O documento fornece informações sobre os fundamentos da fé islâmica, incluindo a crença em um Deus único, a importância do profeta Maomé e do Alcorão, e os cinco pilares da fé. Também discute as visões islâmicas sobre Jesus, a natureza divina, a crucificação e outras crenças e práticas religiosas.
9. Islã no Brasil
O Islã no Brasil conta com 27.239 seguidores,
segundo dados do censo demográfico
de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Porém, algumas instituições islâmicas
brasileiras consideram que o número de
seguidores é muito superior a isso. A
Federação Islâmica Brasileira defende que há
cerca de 1,5 milhão de fiéis do Islã no país e
estima que 50 mesquitas e mais de 80 centros
islâmicos estão espalhados pelo Brasil.
10. FUNDAMENTOS DA FÉ
NATUREZA DE DEUS CRIAÇÃO
Os muçulmanos creem que só existe
uma divindade. Alá (“o Deus”, em
árabe). Alá é indivisível, não tem
iguais, é o criador de tudo e falou à
humanidade por muitos profetas,
dentre os quais Maomé é o
derradeiro.
Deus é o criador. Ele simplesmente
diz: “Que seja”, e todas as coisas
passam a existir. Deus conduz sua
criação e tem um propósito para
todas as formas de vida que nela há.
11. FUNDAMENTOS DA FÉ
TEMPO VIDA APÓS A MORTE
O tempo é linear. No fim dos tempos,
Deus anunciará o juízo final, e o
mundo acabará. Neste dia, todos
serão julgados.
Só temos uma vida. Após a morte, o
indivíduo fica aguardando o Juízo
Final, quando todos seremos
ressuscitados e julgados. O Paraíso
espera aqueles que viveram segundo
a vontade de Deus; já aqueles que
não o fizeram não podem entrar lá.
12. FUNDAMENTOS DA FÉ
LITERATURA SAGRADA FUNDADORES E PROFETAS
O Corão , ditado a Maomé pelo anjo
Gabriel na primeira metade do século
7º. Os muçulmanos creem que o
Corão tenha sido escrito por Deus
antes do início dos tempos.
Islã significa “estar submisso a Deus”.
Houve numerosos profetas que
vieram lembrar as pessoas da
vontade divina, caso de Abraão,
Moisés e Jesus. Acredita-se que o
derradeiro profeta foi Maomé, que
viveu nos séculos 6-7.
13. FUNDAMENTOS DA FÉ
RITOS DE NASCIMENTO E MORTE FESTIVIDADES
No nascimento, sussurra-se ao
ouvido do bebê o chamado para a
oração. Após sete dias, a criança
recebe um nome e tem o cabelo
raspado (se menino é circuncidado).
Na morte, o corpo é lavado, como se
pronto para a oração, e depois
enterrado o mais depressa possível. A
cremação é proibida.
O calendário muçulmano é lunar e
tem 11 dias a menos que o ocidental,
solar. Os meses dados aqui,
correspondem a 2007. O Ramadã é o
mês do jejum (set); o Eid ul-Fitr marca
o fim do Ramadã e a revelação do
Corão a Maomé (out); o Eid al-Adha é
a época do Hajj (a peregrinação a
Meca) e comemora a obediência do
profeta Abraão (dez).
14. Corão - Paraíso
Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou
mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não
serão defraudados, no mínimo que seja (An Nissá (As
mulheres) – 124)
Eis aqui uma descrição do Paraíso, que foi prometido
aos tementes: Lá há rios de água impoluível; rios de
leite de sabor inalterável; rios de vinho deleitante para
os que o bebem; e rios de mel purificado; ali terão
toda a classe de frutos, com a indulgência do seu
Senhor. (Mohamad 15)
Ó servos Meus, hoje não serei presas do temor, nem
vos atribulareis! São aqueles que creram em Nossos
versículos e foram muçulmanos. Entrai, jubilosos, no
Paraíso, juntamente com as vossas esposas! (AZ
ZÚKHURUF – os ornamentos – 68-70)
15. Corão – Trindade (Al Maída – A
mesa Servida 70-73)
Havíamos aceito o compromisso dos israelitas, e lhes enviamos os
mensageiros. Mas, cada vez que um mensageiro lhes anunciava
algo que não satisfazia os seus interesses, desmentiam uns e
assassinavam outros.
Pressupunham que nenhuma sedição recairia sobre eles; e, então,
tornaram-se deliberadamente cegos e surdos. Não obstante Deus
tê-los absolvido, muitos deles voltaram à cegueira e à surdez; mas
Deus bem vê tudo quanto fazem.
São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de
Maria, ainda quando o mesmo Messias disse(388): Ó israelitas,
adorai a Deus, Que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir
parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua
morada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores.
São blasfemos aqueles que dizem: Deus é um da Trindade!,
portanto não existe divindade alguma além do Deus Único. Se não
desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os
incrédulos entre eles.
16. Alcorão - Jesus
Recorda-te de quando instituímos o pacto com
os profetas: contigo, com Noé, com Abraão,
com Moisés, com Jesus, filho de Maria, e
obtivemos deles um solene compromisso.(AL
AHZAB (os partidos) – 7)
18. ISLAMISMO
O termo Islamismo provem do árabe Al-
Islamismom, religião que tem sua nascente no
personagem bíblico Abraão.
Trata-se de uma religião monoteísta, cuja
confissão de Fé está firmada no livro O
ALCORAO.
São denominados seguidores de Allah e
seguem o profeta Maomé, que é considerado,
para eles, o último profeta de Deus. O
seguidor do Islamismo também é chamado de
mulçumano.
19. Islamismo
A palavra Islamismom tem sua etimologia na
raiz “Slm” mais “Aslama” e significa
submissão.
Essa palavra possui relação, na etimologia
com outras palavras, como Salaam ou
Shalam, de onde provem a palavra paz.
Já a palavra muçulmano deriva de muslim, um
particípio ativo do verbo aslama, com o
sentido de aquele que se submete.
20. Revelação Divina
Os adeptos da fé islâmica acreditam que as
mensagens anteriores ao ALCORAO foram
alteradas ou corrompidas ao longo da historia,
contudo, somente ele é uma versão fidedigna
da revelação final de Deus.
Para o mulçumano, Deus é único e o
propósito da existência é o adorar.
21. Revelação Islâmica
A crença islâmica é a de que sua religião é
universal, revelada em épocas e lugares
anteriores por meio de vários homens, como,
por exemplo, Abraão, Moises e Jesus,
considerado por eles como profetas.
Os muçulmanos acreditam que Maomé foi um
homem leal, como todos os profetas, e que
estes são incapazes de ações erradas ou
mesmo de testemunhar ações erradas, sem
falar contra elas, por vontade de Alá.
22. Propósito da vida no Islã
O nosso propósito, então, é servir a Deus. Nós recebemos
essa mensagem dos profetas, e também das escrituras, mas
em nenhum outro lugar está mais claro do que no Alcorão, o
livro sagrado do Islã:
“E Eu [Deus] não criei os jinns e a humanidade exceto para Me
adorarem.” (Alcorão 51:56)
Um gênio (português brasileiro) ou génio (português
europeu) (do latim genìus) é uma espécie de espírito que
rege o destino de alguém ou de um lugar. O termo em grego
para o mesmo conceito é daimon e pode ser empregado
como um equivalente em português ao árabe "jinn uma
vez que na mitologia árabe pré-islâmica e no Islã, um jinn
(também "djinn", "djin" ou "djim") é um membro dos jinni (or
"djinni"), uma raça de criaturas sobrenaturais.
23. Jesus para o Islã
Fonte: islamreligiom.com
A visão islâmica de Jesus reside entre dois
extremos. Os judeus, que rejeitaram Jesus como
um profeta, o chamaram de impostor, enquanto
os cristãos, por outro lado, o consideraram o filho
de Deus e o adoram como tal.
O Islã considera Jesus um dos maiores e mais
pacientes e tolerantes dos profetas, em adição a
Noé, Abraão, Moisés e Muhammad.
Como os cristãos, os muçulmanos acreditam que
Maria, ou Mariam como ela é chamada em árabe,
era uma mulher casta, virgem, que
milagrosamente deu à luz a Jesus. (Alcorão 19:
16-21)
24. Jesus para o Islã
Fonte: islamreligiom.com
Esse fato, entretanto, não significa que Jesus é divino
em essência ou espírito, nem ele é merecedor de
adoração, porque a existência de Adão foi mais
milagrosa que a de Jesus.
Se seu nascimento milagroso foi uma prova de que
Jesus era Deus encarnado ou Seu filho, então Adão
teria mais direito a essa divindade do que ele.
Ao contrário, ambos são profetas que foram
inspirados com revelação de Deus Todo-Poderoso, e
ambos foram servos Dele vivendo de acordo com
Seus mandamentos.
“De fato, a semelhança de Jesus perante Deus é
como a de Adão. Ele o criou do pó, e em seguida
disse-lhe: „Sê!‟ e ele foi.‟” (Alcorão 3:59)
25. Divindade de Jesus
Mesma Fonte
Os muçulmanos acreditam na Unicidade Absoluta
de Deus, Que é um Ser Supremo livre de
limitações, necessidades e desejos humanos.
Ele não tem parceiros em Sua Divindade. Ele é o
Criador de tudo e é completamente separado de
Sua criação, e toda adoração deve ser
direcionada a Ele somente.
Ele nunca clamou quaisquer qualidades de
divindade, nem clamou que merecia ser
adorado. Ele não disse que era o “filho” de Deus
ou parte da “Trindade”, mas ao contrário que ele
era apenas um servo de Deus.
26. Divindade de Jesus
Mesma Fonte
“De fato descrêem os que dizem, „Deus é o
terceiro de três.‟ (Ao contrário) não existe
ninguém merecedor de adoração exceto o
Deus Único. E se não se abstiverem do que
dizem, certamente um doloroso castigo
afligirá os descrentes entre eles. Então não se
voltam, arrependidos, para Deus e imploram
Seu perdão? E Deus é Perdoador e
Misericordioso. O Messias (Jesus), filho de
Maria, não é mais que um Mensageiro; antes
dele muitos mensageiros passaram. E sua
mãe aderiu totalmente à verdade, e ambos se
alimentavam (como outros mortais). Vê como
tornamos evidentes para eles Nossos sinais; e
vê como se distanciam!" (Alcorão 5:73-75)
27. Crucificação de Jesus
Mesma Fonte
Deus esclareceu no Alcorão que Jesus não foi crucificado; ao contrário, foi
feito com que assim parecesse aos judeus, e Deus o elevou aos Céus. O
Alcorão não explica, entretanto, quem foi a pessoa crucificada no lugar de
Jesus, que Deus o exalte.
“Eles não o mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado.”
(Alcorão 4:157)
“Deus o ascendeu até Ele. Deus é Todo-Poderoso, Sábio.” (Alcorão
4:158)
Dessa forma, o Islã nega que Jesus veio a essa terra com o propósito de
se sacrificar pelo pecado de Adão, Eva e o resto da humanidade, livrando-
os desse encargo. O Islã rejeita estritamente a noção de que qualquer
pessoa carregue o pecado de outra.
O Islã também enfatiza a noção de que Deus é capaz de perdoar todos os
pecados, se uma pessoa verdadeiramente se arrepende e então se
abstém de repeti-lo. Deus não precisa de qualquer sacrifício de sangue
para isso, quanto mais Ele próprio descer na forma de homem e morrer
pelos pecados de cada homem.
28. Os cinco pilares da fé
islâmica
1. A Profissão de Fé: Ala, como único Deus, e Maomé,
como seu profeta.
2. O Salat: a oração, em particular ou em publico, deve
ser feita cinco vezes ao dia.
3. Doação de esmolas: A quantia corresponde a 2,5%
do valor dos bens em dinheiro, ouro e prata.
4. O Jejum de Ramadan: O adulto homem tem a
obrigação de se abster de comida, bebida e
atividade sexual desde o amanhecer ate o por-do-
sol; fazer orações especiais e leitura de trechos de
O ALCORAO.
5. Peregrinação (Hajj) a Meca: Todo homem adulto
(com condições para isso) deve ir pelo menos uma
vez na vida a Meca.
29. Crenças
O Islão ensina seis crenças principais:
1. a crença em Alá (Allah), único Deus existente;
2. a crença nos anjos, seres criados por Alá;
3. a crença nos livros sagrados, entre os quais se encontram
a Torá, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o principal e
mais completo livro sagrado, constituindo a coletânea dos
ensinamentos revelados por Alá ao profeta Maomé;
4. a crença em vários profetas enviados à humanidade, dos
quais Maomé é o último;
5. a crença no dia do Julgamento Final, no qual as ações de
cada pessoa serão avaliadas;
6. a crença na predestinação: Alá tudo sabe e possui o poder
de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.
30. Deus
A pedra basilar da fé islâmica é a crença estrita
no monoteísmo. Deus é considerado único e sem igual.
Cada capítulo do Alcorão (com a exceção de um) começa
com a frase "Em nome de Deus, o beneficente, o
misericordioso". Uma das passagens do Alcorão
frequentemente usadas para ilustrar os atributos de Deus é a
que se encontra no capítulo (sura) 59:
"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, que conhece o
invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão Ele. Ele é o Soberano,
o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o
Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens
lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os
epítetos mais belos" (59, 22-24).
31. Os anjos
A doutrina dos anjos na fé islâmica está
firmada na crença de que Alá criou os anjos a
partir da luz.
Eles não tem livre arbítrio e sua função é
apenas obedecer e adorar Ala.
Os anjos atuam em revelar a vontade divina
aos profetas, além de protegerem os homens
e registrarem suas ações na terra.
Gabriel é o anjo mais conhecido, por ter feito a
intermediação entre Ala e Maomé.
32. Os espíritos
A fé islâmica também crê na existência de
espíritos (Jinnis), que habitam o mundo e tem
poder para influenciar os acontecimentos.
Os espíritos tem vontade própria e, dentre
eles, alguns são bons, mas, em sua maioria,
são maus.
Iblis é o nome dado a Satanás, que também é
um espírito jinn.
Semelhante ao que crê o Judaísmo e o
Cristianismo, esse anjo se rebelou contra
Deus e sua missão é praticar o mal.
33. O dia do Julgamento Final
Segundo as crenças islâmicas, o dia do Julgamento
Final (Yaum al-Qiyamah) é o momento em que cada ser
humano será ressuscitado e julgado na presença de Deus
pelas ações que praticou.
Os seres humanos livres de pecado serão enviados
diretamente para o Paraíso, enquanto que os pecadores
devem permanecer algum tempo no Inferno, antes de
poderem também entrar no Paraíso.
As únicas pessoas que permanecerão para sempre no
Inferno são os hipócritas religiosos, isto é, aqueles que se
diziam muçulmanos, mas de fato nunca o foram.
Segundo a mesma crença, a chegada do Julgamento Final
será antecedida por vários sinais, como o nascimento do Sol
no poente, o som de uma trombeta e o aparecimento de uma
besta. De acordo com o Alcorão, o mundo não acabará
verdadeiramente, mas sofrerá antes uma alteração profunda.
34. O Alcorão
Os ensinamentos de Alá estão contidos
no Alcorão (Qur'an, "recitação").
Os muçulmanos acreditam que Maomé recebeu
esses ensinamentos de Alá por intermédio
do anjo Gabriel, através de revelações que ocorreram
entre 610 e 632 d.C..
Maomé recitou essas revelações aos seus
companheiros, muitos dos quais se diz terem
memorizado e escrito no material que tinham à
disposição (omoplatas de camelo, folhas de palmeira,
pedras…).
As revelações a Maomé foram mais tarde reunidas
em forma de livro. Considera-se que a estruturação
do Alcorão como livro ocorreu entre 650 e 656,
durante o califado de Otman.
35. O Alcorão
O Alcorão está estruturado em 114 capítulos chamados suras.
Cada sura está por sua vez subdividida em versículos
chamados ayat.
Considera-se que 92 capítulos foram revelados em Meca e 22
em Medina. As suras são identificadas por um nome, que é em
geral uma palavra distintiva surgida no começo do capítulo ("A
Vaca", "A Abelha", "O Figo").
Uma vez que os muçulmanos acreditam que Maomé foi o último de
uma longa linha de profetas, eles tomam a sua mensagem como
um depósito sagrado e tomam muito cuidado com ela, assegurando
que a mensagem tenha sido recolhida e transmitida de uma
maneira a não trair esse legado.
Essa é a principal razão pela qual as traduções do Alcorão para as
línguas vernáculas são desencorajadas, preferindo-se ler e recitar o
Alcorão em árabe. Muitos muçulmanos memorizam uma porção do
Alcorão na sua língua original e aqueles que memorizaram o
Alcorão por inteiro são conhecidos como hafiz (literalmente
"guardião").
36. Autoridade Religiosa
Não há uma autoridade oficial que decide se uma
pessoa é aceita ou excluída da comunidade de
crentes.
O Islão é aberto a todos, independentemente de raça,
idade, gênero ou crenças prévias.
É suficiente acreditar na doutrina central do
islamismo, até formalizado pela recitação
da chahada, o enunciado de crença do Islão, sem o
qual uma pessoa não pode ser considerada um
muçulmano.
Embora não exista no islamismo uma
estrutura clerical semelhante à existente
nas denominações cristãs, existe contudo um grupo
de pessoas reconhecidas pelo seu conhecimento da
religião e da lei islâmica, denominadas ulemás.
37. Ramificações do Islamismo
Após a morte de Maomé no ano 632 d.C., não
ficou estabelecido quem seria seu sucessor na
comunidade mulçumana. Abu Bakr, um dos
primeiros adeptos da religião, era amigo do
profeta e foi nomeado Kalifa (representante).
Depois de sua morte, sucederam o profeta Omar
e Otman. Após a morte deste ultimo, houve
disputa em torno de quem seria o novo Kalifa.
Houve divisão na preferência entre o primo de
Maomé, Ali, e o primo de Otman, Muawiah. Ali foi
eleito em 656, sob contestação de Muawiyah; a
partir de então haveria uma guerra civil entre as
duas facções.
38. Ramificações do Islamismo
Essas lutas estão na origem dos dois
principais ramos em que atualmente se divide
o Islamismo: Xiitas e Sunitas.
39. Sunitas
O islamismo sunita compreende atualmente
cerca de 83% de todos os muçulmanos.
Divide-se em quatro escolas
de jurisprudência (madhabs), que interpretam
a lei islâmica de forma diferente.
40. Xiitas
Os muçulmanos xiitas acreditam que o líder
da comunidade muçulmana, o imã (aquele
que guia ou aquele que esta adiante) deva ser
um descendente de Ali.
O Islamismo xiita pode, por sua vez, ser
subdividido em três ramos principais: xiitas
duodecimanos, ismailitas e zaiditas.
41. Comemorações
O calendário islâmico também é conhecido como
Hegirico por remontar ao período da Hegira, ou
migração dos primeiros mulçumanos de Meca
para Medina no ano de 622 a.C.
As duas principais comemorações islâmicas são
o Eid ul–Fitr, que celebra o fim do jejum do
Ramada, e o Eid ul-Adha, que marca o fim da
peregrinação a Meca.
Outra comemoração importante e o Mawlid, que
comemora o aniversario de Maomé (12 do mes
de Rabi al-Awwal – terceiro mês do calendário
mulçumano).
42. Outras Comemorações
A Noite da Ascensão, Laylat al-Micra,
celebrada no dia 27 de Rajab, e quando se
recorda o dia em que Maomé ascendeu ao
céu para dialogar com Deus.
Na noite do 26 para 27 do mês setembro do
Ramadã, que marca o aniversario da primeira
revelação do ALCORAO e durante a qual
muitos muçulmanos acreditam ser a ocasião
em que Deus decide o que acontecerá
durante o ano.
43. Fundamentalismo islâmico
O termo fundamentalismo é usado para definir a
ideologia política e religiosa, não apenas uma
religião, mas um sistema de governo com todos
os imperativos políticos, econômicos, culturais e
sociais de estado, fazendo com que este deixe de
ser laico.
O Islamismo é visto no ocidente como uma
religião que busca a tomada do controle do
estado e busca um governo através da Charia, o
seu código de leis, de forma que abrigue e
coordene todos os aspectos sociais de uma
sociedade, não fazendo separação entre a
religião e o direito.
44. Extremismo
Correntes radicais do islamismo frequentemente são
acusadas de atos terroristas, como os atentados às Torres
Gêmeas, protagonizados nos ataques de 11 de setembro de
2001 pela Al Qaeda.
A defesa intolerante da extinção do Estado
de Israel defendida pelos grupos terroristas Hamas e Fatah.
Em sua carta de fundação, por exemplo, o Hamas é claro na
defesa da destruição do Estado Sionista, sendo apoiado pela
maioria do povo palestino.
Fundamentalistas também defendem a submissão da
mulher, a perseguição a cristãos e o assassinato de
dissidentes em países islâmicos.
Estima-se que aproximadamente quatro milhões de
cristãos libaneses emigraram de seu país em consequência
das pressões impostas pelos muçulmanos.
45. Extremismo
A condição de vida das mulheres também é
precária em países fundamentalistas islâmicos,
como a Arábia Saudita: "Para o pensamento
ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do
que o homem, “.
Assim sendo, violências físicas e tratamentos
desumanos, como o apedrejamento, são
constantes entre os países fundamentalistas:
"Segundo a lei islâmica
denominada Sharia (Shari'ah ou Charia), uma
mulher considerada adúltera deve ser enterrada
até o pescoço (ou as axilas) e apedrejada até a