O documento discute a eficiência da ovinocultura de corte no Brasil. Apesar de existirem tecnologias desenvolvidas para melhorar a reprodução, alimentação, saúde e manejo de ovinos, essas tecnologias não promoveram maiores impactos na produtividade devido aos grupos genéticos aos quais foram direcionadas. Para o desenvolvimento da ovinocultura, são necessárias a seleção e multiplicação de genótipos apropriados aos diversos ecossistemas brasileiros.
3. COMO OCORRE?
A eficiência de um setor pode ser mensurada pela sua
capacidade de estabelecimento, manutenção e
competição com seus concorrentes diretos e indiretos.
Como setor relacionado à produção de alimentos, a
ovinocultura de corte necessita se estabelecer frente aos
seus concorrentes da produção de alimentos cárneos,
como a bovinocultura, a suinocultura, a avicultura, dentre
outros, como também com outros alimentos
fornecedores de proteína. Neste contexto, no cenário
nacional, a ovinocultura de corte ainda está distante de
ser um forte competidor frente aos setores anteriormente
citados. Isto é natural, uma vez que a atividade encontra-
se em expansão, buscando primeiramente seu pleno
estabelecimento.
4. AS APLICAÇÕES:
Já existem diversas tecnologias desenvolvidas no Brasil
nas áreas de reprodução, alimentação, sanidadee
manejo, disponíveis para a ovinocultura de corte.
Entretanto, apesar de não estarem sendo usadas de
forma massiva, essas tecnologias até o momento não
promoveram maiores impactos na produtividade da
atividade. Um dos principais motivos dessa
ineficiência está nos grupos genéticos para os quais
estas ferramentas estão sendo direcionadas. Para que a
ovinocultura de corte no Brasil possa se desenvolver,
são necessárias a seleção e a multiplicação de
genótipos apropriados aos diversos ecossistemas
encontrados no país.
5. PONTOS NEGATIVOS:
O melhoramento de plantas através da seleção artificial,
por exemplo, tenta explorar a variabilidade genética
existente dentro de cada espécie, mas tem apresentado
limitações por causa do rápido aparecimento
de patógenos e seus mutantes. Recursos genéticos
adicionais têm sido requeridos para preencher as
necessidades de geração de variabilidade,
imprescindível no combate a doenças que estão
ressurgindo. A exploração de espécies afins de plantas
cultivadas é uma das maneiras de introduzir genes
adicionais em variedades cultivadas, pois o processo
de domesticação e a seleção artificial impostos pelo
homem têm contribuído para a perda da biodiversidade,
fenômeno denominado erosão genética.
6. PONTOS POSITIVOS:
O processo evolutivo das espécies utilizadas pelo
homem para a produção agrícola ou obtenção de
características desejadas de cavalos, cães e pombos, a
variabilidade genética é fundamental para a obtenção de
êxitos na seleção e no ajuste genético de genótipos às
condições de ambiente. Sem variabilidade genética e sua
interação com oambiente é impossível a obtenção de
genótipos superiores através de melhoramento genético.
Assim, animais domesticados podem ser mais
vantajosamente selecionados por cruzamentos
misturados, inter-específicos, para maior versatilidade e
vigor.
7. CONCLUSÃO
A melhoria da genética, associada com fatores ambientais
e nutricionais favoráveis tem alcançado bons índices de
produtividade desde que focada na relação custo
beneficio.
E o grande trunfo de animais adaptados. Sendo capaz de
produzir em todas as regiões do Brasil. A melhoria da
capacidade genética acompanhada do ambiente ira se
traduzir num aumento de produtividade. A pecuária de
corte brasileira precisa utilizar estas ferramentas no
sentido de produzir animais geneticamente superiores,
que transmitam precocidade, maior eficiência
reprodutiva e velocidade de ganho de peso, para melhorar
a taxa de desfrute e a qualidade da carne.