SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
1

FACULDADE UNISABER
Abadio Souza e Silva
Beatriz Gondim
Damiana Batista
José Hugo de Oliveira Gonçalves

SISTEMA BRASILEIRO DE ENSINO:
“Os Porquês da Educação do Brasil”

Prof. Doutor: Idurval Perna da Rocha
2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................03
1 - SÍNTESE GERAL.............................................................................................................04
2 - A FALTA DE OFERTA DE ENSINO REGULAR........................................................05
3 - A BUSCA PELO CULPADO...........................................................................................06
4 - A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS.........................................................................07
5 - A FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL......................................................09
CONCLUSÃO.........................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................11
3

INTRODUÇÃO

O presente tema trata-se de uma visão geral da educação no Brasil. Não se pretende
esgotar o assunto, mas trazer uma panorâmica de que a educação brasileira está na berlinda,
pois não temos seguido o que determina a Constituição Federal muito menos a sua
regulamentação legal por intermédio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
O estudo busca fazer algumas perguntas que se encontram sem respostas, mas
também não foi proposta a solução do problema. O que se quer demonstrar é que a educação
carece de investimentos e que as políticas públicas são ineficientes, pois falta a qualificação
profissional, a oferta de vagas não condizentes com a realidade brasileira e outros entraves, a
começar pelo direito à educação básica.
Não se quer achar ou determinar a culpa de alguém, mas alertar a sociedade que a
educação é a fonte do conhecimento.
Ao final sugere o planejamento como a primeira análise a ser feita antes de investir
em educação.
4

1 - SÍNTESE GERAL
Porque é assim mesmo, diz um aqui. Porque é culpa do passado, diz outro ali. Por
quê? Por quê!?
Em meio às mudanças, visões de novas gerações, os profissionais da educação
brasileira têm se deparado com situações críticas e reflexivas no seu dia a dia de, ora
ensinador, ora educador, ora professor. Dentro do seu contexto social mobilizam recursos,
desenvolvem projetos, resolvem problemas de ordem familiar, preenchem requisitos que não
lhe é devido, enfim, se torna o responsável por tantas outras coisas que fogem da sua alçada.
De encontro a isso, vem a rigorosidade que o mercado de trabalho exige hoje dos
seus candidatos a funcionários e, é óbvio a pretensão da exigência, mas o ensino que se dar a
estes candidatos não é suficiente para se igualar ao que se é exigido, desde o conhecimento à
habilidade e o despertar para novas aquisições dentro do trabalho para o qual foi escolhido. E
é claro, também, que, considerando o processo de transformação pela qual a sociedade e as
novas implantações num mundo totalmente globalizado vêm passando a competição no
mercado de trabalho se torna imperativo em exigir qualidade máxima dos seus trabalhadores.
E uma parcela de responsabilidade e essa qualidade deverá ser aliada ao interesse do
indivíduo, adquirida na escola, na instituição do ensino superior, da qual deverá arraigar para
si a tríplice vertente extrair todo conhecimento teórico e se instrumentalizar de qualificação,
compreendendo que sua inserção não é meramente para se empreender na prática futura do
seu trabalho, mas para sua inserção na prática da consciência social, na vertente de sua própria
existência histórica.
O desenvolvimento acelerado das indústrias não só faz com que este mercado cada
vez mais exija dos profissionais, qualificação e eficiência, mas requer uma tomada das
relações entre esse cenário e o que está posto como modelo de ensino e de transformação e
qualquer um profissional. Daí a importância que se dar às bases do estudo, às primeiras séries,
à aplicabilidade da diferença em “passar de ano” e desenvolver no pequeno cidadão o seu
pleno conhecimento cognitivo construído e fundamentado no apreender.
5

2 - A FALTA DE OFERTA DE ENSINO REGULAR
O sistema educacional brasileiro de acordo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
formalmente é visto como um avanço na educação brasileira, pois ela busca garantir diversos
direitos aos cidadãos, regulando o que está escrito na Constituição Federal. Contudo, sabemos
que isso ainda está longe de alcançar um patamar mínimo de qualidade.
Apesar de ter uma divisão de tarefas entre os entes federados, no que diz respeito às
diversas fases de ensino no país, o que se percebe é a falha do sistema de ensino regular, onde
ficamos expostos à fragilidade.
O primeiro porque dessa falha coloca-se em patamares mundiais, a fragilidade da
sua educação do nosso País.
Sendo o Brasil um país reconhecido mundialmente e não só isso, respeitado por
tantos feitos, personalidades, pesquisas, descobertas, ainda não consegue escrever e ler a
cartilha que ele mesmo designa para a sua casa a dignidade humana, que nos é garantida na
constituição. A de oferecer aos filhos o que é de práxis. Deixar de herança uma educação de
qualidade. Há equívocos em série. E perguntas sem respostas.
Analisando os primeiros passos dos nossos educando não temos uma oferta de ensino
de acordo com a idade certa e com isso surge o primeiro porque à falha, ou seja, a demanda
por vagas é superior à oferta. Desse modo, ao tentar colocar todos dentro de uma sala de aula,
ultrapassando o limite permitido pela legislação, verifica-se que há uma falha na
aprendizagem, bem como os alunos, devido à falta de atenção a ser empregada, não procuram
despertar para a busca do conhecimento devido da faixa etária.
Assim, provoca-se uma evasão escolar antes mesmo que se consiga alfabetizar uma
criança. Aliado a isso, temos outros empecilhos, tais como a distância da escola, a burocracia
imposta pelo poder público, o desinteresse dos pais em correr, incentivar os filhos a
desenvolver um hábito de leitura, ou mesmo de folhear um periódico, uma revista em
quadrinhos desde os primeiros anos de vida e outros tantos pormenores. Já que outros meios
gigantescos fazem a emergência desse interesse para si, como por exemplo, a adesão às
drogas, a facilidade das conquistas idôneas, a aderência a tribos (gang’s), etc.
6

3 - A BUSCA PELO CULPADO
O segundo porque vem da não resolução de problemas anteriores e de alguém
sempre eleger um culpado que não tem culpa como exemplo: a falta de interesse, o trabalho
infantil, a pobreza de espírito, o tempo e tantos outros do mesmo porte.
Este sentimento de não se achar um culpado ou mesmo da pessoa (Instituição) não
querer responder que é o responsável por tudo isso que acontece, decorrer da nossa cadeia
hereditária na educação brasileira, não esteve, e ainda não está presente em nossa cultura, o
hábito e o interesse pela leitura, informação, busca de conhecimentos. Fomos guiados desde o
nascimento pelo capitalismo, desde cedo procuramos ganhar dinheiro, com isso o trabalho se
torna a primeira opção. Deixamos o direito de ser cidadão e a fragilidade do sistema começa a
se manifestar em suas diversas fases. Assim, constitui-se um atraso no sistema de ensino e
expõe o país a um retrocesso sem tamanho em níveis mundiais.
A compreensão desta temática evidencia a inter-relação entre a organização da
sociedade e os encaminhamentos dados à educação.
Para que haja uma melhoria, é necessária uma mudança no modelo de ensino, pois
quando o assunto é educação não há tempo a se perder.
T.H. Marshal, diz que:

O direito à educação é um direito social de cidadania genuíno, porque o objetivo da
educação durante a infância é modelar o adulto em perspectiva. Basicamente,
deveria ser considerado não como direito da criança frequentar a escola, mas, como
direito do cidadão adulto ter sido educado. (MARSHAL, ANO, PÁG).
7

4 - A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Quando um adulto não sabe escrever e precisa assinar o nome em algum documento,
ele diz que não sabe assinar com um olhar constrangido, humilhado, quase que pedindo
desculpa por alguém não tê-lo ensinado. Nisto há impedimento de cidadania. Para nós,
educadores não é menos constrangedor esta situação. E não são poucos os que não escrevem e
nem leem no Brasil. Segundo estimativas do Ministério da Educação ultrapassa 20 milhões.
Por quê?
Em algumas possibilidades as respostas crescem, com novos recursos didáticos, as
novas tecnologias, a formação continuada dos educadores, mas em contra partida, também
aumentam os desafios que é uma corrida acelerada em direção a poderes de questões pessoais.
A educação tem feito muitos líderes ricos e poucos líderes amantes da política pública. A
incorporação das mudanças é lenta e depende de fatores que extrapolam o âmbito da escola.
Elas estão na dependência da politicagem que constrói um modelo de formação com requintes
relacionados às “instituições pessoais” que vão operacionalizá-lo com planejamento
egoisticamente matreiro. Onde só é ensinada a reprodução e não a produção de
conhecimentos. Como já foi dito sabiamente por Antônio Joaquim Severino “Só se aprende,
só se ensina, pesquisando”.
O sistema brasileiro de ensino sabe o porquê das sólidas bases da educação no país
não se consolidam em sucesso; sabe também que a real situação premia a escola particular,
hoje, com a maior demanda de aprovação e deixa a escola pública em desvantagem no quesito
credibilidade perante a sociedade. Cria-se, então, um impasse quanto à qualidade de formação
recebida. É verdade que há que se questionar se a formação recebida de fato corresponde às
necessidades dos concluintes e às demandas do mercado, o que pode inclusive explicar, ainda
que parcialmente, o fenômeno do desemprego dos jovens profissionais de nível superior.
Não querendo tirar o mérito de nenhuma instituição de ensino, mas o sistema
brasileiro de ensino coloca a escola pública em situação de mediocridade face às atribuições
de notas e avaliações, provões e ENEM’s que temos prestado.
Fica difícil atribuir ao ensino brasileiro algo que “seus donos” almejam, como
resultados utilitários, como a aprovação em vestibulares concorridos, e assim por diante. O
sucesso na aprovação em vestibulares por si só significa qualidade de ensino? Para a educação
da rede pública de ensino, esse também é o critério de qualidade?
8

Os responsáveis pela qualidade na educação não estão interessado em desenvolvê-la,
mas as atenções estão voltadas para o lucro e atribuição de responsabilidade as instituições
privadas, ou seja, essas crescem e aumentam a cada dia e assumem o papel do poder público.
Com a falta de política inclusiva para o sistema educacional e cada vez maior a deficiência do
ensino no país, ele (o poder público) não acompanha o crescente número de alunos, bem
como não oferta ensino com qualidade.
Essa política inclusiva seria o Estado chamar para si a responsabilidade de educar em
seus diversos níveis, bem como proporcionar aos cidadãos um ensino que acompanhe a
evolução da sociedade. Em tempos remotos, tínhamos uma determinada necessidade e um
número de alunos bem menores que hoje. Também a prática de ensino era outra, onde os
recursos disponíveis eram limitados aos educadores e educando. Hoje, a gama de recursos
oferecidos, quer através da informação pessoal, ou por meio de informática aumentaram e
muito, mas ainda continuamos no passado, em que o principal elo entre o aluno e o
conhecimento é o professor (educador). Somente esse elo coloca o sistema de ensino à deriva,
na visão geral. Com isso, desmorona todas as garantias que são previstas na LDB, artigo 4º.
O dever da Política Pública seria alavancar, crescer a educação a começar pelos
pilares básicos. Primeiro cria-se a infraestrutura básica que atenda a todos e procura-se
cumular com a qualificação dos educadores. Isso deve ser uma dinâmica do sistema dotandoo de permeabilidade com os recursos que acompanhe a evolução social.
Não basta ter uma Lei que garanta os direitos, é necessário colocá-la em prática,
efetivar o seu comando, materialmente falando. Não se deve garantir, mas sim efetivar o
direito que está determinado.
9

5 - A FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A falta de qualificação profissional é o ápice que está em voga ultimamente. O
Estado não busca qualificar os seus docentes para a vida profissional como determina a Lei.
Uma pequena demonstração disso, e, que todos devem estar atentos é o caso do
atendimento especializado aos portadores de necessidades especiais, com preferência na rede
regular de ensino (CF, artigo 207, III). Isso quer dizer que o profissional deve estar preparado
para receber o educando e saber lidar com aquela necessidade especial e praticar a inclusão
dele perante os demais educando.
Na realidade não temos essa inclusão social por falta de um preparo adequado dos
docentes. Nesse ponto, o Estado não deu oportunidade ao profissional para se especializar em
receber o aluno especial. Faltou interesse em qualificá-lo, mas, requer uma total
responsabilidade do educador para desenvolver e fornecer orientações para que este educando
especial tenha e sinta seus direitos garantidos. E um deles é aprender tal quais os demais
numa sala de aula com “superlotação”.
A não qualificação para o trabalho coloca “entrave” que impede que o educador
prepare o aluno para adquirir conhecimento. Assim, o sistema trabalha anti-horário, ou seja,
ao invés de despertá-lo, coloca-se em rota de fuga, pois sabe que a escola não se torna fonte
do saber ou de informação, e não o conscientiza que a educação é o primeiro passo para tornálo cidadão.
Esse ponto é outro porque que não temos resposta, pois a materialidade não foi
colocada em prática. Cobra-se muito dos profissionais a sua qualificação, quer quando
ingressa no sistema de ensino público, quer durante a militância profissional, mas não há por
parte do poder público o incentivo necessário para construção de um conhecimento e preparo
adequado de reestruturação profissional, que acompanhe os diversos níveis de ensino. Temos
uma avalanche de informações colocadas extraclasse aos alunos, mas os docentes em sua
maioria não estão preparados para acompanhá-los, ou mesmo responder às suas indagações.
Isso se dá por falta de um aprimoramento profissional, pois o professor/educador está
estagnado (parado) no tempo, enquanto a exigibilidade da teoria e da prática são princípios
fixados em estabelecer as normas de padrão mínimo da qualidade do ensino- aprendizagem
que envolve ao mesmo tempo produção e produto.
10

CONCLUSÃO
O mundo, nas últimas décadas, sofreu grandes mudanças, muros foram derrubados,
mulheres assumiram altas posições no poder, poderosos líderes caíram, manifestações
populares se fazem e a escola está tendo dificuldades para acompanhar a velocidade dessas
transformações democráticas que saíram do silêncio e foram às ruas.
É notável que a discussão sobre a qualidade da educação também está sempre no auge
e assume uma grande visibilidade no debate público, mas não se chega o que realmente se
espera da educação no Brasil. Por quê? Porque esta, ainda, não é a prioridade para o povo,
sendo que este farto das falcatruas e das ideologias dentro da política se esquece de ao longo
de tantas informações, o verdadeiro sentido da palavra “qualidade”, que advém do Latim
qualitas (grego), que significa categorização ou classificação. (Cury, 2010, p. 18).
Uns dizem que a culpa vem de lá, outros dizem o culpado está aqui.
Porém, é certo que é dever do Estado assegurar gratuitamente a Educação Básica dos
04 aos 17 anos de idade (BRASIL, CF, art. 208, I). Além disso, determina que o acesso ao
ensino, é direito público subjetivo (BRASIL, CF, art. 208, § 1º) e que, quando este não for
oferecido pelo Poder Público, ou for oferecido de forma irregular, importa responsabilidade
da autoridade competente (BRASIL, CF, art. 208, § 2º).
Esta autoridade não assume e não vai assumir jamais as falhas que ocorrem no quadro
educacional brasileiro, porque as suas forças não são compatíveis às do Poder.
O tema desenvolvido conclui-se que faltam investimentos pontuais na educação a
começar pelas creches e perpassam por todos os níveis de ensino público. Com isso, se propõe
um reestudo não do sistema de ensino, mas diversas formas de empregar os recursos
destinados à educação. Falta um planejamento ao longo prazo com estudos, estatísticas e
outros índices no sentido de demonstrar como os recursos serão significativamente
empregados, bem como as metas a serem atingidas para ao final saber se temos ou não uma
educação de qualidade.
Desse modo, não basta ter destinação específica de recursos para aplicação na
educação, mas é preciso ter um planejamento para saber empregá-lo, bem como saber se
atingiu uma determinada meta que seja suficiente para o Brasil a nível mundial.
Por que, não é pergunta que se faça!
11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LDB
CONSTITUIÇÃO
T.H. MARSHAL
ANTONIO JOAQUIM SEVERINO
CURY

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

90017785 monografia-eja
90017785 monografia-eja90017785 monografia-eja
90017785 monografia-eja
Bruna Waleska
 
Arquivo 3 eja e o mercado de trabalho
Arquivo 3   eja e o mercado de trabalhoArquivo 3   eja e o mercado de trabalho
Arquivo 3 eja e o mercado de trabalho
Laysnara Silva
 
FORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
FORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIALFORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
FORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Janaina Silveira
 
05p 9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes
05p   9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes05p   9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes
05p 9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes
Valentina Silva
 
Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!
Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!
Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!
Joaquim Colôa
 

Mais procurados (16)

Palestra sobre EJA e o Mundo do trabalho e as Políticas Atuais
Palestra sobre EJA e o Mundo do trabalho e as Políticas AtuaisPalestra sobre EJA e o Mundo do trabalho e as Políticas Atuais
Palestra sobre EJA e o Mundo do trabalho e as Políticas Atuais
 
90017785 monografia-eja
90017785 monografia-eja90017785 monografia-eja
90017785 monografia-eja
 
Caderno2
Caderno2Caderno2
Caderno2
 
Arquivo 3 eja e o mercado de trabalho
Arquivo 3   eja e o mercado de trabalhoArquivo 3   eja e o mercado de trabalho
Arquivo 3 eja e o mercado de trabalho
 
Monografia Cristiana Pedagogia Itiúba 2012
Monografia Cristiana Pedagogia Itiúba 2012Monografia Cristiana Pedagogia Itiúba 2012
Monografia Cristiana Pedagogia Itiúba 2012
 
FORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
FORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIALFORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
FORMAÇÃO DOCENTE: O PROFESSOR DE EJA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
 
Palestra EJA
Palestra EJAPalestra EJA
Palestra EJA
 
Socializando Saberes: Aprendizagem e Fazeres alinhados a BNCC.
Socializando Saberes: Aprendizagem e Fazeres alinhados a BNCC.Socializando Saberes: Aprendizagem e Fazeres alinhados a BNCC.
Socializando Saberes: Aprendizagem e Fazeres alinhados a BNCC.
 
05p 9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes
05p   9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes05p   9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes
05p 9-motivação-em-busca-do-conhecimento-geenes
 
O Ensino em 2030 e o aprendizado pronto para a vida: o Imperativo tecnológico
O Ensino em 2030 e o aprendizado pronto para a vida: o Imperativo tecnológicoO Ensino em 2030 e o aprendizado pronto para a vida: o Imperativo tecnológico
O Ensino em 2030 e o aprendizado pronto para a vida: o Imperativo tecnológico
 
O ensino na sociedade do conhecimento
O ensino na sociedade do conhecimentoO ensino na sociedade do conhecimento
O ensino na sociedade do conhecimento
 
Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!
Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!
Vida Pós Escolar... Necessita-se Livre Trânsito!
 
FACIG NEWS 11-2017
FACIG NEWS 11-2017FACIG NEWS 11-2017
FACIG NEWS 11-2017
 
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOSFORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
 
2. metodologia da educação à distância (1)
2. metodologia da educação à distância (1)2. metodologia da educação à distância (1)
2. metodologia da educação à distância (1)
 
Convenção comentada art
Convenção comentada artConvenção comentada art
Convenção comentada art
 

Destaque (6)

Alpiste
AlpisteAlpiste
Alpiste
 
Historia de Egipto
Historia de EgiptoHistoria de Egipto
Historia de Egipto
 
Ecoturismo no Jalapão: trajetórias e desafios – Lucio Flavo Adorno
 Ecoturismo no Jalapão: trajetórias e desafios – Lucio Flavo Adorno Ecoturismo no Jalapão: trajetórias e desafios – Lucio Flavo Adorno
Ecoturismo no Jalapão: trajetórias e desafios – Lucio Flavo Adorno
 
Adriana psicóloga
Adriana   psicólogaAdriana   psicóloga
Adriana psicóloga
 
Cripto ufv-1 0-linea
Cripto ufv-1 0-lineaCripto ufv-1 0-linea
Cripto ufv-1 0-linea
 
Ceal_Shashi(20130320)
Ceal_Shashi(20130320)Ceal_Shashi(20130320)
Ceal_Shashi(20130320)
 

Semelhante a Hugo

O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípeO ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
UNEB
 
O PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM Ivanilson José Santana da Silva
O PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM  Ivanilson José Santana da SilvaO PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM  Ivanilson José Santana da Silva
O PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM Ivanilson José Santana da Silva
christianceapcursos
 
Patria educadora documento_preliminar_sae
Patria educadora documento_preliminar_saePatria educadora documento_preliminar_sae
Patria educadora documento_preliminar_sae
Daniela Carvalho
 
Web caderno-2
Web caderno-2Web caderno-2
Web caderno-2
luci96
 
Serviço social edudação
Serviço social edudaçãoServiço social edudação
Serviço social edudação
driasecem
 
Jornal Icaivera - Edição 2
Jornal Icaivera - Edição 2Jornal Icaivera - Edição 2
Jornal Icaivera - Edição 2
Telma Maciel
 

Semelhante a Hugo (20)

Ética na escola.ppt
Ética na escola.pptÉtica na escola.ppt
Ética na escola.ppt
 
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípeO ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
 
O PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM Ivanilson José Santana da Silva
O PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM  Ivanilson José Santana da SilvaO PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM  Ivanilson José Santana da Silva
O PAPEL DOS PAIS FRENTE À APRENDIZAGEM Ivanilson José Santana da Silva
 
AD 1 - Didática CEDERJ
AD 1 - Didática CEDERJAD 1 - Didática CEDERJ
AD 1 - Didática CEDERJ
 
Didatica ad1
Didatica   ad1Didatica   ad1
Didatica ad1
 
Informação e Liberdade de Educação - por Fernando Adão da Fonseca
Informação e Liberdade de Educação - por Fernando Adão da FonsecaInformação e Liberdade de Educação - por Fernando Adão da Fonseca
Informação e Liberdade de Educação - por Fernando Adão da Fonseca
 
Patria educadora documento_preliminar_sae
Patria educadora documento_preliminar_saePatria educadora documento_preliminar_sae
Patria educadora documento_preliminar_sae
 
Caderno2- O Jovem como Sujeito do Ensino Médio
Caderno2- O Jovem como Sujeito do Ensino MédioCaderno2- O Jovem como Sujeito do Ensino Médio
Caderno2- O Jovem como Sujeito do Ensino Médio
 
pacto nacional do ensino medio Caderno2
pacto nacional do ensino medio Caderno2pacto nacional do ensino medio Caderno2
pacto nacional do ensino medio Caderno2
 
Web caderno-2
Web caderno-2Web caderno-2
Web caderno-2
 
Avaliação institucional 2013 SME Marília - SP - devolutiva para as escolas
Avaliação institucional 2013 SME Marília - SP - devolutiva para as escolasAvaliação institucional 2013 SME Marília - SP - devolutiva para as escolas
Avaliação institucional 2013 SME Marília - SP - devolutiva para as escolas
 
Artigo leda
Artigo ledaArtigo leda
Artigo leda
 
Apresentação janice raimundo
Apresentação janice raimundoApresentação janice raimundo
Apresentação janice raimundo
 
Serviço social edudação
Serviço social edudaçãoServiço social edudação
Serviço social edudação
 
Os conceitos e os caminhos da Educação
Os conceitos e os caminhos da EducaçãoOs conceitos e os caminhos da Educação
Os conceitos e os caminhos da Educação
 
Jornal Icaivera - Edição 2
Jornal Icaivera - Edição 2Jornal Icaivera - Edição 2
Jornal Icaivera - Edição 2
 
Pnfem – slide do caderno II
Pnfem – slide do caderno IIPnfem – slide do caderno II
Pnfem – slide do caderno II
 
Educação de jovens e adultos
Educação de jovens e adultosEducação de jovens e adultos
Educação de jovens e adultos
 
Preconceito e Discriminação no contexto escolar
Preconceito e Discriminação no contexto escolarPreconceito e Discriminação no contexto escolar
Preconceito e Discriminação no contexto escolar
 
O papel da escola e suas demandas sociais
O papel da escola e suas demandas sociaisO papel da escola e suas demandas sociais
O papel da escola e suas demandas sociais
 

Hugo

  • 1. 1 FACULDADE UNISABER Abadio Souza e Silva Beatriz Gondim Damiana Batista José Hugo de Oliveira Gonçalves SISTEMA BRASILEIRO DE ENSINO: “Os Porquês da Educação do Brasil” Prof. Doutor: Idurval Perna da Rocha
  • 2. 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................03 1 - SÍNTESE GERAL.............................................................................................................04 2 - A FALTA DE OFERTA DE ENSINO REGULAR........................................................05 3 - A BUSCA PELO CULPADO...........................................................................................06 4 - A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS.........................................................................07 5 - A FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL......................................................09 CONCLUSÃO.........................................................................................................................10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................11
  • 3. 3 INTRODUÇÃO O presente tema trata-se de uma visão geral da educação no Brasil. Não se pretende esgotar o assunto, mas trazer uma panorâmica de que a educação brasileira está na berlinda, pois não temos seguido o que determina a Constituição Federal muito menos a sua regulamentação legal por intermédio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O estudo busca fazer algumas perguntas que se encontram sem respostas, mas também não foi proposta a solução do problema. O que se quer demonstrar é que a educação carece de investimentos e que as políticas públicas são ineficientes, pois falta a qualificação profissional, a oferta de vagas não condizentes com a realidade brasileira e outros entraves, a começar pelo direito à educação básica. Não se quer achar ou determinar a culpa de alguém, mas alertar a sociedade que a educação é a fonte do conhecimento. Ao final sugere o planejamento como a primeira análise a ser feita antes de investir em educação.
  • 4. 4 1 - SÍNTESE GERAL Porque é assim mesmo, diz um aqui. Porque é culpa do passado, diz outro ali. Por quê? Por quê!? Em meio às mudanças, visões de novas gerações, os profissionais da educação brasileira têm se deparado com situações críticas e reflexivas no seu dia a dia de, ora ensinador, ora educador, ora professor. Dentro do seu contexto social mobilizam recursos, desenvolvem projetos, resolvem problemas de ordem familiar, preenchem requisitos que não lhe é devido, enfim, se torna o responsável por tantas outras coisas que fogem da sua alçada. De encontro a isso, vem a rigorosidade que o mercado de trabalho exige hoje dos seus candidatos a funcionários e, é óbvio a pretensão da exigência, mas o ensino que se dar a estes candidatos não é suficiente para se igualar ao que se é exigido, desde o conhecimento à habilidade e o despertar para novas aquisições dentro do trabalho para o qual foi escolhido. E é claro, também, que, considerando o processo de transformação pela qual a sociedade e as novas implantações num mundo totalmente globalizado vêm passando a competição no mercado de trabalho se torna imperativo em exigir qualidade máxima dos seus trabalhadores. E uma parcela de responsabilidade e essa qualidade deverá ser aliada ao interesse do indivíduo, adquirida na escola, na instituição do ensino superior, da qual deverá arraigar para si a tríplice vertente extrair todo conhecimento teórico e se instrumentalizar de qualificação, compreendendo que sua inserção não é meramente para se empreender na prática futura do seu trabalho, mas para sua inserção na prática da consciência social, na vertente de sua própria existência histórica. O desenvolvimento acelerado das indústrias não só faz com que este mercado cada vez mais exija dos profissionais, qualificação e eficiência, mas requer uma tomada das relações entre esse cenário e o que está posto como modelo de ensino e de transformação e qualquer um profissional. Daí a importância que se dar às bases do estudo, às primeiras séries, à aplicabilidade da diferença em “passar de ano” e desenvolver no pequeno cidadão o seu pleno conhecimento cognitivo construído e fundamentado no apreender.
  • 5. 5 2 - A FALTA DE OFERTA DE ENSINO REGULAR O sistema educacional brasileiro de acordo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, formalmente é visto como um avanço na educação brasileira, pois ela busca garantir diversos direitos aos cidadãos, regulando o que está escrito na Constituição Federal. Contudo, sabemos que isso ainda está longe de alcançar um patamar mínimo de qualidade. Apesar de ter uma divisão de tarefas entre os entes federados, no que diz respeito às diversas fases de ensino no país, o que se percebe é a falha do sistema de ensino regular, onde ficamos expostos à fragilidade. O primeiro porque dessa falha coloca-se em patamares mundiais, a fragilidade da sua educação do nosso País. Sendo o Brasil um país reconhecido mundialmente e não só isso, respeitado por tantos feitos, personalidades, pesquisas, descobertas, ainda não consegue escrever e ler a cartilha que ele mesmo designa para a sua casa a dignidade humana, que nos é garantida na constituição. A de oferecer aos filhos o que é de práxis. Deixar de herança uma educação de qualidade. Há equívocos em série. E perguntas sem respostas. Analisando os primeiros passos dos nossos educando não temos uma oferta de ensino de acordo com a idade certa e com isso surge o primeiro porque à falha, ou seja, a demanda por vagas é superior à oferta. Desse modo, ao tentar colocar todos dentro de uma sala de aula, ultrapassando o limite permitido pela legislação, verifica-se que há uma falha na aprendizagem, bem como os alunos, devido à falta de atenção a ser empregada, não procuram despertar para a busca do conhecimento devido da faixa etária. Assim, provoca-se uma evasão escolar antes mesmo que se consiga alfabetizar uma criança. Aliado a isso, temos outros empecilhos, tais como a distância da escola, a burocracia imposta pelo poder público, o desinteresse dos pais em correr, incentivar os filhos a desenvolver um hábito de leitura, ou mesmo de folhear um periódico, uma revista em quadrinhos desde os primeiros anos de vida e outros tantos pormenores. Já que outros meios gigantescos fazem a emergência desse interesse para si, como por exemplo, a adesão às drogas, a facilidade das conquistas idôneas, a aderência a tribos (gang’s), etc.
  • 6. 6 3 - A BUSCA PELO CULPADO O segundo porque vem da não resolução de problemas anteriores e de alguém sempre eleger um culpado que não tem culpa como exemplo: a falta de interesse, o trabalho infantil, a pobreza de espírito, o tempo e tantos outros do mesmo porte. Este sentimento de não se achar um culpado ou mesmo da pessoa (Instituição) não querer responder que é o responsável por tudo isso que acontece, decorrer da nossa cadeia hereditária na educação brasileira, não esteve, e ainda não está presente em nossa cultura, o hábito e o interesse pela leitura, informação, busca de conhecimentos. Fomos guiados desde o nascimento pelo capitalismo, desde cedo procuramos ganhar dinheiro, com isso o trabalho se torna a primeira opção. Deixamos o direito de ser cidadão e a fragilidade do sistema começa a se manifestar em suas diversas fases. Assim, constitui-se um atraso no sistema de ensino e expõe o país a um retrocesso sem tamanho em níveis mundiais. A compreensão desta temática evidencia a inter-relação entre a organização da sociedade e os encaminhamentos dados à educação. Para que haja uma melhoria, é necessária uma mudança no modelo de ensino, pois quando o assunto é educação não há tempo a se perder. T.H. Marshal, diz que: O direito à educação é um direito social de cidadania genuíno, porque o objetivo da educação durante a infância é modelar o adulto em perspectiva. Basicamente, deveria ser considerado não como direito da criança frequentar a escola, mas, como direito do cidadão adulto ter sido educado. (MARSHAL, ANO, PÁG).
  • 7. 7 4 - A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS Quando um adulto não sabe escrever e precisa assinar o nome em algum documento, ele diz que não sabe assinar com um olhar constrangido, humilhado, quase que pedindo desculpa por alguém não tê-lo ensinado. Nisto há impedimento de cidadania. Para nós, educadores não é menos constrangedor esta situação. E não são poucos os que não escrevem e nem leem no Brasil. Segundo estimativas do Ministério da Educação ultrapassa 20 milhões. Por quê? Em algumas possibilidades as respostas crescem, com novos recursos didáticos, as novas tecnologias, a formação continuada dos educadores, mas em contra partida, também aumentam os desafios que é uma corrida acelerada em direção a poderes de questões pessoais. A educação tem feito muitos líderes ricos e poucos líderes amantes da política pública. A incorporação das mudanças é lenta e depende de fatores que extrapolam o âmbito da escola. Elas estão na dependência da politicagem que constrói um modelo de formação com requintes relacionados às “instituições pessoais” que vão operacionalizá-lo com planejamento egoisticamente matreiro. Onde só é ensinada a reprodução e não a produção de conhecimentos. Como já foi dito sabiamente por Antônio Joaquim Severino “Só se aprende, só se ensina, pesquisando”. O sistema brasileiro de ensino sabe o porquê das sólidas bases da educação no país não se consolidam em sucesso; sabe também que a real situação premia a escola particular, hoje, com a maior demanda de aprovação e deixa a escola pública em desvantagem no quesito credibilidade perante a sociedade. Cria-se, então, um impasse quanto à qualidade de formação recebida. É verdade que há que se questionar se a formação recebida de fato corresponde às necessidades dos concluintes e às demandas do mercado, o que pode inclusive explicar, ainda que parcialmente, o fenômeno do desemprego dos jovens profissionais de nível superior. Não querendo tirar o mérito de nenhuma instituição de ensino, mas o sistema brasileiro de ensino coloca a escola pública em situação de mediocridade face às atribuições de notas e avaliações, provões e ENEM’s que temos prestado. Fica difícil atribuir ao ensino brasileiro algo que “seus donos” almejam, como resultados utilitários, como a aprovação em vestibulares concorridos, e assim por diante. O sucesso na aprovação em vestibulares por si só significa qualidade de ensino? Para a educação da rede pública de ensino, esse também é o critério de qualidade?
  • 8. 8 Os responsáveis pela qualidade na educação não estão interessado em desenvolvê-la, mas as atenções estão voltadas para o lucro e atribuição de responsabilidade as instituições privadas, ou seja, essas crescem e aumentam a cada dia e assumem o papel do poder público. Com a falta de política inclusiva para o sistema educacional e cada vez maior a deficiência do ensino no país, ele (o poder público) não acompanha o crescente número de alunos, bem como não oferta ensino com qualidade. Essa política inclusiva seria o Estado chamar para si a responsabilidade de educar em seus diversos níveis, bem como proporcionar aos cidadãos um ensino que acompanhe a evolução da sociedade. Em tempos remotos, tínhamos uma determinada necessidade e um número de alunos bem menores que hoje. Também a prática de ensino era outra, onde os recursos disponíveis eram limitados aos educadores e educando. Hoje, a gama de recursos oferecidos, quer através da informação pessoal, ou por meio de informática aumentaram e muito, mas ainda continuamos no passado, em que o principal elo entre o aluno e o conhecimento é o professor (educador). Somente esse elo coloca o sistema de ensino à deriva, na visão geral. Com isso, desmorona todas as garantias que são previstas na LDB, artigo 4º. O dever da Política Pública seria alavancar, crescer a educação a começar pelos pilares básicos. Primeiro cria-se a infraestrutura básica que atenda a todos e procura-se cumular com a qualificação dos educadores. Isso deve ser uma dinâmica do sistema dotandoo de permeabilidade com os recursos que acompanhe a evolução social. Não basta ter uma Lei que garanta os direitos, é necessário colocá-la em prática, efetivar o seu comando, materialmente falando. Não se deve garantir, mas sim efetivar o direito que está determinado.
  • 9. 9 5 - A FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL A falta de qualificação profissional é o ápice que está em voga ultimamente. O Estado não busca qualificar os seus docentes para a vida profissional como determina a Lei. Uma pequena demonstração disso, e, que todos devem estar atentos é o caso do atendimento especializado aos portadores de necessidades especiais, com preferência na rede regular de ensino (CF, artigo 207, III). Isso quer dizer que o profissional deve estar preparado para receber o educando e saber lidar com aquela necessidade especial e praticar a inclusão dele perante os demais educando. Na realidade não temos essa inclusão social por falta de um preparo adequado dos docentes. Nesse ponto, o Estado não deu oportunidade ao profissional para se especializar em receber o aluno especial. Faltou interesse em qualificá-lo, mas, requer uma total responsabilidade do educador para desenvolver e fornecer orientações para que este educando especial tenha e sinta seus direitos garantidos. E um deles é aprender tal quais os demais numa sala de aula com “superlotação”. A não qualificação para o trabalho coloca “entrave” que impede que o educador prepare o aluno para adquirir conhecimento. Assim, o sistema trabalha anti-horário, ou seja, ao invés de despertá-lo, coloca-se em rota de fuga, pois sabe que a escola não se torna fonte do saber ou de informação, e não o conscientiza que a educação é o primeiro passo para tornálo cidadão. Esse ponto é outro porque que não temos resposta, pois a materialidade não foi colocada em prática. Cobra-se muito dos profissionais a sua qualificação, quer quando ingressa no sistema de ensino público, quer durante a militância profissional, mas não há por parte do poder público o incentivo necessário para construção de um conhecimento e preparo adequado de reestruturação profissional, que acompanhe os diversos níveis de ensino. Temos uma avalanche de informações colocadas extraclasse aos alunos, mas os docentes em sua maioria não estão preparados para acompanhá-los, ou mesmo responder às suas indagações. Isso se dá por falta de um aprimoramento profissional, pois o professor/educador está estagnado (parado) no tempo, enquanto a exigibilidade da teoria e da prática são princípios fixados em estabelecer as normas de padrão mínimo da qualidade do ensino- aprendizagem que envolve ao mesmo tempo produção e produto.
  • 10. 10 CONCLUSÃO O mundo, nas últimas décadas, sofreu grandes mudanças, muros foram derrubados, mulheres assumiram altas posições no poder, poderosos líderes caíram, manifestações populares se fazem e a escola está tendo dificuldades para acompanhar a velocidade dessas transformações democráticas que saíram do silêncio e foram às ruas. É notável que a discussão sobre a qualidade da educação também está sempre no auge e assume uma grande visibilidade no debate público, mas não se chega o que realmente se espera da educação no Brasil. Por quê? Porque esta, ainda, não é a prioridade para o povo, sendo que este farto das falcatruas e das ideologias dentro da política se esquece de ao longo de tantas informações, o verdadeiro sentido da palavra “qualidade”, que advém do Latim qualitas (grego), que significa categorização ou classificação. (Cury, 2010, p. 18). Uns dizem que a culpa vem de lá, outros dizem o culpado está aqui. Porém, é certo que é dever do Estado assegurar gratuitamente a Educação Básica dos 04 aos 17 anos de idade (BRASIL, CF, art. 208, I). Além disso, determina que o acesso ao ensino, é direito público subjetivo (BRASIL, CF, art. 208, § 1º) e que, quando este não for oferecido pelo Poder Público, ou for oferecido de forma irregular, importa responsabilidade da autoridade competente (BRASIL, CF, art. 208, § 2º). Esta autoridade não assume e não vai assumir jamais as falhas que ocorrem no quadro educacional brasileiro, porque as suas forças não são compatíveis às do Poder. O tema desenvolvido conclui-se que faltam investimentos pontuais na educação a começar pelas creches e perpassam por todos os níveis de ensino público. Com isso, se propõe um reestudo não do sistema de ensino, mas diversas formas de empregar os recursos destinados à educação. Falta um planejamento ao longo prazo com estudos, estatísticas e outros índices no sentido de demonstrar como os recursos serão significativamente empregados, bem como as metas a serem atingidas para ao final saber se temos ou não uma educação de qualidade. Desse modo, não basta ter destinação específica de recursos para aplicação na educação, mas é preciso ter um planejamento para saber empregá-lo, bem como saber se atingiu uma determinada meta que seja suficiente para o Brasil a nível mundial. Por que, não é pergunta que se faça!