Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Alfabetização sem traumas
1. Alfabetização sem traumas – o que os pais podem fazer para ajudar
Muitas vezes o processo de alfabetização não acontece de uma maneira tranqüila e natural.
Quando isto ocorre e o tempo vai passando, a pressão sobre a criança torna-se um fator
complicador. Os adultos, familiares, professores, e até amigos voltam sua atenção para a
aquisição da leitura e da escrita, fazendo cobranças, comparações, muitas vezes com a melhor
das intenções. Neste artigo procuro dar algumas dicas para os pais baseado na minha
experiência. Sintam-se à vontade para comentar e acrescentar sugestões.
Em primeiro lugar gostaria de salientar que não há método ideal, o melhor método é aquele
que o professor e a escola confiam e estão acostumados a trabalhar. Nem sempre este
método está de acordo com as concepções de alfabetização dos pais, por isso uma boa
conversa com a escola é o primeiro passo para acertar.
Em segundo lugar, acabar com a pressão. Não existe criança preguiçosa. A “preguiça” pode ser
um sinal de dificuldade.
É importante lembrar que cabe aos professores o papel da alfabetização, eles são profissionais
preparados para isto. Há muitas coisas que os pais podem fazer para ajudar, mas sem
pressionar ou entrar em pânico.Entre elas:
Tornar o contato com a leitura e a escrita prazeroso, misterioso – ler para a criança, contar
histórias, ler na frente das crianças (os pais que têm hábito de leitura têm mais chance de
desenvolver o hábito de leitura nos filhos);
Disponibilizar material – comprar revistas, gibi, livros. É importante que tenham muitas
gravuras e pouco texto. Com o tempo a criança se interessará pelo texto, mas é normal que o
interesse inicie pelas figuras;
Estimular a leitura gestáltica – a leitura começa pela leitura da palavra como uma imagem,
como um todo, pelas cores, tipo de letra, etc. As crianças desde pequenas fazem este tipo de
leitura quando reconhecem o Mac Donald´s, a Coca-cola, etc. Estimular a leitura gestáltica
favorece o contato com a língua escrita. Isto pode ser feito no supermercado, em casa, na rua,
nos outdoors, etc, como uma brincadeira, lendo para ela os nomes e pedindo que ela “leia”
também. Muitas vezes esta “leitura” se dará pelo uso do produto ou por uma “adivinhação”,
mas é assim que começa.
2. Estimular o desenho, a pintura, o contato com diferentes materiais (não só na hora do dever
de casa, mas como uma brincadeira em diferentes momentos) Sentar para desenhar junto e
“brincar de escrever”.
Jogar jogos. Jogo da memória é excelente para ajudar na alfabetização. A criança identifica os
iguais e os diferentes, a posição das peças, memoriza visualmente as peças, etc. Outros jogos:
dominó, dama, quebra-cabeça, ludo.
O importante é sempre fazer de forma agradável e divertida, para que a criança goste de
aprender, goste de ler, goste de escrever. Se for feito desta forma, vale qualquer coisa!
As dicas servem para crianças de todas as idades. Quanto mais cedo se começar menos
marcada será a passagem do “não alfabetizado” para o “alfabetizado”, momento que é tão
cobrado em nossa sociedade e por isso às vezes sofrido. Ao mesmo tempo, nunca é tarde para
começar.
Se a criança estiver sofrendo por não estar conseguindo, família e escola já tiverem
conversado e experimentado alternativas, vale procura ajuda de um especialista.