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A Verdadeira Religião
      de Deus


 Dr. Abu Ameenah Bilal Philips




        Traduҫão: Abu Ayoub
  Revisão: Lic. Muhammad Isa García
Copyright © 1428 H., 2007 DC – Este livro é propriedade
literária. Pode ser usado no todo ou em parte, desde que
a informação citada não seja usada fora de contexto.
Gostaríamos de expressar os nossos verdadeiros agrade-
cimentos para com aqueles que, de algum modo, contri-
buíram para a sua publicação. Que Allah os recompense
pelos seus esforços. Caso possuirdes correcções, comen-
tários ou questões relativas à presente publicação, não
hesiteis em contactar-nos para:
en@islamhouse.com
Publicado por:
The Islamic Propagation Office in Rabwah
Tel. +4454900 - 4916065 Ext. 26 - 27
Email: en@islamhouse.com
www.islamhouse.com
Conteúdo
Qual é a Verdadeira Religião de Deus?
O Nome da Religião
Deus e a Criação
A Mensagem das Falsas Religiões
A Universalidade das Religiões de Deus
Reconhecer a Deus
Os Sinais de Deus
Conclusão
Qual é a Verdadeira Religião de Deus?
Cada ser nasce em circunstâncias que, de modo al-
gum, são de sua escolha. A religião professada pela
família, ou respectiva ideologia, são-lhe impostas
desde o minuto primeiro da sua existência. Ao atin-
gir a adolescência, é normal a pessoa acreditar ple-
namente que, as crenças da sociedade em que se
encontra inserida, são os verdadeiros credos em que
todos deveriam acreditar. Contudo, algumas, ao a-
tingirem a vida adulta e quando expostas a outros
sistemas de crenças, começam a questionar a vali-
dade daquilo em que acreditam e que lhes foi
transmitido. Frequentemente, é imensa a confusão
daqueles que buscam a verdade, quando compre-
endem que todas as religiões, seitas, ideologias e fi-
losofias reivindicam ser o único e verdadeiro
caminho a seguir pelo ser humano. De facto, todas
elas encorajam o ser humano a praticar o Bem. As-
sim sendo, qual a que está certa? De forma alguma o
podem estar todas, visto cada uma delas afirmar a
incorrecção das outras. Deste modo, como podemos
nós escolher a verdadeira, aquela que realmente
busca a verdade?
Deus concedeu a todos cérebro e intelecto, de modo
a permitir-nos tomar esta decisão crucial, a qual é a
mais importante da vida do ser humano, visto dela
depende o seu futuro. Por conseguinte, há que exa-
minar a frio aquilo que nos é apresentado, e esco-
lher aquilo que nos parece ser o certo, até prova em
contrário.
Tal como todas as outras religiões e filosofias, tam-
bém o Islão reivindica ser o único e verdadeiro ca-
minho em direcção a Deus. Relativamente a isto, em
nada difere dos restantes sistemas. A intenção do
presente folheto consiste em apresentar provas que
sustentem esta reivindicação. Contudo, há que ter
sempre presente que a pessoa apenas pode proceder
à escolha do verdadeiro caminho, se se alhear de
emoções e preconceitos, os quais muitas vezes nos
cegam e afastam da realidade. Depois, e apenas de-
pois, é que estamos aptos a usar a inteligência que
nos foi cedida por Deus, e a tomar uma decisão cor-
recta e racional.
São vários os argumentos existentes que podem a-
poiar a reivindicação Islâmica de ser a verdadeira
religião de Deus. Os que a seguir se apresentam são
apenas três dos mais óbvios. O primeiro, baseia-se
na origem divina do nome da religião e na compre-
ensão do seu significado. O segundo, tem a ver com
os ensinamentos simples e únicos no que respeita ao
relacionamento entre Deus, o Ser Humano e a Cria-
ção. O terceiro, deriva do facto do Islão ser univer-
salmente alcançável por todos os seres humanos,
independentemente da época em que vivam ou te-
nham vivido. Estes são os três componentes base
daquilo que é tido como necessariamente lógico e
razoável a uma religião possuir, de modo a que
possa ser considerada a verdadeira religião de
Deus. Nas páginas seguintes proceder-se-á a um de-
senvolvimento mais pormenorizado destes concei-
tos.
O Nome da Religião
Relativamente ao Islão, a primeira coisa a ter em
conta e entender, é o significado da própria palavra.
A palavra Árabe “Islão” significa “submissão ou re-
núncia da vontade própria ao Deus Único e Verda-
deiro”, em Árabe conhecido pelo nome de “Allah”.
Aquele que, segundo a terminologia Árabe, subme-
te a sua vontade própria aos desígnios de Deus é
designado por “Muçulmano”. A religião Islâmica
não deve o nome a uma pessoa ou a povo, e nem es-
te foi decidido por uma geração posterior, como é
caso do Cristianismo, cujo nome é devido a Jesus
Cristo, do Budismo a Gautama Buddha, do Confu-
cionismo a Confúcio, do Marxismo a Karl Marx, do
Judaísmo à Tribo de Judá e do Hinduísmo aos Hin-
dus. O Islão (submissão à vontade de Deus) é a reli-
gião confiada a Adão, o primeiro homem à face da
Terra e o primeiro Profeta de Deus, e é a religião de
todos os Profetas enviados por Deus. Além disso, o
nome foi escolhido pelo próprio Deus, e especifica-
mente mencionado na Escritura Final por Ele reve-
lada ao ser humano. Em Árabe, esta Escritura é
conhecida pelo nome de Alcorão, e nela Deus esta-
belece o seguinte:
«Hoje, completei a vossa religião para vós; e aprovei
como religião, para vós, Al Içlam (o Islão, i.e. “a
submissão” a Allah)». (Alcorão, 5:3).
«E quem quer que deseje outra religião que não seja
o Islão (submissão a Deus), nunca lhe será aceita».
(Alcorão, 3:85).
Por conseguinte, o Islão não reivindica ser uma no-
va religião introduzida pelo Profeta Muhammad 
na Arábia no século sétimo, mas antes uma reex-
pressão na sua forma final da verdadeira religião do
Todo-Poderoso Allah, conforme originalmente reve-
lada a Adão e subsequentes Profetas.
Chegados aqui, podemos comentar de forma breve
outras duas religiões que afirmam ser o verdadeiro
caminho. Em parte alguma da Bíblia é possível en-
contrar referência do facto de que Judaísmo é o no-
me da religião revelada por Deus ao Profeta Moisés
e aos seus descendentes, ou que Cristianismo é o
nome daquela que é professada pelos seguidores de
Cristo. Por outras palavras, os nomes “Judaísmo”
ou “Cristianismo” não possuem origem ou aprova-
ção divina. Apenas muito tempo após a sua partida,
é que o nome Cristianismo foi dado à religião dos
seguidores de Jesus.
Assim sendo, em quê difere de facto a religião de
Jesus daquela que adoptou o seu nome?1 A religião
de Jesus reflecte-se nos seus ensinamentos, os quais
este incitou os seus seguidores a aceitarem enquan-
to princípios orientadores do seu relacionamento
com Deus. Para o Islão, Jesus é um Profeta enviado
por Allah, sendo que o seu nome em Árabe é ‘Issá.
Tal como os Profetas que o precederam, Jesus con-
vocou os povos a que submetessem a sua vontade à
Vontade de Deus (que é aquilo que o Islão defende).
Por exemplo, no Novo Testamento é dito que Jesus
ensinou os seus seguidores a orar a Deus da seguin-
te forma:
“Pai-nosso que estais no Céu, santificado seja o Vos-
so nome, venha a nós o Vosso Reino, seja a Vossa
vontade, assim na Terra como Céu”. (Lucas 1 1:2 /
Mateus 6:9–10)
Tal conceito foi várias vezes enfatizado por Jesus em
declarações registradas nos Evangelhos. Ele disse,
por exemplo, que o Paraíso seria apenas daqueles
que se submetessem.
“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, en-
trará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a
vontade de meu Pai que está nos Céus”. (Mateus
7:21)
Jesus realçou também o facto dele próprio subme-
ter-se à vontade de Deus.
“Por mim mesmo não posso fazer coisa alguma.
Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, por-
que não busco a minha vontade, mas a vontade
d’Aquele que me enviou”. (João 5:30)
São várias as referências contidas nos Evangelhos
onde Jesus afirma não ser ele o Único e Verdadeiro
Deus. Por exemplo, ao falar do Último Dia, Jesus diz
o seguinte:
“A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora,
ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, nem
o Filho, mas somente o Pai”. (Marcos, 13:32)
Assim sendo, Jesus, tal como os Profetas que o pre-
cederam e o único que se lhe seguiu, ensinou a reli-
gião do Islão: submissão à vontade do Deus Único e
Verdadeiro.
Deus e a Criação
Visto a submissão total a Deus da vontade pessoal
representar a essência da veneração, a mensagem
fundamental da religião divina, o Islão, consiste em
adorar a Deus somente, exigindo também que se e-
vite prestar culto a uma pessoa, lugar ou coisa. Uma
vez que tudo aquilo que existe, com excepção de
Deus, o Criador de todas as coisas, é Criação Sua,
pode dizer-se que o Islão apela ao Homem que se
afaste do culto ao que foi criado, convidando-o a
adorar ao Criador somente. Apenas Ele é digno de
ser adorado, pois apenas por vontade Sua as preces
são ouvidas.
Assim sendo, se um homem reza a uma árvore e as
suas preces são ouvidas, não é a árvore que as reali-
za, mas sim Deus. Podemos dizer que isso é óbvio;
contudo, para aqueles que adoram a árvore, não o é.
Do mesmo modo, aqueles que rezam a Jesus, Buda,
Krishna, São Cristóvão, São Judas ou até mesmo
Muhammad  e são atendidos, não o são por eles,
mas sim por Deus. Jesus não pediu aos seus segui-
dores que o adorassem, mas sim que adorassem a
Deus, tal como é referido pelo Alcorão:
«E quando Allah disse: “Ó Jesus, filho de Maria!
Disseste tu aos homens: ‘Tomai-me a mim e a mi-
nha mãe por duas divindades, além de Deus?’” Ele
disse: “Glorificado sejas! Como poderia eu ter dito o
que para mim não é verdade?» (Alcorão 5:116).
Do mesmo modo, não era a si mesmo que Jesus a-
dorava quando prestava culto, mas sim a Deus,
sendo citado nos Evangelhos por ter dito o seguinte:
“Está escrito: «Adorarás o Senhor teu Deus, e só a
Ele servirás»”. (Lucas 4:8)
É possível encontrar este princípio fundamental no
capítulo de abertura do Alcorão, conhecido pelo
nome de Surah al-Faatihah, versículo 4:
«A Ti, somente, adoramos, e a Ti, somente, pedimos
ajuda». (Alcorão 1:4)
Numa outra parte do Alcorão, o último Livro reve-
lado, Deus também disse:
«E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que Eu vos a-
tenderei». (Alcorão 40:60)
É fortemente enfatizado o facto da mensagem base
do Islão (nomeadamente, adorar a Deus somente)
proclamar também que Deus e a Criação são duas
entidades distintas. Deus não é igual à Sua Criação
e nem é parte dela. Do mesmo modo, também a
Criação não é igual a Ele ou parte d’Ele.
Isto pode parecer óbvio; contudo, aqueles que ado-
ram a Criação, e não a Deus, ignoram ou negligen-
ciam de forma grosseira este conceito. É a crença de
que a essência de Deus encontra-se em toda a Sua
Criação, ou que é possível encontrar a Sua divina
presença em determinadas partes dessa Criação,
que proporciona justificativa a este culto ao que foi
criado, dizendo tratar-se do culto a Deus. Todavia, a
mensagem do Islão, conforme transmitida pelos
Profetas de Deus, é a de que devemos adorar a Deus
somente e evitar prestar culto, directa ou indirecta-
mente, à Sua Criação.
No Alcorão, Deus refere o seguinte:
«E, na verdade, enviamos para cada povo um Men-
sageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos
dos falsos deuses (Tagute)». (Alcorão 16:36).
Quando questionados acerca do motivo pelo qual se
prostram perante criações humanas, os adoradores
de ídolos respondem, invariavelmente, que o que
estão realmente a adorar não é a imagem em pedra,
mas sim Deus aí representado. Afirmam eles que, o
ídolo em pedra, representa apenas um ponto fulcral
da essência divina, não sendo, pois, o próprio Deus!
Aquele que aceitou o facto de que a essência de
Deus encontra-se presente em toda a Sua Criação, é
obrigado a aceitar este argumento defensor da ido-
latria. Contudo, quem quer que compreenda a men-
sagem fundamental do Islão e as suas implicações,
não aceitará jamais a idolatria, por mais racionali-
zada que esta esteja.
Aqueles que, ao longo dos tempos, afirmaram ser
Deus ou deuses, basearam esta sua reivindicação na
crença errónea de que Deus encontra-se presente no
Homem. Tendo por base este raciocínio, defende-
ram que neles a presença de Deus era mais forte do
que nos restantes seres humanos, pretendendo,
pois, que as pessoas se submetessem a eles e lhes
prestassem culto. Do mesmo modo, também aque-
les que, após a morte de outros, insistiram na sua
divinização, encontraram terreno fértil entre os que
aceitam tal crença.
Chegados a este ponto, deve já ser claro que, aque-
les que compreendem a mensagem base do Islão e
as suas implicações, não aceitarão jamais o culto
prestado a um outro ser humano, seja em que cir-
cunstâncias for. Em essência, a religião de Deus é
um apelo claro ao culto prestado ao Criador e a re-
jeição da adoração à Criação, seja em que forma for.
É este o significado do lema do Islão:
“Laa Ilaaha illaa Allah”. (Não existe outra divinda-
de para além de Allah)
A declaração sincera desta frase e a aceitação da
profecia torna, automaticamente, a pessoa Muçul-
mana, sendo a fé verdadeira no que é dito garantia
do Paraíso. De facto, o último Profeta do Islão 2,
disse o seguinte: “Aquele que disse: «Não existe ou-
tra divindade para além de Allah», e morreu acredi-
tando nisso, entrará no Paraíso”.
Acreditar nesta declaração de fé exige que a pessoa
submeta a sua vontade à de Deus, conforme ensi-
nado pelos Profetas. Exige também que o crente a-
bandone o culto prestado a falsos deuses.
A Mensagem das Falsas Religiões
São tantas as seitas, os cultos, as religiões, as filoso-
fias e os movimentos existentes à face da Terra, pro-
clamando cada um deles ser o único e verdadeiro
caminho em direcção a Deus. Como podemos nós
decidir qual o que está correcto ou, se de facto, o es-
tão todos? Um dos métodos que permite responder
a tal questão, consiste em clarificar as diferenças su-
perficiais existentes nos ensinamentos dos vários
chamamentos para a verdade última, e que, directa
ou indirectamente, identifica o objecto central de
culto ao nome pelo qual são conhecidos. Todas as
falsas religiões partilham de um mesmo conceito
base, isto no que respeita a Deus: ou afirmam que
todos os Homens são deuses, ou que determinados
homens foram Deus, ou que a natureza é Deus, ou
então, que Deus não passa de um produto da ima-
ginação humana.
Assim sendo, podemos afirmar que, a mensagem
base das falsas religiões é a de que Deus pode ser
adorado na forma da Sua Criação. Ao concederem à
Criação ou a alguns dos seus aspectos o nome de
Deus, as falsas religiões convidam o ser humano a
adorá-la. Por exemplo, o Profeta Jesus incitou os
seus seguidores a que adorassem a Deus; contudo,
os que hoje afirmam ser os seguidores de Jesus, ins-
tigam as pessoas a adorarem-no, afirmando que ele
é Deus.
Buda foi um reformador, a quem se deveu a intro-
dução de vários princípios humanistas na religião
praticada na Índia. Contudo, ele não afirmou ser
Deus e nem sugeriu aos seus seguidores que fizes-
sem dele um objecto de culto. Tal facto não impe-
diu, todavia, que a grande maioria dos actuais
Budistas existentes fora da Índia o tomassem como
Deus, e construíssem ídolos de acordo com a sua
percepção, perante os quais se prostram.
Ao utilizamos o princípio da identificação do objec-
to de culto, podemos facilmente detectar as falsas
religiões, assim como a natureza fabricada da sua
origem. Conforme Deus diz no Alcorão:
«Não adorais a Ele, mas a nomes que inventastes,
vós e os vossos pais, para o que Deus não vos inves-
tiu de autoridade alguma. O juízo somente pertence
a Deus, que vos ordenou para que não adorásseis
senão a Ele. Tal é a verdadeira religião; porém, a
maioria dos seres humanos o ignora». (Alcorão,
12:40).
Podemos argumentar que, se todas as religiões en-
sinam coisas boas, porque motivo devemos nós
preocuparmo-nos com a que seguimos? A resposta
consiste no facto de todas as falsas religiões ensina-
rem o maior dos pecados, que é o da adoração pres-
tada à Criação. Este é o maior dos pecados que o ser
humano pode cometer, visto contradizer o próprio
objectivo pelo qual foi criado. A Criação do ser hu-
mano verificou-se para que este adorasse a Deus
somente, conforme Allah claramente explica no Al-
corão:
«E não criei os gênios e os humanos, senão para Me
adorarem». (Alcorão 51:56).
Consequentemente, o culto prestado à Criação, e
que é a base da idolatria, constitui o único pecado
verdadeiramente imperdoável. Aquele que morre
em tal estado de idolatria, determinou já o seu des-
tino na próxima vida. Isto não é uma opinião, mas
sim algo revelado por Deus na Sua última revelação
ao Homem:
«Na verdade, Deus não perdoa que se Lhe associe
companheiro; Mas Ele pedoa tudo, salvo isso, a
quem Ele quer». (Alcorão 4:48,116)
A Universalidade das Religiões de Deus
Visto as consequências de se seguir uma falsa religi-
ão serem tão graves, a verdadeira religião de Deus
foi universalmente compreensível e alcançável no
passado, e assim deverá permanecer eternamente,
de modo a ser compreendida e alcançada por todos
aqueles que existem à face da Terra. Dito por outras
palavras, a verdadeira religião de Deus não pode
encontrar-se confinada a um único povo, local ou
período histórico. Do mesmo modo, é também iló-
gico que uma religião imponha condições que nada
têm a ver com o relacionamento existente entre
Deus e o ser humano, como é o caso do baptismo, a
crença no homem como salvador, ou a necessidade
de haver intermediários. No princípio base do Islão
e na sua definição (a sujeição da vontade pessoal a
Deus) encontram-se as raízes da universalidade do
Islão. Sempre que o ser humano compreende que
Deus é Uno e diferente da Sua Criação, a Ele subme-
tendo-se, torna-se Muçulmano de corpo e alma, po-
dendo a sua entrada no Paraíso vir a acontecer.
Consequentemente, qualquer pessoa, mesmo que se
encontre no mais remoto dos locais à face da Terra,
pode tornar-se Muçulmano, um dos seguidores da
religião de Deus, o Islão, bastando para isso rejeitar
o culto prestado à Criação e aceitar unicamente a
Deus. No entanto, há que ter em conta que, para
que a sujeição da vontade pessoal a Deus se verifi-
que realmente, é necessário escolher constantemen-
te entre o Bem e o Mal. De facto, Deus concedeu ao
ser humano não apenas a capacidade de diferenciar
o Bem do Mal, mas também o poder de escolher en-
tre ambos. Esta concessão divina acarreta uma e-
norme       e     importante       responsabilidade,
nomeadamente o facto do ser humano ser respon-
sável pelos seus actos perante Deus. Assim sendo, o
ser humano deve esforçar-se ao máximo, de modo a
praticar o Bem e evitar o Mal. Estes conceitos encon-
tram-se assim expressos na última revelação:
«Na verdade, aqueles que crêem (no Alcorão), e a-
queles que são Judeus, Cristãos e Sabeus — enfim
todos aqueles que crêem em Deus, e no Último Dia,
e praticam o bem, terão a sua recompensa do seu
Senhor; nenhum temor existirá neles, nem se afligi-
rão». (Alcorão, 2:62).
Se, por alguma razão, o ser humano rejeitar a última
mensagem, depois desta lhe ter sido claramente ex-
plicada, encontra-se em grande perigo. O último
dos Profetas disse o seguinte:
“Aquele que, de entre os Cristãos ou Judeus, ouvir
falar em mim, mas recuse afirmar acreditar naquilo
que eu transmito, ao perecer nesta situação, encon-
trar-se-á entre os habitantes do Inferno”. (Sahih
Muslim [Tradução Inglesa], volume I, pág. 91, nº.
284).
Reconhecer a Deus
A questão que aqui se coloca é a seguinte: podemos
esperar que todos os povos acreditem no Deus Úni-
co e Verdadeiro, tendo em conta os vários meios,
culturas e sociedades existentes? Para que as pesso-
as sejam responsabilizadas pelo culto a prestar ao
Deus Único e Verdadeiro, é necessário que todas O
conheçam e tenham acesso a esse conhecimento. A
última revelação ensina que todos os seres humanos
têm impresso nas suas almas o reconhecimento do
verdadeiro e único Deus, como parte da própria na-
tureza pela qual foram criados.
No sétimo capítulo do Alcorão (al-A’raaf, versículos
172-173), Deus explica que, quando criou a Adão,
criou toda a sua descendência, à qual exigiu um ju-
ramento, dizendo:
«“Não sou o vosso Senhor?” Disseram: “Sim, nós
testemuhamo-lo”». (Alcorão, 7:172).
Seguidamente, Deus explicou porque motivo havia
exigido a toda a Humanidade que testemunhasse
ser Ele o seu Criador e o Único e Verdadeiro Deus
digno de ser adorado. Neste sentido, Deus disse o
seguinte:
«Isso, para não dizerdes, no Dia da Ressurreição:
“Na verdade, nós não estávamos cientes disso”».
(Alcorão, 7:172).
Isto significa que nos é impossível afirmar que, na-
quele dia, não tínhamos ideia de que Allah é o nos-
so Senhor e que ninguém nos disse que O
deveríamos adorar a Ele somente. Allah explicita-o
ainda de forma mais concreta:
«Ou, para não dizerdes: “Na verdade, foram os nos-
sos pais que idolotravam e nós somos só a sua des-
cendência, após eles; destruir-nos-ás, acaso, pelo
que fizeram aqueles defensores da falsidade?”» (Al-
corão, 7:173).
Assim sendo, toda a criança nasce portadora de
uma crença natural em Deus e com uma inclinação
inata a adorá-Lo a Ele somente. Em Árabe, esta
crença e inclinação inatas têm o nome de “Fitrah” .
O Profeta Muhammad  refere que Deus disse o se-
guinte: “Criei os meus servos dentro da verdadeira
religião; contudo, o demónio faz com que eles se a-
fastem”. Do mesmo modo, o Profeta disse também:
“Toda a criança nasce em estado de Fitrah. Segui-
damente, os pais fazem dela um Judeu, um Cristão
ou um Zoroastriano”. Se a criança for deixada só,
ela adorará a Deus à sua própria maneira: contudo,
todas as crianças são afectadas pelo meio que as cir-
cunda. Assim sendo, do mesmo modo que a criança
se submete às leis físicas, impostas à natureza por
Allah, também a sua alma se submeterá natural-
mente ao facto de que Deus é o seu Senhor e Cria-
dor. Todavia, se os pais tentam obrigá-la a seguir
um caminho diferente, verifica-se que, nos primei-
ros estágios da sua vida, a criança não é suficiente-
mente forte para resistir ou opor-se à vontade dos
progenitores. Em tais casos, a religião seguida pela
criança é aquela em que nasceu e segundo a qual é
educada e, até uma determinada etapa da sua vida,
Deus não a castigará pela religião professada.
Os Sinais de Deus
Ao longo da vida de uma pessoa, desde que esta
nasce até que falece, são-lhe revelados os sinais do
único e verdadeiro Deus (ár. Allah). Deus diz o se-
guinte no Alcorão:
«Nós mostrar-lhes-emos os Nossos sinais em todas
as regiões (da terra) e neles mesmos, até que lhes se-
ja esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade». (Al-
corão, 41:53).
O que a seguir se apresenta, constitui um exemplo
de como Deus se revelou a um homem através de
um sinal, mostrando-lhe o quão errado ele estava,
ao adorar a um ídolo. Na região a sudoeste da selva
Amazónia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu
uma cabana para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a
quem consideravam ser o Deus supremo de toda a
criação. No dia seguinte à construção, um jovem en-
trou na cabana para homenagear o Deus. Enquanto
estava prostrado perante aquilo que lhe haviam en-
sinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mun-
do, um cão velho, pulguento e asqueroso, entrou na
cabana, tendo o jovem erguido a cabeça mesmo a
tempo de o ver urinar sobre o ídolo.
Escandalizado, o jovem correu-o para fora do tem-
plo; contudo, finda a fúria, percebeu que o ídolo não
podia ser o Senhor do Universo. Deus tem que estar
em outro lugar, concluiu ele. Por mais estranho que
possa parecer, o facto do cão ter urinado sobre o í-
dolo foi, para o jovem, um sinal de Deus. O sinal
continha a mensagem divina de que, aquilo que ele
adorava, era falso.
Consequentemente, a este jovem foi dada a possibi-
lidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro
Deus, ou continuava emaranhado no erro.
Allah menciona a busca de Deus empreendida pelo
Profeta Abraão, como exemplo da boa orientação
cedida àqueles que seguem os Seus sinais:
«E assim fizemos ver a Abraão o reino dos céus e da
terra, para que ele se contasse entre os convictos.
Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse:
“Eis aqui o meu Senhor”. Porém, quando esta desa-
pareceu, disse: “Não adoro os que desaparecem”.
Quando viu despontar a lua, disse: “Eis aqui o meu
Senhor”. Porém, quando esta desapareceu, disse:
“Se o meu Senhor não me guiar, contar-me-ei entre
os extraviados”. E quando viu despontar o sol, dis-
se: “Eis aqui o meu Senhor; este é o maior”. Porém,
quando este se pôs, disse: “Ó povo meu! Na verda-
de, não faço parte da vossa idolatria. Na verdade,
eu dirijo a minha face para Quem criou os céus e a
terra; sou monoteísta (hanif) e não me conto entre os
idólatras”». (Alcorão, 6:75-79).
Tal como antes referimos, foram vários os Profetas
enviados as todas as nações e tribos, de modo a a-
poiarem a crença natural do ser humano em Deus e
a sua inclinação inata para O adorar, e reforçarem a
Verdade Divina contida nos sinais por Ele diaria-
mente revelados. Embora muitos dos ensinamentos
destes Profetas tenham sido distorcidos ao longo do
tempo, partes destas mensagens de inspiração Divi-
na mantiveram-se incorruptíveis e serviram para o-
rientar a Humanidade na escolha entre o Bem e o
Mal. A influência que estas mensagens desempe-
nharam ao longo de várias épocas pode ser obser-
vada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais
tarde adoptados pelos ensinamentos Cristão, assim
como na existência de leis contra o assassinato, o
roubo e o adultério, presentes em várias sociedades
do Mundo antigo e moderno.
Como resultado dos sinais de Deus enviados à Hu-
manidade, juntamente com as revelações confiadas
aos vários Profetas, a todo o ser humano foi cedida
a oportunidade para reconhecer o Único e Verda-
deiro Deus.
Consequentemente, a todas as almas é exigido que
respondam pela sua fé em Deus e a aceitação da sua
verdadeira religião, ou seja, o Islão, que significa a
total submissão à vontade de Deus.
Conclusão
A apresentação precedente demonstrou como o
nome da religião Islâmica encerra em si o seu prin-
cípio central, ou seja, a submissão a Deus. Revela
também que, o nome Islão, e segundo as suas Escri-
turas Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas
sim por Deus. Do mesmo modo, demonstrou-se que
apenas o Islão ensina a unicidade de Deus e dos
Seus atributos, impondo o culto prestado a Deus
somente, sem a existência de intermediários. Por úl-
timo, e devido aos sinais revelados por Deus e à in-
clinação divinamente infundida no ser humano
para O adorar, o Islão pode ser alcançado por toda a
Humanidade, seja em que época for.
Resumidamente, o significado do nome Islão (sub-
missão a Deus), o seu reconhecimento fundamental
da unicidade de Deus, assim como o facto de ser a-
cessível a todos, independentemente da época em

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A verdadeira religião de Deus - Islã*

  • 1. ΢ϴΤμϟ΍ϦϳΪϟ΍ ΔϴϟΎϐΗ͌ϟ΍ΔϐϠϟΎΑ
  • 2. A Verdadeira Religião de Deus Dr. Abu Ameenah Bilal Philips Traduҫão: Abu Ayoub Revisão: Lic. Muhammad Isa García
  • 3. Copyright © 1428 H., 2007 DC – Este livro é propriedade literária. Pode ser usado no todo ou em parte, desde que a informação citada não seja usada fora de contexto. Gostaríamos de expressar os nossos verdadeiros agrade- cimentos para com aqueles que, de algum modo, contri- buíram para a sua publicação. Que Allah os recompense pelos seus esforços. Caso possuirdes correcções, comen- tários ou questões relativas à presente publicação, não hesiteis em contactar-nos para: en@islamhouse.com Publicado por: The Islamic Propagation Office in Rabwah Tel. +4454900 - 4916065 Ext. 26 - 27 Email: en@islamhouse.com www.islamhouse.com
  • 4. Conteúdo Qual é a Verdadeira Religião de Deus? O Nome da Religião Deus e a Criação A Mensagem das Falsas Religiões A Universalidade das Religiões de Deus Reconhecer a Deus Os Sinais de Deus Conclusão
  • 5.
  • 6. Qual é a Verdadeira Religião de Deus? Cada ser nasce em circunstâncias que, de modo al- gum, são de sua escolha. A religião professada pela família, ou respectiva ideologia, são-lhe impostas desde o minuto primeiro da sua existência. Ao atin- gir a adolescência, é normal a pessoa acreditar ple- namente que, as crenças da sociedade em que se encontra inserida, são os verdadeiros credos em que todos deveriam acreditar. Contudo, algumas, ao a- tingirem a vida adulta e quando expostas a outros sistemas de crenças, começam a questionar a vali- dade daquilo em que acreditam e que lhes foi transmitido. Frequentemente, é imensa a confusão daqueles que buscam a verdade, quando compre- endem que todas as religiões, seitas, ideologias e fi- losofias reivindicam ser o único e verdadeiro caminho a seguir pelo ser humano. De facto, todas elas encorajam o ser humano a praticar o Bem. As- sim sendo, qual a que está certa? De forma alguma o podem estar todas, visto cada uma delas afirmar a incorrecção das outras. Deste modo, como podemos nós escolher a verdadeira, aquela que realmente busca a verdade? Deus concedeu a todos cérebro e intelecto, de modo a permitir-nos tomar esta decisão crucial, a qual é a
  • 7. mais importante da vida do ser humano, visto dela depende o seu futuro. Por conseguinte, há que exa- minar a frio aquilo que nos é apresentado, e esco- lher aquilo que nos parece ser o certo, até prova em contrário. Tal como todas as outras religiões e filosofias, tam- bém o Islão reivindica ser o único e verdadeiro ca- minho em direcção a Deus. Relativamente a isto, em nada difere dos restantes sistemas. A intenção do presente folheto consiste em apresentar provas que sustentem esta reivindicação. Contudo, há que ter sempre presente que a pessoa apenas pode proceder à escolha do verdadeiro caminho, se se alhear de emoções e preconceitos, os quais muitas vezes nos cegam e afastam da realidade. Depois, e apenas de- pois, é que estamos aptos a usar a inteligência que nos foi cedida por Deus, e a tomar uma decisão cor- recta e racional. São vários os argumentos existentes que podem a- poiar a reivindicação Islâmica de ser a verdadeira religião de Deus. Os que a seguir se apresentam são apenas três dos mais óbvios. O primeiro, baseia-se na origem divina do nome da religião e na compre- ensão do seu significado. O segundo, tem a ver com os ensinamentos simples e únicos no que respeita ao
  • 8. relacionamento entre Deus, o Ser Humano e a Cria- ção. O terceiro, deriva do facto do Islão ser univer- salmente alcançável por todos os seres humanos, independentemente da época em que vivam ou te- nham vivido. Estes são os três componentes base daquilo que é tido como necessariamente lógico e razoável a uma religião possuir, de modo a que possa ser considerada a verdadeira religião de Deus. Nas páginas seguintes proceder-se-á a um de- senvolvimento mais pormenorizado destes concei- tos.
  • 9. O Nome da Religião Relativamente ao Islão, a primeira coisa a ter em conta e entender, é o significado da própria palavra. A palavra Árabe “Islão” significa “submissão ou re- núncia da vontade própria ao Deus Único e Verda- deiro”, em Árabe conhecido pelo nome de “Allah”. Aquele que, segundo a terminologia Árabe, subme- te a sua vontade própria aos desígnios de Deus é designado por “Muçulmano”. A religião Islâmica não deve o nome a uma pessoa ou a povo, e nem es- te foi decidido por uma geração posterior, como é caso do Cristianismo, cujo nome é devido a Jesus Cristo, do Budismo a Gautama Buddha, do Confu- cionismo a Confúcio, do Marxismo a Karl Marx, do Judaísmo à Tribo de Judá e do Hinduísmo aos Hin- dus. O Islão (submissão à vontade de Deus) é a reli- gião confiada a Adão, o primeiro homem à face da Terra e o primeiro Profeta de Deus, e é a religião de todos os Profetas enviados por Deus. Além disso, o nome foi escolhido pelo próprio Deus, e especifica- mente mencionado na Escritura Final por Ele reve- lada ao ser humano. Em Árabe, esta Escritura é conhecida pelo nome de Alcorão, e nela Deus esta- belece o seguinte:
  • 10. «Hoje, completei a vossa religião para vós; e aprovei como religião, para vós, Al Içlam (o Islão, i.e. “a submissão” a Allah)». (Alcorão, 5:3). «E quem quer que deseje outra religião que não seja o Islão (submissão a Deus), nunca lhe será aceita». (Alcorão, 3:85). Por conseguinte, o Islão não reivindica ser uma no- va religião introduzida pelo Profeta Muhammad  na Arábia no século sétimo, mas antes uma reex- pressão na sua forma final da verdadeira religião do Todo-Poderoso Allah, conforme originalmente reve- lada a Adão e subsequentes Profetas. Chegados aqui, podemos comentar de forma breve outras duas religiões que afirmam ser o verdadeiro caminho. Em parte alguma da Bíblia é possível en- contrar referência do facto de que Judaísmo é o no- me da religião revelada por Deus ao Profeta Moisés e aos seus descendentes, ou que Cristianismo é o nome daquela que é professada pelos seguidores de Cristo. Por outras palavras, os nomes “Judaísmo” ou “Cristianismo” não possuem origem ou aprova- ção divina. Apenas muito tempo após a sua partida, é que o nome Cristianismo foi dado à religião dos seguidores de Jesus.
  • 11. Assim sendo, em quê difere de facto a religião de Jesus daquela que adoptou o seu nome?1 A religião de Jesus reflecte-se nos seus ensinamentos, os quais este incitou os seus seguidores a aceitarem enquan- to princípios orientadores do seu relacionamento com Deus. Para o Islão, Jesus é um Profeta enviado por Allah, sendo que o seu nome em Árabe é ‘Issá. Tal como os Profetas que o precederam, Jesus con- vocou os povos a que submetessem a sua vontade à Vontade de Deus (que é aquilo que o Islão defende). Por exemplo, no Novo Testamento é dito que Jesus ensinou os seus seguidores a orar a Deus da seguin- te forma: “Pai-nosso que estais no Céu, santificado seja o Vos- so nome, venha a nós o Vosso Reino, seja a Vossa vontade, assim na Terra como Céu”. (Lucas 1 1:2 / Mateus 6:9–10) Tal conceito foi várias vezes enfatizado por Jesus em declarações registradas nos Evangelhos. Ele disse, por exemplo, que o Paraíso seria apenas daqueles que se submetessem. “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, en- trará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus”. (Mateus 7:21)
  • 12. Jesus realçou também o facto dele próprio subme- ter-se à vontade de Deus. “Por mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, por- que não busco a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que me enviou”. (João 5:30) São várias as referências contidas nos Evangelhos onde Jesus afirma não ser ele o Único e Verdadeiro Deus. Por exemplo, ao falar do Último Dia, Jesus diz o seguinte: “A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, nem o Filho, mas somente o Pai”. (Marcos, 13:32) Assim sendo, Jesus, tal como os Profetas que o pre- cederam e o único que se lhe seguiu, ensinou a reli- gião do Islão: submissão à vontade do Deus Único e Verdadeiro.
  • 13. Deus e a Criação Visto a submissão total a Deus da vontade pessoal representar a essência da veneração, a mensagem fundamental da religião divina, o Islão, consiste em adorar a Deus somente, exigindo também que se e- vite prestar culto a uma pessoa, lugar ou coisa. Uma vez que tudo aquilo que existe, com excepção de Deus, o Criador de todas as coisas, é Criação Sua, pode dizer-se que o Islão apela ao Homem que se afaste do culto ao que foi criado, convidando-o a adorar ao Criador somente. Apenas Ele é digno de ser adorado, pois apenas por vontade Sua as preces são ouvidas. Assim sendo, se um homem reza a uma árvore e as suas preces são ouvidas, não é a árvore que as reali- za, mas sim Deus. Podemos dizer que isso é óbvio; contudo, para aqueles que adoram a árvore, não o é. Do mesmo modo, aqueles que rezam a Jesus, Buda, Krishna, São Cristóvão, São Judas ou até mesmo Muhammad  e são atendidos, não o são por eles, mas sim por Deus. Jesus não pediu aos seus segui- dores que o adorassem, mas sim que adorassem a Deus, tal como é referido pelo Alcorão:
  • 14. «E quando Allah disse: “Ó Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens: ‘Tomai-me a mim e a mi- nha mãe por duas divindades, além de Deus?’” Ele disse: “Glorificado sejas! Como poderia eu ter dito o que para mim não é verdade?» (Alcorão 5:116). Do mesmo modo, não era a si mesmo que Jesus a- dorava quando prestava culto, mas sim a Deus, sendo citado nos Evangelhos por ter dito o seguinte: “Está escrito: «Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás»”. (Lucas 4:8) É possível encontrar este princípio fundamental no capítulo de abertura do Alcorão, conhecido pelo nome de Surah al-Faatihah, versículo 4: «A Ti, somente, adoramos, e a Ti, somente, pedimos ajuda». (Alcorão 1:4) Numa outra parte do Alcorão, o último Livro reve- lado, Deus também disse: «E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que Eu vos a- tenderei». (Alcorão 40:60) É fortemente enfatizado o facto da mensagem base do Islão (nomeadamente, adorar a Deus somente) proclamar também que Deus e a Criação são duas entidades distintas. Deus não é igual à Sua Criação
  • 15. e nem é parte dela. Do mesmo modo, também a Criação não é igual a Ele ou parte d’Ele. Isto pode parecer óbvio; contudo, aqueles que ado- ram a Criação, e não a Deus, ignoram ou negligen- ciam de forma grosseira este conceito. É a crença de que a essência de Deus encontra-se em toda a Sua Criação, ou que é possível encontrar a Sua divina presença em determinadas partes dessa Criação, que proporciona justificativa a este culto ao que foi criado, dizendo tratar-se do culto a Deus. Todavia, a mensagem do Islão, conforme transmitida pelos Profetas de Deus, é a de que devemos adorar a Deus somente e evitar prestar culto, directa ou indirecta- mente, à Sua Criação. No Alcorão, Deus refere o seguinte: «E, na verdade, enviamos para cada povo um Men- sageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos dos falsos deuses (Tagute)». (Alcorão 16:36). Quando questionados acerca do motivo pelo qual se prostram perante criações humanas, os adoradores de ídolos respondem, invariavelmente, que o que estão realmente a adorar não é a imagem em pedra, mas sim Deus aí representado. Afirmam eles que, o ídolo em pedra, representa apenas um ponto fulcral
  • 16. da essência divina, não sendo, pois, o próprio Deus! Aquele que aceitou o facto de que a essência de Deus encontra-se presente em toda a Sua Criação, é obrigado a aceitar este argumento defensor da ido- latria. Contudo, quem quer que compreenda a men- sagem fundamental do Islão e as suas implicações, não aceitará jamais a idolatria, por mais racionali- zada que esta esteja. Aqueles que, ao longo dos tempos, afirmaram ser Deus ou deuses, basearam esta sua reivindicação na crença errónea de que Deus encontra-se presente no Homem. Tendo por base este raciocínio, defende- ram que neles a presença de Deus era mais forte do que nos restantes seres humanos, pretendendo, pois, que as pessoas se submetessem a eles e lhes prestassem culto. Do mesmo modo, também aque- les que, após a morte de outros, insistiram na sua divinização, encontraram terreno fértil entre os que aceitam tal crença. Chegados a este ponto, deve já ser claro que, aque- les que compreendem a mensagem base do Islão e as suas implicações, não aceitarão jamais o culto prestado a um outro ser humano, seja em que cir- cunstâncias for. Em essência, a religião de Deus é um apelo claro ao culto prestado ao Criador e a re-
  • 17. jeição da adoração à Criação, seja em que forma for. É este o significado do lema do Islão: “Laa Ilaaha illaa Allah”. (Não existe outra divinda- de para além de Allah) A declaração sincera desta frase e a aceitação da profecia torna, automaticamente, a pessoa Muçul- mana, sendo a fé verdadeira no que é dito garantia do Paraíso. De facto, o último Profeta do Islão 2, disse o seguinte: “Aquele que disse: «Não existe ou- tra divindade para além de Allah», e morreu acredi- tando nisso, entrará no Paraíso”. Acreditar nesta declaração de fé exige que a pessoa submeta a sua vontade à de Deus, conforme ensi- nado pelos Profetas. Exige também que o crente a- bandone o culto prestado a falsos deuses.
  • 18. A Mensagem das Falsas Religiões São tantas as seitas, os cultos, as religiões, as filoso- fias e os movimentos existentes à face da Terra, pro- clamando cada um deles ser o único e verdadeiro caminho em direcção a Deus. Como podemos nós decidir qual o que está correcto ou, se de facto, o es- tão todos? Um dos métodos que permite responder a tal questão, consiste em clarificar as diferenças su- perficiais existentes nos ensinamentos dos vários chamamentos para a verdade última, e que, directa ou indirectamente, identifica o objecto central de culto ao nome pelo qual são conhecidos. Todas as falsas religiões partilham de um mesmo conceito base, isto no que respeita a Deus: ou afirmam que todos os Homens são deuses, ou que determinados homens foram Deus, ou que a natureza é Deus, ou então, que Deus não passa de um produto da ima- ginação humana. Assim sendo, podemos afirmar que, a mensagem base das falsas religiões é a de que Deus pode ser adorado na forma da Sua Criação. Ao concederem à Criação ou a alguns dos seus aspectos o nome de Deus, as falsas religiões convidam o ser humano a adorá-la. Por exemplo, o Profeta Jesus incitou os seus seguidores a que adorassem a Deus; contudo,
  • 19. os que hoje afirmam ser os seguidores de Jesus, ins- tigam as pessoas a adorarem-no, afirmando que ele é Deus. Buda foi um reformador, a quem se deveu a intro- dução de vários princípios humanistas na religião praticada na Índia. Contudo, ele não afirmou ser Deus e nem sugeriu aos seus seguidores que fizes- sem dele um objecto de culto. Tal facto não impe- diu, todavia, que a grande maioria dos actuais Budistas existentes fora da Índia o tomassem como Deus, e construíssem ídolos de acordo com a sua percepção, perante os quais se prostram. Ao utilizamos o princípio da identificação do objec- to de culto, podemos facilmente detectar as falsas religiões, assim como a natureza fabricada da sua origem. Conforme Deus diz no Alcorão: «Não adorais a Ele, mas a nomes que inventastes, vós e os vossos pais, para o que Deus não vos inves- tiu de autoridade alguma. O juízo somente pertence a Deus, que vos ordenou para que não adorásseis senão a Ele. Tal é a verdadeira religião; porém, a maioria dos seres humanos o ignora». (Alcorão, 12:40).
  • 20. Podemos argumentar que, se todas as religiões en- sinam coisas boas, porque motivo devemos nós preocuparmo-nos com a que seguimos? A resposta consiste no facto de todas as falsas religiões ensina- rem o maior dos pecados, que é o da adoração pres- tada à Criação. Este é o maior dos pecados que o ser humano pode cometer, visto contradizer o próprio objectivo pelo qual foi criado. A Criação do ser hu- mano verificou-se para que este adorasse a Deus somente, conforme Allah claramente explica no Al- corão: «E não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem». (Alcorão 51:56). Consequentemente, o culto prestado à Criação, e que é a base da idolatria, constitui o único pecado verdadeiramente imperdoável. Aquele que morre em tal estado de idolatria, determinou já o seu des- tino na próxima vida. Isto não é uma opinião, mas sim algo revelado por Deus na Sua última revelação ao Homem: «Na verdade, Deus não perdoa que se Lhe associe companheiro; Mas Ele pedoa tudo, salvo isso, a quem Ele quer». (Alcorão 4:48,116)
  • 21. A Universalidade das Religiões de Deus Visto as consequências de se seguir uma falsa religi- ão serem tão graves, a verdadeira religião de Deus foi universalmente compreensível e alcançável no passado, e assim deverá permanecer eternamente, de modo a ser compreendida e alcançada por todos aqueles que existem à face da Terra. Dito por outras palavras, a verdadeira religião de Deus não pode encontrar-se confinada a um único povo, local ou período histórico. Do mesmo modo, é também iló- gico que uma religião imponha condições que nada têm a ver com o relacionamento existente entre Deus e o ser humano, como é o caso do baptismo, a crença no homem como salvador, ou a necessidade de haver intermediários. No princípio base do Islão e na sua definição (a sujeição da vontade pessoal a Deus) encontram-se as raízes da universalidade do Islão. Sempre que o ser humano compreende que Deus é Uno e diferente da Sua Criação, a Ele subme- tendo-se, torna-se Muçulmano de corpo e alma, po- dendo a sua entrada no Paraíso vir a acontecer. Consequentemente, qualquer pessoa, mesmo que se encontre no mais remoto dos locais à face da Terra, pode tornar-se Muçulmano, um dos seguidores da religião de Deus, o Islão, bastando para isso rejeitar
  • 22. o culto prestado à Criação e aceitar unicamente a Deus. No entanto, há que ter em conta que, para que a sujeição da vontade pessoal a Deus se verifi- que realmente, é necessário escolher constantemen- te entre o Bem e o Mal. De facto, Deus concedeu ao ser humano não apenas a capacidade de diferenciar o Bem do Mal, mas também o poder de escolher en- tre ambos. Esta concessão divina acarreta uma e- norme e importante responsabilidade, nomeadamente o facto do ser humano ser respon- sável pelos seus actos perante Deus. Assim sendo, o ser humano deve esforçar-se ao máximo, de modo a praticar o Bem e evitar o Mal. Estes conceitos encon- tram-se assim expressos na última revelação: «Na verdade, aqueles que crêem (no Alcorão), e a- queles que são Judeus, Cristãos e Sabeus — enfim todos aqueles que crêem em Deus, e no Último Dia, e praticam o bem, terão a sua recompensa do seu Senhor; nenhum temor existirá neles, nem se afligi- rão». (Alcorão, 2:62). Se, por alguma razão, o ser humano rejeitar a última mensagem, depois desta lhe ter sido claramente ex- plicada, encontra-se em grande perigo. O último dos Profetas disse o seguinte:
  • 23. “Aquele que, de entre os Cristãos ou Judeus, ouvir falar em mim, mas recuse afirmar acreditar naquilo que eu transmito, ao perecer nesta situação, encon- trar-se-á entre os habitantes do Inferno”. (Sahih Muslim [Tradução Inglesa], volume I, pág. 91, nº. 284).
  • 24. Reconhecer a Deus A questão que aqui se coloca é a seguinte: podemos esperar que todos os povos acreditem no Deus Úni- co e Verdadeiro, tendo em conta os vários meios, culturas e sociedades existentes? Para que as pesso- as sejam responsabilizadas pelo culto a prestar ao Deus Único e Verdadeiro, é necessário que todas O conheçam e tenham acesso a esse conhecimento. A última revelação ensina que todos os seres humanos têm impresso nas suas almas o reconhecimento do verdadeiro e único Deus, como parte da própria na- tureza pela qual foram criados. No sétimo capítulo do Alcorão (al-A’raaf, versículos 172-173), Deus explica que, quando criou a Adão, criou toda a sua descendência, à qual exigiu um ju- ramento, dizendo: «“Não sou o vosso Senhor?” Disseram: “Sim, nós testemuhamo-lo”». (Alcorão, 7:172). Seguidamente, Deus explicou porque motivo havia exigido a toda a Humanidade que testemunhasse ser Ele o seu Criador e o Único e Verdadeiro Deus digno de ser adorado. Neste sentido, Deus disse o seguinte:
  • 25. «Isso, para não dizerdes, no Dia da Ressurreição: “Na verdade, nós não estávamos cientes disso”». (Alcorão, 7:172). Isto significa que nos é impossível afirmar que, na- quele dia, não tínhamos ideia de que Allah é o nos- so Senhor e que ninguém nos disse que O deveríamos adorar a Ele somente. Allah explicita-o ainda de forma mais concreta: «Ou, para não dizerdes: “Na verdade, foram os nos- sos pais que idolotravam e nós somos só a sua des- cendência, após eles; destruir-nos-ás, acaso, pelo que fizeram aqueles defensores da falsidade?”» (Al- corão, 7:173). Assim sendo, toda a criança nasce portadora de uma crença natural em Deus e com uma inclinação inata a adorá-Lo a Ele somente. Em Árabe, esta crença e inclinação inatas têm o nome de “Fitrah” . O Profeta Muhammad  refere que Deus disse o se- guinte: “Criei os meus servos dentro da verdadeira religião; contudo, o demónio faz com que eles se a- fastem”. Do mesmo modo, o Profeta disse também: “Toda a criança nasce em estado de Fitrah. Segui- damente, os pais fazem dela um Judeu, um Cristão ou um Zoroastriano”. Se a criança for deixada só,
  • 26. ela adorará a Deus à sua própria maneira: contudo, todas as crianças são afectadas pelo meio que as cir- cunda. Assim sendo, do mesmo modo que a criança se submete às leis físicas, impostas à natureza por Allah, também a sua alma se submeterá natural- mente ao facto de que Deus é o seu Senhor e Cria- dor. Todavia, se os pais tentam obrigá-la a seguir um caminho diferente, verifica-se que, nos primei- ros estágios da sua vida, a criança não é suficiente- mente forte para resistir ou opor-se à vontade dos progenitores. Em tais casos, a religião seguida pela criança é aquela em que nasceu e segundo a qual é educada e, até uma determinada etapa da sua vida, Deus não a castigará pela religião professada.
  • 27. Os Sinais de Deus Ao longo da vida de uma pessoa, desde que esta nasce até que falece, são-lhe revelados os sinais do único e verdadeiro Deus (ár. Allah). Deus diz o se- guinte no Alcorão: «Nós mostrar-lhes-emos os Nossos sinais em todas as regiões (da terra) e neles mesmos, até que lhes se- ja esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade». (Al- corão, 41:53). O que a seguir se apresenta, constitui um exemplo de como Deus se revelou a um homem através de um sinal, mostrando-lhe o quão errado ele estava, ao adorar a um ídolo. Na região a sudoeste da selva Amazónia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu uma cabana para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a quem consideravam ser o Deus supremo de toda a criação. No dia seguinte à construção, um jovem en- trou na cabana para homenagear o Deus. Enquanto estava prostrado perante aquilo que lhe haviam en- sinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mun- do, um cão velho, pulguento e asqueroso, entrou na cabana, tendo o jovem erguido a cabeça mesmo a tempo de o ver urinar sobre o ídolo.
  • 28. Escandalizado, o jovem correu-o para fora do tem- plo; contudo, finda a fúria, percebeu que o ídolo não podia ser o Senhor do Universo. Deus tem que estar em outro lugar, concluiu ele. Por mais estranho que possa parecer, o facto do cão ter urinado sobre o í- dolo foi, para o jovem, um sinal de Deus. O sinal continha a mensagem divina de que, aquilo que ele adorava, era falso. Consequentemente, a este jovem foi dada a possibi- lidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro Deus, ou continuava emaranhado no erro. Allah menciona a busca de Deus empreendida pelo Profeta Abraão, como exemplo da boa orientação cedida àqueles que seguem os Seus sinais: «E assim fizemos ver a Abraão o reino dos céus e da terra, para que ele se contasse entre os convictos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: “Eis aqui o meu Senhor”. Porém, quando esta desa- pareceu, disse: “Não adoro os que desaparecem”. Quando viu despontar a lua, disse: “Eis aqui o meu Senhor”. Porém, quando esta desapareceu, disse: “Se o meu Senhor não me guiar, contar-me-ei entre os extraviados”. E quando viu despontar o sol, dis- se: “Eis aqui o meu Senhor; este é o maior”. Porém, quando este se pôs, disse: “Ó povo meu! Na verda-
  • 29. de, não faço parte da vossa idolatria. Na verdade, eu dirijo a minha face para Quem criou os céus e a terra; sou monoteísta (hanif) e não me conto entre os idólatras”». (Alcorão, 6:75-79). Tal como antes referimos, foram vários os Profetas enviados as todas as nações e tribos, de modo a a- poiarem a crença natural do ser humano em Deus e a sua inclinação inata para O adorar, e reforçarem a Verdade Divina contida nos sinais por Ele diaria- mente revelados. Embora muitos dos ensinamentos destes Profetas tenham sido distorcidos ao longo do tempo, partes destas mensagens de inspiração Divi- na mantiveram-se incorruptíveis e serviram para o- rientar a Humanidade na escolha entre o Bem e o Mal. A influência que estas mensagens desempe- nharam ao longo de várias épocas pode ser obser- vada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais tarde adoptados pelos ensinamentos Cristão, assim como na existência de leis contra o assassinato, o roubo e o adultério, presentes em várias sociedades do Mundo antigo e moderno. Como resultado dos sinais de Deus enviados à Hu- manidade, juntamente com as revelações confiadas aos vários Profetas, a todo o ser humano foi cedida
  • 30. a oportunidade para reconhecer o Único e Verda- deiro Deus. Consequentemente, a todas as almas é exigido que respondam pela sua fé em Deus e a aceitação da sua verdadeira religião, ou seja, o Islão, que significa a total submissão à vontade de Deus. Conclusão A apresentação precedente demonstrou como o nome da religião Islâmica encerra em si o seu prin- cípio central, ou seja, a submissão a Deus. Revela também que, o nome Islão, e segundo as suas Escri- turas Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas sim por Deus. Do mesmo modo, demonstrou-se que apenas o Islão ensina a unicidade de Deus e dos Seus atributos, impondo o culto prestado a Deus somente, sem a existência de intermediários. Por úl- timo, e devido aos sinais revelados por Deus e à in- clinação divinamente infundida no ser humano para O adorar, o Islão pode ser alcançado por toda a Humanidade, seja em que época for. Resumidamente, o significado do nome Islão (sub- missão a Deus), o seu reconhecimento fundamental da unicidade de Deus, assim como o facto de ser a- cessível a todos, independentemente da época em
  • 31. que vivem, apoiam convincentemente a reivindica- ção Islâmica de que, desde os princípios dos tem- pos, e não obstante o idioma falado, esta era, e continuará a ser, a verdadeira religião de Deus. Concluindo, rogamos a Allah, o Enaltecido, que nos mantenha no caminho certo para o qual nos orien- tou, e que nos conceda as Suas Bênções e Misericór- dia, visto ser Ele o mais Misericordioso. Que Allah, Senhor dos Mundos, seja louvado, e que a Paz e as Bênções estejam com o Profeta Muhammad  e com todos os Profetas de Deus e os seus seguidores. 1 Tanto o nome “Jesus” como o nome “Cristo” derivam do Hebrai- co, do Grego e do Latim. Jesus é a forma Portuguesa e Latina da pa- lavra Grega “Iesous”, que em Hebraico diz-se “Yeshua” ou “Yehoshua” (Joshua). A palavra Grega “Christos” é a tradução do Hebraico “Messiah”, que significa “O Anunciado”. 2 “Que a paz esteja com ele”: frase que é dita, em sinal de respeito, após mencionar-se o nome de qualquer um dos Profetas.