Este documento descreve a Revolução dos Cravos em Portugal em 25 de Abril de 1974, que pôs fim à ditadura do Estado Novo e iniciou a transição para a democracia. Detalha os antecedentes do regime autoritário, como o golpe de 1926 e a ascensão de Salazar ao poder. Explica também como os cravos vermelhos se tornaram o símbolo da revolução e o processo de democratização que se seguiu, incluindo a aprovação de uma nova constituição.
1. 25 de Abril de 1974 REVOLUÇÃO DOS CRAVOS Trabalho Realizado por: Bruno Matias nº 4 9ºB
2. Índice 1 – O que foi ? 2 – Antecedentes 3 – A História dos Cravos 4 – Pós-Revolução 5 – Entrevista 6 – A minha opinião
3. O que foi? A Revolução dos Cravos foi um período de história em Portugal, após um golpe de Estado militar ocorrido a 25 de Abril de 1974 que colocou o regime ditatorial Estado Novo, vigente desde 1933 e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático com a entrada em vigor de uma nova Constituição a 25 de Abril de 1974. Na sequência de tudo isto foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado "Dia da Liberdade”.
4. Antecedentes Após o golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi instaurada uma ditadura militar na eleição presidencial de Óscar Carmona. No mandato de Carmona, que se designou por "Ditadura Nacional", instituindo regime de inspiração fascista, autodenominando-se Estado Novo. O Estado Novo tinha a sua polícia política, a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), mais tarde modificada para DGS (Direcção-Geral de Segurança), que perseguia os opositores do regime. Oliveira Salazar passou a controlar o país através do partido único designado "União Nacional", não mais abandonando o poder até 1968. Depois, Marcelo Caetanodirigiu o país até à Revolução.
5. A História dos Cravos O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril porque logo ao amanhecer o povo começou a juntar-se nas ruas juntamente com os soldados revoltosos. Nessa altura uma florista, que levava cravos para um hotel, teria dado um cravo a um soldado, que o colocou no cano da espingarda. Os outros soldados vendo a rua cheia de floristas o imitaram, enfiando cravos vermelhos nos canos das suas armas.
6. Pós-Revolução Após a revolução conta-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos. Passada uma semana, o 1.º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livresganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS. Acabada a guerra colonial, durante o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.
7. Entrevista Nome: Benilde Pereira Idade: 51 anos # Que idade tinha quando se deu o 25 de Abril de 1974? 14 anos. # Onde morava nessa altura? Morava na aldeia onde nasci, Carapinheira em Coimbra. # Como tomou conhecimento do que se estava a passar? Estava na escola nessa altura, lembro-me apenas de os professores nos informarem e de nos mandarem para casa àquela hora. # O que sentiu ao receber a notícia? Ao inicio foi confuso, ninguém sabia o que iria acontecer. # De que forma seguiu os acontecimentos? Através da Rádio e Televisão. # Lembra-se do que aconteceu em Lisboa nesse dia? Não sei ao certo, o que sei é que houve uma grande revolução feita pelo povo e por militares descontentes. # O que é que o 25 de Abril mudou na sua vida? Mudou para bem claro, a partir daí tínhamos liberdade de expressão, no voto das eleições presidenciais, e nalguns outros parâmetros.
8. A minha opinião Apesar de não ter passado pela ditadura e pelo fascismo que durou muitos anos penso que foi óptima esta revolução. É muito mau não termos liberdade de expressão, correndo o risco de sermos presos ou de não podermos votar num candidato à presidência do nosso país; aliás as pessoas estavam limitadas de diferentes formas. Apesar de estarmos a passar por uma fase difícil, a chamada “crise”, penso que se vivêssemos ainda uma ditadura estávamos bem pior.