1. CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA
MORFOLOGIA E ANATOMIA VEGETAL
TECIDOS VEGETAIS
Profª Drª Simone Braga Terra
UERGS – SANTANA DO LIVRAMENTO
2. 3. EPIDERME VEGETAL
- Tecido mais externo do vegetal que reveste todo o vegetal
e fica em contato com o ambiente
- São células justapostas, dotadas de estômatos e cobertas
pela cutícula (cera / lipídeo)
- Capacidade de regeneração, em caso de doença, ataque de
inseto ou ferimento mecânico
- Epiderme é brilhante
e refletiva justamente
para atuar na proteção
contra um excesso de
radiação solar
3.
4. - A função da epiderme depende do órgão que está sendo
revestido:
a) Folhas = Revestimento, células compactas, justapostas e
muito unidas, cutícula espessa (evita perda de água e
superaquecimento ou entrada de umidade do ar
b) Folhas, caules e galhos = Evita choques mecânicos e
inibe o ataque de insetos, fungos, bactérias e poluentes
c) Folhas = Epiderme dotada de estômatos para realizar as
trocas gasosas com o meio ambiente (O2, CO2 e vapor
d’água)
d) Caule e folhas com espinhos ou saliências = Epiderme
adaptada à proteção
e) Raízes = Epiderme adaptada à absorção de água e
nutrientes do solo (pêlos radiculares que aumentam a
rizosfera)
5. - A cutícula foliar favorece a formação da gota de água na
superfície da folha (cera = impede que a gota desmanche)
- Cutícula é impermeável a água
- Cutícula reflete a radiação excessiva (proteção)
- Mas o principal fator formador da gota na superfície foliar
são as pontes de hidrogênio da molécula de água
6. 4. ESTÔMATOS
- É a comunicação da célula com o ambiente externo
- Recobrem a superfície foliar ou de frutos, flores, caules
- Desenvolvem-se durante o crescimento foliar
- Podem estar na parte de cima ou de baixo das folhas
- Estômatos = Trocas gasosas = CO2, O2 e vapor d’água
FOTOSSÍNTESE, RESPIRAÇÃO, TRANSPIRAÇÃO
✓ FOTOSSÍNTESE
- Planta utiliza a energia luminosa + Gás carbônico do ar
(CO2 via estômatos) + Nutrientes do solo + Água =
Síntese de compostos químicos (C6H12O6) = Fonte de E
para produção de biomassa verde = Vegetal é autotrófico
7. - A quebra da molécula da água ocorre nos discos tilacóides
(cloroplastos)
- A formação da glicose ocorre no estroma dos cloroplastos
- A 1ª quebra da glicose ocorre no citoplasma
- A 2ª e outras quebras da glicose ocorre na mitocôndria (ATP)
8. ✓ RESPIRAÇÃO OU CADEIA RESPIRATÓRIA
- É a quebra das ligações de carbono (descarboxilação) da
glicose (C6H12O6) formada na FTSS para transferir
energia para moléculas de ATP
- O ATP é a única forma energia utilizada pela planta para a
realização dos processos vitais (emissão de folhas,
floração, frutificação, maturação, etc)
✓ TRANSPIRAÇÃO
- Passagem da umidade (vapor d’água) da folha para o
ambiente (via estômatos) = Tem que haver diferença de
gradiente de umidade = Água se move para o meio mais
seco (gradiente mais negativo)
- Dia quente, ensolarado e seco = Ambiente com umidade
= Água passa da folha para o ambiente = Transpiração
- Mecanismo de dissipação de calor vegetal
9. - Estômatos = Formados por células guardas = Delimitam o
ostíolo = Trocas gasosas com o meio externo
*Obs: Estômato não é
recoberto por cutícula
10. - Estômato aberto = Existência de K+ nas células guarda. Tº
e UR adequados. Ocorre a FTSS (entra CO2, sai O2, sai vapor
d’ água). Vegetal em plena produção
- Estômato fechado = K+ migraram das células guarda. Tº e
UR não estão adequados. Baixa ou nula FTSS
11. ✓ Distribuição dos estômatos na planta
✓ Mecanismos de abertura e fechamento estomático ocorre
de duas formas:
a) VIA DEMANDA ATM = Relação com o ambiente externo =
Tº = Fechamento estomático = FTSS = Mecanismo
de defesa da planta
b) VIA PRESENÇA DO ÍON K+ = Relação com a presença do
íon K+ = Transporte de K+ para as células-guarda =
Turgidez = Abertura estômato
- Nas partes verdes da planta
- Folhas epiestomáticas = Face superior
- Folha hipoestomáticas = Face inferior
- Folhas anfiestomáticas = Ambas faces
12. - O número de estômatos varia de acordo com o ambiente
que o vegetal se encontra
PLANTAS DE SOMBRA
- Folhas grandes
- Maior nº de clorofilas
- Maior nº estômatos
* Otimiza a FTSS
PLANTAS DE SOL
- Folhas pequenas
- Menor nº de clorofilas
- Menor nº estômatos
* FTSS ocorre naturalmente
ao sol
13. ✓ EXPERIMENTO: Como podemos visualizar a transpiração
vegetal?
- No ambiente natural pode-se
perceber a transpiração vegetal
em experimentos com plástico
transparente e plástico cor preta
- Os estômatos vegetais, por onde
a planta elimina o vapor d’água,
fecha-se mais em condições
adversas
Experimentos
14. 5. PARÊNQUIMA
*OBS: Relembrando = Epiderme é o tecido mais externo
- O parênquima está situado abaixo da epiderme
- Funções do parênquima = VÁRIAS = Preenchimento de
órgãos, reservar substâncias, formação de vasos para
condução de seiva...
- Tecido meristemático = Capacidade de divisão celular =
Regeneração (enxertos, cicactrizes) = Totipotência =
Diferenciação
a) PARÊNQUIMA DE PREENCHIMENTO OU FUNDAMENTAL
Ocorre em todo o corpo da planta (raiz até folhas).
Revestimento interno, formando parte interna de
tubérculos e raízes, polpa de frutos, forma os tecidos
condutores xilema e floema, parte interna de galhos e
troncos
15. • Por que os tecidos de uma enxertia vegetal se unem com
o tempo?
- Por que são formados por células meristemáticas, ou
seja, om ampla capacidade de regeneração de tecidos
- Cicatrização = Totipotência
16. Externamente:
Epiderme
Internamente:
Parênquima e
Esclerênquima
Corte transversal de um galho lateral
Parênquima
- É um tecido de revestimento interno,
localizado abaixo da epiderme
- Os vasos do xilema e floema são formados
por esclerênquima, para garantir a
sustentação e não deformar devido à
pressão do transporte de água e nutrientes
17. b) PARÊNQUIMA CLOROFILADO
Ocorre em órgãos que realizam a FTSS (folhas verdes). É
um tecido rico em cloroplastos, com células dispostas em
superfícies extensas = Maior captação de luz
18. c) PARÊNQUIMA DE RESERVA
Tecido que armazena substâncias de reserva (amido).
Presente nos órgãos de plantas como raízes, rizomas,
folhas, frutos e sementes. Tipo de parênquima rico em
plastídeos (amiloplastos, proteinoplastos, elaioplastos)
19. d) AERÊNQUIMA
- Tipo de parênquima existente em plantas de terrenos
alagados (banhados, arroz etc)
- Possui muitos espaços preenchidos com ar
- Tem função de facilitar a flutuação vegetal e dar suporte
de O2, ocorrendo na raiz e folhas
20. Os tecidos vegetais ocorrem de acordo com o ambiente que o
vegetal cresce e se desenvolve
21. 6. COLÊNQUIMA
- Tecido que confere espessamento à parede celular
- Formado por células com grande resistência estrutural,
com pouca lignina (+ firme) e celulose (- firme)
- Função = Sustentar partes da planta que estão em
movimento constante = Pecíolo, nervuras, galhos
- Ocorre também em órgãos que estão crescendo
- Tecido que confere
flexibilidade e muita
resistência à planta
- Plantas ao vento,
submetidas ao pisoteio,
passagem de animais
22. Visão microscópica de tecidos vegetais compostos por
epiderme (externa), colênquima (resistência e elasticidade) e
parênquima (preenchimento)
23. 7. ESCLERÊNQUIMA
- Tecido que confere firmeza e dureza ao vegetal, pela
presença de paredes espessas e muito lignificadas (35%)
- Função = Sustentação de órgãos adultos, que não estão
em constante crescimento (troncos, caroços, sementes
duras, galhos maduros)
- Possui 2 tipos de células
(esclereídeos e fibras) ambos
ricos em lignina
- Lignina = Substância dura,
inerte, estável, não digerida
por muitos animais e insetos,
evitando ataque de agentes
físicos, químicos e biológicos
ao vegetal
24. 8. VASO CONDUTORES - XILEMA OU LENHO
- Tecido condutor de seiva bruta (água e nutrientes) da
raiz para a parte aérea da planta (transporte)
- O xilema transporta a seiva bruta a longas distância,
portanto possui vasos finos, firmes e resistentes
- Xilema = Constituído por células impregnadas por lignina
e reforçadas com celulose, dando a forma de “canos”
- O xilema é um vaso formado
por muitas células de
esclerênquima, muito
lignificadas e resistentes
- Isso explica-se pela pressão de
condução de água e nutrientes
do xilema, a longas distâncias
27. ✓ EXPERIMENTO: Como visualizar a seiva bruta do xilema?
- Em flores brancas
podemos perceber a
subida da seiva
bruta via xilema
- Testar experimento
com flor de duas
cores
28. - O xilema é formado por 2 tipos de vasos:
a) Vasos do tipo traqueídes = Plantas menos evoluídas
(Pteridófitas e Gimnospermas), onde a seiva bruta
percorre o vaso xilema através de pontuações nas
paredes celulares
... Após a evolução dos grupos de
plantas, começaram a aparecer
outro tipo de vaso no xilema
b) Elementos de vasos =
(Angiospermas), são vasos
chamados abertos, pois em alguns
pontos a parede celular é ausente,
permitindo a passagem da seiva
bruta com maior facilidade e
rapidez
29.
30. 9. FLOEMA OU LÍBER
- Tecido condutor de seiva elaborada (carboidratos,
aminoácidos, hormônios etc) das folhas maduras (FTSS)
para outras regiões da planta
- Transporte da seiva via floema se dá a partir do órgão
FONTE (folha madura) para o DRENO (folha jovem, flores)
a) Seiva bruta chega na
folha madura (60% tam)
b) Seiva bruta transforma-se
em seiva elaborada
c) Seiva elaborada é produto
da FTSS
d) Outros órgãos que não
fazem FTSS precisam
receber seiva elaborada
via floema
31. - Floema = Constituído por células impregnadas por lignina
e reforçadas com celulose, dando a forma de “canos”
- O floema é um vaso formado por muitas células de
esclerênquima, muito lignificadas e resistentes
- O floema é formado por 2 tipos de vasos:
a) Tubos crivados = Células com paredes porosas =
Plasmodesmas = Ponte citoplasmática = Comunicação
facilitada entre as células vizinhas
b)Fibras = fibras de esclerênquima, que conferem
resistência mecânica aos vasos, fornecendo firmeza ao
floema, devido às fortes tensões exercidas no interior dos
vasos, que é fundamental para o transporte de seiva
vegetal
32.
33.
34. • Por que o anelamento do tronco de uma árvore causa sua
morte?
- A seiva elaborada atravessa o vegetal por vasos mais
superficiais do caule
- O anelamento da casca do tronco impede que a seiva
elaborada, que é formada nas folhas maduras, faça a
nutrição de partes como as raízes
- Com a morte das raízes, o vegetal não consegue absorver
seiva bruta