1) A China é um país de grande extensão territorial com uma das topografias mais diversificadas do mundo e berço de importantes invenções. 2) Cerca de um quinto da população mundial vive na China, onde predominam religiões como o confucionismo, taoísmo e budismo. 3) Ao longo da história, a China foi governada por diferentes dinastias que promoveram períodos de prosperidade ou declínio.
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A China: Uma potência milenar
1.
2. Introdução
A República Popular da China é um país socialista de proporções gigantescas.
Tem a terceira maior área territorial, 7 das 19 montanhas mais altas do planeta,
incluindo o pico mais alto (o Monte Everest, com 8.848 m acima do nível do
mar), o terceiro rio mais longo, o maior e mais profundo cânion, o maior rio
feito pelo homem e a maior muralha. A China tem também uma das
topografias e climas mais diversificados do mundo, que incluem desde áreas
desérticas e geladas até regiões de florestas densas e de clima tropical.
Cerca de um quinto da população mundial - ou quase 1,3 bilhão de pessoas -
vive na China, um país de cultura milenar e berço de invenções como a
bússola, o macarrão, a acupuntura, a pólvora, o papel, a imprensa a porcelana
e os tecidos de seda. A maioria dos habitantes vive na porção oriental do país,
onde estão as grandes cidades e quase toda a terra própria para a agricultura -
a principal atividade econômica da China. Estão na China várias das maiores
cidades do mundo, como Xangai e Pequim, a capital do país.
Um dos grandes cânions do Rio
Yangtzé, o 3º maior rio do mundo.
A “Grande Muralha” da China.
Xangai, a maior cidade da China e uma das
maiores áreas metropolitanas do mundo.
3. Pintura da Dinastia Song ilustrando o tema:
“Confucionismo, taoísmo e budismo são um".
Da esquerda para a direita, a pintura representa:
um taoísta (Lu Xiujing), um monge budista
(Huiyuan) e um confucionista (Tao Hongjing).
Religião e Filosofia Chinesas
• O Confucionismo foi um dos mais
importantes aspectos da vida chinesa
de 100 a.C. a 1900 d.C., influenciando
áreas como a educação e o governo,
além de orientar o comportamento
social e os deveres do indivíduo em
relação à sociedade.
• Confúcio (Kung-Fu-Tzu) nasceu em uma família
nobre, mas empobrecida, durante a Dinastia Zhou
Oriental (Período das Primaveras e Outonos).
Seu sistema moral é baseado na empatia e na
compreensão. De acordo com o Confucionismo,
uma vida boa e obediente só poderia surgir em
uma sociedade bem disciplinada, que valoriza a
cerimônia, o dever, a moralidade, a hierarquia e o
serviço público.
• O Budismo, originário da Índia, prosperou pela
primeira vez na China durante a Dinastia Han.
Foi fundado durante os séculos 4 ou 5 a.C. no
Nepal por Sidarta Gautama, reconhecido pelos
budistas como o Buda Supremo.
• O Budismo acredita na pureza da mente e das
ações, e na purificação do carma (a lei da
causalidade moral). As boas ações geram uma
reação de mesma qualidade e intensidade,
nesta vida ou em uma outra encarnação,
gerando carma positivo, e a mesma lei age
sobre as más ações, gerando carma negativo.
Grutas de Longmen - LuoyangPintura de Confúcio
• Os taoístas acreditam que o homem deve
viver em harmonia com a natureza por
meio do Tao, ou “O Caminho”, a ideia de
uma grande harmonia cósmica. As crenças
taoístas ressaltam a autodesenvolvimento,
a liberdade e a busca da imortalidade.
• O Taoísmo, criado por Lao-Tsé durante o
Período dos Reinos Combatentes, na
China, se tornou uma religião organizada
no século 5 d.C. Seu texto fundamental é o
Tao Te Ching e reflete sobre o caminho
para a humanidade eliminar o conflito e o
sofrimento.
Templo Taoísta nas costas das
Montanhas de Wudang
4.
5. As Primeiras Dinastias
Dinastia Xia
(2070 a.C. - 1600 a.C.)
Dinastia Shang
(1600 a.C. - 1046 a.C.)
Dinastia Zhou Oriental
(771 a.C. - 256 a.C.)
Período das Primaveras e Outonos
(771 a.C. - 476 a.C.)
Dinastia
Zhou
Ocidental
(1029 a.C. - 771a.C.)
Período dos Reinos Combatentes
(476 a.C. - 221 a.C.)
Pré-História
(Antes do século 21 a.C.)
China
Imperial
Primeira Dinastia Chinesa (semi-mitológica) descrita em
contos antigos e defendida por alguns arqueólogos.
Período de controles políticos baseados em clãs e
famílias aristocráticas
Acredita-se que sua população habitava principalmente
áreas próximas ao Rio Amarelo
• Primeira Dinastia Chinesa cujos vestígios
arqueológicos são concretos.
• Surgimento das primeiras cidades.
• Desenvolvimento da escrita ideografia.
• Uso dos ossos-oráculos por reis Shang.
Primeira metade da Dinastia Zhou.
Divisão das antiga terras Shang em feudos
hereditários.
Prosperou durante 75 anos.
771 a.C.:
• Invasão de nômades vindo do ocidente.
• Mudança da capital de Hao para Luoyang.
• Desmembramento do reino em inúmeros
estados semi-idependentes.
• Início da Dinastia Zhou Oriental.
• Colapso da influência e do poder da Dinastia Zhou.
• Período de guerra constante.
• Florescimento da filosofia e da literatura.
• Surgimento do Confucionismo, do Taoísmo e do Legalismo.
6. China Imperial - I
Unificação da China sob o regime Qin Shi Huangdi.
Linguagem escrita e medidas padronizadas.
1ª Grande Muralha concluída e conectada.
Regime menos severo.
Confucionismo como doutrina oficial.
Introdução do Budismo da Índia.
Criação da Rota da Seda.
Divisão em três estados: Wei, Shu e Wu.
Confucionismo ofuscado.
Aumento da importância do taoísmo e do budismo.
Avanços científicos em matemática, medicina, astronomia e arquitetura.
Período de Desunião.
Expansão gradual para o sudeste.
Dinastias bárbaras governam no Norte.
Crescimento contínuo do budismo.
DinastiaQin(221a.C.-207a.C.)
Dinastia
Jin
Oriental
(317 - 420)
Dinastias do Norte e
do Sul
(386 - 589)
PeríododeTrês
Reinos(220-265/280)
Shu
Wu
Wei
Dinastia Han Ocidental
(206 a.C. - 24 d.C.)
Xia
(8 - 23)
Dinastia Han Oriental
(24 - 220)
Dinastia
Jin
Ocidental
(265 - 316)
Dinastia Han
(206 a.C. - 220 d.C.)
DinastiaSui(581-618)
Reunificação e estabelecimento de um
governo centralizado.
Budismo e taoísmo favorecidos.
Grande Muralha refortificada.
Construção do Grande Canal da China.
Primeiras
Dinastias
Dinastia
Tang
7. Dinastia Tang
(618 - 907)
PeríododasCincoDinastiasedosDez
Reinos(907–960)
Dinastia Liao (907/916–1125)
Dinastia Xia Ocidental
(1038 - 1227)
Dinastia Ming
(1368 - 1644)
Dinastia Yuan
(1271 - 1368)
Dinastia Song do Sul
(1127 - 1279)
Dinastia Jin
(1115 - 1234)
Dinastia Song
(960 - 1279)
Dinastia Song do Norte
(960 - 1127)
Período mais próspero da sociedade feudal da China.
Expansão territorial.
Budismo temporariamente suprimido.
Confucionismo como doutrina oficial.
Idade de grandes realizações na
poesia, escultura e pintura.
Período de troca cultural com outros
países como o Japão e a Coréia.
Período de guerra, corrupção, e dificuldades em geral.
Desenvolvimento dos métodos de impressão;
Papel-moeda impresso pela primeira vez.
Período de grande mudança social e intelectual.
Neoconfucionismo atinge a supremacia sobre o
taoísmo e o budismo.
Burocracia Central restabelecida.
Cultivo generalizado de chá e algodão.
Pólvora é usada pela primeira vez no serviço militar.
China Imperial - II
• Dinastia mongol fundada por
Kublai Khan, neto de Gêngis Khan.
Ineficiência administrativa e grave
estratificação social.
Contato crescente com o Ocidente.
Visitada e relatada por Marco Polo.
Ideais confucionistas desanimadas.
• Mongóis expulso.
• Período de organização gover-
namental e estabilidade social.
• Confucionismo e concursos pú-
blicos restabelecidos.
• O contato com os comerciantes
europeus expandido.
• A Porcelana, a arquitetura, o ro-
mance e o drama florescem.
• A Cidade Proibida é construída.
• Última dinastia Han.
Dinastia
Qing
Dinastia
Sui
8. Dinastia Qing
Período de crescimento e prosperidade envolvendo e
unindo o povo Chinês e Manchu.
Reparos e manutenções de obras públicas contribuíram
para o crescimento das cidades.
Impostos mais baixos melhoram o comércio e qualidade
de vida dos chineses.
Crescimento da população de 150 milhões para 450
milhões.
Além do cristianismo, missionários ocidentais também
influenciaram os chineses no campo da ciência.
Posições do governo compartilhadas por Manchus e
Chineses.
Tentativas bem sucedidas expansão das fronteiras do
Império.
A área total do Império alcançou 13 milhões km².
Países vizinhos, como Coréia, Vietnã e Nepal, foram
estados tributários durante a maior parte do período Qing.
De 1644 ao Século XVIII
9. A Decadência da Dinastia Qing
A decadência da Dinastia Qing começou após a morte do
imperador Qianlong, em 1799. Assim como as dinastias Tang e
Ming, a Dinastia Qing terminou em rebeliões, guerras, desastres
naturais, problemas econômicos, fome e invasões estrangeiras.
A corte, envolvida em suas próprias intrigas e buscando uma
vida luxuosa, era incapaz de lidar com o mundo moderno e as
inúmeras revoltas e desastres naturais.
De 1796 até o fim da era dinástica, a corte Qing teve
de enfrentar diversas rebeliões internas que, mesmo
contidas, enfraqueceram seu poder.
Principais Rebeliões Internas:
• Rebelião da do Lótus Branco (1796-1804);
• Rebelião Taiping (1851-1864);
• Revolta Dungan (1864-1877).
Dinastia Qing vs. Rebeliões Internas:
A política de isolamento definida pelo imperador Qianlong
provou-se um grande erro. Durante o século XIX e início do século
XX, a corte Qing não estava preparada para conflitos com os
europeus e japoneses.
Principais Guerras com Europeus e Japoneses:
• Primeira Guerra do Ópio (1839-1842);
• Segunda Guerra do Ópio (1856-1860);
• Guerra Sino- Japonesa (1894-1895).
Ao contrário dos europeus, que queriam portos comerciais abertos,
os japoneses queriam conquistar e colonizar toda a região.
Dinastia Qing vs. Estrangeiros:
Ambas as guerras foram perdidas, levando a China a assinar
tratados desiguais altamente desfavoráveis em termos
comerciais e perda de territórios. A cidade de Hong Kong foi
cedida aos ingleses nesta oportunidade.
Com a derrota da China, a Coreia tornou-se independente e a
ilha de Taiwan uma colônia do Japão.
A Rebelião Taiping, um dos conflitos mais sangrentos da história (cerca de
20 milhões de mortos), foi um confronto entre as forças da China imperial e
um grupo inspirado por um místico autoproclamado, chamado Hong
Xiuquan, que se dizia cristão e também intitulava-se irmão de Cristo. Seu
objetivo era criar uma nova cultura, substituindo a tradição confucionista e
budista por algo "novo" - moldado conforme às suas ideias.
10. A Imperatriz Viúva Tzu-Hsi
e o Levante dos Boxers
Em 1861 morreu o Imperador Xianfeng e assumiu a regência Tzu-Hsi, a concubina mãe
de seu único filho e herdeiro (o Imperador Tongzhi).
A mais forte personalidade política chinesa do século XIX, Tzu-Hsi governou
despoticamente, embora não oficialmente, a China por 47 anos, durante os reinados
dos imperadores Tongzhi e Guangxi, até sua morte em 1908.
A Imperatriz Viúva Tzu-Hsi, longe de seguir o exemplo japonês de transigência com a
ordem europeia, adotou uma atitude intolerante em face da intromissão ocidental e
de fanático conservantismo perante o movimento de reformistas que advogava
modernização e contemporização.
O Levante dos Boxers (1899-1900), foi um movimento popular antiocidental e anticristão
na China promovido por lutadores de artes marciais conhecidos como “boxers”.
No início seu objetivo era derrubar o governo e expulsar ou matar estrangeiros. Todavia,
Tzu-Hsi apoiou o movimento em segredo, conseguindo o apoio de seus líderes.
Com o apoio dos Boxers e seus seguidores, Tzu-Hsi declarou guerra aos estrangeiros, e
as suas tropas marcharam contra os estrangeiros em Pequim.
Como resposta as tropas estrangeiras ocuparam a capital e milhares de cidadãos
morreram durante a campanha. Ao final das hostilidades, o governo imperial foi forçado a
assinar o desigual Protocolo Boxer de 1901.
Além de mais concessões (econômicas, comerciais e territoriais), a Coligação dos Oito
Países exigiu uma pesada indenização pelos gastos que tiveram ao invadir o país e
obrigaram as autoridades chinesas a elas mesmas executarem os líderes da rebelião.
O levante fez com que aumentasse a interferência estrangeira na China, com a
consequente diminuição da autoridade da dinastia Qing.
O Levante
dos Boxers
11. A República da China
1912 - 1949
Sun Yat-sen, o pai da China moderna (sentado),
e Chiang Kai-shek, posteriormente o presidente
da República da China.
O cartaz comemora a República com as imagens do então Presidente Permanente
da República da China, Yuan Shikai, e do Presidente provisório da República, Sun
Yat-sen.
► Em 1908, o médico Sun Yat-sen funda o Partido Nacionalista (Kuomintang), em oposição à
monarquia e à hegemonia estrangeira.
► Apoiado por militares, Sun Yat-sen derruba a dinastia Qing e é proclamado presidente
provisório em 1911, mas a república não alcança todo o país, que entra em guerra civil.
► A morte de Sun Yat-sen, em 1925, provoca luta pelo poder no Kuomintang.
► A facção vitoriosa, liderada por Chiang Kai-shek, une-se ao Partido Comunista Chinês –
fundado em 1921 – contra os senhores feudais do norte.
► Diante do avanço japonês, o Kuomintang e o PCC fazem nova aliança em 1936.
► Com a rendição do Japão, no fim da II Guerra Mundial, recomeçam os combates entre
comunistas e nacionalistas
► A aliança dura até 1927, quando uma insurreição operária em Xangai é reprimida
pelo Kuomintang.
► Os comunistas, liderados por Mao Tsé-tung, são postos na clandestinidade.
► Debilitada, a China não resiste ao Japão, que, em 1931, invade a Manchúria.
► Para escapar ao cerco do Kuomintang, 90 mil comunistas, liderados por Mao,
deslocam-se 9 mil quilômetros rumo ao norte. É a Grande Marcha (1934/1935),
que dá prestígio e dimensão quase mítica aos comunistas. Retrato de Chiang Kai-shek na Praça
Tiannamen. (Foto tirada antes de 1940)
12. Mao Tse-Tung e a República
Popular da China - I
► Em outubro de 1949, os comunistas proclamam a República Popular da China, com Mao Tsé-
tung como dirigente supremo.
► Chiang Kai-chek e o Kuomintang fogem para Taiwan (Formosa), onde instalam a República da
China.
► A China continental é reorganizada nos moldes comunistas, com coletivização das terras,
nacionalização das empresas estrangeiras e controle estatal da economia.
► Em 1950, a China assina tratado de amizade com a União Soviética (URSS). No mesmo ano
ocupa e anexa o Tibete.
► Após a morte de Josef Stálin, em 1953, Mao enfatiza sua autonomia em relação à URSS.
► Em 1956 lança a Campanha das Cem Flores, para estimular críticas da população à burocracia
partidária. Quando essas críticas ultrapassam limites considerados toleráveis, o regime reage
com a Campanha Antidireitista. Milhares de intelectuais são perseguidos, presos e mortos.
► Mao lança o Grande Salto para a Frente (1958/1960), que pretendia transformar rapidamente a
China em nação desenvolvida e igualitária. Os camponeses são obrigados a se juntar em
gigantescas comunas agrícolas. Siderúrgicas improvisadas são instaladas por toda a parte.
► O “salto” leva à total desorganização econômica. Milhares de camponeses morrem de fome.
Fornos de quintal na China
durante o Grande Salto Adiante.
Mao Tsé-Tung declarando
a fundação da República
Popular da China em 1949
13. Mao Tse-Tung e a República
Popular da China - II
► Após o fracasso do Grande Salto Adiante, a cúpula do PCC afasta Mao da condução
dos assuntos internos.
► Outros veteranos da revolução, entre eles Deng Xiaoping, assumem a direção do
partido. Mao continua a chefiar a política externa.
► Crescem as críticas à URSS, que suspende a ajuda econômica e militar, em 1960.
► Em 1966, Mao lança uma ofensiva para voltar ao poder: a Grande Revolução Cultural
Proletária. A população é instigada a se rebelar contra as autoridades, acusadas de
burocratização.
► Cerca de 20 milhões de estudantes formam as Guardas Vermelhas, que fazem
perseguições em grande escala.
► O processo foi oficialmente terminado por Mao, durante o IX Congresso do Partido
Comunista da China em abril de 1969.
► Especialistas afirmam que a Revolução Cultural durou, de fato, até à morte de Mao, em
1976, e a subida ao poder de Deng Xiaoping, então Secretário-Geral do Partido, o qual,
gradualmente, deu início às mudanças nos rumos políticos e econômicos do país.
打碎 旧 世界 创立 新世界.
"Destruir o velho mundo, construir um mundo
novo"
Exemplo clássico da arte durante a Revolução
Cultural. A Guarda Vermelha esmaga o crucifixo, o
Buda e os livros clássicos chineses com seu martelo
14.
15. A Geografia da China
► A República Popular da China é o terceiro maior país do mundo em área terrestre com
9.596.961 km². A China tem uma fronteira terrestre de 22.117 km, a maior do mundo.
► O território da China possui uma grande variedade de paisagens. A leste, ao longo das
costas do mar Amarelo e do mar da China Oriental, encontram-se largas planícies aluviais,
densamente povoadas. A costa do mar da China Meridional é mais montanhosa e o sul da
China é dominado por colinas e por cadeias montanhosas mais pequenas.
► Para oeste, o norte possui uma grande planície aluvial, e o sul contém um vasto planalto
calcário, atravessado por cadeias montanhosas de elevação moderada, culminando nos
Himalaias e no ponto mais elevado do país, o Monte Evereste, e seus 8.848 metros. A parte
noroeste também inclui planaltos elevados, entre paisagens de deserto mais árido, como o
deserto de Gobi, que se têm vindo a expandir.
► A China possui dois principais tipos de clima: um tipicamente monçônico e o outro
complexo e variado que é diferente de região para região por causa da extensa e
complexa topografia do país. De acordo com a temperatura, o território divide-se em seis
faixas do sul para o norte: equatorial, tropical, subtropical, temperada, temperada-fria e fria
Relevo
Topografia
Panorama do Monte Evereste visto a partir do Planalto Tibetano. Deserto de Gobi – Mongólia Interior
16. Demografia Chinesa
Legenda em Habitantes por Km²
5
5-10
10-20
20-50
50-80
80-150
150-200
200-250
250-300
300-400
400-500
500
Problemas enfrentados pelo governo chinês:
► Há um sério desequilíbrio de gênero. Os dados do censo de 2000 revelaram que 119 meninos
nasceram para cada 100 meninas, levando o governo a proibir o aborto seletivo de fetos do sexo
feminino.
► A população chinesa tem envelhecido consideravelmente; estima-se que em 2020 11,8% dos chineses
terão 65 anos ou mais, resultado, principalmente do gigantesco crescimento econômico que a China
vem experimentando nos últimos anos.
Crescimento Populacional:
► Nos anos de 1950, o governo chinês adotou, com variados graus de sucesso, medidas e programas de
planejamento familiar e de controle populacional.
► O rápido crescimento demográfico levou o governo a implementar uma política estrita de uma única
criança por família, anunciada em 1979, segundo a qual um casal somente poderiam ter uma criança.
► Com esta medida, a China prometeu estabilizar e reduzir a taxa de fertilidade; em 1971, as mulheres
tinham uma média de 5,4 crianças, contra uma estimativa de 1,7 crianças em 2004.
► Hoje, a população, continua a crescer.
A demografia da China caracteriza-se por sua grande população – 1,3 bilhões de habitantes - e por sua
elevadíssima densidade demográfica - 137 hab./km² - sendo que grande parte da população concentra-
se na sua porção leste.
Etnias:
► A China reconhece oficialmente 56 grupos étnicos diferentes, dos quais o maior é o Han, com
cerca de 91,9% da população.
Distribuição da população
no território chinês.
17. A Política da China
A República Popular da China é um dos quatro Estados restantes que se declaram socialistas no mundo. O governo chinês
tem sido descrito como comunista e socialista, mas também como autoritário, com fortes restrições remanescentes em
muitas áreas, principalmente em relação à internet, imprensa, direitos reprodutivos e liberdade de religião. Seu atual
sistema político/econômico é denominado por seus líderes como "socialismo com características chinesas".
Principais características da Política Chinesa:
► O país é governado pelo Partido Comunista da China (PCC), cujo poder está consagrado na constituição.
► O sistema eleitoral chinês é hierárquico, segundo o qual os Congressos Populares locais são eleitos diretamente e
todos os níveis mais elevados de Congresso Popular até a Assembleia Popular Nacional (APN) são eleitos
indiretamente pelo Congresso Popular de nível imediatamente inferior.
► O sistema político é parcialmente descentralizado, com poucos processos democráticos internos ao partido e ao
nível das vilas locais, embora estas experiências tenham sido marcadas pela corrupção.
► Há outros partidos políticos na China, referidos no país como partidos democráticos, que participam da Assembleia
Popular Nacional.
► Comparada às suas políticas fechadas de até meados dos anos 1970, a liberalização da China resultou em um clima
administrativo menos restritivo do que o anterior.
► As preocupações políticas na China incluem diminuir o fosso crescente entre os ricos e os pobres, além do combate
à corrupção dentro da liderança do governo.
► O apoio popular ao governo e à sua gestão está entre os mais altos do mundo, sendo que 91% dos cidadãos
chineses expressaram satisfação com a economia de sua nação de acordo com uma pesquisa feita em 2010.
Xi Jinping, o atual
presidente do país.
Deng Xiaoping, (1904 - 1997) foi o líder político
da República Popular da China entre 1978 e 1992. É
o criador do chamado socialismo de mercado,
regime vigente na China moderna.
18. A Economia Chinesa
A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. O Produto Interno Bruto (PIB) da China
atingiu US$ 8,28 trilhões em 2012 (com crescimento de 7,8%), fazendo deste país a segunda maior economia do
mundo (fica apenas atrás dos Estados Unidos). A economia chinesa representa cerca de 15% da economia mundial.
Principais dados e características da economia chinesa:
► A China é o maior produtor mundial de alimentos: 500 milhões de suínos, 450 milhões de toneladas de grãos;
► É o maior produtor mundial de trigo e arroz;
► Aumento nos investimentos na área de educação, principalmente técnica;
► Investimentos em infraestrutura com a construção de rodovias, ferrovias, aeroportos e prédios públicos.
Construção da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, gerando energia para as indústrias e habitantes;
► Investimentos nas áreas de mineração, principalmente de minério de ferro, carvão mineral e petróleo;
► Controle governamental dos salários e regras trabalhistas. Com estas medidas as empresas chinesas tem um custo
reduzido com mão-de-obra (os salários são baixos), fazendo dos produtos chineses os mais baratos do mundo.
► Abertura para a entrada do capital internacional. Empresas multinacionais instalaram e continuam instalando filiais
neste país, buscando baixos custos de produção, mão-de-obra abundante e mercado consumidor amplo.
► A China é um dos maiores importadores mundiais de matéria-prima.
► O forte crescimento econômico dos últimos anos gera emprego, renda e crescimento das empresas chinesas.
Porém, apresenta um problema para a economia chinesa que é o crescimento da inflação.