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PROJETO
FORMAÇÃO EDUCACIONAL PROFISSIONALIZANTE PARA PESSOAS DE BAIXA RENDA
“Os apartheids racial e digital caminham de mãos dadas no Brasil, mesmo quando consideramos brancos e
afro-brasileiros que obtiveram as mesmas condições de educação, emprego etc. Mesmo sob a igualdade
destas condições a chance de um branco ter acesso à internet é 167% maior que a de um não branco”
Jornal O GLOBO
2010
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Índice
Apresentação 3
Justificativas 3
Indicadores da exclusão digital no Brasil 3
Objetivos Gerais 4
Objetivos Específicos 4
Proposta pedagógica 5
Publico Alvo 6
Estratégia 6
Plano de trabalho / execução 6
Recursos necessários 7
Conclusão 7
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APRESENTAÇÃO
Este projeto tem como objetivo auxiliar, não somente
financeiramente e espiritualmente, mas criando oportunidades
profissionais para pessoas carentes, socorridas de conferências
oferecendo cursos de informática e posteriormente línguas estrangeiras
e um disponibilizando uma biblioteca comunitária para os alunos.
JUSTIFICATIVA
A globalização foi caracterizada pelos avanços tecnológicos e pela
rápida disseminação da informação, criando uma sociedade dividida não
somente pela renda social, mas também se se formou uma massa de
indivíduos vulgarmente chamados analfabetos digitais.
Hoje a classe trabalhadora é dividida em quem sabe informática e
línguas estrangeiras e quem não sabe, deixando claro essa divisão fica
os salários e oportunidades de crescimento, que muito dificilmente
surgem para quem não tem estudo ou conhecimento.
Não somente se torna necessário a inclusão de pessoas de baixa
renda em programas de aprendizagem e profissionalização, para que
possam ter oportunidade, dignidade e para gerarmos mão de obra
qualificada para trabalhar em postos de serviços mais favoráveis ao
crescimento.
INDICADORES DA EXCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL*
• 55% da população nunca utilizaram um computador
• 68% da população nunca acessaram a Internet
• Apenas 9,6% da população fazem uso diário da Internet
• 16,91% dos domicílios pesquisados tinham pelo menos um
computador em casa;
• Grande disparidade entre domicílios c/ PCs por Regiões
Metropolitanas:
DF = 31,00%
SP = 27,12%
Recife 12,84%
Fortaleza = 8,26%
• Dentre aqueles que acessam a internet:
41% o faz para educação e estudo;
32% com fins pessoais e
26% para trabalhar.
• 88,7% dos domicílios da classe A são equipados com computadores;
• 55,5%, dos domicílios da classe B são equipados com computadores;
• 16,1% da classe C são equipados com computadores;
• e 2% das classes D/E são equipados com computadores;
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OBJETIVOS GERAIS
Criação de subprojetos voltados para inclusão no mercado de
trabalho de pessoas carentes de baixa renda;
Criar uma infra-estrutura para um programa de inclusão digital e
de ensino, melhorando o acesso e abrindo novos canais de
expressão para a população de baixa renda;
Buscar parceiros;
Criar meios de auto-sustentação para arcar com os custos fixos
desses programas como: Luz, Telefone, Materiais de Limpeza e de
consumo;
Estruturar a unidade de ensino para atender de forma eficaz a
falta de estrutura em instituições de ensino, proporcionando
igualdade e dignidade aos usuários.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Proporcionar através da inclusão digital uma porta para a inclusão
social;
Criar oportunidades iguais a quem não tem condições de arcar
com cursos particulares;
* Dados do Núcleo de Informação e Coordenação fornecidos pelo
Comitê Gestor da Internet no Brasil
www.nic.br/indicadores/usuarios/index.htm
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Trazer o prazer da leitura e incentivar o uso de livros como meio
de distração e lazer;
Levar aos menos favorecidos o prazer de conhecer novas línguas,
estreitando fronteiras antes nem imaginadas por eles.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
A Proposta Política Pedagógica (PPP) se constrói em espaços de
ensino não formais criados, a partir de uma parceria entre a associação
no qual se refere este documento e empresas parceiras do projeto.
Nesta proposta, consideramos que as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) e a educação de Línguas Estrangeiras (ELEs), ao
mesmo tempo em que possibilitam uma melhor qualificação profissional
para os educandos, estão a serviço da emancipação humana e da
formação do cidadão crítico e pleno.
A metodologia de ensino objetiva que os educandos usem a
tecnologia e o conhecimento para levantar soluções para um problema
da comunidade que eles próprios escolhem enfrentar e superar. Este
processo envolve reflexões em grupo, debates, propostas,
planejamento, execução de um plano de ação e conclusão de um
“projeto social”, tudo desenvolvido de modo participativo, visando unir
esforços e talentos para mudar o cenário da realidade. A intenção é
possibilitar que indivíduos de baixa renda criem uma identidade social,
discutindo, entendendo e enfrentando juntos os desafios de suas
comunidades.
Este método se baseia em conceitos do renomado educador brasileiro
Paulo Freire, que acreditava que a educação deveria ser usada como
ferramenta para a mudança social e a formação cidadã. Ele defendia o
desenvolvimento da consciência crítica a partir do diálogo ativo entre
educando e educador. De acordo com Freire, os educandos devem ser
estimulados a refletir sobre o mundo à sua volta, questionar e propor
mudanças, visando à transformação de suas vidas e a de suas
comunidades. A proposta pedagógica da Associação foi cuidadosamente
pensada para refletir as teorias de Freire e adaptá-las à era digital.
A associação acreditará que comunidades em situação de
vulnerabilidade social estão melhores posicionadas do que seus
governantes para decidir como responder aos desafios que as afetam
em nível local. É por esse motivo que o modelo da associação ressalta,
em todos os seus conteúdos pedagógicos, a importância do
protagonismo de cada comunidade e que incentiva a articulação dos
seus membros, estimulando-os a buscar meios para a sustentabilidade
desses espaços.
Apostamos num modelo pedagógico flexível, aberto à colaboração e
construído coletivamente a cada dia. Em geral, conteúdos rígidos
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cerceiam a criatividade e não trazem respostas para contextos sociais
específicos.
O método de aprendizagem da associação permitirá fazer das
pessoas cidadãos ativos e mais bem informados, capazes de exercer o
papel de agentes de transformação em suas comunidades, multiplicando
as boas experiências e exemplos, e principalmente comprometidos com
a mudança social.
PÚBLICO ALVO
O público alvo deste projeto será pessoas de baixa renda, vindas
de Conferências Vicentinas. Desta forma atingiremos diretamente as
pessoas que realmente precisam de uma oportunidade de aprendizagem
e que dificilmente teriam grandes oportunidades.
Com essa parceria iremos evitar uma “triagem” do público que
será beneficiado com os cursos. Pretendemos formar parcerias entre a
associação e as Conferências Vicentinas que irão fornecer os alunos para
ocupar as vagas.
ESTRATÉGIA
Os parceiros serão peças fundamentais na formação e uma infra-
estrutura de apoio e execução do projeto. A associação não terá
rendimentos, presume-se então que tudo dependerá de uma estrutura
de obtenção de recursos, que terá como base ofícios, que serão
encaminhados a empresas chaves que poderão doar equipamentos e
mobiliários obsoletos, que estejam em condições de funcionamento ou
que possam ser reparados para utilização na associação.
Para a estruturação posterior da biblioteca, a captação de material
será feita com as pessoas da própria comunidade, através de doações.
Será disponibilizado para as empresas que contribuírem com a
associação, uma logomarca de parceiro, e podemos ver a possibilidade
da criação de um web site onde serão divulgadas as empresas parceiras
do projeto.
PLANO DE TRABALHO / EXECUÇÃO
O projeto será executado em etapas conforme descrito abaixo:
1. Definição inicial, formação da equipe gestora do projeto e criação
da identidade da associação;
2. Formação do pessoal técnico responsável pela educação;
3. Criação do material de estudo;
4. Avaliação constante do aprendizado
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Definição inicial e criação da identidade da associação: Será
definido um plano de ação, escolha da diretoria e criação da identidade
visual da associação.
Formação do pessoal técnico responsável pela educação: Esse
pessoal técnico ficará responsável pela parte pedagógica, criação de
material de aprendizado e aulas práticas e teóricas.
Criação o material de estudo: Ficará a cargo do pessoal técnico, a
confecção do material de estudo nas aulas dos alunos.
Avaliação constante do aprendizado: A equipe gestora terá a
incumbência de avaliar o aprendizado constantemente, e criando
oportunidades para recriação de processos/estudos, buscando a melhora
continua no trabalho da associação.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Como se trata de uma associação sem fins lucrativos e com o
intuito de inclusão e educação social, que irá ter como base para seu
funcionamento recursos captados de doações, não podemos basear
recursos, uma vez que utilizaremos a principio o que conseguirmos.
CONCLUSÃO
Baseando-se no principio “... se você der um peixe ao pobre, ele
comerá por um dia, mas se ensiná-lo a pescar ele poderá comer muitos
dias” (Confúcio) a associação criará um mecanismo forte de amparo as
conferências, proporcionando uma ajuda necessárias aos socorridos
destas.
Ser inteligente é ter conhecimento, transmitir este conhecimento é
ser sábio!