
escudos (1991), 5 000 (1980) e 10 000 (1996). As últimas notas em escudos fabricadas
pelo Banco de Portugal (1 000, 2 000, 5 000 e 10 000) entraram em circulação em
fevereiro e outubro de 1996.
Entretanto, desde julho de 1990 que existia a União Económica e Monetária,
que visava a coordenação das políticas monetárias europeias e a criação a médio prazo
de uma moeda única na União Europeia (UE, nova designação da CEE desde 1992).
Desde 1994 os estados-membros da UE adotaram políticas de combate ao défice e de
convergência económica. Em 1995, cria-se a designação de "euro" para a nova moeda
única, em substituição do ECU. anos Entretanto, o escudo preparava-se para
desaparecer: em 1999, valia menos 2 500 vezes do que quando foi criado. Portugal foi
um dos países que conseguiu entrar no clube Euro dos países que adotariam a nova
moeda única, graças ao facto de ter conseguido cumprir os critérios de convergência
para a nova divisa. O euro começou a fazer parte em 1 de janeiro de 2002 nas carteiras
dos portugueses, coabitando com o escudo até 28 de fevereiro desse ano, quando a
velha moeda republicana portuguesa, com 91, desapareceu para sempre.
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Conclusão
Agora já concluído este trabalho, sentimo-nos muito orgulhosos porque achamos que
o realizamos bem e porque ficamos a saber mais sobre este assunto. Por isso, achamos que
este trabalho contribui muito para os nossos conhecimentos.
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Netgrafia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Portugal, consultado em 2-4-2013
http://www.google.pt/search?q=imagens+da+bandeira+portuguesa&hl=pt, consultado em 2-
4-2013
https://www.google.pt/search?q=bandeira+portuguesa+da+1.+significado&hl=pt- bandeira-
de-portugal.html%3B570%3B321, consultado em 2-4-2013
http://www.infopedia.pt/$a-portuguesa-(hino), consultado em 2-4-2013
http://www.google.pt/search?q=imagens+da+bandeira+portuguesa&hl=pt,consultadoem 2-4-
2013
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_Lopes_de_Mendon%C3%A7a, consultado em 2-4-2013
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfredo_Keil, consultado em 2-4-2013
http://www.infopedia.pt/$historia-do-escudo-(), consultado em 2-4-2013
http://www.google.pt/search?q=imagens+da+bandeira+portuguesa&hl=pt-, consultado em 2-
4-2013
https://www.google.pt/search?hl=pt-
PT&q=MOEDAS+DA+PRIMEIRA+REP&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.45960087,d.ZGU&biw=1280
&bih=923&um=1&ie=UTF-8&tbm, consultado em2-4-2013
https://www.google.pt/search?hl=pt-
PT&q=MOEDAS+DA+PRIMEIRA+REP&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.45960087,d.ZGU&biw=1280
&bih=923&um=1&ie=UTF-, consultado em 2-4-2013