Carlos Henrique Jorge Brando As pespectivas da Produção de Café - Apresentação 9º Agrocafé 2008

1. AS PERSPECTIVAS DA PRODUÇÃO DE
CAFÉ NO BRASIL
ARÁBICA OU
ROBUSTA?
80023050
Carlos Henrique Jorge Brando
© Copyright P&A Março 2008

2. CRESCIMENTO DO AGRONEGÓCIO
CAFÉS DO BRASIL
1996 2006
Consumo
- Milhões de sacas 10 16
- kg per capita 3,5 5,0
Produção
- Milhões de sacas 25 30/40
- Sacas / ha 10/12 17/20
Exportações (mi sacas) 16/18 25/28
- Arábica 13 20
- Solúvel 2,5 3,0
Estoques oficiais (mi sacas) 14 2
Vendas totais (bi US$) 3 6
Participação no mercado 20% 30%
Funcafé (mi R$) 300 2.000
Fonte: Valorização
E O FUTURO?
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3. A COMPETITIVIDADE
DO BRASIL ESTÁ
BAIXANDO?
- Preços altos tornam
concorrentes mais viáveis
- Valorização do Real
- Lucro maior em outros
países
MAS
- Grandes áreas traditionais a tecnificar
- Irrigação será o novo salto tecnológico
(guarantia de produção)
- Novas fronteiras
- Arábica e Robusta
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4. RISCOS PARA A PRODUÇÃO
BRASILEIRA
GEADA
SECA
TAXA DE
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CÂMBIO

5. VULNERABILIDADE: déficit de chuvas, perda
de produção e aumento dos custos
Milhões de sacas -35 -19
2002 52 47 52 1.61 22
PERDAS NO PERÍODO:
- base EMBRAPA/CONAB: 118 - 83 = 35 milhões
(equivalente a uma geada severa em todas as áreas)
- USDA: 118 - 99 = 19 milhões
(equivalente a uma geada severa em áreas de alto
risco)

6. PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM
PARA A VALORIZAÇÃO DO REAL
- Sucesso contínuo nas exportações
R$
- Juros reais elevados US$
- Redução do risco-país
- Desvalorização do dólar no mundo €
- Crescimento da economia mundial?
¥
MAIS DÓLARES ENTRAM VALOR DO DÓLAR CAI
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7. COMPETITIVIDADE ESTÁ BAIXANDO:
PREÇOS* ARÁBICA EM SETEMBRO
Centavos Taxa de
SETEMBRO R$ / lb
US / lb Câmbio (R$)
2003 55.05 2.889 1.59
2007 113.90 1.902 2.17
107% 36%
PREÇOS* ROBUSTA EM SETEMBRO
Centavos Taxa de
SETEMBRO R$ / lb
US / lb Câmbio (R$)
2003 37.65 2.889 1.09
2007 93.50 1.902 1.78
148% 63%
© Copyright P&A * Preços indicativos da OIC

8. MERCADO DOMÉSTICO
AGREGA VALOR AOS PRODUTORES
(especialmente produtores de Conilon)
- Meta de 21 milhões de sacas até
2010
- Mercado doméstico absorve
aproximadamente 40% da produção
• ~ 30% Arabica • ~ 100% Robusta
- Proteção contra Real valorizado
- Pressão do varejo
ARÁBICA ALINHADO COM NYBOT
ROBUSTA DESALINHADO COM LIFFE
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9. PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO
DA PRODUÇÃO
- Real valorizado “estabilizou” o mercado
• moderou o crescimento da produção
• estendeu preços razoáveis
• processo terminou
- Preços de Arábica de US$ 1,55 a 1,65 / lb NYBOT
• preços muito bons para os “lavados”
• reação dos competidores começou
• taxa de câmbio restringe competitividade
brasileira
- Preços de Robusta acima de US$ 2.000/ton LIFFE
• Robusta é mais rentável na maioria dos países
• especialmente no Brasil
ROBUSTA CRESCERÁ MAIS RÁPIDO
QUE O ARÁBICA NO BRASIL
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10. ESTIMATIVAS DE RENTABILIDADE
NO BRASIL
CUSTO BR PREÇO
VARIEDADE
(US cents/lb) (US cents/lb)
ROBUSTA ~50 ~90 (+)
(40-70)
ARÁBICA ~100 ~115 (-)
(80-120)
ROBUSTA CRESCIMENTO
(ÁREA+PRODUTIVIDADE.)
ARÁBICA ESTABILIDADE
(MANEJO DA PRODUTIVIDADE)
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11. CUSTOS DE PRODUÇÃO DE ROBUSTA
MUDARAM (ESTIMATIVA)
CUSTO 1996-2001 CUSTO 2007
PAÍS Comentário
(Centavos US/lb) (Centavos/lb)
Brazil 17-23 Câmbio 50-55
Vietnã 24-28 Mão-de-obra 35-40
Indonésia 25-30 ? CIF > VT
Índia 25-40 Câmbio
Costa Marfim 30-40 Guerra
Uganda 30-40 Comb.
Fonte: Global Fonte:
Coffee Initative Trends
PREÇO EM 2007: US$ 2,000.00/ton = US$ 0.91/lb
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12. OFERTA E DEMANDA DE
ROBUSTA NO BRASIL
- Demanda dos torrefadores brasileiros:
7,5 a 8,5 milhões de sacas / ano
- Demanda da indústria de solúvel:
3 a 4 milhões de sacas / ano (>80% exportado)
- Demanda total por Robusta no Brasil:
~ 11 a 12 milhões de sacas / ano
- Exportações ainda pequenas (alta variação)
- Produção local e demanda praticamente iguais
- Resposta do livre mercado
• lucros muito maiores que Arábica
• produtores podem lucrar com exportações
a preços de Londres
• espera-se aumento da produção local
- A produção de Robusta vai aumentar
• para atender crescimento da demanda local
e mudanças no blend
• para exportar enquanto preços locais e de
exportação não se alinharem © Copyright P&A

13. Milhões de sacas (60kg)
EXPORTAÇÕES DE CAFÉ
conilon solúvel
Fonte: Cecafé
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14. COMPARAÇÃO DE PREÇOS:
CONILON ES VS. ROBUSTA LONDRES
CONILON ES LONDRES
Fontes: ESALQ e LIFFE
IMPACTO DO CONSUMO DOMÉSTICO

15. ÁREAS PARA EXPANSÃO DO ROBUSTA

16. EXPANSÃO DO ROBUSTA NO BRASIL
- Conilon ou Robusta?
- Quanto?
• demanda doméstica
• demanda do solúvel
• exportações
• crescimento do consumo mundial
(solúvel + espresso)
- Possibilidades
• + 3 a 5 milhões sacas em 5 anos
• + 5 a 8 milhões sacas em 10 anos
- Mercado de qualidade
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17. TECNOLOGIA PARA EXPANSÃO
DO CONILON
- Fase II do Conilon no Brasil - Incaper
• características demandadas por
indústria e consumidores
• qualidade na taça / padrões
sensoriais
• café e saúde / bebidas funcionais
- Sistema Cereja Descascado (CD)
- Concursos de qualidade
- Irrigação (área + tecnologia)
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18. O CRESCIMENTO DO ROBUSTA
ARÁBICA
CONILON
ARÁBICA (%) 80 75 70 65
CONILON (%) 20 25 30 35
(sem diminuir a produção de arábica)
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19. O FUTURO DO ARÁBICA NO BRASIL
(I)
- Aumento da produtividade (não da área)
• baixar custos
• compensar R$ sobrevalorizado
• recuperar competitividade
- Irrigação
• evitar perdas com a seca
- Mecanização
• colheita
• tratos culturais
“renque mecanizado”
- Processamento pós-colheita
• cereja descascado
• despolpado
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20. O FUTURO DO ARÁBICA NO BRASIL
(II)
- Mudar a matriz de produção: produtos
demandados pelo mercado / foco
competitivo
• especiais
• certificado / verificado / sustentável /
rastreável
• indústria (T&M e solúvel)
• mercado doméstico
PRODUTIVIDADE
COMPETITIVIDADE = +
MANEJO QUALIDADE

21. A ECONOMIA BRASILEIRA TEM
MOSTRADO UMA
EXTRAORDINÁRIA HABILIDADE
DE GANHAR EFICIÊNCIA E
AUMENTAR AS EXPORTAÇÕES
APESAR DA TAXA DE CÂMBIO
DESFAVORÁVEL.
O SETOR CAFEEIRO NÃO SERÁ
EXCEÇÃO: SERÃO
ENCONTRADAS E
DESENVOLVIDAS FORMAS DE
MANTER E AUMENTAR A
COMPETITIVIDADE NO ARÁBICA
E NO ROBUSTA TAMBÉM.
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22. O SETOR CAFEEIRO NÃO SERÁ EXCEÇÃO:
SERÃO ENCONTRADAS E DESENVOLVIDAS
FORMAS DE MANTER E AUMENTAR A
COMPETITIVIDADE NO ARÁBICA E NO
ROBUSTA TAMBÉM.
- Agregação de valor às exportações
- Fortalecimento da indústria do solúvel
- Consumo local
- Aumento da qualidade
- Tecnologia
- Pesquisa
- Gerenciamento de risco
- Logística
- Empreendedorismo
- Criatividade
QUANTO TEMPO IRÁ DURAR O CICLO
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DO REAL VALORIZADO?

23. OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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