3. Relevo
A grande diversidade de paisagens que encontramos em toda a superfície terrestre,
caracteriza-se também pelo RELEVO.
O que é o RELEVO?
O relevo é o conjunto das irregularidades que a superfície terrestre apresenta.
Um dos elementos que nos permite caracterizar o relevo, é a ALTITUDE . Esta é
entendida como a distância em metros, medida na vertical, entre o nível médio das
águas do mar e um dado lugar (lugar A).
Conforme a posição do lugar em relação ao nível médio das águias do mar, assim a
altitude também pode ser negativa, isto é, quando os lugares se localizam abaixo do
nível médio das águas do mar (lugares B e C).
À medida, na vertical, entre o nível médio das águas do mar e um dado lugar
submerso chama-se profundidade (lugar C) .
4. A - Montanha - formas de relevo muito elevadas.
B e E - Planalto - terrenos quase planos a grande ou média altitude
(entre 200 a 1000 metros)
C - Encosta ou Vertente - direcção da inclinação do relevo.
D - Vale - zona baixa, alongada entre montanhas.
F - Planície - áreas planas e a baixa altitude (inferior a 200 metros)
Vamos recordar as formas de relevo...
6. Continente Cadeia
Montanhosa
Maior Montanha Planícies
Importantes
Ásia Himalaias Monte Everest 8
850 m
Siberiana
África Atlas Monte Kilimanjaro
5 895 m
Rio Nilo/ Rio
Congo
América do
Norte
Montanhas
Rochosas
Monte McKinley 6
194 m
Central Norte
Americana
América do
Sul
Andes Monte Aconcágua
6 960 m
Bacia do
Amazonas
Oceânia Grande
Cordilheira
Divisória
Monte Kosciusko
2 230 m
Bacia do Murray-
Darling
Antárctida Montes
Transantárticos
Monte Vinson 5
140 m
-
À escala
Mundial...
9. Processo de erosão
- O desgaste, é a fragmentação das rochas;
- O transporte, é o movimento dos materiais erodidos;
- A sedimentação, é o depósito dos materiais erodidos e
transportados.
Fases do
processo de
erosão:
12. As águas que se precipitam sobre o solo
PODEM SER:1- De carácter temporário - designam-se de torrentes, que só existem
em ocasiões em que chove, secando noutras épocas.
São cursos de água de montanha, rápidos e irregulares,
constituídos:
a) Bacia de recepção – recebe as águas da chuva.
b) Canal de escoamento – onde as águas atingem muita velocidade e
recebem muitos materiais.
c) Cone de dejecção – depósito de materiais na base da montanha.
2- De carácter permanente - os rios e ribeiros correm em canais que
eles próprios escavam (vales). Nascem nas montanhas (nascente),
e juntam-se a outros cursos de água, formando uma rede
organizada de água doce – Rede hidrográfica. Vão desaguar no mar
– foz.
13. Um rio caracteriza-se pelo:
* seu comprimento
* caudal – volume de água que passa numa secção
do rio durante uma unidade de tempo
* regime hidrológico – variação do caudal ao longo
do ano. Depende das precipitações: níveis baixos
leito de estiagem (seca); níveis mais elevados –
leito de inundação (cheia)
* bacia hidrográfica - área cujas águas confluem
para a mesma rede hidrográfica (área por onde
circulam os rios)
14. Podemos identificar três leitos em função do caudal que o rio transporta.
Leito de estiagem - corresponde ao leito por
onde corre um curso de água durante os
períodos de estiagem (de seca). Nalgumas
regiões, o rio chega mesmo a secar.
Leito normal - como o próprio nome indica
corresponde ao leito normal do rio.
Leito de inundação ou de cheia - nos períodos
de chuvas intensas, por vezes, as águas sobem
e transbordam as margens do leito normal.
15.
16. Os rios estão organizados em Redes Hidrográficas, que é o
conjunto de cursos de água constituído por um rio principal,
afluentes e subafluentes (tributários)
A rede hidrográfica, por sua vez drena uma Bacia
Hidrográfica, que compreende toda a área drenada pelo rio
principal e seus tributários (afluentes e subafluentes).
18. Os rios modelam a paisagem criado formas de
relevo muito diferentes na superfície que
atravessam.
No seu percurso, desde a nascente até à foz, o
rio desenvolve um trabalho de desgaste dos
terrenos por onde passa, de transporte dos
materiais arrancados e de acumulação desses
materiais, em planícies aluviais.
Este processo designa-se de EROSÃO FLUVIAL.
Elementos topográficos de uma rede
hidrográfica
19. O curso de um rio, desde a nascente, até ao momento em
que a sua água se mistura com a água do mar, pode ser
comparado à história de uma vida, dividindo-se em três
fases: juventude, maturidade e velhice.
Na fase inicial ou de juventude, no curso superior, os
rios correm geralmente entre montanhas, o declive dos
terrenos é acentuado e a força das águas é muito
significativa. Assim, o desgaste na vertical é acentuado e
os vales apresentam vertentes abruptas: são os vales
em V fechado.
20. Curso Superior
Forte declive – água desloca-se
a grande velocidade.
Acção de desgaste.
Vales estreitos e profundos com
a forma de um “V” fechado.
21. Na fase de maturidade, no curso médio, o declive
do terreno não é tão acentuado, o desgaste faz-se
na horizontal alargando o leito do rio, forma-se
vales mais abertos: são os vales em V abertos.
23. Na fase de velhice, no curso inferior, o rio perde
velocidade e dá-se a deposição dos materiais
(aluviões) que o rio transportou durante o seu
percurso, forma-se vales em caleira aluvial, de
fundo largo e plano.