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Estratégia de design para os ofícios
na cidade de São Paulo:
modos de produção a margem da industrialização
IED - SP
master
design estratégico
Thamise de Falco Baptista OUT - 2014
O que são ofícios?
são geralmente conhecidos por sua especialização
sapateiro | tapeceiro | serralheiro | costureira | alfaiate
Por que esse tema?
- é um setor familiar mas pouco explorado
- falar de trabalho manual especializado, na era digital
Objetivos
- verificar se existem possibilidades no setor, com o
mínimo de intervenção do designer
- apontar uma diretriz planejada para iniciar o
processo de ressignificação
oficinas de conserto/reforma e restauração
informal, pequeno, tradição herdada
(relojoarias, alfaiatarias, tapeçarias, sapatarias)
oficinas de conserto/reforma em modelo de franquia
comercial (rede do futuro, arranjos express)
fabricantes com oficinas que também fazem projetos
comercial (Paulo Alves Marcenaria)
CATEGORIAS DO SETOR
oficinas de aplicação
comercial (vidraçarias, marmorarias)
oficinas caseiras que reproduzem técnicas tradicionais
tradição adquirida
oficinas tradicionais “custom”/sob encomenda
tradição preservada, herdada
oficinas tradicionais de novos artefatos
tradição preservada, herdada
oficinas de conserto/reforma e restauração
informal, pequeno, tradição herdada
consumidor possui
um objeto danificado
opção A:
substituir por
objeto novo ou um
com a mesma
funcionalidade
opção B:
conserto/restauração
ou encomendar
um objeto igual
PRÉ-SERVIÇONECESSIDADE PÓS-SERVIÇOPERÍODO DO SERVIÇO
CUSTOMER JOURNEY
lembrança
já utilizou o serviço
indicação
conhecidos já
utilizaram o serviço
busca internet
por especialidade ou
tipo de conserto
expectativa
baixa / espera que o
serviço seja mais barato
do que um objeto novo
satisfação/insatisfação
uso recorrente do serviço gera
mais confiança no artífice
(valorização)
serviço ruim =
não retorna / não recomenda
experiência
com base na avaliação dos pontods de contato,
julga se pode negociar um preço menor
pelo serviço, se considera o preço cobrado
como justo
proximidade
viu a oficina na rua
indicação
o consumidor satisfeito
com o objeto (em uso),
pode recomendar o
serviço
transporta o objeto
para a oficina
explica o problema
para o artífice
deixa nome, telefone
liga no prazo para
saber se está pronto
aprova ou não o
serviço
efetua o pagamento
transporta o objeto
para casa
ação do consumidor
faz orçamento,
geralmente na hora
liga no caso de
imprevistos
faz ajustes caso não
tenha aprovação
ação do artífice
Fundamentação Histórica
- para a desvalorização cultural
artífices sentem orgulho do ofício, mas sentem que
a permanência não é suficientemente lucrativa
altos custos para manter o estabelecimento
em São Paulo.
baixa presença de jovens nas oficinas
Blogs com diretórios colaborativo de oficinas
especializadas em reparos
busca por serviços na internet via indexadores
não qualificam nem ilustram o processo dentro
das oficinas ou seus artífices
usuários não costumam preencher avaliações do
tipo : estrelas/nota
Entusiastas de determinados ofícios, como
cutelaria, dependem da consulta de informações
em blogs e fóruns informais para conseguir
iniciar sua própria oficina com os materiais
necessários.
Cenário
Locação de oficinas
A
Cenário
Assinatura de Ofícios
B
Cenário
Medidas Específicas
C
Cenário
Reparos Visíveis
D
Cenário
Manual
E
Comparativo de viabilidade
entre os cenários propostos
Benefícios /
Ganho para o
artífice
Recurso
Humano e
Físico
Aceitação de
consumidores
Tempo de
Implementação
baixo
artífice não é
necessário
(opcional)
alto
baixa
valor para
público
restrito
alto
alto
apenas para
artífice que
produz
médio
média
sem
necessidade
urgente
médio
médio
sem interação
entre usuário e
artífice
alto
baixa
falta
familiaridade
médio
médio
exige novo
processo para
o artífice
médio
baixa
foco em
público jovem
DIY
alto
alto
artífice não
muda
processos
baixo
alta
existe
familiaridade e
necessidade
baixo
A B C D E
Comparativo de viabilidade
entre os cenários propostos
Benefícios /
Ganho para o
artífice
A B C D E
Recurso
Humano e
Físico
Aceitação de
consumidores
Tempo de
Implementação
baixo
artífice não é
necessário
(opcional)
alto
baixa
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público
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alto
alto
apenas para
artífice que
produz
médio
média
sem
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urgente
médio
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artífice
alto
baixa
falta
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médio
médio
exige novo
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o artífice
médio
baixa
foco em
público jovem
DIY
alto
alto
artífice não
muda
processos
baixo
alta
existe
familiaridade e
necessidade
baixo
Planejamento inicial do Projeto
Fase 1
Landing page apenas com o formulário a ser preenchido e cadastro de
base de usuários.
objetivo: identificar quantidade de usuários com a necessidade emergencial
Fase 2
Construção de catálogo inicial de oficinas com base nas especialidades
mais procuradas na Fase anterior.
objetivo: identificar oficinas, personalidades e estabelecer confiança com a base de artífices
Fase 3
Estabelecer funcionamento da ferramenta via email e telefone.
objetivo: entender na prática as necessidades e o funcionamento do serviço antes da construção
e desenvolvimento da plataforma
Fase 4
Desenvolver uma plataforma beta com as funcionalidades necessárias
para o funcionamento.
objetivo: gerar tração para o serviço e entender o processo de fidelização (usuários recorrentes)
Planejamento de ações secundárias do Projeto (Fase 5)
Ação 1
Agregar à plataforma uma seleção de itens para venda, relacionados a con-
serto de objetos. O usuário pode, por exemplo, escolher botões ou tecidos
para incorporar no objeto em questão.
objetivo: ampliar o ecossitema da plataforma
Ação 2
Espaço no site dedicado a informações para a construção de oficinas
próprias. Indicando e disponibilizando pelo site itens básicos de segurança e
estrutura.
objetivo: Integrar os conhecimentos de artífices experientes com o interesse de uma geração mais jovem
nas atividades de auto-produção e reconhecer novas possibilidades de atuação no setor.
Ação 3
Estabelecer frente dedicada ao ensino de técnicas de ofício tradicional.
objetivo: Valorizar artífices experientes como detentores de conhecimento prático e estimular a troca
entre novas informações, criando uma comunidade com um interesse em comum.
Considerações Finais
O processo permitiu entender o valor dos procedimentos
aprendidos durante o curso, na tradução de um ambiente
complexo para uma síntese passível de intepretação
concreta.

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Estratégia de design para os ofícios na cidade de São Paulo: modos de produção a margem da industrialização

  • 1. Estratégia de design para os ofícios na cidade de São Paulo: modos de produção a margem da industrialização IED - SP master design estratégico Thamise de Falco Baptista OUT - 2014
  • 2. O que são ofícios? são geralmente conhecidos por sua especialização sapateiro | tapeceiro | serralheiro | costureira | alfaiate
  • 3. Por que esse tema? - é um setor familiar mas pouco explorado - falar de trabalho manual especializado, na era digital
  • 4. Objetivos - verificar se existem possibilidades no setor, com o mínimo de intervenção do designer - apontar uma diretriz planejada para iniciar o processo de ressignificação
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. oficinas de conserto/reforma e restauração informal, pequeno, tradição herdada (relojoarias, alfaiatarias, tapeçarias, sapatarias) oficinas de conserto/reforma em modelo de franquia comercial (rede do futuro, arranjos express) fabricantes com oficinas que também fazem projetos comercial (Paulo Alves Marcenaria) CATEGORIAS DO SETOR oficinas de aplicação comercial (vidraçarias, marmorarias) oficinas caseiras que reproduzem técnicas tradicionais tradição adquirida oficinas tradicionais “custom”/sob encomenda tradição preservada, herdada oficinas tradicionais de novos artefatos tradição preservada, herdada
  • 9. oficinas de conserto/reforma e restauração informal, pequeno, tradição herdada consumidor possui um objeto danificado opção A: substituir por objeto novo ou um com a mesma funcionalidade opção B: conserto/restauração ou encomendar um objeto igual PRÉ-SERVIÇONECESSIDADE PÓS-SERVIÇOPERÍODO DO SERVIÇO CUSTOMER JOURNEY lembrança já utilizou o serviço indicação conhecidos já utilizaram o serviço busca internet por especialidade ou tipo de conserto expectativa baixa / espera que o serviço seja mais barato do que um objeto novo satisfação/insatisfação uso recorrente do serviço gera mais confiança no artífice (valorização) serviço ruim = não retorna / não recomenda experiência com base na avaliação dos pontods de contato, julga se pode negociar um preço menor pelo serviço, se considera o preço cobrado como justo proximidade viu a oficina na rua indicação o consumidor satisfeito com o objeto (em uso), pode recomendar o serviço transporta o objeto para a oficina explica o problema para o artífice deixa nome, telefone liga no prazo para saber se está pronto aprova ou não o serviço efetua o pagamento transporta o objeto para casa ação do consumidor faz orçamento, geralmente na hora liga no caso de imprevistos faz ajustes caso não tenha aprovação ação do artífice
  • 10. Fundamentação Histórica - para a desvalorização cultural
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. artífices sentem orgulho do ofício, mas sentem que a permanência não é suficientemente lucrativa altos custos para manter o estabelecimento em São Paulo. baixa presença de jovens nas oficinas
  • 20. Blogs com diretórios colaborativo de oficinas especializadas em reparos
  • 21. busca por serviços na internet via indexadores não qualificam nem ilustram o processo dentro das oficinas ou seus artífices usuários não costumam preencher avaliações do tipo : estrelas/nota
  • 22. Entusiastas de determinados ofícios, como cutelaria, dependem da consulta de informações em blogs e fóruns informais para conseguir iniciar sua própria oficina com os materiais necessários.
  • 28. Comparativo de viabilidade entre os cenários propostos Benefícios / Ganho para o artífice Recurso Humano e Físico Aceitação de consumidores Tempo de Implementação baixo artífice não é necessário (opcional) alto baixa valor para público restrito alto alto apenas para artífice que produz médio média sem necessidade urgente médio médio sem interação entre usuário e artífice alto baixa falta familiaridade médio médio exige novo processo para o artífice médio baixa foco em público jovem DIY alto alto artífice não muda processos baixo alta existe familiaridade e necessidade baixo A B C D E
  • 29. Comparativo de viabilidade entre os cenários propostos Benefícios / Ganho para o artífice A B C D E Recurso Humano e Físico Aceitação de consumidores Tempo de Implementação baixo artífice não é necessário (opcional) alto baixa valor para público restrito alto alto apenas para artífice que produz médio média sem necessidade urgente médio médio sem interação entre usuário e artífice alto baixa falta familiaridade médio médio exige novo processo para o artífice médio baixa foco em público jovem DIY alto alto artífice não muda processos baixo alta existe familiaridade e necessidade baixo
  • 30.
  • 31. Planejamento inicial do Projeto Fase 1 Landing page apenas com o formulário a ser preenchido e cadastro de base de usuários. objetivo: identificar quantidade de usuários com a necessidade emergencial Fase 2 Construção de catálogo inicial de oficinas com base nas especialidades mais procuradas na Fase anterior. objetivo: identificar oficinas, personalidades e estabelecer confiança com a base de artífices Fase 3 Estabelecer funcionamento da ferramenta via email e telefone. objetivo: entender na prática as necessidades e o funcionamento do serviço antes da construção e desenvolvimento da plataforma Fase 4 Desenvolver uma plataforma beta com as funcionalidades necessárias para o funcionamento. objetivo: gerar tração para o serviço e entender o processo de fidelização (usuários recorrentes)
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. Planejamento de ações secundárias do Projeto (Fase 5) Ação 1 Agregar à plataforma uma seleção de itens para venda, relacionados a con- serto de objetos. O usuário pode, por exemplo, escolher botões ou tecidos para incorporar no objeto em questão. objetivo: ampliar o ecossitema da plataforma Ação 2 Espaço no site dedicado a informações para a construção de oficinas próprias. Indicando e disponibilizando pelo site itens básicos de segurança e estrutura. objetivo: Integrar os conhecimentos de artífices experientes com o interesse de uma geração mais jovem nas atividades de auto-produção e reconhecer novas possibilidades de atuação no setor. Ação 3 Estabelecer frente dedicada ao ensino de técnicas de ofício tradicional. objetivo: Valorizar artífices experientes como detentores de conhecimento prático e estimular a troca entre novas informações, criando uma comunidade com um interesse em comum.
  • 36. Considerações Finais O processo permitiu entender o valor dos procedimentos aprendidos durante o curso, na tradução de um ambiente complexo para uma síntese passível de intepretação concreta.