1. Síntese de Palestras
Xamãs Conet
1 Congresso de Xamanismo na Internet
Por Tai Santos – Terapeuta e Coaching Holística – Caxias do Sul: outubro de 2015
2. Síntese de Palestras
• No mês de outubro, participei do Xamãs Conet.
• Não consegui assistir a todas as palestras, sendo
que eram muitas e em diversos horários, desde
manhã, tarde e noite.
• Mas as que pude assistir, fiz uma síntese, bem
sucinta, mas objetiva dos assuntos ali tratados.
• Segue o resumo que fiz.
• No site você pode adquirir todas as palestras,
segue o link deles:http://www.xamasconet.com.br/
4. Xamanismo e Carlos Castañeda, por Patrícia Aguirre
• Patrícia recebeu os conhecimentos de
xamanismo diretamente de Castañeda
• Para ele, xamanismo é algo abstrato, natural; é
conexão com a natureza; é entender o mundo
como energia; não é o normal, é o natural
• Castañeda passou ensinamentos sobre
Limpeza Energética através de movimentos,
que nos dão uma liberdade de expressão e nos
permite o Intento*
*Intento: conexão com a força maior que permeia tudo
5. Xamanismo e Carlos Castañeda, por Patrícia Aguirre
• Ela falou dos Toltecas: povo que há mais de 10
mil anos, receberam em sonho, de Nagual, os
movimentos energéticos.
• Nagual: mundo invisível, extraordinário; seres
energéticos que ajudam os que estão no Tonal.
• Tonal: o mundo que percebemos, tudo o que
está a nossa volta, percebido por nós, o mundo
ordinário.
6. Xamanismo e Carlos Castañeda, por Patrícia Aguirre
• Ela falou rapidamente de alguns Centros
Energéticos do Corpo, utilizados nesses
Movimentos:
– Lado esquerdo: sentimento
– Lado direito: ação
– Útero: percepção
– Glândulas Tireóide: expressão
– Glândula Timo: decisão
– Rins: ação sustentada
– Topo da cabeça: espiritual
7. Xamanismo e Carlos Castañeda, por Patrícia Aguirre
• Falou também sobre o Ponto de Aglutinação: ponto
de luminosidade intensa; nos seres humanos fica
atrás das omoplatas.
• Ela disse que o sonho de Carlos Castañeda era
mudar o ponto de aglutinação da Terra, ou seja,
tornar todos os seres mais iluminados.
• Segundo ele, devemos prestar atenção em todos os
sinais, o tempo todo.
• Depois, Patrícia nos passou alguns movimentos
energéticos: um com os braços e outro para o útero.
9. Alma Celta, por Cláudio Quintino Crow
• Cláudio falou que para os Celtas, a
Espiritualidade está diretamente ligada à
natureza; é mais próxima do ser humano; é uma
relação horizontal entre o humano e o sagrado.
• Os celtas nos ensinam que a espiritualidade
está no dia-a-dia, sem necessariamente de um
templo; tudo pode virar um templo; toda hora
pode ser sagrada.
• Espaço Sagrado: pagos (campo) X urb (cidade);
onde quer que eu esteja, o espaço é sagrado
10. Alma Celta, por Cláudio Quintino Crow
• Tempo Sagrado: cíclico, como a rotação do sol e
da lua, como as estações do ano, como os
princípios de nascimento, crescimento, morte,
renascimento.
• Principal lição: não temer nenhuma das fases
do ciclo, todas são importantes.
• Natureza/Local: busca incessante da inspiração;
trazer algo para dentro, absorver o que a
paisagem nos dá; algo que nos faça agir/reagir
11. Alma Celta, por Cláudio Quintino Crow
• Cláudio falou um pouco dos druidas: eram muito
importantes nesse povo; muito além de um
sacerdote, eles sabiam o que era melhor para a
comunidade; eram sábios e curandeiros.
• Também fez comparações entre Religião e
Espiritualidade
Religiosidade
(Greco/Romana ou Judaico/Cristã)
Individualismo Egoico
Espiritualidade
(Celta, Nativa, Oriental)
Individualidade Todo
12. Alma Celta, por Cláudio Quintino Crow
• O que é ser indivíduo: eu aprecio no outro o que
eu não tenho.
• Para os celtas existia sempre a união:
– Indivíduo X Comunidade (o outro)
– Indivíduo X Paisagem (o entorno)
• Cláudio também falou da ancestralidade e suas
diversas vertentes:
Ancestralidade
Sangue
Cultural
Espiritual
Corpo
Mente
Espírito
13. Alma Celta, por Cláudio Quintino Crow
• Por fim, Cláudio lembrou que o xamanismo celta
hoje, é um diálogo entre todas as correntes
espirituais.
• E ainda sinalizou: espiritualidade é um meio,
não um fim.
15. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Primeiramente, Tony falou sobre conceitos de
xamanismo.
• Explicou a diferença entre:
– Feiticeiro: alguém sozinho
– Xamã: alguém com a comunidade
• Falou sobre os círculos de cura
• O primeiro círculo a ser curado, deve ser o da
família, para depois passar a comunidade,
cidade, e assim por diante.
16. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Caminho Vermelho: família, respeito,
irmandade, fraternidade
• Objetos Sagrados: servem como lembrete do
mundo sagrado, dois exemplos:
– Tambor: o som do coração; através do som,
mudamos a frequência cerebral, elevando-a
– Pena: as aves voam muito alto, por isso simbolizam o
“estar mais perto do céu”, estar próximo do espiritual
17. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Na cidade, ficamos cheios de estática,
carregados de energias dos celulares,
computadores, TVs, poluição, etc.
• Na natureza, liberamos e limpamos nosso corpo
e nosso campo energético dessa estática.
• Por isso é tão importante esse contato com a
natureza, e porque alguns rituais xamânicos
precisam ser feitos ao ar livre.
18. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Quando temos um intuição e fazemos algo com
isso, estamos nos conectando. Se negamos
nossos dons, nossas intuições, nos
desconectamos de nossa verdade espiritual.
• Espiritualidade: está além de religião e além de
cerimônias; é ampliar nossa visão sobre o
mundo, sobre a criação.
• Quem faz uma cerimônia não está ali porque é
mais ou melhor que os outros, é um canal e que
também precisa da cura.
19. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• O feminino é muito importante no Caminho
Vermelho.
• Todas as cerimônias vieram da energia feminina.
• A tenda Tipi é uma representação da mulher:
– a madeira dentro da tenda são suas costelas
– a lona que reveste é sua saia
– a madeira que sai para fora são seus braços
em oração ao alto
– o fogo dentro da tenda é seu espírito.
20. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Cada ação nossa afeta 7 gerações (anteriores e
posteriores)
• Equilíbrio: é ter a mesma vibração entre pensar,
sentir e fazer
• Quietude: no silêncio você ouve o que precisa;
só tem um jeito de se conhecer e conhecer o
mundo e é entrando em contato com seu
interior, através da quietude.
• Introspecção + Ação: precisam estar juntos.
21. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• O caminho espiritual é pessoal, tem que estar ligado
com sua vida em todas as áreas; cada indivíduo
tem o seu e mesmo que você ligue seu caminho às
áreas dos relacionamentos (trabalho, amizade,
amor) você deve respeitar o caminho do outro, sua
espiritualidade tem que estar em você todo o
tempo, mas não pode afetar a afetividade; por
exemplo, não importa se você segue uma linha
espiritual e seu (sua) parceiro(a), ou familiar, segue
outro, vocês podem conviver juntos, cada qual com
sua filosofia, respeitando um ao outro. Se dividir, se
houver desavença, então não é espiritual.
22. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• O Caminho Espiritual nos traz Poder Pessoal.
• Nunca podemos confundir Poder Pessoal com
Ego.
PODER PESSOAL
Como você age na vida,
com o que aprende;
transformar conhecimento
em sabedoria
EGO
Autoafirmação; como você
acha que é; máscara que se
coloca diante dos outros
23. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Quanto mais aprendemos, mais precisamos lembrar
que nada sabemos e temos ainda a aprender. Isso
é ter alma de aprendiz e todo xamã precisa ser
assim.
• Devemos sempre lembrar do que despertou a
vontade de desenvolver o caminho espiritual; esse
motivo pode mudar com o tempo, mas foi o ponto
inicial que deu origem ao caminho e deve ser
reconhecido.
• Outro conselho para quem vai despertar
espiritualmente: nunca barganhar no caminho
espiritual, pois tudo o que vem é porque tinha que
vir, “atalhos” mais fáceis não fazem um bom xamã
24. Caminho Nativo – Sabedoria Cheyenne, por Tony Paixão
• Entrar no caminho espiritual é como entrar
numa loja de doces, o atendente vai te dar
vários tipos para provar e você vai querer todos,
mas algum vai despertar mais o seu gosto, você
vai escolher aquele para comprar, e esse terá
um preço, você deve pagar para levar esse que
mais gostou, pagar o preço que ele vale, pois
você sabe que é especial.
• Ame, erre, sorria, case, tenha filhos, enfim, viva
tudo o que a vida te oferecer, valorizando tudo.
25. As sete flechas – Xamanismo e
Poder Pessoal
por Zezito Duarte (Águia Azul)
26. As sete flechas – Xamanismo e Poder Pessoal, por Zezito Duarte
• Princípio básico: O guerreiro, por mais luz que
tenha, possui sombra e é através da sombra que se
vê a luz
• A medicina das Sete Flechas veio dos akalotahey*
• Cada ação tem uma qualidade, uma cor; essa ação
tem que ter um objetivo.
• Existem três tipos de flechas:
– Escura (ação)
– Luz (reação)
– Arco-íris (transmutação) (flecha que o Universo devolve)
*Akalotahey são seres de luz, por exemplo Buda, Jesus, Krishna
27. As sete flechas – Xamanismo e Poder Pessoal, por Zezito Duarte
• O Guerreiro atira uma Flecha de Luz para quebrar a
Sombra e recebe uma Flecha Arco-Íris do Universo
para poder caminhar na Beleza.
• Rebater as flechas de sombra com flechas de luz é
transformar karma em dharma, desejos em prazer.
• Caminhar na Beleza significa trilhar o caminho da
vida seguindo a sua missão.
• A Medicina das Sete Flechas nos traz as chaves
para viver na Beleza. As chaves são:
– Experiência de vida
– Missão
– Realização
28. As sete flechas – Xamanismo e Poder Pessoal, por Zezito Duarte
Flecha Escura Flecha de Luz Flecha Arco-Íris
-Apego
- Dependência
- Julgamento
- Comparação
- Expectativa
- Síndrome da Criança
Carente (vítima)
- Autoafirmação (Ego)
-Autoconsciência
- Autorreconhecimento
- Autoaceitação
- Autoamor
- Autoprazer
-Autocura
-Luz
-Insight
- Introspecção
- Confiança
- Equilíbrio
- Missão
-Inocência
-Abundância
29. As sete flechas – Xamanismo e Poder Pessoal, por Zezito Duarte
• Inocente: ino (estar em) cente (centro), inocente
seria no sentido de estar em seu centro
• Depois Zezito contou uma lenda indígena muito
linda e no final nos deixou a seguinte
recomendação: antes de dormir, todos os dias,
devemos nos perguntar quem machucamos
naquele dia (homem, animal, espírito) e pedir
perdão.
• Isso é o que faz o índio que caminha na mata
para ser tornar um caçador (lenda que ele
contou).
30. Yerê Arapuã – Princípios da roda de
cura xamânica
por Sergio Frug
31. • Roda de Cura é uma das sete medicinas da
tradição nativa da América do Norte (tribos do
norte)
• As sete medicinas vieram da Lenda da Mulher
Búfalo Branco:
– Cachimbo da Paz
– Roda de Cura
– Ritos de Passagem
– Dança do Sol
– Busca da Visão
– Temazcal
– Bastão da Palavra
Yerê Arapuã – Princípios da roda de cura xamânica, por Sergio Frug
32. • Roda da Vida: se divide em posições, e cada
posição é representado por um animal e por um
elemento
LESTE
Fogo
Águia
(visão, espírito)
SUL OESTE NORTE
Água
Coiote
(cura)
Terra
Urso
(meditação)
Ar
Búfalo
(sabedoria)
Yerê Arapuã – Princípios da roda de cura xamânica, por Sergio Frug
33. Yerê Arapuã – Princípios da roda de cura xamânica, por Sergio Frug
• Segundo ensinamentos de Don Ruan Ruiz, existem
4 compromissos na vida que devemos ter:
– Cuidar da palavra
– Não levar nada para o pessoal
– Não tirar conclusões precipitadas
– Dar o melhor de si, não é para ser perfeito, é dar o melhor que se pode
• Qualquer problema que se tem é possível de ser
resolvido somente corrigindo algum dos itens do
compromisso
• Finalizando: toda roda é uma roda de cura!
35. Plantas e Terapias tradicionais indígenas, por Adriana Ocelot
• Durante muito tempo a sociedade moderna se
distanciou da sua essência e são os conhecimentos
nativos que estão trazendo a cura de volta
• Segundo diversos calendários sagrados, diversas
profecias de sábios antigos, estamos fechando um
ciclo, portanto vivendo um tempo de recomeço, de
volta às origens, às raízes
• Por isso esse interesse mundial pelas medicinas
nativas.
• Para todos os nossos males, existem remédio na
natureza
Obs.: infelizmentenão consegui terminar de assistir essa palestra, pois estava trabalhandoe chegou cliente.
37. Sabedoria Multicultural, por Mama Andrea e Txana Ixã
• As mulheres precisam colocar mais inteligência em
seu ciclo lunar
• Fazer um diário lunar (Mama Andrea mostrou um
exemplar de um diário criado por ela junto com as
nativas do norte do Brasil)
• O sangue das mulheres é que permite a existência
na Terra, portanto é sagrado
• As mulheres são cíclicas, portanto não são sempre
iguais, sempre produtivas, como exige o mundo
moderno, todas precisam de um tempo de descanso.
• A avó Lua é quem comanda todas as águas da
Terra, inclusiva as que tem dentro de nós
Obs.: infelizmentenão consegui terminar de assistir essa palestra, pois estava trabalhandoe chegou cliente.
39. Simbolismo da Roda de Medicina, por Rogério Favilla
• Xamanismo: categoria antropológica, cuja
principal característica é a relação entre os
mundos visível e invisível; a intermediação entre
esses mundos é feita pela figura sagrada
intitulado xamã
• O xamã não incorpora um espírito, ele vai ao
mundo espiritual e retorna com orientações,
medicinas, respostas
• Existe uma diversidade grande de xamanismo,
vindas de várias tribos, tradições, culturas
nativas
40. Simbolismo da Roda de Medicina, por Rogério Favilla
• Hoje existe um retorno dessas práticas, mas muitas
vezes como uma simbologia.
• Por exemplo: a Dança do Búfalo, é simbólica e não
feita exatamente igual aos ancestrais.
• Os animais têm grande importância no
xamanismo, todos têm um significado específico
• Antes da chegada dos espanhóis, os Cheyennes
não conheciam o cavalo e assim que o
conheceram, integraram esse animal aos seus
símbolos místicos, lhe dando grande importância
41. Simbolismo da Roda de Medicina, por Rogério Favilla
• O xamanismo sempre faz a relação entre os
opostos:
– Luz x Sombra
– Vida x Morte
– Indivíduo x Coletivo
– Alto x Baixo
• Medicina, no xamanismo é a forma de achar o
equilíbrio entre o indivíduo e o mundo, entre as
diferenças; busca a harmonia nas
impermanências e mudanças cíclicas da vida.
42. Simbolismo da Roda de Medicina, por Rogério Favilla
• Reino das 4 Direções: Leste, Sul, Oeste, Norte
– O espírito entra pelo Leste: surge a primeira fase da
infância
– Cresce no Sul: segunda fase, astúcia, expressão, arte,
inovação
- Adulto no Oeste: terceira fase, responsabilidade,
escolha, decisão
- Envelhece e morre no Norte: experiência, cultura,
regras, leis
Cosmologia da Roda de Medicina
44. Danças e Cerimônias Visionárias de Joseph Rael, por Felicity
McDonald
• “Estamos precisando de mais rituais e cerimônias”.
(Joseph Rael)
• A dança abraça a todos
• J.R. teve visões dessas danças:
– Long Dance: do anoitecer até o nascer do sol, em jejum,
sem parar
– Drum Dance: mais alegre e enérgica, dança-se pela paz,
pela cura de 7 gerações (anteriores e posteriores); dura
três dias
– Sun Moon: muito poderosa, exige muito sacrifício, usa-se
um apito, que acaba secando a boca e nesse momento o
espírito da pessoa se conecta com o Grande Espírito, pois
o espírito da pessoa “sai” do corpo para buscar água; dura
quatro dias
45. Danças e Cerimônias Visionárias de Joseph Rael, por Felicity
McDonald
• Durante as danças não se usa nenhum tipo de
alucinógeno
• As danças servem para expandir a consciência
• Existem pessoas que cuidam dos dançarinos:
são os Moon Mother e Sun Father
• Ao liderar grupos, você percebe o quanto a
questão do amor incondicional é difícil, mas é
assim que se aprende, pois o xamanismo
“abraça” a todos, aceita todos que vierem
• “Para ser um bom místico, tem que vivenciar
todas as experiências místicas”. (Joseph Rael)
46. Danças e Cerimônias Visionárias de Joseph Rael, por Felicity
McDonald
• Felicity falou sobre alguns objetos sagrados
– O Bastão de Fala: cada um fala sobre sua experiência, enquanto
está com o bastão, os demais permanecem calados, não podem
interferir; o bastão é passado por todos.
– Pano vermelho: para embrulhar cada objeto sagrado
– Bandana: representam o círculo de proteção, círculo de Medicina
– Saias: para as mulheres, representa a feminilidade, mas também
representa seu círculo (pode ser usado por homens)
• Cada um de nós é importante no mundo, não
importa o que se faz
47. Danças e Cerimônias Visionárias de Joseph Rael, por Felicity
McDonald
• Seeds of Peace: canto de paz de J.R.
• Cantar as vogais do nome da pessoa enferma
ajuda a curar; canta-se o nome, depois cada
vogal, em um grupo de pessoas, num círculo,
imaginando no centro a pessoa enferma.
• Significado de cada vogal:
– A: purificação
– E: centro, seu lugar no mundo
– I: reconciliação, consciência
– O: inocência (como a da criança)
– U: Deus dando suporte para a pessoa
48. Danças e Cerimônias Visionárias de Joseph Rael, por Felicity
McDonald
• Uma outra técnica vocacional (meditação) é
colocar o termo “ando” no final do nome e canta-
se por 20 minutos, descobre-se muito de si; por
exemplo: meu nome é Taize, então ficaria
Taizeando
• Para finalizar, Felicity fez um convite: não deixe
de experimentar as danças por *medo de que
não irá conseguir, nós cuidamos de você. Dance!
Dance! Dance!
*Felicity relatou uma experiência de uma atriz famosa que resolveu participar de uma das
cerimônias de dança e quis parar no meio, pois não estava mais conseguindo, então foi
incentivada a fazer um pequeno ritual, e acabou voltando para a dança e ficou até o final.
50. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• Foi um ritual umbandista de fim de ano, na praia,
em reverência a Rainha do Mar, que despertou
em Mirella o desejo de estudar espiritualidade
feminina
• Os livros, “A dança cósmica das feiticeiras” e
“Cálice e Espada” foram muito importantes para
ela, pois foram os primeiros que ela leu quando
começou seus estudos.
• Mirella também conheceu os estudos e os livros
de *Marija Gimbutas
*Foi uma arqueóloga lituana conhecida por suas pesquisas sobre as culturas do Neolítico e da Idade do
Bronze da Europa Antiga e pesquisas avançadas sobre a religião da Deusa mãe. (Wikipédia)
51.
52. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• Do Paleolítico ao Neolítico, não se conhecia o papel do
homem na procriação; era a mulher que “transformava”
seu sangue em uma nova vida, por isso ela era
considerada sagrada
• Na época as tribos eram agrárias, pacíficas, adoradores
de deusas da natureza
• Foi com a chegada dos Kurgos – guerreiros dominadores
– que tudo começou a mudar; eles invadiram as tribos,
mataram homens e escravizaram mulheres
• O panteão das tribos, que era matriarcal, adoradores de
deusas da fertilidade (cálice) foi associado ao panteão dos
kurgos, patriarcal, adoradores de deuses masculinos da
guerra (espada).
• Na Grécia antiga, formou-se um panteão de deuses, com
a junção desses dois panteões, e o resto da história, já
conhecemos
53. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• Creta era uma sociedade avançada, produtiva,
abundante e pacífica durante muitos anos, mas
também acabou sendo invadida por diversos
exércitos gregos, extinguindo-se assim mais uma
cultura matriarcal.
• Anos se passaram, e foi a vez do Cristianismo dizimar
o culto as deusas, os ritos xamânicos e tribais, e teve
muito trabalho para fazer isso.
• A primeira coisa foi criar a história de Adão e Eva e
transformar a Árvore da Vida em um símbolo do mal
• A serpente, outro antigo símbolo do culto ao feminino
(energia que flui, kundalini), também foi associada ao
pecado, à tentação, ao demônio
54. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• A história bíblica acabou levando ao horror que foi a
época da Inquisição
• Começou-se a aniquilar as mulheres anciãs, que
detinham os conhecimentos de cura e dos rituais da
antiguidade.
• Depois começaram a torturar e matar mulheres
bonitas e sedutoras, pois simbolizavam a tentação e o
pecado, consideradas encarnações de Lilith (primeira
esposa de Adão, que não aceitou a imposição divina)
• A natureza e a Mãe Terra se rebelaram, enviando
doenças, pragas, chuvas, e todo o tipo de escuridão e
guerras, pois as pessoas se tornaram bárbaras e
sangrentas
• Essa época ficou conhecida como Trevas Medievais
55. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• Mas como toda cultura tem sua contracultura,
começaram a surgir os Bardos Medievais,
filósofos e poetas que veneravam as donzelas, a
Deusa Vênus e as mulheres em geral
• Depois as próprias mulheres – ativistas,
escritoras, estudiosas – começaram a lutar por
seus direitos e a retomar o poder e o culto do
sagrado feminino
• Sagrado Feminino: não se troca o sexo do
Criador, se une os dois sagrados, o Yin e o Yang,
o Pai e a Mãe, a dualidade em todos os sentidos,
afinal tudo nasce de uma união, da anima e do
animus
56. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• Hoje está ocorrendo esse retorno, um
Ecofeminismo está trazendo as tradições de volta.
• Ideal da mulher de hoje: preservar sua essência
sagrada: a donzela, a mãe e a anciã.
• Juntar-se ao positivo do masculino (animus), mas
em equilíbrio, sem se masculinizar nem se
infantilizar.
• Além dos rituais femininos, deve-se valorizar
muito os rituais mistos, convidar os homens a
participarem, para entrarem em contato com o
sagrado, junto com as mulheres, essa é a beleza.
57. Sagrado Feminino, por Mirella Faur
• Algumas pessoas, principalmente homens, tem
medo de chorar na frente dos outros, por isso tem
medo de participar de rituais, mas saibam que
chorar num ritual significa ser tocado pelo divino
• Homens têm certa dificuldade em rituais, as
mulheres têm mais facilidade de adentrar em
outros mundos, portanto a mulher deve ajudar o
homem na busca do sagrado, nos ritos mistos
• O culto do Sagrado Feminino está trazendo de
volta o diálogo em comum, a reverência a tudo o
que é sagrado
• O Xamanismo ajuda muito nesse sentido
58. Síntese de Palestras
• Essas foram as palestras que consegui acompanhar.
• Claro que o conteúdo de cada uma foi muito mais rico,
mas enquanto assistia, ia anotando rapidamente num
caderno os pontos principais.
• No site do XamãsConet tem mais informações.
• Espero que no próximo consiga assistir um número
maior de palestras, pois é muito interessante,
principalmente que é com pessoas muito experientes
nesse tema, com vivências a mais de dez anos em
suas especialidades, o que faz com que tenham muita
confiança no que transmitem.
• Gratidão Universo pela possibilidade de ter escutado
essas pessoas e recebido esses conhecimentos
preciosos!