O documento descreve um projeto de inserção da equipe multidisciplinar no programa anual de educação permanente do setor de radioterapia de um centro de pesquisas oncológicas. O objetivo é refletir sobre a importância da participação de toda a equipe, incluindo médicos, físicos, enfermeiros e outros profissionais, no programa de capacitação continuada. A metodologia inclui pesquisa bibliográfica sobre o tema e sugestões de temas para as atividades de educação permanente.
Apresentação do Comitê Municipal Telessaúde Redes São Paulo
Tcc
1. GABRIELA CRISTIANA CARNEIRO CRUZ
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO PROGRAMA ANUAL DE
EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SETOR DE RADIOTERAPIA DO
CENTRO DE PESQUISAS ONCOLÓGICAS
PALHOÇA, NOVEMBRO DE 2015.
2. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE
GABRIELA CRISTIANA CARNEIRO CRUZ
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO PROGRAMA ANUAL DE
EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SETOR DE RADIOTERAPIA DO
CENTRO DE PESQUISAS ONCOLÓGICAS
Projeto de Intervenção submetido ao
Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Santa
Catarina como parte dos requisitos
para obtenção do título de
Especialista em Gestão em Saúde.
Professora Orientadora: Prof. Drª
Karina Silveira de Almeida
Hammerschmidt.
PALHOÇA, NOVEMBRO DE 2015.
3. PROJETO DE INSERÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO
PROGRAMA ANUAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SETOR
DE RADIOTERAPIA DO CENTRO DE PESQUISAS
ONCOLÓGICAS
GABRIELA CRISTIANA CARNEIRO CRUZ
Este trabalho foi julgado adequado para obtenção do Título de Especialista em
Gestão em Saúde e aprovado na sua forma final pela comissão examinadora
do Curso de Pós-Graduação em Gestão em Saúde do Instituto Federal de
Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina.
Palhoça, _____ de Novembro de 2015.
Comissão Examinadora:
_________________________
Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt (Doutora em Enfermagem)
___________________________
Nome de Co-orientador, Titulação abreviada (se houver)
_________________________
Nome do Membro da Comissão, Titulação abreviada
_________________________
Nome do Membro da Comissão, Titulação abreviada
4. CRISTIANA CARNEIRO CRUZ, Gabriela. Projeto de inserção da equipe
multidisciplinar no programa anual de educação permanente do setor de
radioterapia do centro de pesquisas oncológicas, 2015. Número de folhas.
Projeto de Intervenção, Especialização em Gestão em Saúde, Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, IFSC, Palhoça.
RESUMO
O presente projeto tem como principal objetivo levar a reflexão sobre a
importância da inserção de toda a equipe multidisciplinar de colaboradores
atuantes no setor de radioterapia no programa de educação permanente anual
do Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) e sua eficácia no dia a dia no
setor de radioterapia. Viu-se também a necessidade da equipe multidisciplinar,
do setor de radioterapia, estar atualizada e inserida no programa de educação
permanente anual do CEPON, em Santa Catarina, objetivando dar autonomia
aos profissionais na qualificação do cuidado mais humanizado, compartilhado e
integral ao paciente, resgatando também a motivação pessoal dos profissionais
envolvidos no processo. Este projeto torna-se relevante em razão de ter uma
prática efetiva no setor de radioterapia do CEPON e com profissionais que
tenham conhecimentos em áreas específicas e que assim possam trazer
benfeitorias aos pacientes e à sociedade. A metodologia aplicada neste
trabalho consiste em uma pesquisa documental, qualitativa, bibliográfica e
dedutiva, que partirá de conclusões gerais para chegar a particulares,
evidenciando propostas, opiniões e sugestões com referenciais bibliográficos
de diferentes autores, bem como leis e normas que regem a educação
permanente em saúde no setor de radioterapia do CEPON. O projeto foi
elaborado como forma de nortear o trabalho da educação permanente no
CEPON e auxiliar os profissionais em suas capacitações.
Palavras-chave: Equipe Multidisciplinar; CEPON; Radioterapia; Educação
Permanente.
5. CRISTIANA CARNEIRO CRUZ, Gabriela. Integration project of the
multidisciplinary team in the annual program of continuing education of
the radiation therapy industry center of oncological research, 2015.
Número de folhas. Postgraduate Course in Health Management, Federal
Institute for Education, Science and Technology of Santa Catarina - IF-SC,
Florianópolis, Palhoça.
ABSTRACT
This project has a principal objective lead to reflection on the importance of
integrating of the all multidisciplinary team of active employees in the
radiotherapy sector in the annual continuing education program of Oncological
Research Center (CEPON) and its effectiveness in everyday life in the
radiotherapy sector. It is also seen the need for multidisciplinary team, of the
radiotherapy sector, be updated and placed in the annual continuing education
program CEPON, in Santa Catarina, objecting to empower professionals in the
training of more humanized care, shared and integral to the patient, also
rescuing the personal motivation of the professionals involved. This project is
relevant due to have an effective practice in the CEPON, radiotherapy sector,
and with professionals who have expertise in specific areas and thus can bring
improvements to patients and to society. The methodology used in this work
consists of documentary research, qualitative, bibliographic and deductive,
which will depart from general conclusions to reach individuals, highlighting
proposals, opinions and suggestions with bibliographic references of different
authors, as well as laws and regulations governing continuing education health
CEPON in the radiotherapy sector. The project was designed as a way to guide
the work of lifelong education in CEPON and assist professionals in their
training.
Key words: Multidisciplinary Team; CEPON; Radiotherapy; Continuing
Education.
6. AGRADECIMENTOS
A Deus que me capacitou e iluminou o meu caminho ao longo desta jornada.
A minha família pelo apoio, dedicação e amor.
A professora orientadora Drª. Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt que
demonstrou paciência, valorizando o tema, motivando e incentivando nas ultra-
passagens dos obstáculos encontrados durante o processo de realização deste
trabalho.
A todo o corpo docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Santa Catarina - IFSC que, com brilhantismo, soube transmitir seus
conhecimentos e suas orientações, garantindo o repasse de informações e
ensinamentos.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, tornaram possível a
elaboração deste trabalho.
7. LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – TIPOS DE RADIAÇÃO, ENERGIA E MÉTODOS DE
APLICAÇÃO ...................................................................... 19
QUADRO 2 – FOLDER DA PROGRAMAÇÃO 2016 ............................... 32
QUADRO 3 – SUGESTÕES DE PALESTRAS, CURSOS E AULAS I ..... 34
QUADRO 4 – SUGESTÕES DE PALESTRAS, CURSOS E AULAS II .... 34
8. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CEPON – Centro de Pesquisas Oncológicas
CME – Centro de Material e Esterilização
CNEN – Comissão de Energia Nuclear
DNA – ácido desoxirribonucleico
EP – Educação Permanente
INCA – Instituto Nacional do Câncer
SC – Santa Catarina
SES – Secretaria de Estado da Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
9. SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………. 09
2 OBJETIVOS …………………………………………………………………………. 11
2.1 Objetivo geral ………………….…......………………………………………...... 11
2.2 Objetivos específicos …………………........………………………………...... 11
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 12
4 REFERENCIAL TEÓRICO …………………………………………………………. 13
4.1 Equipe multidisciplinar ….......................................................…………....... 13
4.2 Educação permanente ...................................……………….............…….... 15
4.3 A história da radioterapia …………………………………………................... 17
4.3.1 A braquiterapia ............................................................................................. 21
4.3.2 A teleterapia ................................................................................................. 25
4.4 A importância da participação da equipe multidisciplinar na educação
permanente ......................................................................................................... 26
5 METODOLOGIA …………………….……………………………………………..... 28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………………………...... 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………………....... 37
APÊNDICE ........................................................................................................... 40
10. 9
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, estimativas apontam um grande número de novos casos de
câncer por ano, sendo também uma das doenças com maior número de óbitos,
o que reforça a importância da prevenção e da eficiência do tratamento no
combate ao câncer.
Observa-se esse aumento de pacientes com câncer em consequência
do número significativo de pessoas que são encaminhadas aos serviços
especializados no setor de radioterapia no Centro de Pesquisas Oncológicas
(CEPON) em Santa Catarina.
O CEPON é um centro de referência no tratamento oncológico, “é o
órgão central do sistema de prevenção e assistência, na área do câncer, em
Santa Catarina, conforme decreto nº 2.701, 10/03/98” (CEPON, 2015), que
passou a tornar-se um referencial na assistência e cuidados em enfermagem,
no estado de Santa Catarina, na prevenção e tratamento de pessoas com
câncer. A maioria dos pacientes tratados pelo CEPON são pacientes do
Sistema Único de Saúde (SUS) (CEPON, 2015).
O tratamento realizado no CEPON de radioterapia é composto por
equipamentos de última geração, mas mesmo com equipamentos modernos e
muita tecnologia, para que haja o sucesso no tratamento do paciente com
câncer, é necessária a qualidade no atendimento por parte de toda a equipe
multidisciplinar, além do conhecimento técnico e experiência nesta área, requer
elevada visão humanística (DENARDI, 2008).
A equipe multidisciplinar aqui citada é composta por Médico
Radioterapeutas, Físicos Médicos, Enfermeiros, Tecnólogo de Radioterapia,
Técnico de Radioterapia, Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Limpeza,
assistentes administrativos e gestor, então engloba um trabalho conjunto em
prol do paciente, com isso busca-se excelência no serviço prestado para que
se tenha sucesso no tratamento.
A atualização dos profissionais que trabalham nesta área do tratamento
radioterápico exige uma constante aprendizagem, não só de quem trabalha
diretamente com os pacientes, mas de toda a equipe envolvida no setor de
radioterapia.
11. 10
O programa de educação permanente anual desenvolvido pelo CEPON
tem como objetivo capacitar os profissionais que trabalham na área oncológica,
preparando-os para lidar com os pacientes, o tratamento, os equipamentos e
assim garantir uma assistência com competência e humanização. São
oferecidos treinamentos, visitas e supervisão de estágios (CEPON, 2015).
Mas a problemática que envolve este trabalho foi em relação a este
programa de educação permanente ser ofertado a apenas alguns profissionais
da área da saúde, assim opta-se pelo projeto que é a inserção da equipe
multidisciplinar no programa anual de educação permanente do setor de
radioterapia do centro de pesquisas oncológicas no estado de Santa Catarina.
12. 11
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral deste projeto é a reflexão acerca da importância da
inserção de toda a equipe multidisciplinar de colaboradores atuantes no setor
de radioterapia no programa de educação permanente anual do CEPON.
2.2 Objetivos Específicos
Como objetivos específicos têm-se:
- Listar a equipe multidisciplinar e sua função na área da saúde;
- Definir o que é a educação permanente e sua aplicação na área de
saúde;
- Descrever o tratamento em radioterapia;
- Analisar a importância da participação da equipe multidisciplinar na
educação permanente anual.
13. 12
3 JUSTIFICATIVA
Justifica-se a escolha pelo tema, devido a necessidade da equipe
multidisciplinar, do setor de radioterapia, estar atualizada e inserida no
programa de educação permanente anual do CEPON, em Santa Catarina, com
o intuito de dar autonomia aos profissionais na qualificação do cuidado mais
humanizado, compartilhado e integral ao paciente, resgatando também a
motivação pessoal dos profissionais envolvidos no processo.
Este projeto torna-se relevante em razão de ter uma prática efetiva no
setor de radioterapia do CEPON e com profissionais que tenham
conhecimentos em áreas específicas e que assim possam trazer benfeitorias
aos pacientes e à sociedade.
14. 13
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste referencial teórico será apresentado alguns itens que se fazem
importante para o entendimento do projeto, como o conceito e as funções da
equipe multidisciplinar dentro da área de saúde, sobre o que significa a
educação permanente e quais leis dispõe sobre essa educação, também será
visto sobre a história da radioterapia e como ela é tratada pelo CEPON e
finalizando este capítulo do referencial se fará uma breve análise da
importância da equipe multidisciplinar na educação permanente no setor de
oncologia.
4.1 Equipe multidisciplinar
A equipe multidisciplinar na área de radioterapia no CEPON
compreende: Médico Radioterapeutas, Físicos Médicos, Enfermeiros,
Tecnólogo de Radioterapia, Técnico de Radioterapia, Técnico de Enfermagem
e Auxiliar de Limpeza.
Ainda não estão inseridos na equipe os assistentes administrativos e o
gestor, mas compreende-se que estes fazem parte da equipe, portanto farão
parte do programa de educação permanente anual.
Torna-se importante entender que dentro de uma equipe
multidisciplinar na área de saúde, “os profissionais avaliam o paciente de forma
independente e implementam seus planos de tratamento como uma „camada
adicional‟ de serviços” (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004, p. 35).
Ainda, de acordo com esses autores citados acima, é na equipe
multidisciplinar que se pode acoplar várias conhecimentos de diversas
disciplinas, mas que buscam a solução de um problema, onde “a solução do
problema exige apenas informações tomadas de empréstimo de duas ou mais
áreas ou setores do conhecimento [...]” (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES,
2004, p. 35).
Uma equipe multidisciplinar da saúde é capaz de unir a teoria com os
15. 14
métodos de abordagem para benefício do paciente.
Trazendo para o setor de oncologia, os profissionais que trabalham
com radiologia e consequentemente com a braquiterapia, que é um dos tipos
de tratamento dentro da radiologia, observou-se dados que mostram que deve
haver um conhecimento técnico dos enfermeiros e também dos profissionais
que trabalham neste setor, pois de acordo com Flôr e Gelbcke (2009, p. 768),
apesar dos enfermeiros ocuparem 80% da equipe multidisciplinar na realização
do serviço braquiterápico, esses profissionais “não possuem conhecimentos de
proteção radiológica e de como se operacionalizam os equipamentos de
segurança existentes.”
A partir disso, vê-se a necessidade de se realizar uma educação
permanente e continua no setor de radioterapia, para que todos os
profissionais envolvidos possam esclarecer suas dúvidas e assim trabalharem
em prol do paciente e da resolução do problema.
De acordo com Diegues e Pires (2007):
[...] o enfermeiro no serviço de radioterapia é visto como um
profissional diferenciado e que necessita de conhecimentos
especializados e habilidades específicas para desenvolver suas
atividades. No entanto, são poucos os serviços que valorizam o
enfermeiro especializado nessa área do conhecimento e dispõem
dele.
Diegues e Pires citam neste trecho sobre o enfermeiro do setor de
radioterapia, mas o conhecimento especializado deve ser proporcionado a
todos os envolvidos no setor de radioterapia.
Uma equipe bem estruturada e capacitada para realizar os
procedimentos radioterápicos nos pacientes, consegue apresentar qualidade
em seus tratamentos, ou pelo menos chegar próximo a excelência do serviço.
Assim, será visto a seguir como é possível implantar a educação permanente
no setor radioterápico, inserindo a equipe multidisciplinar nas capacitações,
cursos, palestras entre outros.
16. 15
4.2 Educação permanente
A educação permanente é uma preocupação que parte dos
profissionais e também do Ministério da Saúde, que instituiu a Política Nacional
de Educação Permanente em Saúde, através da sua Portaria GM/MS nº 198,
de 13 de fevereiro de 2004 (BRASIL, 2004).
Mas a partir da revogação da Portaria GM/MS nº 198/04, pela Portaria
GM/MS nº 1996, de 20 de agosto de 2007, o Ministério de Estado da Saúde
definiu novas diretrizes e estratégias para a implementação da Política
Nacional de Educação Permanente em Saúde, adequando-as às diretrizes
operacionais e ao regulamento do Pacto pela Saúde (BRASIL, 2007).
E foi a partir desse ano de 2007 que o estado de Santa Catarina
“desenvolveu o diagnóstico de necessidades de educação permanente em
saúde e de educação profissional, através de instrumento eletrônico
disponibilizado na página eletrônica da SES” (Secretaria de Estado da Saúde,
2010, p. 70).
Houve um estudo para identificar as necessidades de ações de
educação permanente em saúde no estado de Santa Catarina no ano de 2009,
onde ocorreu também uma Oficina Estadual para Elaboração do Plano
Estadual de Educação Permanente em Saúde do Estado de Santa Catarina, na
qual discutiu-se sobre a importância de alguns programas em saúde
desenvolvidos pelas regiões próximas a Santa Catarina. Assim decidiu-se que
a partir daquele ano começariam as ações de educação permanente em saúde
no Estado de Santa Catarina (Secretaria de Estado da Saúde, 2010).
Dentro do CEPON, há atividades desenvolvidas na gerência da
enfermagem como a Educação Permanente:
Coordenada pela Divisão de Gestão de Pessoas, mas no que se
refere ao Serviço de Enfermagem, a mesma objetiva capacitar os
profissionais inseridos nas atividades de Enfermagem Oncológica,
preparando-os para a execução das mesmas. O Serviço também é
responsável pela atualização dos conhecimentos, procurando assim,
garantir uma assistência com competência e humanização.
As atividades da Educação Permanente abrangem também
treinamentos, visitas e supervisão de estágios (CEPON, 2015).
17. 16
Como a educação permanente anual é ainda proporcionada somente a
algumas pessoas, e com este projeto busca-se o alcance de todos os
profissionais envolvidos no setor de radioterapia, para que esses saibam
também lidar com os equipamentos de radiação ionizante, focando assim
também na saúde dos pacientes.
Compreende-se Educação Permanente (EP) como uma possibilidade
pedagógica no setor da saúde para efetuar relações orgânicas entre
ensino e serviço, entre docência e atenção à saúde, além das
relações entre formação e gestão setorial, desenvolvimento
institucional e controle social em saúde. Dessa forma, a Educação
Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o
ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho
(FLÔR; GELBCKE, 2009, p. 768).
Importante citar que a Educação Permanente aparece como uma
proposta pedagógica no setor de saúde para assim, “efetuar relações
orgânicas entre ensino e serviço, entre docência e atenção à saúde, além das
relações entre formação e gestão setorial, desenvolvimento institucional e
controle social em saúde” (FLÔR; GELBCKE, 2009, p. 768).
Visando a qualidade do atendimento observou-se a necessidade de
inserção de todos os colaboradores, do setor de radioterapia, no programa de
educação permanente da radioterapia do CEPON, onde se propõe alguns
temas a serem trabalhados como:
• Discussão sobre o processo de trabalho;
• Capacitações técnicas sobre radioterapia;
• Oficinas para a integração da equipe;
• Palestras sobre “O cuidar de si”;
• Palestra sobre “A história do câncer”;
• Incentivar a participação em cursos na modalidade à distância com
discussão e debate em mesa redonda, posterior ao término do curso.
Com a implantação da educação permanente a todos os profissionais
envolvidos no setor de radioterapia do CEPON, busca-se alcançar as seguintes
metas:
- Fortalecer os conhecimentos para todos os colaboradores do setor de
radioterapia do CEPON sobre assuntos pertinentes ao trabalho;
- Reconhecer os problemas relacionados ao trabalho e buscar a melhor
18. 17
solução de acordo com a equipe;
- Ressaltar a importância de uma prática segura dentro do serviço de
radioterapia, por parte dos profissionais diretamente envolvidos, dando ênfase
à educação continuada nos serviços que fazem uso das radiações ionizantes,
buscando assim, uma forma de evitar a exposição desnecessária e deletéria
dos profissionais do serviço de radioterapia;
- Sensibilizar os colaboradores para criar novas formas de
comunicação e obter 100% de participação no programa.
Para saber o que é necessário pontuar em relação as capacitações que
serão ofertadas dentro do programa anual de educação permanente do setor
de radioterapia, torna-se relevante relatar sobre a história da radioterapia e o
suporte que o CEPON pode dar em relação a estrutura e fornecimento de
equipamentos para os profissionais tratarem do paciente, como será visto a
seguir.
4.3 A história da radioterapia
Primeiro, notou-se a presença dos raios X, onde os primeiros
pesquisadores da radioatividade notaram que os raios X também
apresentavam propriedades biológicas, não somente a propriedade física de
sensibilizar chapas fotográficas (DENARDI, 2008).
A partir da descoberta desses raios, vários fatores contribuíram para o
rápido emprego terapêutico dos raios X, pois se presumia que os novos raios
tinham propriedades terapêuticas semelhantes aos da luz solar, a qual atribuía
propriedades bactericidas. Em 1896, descreve-se o emprego da radioterapia
para tratamento da tuberculose. Inicialmente, os problemas com a exposição à
radiação intimidaram muitos radioterapeutas da época (SALVAJOLI, 1999).
A radioterapia se baseia no emprego da radiação ionizante e pode ser
utilizada basicamente de duas formas conhecidas como teleterapia e
braquiterapia (DENARDI, 2008).
Os braquiterapeutas pioneiros limitavam-se a inserir grandes tubos de
rádio dentro do tumor, por um certo período e retiravam posteriormente
19. 18
(SALVAJOLI, 1999).
Inicialmente, os problemas com a exposição à radiação intimidaram
muitos radioterapeutas da época. De 1950 a 1960, durante a era atômica, foi
possível a obtenção de novos radioisótopos, e foram desenvolvidos novos
métodos para proteger médicos e todo o pessoal envolvidos na braquiterapia
(SALVAJOLI, 1999).
A braquiterapia teve início em 1901 e, a partir de 1904 tem sido
utilizada no tratamento de tumores malignos pela sua característica de
característica de liberar alta dose de radiação no volume-alvo com rápida
queda de dose, preservando tecidos adjacentes (DENARDI, 2008).
A radioterapia atua no tumor que já atingiu estruturas imediatas no
útero, e tem por objetivo a destruição e a retirada de lesões pré-malignas e das
células tumorais (DENARDI, 2008).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a radioterapia ocorre
através de “feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação
é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o
tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano
possível [...]” (INCA, 2000).
A radioterapia utiliza alguns equipamentos e técnicas para irradiar
algumas áreas do organismo humano, o uso da radioterapia é destinado a uma
área e/ou região específica onde está o câncer. Esse tratamento também pode
ser realizado com outros métodos terapêuticos específicos.
De acordo com o INCA (2000), a radioterapia pode ser:
[...] pode ser radical (ou curativa), quando se busca a cura total do
tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral;
profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não
há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas
dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais
como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa,
quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão,
como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.
Para que se tenha efeito do procedimento, a radioterapia é comumente
fracionada em doses diárias iguais, nos casos da radioterapia externa. As
radiações dependem muito do estádio que está a doença, podendo ter várias
fontes de radiações, e vários “tipos de radiação gerada, energias e métodos de
20. 19
aplicação” (INCA, 2000), conforme o quadro a seguir:
QUADRO 1 – Tipos de radiação, energia e métodos de aplicação
FONTE: INCA (2000).
Importante enfatizar que as dimensões do tratamento podem variar de
acordo com o organismo da paciente, com a recepção do tratamento, com o
estádio da doença, com o número de aplicações e o número de dosagens das
radiações, e também de acordo com a finalidade do tratamento e sua
localização.
Desta forma, a radioterapia necessita de cuidados especiais, por
delimitar áreas específicas para a sua aplicação, observa-se também que o
objetivo principal da radioterapia “é aplicar a maior dose possível de radiação
para obter o controle tumoral enquanto minimiza os danos aos tecidos normais
circunvizinhos” (MANUAL DE CONDUTAS, 2010).
Existem algumas restrições para a realização do tratamento da
radioterapia (INCA, 2000):
- Obesidade mórbida
- Massa pélvica anexial
- Hemoglobina <10g/dl
- Colagenoses
- Processo inflamatório pélvico agudo
A radioterapia atua no ácido desoxirribonucléico (DNA) das células,
impedindo-a de se multiplicar (morte reprodutiva) e/ou induzindo sua morte
direta por apoptose. As células normais também sofrem danos em seu DNA,
contudo possuem possibilidade de reparo com maior eficiência que a célula
maligna. Dessa forma, são obtidos resultados positivos, por meio da eliminação
total ou parcial dos tumores tratados com radiação (SEGRETO, 1997).
O objetivo da radioterapia é o tratamento do tumor com preservação
das estruturas anatômicas vizinhas não afetadas pela doença, na medida do
possível (FRIGATO; HOGA, 2003).
21. 20
O técnico em radioterapia é essencial para a realização e o sucesso do
tratamento radioterapêutico. O contato diário com o paciente e a execução, de
forma precisa e segura, do plano de tratamento é de competência do técnico
de radioterapia. O entendimento claro dos aspectos técnicos dos
equipamentos, dos acessórios utilizados muitas vezes, específicos para cada
paciente, objetiva o aprofundamento dos conhecimentos e habilidades técnicas
destas áreas específicas da oncologia.
Atualmente percebe-se que a abordagem multidisciplinar é um dos
pilares do tratamento oncológico, sendo essencial a interação entre os diversos
especialistas devidamente habilitados para acompanhar a evolução tecnológica
dos equipamentos e as mais modernas técnicas radioterápicas envolvidos na
atenção com o paciente com câncer.
Na radioterapia, a constante atualização da equipe multidisciplinar,
especialmente do técnico de radiologia que executa o tratamento
radioterapêutico nos pacientes, se faz necessária, pois o desenvolvimento de
técnicas mais precisas de irradiação como a radioterapia tridimensional
conformada, a radioterapia com intensidade modulada de feixe e a radioterapia
guiada por imagens, tem permitido a redução da toxidade do tratamento e,
consequentemente, aumenta o grau de exigências inerentes ao cargo técnico.
O CEPON (2015) conta com uma estrutura física, nos serviços de
assistência no setor de radioterapia, de 07 consultórios, 03 leitos, 02
aceleradores lineares e 01 equipamento de braquiterapia.
Acrescentando a isso, têm-se também:
[...] um aparelho de Teleterapia Clinac 2100 SC da marca Varian que
é um acelerador linear capaz de emitir diversos feixes de radiação:
Raios-X de 6 MV e de 15 MV, além de elétrons de 6 MeV, 9 MeV, 12
MeV e 15 MeV. Assim, este aparelho permite ao médico
radioterapeuta a seleção do tipo de radiação mais adequada para
cada caso, de acordo com a profundidade da lesão (CEPON, 2015).
Outro serviço que o CEPON oferece é a radioterapia conformacional,
também vista como uma nova técnica de tratamento, “baseada em
planejamento tridimensional que apresenta vantagens sobre os métodos de
radioterapia convencional”, devido aos avanços nas áreas de computação e de
produção de imagens radiológicas (CEPON, 2015).
22. 21
Assim, torna-se importante conhecer também os tratamentos que
fazem parte da radiologia, como a braquiterapia e a teleterapia, que serão
vistos a seguir.
4.3.1 A braquiterapia
A braquiterapia pode ser executada com a utilização de moldes de
superfície, intracavitários, endoluminais, técnicas de implantes intersticiais e,
eventualmente, com a combinação desses métodos. Os procedimentos podem
ser muito simples, como, por exemplo, a irradiação do fundo vaginal, ou,
altamente invasivos e dolorosos, como implantes intersticiais (DENARDI,
2008).
A braquiterapia de colo de útero, nas mulheres, pode ser utilizada como
um tratamento exclusivo ou como complemento da radioterapia externa. Trata-
se de um tratamento localizado, sendo uma das modalidades mais utilizadas
no tratamento do câncer de colo uterino, associada ou não à cirurgia. A
quimioterapia, por sua vez, consiste em um tratamento sistêmico (CLARK;
MCGEE, 1997).
Braquiterapia é uma forma especial de tratamento com radiação
ionizante usada para tratar volumes de tumor no corpo. Consiste no tratamento
de tumores utilizando fontes de radiação ionizantes que são implantadas
diretamente nos locais onde elas se desenvolvem (DENARDI, 2008).
Na braquiterapia, a radiação é aplicada diretamente no local do tumor,
através de moldes, cateteres ou implantes, o que possibilita irradiar volumes
alvos pequenos com alta dose de radiação. Este método permite poupar
estruturas vizinhas não afetadas pela doença, pois existe uma queda
importante da dose à medida que se afasta das fontes. A alta dose de radiação,
administrada ao colo uterino, aumenta as chances de cura desse tipo de tumor
(FRIGATO; HOGA, 2003).
A paciente segue um plano de tratamento ambulatorial que consiste na
aplicação de quatro frações de braquiterapia com intervalo semanal e duração
de aproximadamente 50 minutos, que se inicia geralmente enquanto a mulher
23. 22
ainda se encontra em tratamento com teleterapia (FRIGATO; HOGA, 2003),
que será visto no capítulo a seguir.
A radiação age tanto nas células normais quanto nas neoplásicas. Nos
casos de efeitos colaterais internos no paciente, é preciso evitar que estes
sejam agravados, e para isso, é necessário garantir que os materiais utilizados
no paciente estejam livres de qualquer tipo de contaminação (DENARDI, 2008).
No caso da braquiterapia, a fonte de radiação é colocada internamente
ou sobre a região comprometida, podendo ser utilizadas sementes, placas,
aplicadores, agulhas e fios. A colocação da fonte radioativa, por exemplo, é
realizada no quarto do paciente, ou em sala específica, pelo físico ou
radioterapeuta, porém fazendo utilização de pinças longas previamente
processadas no Centro de Material e Esterilização (CME) (AYOUB, et. al.,
2000).
Nas braquiterapias de alta taxa de dose são utilizados aplicadores
ginecológicos que necessitam apenas sofrer desinfecção de alto nível. Os
serviços de braquiterapia costumam utilizar o Glutaraldeído ou Ácido
Peracético (DENARDI 2008).
Existem dois tipos de braquiterapia, que serão vistos a seguir.
4.3.1.1 Braquiterapia intracavitária e braquiterapia intersticial
A braquiterapia intracavitária é uma das modalidades dentro da
braquiterapia, para se tratar “cavidades muito pequenas e órgãos oco-
musculares, até interstícios com lesão presente ou mesmo com risco de
reincidência, por meio de agulhas e cateteres plásticos” (HAERTEL, 2007, p.
05).
Esse tipo de braquiterapia pode ser realizado no colo do útero, esôfago
e reto, no qual “aplicadores especiais são introduzidos em cavidades do
paciente, irradiando a região de interesse por um intervalo previamente
calculado, e removidos” (HAERTEL, 2007, p. 05).
As fontes radioativas que são colocadas diretamente no tumor, na
braquiterapia intracavitária, são geralmente temporárias. Os aplicadores podem
24. 23
variar de 2 a 8 cm de comprimento.
O tratamento com o aplicador, em alguns casos, muitas vezes, não se
utiliza de anestesia, apenas analgesia prescrita pelo médico radioterapeuta.
Esse tratamento usa a radiação, usando a fontes de: Irídio-192, Rádio-
226, Césio-137 ou Cobalto-60. As fontes usadas dependem muito da taxa de
dose e tratamento que será utilizado. Ainda sobre as fontes usadas (HAERTEL,
2007):
[...] o material é lacrado numa cápsula com invólucro metálico,
normalmente titânio, e em geral, possui um marcador rádio-opaco em
seu interior. Todas as fontes são lacradas, com exceção do Irídio-192,
que é fabricado em forma de fios, cortado na medida necessária à
aplicação.
Já o tratamento através da braquiterapia intersticial, também conhecida
como braquiterapia por implantes permanentes, onde fontes radioativas são
implantadas diretamente no local que o tumor está, esses implantes podem ser
temporários ou permanentes. Usa-se, geralmente, as fontes de Iodo-125 e
Paladio-103 para esse tratamento.
O tratamento braquiterápico exige uma grande atenção por parte dos
profissionais de saúde, onde foca-se no auxílio que os enfermeiros podem dar
aos pacientes, em razão desses pacientes estarem mais propensos a
consequências físicas e emocionais em relação ao câncer e ao tratamento.
As mulheres que foram acometidas pelo câncer de colo de útero se
encontram fragilizadas e sensíveis durante e após o tratamento braquiterápico.
Portanto, no decorrer do tratamento, a condição de fragilidade aumenta e este
fato demanda atenção especial da equipe multiprofissional envolvida no
tratamento.
Entende-se que a consulta de enfermagem no tratamento de
braquiterapia, tem como objetivos:
[...] fornecer informações sobre a dinâmica assistencial na
braquiterapia; esclarecer dúvidas; orientar quanto ao auto cuidado;
identificar situações que possa prejudicar a inserção do dispositivo
utilizado para a braquiterapia. As ações de enfermagem nessa
consulta abrangem diálogo com a paciente; orientações sobre
protocolo e fluxograma de atendimento hospitalar; autocuidado;
possibilidade de efeitos adversos pós-inserção; histórico de
enfermagem e elaboração do plano de intervenção de enfermagem
em tratamento braquiterápico. A consulta realizada após a última
25. 24
inserção inclui o dialogo sobre o retorno as atividades sexuais ou a
sensibilização quanto à realização de dilatação vaginal para as não
sexualmente ativas; orientação sobre o auto cuidado e atenção para
sinais e sintomas de efeitos adversos pós-braquiterapia (VIDAL,
2008).
Observa-se a figura 1, sobre as etapas dos cuidados em enfermagem
que consistem em:
FIGURA – TRATAMENTO EM BRAQUITERAPIA
FONTE: OLIVEIRA (2011).
Nota-se que a participação do enfermeiro é essencial em todas as
etapas do tratamento e convém ressaltar que a atuação desses profissionais
pode ajudar na prevenção do câncer. Ações preventivas são necessárias, pois
quanto mais tarde for detectado o câncer, menores serão as possibilidades de
cura.
É importante tornar claro, que não apenas a paciente necessita de
cuidados, como também os familiares desta, para que estejam cientes dos
“sintomas mais comuns apresentados pelas pacientes em fase terminal da
doença, para que possam prestar cuidados da forma mais adequada possível”
(FRIGATO; HOGA, 2003).
O profissional em enfermagem deve orientar a paciente sobre o
tratamento, passando segurança a ela e explicando sobre os possíveis
sintomas no organismo, durante e após o tratamento.
26. 25
Importante também analisar uma outra ramificação da radioterapia, o
tratamento de teleterapia.
4.3.2 A teleterapia
Segundo Novaes (2001), a radioterapia externa é utilizada para tratar
toda a pelve e os paramétrios, incluindo os linfonodos ilíacos. A radioterapia
pélvica possibilita a redução do tumor no colo, melhorando as condições locais
para a braquiterapia, promovendo a diminuição do sangramento e da dor
pélvica, e assim permitindo a recuperação da paciente e atuando de maneira
profilática em áreas de envolvimento subclínico potencial (NOVAES, 2001).
Antes do início das aplicações de radioterapia externa, os membros da
equipe multiprofissional fazem um planejamento do tratamento a ser realizado.
São definidos o local a ser tratado e a melhor estratégia a ser seguida, que
incluem decisões relativas à dose, o intervalo do tratamento, assim como a
data de início e o horário das aplicações. A dose total é fracionada em
aplicações diárias, cinco vezes por semana, durante cinco a seis semanas. A
dose diária de radiação é subdividida em 4 campos da região pélvica (local do
tratamento), sendo um anterior, um posterior e dois laterais (FRIGATO; HOGA,
2003).
Durante o planejamento são feitas marcas à tinta na pele da paciente
para delimitar o local a ser tratado. A paciente é orientada a manter estas
marcas até o final do tratamento, embora possa continuar tomando banho
como de hábito, mas com o cuidado de não esfregar a pele da região
demarcada. Elas são também esclarecidas quanto ao fato de, caso as marcas
deixem de ser nítidas, estas devem ser reforçadas pelo técnico. Ao término das
aplicações, as marcas podem ser retiradas pela lavagem cuidadosa do local,
com a finalidade de não provocar lesões na pele (FRIGATO; HOGA, 2003).
A região corpórea irradiada, a energia usada no tratamento, o estado
geral e a idade da mulher são fatores determinantes da gravidade e do início
dos efeitos colaterais que, em sua grande maioria, são locais e específicos.
Antes do início do tratamento, a paciente e seus familiares recebem
27. 26
orientações do enfermeiro relativo ao tratamento, como os possíveis efeitos
colaterais, o início de sua ocorrência, seu tempo de duração e principalmente,
sobre as medidas a serem adotadas para minimizar essas consequências
(FRIGATO; HOGA, 2003).
Mas para que todos esses processos funcionem, é necessário que os
profissionais que trabalham neste setor especializem-se e procurem
capacitações técnicas nesta área, conhecendo assim, a forma mais
aprofundada das técnicas radioterapêuticas disponíveis, proporcionando o
máximo de benefícios para os pacientes, como também a segurança do próprio
profissional, sendo ele conhecedor dos cuidados no uso da radiação.
Desta forma, torna-se importante a participação da equipe
multidisciplinar envolvida no setor de radioterapia, para que essa equipe esteja
preparada para receber os pacientes, saber os procedimentos que devem ser
tomados, quando o paciente se sujeita a um tratamento de radioterapia, e
priorizando, principalmente, o cuidado humanizado a este paciente.
4.4 A importância da participação da equipe multidisciplinar na Educação
Permanente
O serviço de radioterapia do CEPON iniciou seus trabalhos em junho
de 2006. Nestes nove anos de funcionamento houve uma ampliação de todo o
serviço, bem como a inserção de mais recursos humanos para atender a
demanda (CEPON, 2015).
Através da norma da Comissão de Energia Nuclear (CNEN) 6.10,
resolução 176/14, de novembro de 2014, que regulamenta os Requisitos de
Segurança e Proteção Radiológica para Serviços de Radioterapia da CNEN, o
setor de física médica da radioterapia do CEPON programou o ciclo de
palestras anual para os técnicos de radioterapia.
Entre as normas utilizadas para justificar esta programação de
educação permanente destacam-se os seguintes trechos:
CAPÍTULO II DAS RESPONSABILIDADES EM SERVIÇOS DE
28. 27
RADIOTERAPIA “Seção III Art. 20 O supervisor de proteção
radiológica em exercício é o responsável pela aplicação prática das
diretrizes e normas relativas à segurança e proteção radiológica do
Serviço de Radioterapia e deve obrigatoriamente: (...) “VI - elaborar e
supervisionar os programas de treinamento anual em proteção
radiológica dos indivíduos ocupacionalmente expostos do Serviço de
Radioterapia bem como informar todos os profissionais da instalação
sobre os riscos inerentes ao uso da radiação ionizante;” e
“CAPÍTULO V DOS REGISTROS Art. 71 O Serviço de Proteção
Radiológica deve manter os seguintes registros arquivados e
disponibilizados para consulta pelos indivíduos ocupacionalmente
expostos e para os inspetores da CNEN: III - programas de
treinamento com ementa, carga horária, nome dos instrutores e
registro de frequência dos indivíduos ocupacionalmente expostos; [...]
(CNEN, 2014).
O técnico de radioterapia é responsável pela garantia da realização do
tratamento tal como planejado. Cabe a ele os cuidados fundamentais com o
posicionamento e as orientações dadas ao paciente no momento do
tratamento.
Percebe-se que o programa de educação permanente do setor de
radioterapia contempla apenas o técnico de radioterapia e é somente
relacionado a assuntos técnicos. No entanto, que a referência à Educação
Permanente aparece no link de serviços de Enfermagem no site do CEPON,
confirmando o entendimento de que a Educação Permanente só existe para
alguns profissionais na área da saúde.
Os benefícios da Educação Permanente dentro do ambiente de
trabalho é a aprendizagem que se incorpora ao cotidiano das organizações. No
setor de radioterapia existem práticas específicas do processo de trabalho, mas
justamente por isso deve-se ter “uma educação permanente para
esclarecimento dos trabalhadores que se expõem à radiação ionizante, não só
por meio de fornecimento de equipamentos, mas também mediante controle e
validação dos procedimentos de proteção [...]” (FLÔR; GELBCKE, 2009, p.
769).
Salienta-se que o trabalho em equipe do Serviço de Radioterapia do
CEPON é fundamental para o sucesso do tratamento, considerando que cada
membro da equipe é de fundamental importância para o sucesso do
tratamento, portanto é imprescindível a adesão ao programa de educação
permanente de todos os colaboradores envolvidos no tratamento de
radioterapia.
29. 28
5 METODOLOGIA
A metodologia aplicada neste trabalho consiste em uma pesquisa
documental, qualitativa, bibliográfica e dedutiva, que partirá de conclusões
gerais para chegar a particulares, evidenciando propostas, opiniões e
sugestões com referenciais bibliográficos de diferentes autores, bem como leis
e normas que regem a educação permanente em saúde no setor de
radioterapia do CEPON.
O projeto foi elaborado para nortear as ações que serão feitas no ano
de 2016 e segundo Gil (2009, p. 19), deve-se realizar um planejamento para a
elaboração do projeto de pesquisa:
O planejamento da pesquisa concretiza-se mediante a elaboração de
um projeto que é o documento explicitador das ações a serem
desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa. O projeto deve,
portanto, especificar os objetivos da pesquisa, apresentar a
justificativa da sua realização, definir a modalidade de pesquisa e
determinar os procedimentos de coleta de dados. Deve, ainda,
esclarecer acerca do cronograma a ser seguido no desenvolvimento
da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos humanos,
financeiros e materiais necessários para assegurar o êxito da
pesquisa.
Toda a pesquisa bibliográfica realizada encontra-se voltada para a
equipe multidisciplinar e a implantação da educação permanente no setor de
radioterapia do CEPON, mostrando como será feito essa inserção da educação
permanente.
A pesquisa qualitativa traz a ideia de um universo de significados,
motivos, aspirações, crenças, valores, atitudes, o que corresponde a um
espaço profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não
podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. É uma atividade de
aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma
combinação particular entre teoria e dados (MINAYO, 1994).
Para o estudo usou-se também a pesquisa-ação como forma de
articulação na ação educativa, assim como salienta Tozoni-Reis (2010, p. 31),
“A pesquisa-ação tem como ponto de partida a articulação entre a produção de
conhecimento para a conscientização dos sujeitos e solução de problemas
30. 29
socialmente significativos.”
Neste tipo de pesquisa, a pesquisadora tenta modificar a sua realidade
através da pesquisa, no caso em estudo, a realidade do programa anual de
educação permanente do setor de radioterapia do centro de pesquisas
oncológicas, sugerindo futuras capacitações para os profissionais que
trabalham nesse setor.
O projeto será realizado com a equipe multidisciplinar no setor de
radioterapia do CEPON e será dividido da seguinte forma:
- INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL E APOIADORA
CEPON
Rua Ademar Gonzaga n° 655, Bairro Itacorubi, Florianópolis-SC.
- COORDENADOR DO PROJETO
Gabriela Cristiana Carneiro Cruz em parceria com o setor de Educação
Permanente do CEPON.
- PARCEIROS EXTERNOS
Centro de Estudos do CEPON
Coordenação do Setor de Educação Permanente do CEPON
Vigilância Sanitária Municipal de Florianópolis
Conselho Regional de Técnicos em Radiologia
Conselho Regional de Enfermagem
VARIAN
INCA
CNEN
- PARTICIPANTES
Gestor do Setor de Radioterapia, Médico Radioterapeutas, Físicos Médico,
Enfermeiros, Tecnólogo de Radioterapia, Técnico de Radioterapia, Técnico de
Enfermagem, Assistentes Administrativos e Auxiliar de Limpeza.
- ABRANGÊNCIA
Setor de Radioterapia do CEPON.
31. 30
- PÚBLICO ALVO
Todos os colaboradores da Radioterapia do CEPON.
- DATA DE INÍCIO
Março de 2016.
- PROJETO
Inserção da equipe multidisciplinar no programa de educação
permanente no setor de radioterapia no hospital do CEPON através de aulas,
oficinas, palestras, cursos e encontros mensais.
- CUSTO TOTAL DO PROJETO
As salas serão agendadas previamente pelo organizador sem custo
para a instituição. As salas do CEPON já contêm lap tops e data show.
O Coffee Break será fornecido pelo CEPON.
As aulas agendadas com ministrantes do INCA, CENEN, CRTR serão
financiadas pelo CEPON.
- ETAPAS/AÇÕES
A primeira medida a ser realizada serão as reuniões mensais para a
discussão dos processos de trabalho. Serão realizados dois encontros: um
encontro para cada equipe profissional e outro com os representantes de cada
um da equipe multidisciplinar do setor de radioterapia.
Existem alguns profissionais de outros setores do CEPON que realizam
palestras e se disponibilizaram para participar do programa anual de educação
permanente do setor de radioterapia.
DESPESAS INICIAIS VALOR
Xerox de materiais – apostilas R$ 120,00
Coffee Break (café, chá, sucos, bolos,
pão, queijo, presunto, margarina,
manteiga, doces)
R$ 60,00
Pen drive R$ 40,00
Internet R$ 30,00
Material para usar nas oficinas (papel,
caneta, canetão, prancheta)
R$ 100,00
TOTAL R$ 350,00
32. 31
Incentivo a participação de alguns cursos à distância oferecidos pelo
INCA, CNEN e VARIAN.
Cada profissional do setor responsável construirá uma apresentação
do seu trabalho e compartilhará com os demais profissionais, por meio de
encontros para a apresentação.
- PROGRAMAÇÃO
As reuniões com cada equipe multidisciplinar serão realizadas no
primeiro sábado de cada mês, às dez horas, no anfiteatro do CEPON.
O encontro com os representantes das equipes será realizado, na
última segunda feira de cada mês, na sala de reuniões, do setor de
radioterapia.
As capacitações, palestras, cursos e oficinas serão realizadas nos dias
de preventivas dos aceleradores com o cronograma a ser definido e ajustado
para não interromper os tratamentos aos usuários. Como no exemplo abaixo,
que sugere um tipo de programação, que pode ser adaptada pela equipe e de
acordo com o público e a quantidade de participantes:
DIA DA SEMANA PROGRAMAÇÃO EQUIPE
Segunda – Março
2016 – às 10 hrs.
Discussão sobre o processo
de trabalho e apresentação de
como será os encontros.
Equipe multidisciplinar.
Segunda – Abril
2016 – às 10 hrs.
Palestra sobre “O cuidar de si” Equipe multidisciplinar.
Representante:
Enfermeiros, médicos.
Segunda – Maio
2016 – às 10 hrs
Palestra “ABC câncer” Equipe multidisciplinar.
Representante:
Enfermeiros, médicos.
Segunda – Junho
2016 – às 10 hrs.
Oficina sobre “Relação e ética
no trabalho”
Equipe multidisciplinar.
Representante:
Enfermeiros, médicos.
Segunda – Julho
2016 – às 10 hrs.
Palestra sobre “O cuidado em
radiodermites”
Equipe multidisciplinar.
Representante:
Enfermeiros, médicos.
Segunda – Agosto
2016 – às 10 hrs.
Curso sobre “Boas Práticas
Clínicas (INCA)”
Equipe multidisciplinar.
Representante:
Enfermeiros, médicos.
Segue um folder sobre como será a programação dos encontros
mensais:
33. 32
QUADRO 2 – FOLDER DA PROGRAMAÇÃO 2016
Local: Anfiteatro CEPON (SC)
Horário: Das 10 hrs às 12 hrs da manhã.
Dia da semana: Sábado (sendo o primeiro sá-
bado de cada mês).
Equipe participante: A equipe multidisciplinar
na área de radioterapia no CEPON compreende:
Médico Radioterapeutas, Físicos Médicos, En-
fermeiros, Tecnólogo de Radioterapia, Técnico
de Radioterapia, Técnico de Enfermagem e Au-
xiliar de Limpeza.
Participantes: Todos os envolvidos no CE-
PON, no setor de radioterapia, além dos inte-
grantes da equipe multidisciplinar, também os
assistentes administrativos e o gestor.
Os encontros são mensais (uma vez
por mês).
Terão dois coordenadores, podendo ser
um enfermeiro e um médico do setor de
radioterapia.
Cada profissional do setor responsável
construirá uma apresentação do seu tra-
balho e compartilhará com os demais
profissionais, por meio de encontros pa-
ra a apresentação, além de palestras,
cursos e oficinas que serão ofertados no
decorrer das reuniões.
Programação:
Dia 05/03/2016:
- 10:00 às 10:20: Coffee Break
- 10:20 às 10:40: Apresentação das temáticas e
dos encontros.
- 10:40 às 11:40: Palestra sobre “O cuidar de si”.
- 11:40 às 12:00: Perguntas ao palestrante. Últi-
mos avisos e breve relatório sobre o setor de radi-
oterapia e capacitações. Encerramento.
Dia 02/04/2016:
- 10:00 às 10:20: Coffee Break
- 10:20 às 10:40: Apresentação da temática e dis-
tribuição do material.
- 10:40 às 11:40: Palestra sobre “O cuidar de si.”
- 11:40 às 12:00: Perguntas ao palestrante. Últi-
mos avisos. Encerramento.
Dia 07/05/2016:
- 10:00 às 10:20: Coffee Break
- 10:20 às 10:40: Apresentação da temática e dis-
tribuição de material.
- 10:40 às 11:40: Palestra “ABC câncer”.
Capacitações técnicas sobre radioterapia com os
participantes. Discussão sobre os serviços
realizados.
- 11:40 às 12:00: Últimos avisos. Encerramento.
Dia 04/06/2016:
- 10:00 às 10:20: Coffee Break
- 10:20 às 10:40: Apresentação da temática e dis-
tribuição de material.
- 10:40 às 11:40: Oficina sobre “Relação e ética
no trabalho.” Mesa redonda para discussão sobre
os cursos na modalidade à distância realizados
pela equipe.
- 11:40 às 12:00: Últimos avisos. Encerramento.
Enfª. responsável pelo projeto: Gabriela
Cristiana Carneiro Cruz.
Endereço do CEPON: Rodovia Admar Gonzaga,
655 - Itacorubi, Florianópolis. Santa Catarina,
88034-000
Contatos CEPON: (048) 3331-1400
FONTE: A autora (2015).
Programa Anual de Educação
Permanente do Setor de
Radioterapia - semestral
34. 33
Torna-se importante também incentivar a participação da equipe em
cursos na modalidade à distância ofertados pelo INCA, CNEN e VARIAN.
Os cursos à distância serão aplicados nos horários alternativos, de livre
escolha, não comprometendo o Programa Anual de Educação Permanente. Os
resultados obtidos serão divididos com a equipe em roda de conversa.
- AVALIAÇÃO
O processo de avaliação será realizado após o término das oficinas,
pela responsável do setor de Educação Permanente em conjunto com cada
representante das equipes multidisciplinares da radioterapia do CEPON.
Será utilizado um instrumento de avaliação como norteador do trabalho
desenvolvido, através de um questionário que será respondido e entregue em
até dois dias depois do evento ao enfermeiro responsável, para que seja
possível avaliar o crescimento e desenvolvimento dos envolvidos e a
aplicabilidade do Programa Anual no setor de radioterapia, assim como o que
deve ser melhorado nos encontros (Ver APÊNDICE).
- RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se, através da inserção da equipe multidisciplinar na Educação
Permanente Anual no setor de radioterapia no CEPON, que se inicie uma
reflexão acerca da importância desta implantação e que os cursos, palestras,
aulas, oficinas e os encontros mensais sejam atividades rotineiras para todos
os envolvidos na radioterapia, sempre buscando a qualidade no cuidado com o
paciente. E que este projeto seja o início de um trabalho que possa ser
realizado em vários centros de oncologia em muitas cidades do Brasil.
- CRONOGRAMA
Etapas Mai
2015
Jun
2015
Jul
2015
Ago
2015
Set
2015
Out
2015
Nov
2015
Definição do tema do projeto X
Levantamento bibliográfico X X X X X
Entrega do pré-projeto – 1ª etapa X
Elaboração da introdução e referencial
bibliográfico – 2º etapa
X
Elaboração do Projeto de Intervenção – 3º
etapa
X
Elaboração do Projeto de Intervenção – com
todos os elementos do trabalho – 4º etapa
X
35. 34
Entrega final do Projeto de Intervenção – 5º
etapa
X
- SUGESTÕES DE PALESTRAS, CURSOS E OFICINAS
QUADRO 3 – SUGESTÕES DE PALESTRAS, CURSOS E AULAS I
Gestores Médicos Enfermeiros Físicos
Palestra sobre “O
cuidar de si.”
Palestra “ABC
câncer.”
Técnicas para
avaliar os
colaboradores
novos, atuantes
em processo de
desligamento.
Oficina sobre
“Relação e ética
no trabalho.”
Palestra sobre
“O cuidar de si.”
Palestra “ABC
câncer.”
Curso sobre
“Boas Práticas
Clínicas
(INCA).”
Palestra sobre “O
cuidar de si.”
Palestra “ABC
câncer.”
Palestra sobre “O
cuidado em
radiodermites.”
O processo de
enfermagem na
braquiterapia
ginecológica
Orientações aos
pacientes na
consulta de
enfermagem nos
diversos
tratamentos
radioterápicos
Palestra sobre
“O cuidar de si.”
Palestra ABC
câncer
Curso à
distância “O
Elétron na
Radioterapia
(INCA).”
FONTE: A autora (2015).
QUADRO 4 – SUGESTÕES DE PALESTRAS, CURSOS E AULAS II
Técnicos de
Enfermagem
Técnicos de
Radioterapia
Auxiliares
Administrativos
Auxiliares de
Limpeza
Palestra “ABC
câncer.”
Palestra sobre “O
cuidar de si.”
Curso sobre
“Lavagem das
mãos (INCA).”
Oficina sobre
“Anestesia em
pacientes em
tratamento
radioterápico.”
Palestra “ABC
câncer.”
Palestra sobre “O
cuidar de si.”
Curso de proteção
radiológica em
Radioterapia
(CNEN-IRD).
Palestra “ABC
câncer.”
Palestra sobre “O
cuidar de si.”
Oficina sobre
“Comunicabilidade
aos pacientes com
câncer.”
Palestra “ABC
câncer.”
Palestra sobre “O
cuidar de si.”
O uso correto de
materiais de
limpeza em salas
com aceleradores
lineares.
Oficina de proteção
radiológica.
FONTE: A autora (2015).
36. 35
As palestras, os cursos e oficinas ofertados pela Equipe Multidisciplinar
na área de radioterapia do CEPON, são apenas sugestões acerca do que pode
ser tratado, isso evidencia que a programação pode ser mudada a qualquer
momento.
Os participantes, ao longo dos encontros, podem sugerir novos temas,
ou assuntos pertinentes a rotina de trabalho, podendo trazer também
contribuições dos cursos na modalidade à distância ofertados pelo INCA,
CNEN e VARIAN.
37. 36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A implantação da equipe multidisciplinar no programa anual de
educação permanente do setor de radioterapia do Centro de Pesquisas
Oncológicas (CEPON) é de grande valia para o CEPON do estado de Santa
Catarina.
Há inúmeros pacientes com câncer nos últimos anos, e desta forma
deve haver um reforço na prevenção e no tratamento do paciente, e para que
isso ocorra com maior eficiência, é necessário que tenha uma equipe bem
informada e especializada, sabendo os pormenores acerca da doença e dos
tratamentos.
Com a educação permanente, no setor de radioterapia no CEPON, os
profissionais poderão participar de palestras, cursos e oficinas mensalmente e
trocar informações acerca dos trabalhos realizados no setor. Esse momento é
um dos mais importantes para o crescimento de toda a equipe multidisciplinar
e, consequentemente, para o bem estar dos pacientes também.
Devido a este programa de educação permanente anual, desenvolvido
pelo CEPON de Santa Catarina, envolver apenas alguns profissionais da área,
se fez necessário repensar nesse tipo de capacitação e treinamento buscando
uma competência e humanização em prol do paciente.
Não busca-se, através deste projeto, delimitar o campo de trabalho das
capacitações do programa anual de educação permanente, mas pretende-se
ampliar a área de desenvolvimento e também aumentar o número de
profissionais inseridos no programa, com isso atualizar a equipe e qualificá-la
para receber o paciente e dar um atendimento mais humanizado.
38. 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AYOUB, A. C. et al. Planejando o cuidar em Enfermagem Oncológica. São
Paulo: Ed. Lemar, 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 198/GM/MS. Institui a Política
Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema
Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o
setor. Brasília (DF): MS; 2004.14p.
BRASIL. Portaria GM/MS 1.996/07, de 20 de agosto de 2007. Disponível em:
<http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_do
wnload&gid=20&Itemid=79>. Acesso em: 25/09/2015.
BRUSCATO, Wilze Laura; BENEDETTI, Carmen; LOPES, Sandra Ribeiro de
Almeida. A prática da Psicologia Hospitalar na Santa Casa de São Paulo:
novas páginas em uma antiga história. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
CEPON – Centro de Pesquisas Oncológicas. Enfermagem. Disponível em:
<http://www.cepon.org.br/servicos/enfermagem.html>. Acesso em: 25/07/2015.
CLARK, J. C.; MCGEE, R. F. Enfermagem oncológica: um curriculum básico.
2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
CNEN. Resolução CNEN nº 176 de 27/11/2014. Disponível em:
<http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=278385>. Acesso em: 25/07/2015.
DENARDI, Umberto (Org.). Enfermagem em radioterapia. São Paulo: Marina,
2008.
DIEGUES, S. R. S.; PIRES, A. M. T. A atuação do enfermeiro em
radioterapia. Revista Brasileira de Cancerologia, São Paulo, v. 43, n.4,
out./dez. 2007.
FLÔR, Rita de Cássia; GELBCKE, Francine Lima. Tecnologias emissoras de
radiação ionizante e a necessidade de educação permanente para uma
práxis segura da enfermagem radiológica. Universidade Federal de Santa
Catarina. Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis – SC, 2009.
39. 38
FRIGATO, S.; HOGA, L. A. K. Assistência à mulher com câncer de colo uterino:
o papel da enfermagem. Artigo. Revista Brasileira de Cancerologia, 2003,
49(4): 209-214. Disponível em:
<http://www1.inca.gov.br/rbc/n_49/v04/pdf/ARTIGO1.pdf>. Acesso em:
25/07/2015.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2009.
HAERTEL, M. E. M. Estudo do protocolo de cálculos dosimétricos em
braquiterapia com sementes implantáveis. Florianópolis, 2007. Disponível
em: <http://www.fsc.ufsc.br/~canzian/braquiterapia/braquiterapia.pdf>. Acesso
em: 20/11/2015.
INCA. Condutas. Revista de Cancerologia. 2000; 46 (4) 351-54.
Manual de Condutas em Ginecologia Oncológica. Departamento de
Ginecologia. 1 ed. São Paulo: FAP, 2010. 68p. Disponível em:
<http://www.accamargo.org.br/nossas-unidades/>. Acesso em: 24/07/2015.
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
NOVAES, P. E. R. S. Epidemiologia, Etiopatogenia, Diagnóstico e
Estadiamento Clínico. Câncer de Colo Uterino. Artigos. 2001. p. 39-50.
Disponível em: <http://www.inca.gov.br/pqrt/download/tec_int/cap1_p1.pdf>.
Acesso em: 20/11/2015.
OLIVEIRA, M. S. Práticas do Técnico de Enfermagem no Atendimento ao
Paciente Oncológico. Tratamento Radioterápico. II Jornada de Técnicos de
Enfermagem do INCA. 2011.
SALVAJOLI, J. V.; SOUHAMI, L.; FARIA, S. L. Radioterapia em oncologia.
Rio de Janeiro: MEDSI - Editora Médica e científica, 1999.
Secretaria de Estado da Saúde. Divisão de educação permanente. CIES
Estadual/SC. Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde Santa
Catarina – Brasil 2011-2015. Florianópolis, 2010.
SEGRETO, R. A.; SEGRETO, H. R. C. Radiação ionizante e resposta
celular: atualidades. 30:301-7. Radiol Bras., 1997.
40. 39
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia da Pesquisa. 2. ed.
Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010. 192 p.
VIDAL, M. L. B. Efeitos adversos tardios subsequentes ao tratamento
radioterápico para câncer de colo uterino na bexiga, reto e função sexual.
Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/dissertacao_M_LUIZA.pdf>.
Acesso em: 21/11/2015.
41. 40
APÊNDICE
FICHA DE AVALIAÇÃO DE PALESTRAS, CURSOS E OFICINAS
O objetivo deste questionário é avaliar a qualidade das palestras, cursos e oficinas ofertados no
Programa Anual de Educação Permanente do CEPON. Sua avaliação é muito importante para
aperfeiçoar os treinamentos e encontros futuros. Não é necessário identificar-se. Por favor, não
deixe itens em branco. Obrigada.
Coordenação
DATA: ________________________
1. Marque com um X a categoria do encontro que você participou:
Palestra ___
Oficina ___
Debate ___
2. Atribua, no instrumento abaixo, a nota que reflete sua avaliação sobre os aspec-
tos relacionados ao encontro, utilizando a escala abaixo. Caso você acredite que
um determinado item não tenha sido contemplado ou que não tenha tido relevância
(Ex: um encontro totalmente teórico, sem aulas práticas), você deverá marcar o
item “N/A” (Não se Aplica) na escala.
1-Péssimo; 2-Ruim; 3-Regular; 4-Bom;5-Excelente; N/A-Não se Aplica
Organização 1 2 3 4 5 N/A
Divulgação do encontro
Coordenação administrativa
Conteúdo da Palestra, Oficina ou debate 1 2 3 4 5 N/A
Adequação aos objetivos
Sequência lógica dos assuntos
Adequação da carga horária
Atividades de Ensino e Material Didático 1 2 3 4 5 N/A
Adequação dos métodos de ensino
Adequação do material didático ao conteúdo
Adequação das atividades práticas
Avaliação Geral 1 2 3 4 5
Avalie o seu grau de satisfação com este
Programa Anual
3. Você se sente capaz para aplicar os conhecimentos / práticas adquiridos
durante os encontros?
Sim ( ) Não ( )
Em caso negativo, justifique por favor:
42. 41
4. Os conhecimentos adquiridos no Programa Anual de Educação Permanente
são aplicáveis na sua rotina de trabalho?
Sim ( ) Não ( )
Em caso negativo, justifique por favor:
5. Caso deseje, utilize o espaço abaixo para fazer outros comentários ou deixar
suas sugestões.
6. Atribua, no instrumento abaixo, a nota que reflete sua avaliação a respeito dos
instrutores / palestrantes nos encontros, utilizando a escala abaixo.
Instrutor – 1: 1 2 3 4 5 N/A
Domínio do conteúdo
Didática de ensino
Relacionamento com a turma
Administração do tempo de aula
Adequada condução das atividades práticas
Instrutor – 2: 1 2 3 4 5 N/A
Domínio do conteúdo
Didática de ensino
Relacionamento com a turma
Administração do tempo de aula
Adequada condução das atividades práticas