O documento descreve o movimento literário Arcadismo, que surgiu na Europa no século XVIII como uma reação ao Barroco. O Arcadismo valorizava a simplicidade, a natureza e temas como amor, utilizando influências clássicas. O movimento chegou ao Brasil no século XVIII, onde poetas como Gonzaga e Bocage escreveram obras influenciadas pelas ideias iluministas de liberdade e razão.
1. EE Professor João Cruz
Gabriel Martins n°16
Isabela Lopes nº18
João Vitor nº19
Laís Zanholo nº20
Letícia Castro nº25
Marcelo de Andrade nº27
Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva.
Jacareí, 11 de novembro de 2013.
2. 1*Objetivo: explicar o Arcadismo Literario
2*Objetivo: Explicar a importância do Arcadismo
Literário na nossa sociedade
3. Perguntas de Respostas
1) O que é Arcadismo na literatura?
2)Onde surgiu?
3) O que o arcadismo nos proporciona?
4. O Arcadismo é um movimento literário com agremiações de poetas que
procuram reatar os vínculos entre a poesia e a suas origens clássicas; (
conhecido também como neoclassicismo), o Arcadismo marcou a
literatura e as artes plásticas, durante o século XVIII e o início do século
XIX surgiu na Europa e no Brasil, proporcionando a oposição ao
movimento Barroco; com temas comuns dos seres humanos, como,
amor, morte, casamento e solidão.
O poeta árcade, então, contrapõe os excessos barrocos,
5. do amor humanista que contrária muita a razão religiosa
Influenciados pelo contexto religioso da época, e pelo espírito
humanista, contraditório do contraste entre as grandes forças
reguladoras da existência humana (FÉ X RAZÃO), ou seja
forças religiosas, com a razão humana; ao contrário dos aspectos
do Arcadismo que se tem em razão dos aspectos dos
humanos, do amor humanista que contrária muita a razão
religiosa
6. Esta pesquisa, então, visa responder o surgimento do Arcadismo
na Europa, teria por finalidade “ uma proteção” à auto sociedade
burguesa, defendendo seus direitos.
Já no Brasil o Arcadismo chega na metade do século XVIII no
auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais.
A idéia iluminista de seguir o uso das regras pela razão
influenciou a produção árcade (com idéias de liberdade social e o
convencionalismo amoroso), que de forma poética defendia o
amor entre a sociedade “considerada de um homem só”, ou seja,
a sociedade controlada pela “burguesia”.
7. O Movimento Literário Arcadismo, apresenta como característica
geral a valorização do contato direto com a natureza, “fugere
urban”. A busca desse ideal de vida reflete o momento de
efervescência social e cultural na Europa. A chegada dos ideais
iluministas no século XVIII, renova Portugal .
Na Itália, a influencia árcade levou a constituição do Arcadismo,o
movimento literário inspirado em um lendária região da Grécia
Antiga,Arcádia. Segundo a lenda, essa região era dominada pelo
Deus Pan e habitada por pastores, que viviam de modo simples e
espontâneo e se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e
celebrando o amor e o prazer
8. Procurando imitar a lenda grega, os Italianos criaram em 1690
uma academia literária, denominada Arcádia, que reunia os
escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os
ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos
princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literários
árcades usavam pseudônimos de pastores gregos, vestiam-se
de modo a imitá-los e reuniam-se em parques e jardins para
gozar a vida natural. (CEREJA & MAGALHÃES 2003).
9. O Arcadismo também vincula as idéias iluministas com
expressão artísticas da Burguesia , artes idéias poéticas e
ideológicas dessa classe constituído por pensadores que
defendiam o uso da razão. A maioria dos poetas árcades
defendeu , idéias de
liberdade , justiça e igualdade social ,
estão presentes em alguns
textos da época como
exemplo do poema de Claudio Manuel da Costa.
10. Já nos a ver-vos, ó montes, o
destino
Aqui mi torna após neste ostreiro,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros,
pelo traje do corte rico e fino.
Aqui estou entre almendro ,entre Corino,
Os meus fieis, meus doces companheiros,
Vendo correr o míseros vaqueiros,
Atrás de seu cansado destino.
Se o bem desta choupana pode tanto;
Que chega a ter mais preço,uma valia;
Que na cidade o lisonjeiro encontro;
Aqui descanse a loucura fantasia;
E o que té agora se torna importante;
Se converto em afetos de alegria.
11. O Arcadismo identifica-se com as idéias da ilustrações e as
vincula sobre a forma de valores que se opor ao tipo de vida
levada pelas costas aristocráticas e a arte que consumiam.o
Barroco.
O novo modo de analisar a cientificidade e a racionalidade da
época árcade fugia das convenções artísticas da época, já que os
escritores retomam as características clássicas, como: bucolismo
(busca de uma vida simples, pastoril) exaltação da natureza
(refugio poético, em oposição a vida urbana), pacificidade
amorosa (relacionamentos tranqüilos), a mitologia pagã, clareza
na escrita com utilização de períodos curtos e versos sem rima.
12. Os poetas árcades são freqüentemente citados como fingidores
poéticos, pois escrevem sobre temas que não correspondem com
a realidade do período histórico, visto anteriormente.
Um dos principais escritores árcades foi o poeta latino Horácio,
que viveu entre 68 a. C , 8 a. C, e foi influenciador do pensamento
do “Carpe diem”, viver agora,
desfrutar do presente, adotado pelo Arcadismo e permanente até
os dias de hoje.
Os principais autores do Arcadismo brasileiro são: Tomás Antônio
Gonzaga, Claudio Manoel da Costa e Santa Rita Durão.
13. Tomás Antônio Gonzaga nasceu em 1744, em Porto, passou uma parte da
sua vida no Brasil, e com aproximadamente 24 anos se formou no curso de
direito em Coimbra. Logo após, começou a ser conhecido ao fazer uma
tese com iluministas que foi decidido ao Marque de Pombal. Retornou ao
Brasil e tornou-se ouvidor e Juiz. Então mudou-se para a Vila Rica em 1732
onde se apaixonou por Maria Doroteia Joaquina de Seixas, inspiradas dos
poemas líricos, que tornaram sua obra mais reconhecida “Marília de
Dirceu”. preste a se casar com Marília foi denunciado de participar da
Conjuração Mineira, preso e exilado para Moçambique, onde se casou com
Juliana de Souza Mascarenhas, filha de traficante de escravos e herdeira
de sua fortuna. Antônio Gonzaga morreu em 1810, ao 66 anos era Juiz da
Alfadenga.
14. I.Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De toscos trato, d’expressões grosseiras,
Dos frios gelados, e dos Sois queimados.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legumes, frutas, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite;
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças a minha estrela.
15. II.Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra desde cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quando vive,nos descobre
A sábia natureza.
Atende, como aquela vaca preta
O novelinho seu dos mais separa,
E o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
16. Atente mais, ó cara,
Como a ruiva cadela
Suporta que lhe morda o filho o corpo,
E salte em cima dela.
Repara, como cheia de ternura
Entre as asas ao fundo essa ave aquenta,
Como aquela engravata a terra dura,
E os seus assim sustenta;
17. Manoel Maria de Bocage (1765-1805); falando de Bocage é
considerado que houve “dois Bocages”, o Bocage Lírico, e o
Bocage Sátinico.
O Bocage Lírico é entendido como representativo de um momento
de transição e assim, um progressivo abandono da postura
árcade.
O Bocage seguiu carreira militar, que foi de menor regularidade.
Bocage viajava para Portugal, desertou mais conseguiu voltar
para Lisboa, teve uma vida polêmica, foi preso pelo Santo Oficio,
teve uma mulher amada, Gertudes.
Bocage é considerado o maior poeta português do século XVIII.
18. QUANTO AO CONTEUDO.
Antropocentrismo;
Racionalismo, busca de equilíbrio;
Imitação aos clássicos renascentistas;
Idealização amorosa, neoplatonismo, convencionalismo amoroso;
Figeri Urbem, Corpe Diem, Áurea mediocritas;
Busca de clareza das ideias;
Pastoralismo, bucolismo;
Universalismo;
Ideias iluministas.
19. QUANTO À FORMA.
Vocabulário simples;
Gosto por ordem direta e pela simplicidade da linguagem;
Gosto pelo soneto e pelo decassílabo;
Ausência quase total de figuras de linguagem.
(CEREJA & MAGALHÃES , 2003)