1. ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE TERRA NOVA DO NORTE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
ESCOLA MUNICIPAL RIBEIRÃO BONITO
PROJETO CULTIVAR
“semeando conhecimento para colher cidadãos”
Terra nova do Norte - MT
2008
1. HISTÓRICO
2. HISTÓRICO DE TERRA NOVA
A história da formação de Terra Nova do Norte é de suma importância, pois
se trata de um projeto de assentamento de pequenos agricultores do sul do país, mais
específico do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os quais foram retirados de terras
indígenas onde moravam.
Para assentar essas famílias o Governo Federal propôs aos mesmos que
viessem para Mato Grosso, para “Terra Nova do Norte”, para isso foram selecionados
e cadastrados pelo Governo Federal, que na época era representado pelo senhor
Ministro do Interior Dr. Maurício Rangel Reis.
O projeto de assentamento deu-se com dificuldades, mas a cooperativa da
época tinha a incumbência de ajudar os recém chegados do sul.
Foram distribuídos entre as famílias mais de 1.000 lotes em 435.000
hectares, que eram coordenados pela Coopercana, sendo 09 agrovilas ao todo.
Para os colonos foram dias de grandes dificuldades para acostumar-se ao
clima, as condições precárias e aos diversos contratempos a que foram submetidos e
principalmente à malaria que desfez várias famílias.
Em outro período vieram os nordestinos com intenção do garimpo, mas eles
acabaram danificando a pequena estrutura que estava se formando, com isso muitos
voltaram para o sul por não suportar a grande pressão pela qual estavam passando.
Antes era Terra Nova, mas visando outros municípios já existentes em
estados vizinhos foi acrescido ao nome “Norte”, tornando-o Terra Nova do Norte.
A emancipação de Terra Nova do Norte aconteceu no dia 13 de Maio1986.
Da Comunidade e das escolinhas:
A história das escolinhas deu-se em meio às grandes dificuldades do início
do assentamento PA H.I.J., era grande o número de famílias e conseqüentemente de
crianças em idade escolar e pouca perspectiva de ensino, a não ser o inato. Foi
quando algumas pessoas viram e sentiram a necessidade de fazer algo por essas
crianças. Essas pessoas eram na maioria das vezes os próprios pais que procuravam
2
3. a secretaria de educação do município de Colíder, onde na época Terra Nova do Norte
era distrito. A secretaria de educação sempre e na medida do possível conseguia do
poder público os recursos financeiros para pagar alguns professores e subsídios
básicos para o início das aulas. E para que as crianças não ficassem sem aulas as
mesmas eram ministradas embaixo de árvores, barracos de pau-a-pique cobertos de
lona e até mesmo em “galinheiro” segundo relato da professora Cirlei L. Pinheiro.
Assim foi-se distribuindo e iniciando as comunidades. A comunidade São
Luis Gonzaga iniciou-se no ano de 1983 e no ano seguinte em 1984 a escola Santa
Catarina. Em 1985 também teve início outra escola denominada Estrela d’Alva na
comunidade Imaculada Conceição. No ano de 1987 teve início a escola da
comunidade São Benedito. Em 1988 deu-se início a comunidade Flor da Serra sendo a
primeira a conseguir recursos diante da prefeitura para a construção do prédio de
madeira, onde os pais se reuniram e em mutirão construíram a escola. Em 1990 a
escola “Ribeirão Bonito” também funcionava com muita precariedade. A escola Pedro
Álvares Cabral iniciou-se no ano de 1992.Todas oferecendo ensino multiseriado de 1ª
a 4ª série, sendo que a professora era a merendeira, zeladora, vigia...
Nessa construção a participação da administração pública foi de suma
importância pois ofertavam subsídios para a melhoria das escolas. No ano de 1997
iniciava-se nova gestão com o prefeito municipal José Carlos Balbo, e com a nova
administração a educação Terranovense passa a ter novos rumos, sendo implantado o
projeto “Quem Sabe Faz a Hora” que tinha como meta atender todas as crianças do
município que haviam parado de estudar por ter concluído a 4ª série, e por não terem
opção de continuar a estudar na zona rural, paravam por aí.
Para atender esses alunos dentro do projeto “Quem Sabe Faz a Hora”
essas escolas acima citadas foram desativadas e aglomeradas na Escola Municipal
Ribeirão Bonito, por estar assim melhor localizada e ser ponto de referencia do
assentamento, estando ali localizado um posto da SUCAN, e a associação dos
pequenos produtores, onde os assentados se encontravam quase que diariamente
visto as condições precárias de saúde nos tempos da malária.
Nessa fase de mudanças não houve resistência por parte dos pais quanto à
polarização, até pelo fato de entenderem que era a solução, pois sabiam que era uma
oportunidade de seus filhos concluírem o ensino fundamental, chegando ao ensino
3
4. médio, que na visão da época era o suficiente. E mesmo nessa perspectiva ainda era
grande a preocupação, quanto ao deslocamento dos filhos de suas comunidades até o
pólo, tanto pela distancia percorrida quanto por estarem sob a responsabilidade de
motoristas desconhecidos. Essas dificuldades aos poucos foram superadas e os
alunos recebiam gradativamente o nível escolar que o núcleo oferecia.
Com a polarização a Escola Municipal Ribeirão Bonito foi ampliada pois o
número de alunos era de aproximadamente quatrocentos, e não tinha espaço físico
adequado que possibilitasse o desenvolvimento ensino aprendizagem.esse número se
manteve até o ano de 2001/2002, sendo essa escola uma referência municipal, em
quantidade de alunos.
Aos poucos esse número foi decaindo devido ao êxodo das famílias,
chegando hoje ao número aproximado de 200 alunos.
2. PROJETO:
INTRODUÇÃO:
4
5. A Escola Municipal Ribeirão Bonito funciona na 10ª Agrovila, a 50
Quilômetros da sede do Município de Terra Nova do Norte, Mato Grosso, no
Assentamento Rural (PA H.I.J), CEP 78.505-000, foi criada em 15/07/1987 ,pelo
Decreto de Criação nº 0014/87, autorizada pela Resolução 384/04 e reconhecida pela
Portaria ------------ e Inscrita no CNPJ nº 02.993.282/0001-09 e recredenciada pelo
processo nº 852/05- CEE/MT e Perecer 49/06 aprovado em 24/02/2006 sob a Portaria
nº 034/06, com vigência no período de 01/01/2006 a 31/12/2009. .
É composta por uma variedade étnico-cultural com uma população de baixa
renda e baixo nível de escolaridade. A Escola atende a Educação Infantil que foi
autorizada através da Resolução 271/98/ CEE, Portaria 49/00/ SEDUC; e o Ensino
Fundamental autorizado pela Resolução 268/98/CEE e Portaria 49/00/SEDUC. Tendo
em vista que esta entidade não é autorizada para o funcionamento do Ensino Médio, e
como o projeto pretende atender todos os alunos da comunidade, torna-se necessário
e importante o atendimento do mesmo através de salas anexas, já que a clientela
matriculada para o mesmo precisa ajudar seus pais nas atividades que provem sua
subsistência e não possui condições financeiras para se deslocar até uma escola
autorizada, e acreditamos que os alunos do ensino médio são os de mais urgência,
pois muitos terminam sem perspectivas de futuro, e com esse projeto a escola poderá
oferecer subsídios para que melhorem a atividade local.
Esta proposta não tem a intenção de ser um documento pronto e acabado,
mas como indica o termo, é apenas uma “proposta”. Deve constituir-se objeto
permanente de reflexões e análises. Nossa intenção é possuir um referencial que
possa nortear a prática de toda a equipe do Projeto – educadores, coordenadores,
consultores. O processo de desenvolvimento do currículo indicará as intervenções
necessárias.
JUSTIFICATIVA
Analisando as condições econômicas, financeiras, culturais e de participação
da nossa comunidade no processo educativo; no índice de evasão, retenção e/ou
reprovação, nos últimos anos, e partindo do pressuposto que o individuo necessita de
5
6. uma Educação voltada para a sua realidade, que o induza a ter atitudes criticas e
ou/reflexivas diante das dificuldades que venham surgir no seu contexto social,
sentimos a necessidade de elaborar um projeto que reflita sobre a sua realidade e
todos os problemas que interferem no seu aprendizado e na sua formação integral.
Entre todos os problemas que detectamos que estão interferindo no
processo ensino aprendizagem, está a distancia, porque a Escola Municipal Ribeirão
Bonito fica localizada bem distante dos pontos finais das linhas que a liga até a casa
dos alunos. Após analisarmos o mapa dessas linhas, vimos que a distancia percorrida
e o tempo de permanência dos alunos no transporte escolar é muito grande, o que
interfere negativamente no seu aprendizado, pois ao chegar a escola o aluno está
cansado e desmotivado para qualquer atividade que lhe requer atenção e disposição
para aprender.
É visto também que todo inicio do ano letivo, o Calendário Escolar não pode
ser cumprido, devido ao período chuvoso, que deixa as estradas intransitáveis, devido
às erosões e os atoleiros causados pelas chuvas.
Através de um trabalho investigativo foi possível diagnosticar que esta
comunidade possui um histórico de ocupação variada, uma produção diversificada
incluindo agricultura de subsistência e produção de leite, as quais são feitas de
maneira artesanal e que ainda muitos dos pequenos proprietários tem sua renda
familiar proveniente de trabalhos feitos a terceiros, através de diárias, empreitas, e
outros, mas que a principal renda familiar desta comunidade é basicamente
proveniente do leite e que este, é ordenhado de madrugada, e que são os filhos que
ajudam os pais nesta atividade, ficando difícil estarem na Escola todos os dias, já que
o transporte escolar precisa sair muito cedo do inicio das linhas para estar na escola no
horário previsto, o que quase nunca é cumprido, devido aos problemas já alencados.
Analisando os currículos, vimos que mesmo a escola estando localizada na
zona rural, não há nada voltado para educação do campo que possa auxiliar a
comunidade nos inumemos problemas que ela enfrenta, como a ação dos garimpos,
desmatamentos das nascentes e rios, queimadas e outros fatores que interferem na
paisagem e no seu dia-a-dia, e nos enquanto profissionais da educação não podemos
ficar alheio a isto, porque é a partir de uma educação voltada para o campo que
podemos dar o primeiro passo significando conhecimento desde as series iniciais
6
7. E foi considerando que é impossível separar o ambiente em que o aluno está
inserido do seu contexto histórico e social, uma vez que ao longo do espaço-tempo,
todo lugar carrega suas marcas, as quais desenharam seu presente e projetam suas
perspectivas futuras, e ao explorar com o aluno o ambiente e a cultura de sua
comunidade, a escola entra em contato com a realidade de sua vida cotidiana, com
seu espaço físico, social e cultural, podendo assim compreender melhor o seu agir e
ajudá-lo nas suas dificuldades, porque entendemos que a escola exerce forte influencia
nas atitudes das pessoas, atitudes essas que podem ser criticas e reflexivas, diante
das dificuldades que surgem no contexto social de sua história.
Diante de toda a problemática acima mencionada, vimos na Pedagogia de
Alternância e da aprendizagem significativa o caminho para resolvê-las, já que essa
alternância supõe uma estreita conexão entre os dois momentos de atividades dos
alunos, e a aprendizagem significativa esta voltada para uma formação integral do
aluno do meio rural, que vai de encontro a sua realidade, e que através de aplicação
de conhecimentos técnicos-científicos, poderá melhorar o que já possui e criar
estímulos para fazer diferente.
Vimos no Projeto Cultivar vantagens que estarão melhorando o processo
ensino-aprendizagem, porque os professores estarão tendo contato direto entre o
aluno e seu responsável, os educadores estarão otimizados, pois o grupo de trabalho
será relativamente pequeno, conhecendo assim a realidade de cada aluno, os
professores desempenharão um papel a nível social, cultural e econômico na
comunidade, facilitará o intercambio entre pai/responsável-aluno-professor, o professor
e o técnico orientarão não só o aluno, mas sua família a desenvolver projetos
escolares em sua propriedade incentivando-os na diversificação de culturas,
promovendo uma amostragem dos produtos do projeto valorizando assim o
aluno/agricultor. Com isto estaremos buscando um ensino de qualidade capaz de
formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e atuar
nela com competência e dignidade.
7
8. A Escola Municipal Ribeirão Bonito funciona na 10ª Agrovila, a 50
Quilômetros da sede do Município de Terra Nova do Norte, Mato Grosso, no
Assentamento Rural (PA H.I.J), CEP 78.505-000, foi criada em 15/07/1987 ,pelo
Decreto de Criação nº 0014/87, autorizada pela Resolução 384/04 e reconhecida pela
Portaria ------------ e Inscrita no CNPJ nº 02.993.282/0001-09 e recredenciada pelo
processo nº 852/05- CEE/MT e Perecer 49/06 aprovado em 24/02/2006 sob a Portaria
nº 034/06, com vigência no período de 01/01/2006 a 31/12/2009. .
É composta por uma variedade étnico-cultural com uma população de baixa
renda e baixo nível de escolaridade. A Escola atende a Educação Infantil que foi
autorizada através da Resolução 271/98/ CEE, Portaria 49/00/ SEDUC; e o Ensino
Fundamental autorizado pela Resolução 268/98/CEE e Portaria 49/00/SEDUC. Tendo
em vista que esta entidade não é autorizada para o funcionamento do Ensino Médio, e
como o projeto pretende atender todos os alunos da comunidade, torna-se necessário
e importante o atendimento do mesmo através de salas anexas, já que a clientela
matriculada para o mesmo precisa ajudar seus pais nas atividades que provem sua
subsistência e não possui condições financeiras para se deslocar até uma escola
autorizada, e acreditamos que os alunos do ensino médio são os de mais urgência,
pois muitos terminam sem perspectivas de futuro, e com esse projeto a escola poderá
oferecer subsídios para que melhorem a atividade local.
Esta proposta não tem a intenção de ser um documento pronto e acabado,
mas como indica o termo, é apenas uma “proposta”. Deve constituir-se objeto
permanente de reflexões e análises. Nossa intenção é possuir um referencial que
possa nortear a prática de toda a equipe do Projeto – educadores, coordenadores,
consultores. O processo de desenvolvimento do currículo indicará as intervenções
necessárias.
JUSTIFICATIVA
Analisando as condições econômicas, financeiras, culturais e de participação
da nossa comunidade no processo educativo; no índice de evasão, retenção e/ou
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9. reprovação, nos últimos anos, e partindo do pressuposto que o individuo necessita de
uma Educação voltada para a sua realidade, que o induza a ter atitudes criticas e
ou/reflexivas diante das dificuldades que venham surgir no seu contexto social,
sentimos a necessidade de elaborar um projeto que reflita sobre a sua realidade e
todos os problemas que interferem no seu aprendizado e na sua formação integral.
Entre todos os problemas que detectamos que estão interferindo no
processo ensino aprendizagem, está a distancia, porque a Escola Municipal Ribeirão
Bonito fica localizada bem distante dos pontos finais das linhas que a liga até a casa
dos alunos. Após analisarmos o mapa dessas linhas, vimos que a distancia percorrida
e o tempo de permanência dos alunos no transporte escolar é muito grande, o que
interfere negativamente no seu aprendizado, pois ao chegar a escola o aluno está
cansado e desmotivado para qualquer atividade que lhe requer atenção e disposição
para aprender.
É visto também que todo inicio do ano letivo, o Calendário Escolar não pode
ser cumprido, devido ao período chuvoso, que deixa as estradas intransitáveis, devido
às erosões e os atoleiros causados pelas chuvas.
Através de um trabalho investigativo foi possível diagnosticar que esta
comunidade possui um histórico de ocupação variada, uma produção diversificada
incluindo agricultura de subsistência e produção de leite, as quais são feitas de
maneira artesanal e que ainda muitos dos pequenos proprietários tem sua renda
familiar proveniente de trabalhos feitos a terceiros, através de diárias, empreitas, e
outros, mas que a principal renda familiar desta comunidade é basicamente
proveniente do leite e que este, é ordenhado de madrugada, e que são os filhos que
ajudam os pais nesta atividade, ficando difícil estarem na Escola todos os dias, já que
o transporte escolar precisa sair muito cedo do inicio das linhas para estar na escola no
horário previsto, o que quase nunca é cumprido, devido aos problemas já alencados.
Analisando os currículos, vimos que mesmo a escola estando localizada na
zona rural, não há nada voltado para educação do campo que possa auxiliar a
comunidade nos inumemos problemas que ela enfrenta, como a ação dos garimpos,
desmatamentos das nascentes e rios, queimadas e outros fatores que interferem na
paisagem e no seu dia-a-dia, e nos enquanto profissionais da educação não podemos
ficar alheio a isto, porque é a partir de uma educação voltada para o campo que
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10. podemos dar o primeiro passo significando conhecimento desde as series iniciais
E foi considerando que é impossível separar o ambiente em que o aluno está
inserido do seu contexto histórico e social, uma vez que ao longo do espaço-tempo,
todo lugar carrega suas marcas, as quais desenharam seu presente e projetam suas
perspectivas futuras, e ao explorar com o aluno o ambiente e a cultura de sua
comunidade, a escola entra em contato com a realidade de sua vida cotidiana, com
seu espaço físico, social e cultural, podendo assim compreender melhor o seu agir e
ajudá-lo nas suas dificuldades, porque entendemos que a escola exerce forte influencia
nas atitudes das pessoas, atitudes essas que podem ser criticas e reflexivas, diante
das dificuldades que surgem no contexto social de sua história.
Diante de toda a problemática acima mencionada, vimos na Pedagogia de
Alternância e da aprendizagem significativa o caminho para resolvê-las, já que essa
alternância supõe uma estreita conexão entre os dois momentos de atividades dos
alunos, e a aprendizagem significativa esta voltada para uma formação integral do
aluno do meio rural, que vai de encontro a sua realidade, e que através de aplicação
de conhecimentos técnicos-científicos, poderá melhorar o que já possui e criar
estímulos para fazer diferente.
Vimos no Projeto Cultivar vantagens que estarão melhorando o processo
ensino-aprendizagem, porque os professores estarão tendo contato direto entre o
aluno e seu responsável, os educadores estarão otimizados, pois o grupo de trabalho
será relativamente pequeno, conhecendo assim a realidade de cada aluno, os
professores desempenharão um papel a nível social, cultural e econômico na
comunidade, facilitará o intercambio entre pai/responsável-aluno-professor, o professor
e o técnico orientarão não só o aluno, mas sua família a desenvolver projetos
escolares em sua propriedade incentivando-os na diversificação de culturas,
promovendo uma amostragem dos produtos do projeto valorizando assim o
aluno/agricultor. Com isto estaremos buscando um ensino de qualidade capaz de
formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e atuar
nela com competência e dignidade.
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12. 3. OBJETIVOS
Possibilitar aos alunos, professores e comunidade rural do pólo Ribeirão
Bonito uma formação integral por meio da pedagogia de alternância;
Criar um vínculo escola/família;
Aprendizagem significativa;
Aproximar Escola – pais – professores – alunos;
Mostrar o valor do cooperativismo em seu meio, e, como isso é possível;
Buscar o desenvolvimento sustentável local valorizando o espírito de
produção;
Estimular os alunos que o processo de formação é contínuo, pois precisam
estar conscientes das intempéries do mundo globalizado e preparados para
os mesmos;
Auxiliar os alunos a desenvolver melhorias na propriedade de residência,
visando à sustentabilidade familiar, e uma melhor qualidade de vida;
Apoiar a cultura familiar no qual o aluno está inserido, enriquecendo seus
conhecimentos para uma maior participação das atividades desenvolvidas e
incorporar outras culturas economicamente viáveis a sua realidade;
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13. Contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais
integrantes do projeto;
Fortalecer o desenvolvimento de propostas e metodologias adequadas à
Educação de Jovens do Campo;
Favorecer a incorporação da cultura dos educandos como conteúdos e ponto
de partida da pratica educativa.
4. ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS EDUCATIVOS
O aluno será o centro da ação pedagógica. A construção social do
conhecimento será feita pelo diálogo e interação com a comunidade que o aluno está
inserido para poder estabelecer relação entre os conteúdos e o seu meio físico e
social, utilizando estratégias pedagógicas e didáticas que lhe darão subsídios teóricos
e práticos para que acreditem que é possível viver no meio rural com dignidade,
aproveitando o espaço para produzir com qualidade, sustentabilidade e ao mesmo
tempo adquirindo suporte financeiro através das possibilidades que a região oferece de
variar a produção dentro de sua propriedade.
Os tempos de educativos serão organizados com base na Pedagogia da
Alternância, garantindo-se condições adequadas para que os jovens e adultos
agricultores possam integrar trabalho e educação, fazendo dessa relação um processo
rico e significativo de experiência e de produção de conhecimento.
A Pedagogia da Alternância é uma estratégia adequada ao modo de vida do
campo, respeitando as atividades produtivas das famílias, o seu tempo, as condições
climáticas, a cultura das localidades onde estão inseridas e, ao mesmo tempo contribuir
13
14. para o repensar de sua realidade e para a emancipação social e econômica dessas
comunidades. Constitui também excelente forma de trabalhar a integração escola-
família, teoria-prática, formação humana e formação técnica, saber popular e saber
científico.
Nessa perspectiva, o processo de formação dos educandos compreenderá
três momentos dinamicamente integrados: o tempo escola, o tempo comunidade e o
tempo família.
O tempo escola será destinado a atividades de estudo, pesquisas, debates,
reflexões, sob a coordenação e orientação dos professores. Constitui o momento de
problematização, análise e síntese dos saberes trazidos pelos educandos e dos novos
saberes que vão aprendendo e construindo nesse processo.
Esse é o momento em que o aluno passará na escola aprofundando o que
acontece no seu meio familiar e conseqüentemente ampliando e relacionando a
acontecimentos mais globais. Esse tempo é ainda destinado a sistematização dos
conhecimentos e do desenvolvimento das atividades curriculares, buscando superar a
dicotomia entre teoria e prática, e entre o saber intelectual e o saber popular.
Os dias trabalhados na escola serão divididos em teoria e prática que
acontecerão da seguinte forma:
Momento teórico: Neste momento os alunos receberão orientação em sala à
cerca dos conteúdos da base nacional comum que contemplem as diretrizes
operacionais da educação do campo e orientação nos pequenos projetos que serão
executados junto à comunidade, diante das dificuldades detectadas durante um
processo investigativo junto à mesma atendendo assim os seus anseios.
Momento prático: Este tempo será quando o aluno estará nas oficinas que o
Projeto Cultivar oferece não só a eles, mas para toda a comunidade interessada a
participar. Estas oficinas serão monitorizadas por professores, técnicos e voluntários
da própria comunidade que tenham habilidades para as mesmas. Elas serão:
O tempo escola é composto por 10 dias, com carga horária diária de 06
horas, totalizando 60 horas semanais, onde acontecerão 10 tempos escola durante o
ano, totalizando 600 horas.
O tempo Comunidade será destinado a atividades de estudos individuais ou
coletivos para aprofundamento realização de pesquisas e levantamento de dado nas
14
15. comunidades, aplicação e socialização dos novos saberes aprendidos/construídos e
desenvolvimento da ação comunitária.
Com duração de uma semana onde os alunos serão reunidos em suas
comunidades uma vez por semana durante 04 horas, para orientação e
encaminhamentos feitos pelo grupo de professores durante o tempo escola. Nesse
momento busca-se a discussão do papel da comunidade em suas vidas enquanto
lugar de convívio social, que percebemos aos poucos está acabando e ficando mais
difícil o convívio principalmente do jovem com a realidade do campo. Após a orientação
direta o aluno continuará desenvolvendo as suas atividades individuais ou em grupo,
assim exercitando o seu aprender a aprender.
O tempo comunidade é composto por 05 dias, com carga horária semanal de
20 horas, sendo 04 horas monitoradas e 16 trabalhos extras, onde acontecerão 10
tempos comunidade durante o ano, totalizando 200 horas.
Tempo Família – este é o momento em que o aluno deverá retratar suas
várias dimensões: econômica, social, cultural, ambiental, educacional, política, etc.
Esse diagnóstico será orientado pela equipe de educadores e servirá de base para a
seleção de temas a serem estudados e ações sociais e profissionais a serem
desenvolvidas pelos educandos em suas comunidades.
Também com duração de uma semana, podemos considerar esse momento
como um dos mais ricos em conhecimento, pois é o momento em que o professor vai
a casa do aluno fazer o acompanhamento das atividades desenvolvidas e ao mesmo
tempo estreitar os laços da escola com os pais. Pois entendemos que os mesmos
pouco participam das discussões a cerca do papel pedagógico da escola. Os alunos
serão divididos em grupo de estudo por serie e proximidade e receberá a visita de um
professor durante 04 horas uma fez por semana conforme cronograma de visitas.
O tempo comunidade é composto por 05 dias, com carga horária semanal de
20 horas, sendo 04 horas monitoradas e 16 trabalhos extras, onde acontecerão 10
tempos comunidade durante o ano, totalizando 200 horas.
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16. 5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O currículo a ser desenvolvido deverá garantir aos educandos, de forma
integrada, dinâmica e significativa, o acesso aos conhecimentos de cultura geral, aos
conhecimentos de qualificação social e profissional a partir da valorização e
problematização dos conhecimentos trazidos pelos alunos.
Vivemos em uma atual realidade onde as transformações são constantes e
em ritmo muito acelerado. Com isso o educador deve estar atento para propor
conteúdos e atividades que possibilite o aluno a aprender pela ação, priorizando o
aprender a conviver e o aprender a ser que é fundamental ao sujeito em formação.
Nesta perspectiva deve-se pensar a sala de aula e o seu cotidiano como um
processo interativo dando possibilidades aos educando de falar, levantar suas
hipóteses e que esse seja propiciado a perceber que faz parte do processo dinâmico
de construção.
Para tanto vimos à necessidade de se trabalhar por área de conhecimento,
porque os conteúdos devem integrar conhecimentos de diferentes disciplinas, que
contribuem para a construção de instrumentos de compreensão e intervenção na
realidade em que vivem os alunos.
Nessa perspectiva, as diversas áreas do conhecimento contribuirão com
seus saberes específicos para a compreensão dos eixos temáticos de estudos,
garantindo o olhar múltiplo do objeto de estudo, do ponto de vista histórico, social,
cultural, político, econômico, físico, matemático, etc.
16
17. A interação entre os saberes deve potencializar e dar significado aos
saberes, e não simplificá-los ou diminuí-los, sem abrir mão das contribuições da
ciência, da filosofia e da tecnologia.
5.1. Eixos temáticos
Família e Comunidade;
Meio Ambiente – o Meio em que vivemos;
Manifestações culturais, na formação humana, a partir da das relações sócias;
Sustentabilidade e subsistência;
5.2 Justificativa e objetivos das áreas de conhecimento
5.2.1 Linguagem
A realidade da Comunidade em que está inserida a Escola Municipal Ribeirão
Bonito, vem da miscigenação de cultas, dialetos, variações lingüísticas e costumes que
se formaram com a migração de vários Estados para esta região em busca de uma vida
melhor, que se deu através da colonização da época e do garimpo que buscava
riquezas minerais.
As variações lingüísticas das línguas humanas sempre existiram e sempre
existirão independentes de qualquer contesto histórico. A área de linguagem se propõe
criar situações em que o aluno passa operar sobre a sua própria linguagem,
construindo pouco a pouco, paradigmas próprios da fala de sua comunidade, colocando
atenção sobre similaridades, regularidades e diferenças de forma e de usos lingüísticos,
levantando hipóteses sobre as condições contextuais e estruturais em que se dão como
diferença de pronúncias, emprego de palavras, morfologia, construções sintáticas, as
quais não somente identificam regiões, como ainda se multiplicam em uma mesma
comunidade em que fala.
A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas
do conhecimento, já que todo professor depende da linguagem para desenvolver os
aspectos conceituais de sua disciplina.
A linguagem é importante no processo da aprendizagem, porque o domínio da
mesma como atividade discursiva, e o domínio da língua como sistema simbólico por
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18. uma comunidade lingüística, são condições de possibilidade de plena participação
social.
Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, tem acesso à
informação, expressam e defendem pontos de vista; partilham ou constroem visões de
mundo e produzem cultura.
Na nova organização do Ensino Fundamental e Ensino Médio, Língua
Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes e Educação Física, integram uma
mesma área de conhecimento: a área de linguagem. As características comuns a essas
disciplinas ou campos de conhecimento possibilitam a articulação didático-pedagógicos
interna da área. Decorre daí a possibilidade não só de enfatizar os conceitos, os
conceitos explícitos ou subjacentes às linguagens que sustentam as áreas, como
também de promover os procedimentos metodológicos comuns às disciplinas que a
constitui.
As disciplinas da área compartilham ainda objetos de estudo e processo que
podem, articuladamente, converger para aquisição e desenvolvimento das
competências e habilidades, investigação e compreensão: analisar recursos
expressivos das linguagens; articular redes de diferenças e semelhanças entre as
linguagens entre outras.
Para tanto o trabalho na área de linguagem deve possibilitar que os alunos sejam
capazes de:
Usar a linguagem como instrumento de comunicação oral e escrita, buscando a
partir de sua linguagem cotidiana apropriar-se progressivamente da linguagem
padrão;
Utilizar a língua portuguesa em sua função social, a partir do uso cotidiano e
diversificado da leitura e da escrita;
Desenvolver competências para o uso da escrita a partir do domínio de seus
aspectos estruturais semânticos, gramaticais e estéticos.
Desenvolver o gosto pela leitura como forma de aquisição de conhecimento e
lazer.
Aprender elementos gramaticais enquanto instrumentos necessários para a
escrita convencional.
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19. Utilizar à linguagem para estruturar as experiências vivenciadas e explicar sua
realidade, operando sobre as representações construídas em todas as áreas de
conhecimento;
Reconhece e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento
adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e
mesmo nas interações com pessoas, de outros grupos sociais que se expressam
por meio de outras variedades;
Assim, no processo educativo, comprometido com a democratização social e cultural
atribuir-se a linguagem a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todas
as áreas do conhecimento o seu pleno desenvolvimento.
5.2.2 Ciências Naturais
Podemos detectar na Escola Municipal Ribeirão Bonito que os alunos em relação
ao interesse de adquirir conhecimento, encontram-se “acomodados”, e muitos desses
conhecimentos adquiridos ficaram sem sentido por não aplica-los, fazendo com que
esses conhecimentos se perdessem com o tempo. Vendo esta situação, nos
propusemos a mudar a forma de aprendizagem, tentando fazer com que o aluno possa
aplica-los no seu dia-a-dia, fazendo com que cada trabalho realizado, os
conhecimentos adquiridos pudessem ser aplicados em algo concreto.
As disciplinas que compõem a área das ciências naturais de 1ª a 4ª séries do
Ensino Fundamental são: ciências e práticas agrícolas. Da 5ª a 8ª séries do Ensino
Fundamental são: ciências e práticas agrícolas na 5ª, 6ª e 7ª séries e ciências, práticas
agrícolas e introdução à física na 8ª série. No Ensino médio as disciplinas são: biologia,
química, física e práticas agrícolas.
As ciências naturais dentro desse processo de aprendizagem, buscam
intermediar as informações visando à construção e aplicação dos conhecimentos, a
compreensão dos fenômenos naturais e científicos, levando o aluno a tirar suas
próprias conclusões. Portanto despertar nos mesmos o interesse à pesquisa e
experimentação para assim poderem desenvolve-los nos meios em que vivem, fazendo
com que essa nova forma de aprendizado melhore suas condições de vida e retomem o
seu amor pela escola e vontade de aprender.
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20. 5.2.3 Ciências Sociais
Transformações de caráter econômico, social e cultural levaram a modificação
dessa escola para uma formação com tamanha ambição de aprendizagem compatível,
ou seja, condições efetivas para que os alunos possam comunicar-se e argumentar;
deparar-se com problemas, compreendê-los e enfrentá-los, participar de um convívio
social que lhes dê oportunidade de se realizarem como cidadãos, fazerem escolhas e
proposições, tomarem gosto pelo conhecimento, aprenderem aprender. Mais do que
reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para
a vida num mundo como o atual de tão rápidas transformações e de tão difíceis
contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e
agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática
e solidária, ser capaz de elaborar criticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma
atitude de permanente aprendizado.
A construção do “eu” e do “outro”, assim como a construção do “eu” e do ”nós”,
não ocorre no vazio. Essas construções têm lugar nos diferentes contextos da vida
humana e nos diferentes espaços de convívio social em que os indivíduos e os grupos
atuam, baseando-se no reconhecimento de semelhanças e, simultaneamente, de
diferenças, bem como no de mudanças e permanências.
Em linhas gerais a área de ciências sociais visa o amplo estudo das relações
humanas no âmbito das relações sociais, que são construídas entre diferentes
indivíduos, grupos, segmentos e classes sociais, bem como as construções intelectuais
que estes elaboram nos processos de construção dos conhecimentos, que em cada
momento, se mostram necessários para o viver em sociedade, em termos individuais
ou coletivos.
A área de Ciências Sociais tem como objetivos vários aspectos como:
Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas
produzem na vida e nas sociedades;
Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos;
Debater idéias e expressa-las por escrito e por outras formas de comunicação;
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
20
21. atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o
outro e exigindo para si o mesmo respeito;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança
em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação
pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca do
conhecimento e no exercício da cidadania;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a instituição, a
capacidade de análise critica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação;
Levar o aluno a refletir e assim desenvolver sua cidadania;
Ser um sujeito crítico e participativo na sociedade em que vive;
Compreender a pluralidade cultural em todas as dimensões; históricas; políticas;
cultural; geográfica; social e econômica;
Transformar esta compreensão em ações no âmbito social e geográfico.
A área das Ciências Sociais sempre estuda as ações e das elaborações
intelectuais que os seres humanos constroem no âmbito das relações sociais que
travam entre si, convém lembrar que a área das Ciências Sociais no formato de
Educação e nos segmentos Fundamental e Médio está de forma transversal, portanto
de maneira explicita e/ou implícita em todas as disciplinas que compõe a área, que são
elas: Geografia, História, Filosofia, Sociologia, Cooperativismo e Ensino Religioso.
A área implica identificar quais representações do real são suficientemente
amplas para servirem de ferramentas intelectuais que podem ser utilizadas/reutilizadas
de forma global nos processos de analise que envolvem os objetos centrais das
diferentes disciplinas de uma dada área, mesmo que não sejam particulares a nenhuma
delas.
A comunidade escolar Ribeirão Bonito é composta por integrantes brasileiros de
várias regiões do nosso país, onde os vários costumes apresentam-se devido as
próprias culturas regionais e que essas são cultivadas a cada família, sujeito...
Grande parte das famílias componentes desta comunidade só possui o saber
empírico até porque não puderam associar ao saber científico por não terem tido
oportunidade de freqüentar a escola.
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22. Nesta miscigenação rica em culturas diferenciadas, a palavra “valor” que a
usamos nas atitudes e ações também está presente seja ela no âmbito econômico,
natural ou social, que é refletida em nossos alunos.
Conhecendo nossa comunidade escolar composta por alunos de educação
infantil, ensino fundamental e médio.
No entanto a área de Ciências Sociais permeia as demais áreas do
conhecimento subsidiando a filosofia do aluno, a ação e reflexão, aprender a aprender
e esta é a principal meta filosófica da Escola Municipal Ribeirão Bonito nesta área.
5.2.4 Ciências Exatas
Os alunos da Escola Municipal Ribeirão Bonito, demonstravam um grande
desinteresse no estudo da Matemática, pois a mesma até então era concebida como
um corpo de conhecimentos acabados, abstratos, sem representação real, que só era
possível de ser decorado.
Mas a mesma é uma ciência viva, e apesar de ser exata, tem seu conhecimento
próprio que contribui com as outras áreas do conhecimento e, é necessária para uma
grande diversidade de coisas.
A Matemática será trabalhada como uma área do conhecimento: Ciências
Exatas, pois engloba um conjunto de conceitos, procedimentos, comportamentos de
investigação e raciocínio, formas de representação, comunicação e que envolve a
curiosidade e o desenvolvimento da capacidade de organizar, generalizar, abstrair e
projetar.
Nessa perspectiva temos as Ciências Exatas como grande aliada no
desenvolvimento da aprendizagem significativa, sendo essa aprendizagem a partir do
conhecimento que o aluno possui, advinda da família, cultura, realidade e também da
necessidade de utilizá-la.
As Ciências Exatas pretende trabalhar a partir do conhecimento que o aluno
possui, pois a mesma, apesar de ser vista como exata também busca desmistificar
informações para que o aluno possa entender sua realidade.
Para tornar a aprendizagem significativa, as Ciências Exatas tem como objetivos:
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolve-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de analise critica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação;
22
23. Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
Conhecer e utilizar códigos, conceitos, fórmulas matemáticas para melhorar o
processo de trabalho e solucionar problemas no seu cotidiano;
Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar, em diferentes
contextos do cotidiano e de outras áreas do conhecimento, os conceitos e
procedimentos das ciências exatas;
Valorizar a ciências exatas como instrumento para interpretar informações,
solucionar problemas e desenvolver o raciocínio lógico matemático;
6. PROCESSO METODOLÓGICO
Os procedimentos de desenvolvimento do currículo devem ser orientados pelos
princípios, fundamentos e objetivos dos eixos temáticos e das diversas áreas do
conhecimento, em um processo permanente de ação-reflexão-ação, garantindo-se a
unidade entre teoria e prática, ou seja, garantindo-se a práxis.
Sendo assim, a prática social é ponto de partida e de chegada do itinerário
metodológico. Portanto, a ação ativa de educandos e educadores é fundamental em
todo o processo.
A pesquisa e a problematização são os procedimentos fundamentais no
itinerário metodológico e devem garantir a mediação entre o saber empírico dos
educandos e o saber científico, garantindo o processo de mediação e dando significado
ao ato de aprender, reconstruir e construir conhecimento.
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24. 7. AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
A avaliação terá como foco o acompanhamento do desenvolvimento do aluno
ao longo do processo ensino-aprendizagem, em todas as suas dimensões, numa
perspectiva diagnóstica. O objetivo da avaliação não será o de medir e nem de
classificar, mas de possibilitar o crescimento constante dos educandos, superando suas
dificuldades e limitações. Nesse sentido, o foco não será a quantidade de saberes
acumulados, mas as potencialidades apresentadas pelos educandos.
Nessa perspectiva, a avaliação será contínua, processual, flexível e coletiva.
Professores e coordenadores deverão criar estratégias eficazes para garantir o
acompanhamento permanente do desenvolvimento dos educandos e educandas no
processo de ensino-aprendizagem. A organização e a sistematização de informações é
de fundamental importância nesse processo.
A avaliação do desenvolvimento dos educandos deverá basear-se nos
seguintes critérios:
Compreensão crítica e contextualizada dos conhecimentos
desenvolvidos;
A participação ativa em todas as atividades do tempo-escola e do tempo-
comunidade;
Nível de socialização e aplicação dos saberes, técnicas e tecnologias
desenvolvidas com a comunidade;
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25. Capacidade de trabalho em equipe, demonstrando atitudes e valores
humanitários;
Capacidade de investigação e solução de problemas, de forma crítica,
dinâmica, criativa e participativa.
Para realizar o processo avaliativo, os educadores, educandos e
coordenadores deverão utilizar instrumentos diversificados e adequados ao currículo,
visando o acompanhamento permanente dos educandos e educandas.
Nesse sentido, sugere-se alguns instrumentos:
Diagnóstico inicial, detalhado, sobre o nível de aprendizagem dos alunos,
seus limites e potencialidades, o qual servirá de parâmetro para a
elaboração dos instrumentos de acompanhamento do desenvolvimento
do aluno ao longo do ano.
Ficha Relatório de acompanhamento do aluno;
Caderno de Observação Diagnóstica dos educadores;
Testes de conhecimentos, periódicos para nortear a ação dos
educadores. Os resultados dos testes devem ser tema de análises e
debates entre educadores e educandos, visando à superação das
dificuldades apresentadas, e não a classificação;
Reuniões de avaliação ao final de cada tempo-escola;
Caderno de reflexão do educando, onde este deve registrar as reflexões
que vai fazendo do processo vivenciado, o qual deve ser lido
mensalmente pela equipe de avaliação;
Seminários semestrais de avaliação envolvendo educandos, educadores,
líderes comunitários, coordenadores.
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26. ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA DESPORTO
ASSESORIA PEDAGÓGICA DO ESTADO
ESCOLA ESTADUAL 12 DE ABRIL
SALA ANEXA - ESCOLA MUNICIPAL RIBEIRÃO BONITO
CALENDÁRIO ESCOLAR
PROJETO CULTIVAR
“Semeando conhecimento para colher cidadãos”
Matriz curricular por alternância Ensino Médio
CARGA HORARIA SEMANAL
ÀREA DE CONHECIMENTO TEMPO ESCOLA TEMPO COMUNIDADE/
TEMPO FAMILIA
TEMPO TEMPO TRAB. MONIT TRAB. EXTRA
TEÓRICO PRÁTICO
LINGUAGEM 16H/A 02H/A 12H/A
EXATAS 08H/A 16H/A 02H/A 06H/A
SOCIAIS 12H/A 02H/A 08H/A
NATURAIS 08H/A 02H/A 06H/A
Total 44H/A 16H/A 08H/A 16H/A
TOTAL DE HORAS/AULAS POR SEMANA 100H/A
TOTAL DE ALTERNANCIAS NO ANO 10
TOTAL DE HORAS NO ANO 1000H/A
Uma alternância corresponde:
TEMPO ESCOLA = 10 dias
TEMPO FAMILIA = 05 dias
TEMPO COMUNIDADE = 05 dias
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