SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Baixar para ler offline
MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS




                   Fernandes, J L
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos




TÓPICOS


1)   INTRODUÇÃO
2)   LOCALIZAÇÃO
3)   FUNCIONAMENTO
4)   TERMO DE CONSENTIMENTO
5)   PROCEDIMENTOS.
        I) BRONCOSCOPIA
       II) COLANGIOGRAFIA TRANSENDOSCÓPICA RETRÓGRADA
       III) COLONOSCOPIA
       IV) ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
6) LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS
       I)   LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO.
                (A) CONCEITOS
       II) LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS
                (A) DEFINIÇÃO DO PROTOCOLO
                 (B) OBJETIVO
                (C) INDICAÇÃO
                (B) MATERIAL NECESSÁRIO
                (C) LIMPEZA
                (D) TESTE DE VEDAÇÃO
                (G) DESINFECÇÃO
                (E) CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
       III) LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS ACESSÓRIOS
       IV) TRANSPORTE DO APARELHO PARA OUTRAS ÁREAS
       V) CUIDADOS GERAIS PARA MANTER A INTEGRIDADE DO APARELHO
       VI) ANTES DO USO DO APARELHO:
       VII) SOLUÇÕES QUÍMICAS UTILIZADAS NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
                (A) LIMPADORES ENZIMÁTICOS
                (B) DESINFETANTES
                        1. GLUTARALDEÍDO
                        2. ÁCIDO PERACÉTICO
                        3. PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
7) BIOSSEGURANÇA
       I)     USO DOS EPLS NAS DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO
8) ACIDENTES OCUPACIONAIS
       I)     PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS
       II)       FLUXOGRAMA NOS ACIDENTES OCUPACIONAIS POR AGENTE BIOLÓGICO

 9) PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO
                             ENDOSCÓPIO
       I)     PLANILHA PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE HIGIENE E LIMPEZA DOS ENDOSCÓPIOS
       II)    OBSERVAÇÕES
       III)   REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICOS
       IV)    RISCO FUNCIONAL
       V)         FICHA DE AVALIAÇÃO DE REUSO DE MATERIAIS PERMANENTES




                                                                                              2
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos


MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS

INTRODUÇÃO

        O Manual de Rotinas e Procedimentos do Centro de Endoscopia de São Carlos S/S visa padronizar
condutas no Serviço de Endoscopia e informar aos usuários sobre o funcionamento do Serviço e sobre os
procedimentos realizados (preparos, medicamentos, procedimentos propriamente ditos, procedimentos
terapêuticos, riscos e recuperação após procedimentos).
                                                     )


LOCALIZAÇÃO

        O Centro de Endoscopia de São Carlos S/S é o Serviço de Endoscopia da Santa Casa de Misericórdia
de São Carlos. Está localizado à Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573, Santa Casa de Misericórdia de
São Carlos, no Pavilhão Conde do Pinhal, com entrada própria (foto abaixo).




FUNCIONAMENTO
        O Centro de Endoscopia funciona de 2ª a 6ª feira das 0700h as 1700h e aos sábados das 0800h as
1200h, para atendimento ao público, além do funcionamento em esquema de Plantões para atendimento aos
pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, 24 horas por dia, ininterruptamente.




                                                                                                            3
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

         São realizados os seguintes procedimentos: broncoscopia, colangiografia transendoscópica retrógrada,
colonoscopia e endoscopia digestiva alta.
         Os agendamentos são realizados, a partir de solicitações médicas, no local ou por telefone. O preparo
para colonoscopia deve ser retirado no local.
         O atendimento é feito aos pacientes usuários da UNIMED, da CABESP, do DMS (Departamento
Municipal de Saúde), aos pacientes sem convênios (particulares) e aos pacientes SUS internados.
         Na indicação do procedimento pelo médico o paciente recebe orientações, do mesmo, a respeito do
procedimento a qual será submetido e dos seus riscos e complicações. No agendamento, ou antes, da
realização do procedimento deverá assinar o Termo de Consentimento (abaixo).



TERMO DE CONSENTIMENTO

NOME DO SEDIR: CENTRO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA DE SÃO CARLOS S/S

 “Consentimento para realização de Endoscopia Digestiva (Diagnóstica e Terapêutica)”

Eu, __________________________________________________, documento:
___________________, No. ____________________,estou ciente dos riscos, que embora
pouco comuns, são passíveis de ocorrer durante o procedimento de Endoscopia Diagnóstica
ou Terapêutica, e que me foram explicados pelo corpo médico do SEDIR do CENTRO DE
ENDOSCOPIA DIGESTIVA DE SÃO CARLOS S/S, e que incluem, entre outras:
1. Riscos da sedação (apnéia)
2. Arritmias cardíacas
3. Reações anafiláticas
4. Aspiração
5. Pneumonia
6. Perfuração de esôfago, estomago, duodeno
7. perfuração de cólon
8. Infecção
9. Enfisema pleural
10. Derrame pleural
11. Abscesso à distância
12. Sangramento
13. Colangite
14. Pancreatite
15. Lesão de baço
Tais complicações podem resultar em tratamento cirúrgico ou internação hospitalar

________________________________
Paciente

_________________________________
Médico

Testemunha ou
Responsável pelo paciente: _________________________________

Data de Nascimento: _____/______/________

Data: ________/_______/__________




                                                                                                                 4
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos


PROCEDIMENTOS

BRONCOSCOPIA

0 que é Broncoscopia?
         É um procedimento indicado para diagnosticar e tratar doenças da traquéia e dos brônquios através de um
aparelho chamado BRONCOSCÓPIO. Este é um aparelho flexível que permite a visualização de todo o trajeto
percorrido durante o procedimento, desde o nariz até os brônquios.

Com esse procedimento é possível realizarmos:

    1.   Diagnóstico de câncer
    2.   Biópsias de lesões
    3.   Retirada de corpo estranho
    4.   Acompanhamento após cirurgia pulmonar
    5.   Passagem de cateter para BRAQUITERAPIA
    6.   Diagnóstico de causa de sangramento das vias aéreas e seu tratamento
    7.   Diagnóstico de infecções como: pneumonia, tuberculose pulmonar, etc.
    8.   Tratamento com LASER

Qual a duração do procedimento?
        É variável, depende do paciente e principalmente do procedimento, mas em média tem duração de 30
MINUTOS.
Preparo para o procedimento:
        O preparo é muito simples. Veja a seguir:


                   PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ:
É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento.
                      PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE:
JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir
um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas)


Você faz uso de medicações?
                        ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
  Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO
  CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a
                              orientação abaixo descrita:



      CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA                        SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA

         HIPERTENSÃO ARTERIAL:                            DIABETES: hipoglicemiantes
deverá ser ingerido com o mínimo de água         (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc):
pela manhã. Aproximadamente às
06h00minh, mesmo com o procedimento                        ANTICOAGULANTES: (Marevan®,
marcado no período da manhã.                     etc): Solicitar orientação ao seu médico.
         ANTIBIÓTICO:                                      ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®,
deverá ser ingerido com pequena quantidade       AAS®, etc): Solicitar orientação ao seu
de água.                                         médico.




                       ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II
  Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do
                 Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.


No dia do PROCEDIMENTO
        Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento.
Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO
        Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado.




                                                                                                                   5
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

         Trazer TODOS os EXAMES RADIOLOGICOS DE TÓRAX que você possui (MESMO OS ANTIGOS),
incluindo tomografias e radiografias simples, e não esqueça de apresentar os DOCUMENTOS citados abaixo:

         Cartão do Convênio
         Cartão do Hospital (se tiver)
         Cédula de Identidade (RG)


IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO
APÓS O PROCEDIMENTO.

         Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua
residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem
poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu
médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário.
No momento do PROCEDIMENTO
         Você realizará um procedimento seguro e confiável. Para tanto, serão administradas medicações sedativas através
da veia e anestesia tópica (local) na orofaringe (garganta) e narinas antes do inicio do exame. O objetivo é diminuir a
ansiedade e o desconforto, facilitando a realização do procedimento.
         Veja abaixo os passos a seguir na SALA DE PROCEDIMENTO:
     1. Você será encaminhado à sala de procedimento. Fique à vontade. Tire as peças de roupa que o incomodam e no
          caso de acessórios (óculos, paletó ou prótese dentária - dentadura) você deverá retirá-los.
     2. Você inicialmente ficará sentado na mesa de procedimento.
     3. Em seguida, um spray anestésico será aplicado na garganta para facilitar a passagem do aparelho.
     4. Após o spray, você deverá ficar deitado (a), em decúbito dorsal, na mesa de procedimento.
     5. Serão administradas, a critério médico, medicações sedativas através da veia, com o objetivo de diminuir a
          ansiedade e desconforto, facilitando a realização do procedimento.
     6. Será instalado em suas narinas, a critério médico, um pequeno cateter de oxigênio durante o procedimento.
     7. Em seguida, o aparelho será introduzido cuidadosamente até a traquéia através do nariz ou boca. Você poderá se
          sentir ligeiramente incomodado (a) na passagem do aparelho pela garganta.
     8. Não tente engolir, respire fundo, siga as instruções do médico e relaxe, pois desta forma o procedimento poderá ser
          realizado em poucos minutos.
     9. O procedimento não é dolorido, mas pode provocar um pouco de tosse.


IMPORTANTE
Na introdução do aparelho BRONCOSCOPIO, você pode achar que não conseguirá respirar ou
que está sufocando. Procure relaxar e colaborar, que logo esses sintomas desaparecerão.


Em PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS o aparelho é introduzido através da TRAQUEOSTOMIA.


IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada
exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças
infecciosas.


 O que você poderá sentir após o PROCEDIMENTO?
 FALTA DE AR (dispnéia)
          No início do procedimento, o paciente pode ter a sensação de que o "ar não entra" por causa da anestesia na
orofaringe (garganta), mas de modo algum há prejuízo da respiração. O paciente é liberado em boas condições e sem falta de
ar. Caso sinta falta de ar horas após o exame, procure o Serviço de Emergência do hospital e informe que foi submetido (a) ao
procedimento de Broncoscopia.
 TOSSE
          A tosse é natural durante e após o procedimento. Durante o procedimento, a medicação anestésica, que é sedativa
 da tosse, é utilizada para diminuir ao máximo a mesma. Em decorrência do procedimento, o organismo produzirá pouca
 secreção traqueal (catarro) que será eliminada naturalmente após o efeito da anestesia.
 CATARRO COM SANGUE (hemoptise)
          Quando é necessária a biópsia, o sangramento pode ocorrer no momento e logo após o procedimento. É natural e
 não há motivo para alarme. Caso haja grande quantidade de sangue, procure o serviço de emergência do hospital.
 DESCONFORTO NA GARGANTA
          Sua garganta permanecerá anestesiada por cerca de até 30 minutos após o término do procedimento.
 SONOLÊNCIA
          Ocorrerá em função dos efeitos da medicação sedativa.




                                                                                                                            6
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

ENCAMINHAR-SE OU COMUNICAR-SE COM O HOSPITAL EM CASO DE:
         Falta de ar (dispnéia)
         Dor torácica que começou após o procedimento
         Tosse com presença de sangue vivo ou coágulos em grande quantidade



Após o PROCEDIMENTO
          O paciente permanecerá no setor de procedimentos cerca de 30 MINUTOS, para recuperação do efeito sedativo das
medicações.
Alimentação após o PROCEDIMENTO
          Após o procedimento, você ficará em JEJUM. Só poderá ingerir alimentos líquidos ou sólidos após haver passado o
efeito da anestesia na garganta, cerca de 30 MINUTOS após o término do procedimento.
Quando o paciente é liberado?
          É liberado quando se encontrar em condições de andar espontaneamente e se estiver respirando confortavelmente.


COLANGIOPANCREATOGRAFIAENDOSCÓPICA RETRÓGRADA (CPRE)
           É um procedimento que permite o estudo dos canais (vias de drenagem) da vesícula biliar, ducto biliar, pâncreas e
fígado. Um tubo fino e flexível é introduzido através de sua boca para examinar o seu estômago e duodeno. Será identificado
o orifício de abertura desses canais (papila), sendo introduzido um cateter plástico possibilitando a injeção de contraste e
permitindo a realização de uma radiografia que será analisada por seu médico.

PREPARO
         Para permitir uma visão clara, você deverá ficar sem comer e beber (nem água) 8 horas antes do exame. Uma veia
será puncionada e você receberá antibiótico uma hora antes do exame, caso ainda não esteja recebendo. É importante
informar sobre qualquer possibilidade de gravidez, uma vez que serão realizadas radiografias.



Preparo para o procedimento:
       O preparo é muito simples. Veja a seguir:


                     PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ:
É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento.
                        PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE:
JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir
um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas)


Você faz uso de medicações?


                        ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
  Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO
  CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a
                              orientação abaixo descrita:



      CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA                            SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA

                                                             DIABETES: hipoglicemiantes
         HIPERTENSÃO ARTERIAL:                      (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc):
deverá ser ingerido com o mínimo de água
pela manhã. Aproximadamente às                                ANTICOAGULANTES: (Marevan®,
06h00minh, mesmo com o procedimento                 etc): Solicitar orientação ao seu médico.
marcado no período da manhã.                                  ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®,
         ANTIBIÓTICO:                               AAS®, etc): Solicitar orientação ao seu
deverá ser ingerido com pequena quantidade          médico.
de água.                                                      ANTIÁCIDOS. Não usar nas 12
                                                    horas que antecedem o exame.




                          ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II




                                                                                                                               7
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

  Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do
                  Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.


No dia do PROCEDIMENTO
        Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento.
Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO
        Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado.
        Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e não esqueça de apresentar os
DOCUMENTOS citados abaixo:

         Cartão do Convênio
         Cartão do Hospital (se tiver)
         Cédula de Identidade (RG)


IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO
APÓS O PROCEDIMENTO. EM ALGUNS CASOS O PACIENTE PODERÁ PERMANECER
INTERNADO.

         Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua
residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem
poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu
médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário.

O QUE ACONTECERÁ
          O médico e/ou a enfermeira fará uma entrevista, investigando possíveis patologias, reações alérgicas, cirurgias
prévias e se já realizou exames recentes de CPRE, Ultra-sonografia e colangiorressonância. Caso afirmativo, o laudo anterior
se faz necessário, bem como resultado recente de TP (Tempo de Protrombina) e Plaquetas para avaliar o nível de coagulação
em caso de terapêutica. Você precisará colocar uma vestimenta do hospital, remover seus óculos, lentes de contato e prótese
dentária. O procedimento é realizado em uma mesa de radiografia e necessita de internação por 24 horas.

COMO É REALIZADO?
          Na sala de procedimento será pedido que você deite sobre seu lado esquerdo com o braço esquerdo para trás. Será
oferecida uma medicação orai "luftal" para eliminar bolhas de ar, possibilitando melhor visualização do duodeno. Um protetor
plástico será colocado entre seus dentes para manter sua boca aberta durante o exame. Um anestésico tópico spray será
"borrifado" na sua garganta para permitir a passagem do aparelho sem provocar dor ou náuseas. Você será acompanhado
pelo médico que cuidará da sua tranqüilidade e segurança, realizando a sedação, através de uma medicação na veia para
fazer você dormir ou relaxar. O médico passará um tubo flexível, longo, com uma lente, luzes e um canal lateral na
extremidade, que será introduzido pela boca até o canal biliar Por meio desse canal será injetado o contraste no local e
realizada uma radiografia Assim o médico poderá visualizar a presença de cálculos nos canais, na vesícula ou alguma outra
anormalidade. Se necessário, ele poderá retirar os cálculos, colocar drenos ou realizar a abertura desse canal.

TEMPO DO PROCEDIMENTO
      Pode variar de 20 a 60 minutos, conforme o caso.

APÓS O PROCEDIMENTO
         Você pode sentir sua garganta adormecida e levemente irritada. Em razão da anestesia geral, você não deve tomar
nada por pelo menos I hora Se o exame necessitar de tratamento, manter dieta zero por 24h, até avaliação do seu médico.
Você pode sentir gases ou pequena distensão abdominal, pelo ar que foi introduzido através do duodenoscópio; contudo, isso
passará rapidamente.

RISCOS
         Pode resultar em complicações, tais como reações a medicações, perfuração do intestino (rasgos), sangramento,
inflamação do pâncreas (pancreatite) e do dueto biliar (colangite). Essas complicações são raras, mas podem necessitar de
um tratamento de urgência, e até mesmo cirurgia.



IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada
exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças
infecciosas.




                                                                                                                            8
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

QUESTÕES/DÚVIDAS
        É muito importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor, febre, fezes pretas ou vômitos nas 24 horas
pós-CPRE. Caso ainda tenha dúvida sobre o exame, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de
endoscopia.



TRATAMENTOS POR CPRE
           Esfincterotomia-papilotomia: a radiografia mostra um cálculo ou outro bloqueio, o médico pode aumentar o
tamanho da abertura do dueto biliar da papila. Isso se chama "esfincterotomia" e é feito com um fio aquecido eletricamente, o
qual você não sentirá, Qualquer pedra será removida com um basket ou balão e passará através do intestino. Prótese: uma
prótese é um pequeno tubo plástico que é empurrado através do endoscópio para dentro da área estreitada do dueto biliar.
Isso alivia a obstrução (e qualquer icterícia), por permitir que a bile drene livremente para o intestino. Algumas vezes as
próteses também são colocadas no dueto pancreático, quando este está bloqueado ou estreitado.



COLONOSCOPIA

         É o procedimento que visualiza seu cólon (intestino grosso), utilizando um tubo flexível introduzido através do ânus,
com a finalidade de estudar o interior de todo o intestino grosso e a porção terminal do intestino fino. Se houver necessidade,
durante o procedimento, pode ser coletado material do intestino para exame (biópsia) e análise laboratorial detalhada. Não
causa dor. Pequenos tumores (pólipos) podem ser removidos por um laço por onde passa corrente elétrica; sangramentos
podem ser diagnosticados e, muitas vezes, tratados durante o próprio exame.

PREPARO
           Para permitir uma visão clara, o cólon (intestino grosso) deve estar completamente limpo e sem resíduos. O paciente
deverá fazer, na véspera, uma dieta líquida, sem resíduos, e tomar o laxante de acordo com as orientações da enfermeira.
Após a ingestão do laxante é importante tomar bastante líquido, que pode ser água, chá, água-de-coco, gelatinas, Gatorade,
refrigerantes e caldos de carne, frango e legumes coados. "Não pode ser liquidificado”.E importante ingerir líquidos, no mínimo
2 litros/dia. Seu acompanhante o conduzirá até sua casa. No dia do procedimento você deverá se apresentar ao hospital no
horário agendado, em jejum absoluto. Faz-se necessário puncionar acesso venoso para instalação e infusão rápida de
cristalóides.
Preparo para o procedimento:
       O preparo é muito simples. Veja a seguir:


                      PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ:
É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento.
                        PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE:
JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir
um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas)


Você faz uso de medicações?
                        ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
  Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO
  CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a
                              orientação abaixo descrita:



      CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA                             SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA

                                                              DIABETES: hipoglicemiantes
         HIPERTENSÃO ARTERIAL:                       (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc):
deverá ser ingerido com o mínimo de água
pela manhã. Aproximadamente às                                 ANTICOAGULANTES: (Marevan®,
06h00minh, mesmo com o procedimento                  etc): Solicitar orientação ao seu médico.
marcado no período da manhã.                                   ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®,
         ANTIBIÓTICO:                                AAS®, etc): Solicitar orientação ao seu
deverá ser ingerido com pequena quantidade           médico.
de água.                                                       ANTIÁCIDOS. Não usar nas 12
                                                     horas que antecedem o procedimento.




                           ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II




                                                                                                                                  9
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

  Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do
                   Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.


No dia do PROCEDIMENTO
        Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento.
Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO
        Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado.
        Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e não esqueça de apresentar os
DOCUMENTOS citados abaixo:

         Cartão do Convênio
         Cartão do Hospital (se tiver)
         Cédula de Identidade (RG)


IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO
APÓS O PROCEDIMENTO.

           Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua
residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem
poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento.
Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário.

O QUE SERÁ FEITO
          O médico e a enfermeira explicarão o que é o procedimento, seu preparo, cuidados e cada passo do procedimento.
Responda às perguntas que serão feitas, principalmente no que se refere às doenças anteriores, alergias e medicamentos
que esteja tomando. Se já realizou exame de colonoscopia, o laudo anterior se faz necessário. Você será requisitado a
assinar um consentimento informado, dando sua permissão para realizar o procedimento. Será oferecida uma vestimenta do
hospital e solicitada a retirada de seus óculos, lentes de contato, relógios e prótese dentária. Você será colocado em uma
posição confortável sobre seu lado esquerdo. Será dada uma medicação sedativa ou anestésica na veia para fazê-lo
adormecer e relaxar O médico introduzirá o colonoscópio através de seu ânus para dentro do reto e o avançará através do
cólon. Você poderá sentir algum desconforto, cólicas e pressão abdominal, em virtude do ar que é introduzido em seu cólon.
Isso é normal e passará rapidamente, após a eliminação de gases. O ar é importante para que o médico examine
minuciosamente o intestino.

TEMPO DO PROCEDIMENTO
      O exame levará cerca de 20 a 40 minutos.

APÓS O PROCEDIMENTO
          Você permanecerá em repouso numa sala de recuperação até ser liberado pelo médico ou pela enfermeira após
neutralização completa do efeito sedativo ou anestésico. Portanto, você não deve dirigir após o procedimento, nem executar
tarefas que exijam atenção, como operar máquinas ou tomar decisões importantes, pois a sedação diminui os reflexos e seu
raciocínio.

ALIMENTAÇÃO APÓS O PROCEDIMENTO
          Em razão do preparo a que o intestino foi submetido e a fim de facilitar a digestão, você deverá fazer uma refeição
leve, voltando gradativamente à dieta normal no dia seguinte.

RISCOS?
          A colonoscopia pode resultar em complicações, tais como: reações a medicações, perfuração (rasgos) do intestino e
sangramento. São raros (menos de 1 para 1.000 exames), entretanto, requerem tratamento urgente, e até mesmo cirurgia. Os
riscos estão mais relacionados a algum tratamento, como remoção de pólipos.


IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada
exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças
infecciosas.


QUESTÕES/DÚVIDAS
        É importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor, fezes pretas, febre ou vômitos nas primeiras 24
horas após o exame. Caso ainda tenha dúvida sobre o exame, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade
de endoscopia.




                                                                                                                                10
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA OU ESOFAGOGASTRODUODENOSCOPIA

          É um procedimento que permite visualizar o esôfago, estômago e duodeno até a 2ªporção, considerado a primeira
parte do intestino. É realizada se introduzindo um tubo flexível, através da boca, sob sedação. Esse tubo contém uma lente,
luzes e um canal onde o médico poderá trabalhar para coletar material ou realizar algum tratamento.

PREPARO
      O estômago deverá estar vazio. Não coma nem beba nada 8 horas antes do exame. O preparo é muito simples.
Veja a seguir:

                     PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ:
É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento.
                        PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE:
JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir
um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas)


Você faz uso de medicações?
                       ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS I
  Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO
  CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a
                              orientação abaixo descrita:



      CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA                            SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA

                                                             DIABETES: hipoglicemiantes
         HIPERTENSÃO ARTERIAL:                      (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc.):
deverá ser ingerido com o mínimo de água
pela manhã. Aproximadamente às                                ANTICOAGULANTES: (Marevan®,
06h00minh, mesmo com o procedimento                 etc.): Solicitar orientação ao seu médico.
marcado no período da manhã.                                  ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®,
         ANTIBIÓTICO:                               AAS®, etc.): Solicitar orientação ao seu
deverá ser ingerido com pequena quantidade          médico.
de água.                                                      ANTIÁCIDOS. Não usar nas 12
                                                    horas que antecedem o procedimento.




                       ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II
  Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do
                  Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.



No dia do PROCEDIMENTO
        Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento.
Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO
        Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado.
Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e não esqueça de apresentar os
DOCUMENTOS citados abaixo:

         Cartão do Convênio
         Cartão do Hospital (se tiver)
         Cédula de Identidade (RG)


IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO
APÓS O PROCEDIMENTO.

         Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua
residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem




                                                                                                                              11
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu
médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário.

O QUE ACONTECERÁ
         O médico e/ou a enfermeira fará uma entrevista, investigando possíveis patologias, reações alérgicas, cirurgias
anteriores e se já realizou procedimento de endoscopia anteriormente. Caso afirmativo, o laudo se faz necessário. Você
precisará colocar uma vestimenta do hospital, remover seus óculos, lentes de contato e prótese dentária.

COMO É REALIZADO
          Na sala de exame você será colocado numa posição adequada, ou seja, deitará sobre o lado esquerdo. Será
oferecida uma medicação oral "dimeticona" para eliminar bolhas de ar, facilitando a visualização do estômago e do duodeno.
Um protetor plástico será colocado entre seus dentes para manter sua boca aberta durante o procedimento. Um tubo flexível,
fino e pequeno será passado através de sua boca Por meio dele, o médico será capaz de identificar qualquer anormalidade
que possa estar presente, inclusive pesquisar amostras de tecido (biópsias) colhidas durante o exame para análise
laboratorial detalhada. Não causa dor. Alguns tratamentos podem ser realizados pela endoscopia. Estes incluem dilatação de
uma área estreitada do esôfago, estômago e duodeno, remoção de pólipos, objetos deglutidos e tratamento de vasos
sangrantes e úlceras por injeção interna ou aplicação de calor (usando corrente elétrica diatermal, laser argônio ou heater
probe). Um anestésico tópico (spray) será "borrifado" na sua garganta, permitindo a passagem do aparelho sem provocar dor
ou náuseas. Uma medicação para relaxar ou mesmo um anestésico será aplicado na veia momentos antes de iniciar o
procedimento, para fazer você adormecer. Essa medicação provoca sono e esquecimento por algum tempo. Por isso você
não deve dirigir após o procedimento ou realizar tarefas que necessitem de atenção, como operar máquinas ou tomar
decisões importantes, já que a sedação diminui seus reflexos e seu raciocínio. Deve vir acompanhado de uma pessoa que lhe
conduza para casa.

TEMPO DO PROCEDIMENTO
      É um procedimento rápido. Dura, em média, 15 minutos e é indolor.

APÓS O PROCEDIMENTO
          Você irá permanecer na endoscopia em torno de 30 minutos, até a neutralização completa dos efeitos do sedativo
e/ou anestésico. Sua garganta pode ficar adormecida ou levemente irritada. Você não deve comer ou beber até que seu
reflexo de deglutição esteja normal. Depois disso, você pode retornar à sua dieta regular, a menos que seja aconselhado a
fazer o contrário. Você pode sentir gases ou pequena distensão abdominal, pelo ar que foi introduzido através do endoscópio;
contudo, isso passará rapidamente.

RISCOS
         As complicações são raras, menos de 1 para 1.000 procedimentos. Podem ocorrer complicações, tais como: reações
a medicações, perfurações (rasgos) e sangramentos, necessitando de tratamento ou de cirurgia Essas complicações estão
mais relacionadas ao procedimento terapêutico.


IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada
exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças
infecciosas.


QUESTÕES/DÚVIDAS
         Importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor; fezes pretas, febre ou vômitos nas primeiras 24 horas
após o procedimento. Caso ainda tenha dúvida sobre o procedimento, você poderá entrar em contato com a enfermeira da
unidade de endoscopia.




                                                                                                                           12
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS
           A evolução permanente da tecnologia conduz a equipe de enfermagem a reavaliar constantemente suas práticas de
cuidados de enfermagem. A recrudescência de certas doenças infecciosas, a necessidade de lutar contra infecções
nosocomiais, põe em questão as regras de assepsia a serem respeitadas pela equipe de enfermagem. Os endoscópios
digestivos e broncoscópios flexíveis são aparelhos caros e frágeis que necessitam de manutenção rigorosa e desinfecção
específica.
           Estes aparelhos não podem ser esterilizados pelos métodos clássicos. Atualmente todos os aparelhos são imersíveis
em água e permitem um tratamento adequado de desinfecção. Por sua complexidade, o processo de limpeza e desinfecção de
endoscópios não é somente uma preocupação da enfermagem, ela se tornou multidisciplinar, pois exige discussão sobre riscos
físicos, biológicos e químicos, tanto para o paciente quanto para a equipe, exige avaliação dos materiais disponíveis e custos
para a empresa de assistência à saúde.



LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO.

CONCEITOS
           De acordo com a classificação de Spaulding os endoscópios são classificados em materiais semi-críticos, pois entram
em contato com mucosa não-estéril ou não-intacta. O processo indicado é a esterilização se possível. Caso não seja possível,
a desinfecção de alto-nível é necessária. Os endoscópios são termosensíveis, não permitindo uso em autoclave. Podem ser
esterilizados em óxido de etileno, mas seu processo é inviável, considerando o tempo de ausência do aparelho no serviço de
endoscopia (processo de 72h). Conforme a Resolução/ANVISA-RE nº 606(11/08/2006),
                                                                      2.

Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão ou
detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, com conseqüente redução de carga microbiana. Deve
preceder os processos de desinfecção ou esterilização.

Desinfecção: Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e
superfícies.

Esterilização: Processo físico ou químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos microbianos.



LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS

DEFINIÇÃO DO PROTOCOLO
         Conjunto de etapas que permitem a destruição de microorganismos do material de endoscopia (endoscópios e
acessórios).

OBJETIVO
         Evitar a transmissão de cruzada de microorganismos aos pacientes por ocasião da endoscopia digestiva ou
brônquica.

INDICAÇÃO
         Antes e após cada exame. A prática de desinfecção antes do primeiro exame ainda é indicada, mas já vem sendo
questionada em diferentes países.



MATERIAL NECESSÁRIO

    1.  Para o profissional:
    2.  Luvas, máscara, óculos e avental.
    3.  Para teste de vedação:
    4.  Testador de vedação automático ou manual.
    5.  Para a limpeza:
    6.  Detergente enzimático, água corrente, cubas, escova para canal e válvulas, pano macio, seringas, válvulas de
        irrigação dos diferentes canais.
    7. Para desinfecção:
    8. Cuba com solução desinfetante, seringa, válvulas de irrigação dos diferentes canais.
    9. Pra enxágüe: água corrente, cuba com água e válvulas de irrigação dos diferentes canais, seringa.
    10. Para secagem: ar comprimido, pistola de sob pressão, pano de tecido macio.




                                                                                                                          13
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

LIMPEZA
         A presença de fezes, sangue ou secreção respiratória pode resultar em falha no processo de desinfecção. Isto devido
ao material orgânico proteger o microorganismo da exposição ao desinfetante ou por inativar o desinfetante.
Consequentemente, a limpeza rigorosa é necessária nos endoscópios flexíveis. Deve acontecer imediatamente após o término
do exame na sala, para evitar ressecamento de secreções.
         As etapas estão descritas a seguir;
     1. Ainda na sala do exame, imediatamente ao ser retirado do paciente, com o aparelho conectado na fonte de luz,
          aspirar água com detergente enzimático para limpeza do excesso de secreção no canal. Limpar com compressa o
          tubo de inserção retirando o excesso de secreção.
     2. Acionar o canal de ar/água, alternadamente por 15 segundos, prevenindo a obstrução deste canal. Alguns aparelhos
          possuem uma válvula acionada.
     3. Retirar o aparelho da fonte elétrica, conectando a seguir a tampa de proteção da parte elétrica.
     4. Levar o aparelho para a sala de desinfecção, protegido para evitar manuseios indevidos.
     5. Realizar o teste de vedação após cada procedimento, antes de imergir o aparelho na solução.

TESTE DE VEDAÇÃO
    1.    Adapte o testador de vedação ao aparelho:
    2.    Coloque o aparelho na água imergindo a extremidade distal do aparelho, observando a formação de bolhas;
    3.    Imergir lentamente, aos poucos, o aparelho, até que todo ele fique imerso;
    4.    Realizar movimento “up’’,” down’’, "right’’, ’’ left ’’, observando a formação de bolhas ou queda de pressão no
          manômetro.
    5.    Caso o aparelho apresente algum vazamento ou escape de ar, não prossiga p processo de limpeza, pois a imersão
          em água ou solução desinfetante pode infiltrar no aparelho, danificando-o. Proteja-o ao colocar na maleta e
          encaminhe-o para conserto autorizado, com aviso de que este não sofreu processo de desinfecção.
    6.    Se o aparelho estiver íntegro, continue o processo de limpeza a seguir:
    7.    Imergir totalmente o aparelho em detergente enzimático, obedecendo às instruções do fabricante para uso adequado
          da solução.
    8.    Remover as válvulas, imergir em solução enzimática e proceder à escovação das mesmas.
    9.    Lavar externamente o aparelho, comando e tubo com compressa macia ou esponja.
    10.   Introduzir a escova de limpeza no canal de biópsia até a saída na porção distal e escovar a escova de limpeza ao sair
          na outra extremidade antes de tracioná-la de volta.
    11.   Introduzir a escova de limpeza em ângulo de 45º através do canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo.
    12.   Introduzir a escova de limpeza através do canal de aspiração em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo
          conector.
    13.   Realizar a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la.
    14.   Escovar o local das válvulas com escova própria.
    15.   Enxaguar os canais, utilizando os acessórios do aparelho fornecidos pelo fabricante para proceder a lavagem e
          desinfecção, utilizando baixa pressão.
    16.   Enxaguar em água corrente abundante. Secar externamente e escorrer ao máximo antes de colocar o aparelho em
          solução desinfetante.

DESINFECÇÃO
    1.    Imergir totalmente o aparelho na solução desinfetante e introduzir solução nos canais com auxílio de uma seringa.
    2.    Cronometrar o tempo para imersão na solução, de acordo com a especificação do fabricante do desinfetante. Devem-
          se utilizar somente soluções com registro na Divisão de Saneantes do Ministério da Saúde.
    3.    Após retirar o aparelho do desinfetante, lavar em água corrente abundante.
    4.    Realizar enxágüe dos canais com água em abundancia (mínimo de 5 vezes com auxílio de seringa).
    5.    Secar o tubo com pano macio.
    6.    Secar os canais com ar comprimido sob baixa pressão.
    7.    Realizar rinsagem com álcool 70% (P/V) nos canais, seguida de nova secagem de lúmen com ar comprimido, ao final
          do período de trabalho. Este processo auxilia na secagem do canal, evitando a formação de biofilme.
    8.    Aplicar óleo silicone nos anéis de borracha das válvulas.
    9.    Armazenar os endoscópios em armários ventilados, de fácil limpeza, em temperatura ambiente, evitando umidade e
          calor excessivo, na posição vertical, com o cuidado de não tracionar o cabo do tubo conector.

CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM

Temperatura:                        10 a 40º
Umidade:                            Seca
Pressão:                            70 a 106 kPa (dentro da faixa de pressão atmosférica)
Local:                              Limpo e não exposto à luz solar direta
Estado do Endoscópio:               Reto, ao invés de angulado. Local não afetado por forças externas. Pendurado
                                    com a seção de controle para acima

          Retirar as válvulas para permitir ventilação enquanto estocado. Não armazenar na maleta. Esta é somente para
transporte do aparelho.




                                                                                                                           14
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS ACESSÓRIOS
         Escovar o recipiente de água com detergente enzimático, injetar detergente no canal de borracha. Enxaguar com
água corrente e injetar água no canal. Imergir o recipiente de água na solução desinfetante no final do turno de trabalho,
conforme tempo determinado pelo fabricante.

TRANSPORTE DO APARELHO PARA OUTRAS ÁREAS
          É comum a realização de exames fora da unidade de endoscopia em UTI ou emergência. Cuidados especiais para
transporte deste aparelho devem ser considerados, pois os pacientes não podem correr riscos de contaminação exógena.
          Ao levar o aparelho para áreas externas a unidade de endoscopia, este deve ser levado na maleta, protegendo contra
riscos de queda. Para colocar na maleta este deve ser protegido com plástico limpo, pois a maleta é considerada contaminada.
Este procedimento auxilia para o retorno do aparelho para a unidade de endoscopia onde será realizada a desinfecção deste.
O aparelho após o uso poderá ser colocado sujo no plástico para então ser colocado na maleta, evitando contaminação desta.

CUIDADOS GERAIS PARA MANTER A INTEGRIDADE DO APARELHO
     1.   Ao retirá-lo para uso e colocá-lo sobre uma superfície, evite deita-lo com o comando para baixo.
     2.   Não faça dobras no tubo.
     3.   Maneira correta de segurar o aparelho.
     4.   Inspecionar danos no tubo como amassos.
     5.   Não dobre a parte distal com a mão. Utilize os comandos.
     6.   Imergir o aparelho com acessórios ou sem proteção da parte elétrica pode perfurar a capa externa do aparelho e
          infiltrar.

ANTES DO USO DO APARELHO:
     1.   Comprovar que os freios não se encontram bloqueados.
     2.   Utilizar os comandos de angulação para verificar se estão funcionando corretamente e que os graus de angulação
          são apropriados.
     3.   Acionar os freios para comprovar seu correto funcionamento.
     4.   Pressionar a válvula de ar/água para comprovar a irrigação.
     5.   Pressionar a válvula de sucção para verificar seu correto funcionamento.
     6.   Verificar imagem.

SOLUÇÕES QUÍMICAS UTILIZADAS NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE
     EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

LIMPADORES ENZIMÁTICOS
           A solução adequada do detergente está diretamente relacionada com o conhecimento de seus princípios ativos e sua
ação, de acordo com as características do material a ser lavado. Com relação aos detergentes enzimáticos trata-se de
substâncias químicas que têm propriedade de tornar solúveis em água substâncias que não são solúveis ou têm baixa
solubilidade. Eles agem não somente sobre gorduras, como também sobre proteínas e açúcares, que são componentes
abundantes na matéria orgânica, uma vez que as enzimas têm a propriedade de promover quebra das ligações das matérias
orgânicas. Tais transformações ocorrem de forma semelhante ao processo de digestão de alimentos em nosso organismo, pela
decomposição das estruturas moleculares complexas das substâncias biológicas, só que de forma mais rápida. As enzimas
mais utilizadas são as proteases (degradação das proteínas), amilases carboidrases (digestão de matéria orgânica, sintetizada
a partir de açúcares) e lípases (responsável pela degradação das gorduras). Elas são obtidas atualmente por engenharia
genética, tendo como matéria prima bactérias, fungos e outros microorganismos.
           São biodegradáveis, neutros, concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto, não promovem
desinfecção.
           Para uso eficaz do produto é importante respeitar a orientação do fabricante, especialmente quanto à diluição e
temperatura ótima da água.

DESINFETANTES

          Um grande número de desinfetantes é usado em hospitais ou casa de saúde, incluindo álcool, compostos de cloro,
formaldeído, glutaraldeído, peróxido de hidrogênio e compostos de amônia quaternária.
          A seleção apropriada deste deve ser cuidadosa e sua utilização deve ser segura e eficiente. Deve ser lembrado que
os gastos excessivos podem ser atribuídos ao uso de concentrações incorretas e germicidas inapropriados. (RUTALA, 1996).

GLUTARALDEÍDO
     1.   Apresentação líquida, ácida, não é corrosiva.
     2.   Modo de uso: Por submersão, deve ser ativado, tornando-o alcalino com pH de 7,5 a 8,5. Em temperatura 20º   C.
          Validade de 14 a 28 dias.
     3.   Tempo de processamento: Segue a portaria MS nº      15/88,30 minutos.
     4.   Aplicação: desinfetante de alto nível, utilizado em materiais semicríticos.
     5.   O glutaraldeído é utilizado mais comumente como um desinfetante de alto nível em equipamentos médicos como
          endoscópios, equipamentos de terapia respiratória, dializadores, transdutores, equipamentos de anestesia, e
          hemodiálise. (ESGNA, 1999).




                                                                                                                             15
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

    6.    Espectro de ação: a 2% é efetivo contra as bactérias vegetativas, fungos e a maioria dos vírus.
    7.    Tempo: Destrói altos níveis de Mycobacterium tuberculosis e 20 minutos. O HBV é destruído em 2,5 a 5 minutos de
          exposição. A Mycobacterium avium Intracellulare é eliminada em 60-75 minutos. H.Pilory é rapidamente eliminado.
          Não elimina os prions. (MODLETON, 1997)
    8.    Esterilizante químico se imerso por 8 a12 horas. As orientações de tempo de imersão devem ser seguidas de acordo
          com as especificações do fabricante.
    9.    Apresentação 1,5% a 2,4%.
    10.   Máquinas: Pode ser utilizadas em máquinas lavadoras de endoscópios.
    11.   Teste de validade: é recomendado uso de fita teste para confirmar a concentração efetiva dos ingredientes ativos
          presentes.
    12.   Biossegurança: produto tóxico pode causar irritação de pele e mucosa. Exige ventilação adequada da sala de
          desinfecção e proteção individual em seu manuseio.
    13.   A proteção de saúde do trabalhador deve ser lembrada. O trabalhador pode ficar exposto a altas concentrações de
          vapor de glutaraldeído enquanto o equipamento é processado em salas pouco ventiladas, quando derramamento ou
          vazamento ocorrem, ou quando os recipientes para os banhos de imersão são abertos.
    14.   Nestas situações o nível de glutaraldeído no ar poderia alcançar o limite máximo de 0.2 ppm. (RUTALA, 1998)
    15.   A exposição ao glutaraldeído acima de 0.2ppm é irritante para os olhos, garganta e nariz. Epistaxe, dermatite de
          contato, asma e renite têm sido documentados em trabalhadores de saúde expostos ao glutaraldeído. Máquinas de
          lavar e desinfetar endoscópios reduz o risco de exposição ocupacional ao produto. (RUTALLA 1998, ESGNA, 1999)
    16.   Algumas alternativas podem combater estes problemas como:
    17.   Melhorar a ventilação (7 a 15 mudanças de ar por hora);
    18.   Uso de coifas de exaustão ou filtros absorventes para o vapor do glutaraldeído;
    19.   Tampas ajustadas e firmes sobre as cubas de exaustão;
    20.   Equipamento de proteção individual como luvas (de borracha nitrílica, borracha butílica, polietileno), óculos de
          proteção, avental plástico e máscara de carvão ativado, a fim de diminuir as áreas de exposição ao produto.
    21.   Cuidados: Problemas como proctocolite causada pela solução de glutaraldeído residual nos canais de ar/água dos
          colonoscópios foi documentada e é prevenida pelo enxágüe adequado do aparelho antes do uso. (Dolcé, 1995)

ÁCIDO PERACÉTICO
    1.  Apresentação: líquida.
    2.  Modo de uso: por submersão.
    3.  Tempo de processamento 30 minutos a 50 a 56º (em máquina apropriada)
                                                          C
    4.  Aplicação: desinfetante de alto nível. Sua aplicação mais conhecida no país, até o momento é em hemodiálise.
        Indicada fora do país para uso em endoscópios, instrumento de diagnóstico e outros materiais submersíveis.
    5. Ação: agente oxidante. Desnaturação protéica, ruptura da permeabilidade da membrana celular.
    6. Espectro em ação: tem amplo aspecto de ação conforme é requisito para ser desinfetante de alto nível, incluindo
        Mycobacterias e esporos bacterianos. Sua principal vantagem na decomposição são os resíduos em baixos níveis.
    7. Tempo: a inativação de microorganismos é dependente de tempo, temperatura e concentração. Inativa
        microorganismos mais sensíveis em 5 minutos a uma concentração de 100ppm. Para eliminação de esporos, de 500
        a 10000ppm em 15 segundos a 30 minutos.
    8. Apresentações: 0,2% e 0,35%.
    9. Máquinas: existem no mercado internacional para uso com soluções específicas (0,2%) para tratamento em
        endoscópios, enquanto outras são recomendadas com diversos tipos de soluções e testadas também com ácido
        paracético. Outras são referenciadas como esterilizadoras.
    10. Indicação: no âmbito nacional tem sido utilizada em combinação com o peróxido de hidrogênio para tratamento de
        hemodializadores. Tem sido mais estudado para outros usos em substituição ao glutaraldeído para materiais
        termosensíveis.
    11. Compatibilidade com materiais: pode corroer cobre latão, bronze, ferro galvanizado e aço. Estes efeitos, no entanto,
        podem ser reduzidos por aditivos e modificações de pH.
    12. Existem no mercado ácido paracético compatível com matérias ferrossos, portanto, compatíveis com o
        reprocessamento dos endoscópios, pois seu pH é neutro (5,5 a 7).

PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO

    1.    Apresentação: Utiliza um precursor químico-o peróxido de hidrogênio, em ampolas de 1,8ml, em solução aquosa com
          concentração de 58% e uma fonte física a radiofreqüência, produzem plasma. (CASSOLA, 1997)
    2.    Modo de uso: Através de equipamento automatizado, rápido, sem resíduos tóxicos.
    3.    Tempo de processamento: O ciclo é dividido em 5 etapas. Vácuo: de 5 a 20 minutos; injeção: 6 minutos; difusão: 44
          minutos; plasma: 15 minutos e ventilação: 4 minutos.
    4.    Aplicação: esterilização de artigos sensíveis ao calor e a umidade.
    5.    Espectro de ação: Esterilização
    6.     Testes: A monitorização dos ciclos por indicador biológico é realizada 3 vezes por semana, no primeiro ciclo, com
          Bacillus subtillis.
    7.    A carga aguarda liberação de 24 a 48h para liberação dos resultados das leituras. (Muller e Silva, 2002)

BIOSSEGURANÇA
          Biossegurança, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é “o conjunto de ações voltada para prevenção,
minimizando ou eliminação de riscos inerentes à atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos
serviços desenvolvidos”. Basicamente, as normas de Biossegurança englobam todas as medidas para evitar os riscos, sejam
eles biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e psicológicos.




                                                                                                                         16
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

A Biossegurança não limita-se hoje mais apenas a controle de riscos biológicos ou químicos ao trabalhador, mas uma grande
preocupação é quanto a liberação de produtos perigosos no meio-ambiente, como os resíduos de serviço de saúde. A
RDC/ANVISA nº     306/04, dispõe o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço se saúde.
            As unidades de endoscopia digestiva realizam procedimentos de cunho semi-críticos e críticos, com potencial de
contaminação, sendo necessário que os trabalhadores de saúde tenham como prioridade a segurança para realizar os
procedimentos, práticas efetivas e constantes para prevenir, minimizar a disseminação das doenças e a proteção dos produtos
químicos utilizados nos processos de desinfecção/esterilização.
            As Precauções Padrão, estabelecidas pelo CDC-Centro de Controle de Doenças de Atlanta, são as recomendações
básicas para seguranças da equipe e paciente. Estas incluem o uso de barreiras (equipamentos de proteção individual) e
lavagem de mãos, toda vez que houver possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções e fluidos corporais (exceto
suor), pele não íntegra e membranas mucosas de todos os pacientes.
Além disso, são recomendadas precauções específicas, como as com aerossóis, ao lidar com pacientes suspeitos ou
portadores de sarampo, varicela ou tuberculose pulmonar, sendo que a máscara recomendada é do tipo N 95, com filtro,
conhecida no Brasil como PFF2. As precauções de contato, ao lidar com pacientes portadores de germes multiresistentes, e
precauções com gotículas, com pacientes portadores de doença Meningocóccica, têm igualmente cuidados especiais.
            Os EPls (equipamentos de proteção individual) e EPCs (equipamentos de proteção coletiva) destina-se a proteger os
profissionais durante o exercícios de suas atividades, minimizando o risco por contato com sangue e outros fluídos corpóreos,
bem como o manuseio de germicidas químicos.
            A portaria nº485 de 11/11/2005 do ministério do Trabalho aprovou a Norma Regulamentadora (NR32) que trata da
Segurança e Saúde no trabalho dos estabelecimentos de saúde. Esta NR atualmente é a que define quais as diretrizes básicas
de segurança dos trabalhadores de saúde.
            São exemplos de EPLs os óculos de proteção, máscaras, luvas, aventais, e sapatos fechados. São exemplos de
EPCS as caixas de perfurocortantes, o sistema de exaustão e ventilação.
            As medidas de segurança do trabalhador incluem as imunizações, especificamente de hepatite B e tétano para toda a
equipe.
            O manejo adequado e destino dos resíduos sólidos devem ser controlados, de forma a preservar a segurança de
equipe e paciente, bem como do ambiente. O uso de caixas ou recipientes específicos para perfurocortantes devem ser
trocados sempre que ¾ de sua capacidade estiver ocupada, de forma a não ocorrer perfuração acidental. Agulhas e materiais
pontiagudos não devem ser reencapados.
            O uso de radiações ionizantes em alguns procedimentos endoscópios como a CPER (Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrógrada), por exemplo, demandam o uso de EPI adequado, como os aventais de chumbo e protetores de
tiróide, além de óculos plumbados, bem como a monitorização periódica dos dosímetros de cada funcionário. Um protocolo na
Instituição sobre controle de saúde periódico do trabalhador e controle da exposição é obrigatório.
            Os EPLs recomendados em procedimentos endoscópicos são:

USO DOS EPLS NAS DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO
                                              Procedimento       Limpeza           Desinfecção      Secagem
 Óculos                                              X                X                  X               X
 Luvas de Procedimentos                              X
 Luvas de Látex                                                         X                X                X
 Máscara de procedimento                              X                 X                X                X
 Máscara de Carvão Ativado
 Avental Manga Longa                                  X                 X                X                X
 Avental Plástico                                                       X                X                X
 Protetor auricular                                                                                       X
 Dosímetro                                            X*
 Avental de chumbo                                    X*
 Protetor de tireóide c/ chumbo                       X*



                                                                                  *Quando em procedimento com uso de RX.

         Dentre os EPCs recomendados, estão a ventilação adequada da sala de limpeza e desinfecção, devido á formação
de vapores e a inalação de produtos tóxicos. Além disso, pisos laváveis, equipamentos aterrados são também medidas de
segurança coletivas, dentre outras.




ACIDENTES OCUPACIONAIS

          O CENTRO DE ENDOSCOPIA DE SÃO CARLOS S/S na qualidade de Serviço de Endoscopia da Santa Casa de
Misericórdia de São Carlos segue as normas da CCIH.



PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS

OBJETIVO
         Registrar, analisar e promover o acompanhamento dos acidentes ocupacionais perfuro-cortantes que poderão gerar
riscos de aquisição de doenças transmissíveis por esta via.




                                                                                                                         17
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos



METODOLOGIA

1.       Através do registro imediato do acidente, recomenda-se, baseado em sua gravidade e tipo de exposição, o uso de
         profiláticos na forma de imunização passiva e ativa, bem como utilização de medicamentos específicos.
2.       Doenças com acompanhamentos:
     -   Hepatite viral tipo B;
     -   Hepatite viral tipo C;
     -   Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA).


RESPONSÁVEIS

♦        C.C.I.H. / S.C.I.H.;
♦        Chefias de Enfermagem;
♦        Médicos plantonistas da UTI Adulto;
♦        Funcionário acidentado;
♦        SESMT
♦        Departamento pessoal.
♦        Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos




                                                                                                                   18
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

FLUXOGRAMA NOS ACIDENTES OCUPACIONAIS POR AGENTE BIOLÓGICO

             C.C.I.H / S.C.I.H.              Emissão:10/00       Revisão:01/07
        INSTRUÇÃO DE TRABALHO                Responsável: Dr.
                                             Paulo Roberto Motta
Denominação: Monitoria aos Acidentes Ocupacionais
Objetivo: Acompanhamento, avaliação e conduta no momento do acidente (ocup. material
biológico)




          Início                                     (A) O funcionário se acidenta




                                                     (B) No momento do acidente o funcionário
      Ocorrência do                                  deverá comunicar à sua chefia imediata.
       Acidente (A)



                                                     (C;D) O Registro de acidente será preenchido pela
     Comunicação à                                   chefia do funcionário, em todos os campos
                                                     assinalados. (A pasta com os registros está na Sala
    chefia imediata (B)                              de Gerência de Enfermagem). O CAT (Comunicado
                                                     de Acidente de Trabalho) deverá ser aberto no
                                                     SESMT até 24 horas após o acidente.

    Abertura do Registro
        de Acidente
     Ocupacional e CAT
            (C;D)
                                                     (E) A chefia responsável ira comunicar o acidente
       Conduta Médica                                ao médico plantonista da UTI adulto, e este avaliará
                                                     o caso, tomando a conduta necessária.
    (C.C.I.H./ UTI-A) (E;F)



                                      Pegar na       (F) Após a conduta médica o funcionário
          Quimio                                     aguardará os resultados dos exames, seguindo
                                      Farmácia
         profilaxia                                  as orientações médicas.
                              Sim     mediante
                                      pedido
                                      preenchido
           Não
                                                     (G) Após o preenchimento da ficha de
                                                     notificação do acidente ocupacional, esta deverá
Aguardar resultados de                               ser encaminhada para a sala da CCIH para
                                                     acompanhamento.
       exames




       Prosseguir
    acompanhamento
          (G)
                                     Sim


         Não




                                                                                                  19
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO
ENDOSCÓPIO
           Este processo auxilia como um “check list” para o profissional da enfermagem que realiza a desinfecção dos
aparelhos na unidade de endoscopia. É uma proposta da SOBEEG para auditoria nos serviços de Endoscopia, em busca da
garantia e segurança do usuário. Convencionado pela SOBEEG que deverá ser realizada uma observação no mínimo a cada
seis meses, aproximadamente, por profissional que não realiza normalmente esse procedimento, através da planilha. A
instituição deve planejar a observação de tal modo e evitar o máximo possível que o observado mude o comportamento frente
ao observador. A SOBEEG desaconselha medidas punitivas frente à falhas nos procedimentos e recomenda treinamento
sistemático, no mínimo anual e quando forem observadas inconformidades no processo. A mesma planilha utilizada pelo
observador externo deve ser preenchida sistematicamente pelo profissional responsável pelo procedimento, assim como pelo
enfermeiro. A mesma deve acompanhar o aparelho até seu uso. Deve ser registrado o nome do paciente e o procedimento
realizado e então arquivada.




 PLANILHA PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE HIGIENE E LIMPEZA DOS
                          ENDOSCÓPIOS
Procedimento observado                                                    Conformidades (OK)         Responsável
                                                                          observações
1. Na própria sala: imediatamente ao ser retirado do paciente, com o
aparelho conectado na fonte de luz, a água é aspirada com detergente
enzimático para limpeza do excesso de secreção no canal.
2. É retirado excesso de secreção com compressa.
3. É acionado canal de ar e de água, alternadamente.
4. É desconectado da energia e colocada a tampa de proteção da parte
elétrica antes do início da desinfecção.
5. Testador de vedação é adaptado.
6. O aparelho é submergido na água, iniciando pela extremidade distal.
7. São realizados os movimentos acima, abaixo, a esquerda e a
direita.
8. São observados sinais de vazamento ou escape de ar.
9. O aparelho é submergido em detergente enzimático.
10. As válvulas são removidas e submersas em solução enzimática.
11. As válvulas são escovadas.
12. O aparelho é lavado externamente (comando e tubo).
13. É introduzida a escova de limpeza no canal de biópsia até a saída
na porção distal. A escova é escovada ao sair na outra extremidade
antes de tracioná-la.
14. É introduzida a escova de limpeza em ângulo de 45º através do
canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo.
15. É introduzida a escova de limpeza através do canal de aspiração
em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector.
16. É realizada a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la.
17. Os acessórios utilizados são os fornecidos pelo fabricante do
aparelho.
18. É enxaguado em água corrente abundante.
19. É secado externamente.
20. É deixado escorrer até não mais observar saída de água.
21. É imerso completamente o aparelho na solução desinfetante.
22. O desinfetante é introduzido nos canais com auxílio de uma
seringa.
23. O tempo para imersão no desinfetante respeita o tempo exigido
pelo fabricante.
24. O aparelho é retirado do desinfetante e lavado em água corrente
abundante.
25. É realizado enxágüe dos canais com água em abundância com
auxílio de seringa.
26. O tubo é seco externamente com pano macio.
27. Ar comprimido é aplicado para secagem dos canais.
28. É realizada rinsagem com álcool 70% nos canais, seguida de nova
aeração com ar comprimido.
29. É aplicado óleo silicone nos anéis de borracha das válvulas.
30. Armazenado sem válvulas.

         Recomendações adicionais:
Manter planilhas de controle de temperatura e umidade no local de armazenamento dos aparelhos.
Manter planilhas de controle de tratamento dos aparelhos e dos testes de validade do desinfetante.




                                                                                                                       20
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos

OBSERVAÇÕES

          Para segurança no processo de limpeza e desinfecção, certifique-se que o detergente enzimático e a solução
desinfetante possuem registro na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O registro tem validade por 5 anos.
Não ultrapasse o número de dias de validade da solução desinfetante. Dilua conforme a recomendação do fabricante.

REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICOS

          Como recomendação inicial, idealmente, os materiais de uso único não devem ser reprocessados. Neste sentido, a
avaliação financeira é de importância primordial. Muitas vezes a busca de produtos com preços mais justos como descartáveis
é a solução. Neste sentido à semelhança dos medicamentos, tem-se iniciado a falar de materiais genéricos como “aqueles que
cumprem com segurança a finalidade com preço justo para ser acessível como descartável”. Tem-se conhecimento deste tipo
de material “genérico” em processos de licitação pública, onde diferentes laboratórios fornecem o mesmo acessório com
diferentes custos, sendo que todos atendem à segurança do uso. Porém, ainda é uma possibilidade incipiente. Por ora, a
maioria dos acessórios de uso único utilizados em endoscopia digestiva é de alto custo o que conduz para a prática do reuso.
Qualquer acessório que for reutilizado deve sofrer o processo de limpeza em ultra-som com detergente enzimático, antes de
ser reesterelizado. Neste caso, muitos cuidados devem ser observados quanto à avaliação do risco funcional e microbiológico.

RISCO FUNCIONAL
          Se o acessório de uso único apresenta prejuízos quanto a sua funcionalidade no segundo uso, este não deve ser
reprocessado. Para esta decisão, há que se pesquisar sistematicamente junto ao médico usuário, o desempenho do acessório
reprocessado comparando com o do primeiro uso. Qualquer prejuízo no desempenho dos acessórios de uso único não justifica
o uso. Caso seja aprovado quanto a sua funcionalidade, o próximo passo a ser seguido é julgamento de risco baseado em
escores. GRAZIANO et al (2006) desenvolveram um instrumento onde vários itens são valorados de 0 a 3 dependendo do grau
de risco:

0-não se aplica     1-Risco baixo                2-Risco intermediário                    3-risco alto

Os aspectos principais a serem julgados são:

             3                             2                             1                               0
          Crítico                     Semicrítico                   Não-crítico
Não desmonta                  Desmonta parcial              Desmonta total                 Material Sólido
Não existem entrada nem       Entra e sai água/ar           Entra e sai água
saída de água/ar              parcialmente (glotejando)     permitindo o acoplamento
                                                            em lavadora ultrassônica
                                                            com jato pulsátil e pistola
                                                            de água/ar sob pressão
Contato longo e íntimo em     Contato por tempo             Contato breve em áreas
áreas estéreis do corpo       intermediário em áreas        estéreis do corpo humano
humano (uso contínuo          estéreis do corpo humano      (uso esporádico de 1 a 3
durante o procedimento        (tempo de contato 5’ 15’)     vezes de contato)
invasivo 15’)
Espaços internos sem          Parte da estrutura            Estrutura transparente que     Material sem espaços
possibilidade de              transparente p/inspeção da    permite inspeção visual da     internos
inspecionar a luz             limpeza                       limpeza
Impossibilidade de utilizar   Possibilidade parcial: Pelo   Todas as estruturas
artefatos para limpeza        menos 2 recursos para         internas são passíveis de
(escova, jato de ar/água,     limpeza                       limpeza mecânica com
ultra-som)                                                  artefatos
O acessório fica em           Idem por tempo curto          A maior parte do acessório
contato direto com o                                        fica restrita ao contato
paciente sendo banhado                                      manual do cirurgião
por secreção biológica por
tempo prolongado




           Analisando um acessório de uso único de endoscopia digestiva, quanto mais alto o escore obtido maior é o risco
biológico no reuso. Esta definição do grau de risco é útil para auxiliar na decisão em envidar esforços na validação da
esterilidade, passo seguinte, que implica em extensivos testes com altos custos. A seguir temos um exemplo de ficha que pode
ser utilizada nos serviços de endoscopia para avaliação de condições do reprocessamento de produtos médicos.




                                                                                                                          21
Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos



FICHA DE AVALIAÇÃO DE REUSO DE MATERIAIS PERMANENTES
Material: ____________________________________________________________________
Marca: ______________________________________________________________________

Os materiais com fita (especificar a cor) estão sendo avaliados para condições de reuso para criação de um protocolo.
Antes de enviar para esterilização, avalie o produto conforme os critérios abaixo e marque com um X cada alternativa
para sim ou não. Após preenchimento entregar a folha para a enfermeira do turno.

Atenção: Anotar na etiqueta que vai para o CME o número da reesterilização.
          Número da reesterilização

      Integridade
   1. O material apresenta ranhuras?                                SIM ( )           NÃO( )
   2. Ficou com dobraduras? ?                                       SIM ( )           NÃO( )
   3.Apresenta oxidação(ferrugem)?                                  SIM ( )           NÃO( )
   4. Soltaram fio, fiapos, outros?                                 SIM ( )           NÃO( )

      Funcionalidade
   5. Apresenta dificuldade de: - Abertura?                        SIM (    )        NÃO(    )
   6. Apresenta dificuldade de: - Fechamento/enlaçamento?          SIM (   )         NÃO(   )
   7. Funciona pior que no 1º uso?                                 SIM (   )         NÃO(   )
   8. Perdeu parte da estrutura?                                   SIM (   )         NÃO(   )
   9. Apresenta tortuosidades?                                     SIM (   )         NÃO(   )

     Estocagem
  10. É difícil adaptar na pistola/látex para
      Secagem no ar comprimido?                                     SIM ( )          NÃO( )
  11. É difícil para secar? (muito longo, estreito, outro)          SIM ( )          NÃO( )
  12. Tempo para secar, mais de 24 horas?                           SIM ( )          NÃO( )

           Qual item determinou o descarte?___________________




CONSIDERAÇÕES FINAIS

          O Manual de Rotinas e Procedimentos do Centro de Endoscopia de São Carlos deve ser seguido por todos os
profissionais do Serviço, sendo que cada um, seja médico, profissional de enfermagem ou do serviço de apoio, é responsável
pelos seus atos. Este Manual estará disponível no Serviço e no site para acesso pelo paciente e poderá servir de modelo para
outros Serviços.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.        Endoscopia gastrointestinal terapêutica SOBED – São Paulo – Tecmedd, 2006.
2.        SILVA, O.F., Exame de Broncoscopia – Manual de orientação ao paciente, Centro de Tratamento e Pesquisa do
Hospital do Câncer – A.C.Camargo, EPS Design, 2001, São Paulo.
3.        SOBEEG SbdEeEG, Ministério da Saúde, ANVISA. Manual de limpeza e desinfecção de aparelhos endoscópicos.
2007.


MÉDICO RESPONSÁVEL




                                                                                                                          22

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Qualificações de Áreas Limpas
Qualificações de Áreas LimpasQualificações de Áreas Limpas
Qualificações de Áreas LimpasDenise Selegato
 
pedoman cpob
pedoman cpobpedoman cpob
pedoman cpobhizr
 
Biosegurança nas ações de enfermagem
Biosegurança nas ações de enfermagemBiosegurança nas ações de enfermagem
Biosegurança nas ações de enfermagemGabriela Montargil
 
254655522-Plebhitis-ppt.ppt
254655522-Plebhitis-ppt.ppt254655522-Plebhitis-ppt.ppt
254655522-Plebhitis-ppt.pptppirsudlawang
 
Sk penanggung-jawab-pelayanan-obat
Sk penanggung-jawab-pelayanan-obatSk penanggung-jawab-pelayanan-obat
Sk penanggung-jawab-pelayanan-obathendrikgondlya
 
EP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptx
EP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptxEP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptx
EP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptxarifhidayat248021
 
Manual de higienização hospitalar
Manual de higienização hospitalarManual de higienização hospitalar
Manual de higienização hospitalarHigiclear
 
Pedoman Penerapan Formularium Nasional
Pedoman Penerapan Formularium NasionalPedoman Penerapan Formularium Nasional
Pedoman Penerapan Formularium NasionalErie Gusnellyanti
 
Hisfarsi 2019 Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0
Hisfarsi 2019  Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0Hisfarsi 2019  Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0
Hisfarsi 2019 Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0Stefanus Nofa
 
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPaulo Sérgio
 
Ua 3.slides
Ua 3.slidesUa 3.slides
Ua 3.slidesITHPOS
 
1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa
1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa
1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsaCitra Rachma
 
Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...
Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...
Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...Proqualis
 
Jobdes farmasi
Jobdes farmasiJobdes farmasi
Jobdes farmasierna yanti
 
Programa de Atenção Farmacêutica
Programa de Atenção FarmacêuticaPrograma de Atenção Farmacêutica
Programa de Atenção Farmacêuticagislaynev
 
Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)CCIH - HSL
 
Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1
Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1
Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1dinasintia
 

Mais procurados (20)

Qualificações de Áreas Limpas
Qualificações de Áreas LimpasQualificações de Áreas Limpas
Qualificações de Áreas Limpas
 
pedoman cpob
pedoman cpobpedoman cpob
pedoman cpob
 
Biosegurança nas ações de enfermagem
Biosegurança nas ações de enfermagemBiosegurança nas ações de enfermagem
Biosegurança nas ações de enfermagem
 
254655522-Plebhitis-ppt.ppt
254655522-Plebhitis-ppt.ppt254655522-Plebhitis-ppt.ppt
254655522-Plebhitis-ppt.ppt
 
Sk penanggung-jawab-pelayanan-obat
Sk penanggung-jawab-pelayanan-obatSk penanggung-jawab-pelayanan-obat
Sk penanggung-jawab-pelayanan-obat
 
EP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptx
EP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptxEP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptx
EP Standar Akreditasi PP 1 & 2.pptx
 
Manual de higienização hospitalar
Manual de higienização hospitalarManual de higienização hospitalar
Manual de higienização hospitalar
 
Pedoman Penerapan Formularium Nasional
Pedoman Penerapan Formularium NasionalPedoman Penerapan Formularium Nasional
Pedoman Penerapan Formularium Nasional
 
Hisfarsi 2019 Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0
Hisfarsi 2019  Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0Hisfarsi 2019  Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0
Hisfarsi 2019 Peran IT dalam Medication Safety di Era Industri 4.0
 
3. nutrição entérica
3. nutrição entérica3. nutrição entérica
3. nutrição entérica
 
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
 
Ua 3.slides
Ua 3.slidesUa 3.slides
Ua 3.slides
 
1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa
1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa
1. sop pemeriksaan tanggal kadaluwarsa
 
Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...
Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...
Aula 2: Limpeza e desinfecção de superficíes e equipamentos na pandemia de Co...
 
Jobdes farmasi
Jobdes farmasiJobdes farmasi
Jobdes farmasi
 
Enfermagem em centro cirurgico
Enfermagem em centro cirurgicoEnfermagem em centro cirurgico
Enfermagem em centro cirurgico
 
Programa de Atenção Farmacêutica
Programa de Atenção FarmacêuticaPrograma de Atenção Farmacêutica
Programa de Atenção Farmacêutica
 
Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (1ª parte)
 
Sumpah dan etika per 2
Sumpah dan etika per 2Sumpah dan etika per 2
Sumpah dan etika per 2
 
Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1
Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1
Pengelolaan Sediaan Farmasi dan BMHP di PKM bag 1
 

Destaque

Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)CCIH - HSL
 
A 5 esterilização e desinfecção
A 5 esterilização e desinfecçãoA 5 esterilização e desinfecção
A 5 esterilização e desinfecçãoRômulo S. Dias
 
50 02rdc
50 02rdc50 02rdc
50 02rdcrosa07
 
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...adrianomedico
 
Reprocessamento de endoscópios como eu faço
Reprocessamento de endoscópios como eu façoReprocessamento de endoscópios como eu faço
Reprocessamento de endoscópios como eu façoCCIH - HSL
 
MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...
MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...
MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...Vagner Machado
 
Caderno de Atenção Básica nº 22
Caderno de Atenção Básica nº 22Caderno de Atenção Básica nº 22
Caderno de Atenção Básica nº 22Tâmara Lessa
 
Endoscopia colonoscopia
Endoscopia colonoscopiaEndoscopia colonoscopia
Endoscopia colonoscopiaCláudia Sofia
 
Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...
Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...
Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...Universidade Federal Fluminense
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaandrei caldas
 
2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...
2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...
2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...Nádia Elizabeth Barbosa Villas Bôas
 
Pop procedimentos operacionais padrão
Pop   procedimentos operacionais padrãoPop   procedimentos operacionais padrão
Pop procedimentos operacionais padrãoRafael Correia
 
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticosAula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticosSMS - Petrópolis
 
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005Rodrigo Abreu
 

Destaque (20)

Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)
Controle de infecção em endoscopia 2010 (2ª parte)
 
A 5 esterilização e desinfecção
A 5 esterilização e desinfecçãoA 5 esterilização e desinfecção
A 5 esterilização e desinfecção
 
50 02rdc
50 02rdc50 02rdc
50 02rdc
 
Aula esterilizacao
Aula esterilizacaoAula esterilizacao
Aula esterilizacao
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...
Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviço...
 
CENTRO ESTÉTICO XAMALU
CENTRO ESTÉTICO XAMALUCENTRO ESTÉTICO XAMALU
CENTRO ESTÉTICO XAMALU
 
Reprocessamento de endoscópios como eu faço
Reprocessamento de endoscópios como eu façoReprocessamento de endoscópios como eu faço
Reprocessamento de endoscópios como eu faço
 
MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...
MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...
MANUAL PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS: ASSISTÊNCIA SEGURA PARA O PACIENTE E PARA O ...
 
Caderno de Atenção Básica nº 22
Caderno de Atenção Básica nº 22Caderno de Atenção Básica nº 22
Caderno de Atenção Básica nº 22
 
Tcc
TccTcc
Tcc
 
Endoscopia colonoscopia
Endoscopia colonoscopiaEndoscopia colonoscopia
Endoscopia colonoscopia
 
Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...
Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...
Lista de verificação e identificação de não conformidades relacionadas à saúd...
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergencia
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergencia
 
2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...
2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...
2012 manual dos cuidados de enfermagem em pacientes candidatos a transplante ...
 
Endoscopia
EndoscopiaEndoscopia
Endoscopia
 
Pop procedimentos operacionais padrão
Pop   procedimentos operacionais padrãoPop   procedimentos operacionais padrão
Pop procedimentos operacionais padrão
 
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticosAula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
 
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
 

Semelhante a Manual Endoscopia

Rotinas de procedimentos para enfermagem
Rotinas de procedimentos para enfermagemRotinas de procedimentos para enfermagem
Rotinas de procedimentos para enfermagemGis Ferreira
 
Aula 23 - CC e CME (Slide).pptx
Aula 23 - CC e CME (Slide).pptxAula 23 - CC e CME (Slide).pptx
Aula 23 - CC e CME (Slide).pptxFelipe Ribeiro
 
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   CampinasManual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinasguest11ba4c
 
Manual biosseguranca
Manual biossegurancaManual biosseguranca
Manual biossegurancaojcn
 
Segurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgênciaSegurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgênciaAroldo Gavioli
 
Terapia antineoplasica graziela_0110(2)
Terapia antineoplasica graziela_0110(2)Terapia antineoplasica graziela_0110(2)
Terapia antineoplasica graziela_0110(2)Kayo Alves Figueiredo
 
Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecção
Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecçãoManual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecção
Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecçãoPaulo Vaz
 
assistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.pptassistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.pptbianca375788
 
assistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.pptassistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.pptgizaraposo
 
Assistencia enfermagem-cirurgica
Assistencia enfermagem-cirurgicaAssistencia enfermagem-cirurgica
Assistencia enfermagem-cirurgicaFatianeSantos
 
aulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdf
aulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdfaulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdf
aulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdfRodolfoFreitas21
 
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptxNailBonfim
 
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e PâncreasAssistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e PâncreasBruno Cavalcante Costa
 
Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)
Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)
Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)Wagner Lima Teixeira
 

Semelhante a Manual Endoscopia (20)

Pre operativo
Pre operativoPre operativo
Pre operativo
 
Rotinas de procedimentos para enfermagem
Rotinas de procedimentos para enfermagemRotinas de procedimentos para enfermagem
Rotinas de procedimentos para enfermagem
 
Aula 23 - CC e CME (Slide).pptx
Aula 23 - CC e CME (Slide).pptxAula 23 - CC e CME (Slide).pptx
Aula 23 - CC e CME (Slide).pptx
 
Enf manual rotinas proc
Enf manual rotinas procEnf manual rotinas proc
Enf manual rotinas proc
 
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   CampinasManual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinas
 
Catarina cirurgia
Catarina cirurgiaCatarina cirurgia
Catarina cirurgia
 
Manual biosseguranca
Manual biossegurancaManual biosseguranca
Manual biosseguranca
 
Aula 1.ppt
Aula 1.pptAula 1.ppt
Aula 1.ppt
 
Segurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgênciaSegurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgência
 
Terapia antineoplasica graziela_0110(2)
Terapia antineoplasica graziela_0110(2)Terapia antineoplasica graziela_0110(2)
Terapia antineoplasica graziela_0110(2)
 
Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecção
Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecçãoManual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecção
Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo da infecção
 
assistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.pptassistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
 
assistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.pptassistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
assistencia-enfermagem-cirurgica.ppt
 
Assistencia enfermagem-cirurgica
Assistencia enfermagem-cirurgicaAssistencia enfermagem-cirurgica
Assistencia enfermagem-cirurgica
 
aulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdf
aulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdfaulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdf
aulatemposcirurgicos-140521160158-phpapp02.pdf
 
Aula tempos cirurgicos
Aula tempos cirurgicosAula tempos cirurgicos
Aula tempos cirurgicos
 
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
 
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e PâncreasAssistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
 
manual.docx
manual.docxmanual.docx
manual.docx
 
Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)
Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)
Introdução de enfermagem ( apostila para vcs meus amigos de enfermagem)
 

Manual Endoscopia

  • 1. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS Fernandes, J L
  • 2. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos TÓPICOS 1) INTRODUÇÃO 2) LOCALIZAÇÃO 3) FUNCIONAMENTO 4) TERMO DE CONSENTIMENTO 5) PROCEDIMENTOS. I) BRONCOSCOPIA II) COLANGIOGRAFIA TRANSENDOSCÓPICA RETRÓGRADA III) COLONOSCOPIA IV) ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA 6) LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS I) LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO. (A) CONCEITOS II) LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS (A) DEFINIÇÃO DO PROTOCOLO (B) OBJETIVO (C) INDICAÇÃO (B) MATERIAL NECESSÁRIO (C) LIMPEZA (D) TESTE DE VEDAÇÃO (G) DESINFECÇÃO (E) CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM III) LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS ACESSÓRIOS IV) TRANSPORTE DO APARELHO PARA OUTRAS ÁREAS V) CUIDADOS GERAIS PARA MANTER A INTEGRIDADE DO APARELHO VI) ANTES DO USO DO APARELHO: VII) SOLUÇÕES QUÍMICAS UTILIZADAS NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS (A) LIMPADORES ENZIMÁTICOS (B) DESINFETANTES 1. GLUTARALDEÍDO 2. ÁCIDO PERACÉTICO 3. PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 7) BIOSSEGURANÇA I) USO DOS EPLS NAS DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO 8) ACIDENTES OCUPACIONAIS I) PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS II) FLUXOGRAMA NOS ACIDENTES OCUPACIONAIS POR AGENTE BIOLÓGICO 9) PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO ENDOSCÓPIO I) PLANILHA PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE HIGIENE E LIMPEZA DOS ENDOSCÓPIOS II) OBSERVAÇÕES III) REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICOS IV) RISCO FUNCIONAL V) FICHA DE AVALIAÇÃO DE REUSO DE MATERIAIS PERMANENTES 2
  • 3. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS INTRODUÇÃO O Manual de Rotinas e Procedimentos do Centro de Endoscopia de São Carlos S/S visa padronizar condutas no Serviço de Endoscopia e informar aos usuários sobre o funcionamento do Serviço e sobre os procedimentos realizados (preparos, medicamentos, procedimentos propriamente ditos, procedimentos terapêuticos, riscos e recuperação após procedimentos). ) LOCALIZAÇÃO O Centro de Endoscopia de São Carlos S/S é o Serviço de Endoscopia da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos. Está localizado à Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573, Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, no Pavilhão Conde do Pinhal, com entrada própria (foto abaixo). FUNCIONAMENTO O Centro de Endoscopia funciona de 2ª a 6ª feira das 0700h as 1700h e aos sábados das 0800h as 1200h, para atendimento ao público, além do funcionamento em esquema de Plantões para atendimento aos pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, 24 horas por dia, ininterruptamente. 3
  • 4. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos São realizados os seguintes procedimentos: broncoscopia, colangiografia transendoscópica retrógrada, colonoscopia e endoscopia digestiva alta. Os agendamentos são realizados, a partir de solicitações médicas, no local ou por telefone. O preparo para colonoscopia deve ser retirado no local. O atendimento é feito aos pacientes usuários da UNIMED, da CABESP, do DMS (Departamento Municipal de Saúde), aos pacientes sem convênios (particulares) e aos pacientes SUS internados. Na indicação do procedimento pelo médico o paciente recebe orientações, do mesmo, a respeito do procedimento a qual será submetido e dos seus riscos e complicações. No agendamento, ou antes, da realização do procedimento deverá assinar o Termo de Consentimento (abaixo). TERMO DE CONSENTIMENTO NOME DO SEDIR: CENTRO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA DE SÃO CARLOS S/S “Consentimento para realização de Endoscopia Digestiva (Diagnóstica e Terapêutica)” Eu, __________________________________________________, documento: ___________________, No. ____________________,estou ciente dos riscos, que embora pouco comuns, são passíveis de ocorrer durante o procedimento de Endoscopia Diagnóstica ou Terapêutica, e que me foram explicados pelo corpo médico do SEDIR do CENTRO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA DE SÃO CARLOS S/S, e que incluem, entre outras: 1. Riscos da sedação (apnéia) 2. Arritmias cardíacas 3. Reações anafiláticas 4. Aspiração 5. Pneumonia 6. Perfuração de esôfago, estomago, duodeno 7. perfuração de cólon 8. Infecção 9. Enfisema pleural 10. Derrame pleural 11. Abscesso à distância 12. Sangramento 13. Colangite 14. Pancreatite 15. Lesão de baço Tais complicações podem resultar em tratamento cirúrgico ou internação hospitalar ________________________________ Paciente _________________________________ Médico Testemunha ou Responsável pelo paciente: _________________________________ Data de Nascimento: _____/______/________ Data: ________/_______/__________ 4
  • 5. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos PROCEDIMENTOS BRONCOSCOPIA 0 que é Broncoscopia? É um procedimento indicado para diagnosticar e tratar doenças da traquéia e dos brônquios através de um aparelho chamado BRONCOSCÓPIO. Este é um aparelho flexível que permite a visualização de todo o trajeto percorrido durante o procedimento, desde o nariz até os brônquios. Com esse procedimento é possível realizarmos: 1. Diagnóstico de câncer 2. Biópsias de lesões 3. Retirada de corpo estranho 4. Acompanhamento após cirurgia pulmonar 5. Passagem de cateter para BRAQUITERAPIA 6. Diagnóstico de causa de sangramento das vias aéreas e seu tratamento 7. Diagnóstico de infecções como: pneumonia, tuberculose pulmonar, etc. 8. Tratamento com LASER Qual a duração do procedimento? É variável, depende do paciente e principalmente do procedimento, mas em média tem duração de 30 MINUTOS. Preparo para o procedimento: O preparo é muito simples. Veja a seguir: PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ: É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento. PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE: JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas) Você faz uso de medicações? ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a orientação abaixo descrita: CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL: DIABETES: hipoglicemiantes deverá ser ingerido com o mínimo de água (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc): pela manhã. Aproximadamente às 06h00minh, mesmo com o procedimento ANTICOAGULANTES: (Marevan®, marcado no período da manhã. etc): Solicitar orientação ao seu médico. ANTIBIÓTICO: ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®, deverá ser ingerido com pequena quantidade AAS®, etc): Solicitar orientação ao seu de água. médico. ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento. No dia do PROCEDIMENTO Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento. Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado. 5
  • 6. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos Trazer TODOS os EXAMES RADIOLOGICOS DE TÓRAX que você possui (MESMO OS ANTIGOS), incluindo tomografias e radiografias simples, e não esqueça de apresentar os DOCUMENTOS citados abaixo: Cartão do Convênio Cartão do Hospital (se tiver) Cédula de Identidade (RG) IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO APÓS O PROCEDIMENTO. Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário. No momento do PROCEDIMENTO Você realizará um procedimento seguro e confiável. Para tanto, serão administradas medicações sedativas através da veia e anestesia tópica (local) na orofaringe (garganta) e narinas antes do inicio do exame. O objetivo é diminuir a ansiedade e o desconforto, facilitando a realização do procedimento. Veja abaixo os passos a seguir na SALA DE PROCEDIMENTO: 1. Você será encaminhado à sala de procedimento. Fique à vontade. Tire as peças de roupa que o incomodam e no caso de acessórios (óculos, paletó ou prótese dentária - dentadura) você deverá retirá-los. 2. Você inicialmente ficará sentado na mesa de procedimento. 3. Em seguida, um spray anestésico será aplicado na garganta para facilitar a passagem do aparelho. 4. Após o spray, você deverá ficar deitado (a), em decúbito dorsal, na mesa de procedimento. 5. Serão administradas, a critério médico, medicações sedativas através da veia, com o objetivo de diminuir a ansiedade e desconforto, facilitando a realização do procedimento. 6. Será instalado em suas narinas, a critério médico, um pequeno cateter de oxigênio durante o procedimento. 7. Em seguida, o aparelho será introduzido cuidadosamente até a traquéia através do nariz ou boca. Você poderá se sentir ligeiramente incomodado (a) na passagem do aparelho pela garganta. 8. Não tente engolir, respire fundo, siga as instruções do médico e relaxe, pois desta forma o procedimento poderá ser realizado em poucos minutos. 9. O procedimento não é dolorido, mas pode provocar um pouco de tosse. IMPORTANTE Na introdução do aparelho BRONCOSCOPIO, você pode achar que não conseguirá respirar ou que está sufocando. Procure relaxar e colaborar, que logo esses sintomas desaparecerão. Em PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS o aparelho é introduzido através da TRAQUEOSTOMIA. IMPORTANTE O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas. O que você poderá sentir após o PROCEDIMENTO? FALTA DE AR (dispnéia) No início do procedimento, o paciente pode ter a sensação de que o "ar não entra" por causa da anestesia na orofaringe (garganta), mas de modo algum há prejuízo da respiração. O paciente é liberado em boas condições e sem falta de ar. Caso sinta falta de ar horas após o exame, procure o Serviço de Emergência do hospital e informe que foi submetido (a) ao procedimento de Broncoscopia. TOSSE A tosse é natural durante e após o procedimento. Durante o procedimento, a medicação anestésica, que é sedativa da tosse, é utilizada para diminuir ao máximo a mesma. Em decorrência do procedimento, o organismo produzirá pouca secreção traqueal (catarro) que será eliminada naturalmente após o efeito da anestesia. CATARRO COM SANGUE (hemoptise) Quando é necessária a biópsia, o sangramento pode ocorrer no momento e logo após o procedimento. É natural e não há motivo para alarme. Caso haja grande quantidade de sangue, procure o serviço de emergência do hospital. DESCONFORTO NA GARGANTA Sua garganta permanecerá anestesiada por cerca de até 30 minutos após o término do procedimento. SONOLÊNCIA Ocorrerá em função dos efeitos da medicação sedativa. 6
  • 7. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos ENCAMINHAR-SE OU COMUNICAR-SE COM O HOSPITAL EM CASO DE: Falta de ar (dispnéia) Dor torácica que começou após o procedimento Tosse com presença de sangue vivo ou coágulos em grande quantidade Após o PROCEDIMENTO O paciente permanecerá no setor de procedimentos cerca de 30 MINUTOS, para recuperação do efeito sedativo das medicações. Alimentação após o PROCEDIMENTO Após o procedimento, você ficará em JEJUM. Só poderá ingerir alimentos líquidos ou sólidos após haver passado o efeito da anestesia na garganta, cerca de 30 MINUTOS após o término do procedimento. Quando o paciente é liberado? É liberado quando se encontrar em condições de andar espontaneamente e se estiver respirando confortavelmente. COLANGIOPANCREATOGRAFIAENDOSCÓPICA RETRÓGRADA (CPRE) É um procedimento que permite o estudo dos canais (vias de drenagem) da vesícula biliar, ducto biliar, pâncreas e fígado. Um tubo fino e flexível é introduzido através de sua boca para examinar o seu estômago e duodeno. Será identificado o orifício de abertura desses canais (papila), sendo introduzido um cateter plástico possibilitando a injeção de contraste e permitindo a realização de uma radiografia que será analisada por seu médico. PREPARO Para permitir uma visão clara, você deverá ficar sem comer e beber (nem água) 8 horas antes do exame. Uma veia será puncionada e você receberá antibiótico uma hora antes do exame, caso ainda não esteja recebendo. É importante informar sobre qualquer possibilidade de gravidez, uma vez que serão realizadas radiografias. Preparo para o procedimento: O preparo é muito simples. Veja a seguir: PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ: É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento. PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE: JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas) Você faz uso de medicações? ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a orientação abaixo descrita: CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA DIABETES: hipoglicemiantes HIPERTENSÃO ARTERIAL: (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc): deverá ser ingerido com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às ANTICOAGULANTES: (Marevan®, 06h00minh, mesmo com o procedimento etc): Solicitar orientação ao seu médico. marcado no período da manhã. ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®, ANTIBIÓTICO: AAS®, etc): Solicitar orientação ao seu deverá ser ingerido com pequena quantidade médico. de água. ANTIÁCIDOS. Não usar nas 12 horas que antecedem o exame. ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II 7
  • 8. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento. No dia do PROCEDIMENTO Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento. Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado. Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e não esqueça de apresentar os DOCUMENTOS citados abaixo: Cartão do Convênio Cartão do Hospital (se tiver) Cédula de Identidade (RG) IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO APÓS O PROCEDIMENTO. EM ALGUNS CASOS O PACIENTE PODERÁ PERMANECER INTERNADO. Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário. O QUE ACONTECERÁ O médico e/ou a enfermeira fará uma entrevista, investigando possíveis patologias, reações alérgicas, cirurgias prévias e se já realizou exames recentes de CPRE, Ultra-sonografia e colangiorressonância. Caso afirmativo, o laudo anterior se faz necessário, bem como resultado recente de TP (Tempo de Protrombina) e Plaquetas para avaliar o nível de coagulação em caso de terapêutica. Você precisará colocar uma vestimenta do hospital, remover seus óculos, lentes de contato e prótese dentária. O procedimento é realizado em uma mesa de radiografia e necessita de internação por 24 horas. COMO É REALIZADO? Na sala de procedimento será pedido que você deite sobre seu lado esquerdo com o braço esquerdo para trás. Será oferecida uma medicação orai "luftal" para eliminar bolhas de ar, possibilitando melhor visualização do duodeno. Um protetor plástico será colocado entre seus dentes para manter sua boca aberta durante o exame. Um anestésico tópico spray será "borrifado" na sua garganta para permitir a passagem do aparelho sem provocar dor ou náuseas. Você será acompanhado pelo médico que cuidará da sua tranqüilidade e segurança, realizando a sedação, através de uma medicação na veia para fazer você dormir ou relaxar. O médico passará um tubo flexível, longo, com uma lente, luzes e um canal lateral na extremidade, que será introduzido pela boca até o canal biliar Por meio desse canal será injetado o contraste no local e realizada uma radiografia Assim o médico poderá visualizar a presença de cálculos nos canais, na vesícula ou alguma outra anormalidade. Se necessário, ele poderá retirar os cálculos, colocar drenos ou realizar a abertura desse canal. TEMPO DO PROCEDIMENTO Pode variar de 20 a 60 minutos, conforme o caso. APÓS O PROCEDIMENTO Você pode sentir sua garganta adormecida e levemente irritada. Em razão da anestesia geral, você não deve tomar nada por pelo menos I hora Se o exame necessitar de tratamento, manter dieta zero por 24h, até avaliação do seu médico. Você pode sentir gases ou pequena distensão abdominal, pelo ar que foi introduzido através do duodenoscópio; contudo, isso passará rapidamente. RISCOS Pode resultar em complicações, tais como reações a medicações, perfuração do intestino (rasgos), sangramento, inflamação do pâncreas (pancreatite) e do dueto biliar (colangite). Essas complicações são raras, mas podem necessitar de um tratamento de urgência, e até mesmo cirurgia. IMPORTANTE O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas. 8
  • 9. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos QUESTÕES/DÚVIDAS É muito importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor, febre, fezes pretas ou vômitos nas 24 horas pós-CPRE. Caso ainda tenha dúvida sobre o exame, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de endoscopia. TRATAMENTOS POR CPRE Esfincterotomia-papilotomia: a radiografia mostra um cálculo ou outro bloqueio, o médico pode aumentar o tamanho da abertura do dueto biliar da papila. Isso se chama "esfincterotomia" e é feito com um fio aquecido eletricamente, o qual você não sentirá, Qualquer pedra será removida com um basket ou balão e passará através do intestino. Prótese: uma prótese é um pequeno tubo plástico que é empurrado através do endoscópio para dentro da área estreitada do dueto biliar. Isso alivia a obstrução (e qualquer icterícia), por permitir que a bile drene livremente para o intestino. Algumas vezes as próteses também são colocadas no dueto pancreático, quando este está bloqueado ou estreitado. COLONOSCOPIA É o procedimento que visualiza seu cólon (intestino grosso), utilizando um tubo flexível introduzido através do ânus, com a finalidade de estudar o interior de todo o intestino grosso e a porção terminal do intestino fino. Se houver necessidade, durante o procedimento, pode ser coletado material do intestino para exame (biópsia) e análise laboratorial detalhada. Não causa dor. Pequenos tumores (pólipos) podem ser removidos por um laço por onde passa corrente elétrica; sangramentos podem ser diagnosticados e, muitas vezes, tratados durante o próprio exame. PREPARO Para permitir uma visão clara, o cólon (intestino grosso) deve estar completamente limpo e sem resíduos. O paciente deverá fazer, na véspera, uma dieta líquida, sem resíduos, e tomar o laxante de acordo com as orientações da enfermeira. Após a ingestão do laxante é importante tomar bastante líquido, que pode ser água, chá, água-de-coco, gelatinas, Gatorade, refrigerantes e caldos de carne, frango e legumes coados. "Não pode ser liquidificado”.E importante ingerir líquidos, no mínimo 2 litros/dia. Seu acompanhante o conduzirá até sua casa. No dia do procedimento você deverá se apresentar ao hospital no horário agendado, em jejum absoluto. Faz-se necessário puncionar acesso venoso para instalação e infusão rápida de cristalóides. Preparo para o procedimento: O preparo é muito simples. Veja a seguir: PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ: É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento. PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE: JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas) Você faz uso de medicações? ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a orientação abaixo descrita: CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA DIABETES: hipoglicemiantes HIPERTENSÃO ARTERIAL: (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc): deverá ser ingerido com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às ANTICOAGULANTES: (Marevan®, 06h00minh, mesmo com o procedimento etc): Solicitar orientação ao seu médico. marcado no período da manhã. ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®, ANTIBIÓTICO: AAS®, etc): Solicitar orientação ao seu deverá ser ingerido com pequena quantidade médico. de água. ANTIÁCIDOS. Não usar nas 12 horas que antecedem o procedimento. ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II 9
  • 10. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento. No dia do PROCEDIMENTO Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento. Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado. Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e não esqueça de apresentar os DOCUMENTOS citados abaixo: Cartão do Convênio Cartão do Hospital (se tiver) Cédula de Identidade (RG) IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO APÓS O PROCEDIMENTO. Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário. O QUE SERÁ FEITO O médico e a enfermeira explicarão o que é o procedimento, seu preparo, cuidados e cada passo do procedimento. Responda às perguntas que serão feitas, principalmente no que se refere às doenças anteriores, alergias e medicamentos que esteja tomando. Se já realizou exame de colonoscopia, o laudo anterior se faz necessário. Você será requisitado a assinar um consentimento informado, dando sua permissão para realizar o procedimento. Será oferecida uma vestimenta do hospital e solicitada a retirada de seus óculos, lentes de contato, relógios e prótese dentária. Você será colocado em uma posição confortável sobre seu lado esquerdo. Será dada uma medicação sedativa ou anestésica na veia para fazê-lo adormecer e relaxar O médico introduzirá o colonoscópio através de seu ânus para dentro do reto e o avançará através do cólon. Você poderá sentir algum desconforto, cólicas e pressão abdominal, em virtude do ar que é introduzido em seu cólon. Isso é normal e passará rapidamente, após a eliminação de gases. O ar é importante para que o médico examine minuciosamente o intestino. TEMPO DO PROCEDIMENTO O exame levará cerca de 20 a 40 minutos. APÓS O PROCEDIMENTO Você permanecerá em repouso numa sala de recuperação até ser liberado pelo médico ou pela enfermeira após neutralização completa do efeito sedativo ou anestésico. Portanto, você não deve dirigir após o procedimento, nem executar tarefas que exijam atenção, como operar máquinas ou tomar decisões importantes, pois a sedação diminui os reflexos e seu raciocínio. ALIMENTAÇÃO APÓS O PROCEDIMENTO Em razão do preparo a que o intestino foi submetido e a fim de facilitar a digestão, você deverá fazer uma refeição leve, voltando gradativamente à dieta normal no dia seguinte. RISCOS? A colonoscopia pode resultar em complicações, tais como: reações a medicações, perfuração (rasgos) do intestino e sangramento. São raros (menos de 1 para 1.000 exames), entretanto, requerem tratamento urgente, e até mesmo cirurgia. Os riscos estão mais relacionados a algum tratamento, como remoção de pólipos. IMPORTANTE O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas. QUESTÕES/DÚVIDAS É importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor, fezes pretas, febre ou vômitos nas primeiras 24 horas após o exame. Caso ainda tenha dúvida sobre o exame, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de endoscopia. 10
  • 11. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA OU ESOFAGOGASTRODUODENOSCOPIA É um procedimento que permite visualizar o esôfago, estômago e duodeno até a 2ªporção, considerado a primeira parte do intestino. É realizada se introduzindo um tubo flexível, através da boca, sob sedação. Esse tubo contém uma lente, luzes e um canal onde o médico poderá trabalhar para coletar material ou realizar algum tratamento. PREPARO O estômago deverá estar vazio. Não coma nem beba nada 8 horas antes do exame. O preparo é muito simples. Veja a seguir: PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS PELA MANHÃ: É necessário JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento. PARA PROCEDIMENTOS MARCADOS A TARDE: JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água) por 8 horas antes do procedimento, podendo ingerir um leve café da manhã (por exemplo: leite e vitaminas) Você faz uso de medicações? ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS I Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTICOAGULANTES, ANTIFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS, siga a orientação abaixo descrita: CONTINUAR MEDICAÇÃO PARA SUSPENDER MEDICAÇÃO PARA DIABETES: hipoglicemiantes HIPERTENSÃO ARTERIAL: (Insulina®, Daonil®, Diabinese®, etc.): deverá ser ingerido com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às ANTICOAGULANTES: (Marevan®, 06h00minh, mesmo com o procedimento etc.): Solicitar orientação ao seu médico. marcado no período da manhã. ANTIFLAMATÓRIOS: (Aspirina®, ANTIBIÓTICO: AAS®, etc.): Solicitar orientação ao seu deverá ser ingerido com pequena quantidade médico. de água. ANTIÁCIDOS. Não usar nas 12 horas que antecedem o procedimento. ORIENTAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS II Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento. No dia do PROCEDIMENTO Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento. Sua chegada no hospital no dia do PROCEDIMENTO Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado. Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e não esqueça de apresentar os DOCUMENTOS citados abaixo: Cartão do Convênio Cartão do Hospital (se tiver) Cédula de Identidade (RG) IMPORTANTE: É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE PARA SER LIBERADO APÓS O PROCEDIMENTO. Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem 11
  • 12. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário. O QUE ACONTECERÁ O médico e/ou a enfermeira fará uma entrevista, investigando possíveis patologias, reações alérgicas, cirurgias anteriores e se já realizou procedimento de endoscopia anteriormente. Caso afirmativo, o laudo se faz necessário. Você precisará colocar uma vestimenta do hospital, remover seus óculos, lentes de contato e prótese dentária. COMO É REALIZADO Na sala de exame você será colocado numa posição adequada, ou seja, deitará sobre o lado esquerdo. Será oferecida uma medicação oral "dimeticona" para eliminar bolhas de ar, facilitando a visualização do estômago e do duodeno. Um protetor plástico será colocado entre seus dentes para manter sua boca aberta durante o procedimento. Um tubo flexível, fino e pequeno será passado através de sua boca Por meio dele, o médico será capaz de identificar qualquer anormalidade que possa estar presente, inclusive pesquisar amostras de tecido (biópsias) colhidas durante o exame para análise laboratorial detalhada. Não causa dor. Alguns tratamentos podem ser realizados pela endoscopia. Estes incluem dilatação de uma área estreitada do esôfago, estômago e duodeno, remoção de pólipos, objetos deglutidos e tratamento de vasos sangrantes e úlceras por injeção interna ou aplicação de calor (usando corrente elétrica diatermal, laser argônio ou heater probe). Um anestésico tópico (spray) será "borrifado" na sua garganta, permitindo a passagem do aparelho sem provocar dor ou náuseas. Uma medicação para relaxar ou mesmo um anestésico será aplicado na veia momentos antes de iniciar o procedimento, para fazer você adormecer. Essa medicação provoca sono e esquecimento por algum tempo. Por isso você não deve dirigir após o procedimento ou realizar tarefas que necessitem de atenção, como operar máquinas ou tomar decisões importantes, já que a sedação diminui seus reflexos e seu raciocínio. Deve vir acompanhado de uma pessoa que lhe conduza para casa. TEMPO DO PROCEDIMENTO É um procedimento rápido. Dura, em média, 15 minutos e é indolor. APÓS O PROCEDIMENTO Você irá permanecer na endoscopia em torno de 30 minutos, até a neutralização completa dos efeitos do sedativo e/ou anestésico. Sua garganta pode ficar adormecida ou levemente irritada. Você não deve comer ou beber até que seu reflexo de deglutição esteja normal. Depois disso, você pode retornar à sua dieta regular, a menos que seja aconselhado a fazer o contrário. Você pode sentir gases ou pequena distensão abdominal, pelo ar que foi introduzido através do endoscópio; contudo, isso passará rapidamente. RISCOS As complicações são raras, menos de 1 para 1.000 procedimentos. Podem ocorrer complicações, tais como: reações a medicações, perfurações (rasgos) e sangramentos, necessitando de tratamento ou de cirurgia Essas complicações estão mais relacionadas ao procedimento terapêutico. IMPORTANTE O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada exame, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas. QUESTÕES/DÚVIDAS Importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor; fezes pretas, febre ou vômitos nas primeiras 24 horas após o procedimento. Caso ainda tenha dúvida sobre o procedimento, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de endoscopia. 12
  • 13. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS A evolução permanente da tecnologia conduz a equipe de enfermagem a reavaliar constantemente suas práticas de cuidados de enfermagem. A recrudescência de certas doenças infecciosas, a necessidade de lutar contra infecções nosocomiais, põe em questão as regras de assepsia a serem respeitadas pela equipe de enfermagem. Os endoscópios digestivos e broncoscópios flexíveis são aparelhos caros e frágeis que necessitam de manutenção rigorosa e desinfecção específica. Estes aparelhos não podem ser esterilizados pelos métodos clássicos. Atualmente todos os aparelhos são imersíveis em água e permitem um tratamento adequado de desinfecção. Por sua complexidade, o processo de limpeza e desinfecção de endoscópios não é somente uma preocupação da enfermagem, ela se tornou multidisciplinar, pois exige discussão sobre riscos físicos, biológicos e químicos, tanto para o paciente quanto para a equipe, exige avaliação dos materiais disponíveis e custos para a empresa de assistência à saúde. LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO. CONCEITOS De acordo com a classificação de Spaulding os endoscópios são classificados em materiais semi-críticos, pois entram em contato com mucosa não-estéril ou não-intacta. O processo indicado é a esterilização se possível. Caso não seja possível, a desinfecção de alto-nível é necessária. Os endoscópios são termosensíveis, não permitindo uso em autoclave. Podem ser esterilizados em óxido de etileno, mas seu processo é inviável, considerando o tempo de ausência do aparelho no serviço de endoscopia (processo de 72h). Conforme a Resolução/ANVISA-RE nº 606(11/08/2006), 2. Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, com conseqüente redução de carga microbiana. Deve preceder os processos de desinfecção ou esterilização. Desinfecção: Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies. Esterilização: Processo físico ou químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos microbianos. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS DEFINIÇÃO DO PROTOCOLO Conjunto de etapas que permitem a destruição de microorganismos do material de endoscopia (endoscópios e acessórios). OBJETIVO Evitar a transmissão de cruzada de microorganismos aos pacientes por ocasião da endoscopia digestiva ou brônquica. INDICAÇÃO Antes e após cada exame. A prática de desinfecção antes do primeiro exame ainda é indicada, mas já vem sendo questionada em diferentes países. MATERIAL NECESSÁRIO 1. Para o profissional: 2. Luvas, máscara, óculos e avental. 3. Para teste de vedação: 4. Testador de vedação automático ou manual. 5. Para a limpeza: 6. Detergente enzimático, água corrente, cubas, escova para canal e válvulas, pano macio, seringas, válvulas de irrigação dos diferentes canais. 7. Para desinfecção: 8. Cuba com solução desinfetante, seringa, válvulas de irrigação dos diferentes canais. 9. Pra enxágüe: água corrente, cuba com água e válvulas de irrigação dos diferentes canais, seringa. 10. Para secagem: ar comprimido, pistola de sob pressão, pano de tecido macio. 13
  • 14. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos LIMPEZA A presença de fezes, sangue ou secreção respiratória pode resultar em falha no processo de desinfecção. Isto devido ao material orgânico proteger o microorganismo da exposição ao desinfetante ou por inativar o desinfetante. Consequentemente, a limpeza rigorosa é necessária nos endoscópios flexíveis. Deve acontecer imediatamente após o término do exame na sala, para evitar ressecamento de secreções. As etapas estão descritas a seguir; 1. Ainda na sala do exame, imediatamente ao ser retirado do paciente, com o aparelho conectado na fonte de luz, aspirar água com detergente enzimático para limpeza do excesso de secreção no canal. Limpar com compressa o tubo de inserção retirando o excesso de secreção. 2. Acionar o canal de ar/água, alternadamente por 15 segundos, prevenindo a obstrução deste canal. Alguns aparelhos possuem uma válvula acionada. 3. Retirar o aparelho da fonte elétrica, conectando a seguir a tampa de proteção da parte elétrica. 4. Levar o aparelho para a sala de desinfecção, protegido para evitar manuseios indevidos. 5. Realizar o teste de vedação após cada procedimento, antes de imergir o aparelho na solução. TESTE DE VEDAÇÃO 1. Adapte o testador de vedação ao aparelho: 2. Coloque o aparelho na água imergindo a extremidade distal do aparelho, observando a formação de bolhas; 3. Imergir lentamente, aos poucos, o aparelho, até que todo ele fique imerso; 4. Realizar movimento “up’’,” down’’, "right’’, ’’ left ’’, observando a formação de bolhas ou queda de pressão no manômetro. 5. Caso o aparelho apresente algum vazamento ou escape de ar, não prossiga p processo de limpeza, pois a imersão em água ou solução desinfetante pode infiltrar no aparelho, danificando-o. Proteja-o ao colocar na maleta e encaminhe-o para conserto autorizado, com aviso de que este não sofreu processo de desinfecção. 6. Se o aparelho estiver íntegro, continue o processo de limpeza a seguir: 7. Imergir totalmente o aparelho em detergente enzimático, obedecendo às instruções do fabricante para uso adequado da solução. 8. Remover as válvulas, imergir em solução enzimática e proceder à escovação das mesmas. 9. Lavar externamente o aparelho, comando e tubo com compressa macia ou esponja. 10. Introduzir a escova de limpeza no canal de biópsia até a saída na porção distal e escovar a escova de limpeza ao sair na outra extremidade antes de tracioná-la de volta. 11. Introduzir a escova de limpeza em ângulo de 45º através do canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo. 12. Introduzir a escova de limpeza através do canal de aspiração em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector. 13. Realizar a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la. 14. Escovar o local das válvulas com escova própria. 15. Enxaguar os canais, utilizando os acessórios do aparelho fornecidos pelo fabricante para proceder a lavagem e desinfecção, utilizando baixa pressão. 16. Enxaguar em água corrente abundante. Secar externamente e escorrer ao máximo antes de colocar o aparelho em solução desinfetante. DESINFECÇÃO 1. Imergir totalmente o aparelho na solução desinfetante e introduzir solução nos canais com auxílio de uma seringa. 2. Cronometrar o tempo para imersão na solução, de acordo com a especificação do fabricante do desinfetante. Devem- se utilizar somente soluções com registro na Divisão de Saneantes do Ministério da Saúde. 3. Após retirar o aparelho do desinfetante, lavar em água corrente abundante. 4. Realizar enxágüe dos canais com água em abundancia (mínimo de 5 vezes com auxílio de seringa). 5. Secar o tubo com pano macio. 6. Secar os canais com ar comprimido sob baixa pressão. 7. Realizar rinsagem com álcool 70% (P/V) nos canais, seguida de nova secagem de lúmen com ar comprimido, ao final do período de trabalho. Este processo auxilia na secagem do canal, evitando a formação de biofilme. 8. Aplicar óleo silicone nos anéis de borracha das válvulas. 9. Armazenar os endoscópios em armários ventilados, de fácil limpeza, em temperatura ambiente, evitando umidade e calor excessivo, na posição vertical, com o cuidado de não tracionar o cabo do tubo conector. CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM Temperatura: 10 a 40º Umidade: Seca Pressão: 70 a 106 kPa (dentro da faixa de pressão atmosférica) Local: Limpo e não exposto à luz solar direta Estado do Endoscópio: Reto, ao invés de angulado. Local não afetado por forças externas. Pendurado com a seção de controle para acima Retirar as válvulas para permitir ventilação enquanto estocado. Não armazenar na maleta. Esta é somente para transporte do aparelho. 14
  • 15. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS ACESSÓRIOS Escovar o recipiente de água com detergente enzimático, injetar detergente no canal de borracha. Enxaguar com água corrente e injetar água no canal. Imergir o recipiente de água na solução desinfetante no final do turno de trabalho, conforme tempo determinado pelo fabricante. TRANSPORTE DO APARELHO PARA OUTRAS ÁREAS É comum a realização de exames fora da unidade de endoscopia em UTI ou emergência. Cuidados especiais para transporte deste aparelho devem ser considerados, pois os pacientes não podem correr riscos de contaminação exógena. Ao levar o aparelho para áreas externas a unidade de endoscopia, este deve ser levado na maleta, protegendo contra riscos de queda. Para colocar na maleta este deve ser protegido com plástico limpo, pois a maleta é considerada contaminada. Este procedimento auxilia para o retorno do aparelho para a unidade de endoscopia onde será realizada a desinfecção deste. O aparelho após o uso poderá ser colocado sujo no plástico para então ser colocado na maleta, evitando contaminação desta. CUIDADOS GERAIS PARA MANTER A INTEGRIDADE DO APARELHO 1. Ao retirá-lo para uso e colocá-lo sobre uma superfície, evite deita-lo com o comando para baixo. 2. Não faça dobras no tubo. 3. Maneira correta de segurar o aparelho. 4. Inspecionar danos no tubo como amassos. 5. Não dobre a parte distal com a mão. Utilize os comandos. 6. Imergir o aparelho com acessórios ou sem proteção da parte elétrica pode perfurar a capa externa do aparelho e infiltrar. ANTES DO USO DO APARELHO: 1. Comprovar que os freios não se encontram bloqueados. 2. Utilizar os comandos de angulação para verificar se estão funcionando corretamente e que os graus de angulação são apropriados. 3. Acionar os freios para comprovar seu correto funcionamento. 4. Pressionar a válvula de ar/água para comprovar a irrigação. 5. Pressionar a válvula de sucção para verificar seu correto funcionamento. 6. Verificar imagem. SOLUÇÕES QUÍMICAS UTILIZADAS NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS LIMPADORES ENZIMÁTICOS A solução adequada do detergente está diretamente relacionada com o conhecimento de seus princípios ativos e sua ação, de acordo com as características do material a ser lavado. Com relação aos detergentes enzimáticos trata-se de substâncias químicas que têm propriedade de tornar solúveis em água substâncias que não são solúveis ou têm baixa solubilidade. Eles agem não somente sobre gorduras, como também sobre proteínas e açúcares, que são componentes abundantes na matéria orgânica, uma vez que as enzimas têm a propriedade de promover quebra das ligações das matérias orgânicas. Tais transformações ocorrem de forma semelhante ao processo de digestão de alimentos em nosso organismo, pela decomposição das estruturas moleculares complexas das substâncias biológicas, só que de forma mais rápida. As enzimas mais utilizadas são as proteases (degradação das proteínas), amilases carboidrases (digestão de matéria orgânica, sintetizada a partir de açúcares) e lípases (responsável pela degradação das gorduras). Elas são obtidas atualmente por engenharia genética, tendo como matéria prima bactérias, fungos e outros microorganismos. São biodegradáveis, neutros, concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto, não promovem desinfecção. Para uso eficaz do produto é importante respeitar a orientação do fabricante, especialmente quanto à diluição e temperatura ótima da água. DESINFETANTES Um grande número de desinfetantes é usado em hospitais ou casa de saúde, incluindo álcool, compostos de cloro, formaldeído, glutaraldeído, peróxido de hidrogênio e compostos de amônia quaternária. A seleção apropriada deste deve ser cuidadosa e sua utilização deve ser segura e eficiente. Deve ser lembrado que os gastos excessivos podem ser atribuídos ao uso de concentrações incorretas e germicidas inapropriados. (RUTALA, 1996). GLUTARALDEÍDO 1. Apresentação líquida, ácida, não é corrosiva. 2. Modo de uso: Por submersão, deve ser ativado, tornando-o alcalino com pH de 7,5 a 8,5. Em temperatura 20º C. Validade de 14 a 28 dias. 3. Tempo de processamento: Segue a portaria MS nº 15/88,30 minutos. 4. Aplicação: desinfetante de alto nível, utilizado em materiais semicríticos. 5. O glutaraldeído é utilizado mais comumente como um desinfetante de alto nível em equipamentos médicos como endoscópios, equipamentos de terapia respiratória, dializadores, transdutores, equipamentos de anestesia, e hemodiálise. (ESGNA, 1999). 15
  • 16. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos 6. Espectro de ação: a 2% é efetivo contra as bactérias vegetativas, fungos e a maioria dos vírus. 7. Tempo: Destrói altos níveis de Mycobacterium tuberculosis e 20 minutos. O HBV é destruído em 2,5 a 5 minutos de exposição. A Mycobacterium avium Intracellulare é eliminada em 60-75 minutos. H.Pilory é rapidamente eliminado. Não elimina os prions. (MODLETON, 1997) 8. Esterilizante químico se imerso por 8 a12 horas. As orientações de tempo de imersão devem ser seguidas de acordo com as especificações do fabricante. 9. Apresentação 1,5% a 2,4%. 10. Máquinas: Pode ser utilizadas em máquinas lavadoras de endoscópios. 11. Teste de validade: é recomendado uso de fita teste para confirmar a concentração efetiva dos ingredientes ativos presentes. 12. Biossegurança: produto tóxico pode causar irritação de pele e mucosa. Exige ventilação adequada da sala de desinfecção e proteção individual em seu manuseio. 13. A proteção de saúde do trabalhador deve ser lembrada. O trabalhador pode ficar exposto a altas concentrações de vapor de glutaraldeído enquanto o equipamento é processado em salas pouco ventiladas, quando derramamento ou vazamento ocorrem, ou quando os recipientes para os banhos de imersão são abertos. 14. Nestas situações o nível de glutaraldeído no ar poderia alcançar o limite máximo de 0.2 ppm. (RUTALA, 1998) 15. A exposição ao glutaraldeído acima de 0.2ppm é irritante para os olhos, garganta e nariz. Epistaxe, dermatite de contato, asma e renite têm sido documentados em trabalhadores de saúde expostos ao glutaraldeído. Máquinas de lavar e desinfetar endoscópios reduz o risco de exposição ocupacional ao produto. (RUTALLA 1998, ESGNA, 1999) 16. Algumas alternativas podem combater estes problemas como: 17. Melhorar a ventilação (7 a 15 mudanças de ar por hora); 18. Uso de coifas de exaustão ou filtros absorventes para o vapor do glutaraldeído; 19. Tampas ajustadas e firmes sobre as cubas de exaustão; 20. Equipamento de proteção individual como luvas (de borracha nitrílica, borracha butílica, polietileno), óculos de proteção, avental plástico e máscara de carvão ativado, a fim de diminuir as áreas de exposição ao produto. 21. Cuidados: Problemas como proctocolite causada pela solução de glutaraldeído residual nos canais de ar/água dos colonoscópios foi documentada e é prevenida pelo enxágüe adequado do aparelho antes do uso. (Dolcé, 1995) ÁCIDO PERACÉTICO 1. Apresentação: líquida. 2. Modo de uso: por submersão. 3. Tempo de processamento 30 minutos a 50 a 56º (em máquina apropriada) C 4. Aplicação: desinfetante de alto nível. Sua aplicação mais conhecida no país, até o momento é em hemodiálise. Indicada fora do país para uso em endoscópios, instrumento de diagnóstico e outros materiais submersíveis. 5. Ação: agente oxidante. Desnaturação protéica, ruptura da permeabilidade da membrana celular. 6. Espectro em ação: tem amplo aspecto de ação conforme é requisito para ser desinfetante de alto nível, incluindo Mycobacterias e esporos bacterianos. Sua principal vantagem na decomposição são os resíduos em baixos níveis. 7. Tempo: a inativação de microorganismos é dependente de tempo, temperatura e concentração. Inativa microorganismos mais sensíveis em 5 minutos a uma concentração de 100ppm. Para eliminação de esporos, de 500 a 10000ppm em 15 segundos a 30 minutos. 8. Apresentações: 0,2% e 0,35%. 9. Máquinas: existem no mercado internacional para uso com soluções específicas (0,2%) para tratamento em endoscópios, enquanto outras são recomendadas com diversos tipos de soluções e testadas também com ácido paracético. Outras são referenciadas como esterilizadoras. 10. Indicação: no âmbito nacional tem sido utilizada em combinação com o peróxido de hidrogênio para tratamento de hemodializadores. Tem sido mais estudado para outros usos em substituição ao glutaraldeído para materiais termosensíveis. 11. Compatibilidade com materiais: pode corroer cobre latão, bronze, ferro galvanizado e aço. Estes efeitos, no entanto, podem ser reduzidos por aditivos e modificações de pH. 12. Existem no mercado ácido paracético compatível com matérias ferrossos, portanto, compatíveis com o reprocessamento dos endoscópios, pois seu pH é neutro (5,5 a 7). PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 1. Apresentação: Utiliza um precursor químico-o peróxido de hidrogênio, em ampolas de 1,8ml, em solução aquosa com concentração de 58% e uma fonte física a radiofreqüência, produzem plasma. (CASSOLA, 1997) 2. Modo de uso: Através de equipamento automatizado, rápido, sem resíduos tóxicos. 3. Tempo de processamento: O ciclo é dividido em 5 etapas. Vácuo: de 5 a 20 minutos; injeção: 6 minutos; difusão: 44 minutos; plasma: 15 minutos e ventilação: 4 minutos. 4. Aplicação: esterilização de artigos sensíveis ao calor e a umidade. 5. Espectro de ação: Esterilização 6. Testes: A monitorização dos ciclos por indicador biológico é realizada 3 vezes por semana, no primeiro ciclo, com Bacillus subtillis. 7. A carga aguarda liberação de 24 a 48h para liberação dos resultados das leituras. (Muller e Silva, 2002) BIOSSEGURANÇA Biossegurança, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é “o conjunto de ações voltada para prevenção, minimizando ou eliminação de riscos inerentes à atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos serviços desenvolvidos”. Basicamente, as normas de Biossegurança englobam todas as medidas para evitar os riscos, sejam eles biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e psicológicos. 16
  • 17. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos A Biossegurança não limita-se hoje mais apenas a controle de riscos biológicos ou químicos ao trabalhador, mas uma grande preocupação é quanto a liberação de produtos perigosos no meio-ambiente, como os resíduos de serviço de saúde. A RDC/ANVISA nº 306/04, dispõe o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço se saúde. As unidades de endoscopia digestiva realizam procedimentos de cunho semi-críticos e críticos, com potencial de contaminação, sendo necessário que os trabalhadores de saúde tenham como prioridade a segurança para realizar os procedimentos, práticas efetivas e constantes para prevenir, minimizar a disseminação das doenças e a proteção dos produtos químicos utilizados nos processos de desinfecção/esterilização. As Precauções Padrão, estabelecidas pelo CDC-Centro de Controle de Doenças de Atlanta, são as recomendações básicas para seguranças da equipe e paciente. Estas incluem o uso de barreiras (equipamentos de proteção individual) e lavagem de mãos, toda vez que houver possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções e fluidos corporais (exceto suor), pele não íntegra e membranas mucosas de todos os pacientes. Além disso, são recomendadas precauções específicas, como as com aerossóis, ao lidar com pacientes suspeitos ou portadores de sarampo, varicela ou tuberculose pulmonar, sendo que a máscara recomendada é do tipo N 95, com filtro, conhecida no Brasil como PFF2. As precauções de contato, ao lidar com pacientes portadores de germes multiresistentes, e precauções com gotículas, com pacientes portadores de doença Meningocóccica, têm igualmente cuidados especiais. Os EPls (equipamentos de proteção individual) e EPCs (equipamentos de proteção coletiva) destina-se a proteger os profissionais durante o exercícios de suas atividades, minimizando o risco por contato com sangue e outros fluídos corpóreos, bem como o manuseio de germicidas químicos. A portaria nº485 de 11/11/2005 do ministério do Trabalho aprovou a Norma Regulamentadora (NR32) que trata da Segurança e Saúde no trabalho dos estabelecimentos de saúde. Esta NR atualmente é a que define quais as diretrizes básicas de segurança dos trabalhadores de saúde. São exemplos de EPLs os óculos de proteção, máscaras, luvas, aventais, e sapatos fechados. São exemplos de EPCS as caixas de perfurocortantes, o sistema de exaustão e ventilação. As medidas de segurança do trabalhador incluem as imunizações, especificamente de hepatite B e tétano para toda a equipe. O manejo adequado e destino dos resíduos sólidos devem ser controlados, de forma a preservar a segurança de equipe e paciente, bem como do ambiente. O uso de caixas ou recipientes específicos para perfurocortantes devem ser trocados sempre que ¾ de sua capacidade estiver ocupada, de forma a não ocorrer perfuração acidental. Agulhas e materiais pontiagudos não devem ser reencapados. O uso de radiações ionizantes em alguns procedimentos endoscópios como a CPER (Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada), por exemplo, demandam o uso de EPI adequado, como os aventais de chumbo e protetores de tiróide, além de óculos plumbados, bem como a monitorização periódica dos dosímetros de cada funcionário. Um protocolo na Instituição sobre controle de saúde periódico do trabalhador e controle da exposição é obrigatório. Os EPLs recomendados em procedimentos endoscópicos são: USO DOS EPLS NAS DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO Procedimento Limpeza Desinfecção Secagem Óculos X X X X Luvas de Procedimentos X Luvas de Látex X X X Máscara de procedimento X X X X Máscara de Carvão Ativado Avental Manga Longa X X X X Avental Plástico X X X Protetor auricular X Dosímetro X* Avental de chumbo X* Protetor de tireóide c/ chumbo X* *Quando em procedimento com uso de RX. Dentre os EPCs recomendados, estão a ventilação adequada da sala de limpeza e desinfecção, devido á formação de vapores e a inalação de produtos tóxicos. Além disso, pisos laváveis, equipamentos aterrados são também medidas de segurança coletivas, dentre outras. ACIDENTES OCUPACIONAIS O CENTRO DE ENDOSCOPIA DE SÃO CARLOS S/S na qualidade de Serviço de Endoscopia da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos segue as normas da CCIH. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS OBJETIVO Registrar, analisar e promover o acompanhamento dos acidentes ocupacionais perfuro-cortantes que poderão gerar riscos de aquisição de doenças transmissíveis por esta via. 17
  • 18. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos METODOLOGIA 1. Através do registro imediato do acidente, recomenda-se, baseado em sua gravidade e tipo de exposição, o uso de profiláticos na forma de imunização passiva e ativa, bem como utilização de medicamentos específicos. 2. Doenças com acompanhamentos: - Hepatite viral tipo B; - Hepatite viral tipo C; - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). RESPONSÁVEIS ♦ C.C.I.H. / S.C.I.H.; ♦ Chefias de Enfermagem; ♦ Médicos plantonistas da UTI Adulto; ♦ Funcionário acidentado; ♦ SESMT ♦ Departamento pessoal. ♦ Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos 18
  • 19. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos FLUXOGRAMA NOS ACIDENTES OCUPACIONAIS POR AGENTE BIOLÓGICO C.C.I.H / S.C.I.H. Emissão:10/00 Revisão:01/07 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Responsável: Dr. Paulo Roberto Motta Denominação: Monitoria aos Acidentes Ocupacionais Objetivo: Acompanhamento, avaliação e conduta no momento do acidente (ocup. material biológico) Início (A) O funcionário se acidenta (B) No momento do acidente o funcionário Ocorrência do deverá comunicar à sua chefia imediata. Acidente (A) (C;D) O Registro de acidente será preenchido pela Comunicação à chefia do funcionário, em todos os campos assinalados. (A pasta com os registros está na Sala chefia imediata (B) de Gerência de Enfermagem). O CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) deverá ser aberto no SESMT até 24 horas após o acidente. Abertura do Registro de Acidente Ocupacional e CAT (C;D) (E) A chefia responsável ira comunicar o acidente Conduta Médica ao médico plantonista da UTI adulto, e este avaliará o caso, tomando a conduta necessária. (C.C.I.H./ UTI-A) (E;F) Pegar na (F) Após a conduta médica o funcionário Quimio aguardará os resultados dos exames, seguindo Farmácia profilaxia as orientações médicas. Sim mediante pedido preenchido Não (G) Após o preenchimento da ficha de notificação do acidente ocupacional, esta deverá Aguardar resultados de ser encaminhada para a sala da CCIH para acompanhamento. exames Prosseguir acompanhamento (G) Sim Não 19
  • 20. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO ENDOSCÓPIO Este processo auxilia como um “check list” para o profissional da enfermagem que realiza a desinfecção dos aparelhos na unidade de endoscopia. É uma proposta da SOBEEG para auditoria nos serviços de Endoscopia, em busca da garantia e segurança do usuário. Convencionado pela SOBEEG que deverá ser realizada uma observação no mínimo a cada seis meses, aproximadamente, por profissional que não realiza normalmente esse procedimento, através da planilha. A instituição deve planejar a observação de tal modo e evitar o máximo possível que o observado mude o comportamento frente ao observador. A SOBEEG desaconselha medidas punitivas frente à falhas nos procedimentos e recomenda treinamento sistemático, no mínimo anual e quando forem observadas inconformidades no processo. A mesma planilha utilizada pelo observador externo deve ser preenchida sistematicamente pelo profissional responsável pelo procedimento, assim como pelo enfermeiro. A mesma deve acompanhar o aparelho até seu uso. Deve ser registrado o nome do paciente e o procedimento realizado e então arquivada. PLANILHA PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE HIGIENE E LIMPEZA DOS ENDOSCÓPIOS Procedimento observado Conformidades (OK) Responsável observações 1. Na própria sala: imediatamente ao ser retirado do paciente, com o aparelho conectado na fonte de luz, a água é aspirada com detergente enzimático para limpeza do excesso de secreção no canal. 2. É retirado excesso de secreção com compressa. 3. É acionado canal de ar e de água, alternadamente. 4. É desconectado da energia e colocada a tampa de proteção da parte elétrica antes do início da desinfecção. 5. Testador de vedação é adaptado. 6. O aparelho é submergido na água, iniciando pela extremidade distal. 7. São realizados os movimentos acima, abaixo, a esquerda e a direita. 8. São observados sinais de vazamento ou escape de ar. 9. O aparelho é submergido em detergente enzimático. 10. As válvulas são removidas e submersas em solução enzimática. 11. As válvulas são escovadas. 12. O aparelho é lavado externamente (comando e tubo). 13. É introduzida a escova de limpeza no canal de biópsia até a saída na porção distal. A escova é escovada ao sair na outra extremidade antes de tracioná-la. 14. É introduzida a escova de limpeza em ângulo de 45º através do canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo. 15. É introduzida a escova de limpeza através do canal de aspiração em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector. 16. É realizada a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la. 17. Os acessórios utilizados são os fornecidos pelo fabricante do aparelho. 18. É enxaguado em água corrente abundante. 19. É secado externamente. 20. É deixado escorrer até não mais observar saída de água. 21. É imerso completamente o aparelho na solução desinfetante. 22. O desinfetante é introduzido nos canais com auxílio de uma seringa. 23. O tempo para imersão no desinfetante respeita o tempo exigido pelo fabricante. 24. O aparelho é retirado do desinfetante e lavado em água corrente abundante. 25. É realizado enxágüe dos canais com água em abundância com auxílio de seringa. 26. O tubo é seco externamente com pano macio. 27. Ar comprimido é aplicado para secagem dos canais. 28. É realizada rinsagem com álcool 70% nos canais, seguida de nova aeração com ar comprimido. 29. É aplicado óleo silicone nos anéis de borracha das válvulas. 30. Armazenado sem válvulas. Recomendações adicionais: Manter planilhas de controle de temperatura e umidade no local de armazenamento dos aparelhos. Manter planilhas de controle de tratamento dos aparelhos e dos testes de validade do desinfetante. 20
  • 21. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos OBSERVAÇÕES Para segurança no processo de limpeza e desinfecção, certifique-se que o detergente enzimático e a solução desinfetante possuem registro na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O registro tem validade por 5 anos. Não ultrapasse o número de dias de validade da solução desinfetante. Dilua conforme a recomendação do fabricante. REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICOS Como recomendação inicial, idealmente, os materiais de uso único não devem ser reprocessados. Neste sentido, a avaliação financeira é de importância primordial. Muitas vezes a busca de produtos com preços mais justos como descartáveis é a solução. Neste sentido à semelhança dos medicamentos, tem-se iniciado a falar de materiais genéricos como “aqueles que cumprem com segurança a finalidade com preço justo para ser acessível como descartável”. Tem-se conhecimento deste tipo de material “genérico” em processos de licitação pública, onde diferentes laboratórios fornecem o mesmo acessório com diferentes custos, sendo que todos atendem à segurança do uso. Porém, ainda é uma possibilidade incipiente. Por ora, a maioria dos acessórios de uso único utilizados em endoscopia digestiva é de alto custo o que conduz para a prática do reuso. Qualquer acessório que for reutilizado deve sofrer o processo de limpeza em ultra-som com detergente enzimático, antes de ser reesterelizado. Neste caso, muitos cuidados devem ser observados quanto à avaliação do risco funcional e microbiológico. RISCO FUNCIONAL Se o acessório de uso único apresenta prejuízos quanto a sua funcionalidade no segundo uso, este não deve ser reprocessado. Para esta decisão, há que se pesquisar sistematicamente junto ao médico usuário, o desempenho do acessório reprocessado comparando com o do primeiro uso. Qualquer prejuízo no desempenho dos acessórios de uso único não justifica o uso. Caso seja aprovado quanto a sua funcionalidade, o próximo passo a ser seguido é julgamento de risco baseado em escores. GRAZIANO et al (2006) desenvolveram um instrumento onde vários itens são valorados de 0 a 3 dependendo do grau de risco: 0-não se aplica 1-Risco baixo 2-Risco intermediário 3-risco alto Os aspectos principais a serem julgados são: 3 2 1 0 Crítico Semicrítico Não-crítico Não desmonta Desmonta parcial Desmonta total Material Sólido Não existem entrada nem Entra e sai água/ar Entra e sai água saída de água/ar parcialmente (glotejando) permitindo o acoplamento em lavadora ultrassônica com jato pulsátil e pistola de água/ar sob pressão Contato longo e íntimo em Contato por tempo Contato breve em áreas áreas estéreis do corpo intermediário em áreas estéreis do corpo humano humano (uso contínuo estéreis do corpo humano (uso esporádico de 1 a 3 durante o procedimento (tempo de contato 5’ 15’) vezes de contato) invasivo 15’) Espaços internos sem Parte da estrutura Estrutura transparente que Material sem espaços possibilidade de transparente p/inspeção da permite inspeção visual da internos inspecionar a luz limpeza limpeza Impossibilidade de utilizar Possibilidade parcial: Pelo Todas as estruturas artefatos para limpeza menos 2 recursos para internas são passíveis de (escova, jato de ar/água, limpeza limpeza mecânica com ultra-som) artefatos O acessório fica em Idem por tempo curto A maior parte do acessório contato direto com o fica restrita ao contato paciente sendo banhado manual do cirurgião por secreção biológica por tempo prolongado Analisando um acessório de uso único de endoscopia digestiva, quanto mais alto o escore obtido maior é o risco biológico no reuso. Esta definição do grau de risco é útil para auxiliar na decisão em envidar esforços na validação da esterilidade, passo seguinte, que implica em extensivos testes com altos custos. A seguir temos um exemplo de ficha que pode ser utilizada nos serviços de endoscopia para avaliação de condições do reprocessamento de produtos médicos. 21
  • 22. Centro de Endoscopia de São Carlos - Manual de Rotinas e Procedimentos FICHA DE AVALIAÇÃO DE REUSO DE MATERIAIS PERMANENTES Material: ____________________________________________________________________ Marca: ______________________________________________________________________ Os materiais com fita (especificar a cor) estão sendo avaliados para condições de reuso para criação de um protocolo. Antes de enviar para esterilização, avalie o produto conforme os critérios abaixo e marque com um X cada alternativa para sim ou não. Após preenchimento entregar a folha para a enfermeira do turno. Atenção: Anotar na etiqueta que vai para o CME o número da reesterilização. Número da reesterilização Integridade 1. O material apresenta ranhuras? SIM ( ) NÃO( ) 2. Ficou com dobraduras? ? SIM ( ) NÃO( ) 3.Apresenta oxidação(ferrugem)? SIM ( ) NÃO( ) 4. Soltaram fio, fiapos, outros? SIM ( ) NÃO( ) Funcionalidade 5. Apresenta dificuldade de: - Abertura? SIM ( ) NÃO( ) 6. Apresenta dificuldade de: - Fechamento/enlaçamento? SIM ( ) NÃO( ) 7. Funciona pior que no 1º uso? SIM ( ) NÃO( ) 8. Perdeu parte da estrutura? SIM ( ) NÃO( ) 9. Apresenta tortuosidades? SIM ( ) NÃO( ) Estocagem 10. É difícil adaptar na pistola/látex para Secagem no ar comprimido? SIM ( ) NÃO( ) 11. É difícil para secar? (muito longo, estreito, outro) SIM ( ) NÃO( ) 12. Tempo para secar, mais de 24 horas? SIM ( ) NÃO( ) Qual item determinou o descarte?___________________ CONSIDERAÇÕES FINAIS O Manual de Rotinas e Procedimentos do Centro de Endoscopia de São Carlos deve ser seguido por todos os profissionais do Serviço, sendo que cada um, seja médico, profissional de enfermagem ou do serviço de apoio, é responsável pelos seus atos. Este Manual estará disponível no Serviço e no site para acesso pelo paciente e poderá servir de modelo para outros Serviços. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Endoscopia gastrointestinal terapêutica SOBED – São Paulo – Tecmedd, 2006. 2. SILVA, O.F., Exame de Broncoscopia – Manual de orientação ao paciente, Centro de Tratamento e Pesquisa do Hospital do Câncer – A.C.Camargo, EPS Design, 2001, São Paulo. 3. SOBEEG SbdEeEG, Ministério da Saúde, ANVISA. Manual de limpeza e desinfecção de aparelhos endoscópicos. 2007. MÉDICO RESPONSÁVEL 22