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TIPOS CELULARES DA MADEIRA
Disciplina: Anatomia da Madeira
Professora: Kátia Arenhart Hoss
2013
Universidade do Estado de Santa Catarina
CEO – Centro de Educação Superior do Oeste
Curso: Produção Moveleira
Importância do Conhecimento Anatômico
 O conhecimento anatômico das madeiras se revela útil
em várias situações, como por exemplo:
 O reconhecimento das espécies por meio da
caracterização anatômica da madeira.
 Além disso, é a composição celular da madeira
que atribui á madeira as qualidades que nos
permitem utiliza-la para as mais diversas
finalidades.
Tipos celulares da madeira
 A madeira começa a ser formar, a partir do funcionamento
do câmbio vascular e do desenvolvimento do corpo
secundário da planta arbórea.
 Um dos produtos mais importantes da atividade
cambial, em se tratando de madeira é o xilema
secundário, o qual encerra todos os tipos de elementos
celulares componentes da madeira.
 O xilema secundário plenamente desenvolvido ou madeira
é constituído por diferentes elementos celulares com
propriedades específicas para desempenhar as funções de
transporte da água e de solutos a longa distância,
armazenamento de nutrientes e sustentação mecânica.
Mas, como surgem as novas células?
F
C
X
Mantém seu caráter embrionário e
sofre um aumento no tamanho
tornando-se uma célula-mãe original.
Após formada, sofre diferenciação
(modificações na forma e tamanho),
até se constituir num elemento típico
do xilema.
Dois tipos de divisões:
- Anticlinais
- Periclinais
Produz novas células
iniciais do câmbio
Tipos celulares da madeira
 Suas células são
organizadas em
dois sistemas de
orientação:
 AXIAL: no sentido
longitudinal em
relação ao eixo de
crescimento caulinar.
 RADIAL: Orientado
perpendicularmente
ao mesmo eixo.
Tipos celulares da madeira
Madeira: Células do xilema
 TRAQUEÍDES: Nas coníferas, os
elementos traqueais são
representados pelas traqueídes,
as quais tanto realizam o
transporte de água quanto
conferem resistência mecânica ao
tecido.
 GIMNOSPERMAS
 ANGIOSPERMAS
 ELEMENTOS DE VASO: Nas
angiospermas, plantas mais
derivadas, a água desloca-se por
células especializadas chamadas de
elementos de vaso, enquanto as
fibras dão sustentação. Células
parenquimáticas axiais e radiais
 Células parenquimáticas axiais e
radiais são encontradas nas
gimnospermas e também nas
angiospermas.
Madeira:
Secções
 Em função da complexidade
estrutural apresentada pelo
xilema secundário, sua
observação anatômica exige
o seccionamento da madeira
em três planos de
orientação:
 Transversal
 Longitudinal tangencial
 Longitudinal radial
 TRANSVERSAL
 LONGITUDINAL TANGENCIAL
 LONGITUDINAL RADIAL
Longitudinal
radial
Transversal
ou topo
Longitudinal
tangencial
Transversal
ou topo
Longitudinal
radial
Longitudinal
tangencial
Transversal
ou topo
Longitudinal
tangencial
Longitudinal
radial
Visualização das faces da madeira em Microscopia eletrônica de varredura
Plano transversal
 O plano transversal,
perpendicular ao eixo
do tronco, permite
observar:
 ANGIOSPERMAS
 Anéis de crescimento
 Porosidade
 Arranjo e agrupamento dos vasos.
 Presença de conteúdo no lúmen dos vasos.
 Anéis de crescimento
 Porosidade
 Arranjo e agrupamento dos vasos.
 Pata de vaca
Plano longitudinal tangencial
 O plano longitudinal
tangencial, perpendicular
aos raios possibilita:
 ANGIOSPERMAS
 Distinguir o tipo de placa de perfuração
e pontuações intervasculares.
 Estratificação dos elementos celulares.
 Estrutura dos raios.
 Estrutura do parênquima axial.
 Estrutura das fibras.
 Pata de vaca
Plano longitudinal radial
 O plano longitudinal radial,
paralelo aos raios
possibilita:
 ANGIOSPERMAS
 Deixa perceptível a composição
dos raios.
 Tipo de pontuação raiovascular.
 Presença de estruturas secretoras
 Inclusões minerais na madeira
 Pata de vaca
Cedro
Cedro
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Madeira: Células do xilema
 FIBROTRAQUEÍDES: São células
longas, extremidades afiladas, parede
relativamente espessada, lignificada,
pontuações aureoladas, com aberrtura
 GIMNOSPERMAS
Floema inativo
Floema ativo
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Vaso
Raio
Limite da camada de crescimento
Fibras
Placa de
perfuração
Parênquima axial
Raio multisseriado
Raio unisseriado
PA
Placa de perfuração
MADEIRA:
Células do Xilema
Tecido condutor de seiva bruta
Água +
sais minerais
Composto por:
- Células parenquimáticas (raios e parênquima axial)
- Células esclerenquimáticas (principalmente fibras)
- Elementos traqueais
Traqueides (Gimnospermas)
Elementos de vaso (Angiospermas)
Xilema
- com células de paredes lignificadas
- mais conspícuo que o floema
- pode ser estudado mais facilmente
- melhor conservado em fósseis
- muito utilizado na identificação de plantas,
especialmente as de hábito arbóreo
Xilema
XILEMA PRIMÁRIO
- originado do procâmbio
- ocorre nas regiões em crescimento primário da planta
- permanece mesmo quando já ocorre crescimento
secundário, porém, muitas vezes, sem função
XILEMA SECUNDÁRIO
- originado do câmbio vascular
- ocorre em regiões adultas, com crescimento em
espessura (crescimento secundário)
Classificação quanto à origem:
Protoxilema
Metaxilema
- células imperfuradas, fusiformes (alongadas)
- função de condução + sustentação
- fluxo de água:
- longitudinalmente: por séries
longitudinais de traqueídes
- lateralmente: entre elementos contíguos
1. Elementos traqueais
Traqueídes
-parede primária (PP) - presente em toda a extensão da célula
- parede secundária (PS) - lignificação ocorre gradativamente na forma de:
- anéis - espessamento anelar
- espirais frouxas e mais densas - espessamento helicoidal
- escada - escalariforme
- forrando totalmente a PC com aspecto reticulado ou pontoado com
pontoações areoladas (escalariformes ou circulares)
- fluxo de água: - através das paredes primárias
- através das membranas de pontoação
PP + LM + PP
Parede celular das traqueídes:
- células perfuradas
- perfuração: - região desprovida de PP e PS
- pode ocorrer na parede lateral ou terminal
(+ freqüente)
Elementos de vaso
Elementos de vaso
Mais
primitivos
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SIMPLES - uma única perfuração
MÚLTIPLA - várias perfurações
Placa de perfuração
VASO:
- série longitudinal de número limitado de elementos de vaso
- comprimento variável
- comunicação entre os elementos de vaso ocorre pela placa
de perfuração
- comunicação entre vasos ocorre pelas pontoações
Secção transversal
Secção longitudinal
Espessamento da parede celular:
PROTOXILEMA: - em anéis (anelar)
- em espirais (espiral ou helicoidal)
- em retículos (reticulado)
- em escada (escalariforme)
Xilema em bainha foliar de palmeira
PROTOXILEMA METAXILEMA
PX MX
- em escada (escalariforme)
- pontoado - com pontoações areoladas (maioria)
PX MX X2o
Metaxilema e xilema secundário:
Opostas
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X1º X2o
TRAQUEÍDE
(condução + sustentação)
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(condução)
FIBRAS
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Evolução - elemento traqueal mais primitivo
- células longas, fusiformes, com PS comumente lignificada e de espessura
variável, diâmetro e lume geralmente reduzido
- tipos: FIBRAS LIBRIFORMES - com pontoações areoladas de aréolas
muito pequenas (< 3um)
FIBROTRAQUEÍDES - com pontoações areoladas de aréolas
maiores (> 3um)
FIBRAS SEPTADAS:
- com paredes transversais finas formadas depois da PS
- geralmente retém o protoplasma - função semelhante ao parênquima axial
- lenho com fibras vivas - parênquima axial escasso ou ausente.
FIBRAS GELATINOSAS:
- com paredes pouco lignificadas
- em lenho que se desenvolve sob pressão (lenho de reação)
2. Fibras
- Parênquima radial: - forma os raios
- disposição perpendicular ao longo eixo do caule
- Parênquima axial: - paralelo ao longo eixo do caule
série parenquimática - células do PA enfileiradas, oriundas
da mesma célula inicial do câmbio
Ambos têm estrutura e função semelhantes - reserva de amido, óleos e
outras substâncias; componentes fenólicos, sílica e cristais são comuns.
3. PARÊNQUIMA
Parênquima axial
Parênquima radialFibras Vaso
XILEMA SECUNDÁRIO
- é originado do câmbio
- ocorre em gimnospermas e
angiospermas dicotiledôneas
- tipos celulares: . elementos traqueais,
. fibras,
. parênquima
DOIS SISTEMAS CELULARES:
AXIAL (longitudinal ou vertical)
RADIAL (transversal ou horizontal)
SISTEMAAXIAL:
- orientado verticalmente no caule e raiz, paralelo ao eixo do órgão
- formado por: elementos traqueais, fibras, parênquima axial
-originado de células iniciais fusiformes do câmbio
SISTEMA RADIAL
- orientado horizontalmente no caule e raiz, perpendicular ao eixo do
órgão
- formado basicamente por células parenquimáticas - parênquima radial -
raios parenquimáticos. Também podem ocorrer traqueídes radiais em
gimnospermas
- originado de células iniciais radiais do câmbio
- o início dos raios estabelece o limite entre xilema primário e secundário
MADEIRA
Xilema secundário do caule de espécies arbóreas
ANÉIS DE CRESCIMENTO
- zonas que se repetem sucessivamente, mais observáveis em corte
transversal da madeira
- são bem evidentes em madeiras de espécies temperadas, com
estações do ano bem marcadas (1 anel equivale a um ano)
- 2 tipos de lenho: inicial ou primaveril
tardio ou estival
LENHO INICIAL
- menos denso - células com parede celular mais fina e lume maior
LENHO TARDIO
- mais denso - células com parede celular mais espessa e lume menor
CERNE E ALBURNO
ALBURNO - xilema funcional (responsável pela condução)
- regiões externas do cilindro central
- mais jovem
CERNE - xilema inativo (não conduz mais)
- regiões mais internas do cilindro central
- mais antigo
- mais durável
- menos suscetível ao ataque de microorganismos e xilófagos
- menos penetrável por líquidos (inclusive líquidos preservativos)
- perde as funções de condução e de reserva de alimentos pela morte das
células vivas do lenho
- estado precedido por numerosas mudanças, muitas puramente químicas
- com o tempo, a madeira perde água e substâncias de reserva, sendo infiltrada
por compostos orgânicos como óleos, gomas, resinas, taninos, materiais
corantes e aromáticos
- algumas dessas substâncias impregnam as paredes, outras apenas ocupam o
lume celular
- em muitas madeiras desenvolvem-se tilos: células parenquimáticas crescem
para dentro dos elementos traqueais através das pontoações, obstruindo-os.
Madeira: Células do xilema
 CÉLULAS DO XILEMA:
 A) Traqueídes
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Tipos celulares da madeira

  • 1. TIPOS CELULARES DA MADEIRA Disciplina: Anatomia da Madeira Professora: Kátia Arenhart Hoss 2013 Universidade do Estado de Santa Catarina CEO – Centro de Educação Superior do Oeste Curso: Produção Moveleira
  • 2. Importância do Conhecimento Anatômico  O conhecimento anatômico das madeiras se revela útil em várias situações, como por exemplo:  O reconhecimento das espécies por meio da caracterização anatômica da madeira.  Além disso, é a composição celular da madeira que atribui á madeira as qualidades que nos permitem utiliza-la para as mais diversas finalidades.
  • 3. Tipos celulares da madeira  A madeira começa a ser formar, a partir do funcionamento do câmbio vascular e do desenvolvimento do corpo secundário da planta arbórea.  Um dos produtos mais importantes da atividade cambial, em se tratando de madeira é o xilema secundário, o qual encerra todos os tipos de elementos celulares componentes da madeira.  O xilema secundário plenamente desenvolvido ou madeira é constituído por diferentes elementos celulares com propriedades específicas para desempenhar as funções de transporte da água e de solutos a longa distância, armazenamento de nutrientes e sustentação mecânica.
  • 4. Mas, como surgem as novas células? F C X Mantém seu caráter embrionário e sofre um aumento no tamanho tornando-se uma célula-mãe original. Após formada, sofre diferenciação (modificações na forma e tamanho), até se constituir num elemento típico do xilema. Dois tipos de divisões: - Anticlinais - Periclinais Produz novas células iniciais do câmbio
  • 5. Tipos celulares da madeira  Suas células são organizadas em dois sistemas de orientação:  AXIAL: no sentido longitudinal em relação ao eixo de crescimento caulinar.  RADIAL: Orientado perpendicularmente ao mesmo eixo.
  • 7. Madeira: Células do xilema  TRAQUEÍDES: Nas coníferas, os elementos traqueais são representados pelas traqueídes, as quais tanto realizam o transporte de água quanto conferem resistência mecânica ao tecido.  GIMNOSPERMAS  ANGIOSPERMAS  ELEMENTOS DE VASO: Nas angiospermas, plantas mais derivadas, a água desloca-se por células especializadas chamadas de elementos de vaso, enquanto as fibras dão sustentação. Células parenquimáticas axiais e radiais  Células parenquimáticas axiais e radiais são encontradas nas gimnospermas e também nas angiospermas.
  • 8. Madeira: Secções  Em função da complexidade estrutural apresentada pelo xilema secundário, sua observação anatômica exige o seccionamento da madeira em três planos de orientação:  Transversal  Longitudinal tangencial  Longitudinal radial  TRANSVERSAL  LONGITUDINAL TANGENCIAL  LONGITUDINAL RADIAL
  • 11. Transversal ou topo Longitudinal tangencial Longitudinal radial Visualização das faces da madeira em Microscopia eletrônica de varredura
  • 12. Plano transversal  O plano transversal, perpendicular ao eixo do tronco, permite observar:  ANGIOSPERMAS  Anéis de crescimento  Porosidade  Arranjo e agrupamento dos vasos.  Presença de conteúdo no lúmen dos vasos.  Anéis de crescimento  Porosidade  Arranjo e agrupamento dos vasos.  Pata de vaca
  • 13. Plano longitudinal tangencial  O plano longitudinal tangencial, perpendicular aos raios possibilita:  ANGIOSPERMAS  Distinguir o tipo de placa de perfuração e pontuações intervasculares.  Estratificação dos elementos celulares.  Estrutura dos raios.  Estrutura do parênquima axial.  Estrutura das fibras.  Pata de vaca
  • 14. Plano longitudinal radial  O plano longitudinal radial, paralelo aos raios possibilita:  ANGIOSPERMAS  Deixa perceptível a composição dos raios.  Tipo de pontuação raiovascular.  Presença de estruturas secretoras  Inclusões minerais na madeira  Pata de vaca
  • 15. Cedro
  • 16. Cedro
  • 17. Cedro
  • 18. Cedro
  • 29. Madeira: Células do xilema  FIBROTRAQUEÍDES: São células longas, extremidades afiladas, parede relativamente espessada, lignificada, pontuações aureoladas, com aberrtura  GIMNOSPERMAS
  • 30.
  • 31. Floema inativo Floema ativo Zona cambial Vaso Raio Limite da camada de crescimento Fibras Placa de perfuração Parênquima axial Raio multisseriado Raio unisseriado PA Placa de perfuração
  • 33. Tecido condutor de seiva bruta Água + sais minerais Composto por: - Células parenquimáticas (raios e parênquima axial) - Células esclerenquimáticas (principalmente fibras) - Elementos traqueais Traqueides (Gimnospermas) Elementos de vaso (Angiospermas) Xilema
  • 34. - com células de paredes lignificadas - mais conspícuo que o floema - pode ser estudado mais facilmente - melhor conservado em fósseis - muito utilizado na identificação de plantas, especialmente as de hábito arbóreo Xilema
  • 35. XILEMA PRIMÁRIO - originado do procâmbio - ocorre nas regiões em crescimento primário da planta - permanece mesmo quando já ocorre crescimento secundário, porém, muitas vezes, sem função XILEMA SECUNDÁRIO - originado do câmbio vascular - ocorre em regiões adultas, com crescimento em espessura (crescimento secundário) Classificação quanto à origem: Protoxilema Metaxilema
  • 36. - células imperfuradas, fusiformes (alongadas) - função de condução + sustentação - fluxo de água: - longitudinalmente: por séries longitudinais de traqueídes - lateralmente: entre elementos contíguos 1. Elementos traqueais Traqueídes
  • 37. -parede primária (PP) - presente em toda a extensão da célula - parede secundária (PS) - lignificação ocorre gradativamente na forma de: - anéis - espessamento anelar - espirais frouxas e mais densas - espessamento helicoidal - escada - escalariforme - forrando totalmente a PC com aspecto reticulado ou pontoado com pontoações areoladas (escalariformes ou circulares) - fluxo de água: - através das paredes primárias - através das membranas de pontoação PP + LM + PP Parede celular das traqueídes:
  • 38. - células perfuradas - perfuração: - região desprovida de PP e PS - pode ocorrer na parede lateral ou terminal (+ freqüente) Elementos de vaso
  • 39.
  • 41. SIMPLES - uma única perfuração MÚLTIPLA - várias perfurações Placa de perfuração
  • 42.
  • 43. VASO: - série longitudinal de número limitado de elementos de vaso - comprimento variável - comunicação entre os elementos de vaso ocorre pela placa de perfuração - comunicação entre vasos ocorre pelas pontoações
  • 44. Secção transversal Secção longitudinal Espessamento da parede celular: PROTOXILEMA: - em anéis (anelar) - em espirais (espiral ou helicoidal) - em retículos (reticulado) - em escada (escalariforme)
  • 45. Xilema em bainha foliar de palmeira PROTOXILEMA METAXILEMA PX MX
  • 46. - em escada (escalariforme) - pontoado - com pontoações areoladas (maioria) PX MX X2o Metaxilema e xilema secundário: Opostas Alternas X1º X2o
  • 47. TRAQUEÍDE (condução + sustentação) ELEMENTOS DE VASO (condução) FIBRAS (sustentação) Evolução - elemento traqueal mais primitivo
  • 48. - células longas, fusiformes, com PS comumente lignificada e de espessura variável, diâmetro e lume geralmente reduzido - tipos: FIBRAS LIBRIFORMES - com pontoações areoladas de aréolas muito pequenas (< 3um) FIBROTRAQUEÍDES - com pontoações areoladas de aréolas maiores (> 3um) FIBRAS SEPTADAS: - com paredes transversais finas formadas depois da PS - geralmente retém o protoplasma - função semelhante ao parênquima axial - lenho com fibras vivas - parênquima axial escasso ou ausente. FIBRAS GELATINOSAS: - com paredes pouco lignificadas - em lenho que se desenvolve sob pressão (lenho de reação) 2. Fibras
  • 49.
  • 50. - Parênquima radial: - forma os raios - disposição perpendicular ao longo eixo do caule - Parênquima axial: - paralelo ao longo eixo do caule série parenquimática - células do PA enfileiradas, oriundas da mesma célula inicial do câmbio Ambos têm estrutura e função semelhantes - reserva de amido, óleos e outras substâncias; componentes fenólicos, sílica e cristais são comuns. 3. PARÊNQUIMA
  • 52.
  • 53. XILEMA SECUNDÁRIO - é originado do câmbio - ocorre em gimnospermas e angiospermas dicotiledôneas - tipos celulares: . elementos traqueais, . fibras, . parênquima DOIS SISTEMAS CELULARES: AXIAL (longitudinal ou vertical) RADIAL (transversal ou horizontal)
  • 54. SISTEMAAXIAL: - orientado verticalmente no caule e raiz, paralelo ao eixo do órgão - formado por: elementos traqueais, fibras, parênquima axial -originado de células iniciais fusiformes do câmbio SISTEMA RADIAL - orientado horizontalmente no caule e raiz, perpendicular ao eixo do órgão - formado basicamente por células parenquimáticas - parênquima radial - raios parenquimáticos. Também podem ocorrer traqueídes radiais em gimnospermas - originado de células iniciais radiais do câmbio - o início dos raios estabelece o limite entre xilema primário e secundário
  • 55. MADEIRA Xilema secundário do caule de espécies arbóreas ANÉIS DE CRESCIMENTO - zonas que se repetem sucessivamente, mais observáveis em corte transversal da madeira - são bem evidentes em madeiras de espécies temperadas, com estações do ano bem marcadas (1 anel equivale a um ano) - 2 tipos de lenho: inicial ou primaveril tardio ou estival LENHO INICIAL - menos denso - células com parede celular mais fina e lume maior LENHO TARDIO - mais denso - células com parede celular mais espessa e lume menor
  • 56. CERNE E ALBURNO ALBURNO - xilema funcional (responsável pela condução) - regiões externas do cilindro central - mais jovem CERNE - xilema inativo (não conduz mais) - regiões mais internas do cilindro central - mais antigo - mais durável - menos suscetível ao ataque de microorganismos e xilófagos - menos penetrável por líquidos (inclusive líquidos preservativos) - perde as funções de condução e de reserva de alimentos pela morte das células vivas do lenho - estado precedido por numerosas mudanças, muitas puramente químicas - com o tempo, a madeira perde água e substâncias de reserva, sendo infiltrada por compostos orgânicos como óleos, gomas, resinas, taninos, materiais corantes e aromáticos - algumas dessas substâncias impregnam as paredes, outras apenas ocupam o lume celular - em muitas madeiras desenvolvem-se tilos: células parenquimáticas crescem para dentro dos elementos traqueais através das pontoações, obstruindo-os.
  • 57. Madeira: Células do xilema  CÉLULAS DO XILEMA:  A) Traqueídes  B) Elementos de vaso  C) Células parenquimáticas  DESCREVER: