2. PROJETO
ME LEVA
PROJETO
SÃO PAULO
ME LEVA
SÃO PAULO
Eixo: CIDADE SUSTENTÁVEL
Escopo: AUMENTO DA MOBILIDADE URBANA
Objetivo: REDUZIR O NÚMERO DE AUTOMÓVEIS EM CONCOMITANTE
CIRCULAÇÃO NA CIDADE DE SÃO PAULO
Meios:
1. Serviço de Transporte Coletivo Especial
2. Cadastramento da demanda através de Portal Web
Meta: Adesão ao Transporte Coletivo Especial de 100.000 usuários de
automóvel até dezembro/2010
Créditos de:
− José Borges de Carvalho Filho – SPTrans
− José Jorge Elias– Subprefeitura Santana/Tucuruvi
− Maria Angélica Carlucci de Moraes – COHAB-SP
Agradecimentos:
Agradecemos ao publicitário Eduardo Arruda Borges de Carvalho pela criação e
doação do logo do projeto
PROGRAMA INOVAGESTÃO - CURSO DE GESTÃO PÚBLICA
TURMA 2 – Novembro/2009
Coucher: Fátima J. Cortella
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3. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
OBJETIVO GERAL
Propor medidas para contribuir com o aumento da mobilidade urbana na cidade de
São Paulo, por meio da redução do uso do automóvel como meio individual de
transporte.
Oferecer serviços de transporte qualificado construídos a partir do conhecimento e
da pré-qualificação da demanda, buscando a sensibilização para o uso moderado
do automóvel.
Este projeto representa a busca do compromisso entre poder público e sociedade
civil, para se obter o desenvolvimento da cidade sustentável.
ESCOPO
Oferecer alternativas para a redução do número de veículos em concomitante
circulação na Cidade de São Paulo, por meio da criação de Subsistema de
Transporte Coletivo Especial que atenda aos requisitos dos usuários do automóvel,
estruturado a partir do conhecimento prévio e certificação da demanda através de
Portal Web.
ANÁLISE DE CONTEXTO
A queda relativa da mobilidade na cidade de São Paulo se faz acompanhar de
complexa gama de problemas que têm afetado fortemente os usuários do sistema
viário urbano e os residentes.
Os registros da CET – Cia Municipal de Engenharia de Tráfego têm demonstrado
que a mobilidade urbana é diretamente afetada pelo uso imoderado do automóvel.
Os crescentes congestionamentos não somente concorrem para a redução da
mobilidade, como também são responsáveis diretos pelo aumento das emissões de
gases nocivos à saúde respiratória das pessoas, e pelo tempo perdido nos cada vez
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4. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
mais morosos deslocamentos. A dinâmica deste problema tem escapado ao efetivo
controle da sociedade.
EVOLUÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS
REGISTRADA -
CIDADE DE S.PAULO
7.000.000
DETRAN/S P
6.500.000
6.000.000
5.500.000
5.000.000
4.500.000
4.000.000
3.500.000
9 8 9 99 0 0 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09
19 1 20 2 20 20 20 20 20 20 20 20
O crescimento da frota de automóveis na cidade de São Paulo alcança índices
inversamente proporcionais ao da mobilidade urbana, com isso alimentando um
círculo insustentável de degradação das condições de vida, sobretudo sob os
aspectos ambiental, econômico e de saúde pública.
VELOCIDADE MÉDIA NO TRÂNSITO
CIDADE DE S. PAULO
Sempla/CET
2 8,0
2 6,0
2 4,0
2 2,0
2 0,0
1 8,0
1 6,0
1 4,0
1 2,0
1 0,0
1 980 1 991 2 000 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 200 8
Pico da manhã (Bairro/Centro)
Pico da tarde (Centro/Bairro)
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5. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Entre os anos de 2002 e 2007, o crescimento da frota de automóveis na Cidade de
São Paulo foi de 5,85%, para um crescimento populacional de apenas 3,04% no
mesmo período. Tudo indica que o aumento da frota de automóveis seja o
responsável pela redução relativa da mobilidade urbana. Para isso, basta comparar
a evolução dos congestionamentos médios diários medidos pela CET – Cia de
Engenharia de Tráfego de São Paulo, que nesse período apresentou crescimento
de 12,43% (saltou dos 70 km para os 85 km diários), enquanto o número de viagens
realizadas oscilou em apenas 0,32% (OD-Metrô), indicando assim uma
desproporcional relação entre motorização da população e mobilidade urbana:
quanto mais automóveis em concomitante circulação, menos mobilidade.
Motorização na Cidade de São Paulo - 1990 a 2007
motorização = população/ frota
motorização*
3
2,5
2
m o to riza çã o
1,5
1
0,5
0
1988 19901992 19941996 19982000 20022004 2006 2008
Ano
O Portal EcoDebate - Cidadania e Meio Ambiente, instituição integrada por
profissionais do meio acadêmico científico, afirma que 90% da poluição na Cidade
de São Paulo é de origem veicular. E mais: “Estudos recentes apontam que 5% das
internações por doenças respiratórias de crianças e 8% nas de adultos ocorrem em
função da poluição do ar. O aumento nas concentrações de CO (monóxido de
carbono), SO2 (dióxido de enxofre) e PM10 (material particulado) representou um
crescimento na mortalidade por doenças respiratórias de 15%, 13% e 7%
respectivamente” – Citação do professor Luiz Alberto Amador Pereira, da
Universidade Católica de Santos.
Estudos elaborados pelo Prof. Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getúlio
Vargas aponta: “Quanto ao custo pecuniário, ele deriva de uma comparação entre o
trânsito fluindo e congestionado. Consideram-se os gastos referentes ao consumo
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6. PROJETO
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SÃO PAULO
de gasolina pelos carros e do diesel pelos ônibus, o impacto dos poluentes na saúde
da população e o aumento no custo do transporte de carga. O resultado foi um custo
total superior a R$ 6,5 bilhões por ano.” Estudo patrocinado pelo IPEA – Instituto de
Pesquisas Econômicas Aplicadas, e outros, apontam nessa mesma direção. Ou
seja, os congestionamentos trazem perdas econômicas brutais.
Em agosto/09, a frota circulante na cidade já superava os 6.6 milhões, expressando
assim um crescimento 17,67% em dois anos (2007-2009). Paralelamente, o
crescimento de pólos geradores de tráfego (grandes empreendimentos residenciais
e comerciais), provocados pelo atual aquecimento da construção civil, tem
contribuído para o fomento de pontos de congestionamentos distribuídos ao longo
da cidade. Hoje já são quase mil carros emplacados diariamente na cidade.
A CET estima em aproximadamente 3,5 milhões a frota de veículos que circula
diariamente na cidade, embora conste em registro 6,6 milhões de veículos.
Avaliação do Prof. Jaime Waisman (1)
O Engenheiro de Trânsito Jaime Waisman afirma que a imagem atual do automóvel
é muito positiva, mas que "precisamos fazer com o carro aquilo que fazemos com a
bebida: não necessariamente abandoná-lo, mas usá-lo com moderação", e que hoje
o automóvel tem uma imagem extremamente positiva e é, antes de tudo, um
símbolo de liberdade. Você pode, com o automóvel, se deslocar para qualquer local,
para onde quiser e na hora que quiser. Aqui no Brasil, essa aceitação é reforçada
pelo fato de que o sistema de transporte público é muito deficiente. Então, por falta
de alternativas, o automóvel acaba sendo a melhor forma para se deslocar e tem
uma imagem bastante positiva, apesar dos problemas de congestionamento, que
são crescentes e existem principalmente em São Paulo, mas também em outras
grandes cidades.”
O Professor ressalta, ainda, que “uma questão muito importante é o comportamento
das pessoas que hoje usam o automóvel de uma forma imoderada. Isso porque ele
é utilizado até para se ir à padaria a dois quarteirões de casa. As pessoas terão de
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7. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
se reeducar, se preparar para um futuro onde o seu uso será moderado, seja por
causa da poluição, seja porque consome um combustível que será cada vez mais
caro. A conscientização da população de que, embora não totalmente, precisa abrir
mão do automóvel, em favor de um transporte público de qualidade, de melhores
condições de vida, precisa ser melhor trabalhado. Ou seja, as pessoas precisam ser
convencidas, através de campanhas públicas, de que o uso abusivo do automóvel
faz mal tanto para o bolso das pessoas quanto para a saúde das cidades. Por isso,
temos de fazer com o carro aquilo que fazemos com a bebida: não necessariamente
abandoná-lo, mas usá-lo com moderação.”
Ele fala também da alternativa de construção de metrôs: “Não se constrói o metrô
num estalar de dedos; é algo que precisa ser planejado e construído ao longo do
tempo. Veja: uma linha de 12 quilômetros de metrô demora, no mínimo, cinco anos
para ser construída. As cidades que hoje têm grandes redes de metrô estão
construindo esses sistemas há 50, 70 anos. O processo é relativamente lento e uma
solução cara. Você tem hoje um quilômetro de metrô custando na faixa de 500 a
600 milhões...”
Por fim, fala dos efeitos do sistema de rodízio de carros: “O sistema de rodízio tem
um efeito de curto prazo. Veja o caso de São Paulo: durante alguns anos, ele
funcionou, contribuiu e realmente melhorou as condições de circulação da cidade.
Porém, passado algum tempo, a chapa cresce novamente, a economia se aquece e
o efeito do rodízio vai embora. Ou seja, o rodízio é uma solução paliativa. Sozinho,
pode atenuar o problema, mas não o resolve.”
(1) Entrevista publicada no site da FGV – Gvces – Centro de Estudos em Sustentabilidade da
EAESP.
Políticas públicas para um mundo sustentável. E o automóvel?
As crescentes preocupações mundiais para a redução das emissões de gases
causadores do aquecimento global têm colocado na agenda dos governos a
discussão de políticas públicas voltadas para o enfrentamento deste problema. No
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8. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Brasil, diversos níveis de governos já aprovaram leis estabelecendo metas de
redução de emissões.
A Prefeitura do Município de São Paulo promulgou lei de proteção ao meio
ambiente – lei nº 14.933/09 - com meta de redução em 30% das emissões. Para
chegar à meta de redução de 30% das emissões nos próximos quatro anos, aponta
estratégias que incluem, na área de transportes, a priorização dos coletivos,
estímulo ao uso de meios de transporte com menor potencial poluidor. Outro ponto
fundamental é que programas, contratos e autorizações municipais de transportes
públicos devem considerar redução progressiva do uso de combustíveis fósseis,
adotando meta progressiva de redução de pelo menos 10% a cada ano, já a partir
de 2008 e a utilização, em 2017, de combustível renovável não-fóssil por todos os
ônibus do sistema de transporte público do município.
O Governo do Estado de São Paulo também promulgou neste ano lei
estabelecendo meta de redução de 20% das emissões, e não somente isso,
delegou ainda à Cetesb – agora reconfigurada de Agência Ambiental do Estado de
São Paulo, lei 13.542/09 - amplos poderes para intervir, sem necessidade de
qualquer outra autorização, nos eventos em que há produção de resíduos
poluidores do ambiente – inclusive adotar medidas de restrição ao uso do
automóvel.
Em outras partes do mundo, governos têm adotado ações de restrição ao uso do
automóvel, justificando-as com base nas políticas de combate à poluição produzida
por este meio. Cidades como Singapura, Londres, Oslo, Cidade do México, etc.,
protagonizam políticas dessa natureza. No Brasil, um exemplo disso é a lei de
restrição à circulação de veículos em determinados horários na Cidade de São
Paulo – “Operação Horário de Pico”, cuja fundamentação é de cunho ambiental,
mas que poderia também ser de base econômica.
Particularmente em nossa cidade os ganhos produzidos pela adoção da “Operação
Horário de Pico” encontram-se hoje quase que completamente neutralizados pelo
crescimento da frota e dos congestionamentos.
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9. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Por toda parte, o cerco ao uso imoderado do automóvel nos grandes centros
urbanos ganha impulso, não somente por razões explicitamente de natureza
ambiental, mas por razões econômicas, também.
DESENHO DO PROCESSO
Modais utilizados como meios promotores da mobilidade de pessoas na
Cidade de SÃO PAULO
Metrô Trem Ônibus
Passag. transp./dia: Passag./ dia: CPTM – Frota – 14.896
1.534.661 801.097 Passag. transp./ dia:
Gestão: Gov. Estado SP Gestão: Gov. Estado SP 9.943.010
Gestão: PMSP
Veículos Táxi Moto
Frota : Frota: 32.665 Frota: 808.415
(1) 808.415 Gestão: PMSP Gestão: PMSP
(2) 646.371
(3) 4.935.962
(4) 41.469
(5) 166.458
(6) 69.084 Legenda:
(7) 6.123 (1) ciclomoto, motoneta, motociclo, triciclo e quadriciclo; (2) micro
Total 6.673.882 ônibus, camioneta, caminhonete, utilitário; (3) automóvel; (4)
Gestão: PMSP ônibus; (5) caminhão; (6) reboque e semi-reboque e, (7) outros.
Viagens a pé: 7.244.307/ano Obs.: Ônibus/Metrô/CPTM –
operação ref. ao dia
Viagens motorizadas: 16.095.793/ano – OD/2007 11/11/2009
Em razão de seu desenvolvimento histórico, o sistema de transporte público de São
Paulo apresenta hoje uma configuração em que o modo ônibus desempenha papel
estruturante. O desenho atual do sistema faz com que o modo ônibus passe a ser o
principal meio de transporte de massa, disputando com o automóvel a prevalência
na ocupação dos espaços viários urbanos.
Apesar de ser o modal principal, respondendo por 81% das viagens em transporte
coletivo na Cidade de São Paulo, o modo ônibus está no limite de sua capacidade,
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10. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
exatamente pela degradação da fluidez, imposta pela desproporcional ocupação do
espaço viário urbano pelo automóvel, predominantemente em uso individual.
Passageiros transportados - dia útil *
6,52%
Ônibus
9.943.010 12,50%
Metrô
1.534.661
CPTM
80,98%
801.097
TOTAL
12.278.768
*Obs.: Ônibus/Metrô/CPTM – operação
ref. ao dia
11/11/2009
Fluxo diário de passageiros intermodalidades *
4,49%
Ônibus passag. do
ônibus integra
c/o Metrô
9.943.010 446.875 1.534.661
Metrô 29,12% dos
pasg. do Metrô
vêm do ônibus
Integração
18,66% passag..
do Metrô integra c/ o
Ônibus
1.534.661 286.367 9.943.01 2,88% passag.. do
Ônibus vêm do
Metrô
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11. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Fluxo diário de passageiros intermodalidades *
Ônibus 1,58% passag.
do ônibus integra
c/ o Trem
9.943.010 157.43 801.097 19,65% passag.
do Trem vêm do
CPTM Ônibus
Integração
15,73% passag
do Trem integra
c/ o Ônibus
801.097 125.98 9.943.010 1,27% passag.
do Ônibus vêm
do Metrô
*Obs.: Ônibus/Metrô/CPTM –
operação ref. ao dia
ANÁLISE DE SWOT
Pontos Fortes Ameaças
40% dos paulistanos estão dispostos a deixar Crescimento do transporte clandestino
de usar carro diariamente, admitindo a troca Acesso ao crédito fácil para a aquisição de
1
pelo transporte público, bicicleta ou carona. automóveis
Disponibilidade de tecnologia e pessoal Apego aos valores de realização pessoal
capacitado – Sptrans/CET associado à propriedade e uso do automóvel
1
Pesquisa IBOP/N. São Paulo – ago/09
Oportunidades
Pontos Fracos
Afirmação de políticas que exigem a co-
Desconfiança dos usuários de automóveis
responsabilidade (Poder Público x Cidadão),
quanto a qualidade do transporte coletivo
portanto, mais eficiência em sua
urbano
implementação
Menor acessibilidade e flexibilidade do
Articulação de apoios da sociedade civil
transporte coletivo
organizada para as ações propostas
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12. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Árvore de problemas
Doenças e Mortes Encarecimento Violência e Mortes
E
generalizado
F
E
I
T
O
Prob. de Saúde Perdas Econômicas Alto descontentamento e
estresse do cidadão
PROBLEMA Baixa mobilidade urbana
Uso imoderado do Perda de atratividade Rede insuficiente de
CAUSAS automóvel como meio do transporte transporte de alta
individual para coletivo por ônibus capacidade
locomoção
Árvore de Objetivos
FINS Contribuir para a melhoria da mobilidade urbana
Constituintes do Processo
Portal Web da PMSP para cadastramento da demanda com o
objetivo de projetar a oferta de Transporte Especial, e sensibilizar
para o uso moderado do automóvel
MEIOS
Subsistema de transporte coletivo especial
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13. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
SELEÇÃO DO PROJETO
Diante deste preocupante cenário, e consoante os objetivos do eixo Cidade
Sustentável da Agenda 2012, propomos um projeto que oferece alternativa de
transporte coletivo para a população usuária de automóvel, com a criação de um
subsistema de transporte adequado aos seus requisitos.
Respaldados nas informações aqui apresentadas e, ainda, considerando que 40%
dos paulistanos estão dispostos a deixar de usar o carro diariamente - admitindo a
opção pelo transporte coletivo, bicicleta ou carona - pesquisa IBOPE/Nossa São
Paulo – ago/09) -, projetamos aqui uma solução para o aumento da mobilidade
urbana na Cidade de São Paulo.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O desenvolvimento do projeto inicia-se com o Grupo Técnico Gestor criado pelo
Prefeito/SMT, envolvendo pessoal técnico da SPTrans e CET.
Em seguida, campanha publicitária de sensibilização e esclarecimento sobre o
serviço criado, convidando os demandantes a se cadastrarem através do Portal
www.cidade.sp.gov.br. As informações obtidas da demanda irão subsidiar a
construção e planejamento da oferta, com detalhamento de horários, destinos,
tempos das viagens, etc., e serão repassadas aos detentores da concessão do
Serviço de Transporte, por região de concessão, para a formulação da proposta de
atendimento. A Prefeitura atuará como responsável pela captação e tratamento da
demanda, fiscalização do cumprimento da proposta operacional e por referendar a
correção da planilha de custo para a determinação do valor da tarifa.
DETALHAMENTO DO PROJETO
A implantação do subsistema de transporte coletivo diferenciado será efetuado por
meio de aditivo ao contrato de concessão do transporte coletivo urbano por ônibus
em vigor, sendo as informações da demanda obtidas através do Portal Web
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14. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
(administrado pela Prefeitura) transferidas às concessionários das respectivas áreas
de concessão, de forma organizada e roteirizada por meio de software específico.
As concessionárias do serviço de transporte coletivo do município poderão adotar as
modalidades oferta livre e oferta programada de transporte. A modalidade oferta
livre consiste em disponibilizar o serviço para atender ao público interessado em
usar o subsistema, sem nenhuma restrição. Já a modalidade programada será
implantada para grupos fechados, com venda antecipada de lugares.
Os equipamentos que conferem conforto aos veículos empregados no serviço serão
descritos na proposta dos concessionários, podendo incorporar serviço de
mensagens por celular aos usuários, internet, etc., incluindo a tecnologia GPS, já
disponibilizada pela SPTrans para o sistema convencional de transporte público por
ônibus.
Os tipos de veículos, a tarifa, horários e rotas poderão ser alterados pelas
concessionárias em razão unicamente das variáveis legais, do custo e da demanda,
sendo estas alterações submetidas à aprovação e crivo da SMT/ SPTrans órgão
designado gestor dos serviço aqui proposto.
O serviço ora criado será dirigido a toda população da cidade de São Paulo e busca,
primordialmente, atender aos usuários de veículos particulares, inclusive a
população não residente que ingressa regularmente na cidade através dos
denominados “fretados” ou por meio de automóveis.
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15. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
PROCESSO - SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO ESPECIAL
Encaminhamento da
demanda estratificada
ao concessionário da
Tratamento área pelo GTG-PMSP
da demanda -
D GTG-PMSP
Elaboração de
proposta
E operacional,
equipamentos e
tarifa pelos
Captação da Concessionários
M demanda
através do
Portal Web da
PMSP
A
Análise e
N aprovação da
proposta –
SPTrans-PMSP
Contratação do
D serviço –
Concessionárias e
Autorização p/
implantação
demandantes. SPTrans-PMSP
A
GTG-PMSP – Grupo Técnico Gestor
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16. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
CRONOGRAMA EXECUTIVO
2010
AÇÕES
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out NovDez
Instituição do Grupo Técnico Gestor
Equipamentos de informática
Desenvolvimento de Sistema
Campanha de conscientização
Articulação com entidades da sociedade
civil e governos
Lançamento para o público do Projeto
Repasse das informações às
Concessionárias
RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a implantação do projeto, prever-se a utilização de recursos já existentes nas
Companhias Municipais gestoras das atividades de transporte e trânsito (SPTrans e
CET), tais como instalações prediais e pessoal técnico, cujas atividades serão
redirecionados para a execução deste projeto.
Os demais recursos necessários ao investimento em tecnologia ficarão assim
distribuídos:
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17. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Desenvolvimento de Softwares R$ 100.000,00
Campanha de conscientização R$ 3.000.000,00
Equipamentos/Mobiliário R$ 40.000,00
Pessoal SPTrans/CET
Adequação de Instalações físicas R$ 50.000,00
Manutenção/mês R$ 10.000,00
Total R$ 3.200.000,00
ORIGEM DOS RECURSOS
Originários dos orçamentos da Secretaria Municipal de Transportes e verba de
publicidade da PMSP, com a colaboração das Secretarias Municipais da Saúde e de
Verde e Meio Ambiente.
STAKEHOLDERS
O Grupo Técnico Gestor – GTG, encarregado da gestão do projeto e subordinado à
Secretaria Municipal de Transportes, poderá convidar, além de membros da
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18. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
administração municipal, órgãos de outros níveis de governo e membros da
sociedade civil que se organizam em torno do tema mobilidade urbana.
Encontramos hoje várias dezenas de organizações da sociedade civil, com
representatividade e reconhecimento, e que têm trabalhado no sentido de encontrar
soluções para a perda progressiva da mobilidade urbana em São Paulo.
MONITORAMENTO DO PROJETO
O Grupo Técnico Gestor deverá detalhar o cronograma executivo e acompanhar a
evolução das ações, para que ocorram nos prazos previstos. Deverá, ainda, se
articular de forma permanente junto ao Prefeito/Secretário Municipal de Transportes,
com a finalidade de informá-los sobre o desenvolvimento das ações como também
agilizar a resolução de eventuais problemas na execução.
META
Adesão ao Transporte Coletivo Especial de 100.000 usuários de automóvel até
dezembro de 2010.
INDICADORES DE EXECUÇÃO E FORMAS DE VERIFICAÇÃO
O acompanhamento da eficácia do projeto será realizado através das medidas de
extensão de congestionamento aplicadas pela Cia Municipal de Engenharia de
Tráfego – CET, sendo estas estratificadas por regiões onde o serviço esteja
implantado.
Utilizando-se do banco de dados de cadastro da demanda, serão elaboradas
pesquisas para conhecimento do grau de adesão ao novo serviço.
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19. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
Referências bibliográficas:
- Câmara, Paulo e Macedo, Laura Valente (2007) – “Restrição veicular e qualidade
de vida: o pedágio urbano em Londres e o ‘Rodízio’ em São Paulo.” – ICLEI –
Governos Locais pela Sustentabilidade, Secretariado para América e Caribe –
LACS.
- Lei Estadual nº 13.542, de 08.05.2009 (novas atribuições para a CETESB) - Altera
a denominação da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
e dá nova redação aos artigos 2° e 10 da Lei nº 118 , de 29 de junho de 1973.
- Lei Municipal nº 14.933, de 5 de 05.06.2009 (Projeto de Lei nº 530/08, do
Executivo, aprovado na forma de Substituto do Legislativo) – Institui a Política de
Mudança do Clima no Município de São Paulo.
- Projeto de Lei nº 1.687/2007 - Institui as diretrizes da política nacional de
mobilidade urbana e dá outras providências
- Lei Municipal nº 13.241 (2001) - Dispõe sobre a organização dos serviços do
Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros na Cidade de São Paulo,
autoriza o Poder Público a delegar a sua execução, e dá outras providências.
- Contratos de Concessão do Transporte Público (2003) – SMT x Consórcios de
Empresas de Ônibus
- INFOCIDADE – SEMPLA/SP (2009) – ‘Números da Mobilidade em S.Paulo’ -
Companhia de Engenharia de Tráfego/CET - Depto. de Planejamento e Controle
Operacional/DP - Gerência da Central de Operações/GCO - Elaboração:
Sempla/Dipro.
- INFOCIDADE – SEMPLA/SP (2009) - Fonte: Companhia do Metropolitano de São
Paulo/ Metrô- SP – " Síntese das Informações" Elaboração: Sempla/Dipro.
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20. PROJETO
ME LEVA
SÃO PAULO
- INFOCIDADE – SEMPLA/SP (2009) - Fonte: Companhia de Engenharia de
Tráfego/CET - Relatório de Desempenho – Velocidades - " Elaboração:
Sempla/Dipro.
- SPTrans (2009) – Informações operacionais do sistema de transporte coletivo em
São Paulo.
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