D. João II nasceu em 1455 e tornou-se rei de Portugal em 1481 após a morte de seu pai, D. Afonso V. Ele concentrou o poder real e expandiu os interesses portugueses no exterior através de navegadores como Bartolomeu Dias. Morreu em 1495, deixando Portugal como uma potência global.
2. D. João II com o cognome de “Príncipe
Perfeito” nasceu em Lisboa em 1455.
É filho de D. Afonso V e de D. Isabel.
O seu sonho era abraçar o mar.
3. Como o pai, D. Afonso V, estava a combater
no Norte de África ou nas terras de
Castela a regência de Portugal, foi-lhe
entregue ainda muito jovem ainda antes de
ser coroado rei. Apesar da idade assumiu com
muita responsabilidade esse compromisso.
D. João II casou-se ainda adolescente com D.
Leonor de Viseu, sua prima direita . Quatro
anos mais tarde tiveram o primeiro e único
filho a quem deram o nome D. Afonso.
4. Embora novo, a sua firmeza de carácter e o
desejo do desenvolvimento de Portugal fez
com que fosse temido pela grande nobreza.
Foi armado cavaleiro com 16 anos logo após
a tomada de Arzila no norte de África em
1471, quando acompanhava o seu pai nesta
dura e sangrenta batalha.
5. A pedido do seu pai vai apoiá-lo na batalha
em Castela, entregando a regência de
Portugal a sua esposa, D. Leonor. A sua
participação é decisiva para a derrota de D.
Fernando, o “Católico”, na Batalha de Toro.
D. Afonso V parte para França para pedir
apoio a Luís XI e nessa altura entrega o reino
a D. João II, que tinha nessa altura 22 anos.
6. Contudo D. Afonso V regressa de forma
inesperada, passado poucos dias, e volta a
assumir o reino de Portugal.
D. João II só se torna efetivamente rei de
Portugal com a morte do seu pai aos 49 anos,
em 1481 no Paço de Sintra.
7. D. João II deixa claro, logo no dia da
Coroação, que o tempo dos privilégios da
grande nobreza, reforçados com as
constantes ausências de seu pai , terminou e
que dali em diante, o poder estará
concentrado apenas nas suas mãos, em
nome do interesse do povo e do futuro da
nação.
8. D. João II tem uma rede de espiões que o
informam que D. Fernando, que é o Duque
de Bragança, anda a pedir ajuda aos reis de
Espanha para o ajudar a afastar D. João II do
governo de Portugal e deste modo ele
ocupar o seu lugar.
9. Os espiões do rei intercetam as cartas do
Marquês de Montemor, irmão do duque de
Bragança, em que propõem uma invasão
Castelhana e o derrube de D. João II.
O rei faz justiça e extingue a casa de
Bragança e o seu rico património fica na
posse da coroa.
10. Depois de resolvidos os assuntos de Estado,
D. João II considera que chegou o momento
de levar por diante o plano de expansão
delineado pelo Infante D. Henrique, seu tio-
avô, que ele tanto admirava.
O plano de chegada à Índia ganha
consistência com a colaboração de Duarte
Pacheco Pereira, Diogo Cão, Bartolomeu Dias
e Pêro da Covilhã, o rei consegue por terra e
por mar alargar os horizontes de Portugal.
11. Em 1494 é assinado o Tratado de Tordesilhas,
com esse documento, assinado por
portugueses e espanhóis, separaram-se os
territórios e interesses de ambos os
intervenientes. Com este documento o
Atlântico, onde ainda estava por achar o
Brasil, era claramente mar português.
Lisboa torna-se, nessa época, final do século
XV, a capital do mundo.
12. D. João II não aceitou o projeto de Cristovão
Colombo, referindo que não interessava à
corte portuguesa, e este foi vender os seus
serviços aos reis de Espanha.
Apesar de ser admirado por muitos, havia, no
entanto, pessoas que o odiavam e
conspiravam contra ele, nomeadamente os
nobres refugiados noutras cortes.
13. D. João II fingia não lhes dar ouvidos e tinha
todas as energias mobilizadas para a
governação e concretização de seu sonho.
Aos 40 anos o rei começa a sentir-se doente,
triste e cansado. Havia quem dissesse que a
causa desse abatimento era a morte trágica
de Afonso, seu único filho, numa queda de
cavalo.
14. Havia quem dissesse, também, que o rei fora
envenenado.
D. João II passou os últimos dias de vida no Alvor,
no Algarve, porque o clima era ameno e estava
muito perto do mar que as naus cruzavam rumo
ao sul.
Os médicos da corte sentiam-se tristes e
impotentes por não conseguirem curar o rei. No
dia 25 de outubro de 1495, D. João II
morreu.
15. Muitos choraram a sua morte, mas os nobres
que se encontravam exilados no estrangeiro
festejaram o seu fim.
D. Isabel, a Católica, rainha de Espanha e
prima de D. João II, tantas vezes sua
adversária política, reagiu à notícia do
falecimento com um misto de mágoa e alívio.
16. D. João II, de cognome o Príncipe Perfeito,
também conhecido por Pelicano, ao escolher
esta ave marinha que tudo faz para proteger as
suas crias, do mesmo modo que um rei protege e
exalta o que de melhor tem o seu povo.
Fim
Trabalho Realizado por :Eduardo Sousa
Apoio e Colaboração: Profª Paula Leão