2. Quem foi Santo
Agostinho?
O que nos deixou quando
esteve encarnado?
Qual a sua importância
na codificação da
Doutrina Espírita?
3. Dados Biográficos
Agostinho (354-430 d.C.) nasceu em Tagaste, norte da África.
Converteu-se ao Maniqueísmo e tornou-se professor de retórica em
Roma, em 383.
Por algum tempo, atraiu-o o neoplatonismo, mas depois de longa e dolorosa
luta tornou-se cristão em 386.
Foi bispo durante trinta e quatro anos, tempo em que escreveu
copiosamente, combateu heresias e viveu em comunidade com outros
cristãos.
Aos 76 anos de idade, foi morto Hipona,
durante cerco da cidade pelos vândalos.
4. Uma busca: A verdade;
Um desejo: Encontrar Deus
Um ideal: Conhecer Deus
Uma Vocação: Servir a Igreja
Não vás para fora, volta-te para dentro. É
no interior do homem que mora a verdade.
(Cidade de Deus)
Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso
coração anda inquieto enquanto não
descansar em ti.(Confissões)
Deus, tão oculto, tão presente. (Confissões)
5. AGOSTINHO
Espírito de grande
evolução
Por amor a nós aponta
*A BUSCA
DA PERFEIÇÃO MORAL.
*COMEÇO
DO CAMINHO
QUE LEVA A NÓS MESMOS.
6. AGOSTINHO E SUA OBRA
PROMOVE REFLEXÕES
*ESTOU CAMINHANDO NO SENTIDO DE ME
CONHECER?
*JÁ CONSIGO SUPERAR ALGUMAS DAS MINHAS
IMPERFEIÇÕES?
*COMO ESTOU AGINDO DIANTE DAS MINHAS
MAZELAS? (RAIVA, INVEJA,FOFOCA, CIÚME ,
CRÍTICA, FALTA DE PERDÃO...
*PENSE SEM JULGAR, APENAS PENSE.
AGOSTINHO NÃO NOS JULGA , PASSA PARA NÓS
SUAS EXPERIÊNCIAS.
7. O ser que não existe não pode se
enganar. Por isso, se me engano, existo.
Logo, se o fato de estar enganado prova
que eu existo, como posso estar errado
quando penso que existo, se meu erro
confirma minha existência.
A cidade de Deus
8. Santo Agostinho
Cidade de Deus
Os principais temas são: a vontade humana, as relações entre
teologia e razão e divisão da história entre as duas cidades – dos
homens e de Deus.
O pensamento político contido na Cidade de Deus forja-se no
encontro de duas tradições: a da cultura greco-romana e a das
Escrituras judaico-cristãs.
Traça os planos de uma cidade ideal, a Cidade de Deus, em
contrapartida com a da cidade terrestre, em que predomina a
guerra, a injustiça, o egoísmo etc.
Para ele, a verdadeira administração de uma cidade deve estar
baseada na justiça, e esta por sua vez na caridade, ensinada por
Cristo.
9. Se ninguém me perguntar, eu sei; se quiser
explicá-lo a quem me fizer a pergunta, já
não sei.
“Existem pois estes três tempos na minha
mente que não vejo em outra parte:
lembrança presente das coisas
passadas, visão presente das coisas
presentes e esperança presente das coisas
futuras. Se me é lícito empregar tais
expressões, vejo então três tempos e
confesso que são três.”
Confissões de Santo Agostinho, no XI livro
10.
11. Foi uma longa caminhada e luta para
transformar seu coração, mas no mês de
agosto de 386, meditando no jardim, ouve
uma voz de criança que diz "Tolle et lege"
(Toma e lê) e tomando as Cartas de São
Paulo lê: "Não é nos prazeres da vida, mas
em seguir a Cristo que se encontra a
felicidade".
As dúvidas se dissipam e é neste momento
que culmina todo o processo de sua
conversão. Encontrando Deus no seu
coração achou a felicidade, a paz e a
verdade que procurava. No ano seguinte, na
Vigília da Páscoa é batizado.
12.
13. Origens do Pensamento de Santo
Agostinho
Santo Agostinho usou a filosofia a serviço da
teologia, adotando as idéias platônicas e
neoplatônicas.
Em relação ao platonismo, o posicionamento
de Santo Agostinho não é meramente
passivo, pois o reinterpreta para conciliá-lo
com os dogmas do cristianismo
Apresenta uma nova versão da teoria das
idéias, modificando-a em sentido
cristão, para explicar a criação do mundo.
14. Fé, Razão e Revelação
Demonstra sua vocação filosófica na medida
em que, ao lado da fé na revelação, deseja
penetrar e compreender com a razão o
conteúdo da mesma.
Defronta-se com a dúvida cética, largamente
explorada pelos acadêmicos.
Para superar essa dúvida, Santo
Agostinho, antecipando o cogito
cartesiano, apelará para as evidências
primeiras do sujeito que existe, vive, pensa e
duvida.
15. Santo Agostinho e o Espiritismo
O Ponto de Vista do Espírito Erasto
Como muitos, Santo Agostinho também foi
arrancado do paganismo.
Em meio de seus excessos, sentiu o alerta
dos Espíritos superiores.
Depois de ter perdido a sua mãe, disse: “Eu
estou persuadido de que minha mãe voltará
a me visitar e me dar conselhos, revelando-
me o que nos espera a vida futura”.
Hoje, é ardente propagador da Doutrina
Espírita.
16. Santo Agostinho e o Espiritismo
Nota de Allan Kardec
Santo agostinho veio destruir aquilo que
edificou? Não.
Ele agora vê com os olhos do espírito; sua
alma liberta da matéria entrevê novos
horizontes, que lhe propiciam compreender o
que não compreendia antes.
Sobre a Terra, julgava as coisas segundo os
conhecimentos que possuía, mas, quando
uma nova luz se fez para ele, pode julgá-las
mais judiciosamente.
17. Na obra Confissões merece especial
atenção o livro VII que mostra como
sempre encontra a Verdade quem
sinceramente a procura.
Nele Agostinho trata do problema de
Deus e do problema do mal, aborda a
questão da astrologia, compara o que
de verdadeiro encontrara no
platonismo e, posteriormente, nas
Sagradas Escrituras, e apresenta a
solução do problema do mal.
18. Confissões
As Confissões de Santo Agostinho, iniciada em 391 e
concluída em 400, é uma obra fascinante.
São treze livros, dos quais 9 auto-biografados e 4 teologais.
Nela se apresenta como o Filho Pródigo e a Ovelha Perdida do
Evangelho de Lucas – perdido e depois encontrado, tal como
o apóstolo Paulo.
Discute também questões acerca do tempo e a presença do
mal no mundo.
19. "Se trouxeres à tona o que está dentro de
ti, isso que for trazido à tona te salvará. Se
não trouxeres à tona o que está em ti, o que
não for trazido à tona te destruirá". (Jesus)
20. PROPOSTA DE AGOSTINHO
“Fazei o que eu fazia quando estava na Terra”
No final de cada dia fazia uma auto
avaliação:
Sincera, honesta
Revisão de tudo o que havia feito durante o
dia.
O que havia deixado de fazer?
Havia faltado com o dever para com
alguém?
Alguém tinha motivo para se queixar dele?
21. Receita de AGOSTINHO
a) Interrogarmo-nos sobre o que temos feito;
b) Com que objetivo fizemos ou agimos dessa ou
daquela forma;
c) Se fizemos algo que censuraríamos se
praticado por outra pessoa;
d) Se algo fizemos que não ousaríamos confessar;
e) Se ocorresse a desencarnação, teríamos temor
do olhar de alguém?
22. “Ama e faz o que quiseres. Se
calares, calarás com amor; se
gritares, gritarás com amor; se
corrigires, corrigirás com amor; se
perdoares, perdoarás com amor. Se
tiveres o amor enraizado em
ti, nenhuma coisa senão o amor serão
os teus
frutos.” (Santo Agostinho)
23. - "Se dois amigos pedirem para você julgar
uma disputa, não aceite, pois você irá perder
um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem
a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar
um amigo."
24. - "Se você acredita no que lhe agrada nos
evangelhos e rejeita o que não gosta, não é
nos evangelhos que você crê, mas em você."
25. - "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o
que está inchado parece grande, mas não é
sadio
26. - "Ter fé é acreditar nas coisas que você não
vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em
que você acredita."
27. - "A pessoa que tem caridade no coração tem
sempre qualquer coisa para dar."
28. "A verdadeira medida do amor é não ter
medida."
29. "Milagres não são
contrários à
natureza, mas
apenas contrários
ao que
entendemos
sobre a natureza."
30. Vemos assim a trajetória de Agostinho, um
homem que amou e sofreu, conheceu o
tormento da dúvida e do remorso, que
conheceu todas as situações limite que
caracterizam a condição humana.
Ao mesmo tempo revela-se no filósofo que
escrevia com a alma ardente, um religioso que
venceu a si mesmo, um Espírito fervoroso e
apaixonado, cujo testemunho nos é um
exemplo que nos ilumina, que nos aquece
interiormente.