A carta de Judas resume:
1) Alerta os leitores sobre homens malvados que se infiltraram entre eles e distorceram a graça de Deus para justificar seus pecados. 2) Cita exemplos bíblicos como os anjos caídos e a destruição de Sodoma para ilustrar o julgamento de Deus sobre o pecado. 3) Exorta os leitores a permanecerem na fé e no amor de Deus enquanto aguardam a misericórdia de Jesus.
A Carta de Judas: Uma advertência sobre falsos ensinos
1. A carta de Judas
1 De Judas, servo de Jesus Cristo e ir-mão
de Tiago, para os chamados, os
que são queridos por Deus e guardados
para Jesus Cristo:
2 Que vocês tenham muita misericór-dia,
paz, e amor!
3 Queridos! Eu fiz um grande esforço
para escrever a vocês sobre a salvação
que temos em comum. Mas eu achei
necessário, neste momento, que deveria
escrever como incentivo para que con-tinuem
na luta para fortalecer a fé que
foi entregue eternamente para os sepa-rados
1. 4 Porque eu bem sei que alguns
homens malvados se aproximaram sor-rateiramente
de vocês (e as escrituras já
falavam deles como sujeitos ao julga-mento
reservado aos homens ímpios) e
deste modo eles transformaram a graça
não merecida da parte de Deus num
motivo para a mentira sem fim. E por
isso eles são claramente contra o ensino
de nosso dono e senhor Jesus.
5 Mesmo sabendo que voçês conhecem
a verdade, o que é algo para sempre,
desejo relembrar de exemplos do pas-sado.
Deus, um dia, salvou um povo o
retirando do Egito, mas depois destruiu
do meio deste mesmo povo os que não
tinham fé nele. 6 Também temos o e-xemplo
dos anjos que abandonaram su-as
moradias celestiais, além de adota-rem
uma conduta que era desnatural
para anjos; eles foram presos em sua
própria escuridão espiritual e assim es-tão
aguardando a sentença (o cumpri-mento)
do dia de julgamento final.2
1 Ou Santos.
2 O escritor parece se referir aos anjos que “abandona-ram
o mundo espiritual e tiveram relações com as
mulheres da terra...” criando os Nefilins e o mundo
7 Desejo que também se lembrem do
que aconteceu com Sodoma e Gomorra,
e todas as cidades em volta delas, onde
seus moradores, assim como os tais an-jos
que estão em escuridão,3 cometeram
a revoltante fornicação, mas desta feita
também de modo excessivo e para uso
desnatural e por isso estarão sujeitos a
destruição do fogo eterno.4
8 Também se encontram assim os tais
homens malvados que se aproximaram
de voçês: entregues a pensamentos que
atingem a carne, causando o erro. E a-inda
falam mal de nosso dono e debo-cham
dos que ganharam dele as glórias.
9 Ora! Nem Miguel, o chefe de todos os
anjos, ao ser enfrentado (uma grande
briga) pelo diabo quando este causou
uma disputa pelo corpo de Moisés, ou-sou
debochar, ou mesmo falar mal, di-zendo
apenas isso ao diabo: “Deus te
censure!”. 10 Mas estes homens malva-dos
fazem o contrário do bom exemplo
e debocham com maldade daquilo que
não conhecem, e se destroem naquilo
que sabem com bestialidade anormal.
11 Pois esses vão sofrer ao escolherem
o mesmo caminho que escolheu Caim,
(que ouviu a verdade do próprio Deus e
optou pelo pecado) e também imitam a
teimosia de Balaão querendo uma re-destruído
por Deus através do dilúvio. (Gênesis 6: 1 a
5).
3 Literalmente: “os exemplos anteriores”. O relato
bíblico diz que os moradores de Sodoma queriam Agar-rar
os anjos que estavam ajudando Ló e terem relações
“desnaturais” com eles. Isso nos faz imaginar o que
faziam entre si. (Gênesis 19: 4 e 5)
4 Tanto os anjos, como estas pessoas que morreram na
destruição de Sodoma e Gomorra, assim como os israe-litas
sem fé durante o êxodo, estão na mesma condição
perante Deus: com uma sentença já pronunciada, a
saber, a da destruição eterna, (ou morte eterna) o que
simboliza biblicamente tudo que cai em um fogo (sim-bólico)
de tal magnitude. (Mateus 10:28 /Mateus 23:
15 e 33/ Marcos 9: 43)
2. compensa, e morreram (para Deus)
porque insistiram em acreditar na con-versa
rebelde de Corá.5
12 Estes homens, os malvados entre
vocês, são como rochas submersas na
água, que é o amor de voçês. Um perigo
oculto que se mistura intimamente, e
são pastores somente para si mesmos
sem nenhum temor de Deus. Mas são
nuvens sem utilidade, são árvores com-pletamente
mortas, arrancadas, 13 e es-pumam
seus próprios pretextos confu-sos
na vergonha, como ondas em dias
de mar bravo. São vistos como estrelas
sem rumo certo e que sempre se diri-gem
para a escuridão eterna.
14 Enoque, o sétimo (homem) depois
de Adão, escreveu uma profecia a res-peito
de tais homens malvados que di-zia:
“Eis que Deus vem com dezenas de
milhares de seus santos 15 para julgar
a todos e assim declarar os iníquos
culpados de todas as suas ações e dize-res
injustos contra ele (Deus).” 6
16 E estes homens ainda murmuram,
reclamando de suas vidas, e assim rea-lizam
seus próprios desejos. Eles pos-suem
bocas escandalosas, sensaciona-listas,
e até se deslumbram de pessoas
para seu próprio interesse.
17 E vocês, meus queridos, devem se
lembrar dos conselhos dos apóstolos de
5 Judas se refere a pessoas que sabiam de tais erros do
passado e que eram exemplos de má conduta. Esses
“homens malvados” estavam tão corrompidos no pe-cado
que passaram a “desconhecer” a verdade como
os anjos que estavam em profunda escuridão espiritu-al.
(Judas versículo 6)
6 Única referência a uma profecia de Enoque, o homem
“que insistia em andar com Deus.” Não acreditamos
em uma mensagem transmitida oralmente de geração
para geração, pois assim haveria mais citações dela na
bíblia, mas pensamos em um texto que era conhecido
por poucos, como Judas, e que está fora de nosso al-cance.
Jesus, nosso Senhor, 18 que diziam:
“No fim dos tempos aparecerão zomba-dores
se comportando com desejos in-justos.”
19 E são estes que se separam
de nós, pois são humanos sem espiritua-lidade.
(Ou homens animalescos sem
espírito). 20 Já vocês, queridos, cons-truindo
sua santa fé e orando com o es-pírito
santificado, 21 continuem no a-mor
de Deus e ao mesmo tempo aguar-dem
a misericórdia de Jesus, o messias
e nosso Senhor, para ganharmos a vida
sem fim.
22 Mas não deixem de ter misericórdia
com aqueles que ainda tem dúvidas 23
e assim os desviem do caminho da des-truição
e morte. Quanto aos que perma-necem
na fé, continuem a incentivá-los
com a misericórdia piedosa7 de Deus. E
que vocês continuem a rejeitar tudo que
é carnal que possa manchar seus pen-samentos.
24 Finalizo esta carta louvando o único
que pode nos guardar de erros, e nos
colocar sem desonras diante de sua glo-riosa
presença. Sim! Com grande ale-gria
25 seja glorificada a majestade, a
autoridade, e o poder do único Deus
verdadeiro e salvador de nós, através de
Jesus, o Messias e nosso Senhor. Assim
foi antes de tudo e agora será para sem-pre!
Amém!
7 Ou em “temor piedoso de Deus”.