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Intervenção_001

FEUDALISMO


         Bolsistas: Lucas Grima e Naira Rodrigues.

                    27 de Fevereiro de 2013
O que foi o feudalismo?
    De fato, o feudalismo institucional ou estrito baseia-se numa relações humanas, ou
seja, no acordo contratual entre dois homens livres para efeitos de exercícios do poder ou
de autoridade jurisdicional. A sua peculiaridades resulta também da relação assimétrica
entre eles, quer dizer, nesse contrato se parte do principio que um tem maior poder ou
autoridade do que o outro. Daí a proteção que o primeiro assegura ao segundo e a
fidelidade que este deve àquele. Para garantir o cumprimento dos respectivos deveres e
direitos, o contrato normalmente é selado por um juramento que se chama
homenagem, embora esta possa, em alguns lugares e países, ser apenas tácita ou implícita.
Convém precisar que as tentativas para definir com grande rigor os direitos e deveres dos
contratantes, como tentem a fazer alguns autores imbuídos de um certo jurisdicismo, se
arriscam a falsos problemas. Pelo contrario, a consideração em termos morais ou
ideológicos é geralmente muito mais fecunda (MATTOSO, 1987, p. 116).
O que significou o feudalismo?
• Durante a Idade Media a posse de terras era fundamental, ela era um investimento
  seguro e moral;

• Os nobres que concediam terras eram chamados de suseranos, e aqueles que as
  recebiam eram seus vassalos.

• Na concessão normalmente acontecia um cerimonia, denominada homenagem, esta
  oficializava a doação;

• O nobre sempre tem maior poder, ou autoridade que o camponês.
Quais os deveres de um vassalo?
• Ele deve fidelidade ao suserano;
• Deve acompanha-lo à guerra;
• Pagar o resgate, caso o suserano fosse feito prisioneiro;
• Colaborar nas despesas das festividades para a sagração do filho do suserano como
  cavaleiro;
• Trabalhar gratuitamente nas terras do senhor alguns dias da semana;
• Repassar parte de sua produção para o suserano;
• Além de pagar os impostos de Banalidade, Capitação, tostão de Pedro, Mão-morta, dentre
  outros.


Quais os deveres de um suserano?
• Os camponeses não eram escravos, portanto não poderiam ser vendidos, mesmo que
  houvesse a troca de terras de um suserano para outro;
• Sempre poderia contar com um pedaço de terra para sustentar a sua família, mesmo que de
  maneira precária;
• O suserano devia proteção ao vassalo.
O feudalismo ocorria em toda
 a Europa?
• Este acordo não era valido para toda a Europa, em cada país, e até mesmo em cada
  região haviam especificidades;

• Enquanto na França e na Inglaterra foi criado um código feudal jurídico, onde ficava
  clara as obrigações e direitos do vassalo e do suserano, na Espanha e em Portugal
  apenas existia um sistema de valores morais que impunha uma prática extremamente
  fluida e variável;

• Apesar da importância da Terra para aquele período, ela não pode ser considerada
  como a única forma de feudo ou beneficio. Ela pode ser uma função, ou uma
  compensação periódica em bens móveis, como panos ou dinheiro.
A divisão de terras e as tecnologias da
Idade Media para o campo.
Na Europa meridional a terra era dividida da seguinte forma:
• Em propriedade privada do senhor, chamada de domínio, ou manso senhorial;
• Nas propriedades arrendadas aos camponeses, que era o manso servil, dentro dele
  existiam as tendências;
• Essas terras constituíam o feudo, principal área de produção;
• Ainda existiam as terras coletivas, como pastos e bosques, eram os mansos
  comunais, essas terras eram usadas tanto pelo senhor como pelos servos.
• Sobre as tecnologias para o campo podemos destacar o século XIII. Nesse período
  houve grandes avanços na agricultura, com a utilização da cultura de rotatividade
  trienal, da roda e do cavalo como animal de tração.
A Crise do Feudalismo
    O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o
modelo autossuficiente dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população europeia mais
que dobrou. O aumento das populações impulsionou o crescimento das lavouras e a
dinamização das atividades comerciais. No entanto, essas transformações não foram
suficientes para suprir a demanda alimentar daquela época. Nesse período, várias áreas
florestais foram utilizadas para o aumento das regiões cultiváveis.
    A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para
a crise do sistema feudal:
•   O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades;
•   Desenvolvimento dos centros urbanos, provocando o êxodo rural;
•   O surgimento da burguesia, - nova classe social - que dominava o comércio e que
    possuía alto poder econômico;
•   Com o aumento dos impostos, proporcionados pelo desenvolvimento comercial, os reis
    passaram a contratar exércitos profissionais.
O mercador
• Com crescimento das cidades surge a figura do mercador, ele é um sujeito que tentava
  se encaixar nos moldes da sociedade medieval, no entanto ele era um tipo
  diferenciado, pois a ele pertencia a racionalidade, a bravura não nas guerras, mas no
  seu comércio;
• O mercador surge como uma figura desprezível, que arrisca a vida no transporte de
  mercadorias, não somente de luxo, ou fúteis, mas também de utilidade cotidiana. Não
  era apenas os nobres e o clero que se beneficiavam de suas mercadorias, mas também
  o camponês,     -   esse vivia em uma mentalidade onde baseava a vida em produzir
  suficiente para sobreviver - . Já o mercador visava o lucro. A igreja o condenava da
  mesma forma que condenava o usurário. Como pena, passariam a eternidade no
  inferno;
• Não era apenas um problema colocado pela Igreja, mas era algo condenado por toda
  sociedade, profissões imorais e indignas. O mercador se envergonhava da profissão.
  Entretanto, era uma figura indispensável na sociedade tripartida;
Podemos destacar dois pontos que fizeram com que o mercador passasse de uma figura
desprezada pela sociedade em um homem “desejado”:

• O acesso deles ao ensino;

• A conversão do tempo eclesiástico (pertencente somente a Deus) em tempo cronológico
  (pertencente ao homem), esse foi o "golpe final" para consolidação moral dos mercadores.
  Eles reservavam uma parte de seus lucros para Deus, o valor dependia dos seus ganhos.



Nas grandes empresas, fundadas pelos mercadores trabalhavam operários assalariados. O
dinheiro, transformado em moeda real, o grande comércio internacionais e o espírito de lucro
que movia os mercadores, acabaram por ser, em fins da Idade Média, os arautos de uma nova
ordem econômica e social: o capitalismo (GUREVIC, 1986, p. 189).
Referencias Bibliográficas
• GUERVIC, A. O MERCADOR. In : LE GOOF, J. O Homem medieval.
  Lisboa: Presença, 1989, p. 165-189.

• MATTOSO, J. O feudalismo português. In: Fragmentos de uma composição
  medieval. Lisboa: Estampa, 1987. Série "Imprensa Universitária" nº. 59, p.
  115-123.

• SOUSA,      Rainer.     Crise    do    Feudalismo.     Disponível     em:
  <http://www.brasilescola.com/historiag/crise-feudalismo.htm> Acesso em:
  22 de Fevereiro de 2013.

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  • 1. Intervenção_001 FEUDALISMO Bolsistas: Lucas Grima e Naira Rodrigues. 27 de Fevereiro de 2013
  • 2. O que foi o feudalismo? De fato, o feudalismo institucional ou estrito baseia-se numa relações humanas, ou seja, no acordo contratual entre dois homens livres para efeitos de exercícios do poder ou de autoridade jurisdicional. A sua peculiaridades resulta também da relação assimétrica entre eles, quer dizer, nesse contrato se parte do principio que um tem maior poder ou autoridade do que o outro. Daí a proteção que o primeiro assegura ao segundo e a fidelidade que este deve àquele. Para garantir o cumprimento dos respectivos deveres e direitos, o contrato normalmente é selado por um juramento que se chama homenagem, embora esta possa, em alguns lugares e países, ser apenas tácita ou implícita. Convém precisar que as tentativas para definir com grande rigor os direitos e deveres dos contratantes, como tentem a fazer alguns autores imbuídos de um certo jurisdicismo, se arriscam a falsos problemas. Pelo contrario, a consideração em termos morais ou ideológicos é geralmente muito mais fecunda (MATTOSO, 1987, p. 116).
  • 3. O que significou o feudalismo? • Durante a Idade Media a posse de terras era fundamental, ela era um investimento seguro e moral; • Os nobres que concediam terras eram chamados de suseranos, e aqueles que as recebiam eram seus vassalos. • Na concessão normalmente acontecia um cerimonia, denominada homenagem, esta oficializava a doação; • O nobre sempre tem maior poder, ou autoridade que o camponês.
  • 4. Quais os deveres de um vassalo? • Ele deve fidelidade ao suserano; • Deve acompanha-lo à guerra; • Pagar o resgate, caso o suserano fosse feito prisioneiro; • Colaborar nas despesas das festividades para a sagração do filho do suserano como cavaleiro; • Trabalhar gratuitamente nas terras do senhor alguns dias da semana; • Repassar parte de sua produção para o suserano; • Além de pagar os impostos de Banalidade, Capitação, tostão de Pedro, Mão-morta, dentre outros. Quais os deveres de um suserano? • Os camponeses não eram escravos, portanto não poderiam ser vendidos, mesmo que houvesse a troca de terras de um suserano para outro; • Sempre poderia contar com um pedaço de terra para sustentar a sua família, mesmo que de maneira precária; • O suserano devia proteção ao vassalo.
  • 5. O feudalismo ocorria em toda a Europa? • Este acordo não era valido para toda a Europa, em cada país, e até mesmo em cada região haviam especificidades; • Enquanto na França e na Inglaterra foi criado um código feudal jurídico, onde ficava clara as obrigações e direitos do vassalo e do suserano, na Espanha e em Portugal apenas existia um sistema de valores morais que impunha uma prática extremamente fluida e variável; • Apesar da importância da Terra para aquele período, ela não pode ser considerada como a única forma de feudo ou beneficio. Ela pode ser uma função, ou uma compensação periódica em bens móveis, como panos ou dinheiro.
  • 6. A divisão de terras e as tecnologias da Idade Media para o campo. Na Europa meridional a terra era dividida da seguinte forma: • Em propriedade privada do senhor, chamada de domínio, ou manso senhorial; • Nas propriedades arrendadas aos camponeses, que era o manso servil, dentro dele existiam as tendências; • Essas terras constituíam o feudo, principal área de produção; • Ainda existiam as terras coletivas, como pastos e bosques, eram os mansos comunais, essas terras eram usadas tanto pelo senhor como pelos servos. • Sobre as tecnologias para o campo podemos destacar o século XIII. Nesse período houve grandes avanços na agricultura, com a utilização da cultura de rotatividade trienal, da roda e do cavalo como animal de tração.
  • 7. A Crise do Feudalismo O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o modelo autossuficiente dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população europeia mais que dobrou. O aumento das populações impulsionou o crescimento das lavouras e a dinamização das atividades comerciais. No entanto, essas transformações não foram suficientes para suprir a demanda alimentar daquela época. Nesse período, várias áreas florestais foram utilizadas para o aumento das regiões cultiváveis. A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para a crise do sistema feudal: • O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades; • Desenvolvimento dos centros urbanos, provocando o êxodo rural; • O surgimento da burguesia, - nova classe social - que dominava o comércio e que possuía alto poder econômico; • Com o aumento dos impostos, proporcionados pelo desenvolvimento comercial, os reis passaram a contratar exércitos profissionais.
  • 8. O mercador • Com crescimento das cidades surge a figura do mercador, ele é um sujeito que tentava se encaixar nos moldes da sociedade medieval, no entanto ele era um tipo diferenciado, pois a ele pertencia a racionalidade, a bravura não nas guerras, mas no seu comércio; • O mercador surge como uma figura desprezível, que arrisca a vida no transporte de mercadorias, não somente de luxo, ou fúteis, mas também de utilidade cotidiana. Não era apenas os nobres e o clero que se beneficiavam de suas mercadorias, mas também o camponês, - esse vivia em uma mentalidade onde baseava a vida em produzir suficiente para sobreviver - . Já o mercador visava o lucro. A igreja o condenava da mesma forma que condenava o usurário. Como pena, passariam a eternidade no inferno; • Não era apenas um problema colocado pela Igreja, mas era algo condenado por toda sociedade, profissões imorais e indignas. O mercador se envergonhava da profissão. Entretanto, era uma figura indispensável na sociedade tripartida;
  • 9. Podemos destacar dois pontos que fizeram com que o mercador passasse de uma figura desprezada pela sociedade em um homem “desejado”: • O acesso deles ao ensino; • A conversão do tempo eclesiástico (pertencente somente a Deus) em tempo cronológico (pertencente ao homem), esse foi o "golpe final" para consolidação moral dos mercadores. Eles reservavam uma parte de seus lucros para Deus, o valor dependia dos seus ganhos. Nas grandes empresas, fundadas pelos mercadores trabalhavam operários assalariados. O dinheiro, transformado em moeda real, o grande comércio internacionais e o espírito de lucro que movia os mercadores, acabaram por ser, em fins da Idade Média, os arautos de uma nova ordem econômica e social: o capitalismo (GUREVIC, 1986, p. 189).
  • 10. Referencias Bibliográficas • GUERVIC, A. O MERCADOR. In : LE GOOF, J. O Homem medieval. Lisboa: Presença, 1989, p. 165-189. • MATTOSO, J. O feudalismo português. In: Fragmentos de uma composição medieval. Lisboa: Estampa, 1987. Série "Imprensa Universitária" nº. 59, p. 115-123. • SOUSA, Rainer. Crise do Feudalismo. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/crise-feudalismo.htm> Acesso em: 22 de Fevereiro de 2013.