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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
         FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




                    ANA PAULA ADÃO
                  BEATRIZ ROZAN FAZZIO
                 ELTON RICARDO RIZZATO
               KARYN FERREIRA COCHARRO




ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: a importância do farmacêutico na
                      saúde pública




                     FERNANDÓPOLIS
                          2012
ANA PAULA ADÃO
                    BEATRIZ ROZAN FAZZIO
                    ELTON RICARDO RIZZATO
                  KARYN FERREIRA COCHARRO




ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: a importância do farmacêutico na saúde
                             pública




                       Trabalho de conclusão de curso apresentado à
                       Banca Examinadora do Curso de Graduação em
                       Farmácia      da     Fundação      Educacional  de
                       Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
                       do título de bacharel em farmácia.


                       Orientadora: Profa. Vanessa Maira Rizzato Silveira




         FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
                     FERNANDÓPOLIS – SP
                              2012
ANA PAULA ADÃO
                              BEATRIZ ROZAN FAZZIO
                             ELTON RICARDO RIZZATO
                           KARYN FERREIRA COCHARRO




    ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: a importância do farmacêutico na saúde
                                       pública




                                 Trabalho de conclusão de curso aprovado como
                                 requisito parcial para obtenção do título de bacharel
                                 em farmácia.

                                 Aprovado em: 13 de novembro de 2012.




           Banca examinadora                     Assinatura             Conceito
Profa. Vanessa Maira Rizzato
Silveira (Orientadora)
Profa. Rosana Matsumi Kagesawa
Motta
Prof. Msc. Giovanni Carlos De
Oliveira




                         Profa. Vanessa Maira Rizzato Silveira
                           Presidente da Banca Examinadora
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, que
nos permitiu a graça da vida; aos nossos pais e
familiares que nos apoiaram durante essa fase tão
importante em nossas vidas.
AGRADECIMENTOS


       Agradecemos primeiramente a Deus, por mais uma conquista em nossas
vidas, pois sem ele não somos nada.
       Agradecemos aos nossos, pais, irmãos, irmã, namorado, namorada, que
tiveram conosco nos momentos de alegria, desespero muitas vezes e nos
momentos de desenvolvimento deste trabalho.
       Em especial nossa professora orientadora Vanessa Rizzato, pela força dada
de todas as maneiras.
       E a todos que direta ou indiretamente contribuíram na conclusão deste
trabalho. Nosso muito obrigado!
É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores,
mesmo correndo o risco de perder tudo, do que
permanecer estático, como os pobres de espírito,
que não lutam, mas também não vencem, que não
conhecem a dor da derrota, nem a glória de
ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito,
ao final de sua jornada na Terra não agradecem a
Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante
Ele, por terem apenas passado pela vida.

                                        Bob Marley
RESUMO


A assistência farmacêutica engloba valores éticos, comportamento, habilidade,
compromisso e é um dos responsáveis na prevenção de doenças, promoção e
recuperação da saúde, tendo interação direta do farmacêutico com o usuário
visando uma farmacoterapia racional obtendo uma melhoria na qualidade de vida.
Este trabalho consiste em uma pesquisa de campo realizada nos municípios A que
há responsável técnico em todo período de funcionamento da farmácia e no
município B que há responsável técnico apenas meio período. Observou-se então
uma maior assiduidade do usuário, maior reconhecimento do papel do farmacêutico,
menor reclamação por parte dos moradores do município A, fatos não observados
no município B, pois houve relatos de reclamações, falta de orientação e informação
quanto ao uso do medicamento. Observa-se então que a assistência farmacêutica é
importante para a obtenção de bons resultados terapêuticos e se faz necessário
para isso a presença do farmacêutico em todo período de funcionamento das
farmácias.

Palavras chave: Assistência Farmacêutica. Atenção Farmacêutica. Sistema Único
de Saúde. Medicamento. Farmacêutico.
ABSTRACT


Pharmaceutical care involves ethical values, behavior, skill, commitment, and is the
one responsible in preventing disease, promoting health and recovery, having direct
interaction of the pharmacist with the user seeking a rational pharmacotherapy
getting a better quality of life. This work consists of a field research conducted in the
municipalities there is technical manager for the entire period of operation of the
pharmacy and the municipality's technical manager B only part time. There is then a
greater user attendance, greater recognition of the role of the pharmacist, minor
complaint on the part of the residents of the municipality, not facts observed in the
city B because there were reports of complaints, lack of guidance and information
about the use of the drug. It is then observed that pharmaceutical care is important to
obtain good therapeutic results and it is necessary for the presence of
pharmaceuticals throughout the period of operation of pharmacies.

Key words: Pharmaceutical Care. Pharmaceutical Care. Unified Health System.
Medicine. Pharmacist.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1-    Idade dos entrevistados                              34
Figura 2-    Idade dos entrevistados                              34
Figura 3-    Sexo dos entrevistados                               35
Figura 4-    Sexo dos entrevistados                               35
Figura 5-    Frequência com que utilizam a farmácia Pública       36
Figura 6-    Frequência com que utilizam a farmácia Pública       36
Figura 7-    Sabe a função de quem dispensou os medicamentos      37
Figura 8-    Sabe a função de quem dispensou os medicamentos      37
Figura 9-    Sempre é atendido pelo mesmo funcionário             38
Figura 10-   Sempre é atendido pelo mesmo funcionário             38
Figura 11-   Faz uso de medicamento de uso contínuo               39
Figura 12-   Faz uso de medicamento de uso contínuo               39
Figura 13-   Sempre é orientado quanto ao modo de uso do          40
             medicamento
Figura 14-   Sempre é orientado quanto ao modo de uso do          40
             medicamento
Figura 15-   É orientado quanto as possíveis reações adversas e   41
             interações medicamentosas
Figura 16-   É orientado quanto as possíveis reações adversas e   41
             interações medicamentosas
Figura 17-   Nota ao atendimento                                  41
Figura 18-   Nota ao atendimento                                  41
Figura 19-   Quanto ao atendimento, o que julga necessário        43
             mudar
Figura 20-   Quanto ao atendimento, o que julga necessário        43
             mudar
Figura 21-   Já foi embora com dúvida                             44
Figura 22-   Já foi embora com dúvida                             44
Figura 23-   Já foi negada informação quanto ao uso do            45
             medicamento
Figura 24-   Já foi negada informação quanto ao uso do            45
             medicamento
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CRF – Conselho Regional de Farmácia
FIP – Federação Internacional dos Farmacêuticos
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família
OMS – Organização Mundial de Saúde
OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde
PCNE – Pharmaceutical Care Network Europe
PNAF – Política Nacional de Assistência Farmacêutica
PNM – Política Nacional de Medicamentos
PRM – Problemas Relacionados a medicamentos
PSF – Programa Saúde da Família
RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
RT – Responsável Técnico
SUS – Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO.......................................................................................................      11


1 REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................                  14
1.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA.................                                                   14
1.2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO BRASIL...............................................                                  16
1.3 FARMACÊUTICO E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE....................................                                        17
1.4 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA................................                                           20
1.5 MEDICAMENTOS ESSENCIAIS.....................................................................                       21
1.6 POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTO...................................................                                22
1.7 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA.........................                                             24
1.8 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA...............................                                           26
1.9 CICLO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA..................................................                                28
1.10 USO RACIONAL DE MEDICAMENTO..........................................................                             29


2 OBJETIVOS.......................................................................................................     32
2.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................................           32
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................                32


3 MATERIAL E MÉTODO.....................................................................................               33


4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................                      34


5 CONCLUSÃO.....................................................................................................       46


REFERÊNCIAS.....................................................................................................       47


APÊNDICE............................................................................................................   55
11



                                   INTRODUÇÃO




       Foi na década de 60, quando se iniciou a clínica farmacêutica, que o
farmacêutico começou a se conscientizar de seu papel na sociedade, voltando sua
atenção para o paciente e se preocupando com os riscos relacionados aos
medicamentos. Sendo assim o medicamento passa a ser um instrumento paliativo,
curativo ou preventivo (VIEIRA, 2007).
       O termo atenção farmacêutica foi citado pela primeira vez em 1980 onde o
termo foi definido como sendo as necessidades farmacoterapêuticas de um dado
paciente e o fornecimento a ele não apenas dos medicamentos requeridos, mas
também os serviços necessários para assegurar uma terapia segura e efetiva. Com
isso abriu-se um caminho para aperfeiçoar o uso da farmacoterapia (quanto a sua
segurança e efetividade) bem como para conscientizar pacientes e profissionais.
Porém o enfoque ainda não estava nos pacientes, mas sim no acesso e
disponibilidade do medicamento.
       Segundo     Hepler     (1988)   o   farmacêutico   deveria   acompanhar   as
transformações técnicas, sociais e econômicas que estavam acontecendo no mundo
e defendeu a reeducação profissional baseada em quatro pilares: a farmácia tendo
uma atividade central e função social, definição da filosofia profissional e relação
com a sociedade, marketing e estruturação da profissão.
       Strand, Cipolle e Morley (1988) trabalharam em um processo racional e
sistemático na tomada de decisões de forma que as necessidades do paciente com
relação a farmacoterapia pudessem ser abordadas e documentadas. Fez-se
necessário que o farmacêutico dedicasse seu tempo para entender as necessidades
do paciente e participe juntamente com os demais profissionais da área de saúde na
implantação, monitoração e planejamento de uma terapia segura e efetiva ao
paciente.
       Ainda segundo os mesmos autores foram identificados oito categorias de
problemas relacionados a medicamentos (PRM), porém não havia um critério de
separação entre elas.
1 – Indicações não tratadas
2 – Seleção de medicamento inadequado
3 – Doses subterapêuticas
12



4 – O paciente não recebe o medicamento
5 - Sobredosificação
6 – Reações adversas a medicamentos
7 – Interações medicamentosas
8 – Emprego de medicamentos sem indicação
        Somente em 1993 a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu o
trabalho do farmacêutico como um dispensador de atenção à saúde, dessa forma
ele deve participar ativamente na prevenção de doenças e na promoção de saúde
(OPAS, 2002). Assim a Atenção Farmacêutica passa a ser uma nova prática sendo
definida:
                                 “O   conjunto    de    atividades,   valores   éticos,   funções,
                                 conhecimentos,        responsabilidades   e    habilidades    do
                                 farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo
                                 de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e
                                 qualidade de vida da população.” (OPAS, 2002)


        Em 1994 foi fundada a Pharmaceutical Care Network Europe (PCNE) com o
intuito de implantar e desenvolver a Atenção Farmacêutica na Europa (BERNSTEN
et al, 2001). Em seguida no Congresso da Federação Internacional dos
Farmacêuticos (FIP) se discutiu a preparação do farmacêutico no terceiro milênio e
concluiu-se que no futuro a farmácia teria a vocação de orientar o paciente
(BRANDÃO, 1996).
        Na Suécia, a primeira publicação a respeito de Atenção Farmacêutica foi em
1993, pela Organização Nacional de Farmácias, essa publicação trazia orientações
sobre medicamentos isentos de prescrição e promoção a saúde. Nos últimos anos
ocorreu uma ênfase na identificação, resolução e documentação dos PRM, sendo
desenvolvido um software que foi incorporado em todas as farmácias comunitárias
(MIL, SCHULZ; 2006).
        Segundo o autor citado acima, na Holanda a farmacoterapia é discutida
praticamente todo mês por médicos e farmacêuticos e a Atenção Farmacêutica está
inclusa nos seguros de saúde.
        No Brasil o termo Atenção Farmacêutica foi utilizado pela primeira vez em
1995 durante o XVIII Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia na cidade de
Natal. Neste encontro foi introduzido no país um novo modelo de prática profissional,
13



diante disto, estudantes e professores verificaram a necessidade de mudar a atitude
quanto ao cuidado ao paciente que faz uso de medicamentos (BRASIL, 2009).
        Dentro dessa nova prática farmacêutica, o que passa a ser de suma
importância é o bem estar e a qualidade de vida do paciente e o farmacêutico passa
a assumir agora um papel muito importante, juntamente com outros profissionais de
saúde para a promoção da mesma. O farmacêutico passa então a trabalhar para
que o paciente não sofra nenhum comprometimento em sua qualidade de vida em
virtude de seu tratamento farmacológico (SULPINO, 2007).
        É de suma importância que tanto as farmácias como as drogarias assumam
um papel complementar ao serviço médico. O paciente quando sai de um
consultório médico tem maior chance de cura se ele tiver acesso ao que foi prescrito
e se essa prescrição estiver de acordo com a racionalidade da terapia. Faz-se
necessário avaliar fatores que interferem no tratamento como: estilo de vida,
tabagismo,    histórico   de   alergia,   uso   de   outros   medicamentos   e   essa
avaliação/orientação pode ser efetivada quando se implanta a Assistência
Farmacêutica (FERRAES; CORDONI, 2012).
        Segundo BRASIL (2009) cita algumas iniciativas que o farmacêutico pode
implantar para melhorar a saúde de uma dada população:
      Acompanhamento e educação do paciente
      Avaliar os fatores de risco
      Prevenção, promoção da saúde e vigilância das doenças
      Promover o uso correto (racional) dos medicamentos
        Segundo o autor citado a cima, a implantação da atenção farmacêutica
enfrenta alguns obstáculos como o vinculo empregatício do farmacêutico e a
rejeição do programa por alguns proprietários de farmácia.
        A humanização no atendimento ao paciente na farmácia passa por questões
relativas ao ambiente de atendimento, é necessário que as instalações sejam
adequadas para garantir bem-estar, confiança e privacidade ao usuário e para tanto
há necessidade de uma sala reservada com este fim (FERRAES; CORDONI, 2012).
        De acordo com a importância da atenção farmacêutica e assistência
farmacêutica observamos à necessidade de avaliar a Assistência Farmacêutica no
Sistema Único de Saúde (SUS) no município A e no município B .
14



REVISÃO DA LITERATURA


1.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA


       Não é suficiente oferecer atenção integral à saúde quando a Assistência
Farmacêutica se reduz a adquirir, armazenar e distribuir medicamento. É necessário
agregar valores a Assistência Farmacêutica, integrar a assistência ao sistema de
saúde, ter trabalhadores qualificados, selecionar os medicamentos mais seguros,
adquirir a quantidade correta no momento certo, entregar o medicamento ao usuário
com a devida orientação e monitorar os efeitos adversos que este poderá apresentar
(BRASIL, 2006a).
       Segundo a OPAS (2002) Atenção Farmacêutica é um modelo de prática
farmacêutica desenvolvida no contexto da Assistência farmacêutica. Ela engloba
valores éticos, comportamento, habilidade, compromisso e co-responsabilidade na
prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, sendo integrada a uma
equipe de saúde. Trata-se da interação direta do farmacêutico com o usuário
visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos voltados
para a melhoria da qualidade de vida.
       Contudo, os farmacêuticos ainda não têm consciência das suas funções no
cuidado à saúde, isso explica porque o SUS e outras fontes pagadoras de
assistência à saúde não reconhecem o farmacêutico como prestador de cuidados
(PROVIN; NIELSON; AMARAL, 2010).
       A Assistência Farmacêutica é definida com um grupo de atividades
relacionadas à medicação, destinada a apoiar as práticas sanitárias exigidas por
uma comunidade. É o fornecimento de medicamentos, armazenamento e controle
de qualidade, segurança terapêutica e eficácia do medicamento, o acompanhamento
e avaliação do seu usar, a aquisição e difusão do seu usar de informação sobre os
medicamentos e educação permanente dos profissionais de saúde, pacientes e
comunidade, a fim de garantir o uso racional de medicamento (BRASIL, 1998).
       A orientação prestada ao paciente quando a medicação é dispensada pelo
farmacêutico, é importante para promoção do seu uso racional. O papel do
farmacêutico na Assistência Farmacêutica é orientar, educar quanto à saúde,
selecionar e programar o fornecimento, adquirir o medicamento e distribuir o mesmo
(BRASIL, 2001a).
15



       A Atenção Farmacêutica está integrada a Assistência Farmacêutica, no
entanto, tem sido introduzida no Brasil em diferentes vertentes e compreensões que
muitas vezes não levam em conta as características do país e seu sistema de
saúde. Essa nova prática vem crescendo e ganhando um papel importante nas
discussões dos rumos e perspectiva da profissão e na consolidação do farmacêutico
na equipe multiprofissional. Surgem em vários pontos do país grupos de estudos
sobre Atenção Farmacêutica, no entanto a carência de diretrizes tornou esse
processo muito difícil e heterogêneo no que diz respeito a métodos e conceitos de
aplicação da Assistência (BRASIL, 2003).
       Para que ocorra a Atenção Farmacêutica, é necessário que ocorra mudança
na prática farmacêutica. O foco deixa de ser o medicamento em si, e passa a ser o
usuário, dessa forma faz-se necessário um novo perfil de farmacêutico. Assim o
profissional passa a ser co-responsável pelas intervenções na saúde do cliente, ou
seja, não basta à terapia farmacológica gerar efeito e deve melhorar a saúde como
um todo (JARAMILLO, 2003).
       Para a autora citada acima, a diferença entre o Brasil e os demais países,
quando se trata de Atenção Farmacêutica é que o Brasil propõe uma Atenção
Farmacêutica como um componente da Assistência Farmacêutica. A proposta
brasileira não se prende apenas no tratamento farmacoterapêutico, não se limita
apenas nessa parte, e sim no uso racional, educação em saúde e atendimento
farmacológico sendo parte da mesma. Segundo o Relatório de Atenção
Farmacêutica,   houve   um   consenso      distinto   entre   Atenção   e   Assistência
Farmacêutica, sendo que a primeira são as atividades específicas do Farmacêutico
no âmbito da atenção à saúde e a segunda envolve um conjunto de ações mais
amplo com características multiprofissionais (BRASIL, 2002).
       Para que o profissional exerça a Atenção Farmacêutica com enfoque no
usuário, além de conhecimento técnico, o farmacêutico deve deixar de ocupar o
centro de seu universo cedendo esse espaço ao usuário.             Neste momento o
profissional deve estar sintonizado no outro, sua atenção deve estar totalmente
voltada ao usuário. Essa idéia apesar de básica ainda não é vivenciada pela maioria
dos farmacêuticos na sua prática farmacêutica (OLIVEIRA, 2003).
16



1.2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO BRASIL


         Um dos grandes desafios enfrentados pela humanidade é controlar, reduzir
e/ou eliminar o sofrimento causado pelas enfermidades. A saúde e o uso de
medicamento não é o que define a saúde de uma população, porém é inegável a
importância do uso do mesmo no cuidado a saúde (ALBUQUERQUE, 2006).
         A Assistência Farmacêutica teve seu início em 1971, como política pública,
quando foi instituída a Central de Medicamentos (Ceme), tendo como missão o
fornecimento de medicamento a pessoas menos favorecidas e que por isso não
tinham condições de adquiri-los. Essa central se caracterizou por ter uma política
centralizada de aquisição e distribuição dos medicamentos. A Central de
Medicamentos foi responsável pela Assistência Farmacêutica no Brasil até 1977,
ano de sua desativação, sendo que suas atribuições passaram para órgãos e
setores do Ministério da Saúde (BRASIL, 1971).
         Algumas entidades e instituições decidiram constituir um grupo de trabalho
para promoção da Atenção Farmacêutica no Brasil no final de 2000. Esse grupo era
constituído pelo Conselho Federal de Farmácia, Federação Nacional dos
Farmacêuticos, Ministério da Saúde, profissionais, docentes entre outros. A primeira
reunião do grupo aconteceu durante o III Congresso Nacional da Sociedade
Brasileira de Farmácia Hospitalar e posteriormente se reuniram, por algumas vezes,
na sede da Organização Pan-Americana e tem utilizado a internet como meio de
comunicação (BRASIL, 2002).
         A proposta adotada pelo grupo inicialmente foi a realização de consulta na
página da Organização Pan-Americana para apresentação de experiências sobre
Atenção Farmacêutica; construção de conceitos para a promoção da mesma no
Brasil; ampla divulgação de pré-cosensos; seminários nacionais; busca de
implementação dos conceitos, estratégias e recomendações consensuais (BRASIL,
2002).
         Segundo MARTINEZ e ROMERO (1996) o profissional farmacêutico deve
atuar em busca da saúde do usuário, orientando-o em todos os sentidos. Sua
atuação profissional inclui várias ações, comportamento e habilidade na prestação
da farmacoterapia, tendo como objetivo alcançar resultados eficientes e seguros.
17



        A prática de Atenção Farmacêutica envolve os seguintes componentes:
educação    em    saúde,   orientação    farmacêutica,   dispensação,    atendimento
farmacêutico, avaliação dos resultados (IVAMA, 2002).
        A Assistência Farmacêutica contempla a Atenção Farmacêutica reforça e
dinamiza a organização desses sistemas de saúde e a população, e por sua vez
torna-se mais eficiente consolidando vínculos entre os serviços e a população, além
contribuir para universalização do acesso e a integralidade das ações (PROVIN;
NIELSON; AMARAL, 2010).




1.3 FARMACÊUTICO E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE



        Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde – OMS (1988) com 104
países em desenvolvimento, mostra que em 24 destes países, 30% da população
tem acesso regular aos medicamentos essenciais; em 33 países, entre 30% e 60%
da população e apenas nos 47 países restantes, mais de 60% da população tem
acesso a esses medicamentos. As diferenças na disponibilidade de medicamentos
entre os países estão relacionadas a questões políticas referentes a medicamentos
essenciais, assim como a suas situações financeiras. O acesso a esse medicamento
é limitado nos países pobres por dois motivos: os preços destes produtos são altos
para a média de rendimentos de suas populações e os medicamentos necessários
ao tratamento das principais doenças não se encontram disponíveis (WHO, 1988).
        No Brasil, o SUS, foi criado pela Constituição Federal de 1988 e
institucionalizado pela Lei Orgânica da Saúde, estabelecendo expressamente que a
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos a saúde.
É reconhecido por seus princípios de universalidade e igualdade no atendimento e
integralidade das ações e de seus serviços de saúde. A integralidade pressupõe que
as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde não podem ser
separadas, sendo assim as diversas unidades prestadoras de serviços devem
atender aos vários graus de complexidade da assistência á saúde. O direito à
assistência farmacêutica, como parte integrante do direito social à saúde é instituído
no ordenamento jurídico como um direito social. Conforme os artigos 6º e 7º da Lei
18



Orgânica da Saúde a assistências terapêuticas e farmacêuticas devem ser
garantidas integralmente aos cidadãos brasileiros, de acordo com o princípio da
integralidade de assistência (BRASIL, 1990a).
       A Lei 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que ainda está em vigor, conferiu
as atividades farmacêuticas um enfoque mercantilista. Assim qualquer empresário
pode abrir uma farmácia ou drogaria desde que tenha um profissional farmacêutico,
que se responsabilize pelo estabelecimento. Essa Lei estabelece, ainda, que o
processo de dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabilidade
do profissional farmacêutico, porém não assegura que este seja o responsável pela
dispensação (BRASIL, 1973). A Resolução 328/99 diz que o farmacêutico é
responsável pela supervisão da dispensação, ao utilizar a palavra supervisão, o
farmacêutico passa a ser aquele que apenas acompanha o processo de dispensar.
Assim torna-se importante ressaltar que o farmacêutico acaba delegando à outra
pessoa a responsabilidade de dispensar o medicamento (ALENCAR et al, 2010).
       O farmacêutico passou a ser um mero empregado da farmácia, não tendo
uma confiança da sociedade o que fez com que ele se distanciasse de seu papel de
agente de saúde (BARROS, 1995).
       Uma pesquisa realizada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) revelou que de cada dez farmácias em funcionamento no Sistema Único
Saúde, apenas três tem como responsável um farmacêutico, as outras sete tem, em
sua maioria, como responsável a equipe de enfermagem. Este ato fere a legislação,
representa um exercício ilegal da profissão e deixa o usuário do medicamento sem
as devidas orientações que lhe são de direito, fazendo com que o mesmo retorne a
unidade de saúde ou mesmo ao hospital gerando mais gastos ao Sistema Único de
Saúde (BRASIL, 2010).
       No Estado de São Paulo, a dispensação de medicamento no setor público é
preocupante. Dados de fiscalização realizados pelo CRF-SP, apontam que 67% das
farmácias públicas funcionam sem assistência farmacêutica. Sendo que a maioria
dos   usuários   dos    medicamentos    não     recebe   orientações   sobre   uso,
armazenamento, reações adversas, interações medicamentosas ou com alimentos.
Infelizmente ao contrário das farmácias e drogarias privadas, as farmácias públicas
não contam com farmacêutico em período integral, não havendo assim uma
assistência farmacêutica adequada (BRASIL, 2008).
19



       Se os farmacêuticos estivessem disponíveis no momento da dispensação
60% dos pacientes não apresentariam problemas relacionados a medicamentos e
84% dos pacientes conseguiriam alcançar excelentes resultados no tratamento
farmacológico (JOHNSON; BOOTMAN, 1997).
       O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado em 1994, ele elege a família
como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde, auxiliando a família a
desenvolver suas potencialidades individuais e comunitárias. No início o PSF tinha
como equipe básica um médico clinico geral, um enfermeiro, um auxiliar de
enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde (BRASIL, 2000).
Tendo em vista que o PSF atende as necessidades da comunidade, este então
passa a ser ponto de distribuição de medicamentos, embora de maneira escassa e
seletiva, para que se torne fácil o acesso da população aos medicamentos
essenciais (CANABARRO; HAHN, 2009).
       No ano de 2001 foi aprovada a Política Nacional de Medicamentos (PNM),
com o objetivo de assegurar a eficácia e segurança dos medicamentos, promover o
uso racional e acesso aos medicamentos considerados essenciais (BRASIL, 2001b).
A Resolução nº. 338 de 6 de maio de 2004, regulamenta a Política Nacional de
Assistência Farmacêutica (PNAF), dessa forma a assistência Farmacêutica passa a
tratar de um conjunto de ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação
da saúde (BRASIL, 2004).
       A Portaria 698, de 30 de março de 2006, do Ministério da Saúde insere o
Farmacêutico na atenção básica incluindo no Programa Saúde da Família (PSF). Foi
essa portaria que reorganizou o custeio do SUS, e representa o início de um novo
ciclo para a saúde brasileira e em especial a classe farmacêutica. Dessa forma o
farmacêutico se inclui na equipe multiprofissional, passando a ter contato direto com
o médico (prescritor) e enfermeiro (administrador) (ROCHA, 2006).
       Houve então o surgimento do assistente farmacêutico em alguns municípios
que desempenham tarefas de caráter administrativas, pois algumas farmácias
públicas possuem um déficit de farmacêuticos, sendo impossível para este
desempenhar sozinho todas as funções podendo, assim, acarretar prejuízos a
atenção farmacêutica. Esses assistentes são treinados para executar tarefas como:
auxilio a gestão administrativa, técnica e operacional farmacêutica, tarefas de apoio
e, especificamente, no âmbito da Saúde Pública, a prevenção e controle de
situações de risco como a contaminação de produtos, descarte de resíduos, uso
20



inadequado e indiscriminado de medicamentos, classificação e conservação de
medicamentos, decorrentes de armazenagem e a exposição de fatores internos e
externos. Esse treinamento não é obrigatório, mas se faz necessário para que se
diminuam os erros evitando que pessoas sem treinamento exerçam essa atividade
como, por exemplo, auxiliar de limpeza, balconista, agente comunitário de saúde
dentre outros. Deve-se deixar claro que esses assistentes não podem assumir o
papel do farmacêutico, eles podem auxiliar Responsável Técnico nas suas
atividades (BRASIL, 2008b).
        O farmacêutico compõe a NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família), que
serve de apoio para no mínimo 5 equipes e no máximo 20 equipes de PSF, sendo
que sua implantação é de responsabilidade dos Municípios que elaboram projetos
de sua abrangência. Ela é composta por farmacêuticos, fisioterapeutas, médicos,
enfermeiras, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional entre
outros. Cabe ao farmacêutico desta equipe mostrar que a assistência farmacêutica é
um passo fundamental para assegurar a dispensação adequada dos medicamentos,
melhor adesão ao tratamento, prevenir a interação medicamentosa, preparar
trabalhos educativos e muitos outros benefícios.             Cabe ressaltar que os
farmacêuticos são essenciais na orientação da equipe e dos usuários, pois na
maioria das vezes a terapêutica usada é medicamentosa (BRASIL, 2009).
        Cabe ao farmacêutico realizar ações voltadas para discussões sobre hábitos
saudáveis, ressaltando a importância de medidas não farmacológicas na terapia,
desenvolvimento de palestra sobre medicamentos e doenças para um grupo
específico (hipertenso, diabético), isso faz com que o farmacêutico interaja como a
comunidade, não ficando apenas dentro da farmácia (VIEIRA, 2007).




1.4 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA


        O planejamento é um processo sistematizado, dinâmico, contínuo, racional,
participativo, realista, pragmático, de se conhecer e intervir na realidade local, para o
alcance de uma situação desejada. O produto do planejamento é o plano de ação,
que, de forma simplificada, pode-se dizer que é um documento elaborado a partir da
identificação de problemas, para os quais, elaboram-se objetivos, ações/atividades
com o fim de resolvê-los, em conformidade com um cronograma de execução, que
21



responda as seguintes questões: como, quem, quando e quanto. O planejamento da
Assistência Farmacêutica tem como objetivo: possibilitar uma visão ampliada e
melhor conhecimento dos problemas internos e externos; evitar o improviso e o
imediatismo da rotina; comprometer o gerenciamento para objetivos e resultados;
proporcionar eficiência, eficácia e efetividade nas ações programadas; possibilitar o
controle, o aperfeiçoamento contínuo, a avaliação permanente das ações e
resultados alcançados; estabelecer prioridades (BRASIL, 2006a).
       Segundo o mesmo autor a cima para o alcance de bons resultados em
qualquer atividade é preciso estabelecer objetivos claros, identificar onde e como
estamos, aonde pretendemos chegar. Quem não planeja suas ações e atividades
não sabe agir estrategicamente, não está gerenciando, está apenas “fazendo
coisas”. Só a partir de uma análise situacional, de uma referência de partida, pode-
se intervir na realidade e avançar para processos de melhoria.




1.5 MEDICAMENTOS ESSENCIAIS


       Desde a década de 1970, a Organização Mundial de Saúde (OMS),
recomendou que os governos adotem listas de medicamentos recomendados como
essenciais, como política fundamental para garantir o acesso da população aos
medicamentos seguros, eficazes e custo efetivos, relacionados aos atendimentos de
suas patologias mais prevalentes e que esteja disponíveis em quantidades
adequadas (PEÑA, 2000).
       A medida que aumenta a demanda pela qualidade à saúde, devido ao
envelhecimento das populações, e também que se elevam os custos para garantir o
acesso a medicamentos, a seleção de medicamentos essenciais tem sido apontada
relevante não apenas para os países em desenvolvimento mas também para
aqueles que são desenvolvidos ( HOGERZEIL, 2004).
       No Brasil, mesmo antes da recomendação da Organização Mundial de
Saúde, e da existência do Sistema Único de Saúde, o país já adotava uma lista de
medicamentos que considerava como essenciais. A partir de 1989 essa lista de
medicamento    passou    a   ser   denominada    Rename     (Relação   Nacional   de
Medicamentos Essenciais) e passa a ser atualizada bianualmente (BRASIL, 2006c).
A adoção dessa relação tornou prioridade da política farmacêutica do país, e o
22



Ministério da Saúde tem feito esforços para manter a comissão que seleciona os
medicamentos para atualização da lista (BRASIL, 1999).
        A Rename não é uma lista de oferta obrigatória nos serviços de saúde. Para
o Sistema Único de Saúde, ela consiste em uma lista de referencia que deve nortear
a oferta, prescrição e dispensação de medicamento (BRASIL, 2008). Sendo assim,
nem todos os medicamentos que constam na Rename, tem seu financiamento
definido no Sistema Único de Saúde. Os gestores utilizam essa relação para
preparar as listas de medicamentos financiáveis que fazem parte dos programas de
assistência farmacêutica (SOBRAVIME, 2001).




1.6 POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTO


        No que se refere a ampliação do acesso aos medicamentos no Brasil os
gestores vem buscando sanar as lacunas que foram aumentadas em 1990. A
equidade no acesso aos medicamentos no Sistema Único de Saúde tem sido
discutida a partir do conceito de que a Assistência Farmacêutica implica na partilha
entre os entes federativos das responsabilidades legais do Estado, de propiciar o
acesso igualitário e universal aos medicamentos e procedimentos terapêuticos para
a assistência integral à saúde do cidadão. Da necessidade de apontar aos gestores
um caminho para a área resultou na formação de um grupo de profissionais, que
discutiu os aspectos relacionados aos medicamentos. Foi então que se estabeleceu
a Política Nacional de Medicamento, publicada pela Portaria GM/MS n. 3916 em
1998, essa política estabelece algumas diretrizes e prioridades que levaram ao
avanço na regulamentação sanitária, no gerenciamento de medicamentos e na
organização e gestão da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde
(BRASIL, 2011).
        Segundo o mesmo autor citado a cima a Política Nacional de Medicamento
tem as seguintes finalidades: garantir segurança, eficácia e qualidade aos
medicamentos; promover uso racional de medicamentos; acesso da população aos
medicamentos essenciais. Apresenta ainda um conjunto de diretrizes para poder
alcançar os objetivos propostos, que são:
      Adoção da Relação de Medicamentos Essenciais
      Regulamentação sanitária dos medicamentos
23



      Reorientação da Assistência Farmacêutica
      Promover o uso racional de medicamentos
      Desenvolvimento científico e tecnológico
      Promover a produção de medicamento
      Garantir a segurança, qualidade e eficácia do medicamento
      Desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos
        Para poder alcançar os objetivos prioritário estabelecidos pela Política
Nacional de Medicamentos, foi necessário descentralizar a gestão da Assistência
Farmacêutica,   desenvolver   atividades   para   assegurar   o    uso   racional   de
medicamento, ações que otimizem e tornem mais eficaz a distribuição de
medicamentos no setor público (BRASIL, 2002).
        Assegurar o acesso a medicamentos é uma das questões cruciais no SUS,
a Assistência Farmacêutica no SUS é constituída no eixo norteador das políticas
públicas estabelecidas na área da Assistência Farmacêutica, considerando que
estes insumos são uma intervenção terapêutica muito utilizada, causando um
impacto diretamente sobre a resolubilidade das ações de saúde. Nesta área, em
especial após a publicação da Política Nacional de Medicamentos e da Política
Nacional de Assistência Farmacêutica, muitos foram os avanços e as conquistas.
Isto inclui o acesso a medicamentos tanto nos Componentes Básico e no
Estratégico, como o acesso ao tratamento de doenças cujas linhas de cuidado estão
estabelecidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, disponibilizados no
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (BRASIL, 2011).




1.7 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA


        A Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi aprovada por meio da
Resolução CNS nº 338, de 6 de maio de 2004, num conceito de maior amplitude, na
perspectiva de integralidade das ações, como uma política norteadora para
formulação de políticas setoriais, tais como: políticas de medicamentos, ciência e
tecnologia, desenvolvimento industrial, formação de recursos humanos, entre outras,
garantindo a intersetorialidade inerente ao SUS, envolvendo tanto o setor público
24



como o privado de atenção à saúde (BRASIL, 2004). Segundo a mesma Resolução,
está possui os seguintes eixos estratégicos:
      Garantia   de   acesso   e    equidade   às   ações   de   saúde,    incluindo
       necessariamente a Assistência Farmacêutica.
      Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de
       saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária
       articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias
       gestoras do SUS.
      Qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em
       articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de
       atenção.
      Descentralização das ações, com definição das responsabilidades das
       diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando à superação da
       fragmentação em programas desarticulados.
      Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos
       humanos.
      Modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção dos
       laboratórios farmacêuticos oficiais, visando ao suprimento do SUS e ao
       cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da
       produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos.
      Utilização da Rename,        atualizada periodicamente,    como   instrumento
       racionalizador das ações no âmbito da Assistência Farmacêutica;
      Pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e ao
       desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e
       serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção.
      Implementação de forma intersetorial e, em particular, com o Ministério da
       Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento científico e
       tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades
       brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que
       atendam aos interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS.
      Definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das
       plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à
       saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com
25



       embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e
       renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos
       trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção
       terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da
       biodiversidade existente no país.
      Construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da
       população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade.
      Estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração
       do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os
       medicamentos.
      Promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que
       disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo.
        A mesma Resolução tem como finalidade contribuir na melhoria da
qualidade de vida da população, integrando ações de promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação da saúde e como objetivo Apoiar as ações de saúde na
promoção do acesso aos medicamentos essenciais e promover o seu uso racional
(BRASIL, 2004). Tem como função e atividades:
      Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações.
      Articular a integração com os serviços, profissionais de saúde, áreas
       interfaces, coordenação dos programas, entre outras.
      Elaborar normas e procedimentos técnicos e administrativos.
      Elaborar instrumentos de controle e avaliação.
      Selecionar e estimar necessidades de medicamentos.
      Gerenciar o processo de aquisição de medicamentos.
      Garantir condições adequadas para o armazenamento de medicamentos.
      Gestão de estoques.
      Distribuir e dispensar medicamentos.
      Manter cadastro atualizado dos usuários, unidades e profissionais de saúde.
      Organizar e estruturar os serviços de Assistência Farmacêutica nos três
       níveis de atenção à saúde no âmbito local e regional.
      Desenvolver sistema de informação e comunicação, e capacitar recursos
       humanos
      Participar de comissões técnicas.
26



        Promover ações educativas para prescritores, usuários de medicamentos,
         gestores e profissionais da saúde e promover o uso racional de
         medicamentos.
        Desenvolver estudos e pesquisa em serviço.
        Elaborar material técnico, informativo e educativo.
        Prestar cooperação técnica.
        Assegurar qualidade de produtos, processos e resultados.




1.8 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA


          Tradicionalmente, o financiamento federal da Assistência Farmacêutica se
dava através de programas constituídos com a finalidade de estabelecer um elenco
de medicamentos a ser ofertado a população no âmbito ambulatorial, ou seja: a
lógica era garantir o acesso aos medicamentos. Cada programa que era criado tinha
sua própria regulamentação, com definição dos recursos de financiamento (VIEIRA,
2007).
          A conformidade dos programas variava, eram constituídos para uma doença
específica     (tuberculose,   hanseníase,    AIDS),   para    determinado   nível   de
complexidade da atenção a saúde (atenção básica ou alta complexidade) ou para
linhas de cuidados a saúde (saúde da mulher, saúde mental).              Em 2007, o
financiamento federal da Assistência Farmacêutica, bem como das demais ações e
serviços de saúde, foi reorganizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2007).
          Nessa nova regulamentação, ainda que os programas existissem inclusive
os de Assistência Farmacêutica, o órgão caracterizou os recursos federais de saúde
em blocos de financiamentos. Na prática houve um agrupamento dos programas em
componentes desses blocos de financiamento. Do ponto de vista da gestão, esse
agrupamento facilitou a execução financeira por parte dos gestores do Sistema
Único de Saúde (VIEIRA, 2007).
          O financiamento da Assistência Farmacêutica é de responsabilidade das
três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde e pactuado na Comissão
Intergestores Tripartite. Conforme estabelecido na Portaria GM/MS n. 204/2007,
atualizada pela Portaria GM/MS n. 837/2009, os recursos federais são repassados
27



na forma de blocos de financiamento, entre os quais o Bloco de Financiamento da
Assistência Farmacêutica, que é constituído por três componentes (BRASIL, 2011):
      Componente Básico da Assistência Farmacêutica: destina-se à aquisição de
       medicamentos e insumos no âmbito da Atenção Primária em saúde e
       àqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, inseridos
       na rede de cuidados deste nível de atenção.
      Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica: financiamento para o
       custeio dos medicamentos destinados ao tratamento de patologias que, por
       sua natureza, possuem abordagem terapêutica estabelecida, entre elas a
       tuberculose; hanseníase; malária; leishmaniose; doença de Chagas; e outras
       doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional; antirretrovirais dos
       Programas de DST/Aids; hemoderivados; e dos imunobiológicos. Com a
       publicação da Portaria GM/MS n. 3237/2007, relacionada à regulamentação
       do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, a partir de janeiro de
       2008, passam a integrar este componente os medicamentos para os
       programas de combate ao tabagismo e de alimentação e nutrição. Este
       componente é financiado pelo Ministério da Saúde, que adquire e distribui os
       insumos a ele relacionados.
      Componente Especializado da Assistência Farmacêutica: este componente
       aprimora e substitui o componente medicamentos de Dispensação
       Excepcional, e tem como principal característica a busca da garantia da
       integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, de
       agravos cujas abordagens terapêuticas estão estabelecidas em Protocolos
       Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados pelo Ministério da
       Saúde.   Estes    PCDT    estabelecem     quais   são   os   medicamentos
       disponibilizados para o tratamento das patologias contempladas e a instância
       gestora responsável pelo seu financiamento.
       Segundo o mesmo autor citado a cima a garantia do acesso aos
medicamentos depende de um financiamento sustentado, o qual deve ser
assegurado por todas as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, de acordo
com a política estabelecida para a Assistência Farmacêutica e para os
medicamentos a serem disponibilizados nos diferentes níveis de atenção e
programas de saúde. Somente com financiamento assegurado é possível
28



disponibilizar os medicamentos necessários para dar suporte às ações de atenção à
saúde e viabilizar o desenvolvimento e continuidade das ações nesta área.




1.9 CICLO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA


       No Brasil, o medicamento ainda é considerado um bem de consumo e não
um insumo básico de saúde, o que favorece a desarticulação dos serviços
farmacêuticos. A organização da Assistência Farmacêutica, fundamentada no
enfoque sistêmico, caracteriza-se por ações articuladas e sincronizadas entre as
diversas partes que compõem o sistema, que influenciam e são influenciadas umas
pelas outras (MARIN et al., 2003). As atividades do ciclo da Assistência
Farmacêutica ocorrem numa sequência ordenada. A execução de uma atividade de
forma imprópria prejudica todas as outras, comprometendo seus objetivos e
resultados. Como consequência, os serviços não serão prestados adequadamente,
acarretando insatisfação dos usuários e, apesar dos esforços despendidos,
evidenciam uma má gestão (BRASIL, 2011).
       Segundo o mesmo autor citado acima, o ciclo da Assistência Farmacêutica
abrange a seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e
dispensação de medicamentos, além do acompanhamento, da avaliação e da
supervisão das ações. As atividades estratégicas do ciclo são:
   1. Seleção de Medicamentos: é a etapa inicial e a mais importante, pois todas as
      atividades lhes são decorrentes (MARIN et al, 2003). Estabelecem a relação
      de medicamentos a serem utilizados na rede pública, sendo decisiva para
      assegurar a atividade dos mesmos e tem como objetivo proporcionar ganhos
      terapêuticos e econômicos e deve ser feita criteriosamente, não sendo tarefa
      a ser assumida por quem não domina a área.
   2. Programação de Medicamentos: tem como objetivo garantir a disponibilidade
      dos medicamentos previamente selecionados, nas quantidades adequadas e
      no tempo oportuno para atender as necessidades da população (MARIN et al,
      2003). A programação deve ser ascendente, levando em conta as
      necessidades locais de       cada   serviço de    saúde, evitando     compras
      desnecessárias, falta ou perda de medicamentos na rede de saúde. Deve
29



      considerar os recursos financeiros disponíveis e as prioridades estabelecidas
      para a área de saúde.
   3. Aquisição de Medicamento: Consiste em um conjunto de procedimentos pelos
      quais se efetiva a compra dos medicamentos estabelecidos na programação,
      com o objetivo de disponibilizar os mesmos em quantidade, qualidade e
      menor custo, visando manter a regularidade e o funcionamento do sistema.
   4. Transporte, armazenamento e distribuição de medicamento: deve ser feito de
      forma segura, em meios de transporte que possuam condições adequadas
      para assegurar sua integridade. O armazenamento é caracterizado por um
      conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as
      atividades de recebimento, estocagem, segurança e conservação, controle de
      estoque e entrega dos produtos, garantindo a segurança e a qualidade dos
      medicamentos até sua dispensação ao usuário. A distribuição deve garantir a
      rapidez na entrega, segurança e eficiência no sistema de informações,
      controle e transporte adequado.
   5. Dispensação de medicamentos: é o ato profissional farmacêutico de
      proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como
      resposta a apresentação de uma receita elaborada por um profissional
      autorizado. A dispensação não se configura apenas como o fornecimento do
      medicamento prescrito, devendo atender a aspectos técnicos, com o objetivo
      de garantir a entrega do medicamento correto ao usuário, na dosagem e na
      quantidade prescrita, com instruções suficientes para seu uso adequado e
      forma correta de ser guardado.




1.10 USO RACIONAL DE MEDICAMENTO


       A Organização Mundial de Saúde considera que há uso racional de
medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas
condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um
período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. Lidera em
conjunto com outras instituições gestoras e de pesquisa, movimentos que buscam a
prescrição e o uso racional de medicamentos, a seleção de medicamentos
essenciais e a disponibilização de informações científicas e independentes aos
30



profissionais de saúde, por meio de boletins e de formulários terapêuticos (BRASIL,
2007).
         Existem diferentes iniciativas para que os medicamentos sejam prescritos e
utilizados de forma correta, isso se deve ao fato de que os medicamentos, apesar de
serem importantes instrumentos de saúde, eles podem ser potenciais fontes de
agravo e causar danos à saúde (BRASIL, 2011). Dados da Organização Mundial de
Saúde indicam que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos,
dispensados ou comercializados de forma inapropriada, sendo que metade dos
usuários os utiliza incorretamente (WHO, 2010).
         Vários são os obstáculos para o uso racional de medicamentos no Brasil
como: número excessivo de produtos farmacêuticos no mercado; a prática da
automedicação; a falta de informações aos usuários; os problemas nas prescrições
(prescrição incorreta, prescrição múltipla); a disponibilidade ainda insuficiente de
diretrizes clínicas tanto no setor privado como público; divulgação de informações
inapropriadas sobre os medicamentos; propaganda e marketing de medicamentos
entre outros. Todos esses fatores além de trazerem agravos a saúde da população
levam também á um desnecessário gasto financeiro, quer sejam eles originários de
desembolso financeiro direto ou financiados com recursos públicos (BRASIL, 2011).
         Há algumas estratégias para o uso racional de medicamentos que são
acessíveis e passíveis de implementação, como a seleção adequada, a elaboração
de formulário terapêutico, o gerenciamento competente dos serviços farmacêuticos,
a dispensação e o uso apropriado de medicamentos, a farmacovigilância10, a
educação dos usuários quanto aos riscos da automedicação, da interrupção e da
troca da medicação prescrita (MARIN et al, 2003).
         Entre as ações relacionadas à promoção do uso racional nos serviços
farmacêuticos, destaca-se o fortalecimento da Assistência Farmacêutica na Atenção
Primária; a revisão e a atualização da Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais (Rename); a disponibilização do Formulário Terapêutico Nacional; o
apoio à Rede de Centros de Assistência e Informação Toxicológica (Renaciat) e o
apoio à reestruturação dos centros e serviços de informação de medicamentos no
país. Pode-se mencionar ainda, a realização de cursos nacionais de capacitação de
multiplicadores para estratégias de prescrição racional de medicamentos, por meio
de parceria entre OPAS/OMS, Ministério da Saúde e a Agência Nacional Vigilância
Sanitária (BRASIL, 2007).
31



       Embora tenham sido realizadas diversas ações referentes à promoção do
uso racional de medicamentos no país, a área carecia de uma articulação formal
entre os diferentes atores envolvidos com o tema. Nesta perspectiva, foi criado o
Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, com
representações de diversas instituições e ministérios (BRASIL, 2006d).
32



2 OBJETIVOS


2.1 OBJETIVO GERAL


       Verificar a opinião da população em relação a assistência farmacêutica
prestada, considerando que o município A possui um responsável técnico em
período integral e o município B há um responsável técnico somente em meio
período.


2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


   a) Verificar se há diferença significativa na assistência farmacêutica prestada
      nos dois municípios .


   b) Verificar se a assistência farmacêutica prestada nos municípios          podem
      influenciar na terapia medicamentosa.


   c) Analisar as diferenças entre uma assistência integral e assistência parcial.
33



3 MATERIAL E MÉTODO


       Aplicação de um questionário estruturado (apêndice) em 100 pessoas de
ambos os sexos, num período de 30 dias.
       De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Censo 2010),
o município A apresenta cerca 1447 habitantes onde entrevistou-se 6,9% da
população, já no município B apresenta 8836 habitantes, onde 1,13% da população
responderam o questionário.
       Aplicou-se 100 questionários em cada município no momento em que o
paciente fazia uso da Farmácia Pública, e colhida as informações referentes a
dispensação, atendimento do profissional, a frequência com que utiliza a farmácia;
foram informados sobre o objetivo do estudo e a coleta de dados só foi aplicada nas
unidades com prévio consentimento do Coordenador de Saúde dos referidos
municípios, mantendo a confidencialidade dos entrevistados e dos municípios em
questão.
34



4 RESULTADOS E DISCUSSÃO


4.1 Idade dos entrevistados


Cidade A                                       Cidade B
     Entre 14 e 24 anos   Entre 25 e 35 anos         Entre 14 e 24 anos    Entre 25 e 35 anos
     Entre 36 e 46 anos   Entre 47 e 57 anos         Entre 36 e 46 anos    Entre 47 e 57 anos
     Entre 58 e 68 anos   Entre 69 a 79 anos         Entre 58 e 68 anos    Entre 69 e 79 anos
                   6%                                Entre 80 e 90 anos
              6%
                                                                  5% 4%
                          21%                                8%
             19%                                                          20%
                                                               18%
                          30%                                              26%
                18%
                                                                   19%



Figura 1 – Faixa etária dos entrevistados      Figura 2 – Faixa etária dos entrevistados
Fonte: Elaboração própria.                     Fonte: Elaboração própria.




         Nas figuras 1 e 2 apresentamos as faixas etárias em que foram feitas as
entrevistas e podemos observar que no município A apresentaram maior quantidade
de jovens, em comparação ao município B que apresentou maior número de
pacientes com idade mais avançada.
35



4.2 Sexo dos entrevistados


Cidade A                                    Cidade B

            Masculino    Feminino                       Masculino    Feminino




                                                                        32%
                             37%



          63%                                          68%




Figura 3 – Sexo dos entrevistados         Figura 4 - Sexo dos entrevistados
Fonte: Elaboração própria.                Fonte: Elaboração própria.

         Nas figuras 3 e 4, relatamos o sexo dos entrevistados, onde observamos
que em ambos os municípios prevaleceu a maior utilização da Farmácia Pública
pelos pacientes do sexo feminino.
         É justificada essa maior taxa de usuários do sexo feminino, devido aos
municípios apresentarem maior quantia de mulheres do que homens, segundo
(IBGE, 2010), e ainda pelo fato da mulher se preocupar mais com a saúde e serem
na sua maioria donas de casa, tendo assim uma maior disponibilidade para procurar
a unidade de saúde.
36



4.3 Frequência com que utilizam a Farmácia Pública

Cidade A                                   Cidade B

          Utilizam sempre que precisam              Utilizam sempre que precisam
          Utilizam mensalmente                      Utilizam mensalmente
          Utilizam raramente                        Utilizam raramente


                                                              8%
                        17%
               25%
                                                                     49%
                                                        43%
                       58%




Figura 5 – Frequência com que utilizam a   Figura 6 – Frequência com que utilizam a
Farmácia Pública.                          Farmácia Pública.
Fonte: Elaboração própria.                 Fonte: Elaboração própria.




         Com relação à assiduidade com que os entrevistados utilizam a Farmácia
verificamos que no município A (figura 5), apresenta maior quantidade de pacientes
que utilizam mensalmente e que utilizam raramente; em relação ao município B
(figura 6) que tem o índice de pacientes que utilizam sempre que precisam bem
maior. Isso pode se dar ao fato de ter uma boa assistência farmacêutica e um bom
atendimento na cidade A.
37



4.4 Conhece a função de quem dispensou os medicamentos


Cidade A                                     Cidade B

           Não sabem quem dispensou                       Não sabem quem dispensou
                                                          Sabem = Farmacêutico
           Sabem = Farmacêutico
                                                          Recepcionista
                                                          Enfermeira
                                                          Agente de Saúde
                      8%
                                                          Serviços diversos
                                                             2%

                                                                     1%
                                                               6%

                92%
                                                              9%
                                                                          35%


Figura 7 – Sabe a função de quem dispensou                     47%
os medicamentos.
Fonte: Elaboração própria.

                                             Figura 8 – Sabe a função de quem dispensou
                                             os medicamentos.
                                             Fonte: Elaboração própria.




         Na figura 7 referente ao município A, os entrevistados demonstraram
conhecer o profissional Farmacêutico, e apenas uma pequena parcela disseram não
saber quem dispensou.
         Já na figura 8 que se refere ao município B, houve uma maior incidência de
pacientes que disseram não saber quem dispensou, comparado ao município A, e
relataram também a dispensação por outros profissionais da Unidade Básica de
Saúde.
         Segundo a OMS que reconhece o farmacêutico como um dispensador de
atenção à saúde, a assistência farmacêutica é um conjunto de atividades com
objetivo de alcançar a qualidade de vida da população.
         Porém podemos perceber que em lugares onde não há a presença de um
farmacêutico em tempo integral, uma parcela muito grande da população
desconhece esse trabalho, como aponta a pesquisa nas figuras 7 e 8.
38



4.5 Sempre é atendido pelo mesmo funcionário


Cidade A                                           Cidade B

     São atendidos pelo mesmo funcionário
                                                              São atendidos pelo mesmo funcionário
     Não são
                                                              Não são


               17%
                                                                                   27%



                                                                        73%
                         83%



Figura 9 – Sempre é atendido pelo mesmo                Figura 10 – Sempre é atendido pelo mesmo
funcionário.                                           funcionário.
Fonte: Elaboração própria.                             Fonte: Elaboração própria



       Nas     figuras    9    e   10       há   uma     controvérsia     muito    grande,     onde
aproximadamente 80% relataram serem atendidos pelo mesmo funcionário no
município A, enquanto que no B em torno de 70% relataram o contrário.
       De acordo com OPAS (2002), a assistência farmacêutica trata-se da
interação direta do farmacêutico como usuário para uma farmacoterapia racional e
melhor qualidade de vida. Isso nos mostra realmente a falha na assistência
farmacêutica na figura 10 do município B em que 70% da população relatou não
serem atendidos pelo mesmo funcionário, então nos perguntamos como é aplicada a
assistência farmacêutica, quando um número tão alto de pessoas não são atendidas
pelo farmacêutico.
       Essa falta de assistência farmacêutica pode acarretar danos a terapia
medicamentosa e a saúde do paciente, podendo ocorrer troca de medicamentos no
ato da administração, intoxicações, descaso com o tratamento como não adesão a
ele, e repercutindo diretamente no município como um todo, pois existem pessoas
que tem acesso ao medicamento gratuito e não o utilizam, deixando-o guardado
quando poderia ser utilizado por outro paciente, também aumentando as internações
por intoxicações, super dosagens e também mais gastos ao munícipio.
39



4.6 Faz uso de medicamento de uso contínuo


Cidade A                                     Cidade B

        Utilizam medicamento contínuo            Utilizam medicamento contínuo   Não utilizam
        Não utilizam




                                                                             39%

           49%
                            51%                         61%




Figura 11 – Faz uso de medicamento de uso   Figura 12 – Faz uso de medicamento de uso
contínuo.                                   contínuo.
Fonte: Elaboração própria                   Fonte: Elaboração própria



        Na figura 11 referente ao município A, percebemos que praticamente a
metade dos entrevistados utilizam medicamentos de uso contínuo.
        Na figura 12 que se refere ao município B a quantidade de pacientes que
fazem uso contínuo de medicamentos é menor.
        Outro importante papel da assistência farmacêutica é o gerenciamento dos
medicamentos: selecionar os mais prescritos e de maior importância de acordo com
o quadro epidemiológico do município e da região, tendo como base os
medicamentos essenciais para adquiri-los em quantidades adequadas, para não
ocorrer risco de faltar medicamentos e fornece-los aos pacientes.
40



4.7 Orientação quanto ao uso do medicamento


Cidade A                                   Cidade B

                Sim        Não                                Sim   Não

                    0%


                                                        22%




                                                                     78%
                    100%



Figura 13 – Sempre é orientado quanto ao    Figura 14 – Sempre é orientado quanto ao
modo de uso do medicamento.                 modo de uso do medicamento.
Fonte: Elaboração própria.                  Fonte: Elaboração própria.




       Na cidade A 100% dos entrevistados alegaram receber orientação quanto ao
modo de uso do medicamento, enquanto que na B 22% alegaram não recebê-la.
       Segundo PROVIN (2010) os farmacêuticos ainda não tem consciência de
suas funções no cuidado à saúde, isso explica porque o SUS e fontes pagadoras de
assistência à saúde não reconhecem o farmacêutico como prestador de cuidados. E
para mais uma confirmação (BRASIL, 2008) mostra que as farmácias públicas não
contam com farmacêutico em período integral, fazendo com que a maioria dos
usuários não recebam orientação sobre uso (figura 13 e 14); reações adversas e
interações medicamentosas (figura 15 e 16); o que também podemos confirmar com
a pesquisa que demonstra que no município B (figura 12), em que não há
assistência farmacêutica integral uma quantia muito grande não recebe as
informações citadas acima e ainda nota-se um número grande de usuários de
medicamentos contínuos e controlados, que deveriam ser os mais privilegiados com
tais informações.
41



4.8   Orientação         quanto   as   possíveis    reações     adversas      e    interações
medicamentosas


Cidade A                                           Cidade B

                   Sim     Não                                        Sim   Não




             27%                                                             26%




                            73%                                 74%




Figura 15 – É orientado quanto as possíveis        Figura 16 – É orientado quanto as possíveis
reações      adversas      e     interações        reações      adversas      e     interações
medicamentosas.                                    medicamentosas.
Fonte: Elaboração própria.                         Fonte: Elaboração própria.



        Neste caso cerca de 70% recebem orientação sobre reações adversas e
interações medicamentosas na cidade A e na B quase a mesma quantia não
recebem tais informações.
        A pouco transmissão de informações sobre interações medicamentosas
podem ocasionar problemas como potencialização, diminuição, e até anulação dos
efeitos terapêuticos causando riscos à saúde e diversos tipos de agravos
dependendo dos medicamentos em questão. Já o aparecimento de reações
adversas pode influenciar no abandono do tratamento por acentuar os efeitos
indesejados e acarretar ineficácia terapêutica, não obtendo os resultados esperados
(SECOLI, 2001).
42



4.9 Nota ao atendimento


Cidade A                                     Cidade B

                                                        1a5      6a7    8a9    10

           1a5       6a7     8a9   10
                     0% 6%

                                                              11% 19%

               47%
                             47%                           43%         27%




Figura 17 – Nota ao atendimento.            Figura 18 – Nota ao atendimento.
Fonte: Elaboração própria.                  Fonte: Elaboração própria.


         Observou-se que na cidade A, a grande maioria 80% foram de notas entre 8,
9 e 10 e não relataram defeitos, somente algumas qualidades como: atencioso,
dedicado, simpático e prestativo.
         Já na B a notas foram mais variadas baixando para cerca de 50% as
mesmas notas e 46% apresentaram notas entre 1 e 7, relatando qualidades como:
bom atendimento, satisfatório e atencioso, e defeitos como: gostariam de receber
mais explicações, orientação sobre reações adversas e interações medicamentosas,
que fossem mais ágeis, gostariam de receber mais atenção e que melhorassem o
humor.
         Na pesquisa desenvolvida prova-se que a população mesmo sendo leiga
sobre vários aspectos da atenção farmacêutica, percebe que quando o atendimento
não é realizado apenas pelo farmacêutico não é tão bom quanto deveria, notamos
isso ao comparar as notas destinadas ao atendimento e o que seria necessário
mudar nele, entre as cidades A e B, onde a que não conta com Assistência
Farmacêutica integral houve menos índice de notas maiores e que gostariam que
mudasse várias características, sendo todas relacionadas aos atendentes que
substituem o farmacêutico, e ainda requerem farmacêutico em tempo integral como
podemos verificar na figura 20.
43



4.10 Quanto ao atendimento, o que é necessário mudar


Cidade A                                     Cidade B
                                                     Nada
                 Nada
                                                     Melhorar a educação dos
                                                     atendentes
                                                     Mais agilidade

                                                     Funcionários capacitados

                                                     Farmacêuticos em período integral

                 100%
                                                              31%          39%

Figura 19 – Quanto ao atendimento, o que
julga necessário mudar.                                       12%
Fonte: Elaboração própria.                                           13%

                                                               5%

                                             Figura 20 – Quanto ao atendimento, o que
                                             julga necessário mudar.
                                             Fonte: Elaboração própria.



        Na figura 19 referente     a cidade A, 100% das pessoas entrevistadas
alegaram não haver necessidade de mudanças, já na figura referente a cidade B nos
mostra que 39% das pessoas também alegaram não necessitar de mudanças,
porém 30% disseram que deveriam melhorar a educação dos atendentes, que
fossem mais ágeis e que capacitassem os funcionários e ainda 31% questionaram a
necessidade da presença do farmacêutico em tempo integral na farmácia pública.
        Algumas farmácias públicas possuem um déficit de farmacêuticos, sendo
impossível desempenhar sozinho todas as funções, então coloca-se assistentes que
deveriam ser muito bem treinados para auxiliá-lo e não assumir seu papel; podendo
acarretar prejuízos à atenção farmacêutica (BRASIL,2008).
        Segundo VIEIRA (2005) a maioria das farmácias públicas não funciona
porque um profissional com poucos conhecimentos sobre medicamentos atua na
dispensação. Com a grande demanda de necessidades, os serviços de farmácia não
são prioritários na disputa por recursos nos orçamentos, com certeza sua
importância não esteja explícita para os gestores.
        O que fere totalmente a Lei nº 5991, artigo 15, dispõe que farmácias e
drogarias terão obrigatoriamente um técnico responsável inscrito no CRF, e ainda no
44



parágrafo 1º, que sua presença será obrigatória em todo o período de
funcionamento do estabelecimento.




4.11 Já foi embora com dúvidas sobre o modo de usar


Cidade A                                    Cidade B

              Sim      Não, nunca                          Sim    Não, nunca

                       3%


                                                                      20%




                                                          80%
                 97%



Figura 21 – Já foi embora com dúvida.       Figura 22 – Já foi embora com dúvida.
Fonte: Elaboração própria.                  Fonte: Elaboração própria.



         Na cidade A, apenas 3% das pessoas já foram embora com dúvida sobre o
modo de uso do medicamento; enquanto que na B 20% passaram por essa
situação.
         Vimos também que a automedicação, a falta de informações aos usuários e
os problemas com prescrições inadequadas que são funções do farmacêutico,
trazem agravo à saúde populacional e torna difícil o uso racional de medicamentos
(MARIN, 2003).
         Como acontece nessa pesquisa na cidade B (figura 22)          que 20% dos
entrevistados já foram embora com o medicamento e com dúvidas sobre o mesmo, e
ainda uma pequena parcela que diz que já foi negada informação quanto ao uso do
medicamento. Mesmo que seja pequena essa quantia, isso não deveria acontecer
jamais. Pois além do medicamento ser um importante instrumento para a melhoria
da saúde, ele pode ser fonte de agravo e causar danos à ele, quando prescritos,
dispensados e utilizados de forma inadequada.
45



4.12 Já foi negada informação quanto ao uso do medicamento


Cidade A                                      Cidade B

              Sim    Não, nunca                            Sim     Não, nunca

                    0%
                                                                   5%




                    100%                                     95%




                                              Figura 24 – Já foi negada informação quanto
Figura 23 – Já foi negada informação quanto
                                              ao uso do medicamento.
ao uso do medicamento.
                                              Fonte: Elaboração própria.
Fonte: Elaboração própria.




        Na figura 23, que se refere a cidade A, 100% dos entrevistados
responderam não ter sido negada nenhum tipo de informação.
        Na cidade B, gráfico 24, 5% relataram já ter sido negada informações,
desses 5%, 2% perguntaram novamente e 3% se dirigiram a outra farmácia
particular para sanar as duvidas.
        Também podemos perceber a falha na estrutura das farmácias que
geralmente ocupa pequenos espaços, e ainda é possível encontrar farmácias em
que á grades que separam o farmacêutico do paciente, como acontece na farmácia
pública da cidade B. Além disso falta pessoal capacitado; desse modo não há boas
condições para se desempenhar sua função e que as relações sejam humanizadas.
46



5 CONCLUSÃO


        A ausência de serviço de farmácia adequado, que zele pelo uso racional de
medicamentos, em parceria com os demais serviços e profissionais de saúde,
constitui um problema importante de saúde pública.
        Os serviços farmacêuticos de atenção primária contribuem para a diminuição
de internações ou do tempo de permanência no hospital, à assistência aos
portadores de doença crônica, à prática de educação em saúde e para intervenção
terapêutica mais efetiva.
        Com os resultados obtidos na pesquisa apresentada pode-se dizer que na
farmácia pública onde há assistência farmacêutica em período integral, existe maior
assiduidade do usuário, pois quando o mesmo é atendido por um profissional
qualificado, tem orientações quanto: reações adversas, interações medicamentosas,
modo de uso, posologia adequada; podendo ser aplicado o uso racional de
medicamento, evitando-se desperdício destes, de recursos financeiros e ainda
proporcionando melhora na qualidade de vida do paciente.
        E na unidade em que não há assistência em todo período de funcionamento
apresenta mais reclamações, há menor frequência e menos orientações sobre os
medicamentos.
        Portanto se houver farmacêutico presente durante à dispensação, grande
parte dos pacientes não apresentariam dúvidas quanto ao uso de medicamentos e
reconheceriam melhor a importância de seu trabalho.
        E mesmo quando não reconhecem o trabalho do farmacêutico, a população
têm noção de que é necessário um profissional em período integral para serem
melhores atendidos e assistidos.
        Observa-se então que a assistência farmacêutica é de indiscutível
importância para obter-se resultados terapêuticos e melhora na qualidade de vida
dos usuários de medicamentos e que é fundamental tê-la em período integral para
que esse trabalho seja realizado com êxito.
47



                                   REFERÊNCIAS


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e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo
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50



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55



                                     APÊNDICE
Questionário
1 - Idade:
2 - Sexo ( ) F ( ) M
3 - Costuma utilizar a farmácia pública com qual frequência?
4- Você sabe a função de quem dispensou medicamentos para você na farmácia?
                           NÃO ( ) SIM ( ).
5 -Se sim qual a função deste funcionário?
RECEPCIONISTA ( )          SERVIÇO DIVERSO ( )          ACS ( )   ENFERMEIRA ( )
SECRETARIA DE DENTISTA ( )
OUTROS ( ) _____________________________________
6- Você é sempre atendido pelo mesmo funcionário?


7- Faz uso de medicamento de uso contínuo? (explicar quais medicamentos são)


8- Você sempre é orientado quanto ao modo de uso do medicamento?
                                 NÂO ( )     SIM ( )
9- Você é orientado quanto as possíveis reações adversas e interações
medicamentosas dos medicamentos de que necessita?


10- De 1 a 10, qual a sua nota ao atendimento? Relate as qualidades e os defeitos
deste atendimento.
11- Quanto ao atendimento o que julga ser necessário mudar?
12- Já foi embora com o medicamento nas mãos e com dúvida sobre o modo de
usá-lo?
13 – Alguma vez já foi negada informação quanto ao uso do medicamento?
14 – Se sim, qual sua atitude?
15- Quando é necessário fazer uso de medicamento injetável, o mesmo é
dispensado na farmácia?
16- E quanto a aplicação, qual profissional aplica a injeção?
FARMACÊUTICO ( )         ENFERMEIRA ( ) TEC. ENFERMAGEM ( )
17- A farmácia dispensa os medicamentos necessários a inalação?
18- Quando você precisa fazer inalação, qual o profissional prepara a inalação?
FARMACÊUTICO ( )         ENFERMEIRA ( ) TEC. ENFERMAGEM ( )
56

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Importância do farmacêutico na saúde pública

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ANA PAULA ADÃO BEATRIZ ROZAN FAZZIO ELTON RICARDO RIZZATO KARYN FERREIRA COCHARRO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: a importância do farmacêutico na saúde pública FERNANDÓPOLIS 2012
  • 2. ANA PAULA ADÃO BEATRIZ ROZAN FAZZIO ELTON RICARDO RIZZATO KARYN FERREIRA COCHARRO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: a importância do farmacêutico na saúde pública Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientadora: Profa. Vanessa Maira Rizzato Silveira FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS – SP 2012
  • 3. ANA PAULA ADÃO BEATRIZ ROZAN FAZZIO ELTON RICARDO RIZZATO KARYN FERREIRA COCHARRO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: a importância do farmacêutico na saúde pública Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 13 de novembro de 2012. Banca examinadora Assinatura Conceito Profa. Vanessa Maira Rizzato Silveira (Orientadora) Profa. Rosana Matsumi Kagesawa Motta Prof. Msc. Giovanni Carlos De Oliveira Profa. Vanessa Maira Rizzato Silveira Presidente da Banca Examinadora
  • 4. Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, que nos permitiu a graça da vida; aos nossos pais e familiares que nos apoiaram durante essa fase tão importante em nossas vidas.
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, por mais uma conquista em nossas vidas, pois sem ele não somos nada. Agradecemos aos nossos, pais, irmãos, irmã, namorado, namorada, que tiveram conosco nos momentos de alegria, desespero muitas vezes e nos momentos de desenvolvimento deste trabalho. Em especial nossa professora orientadora Vanessa Rizzato, pela força dada de todas as maneiras. E a todos que direta ou indiretamente contribuíram na conclusão deste trabalho. Nosso muito obrigado!
  • 6. É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida. Bob Marley
  • 7. RESUMO A assistência farmacêutica engloba valores éticos, comportamento, habilidade, compromisso e é um dos responsáveis na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, tendo interação direta do farmacêutico com o usuário visando uma farmacoterapia racional obtendo uma melhoria na qualidade de vida. Este trabalho consiste em uma pesquisa de campo realizada nos municípios A que há responsável técnico em todo período de funcionamento da farmácia e no município B que há responsável técnico apenas meio período. Observou-se então uma maior assiduidade do usuário, maior reconhecimento do papel do farmacêutico, menor reclamação por parte dos moradores do município A, fatos não observados no município B, pois houve relatos de reclamações, falta de orientação e informação quanto ao uso do medicamento. Observa-se então que a assistência farmacêutica é importante para a obtenção de bons resultados terapêuticos e se faz necessário para isso a presença do farmacêutico em todo período de funcionamento das farmácias. Palavras chave: Assistência Farmacêutica. Atenção Farmacêutica. Sistema Único de Saúde. Medicamento. Farmacêutico.
  • 8. ABSTRACT Pharmaceutical care involves ethical values, behavior, skill, commitment, and is the one responsible in preventing disease, promoting health and recovery, having direct interaction of the pharmacist with the user seeking a rational pharmacotherapy getting a better quality of life. This work consists of a field research conducted in the municipalities there is technical manager for the entire period of operation of the pharmacy and the municipality's technical manager B only part time. There is then a greater user attendance, greater recognition of the role of the pharmacist, minor complaint on the part of the residents of the municipality, not facts observed in the city B because there were reports of complaints, lack of guidance and information about the use of the drug. It is then observed that pharmaceutical care is important to obtain good therapeutic results and it is necessary for the presence of pharmaceuticals throughout the period of operation of pharmacies. Key words: Pharmaceutical Care. Pharmaceutical Care. Unified Health System. Medicine. Pharmacist.
  • 9. LISTA DE FIGURAS Figura 1- Idade dos entrevistados 34 Figura 2- Idade dos entrevistados 34 Figura 3- Sexo dos entrevistados 35 Figura 4- Sexo dos entrevistados 35 Figura 5- Frequência com que utilizam a farmácia Pública 36 Figura 6- Frequência com que utilizam a farmácia Pública 36 Figura 7- Sabe a função de quem dispensou os medicamentos 37 Figura 8- Sabe a função de quem dispensou os medicamentos 37 Figura 9- Sempre é atendido pelo mesmo funcionário 38 Figura 10- Sempre é atendido pelo mesmo funcionário 38 Figura 11- Faz uso de medicamento de uso contínuo 39 Figura 12- Faz uso de medicamento de uso contínuo 39 Figura 13- Sempre é orientado quanto ao modo de uso do 40 medicamento Figura 14- Sempre é orientado quanto ao modo de uso do 40 medicamento Figura 15- É orientado quanto as possíveis reações adversas e 41 interações medicamentosas Figura 16- É orientado quanto as possíveis reações adversas e 41 interações medicamentosas Figura 17- Nota ao atendimento 41 Figura 18- Nota ao atendimento 41 Figura 19- Quanto ao atendimento, o que julga necessário 43 mudar Figura 20- Quanto ao atendimento, o que julga necessário 43 mudar Figura 21- Já foi embora com dúvida 44 Figura 22- Já foi embora com dúvida 44 Figura 23- Já foi negada informação quanto ao uso do 45 medicamento Figura 24- Já foi negada informação quanto ao uso do 45 medicamento
  • 10. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CRF – Conselho Regional de Farmácia FIP – Federação Internacional dos Farmacêuticos IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família OMS – Organização Mundial de Saúde OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde PCNE – Pharmaceutical Care Network Europe PNAF – Política Nacional de Assistência Farmacêutica PNM – Política Nacional de Medicamentos PRM – Problemas Relacionados a medicamentos PSF – Programa Saúde da Família RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais RT – Responsável Técnico SUS – Sistema Único de Saúde
  • 11. SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11 1 REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................. 14 1.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA................. 14 1.2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO BRASIL............................................... 16 1.3 FARMACÊUTICO E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.................................... 17 1.4 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA................................ 20 1.5 MEDICAMENTOS ESSENCIAIS..................................................................... 21 1.6 POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTO................................................... 22 1.7 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA......................... 24 1.8 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA............................... 26 1.9 CICLO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA.................................................. 28 1.10 USO RACIONAL DE MEDICAMENTO.......................................................... 29 2 OBJETIVOS....................................................................................................... 32 2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 32 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................ 32 3 MATERIAL E MÉTODO..................................................................................... 33 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................... 34 5 CONCLUSÃO..................................................................................................... 46 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 47 APÊNDICE............................................................................................................ 55
  • 12. 11 INTRODUÇÃO Foi na década de 60, quando se iniciou a clínica farmacêutica, que o farmacêutico começou a se conscientizar de seu papel na sociedade, voltando sua atenção para o paciente e se preocupando com os riscos relacionados aos medicamentos. Sendo assim o medicamento passa a ser um instrumento paliativo, curativo ou preventivo (VIEIRA, 2007). O termo atenção farmacêutica foi citado pela primeira vez em 1980 onde o termo foi definido como sendo as necessidades farmacoterapêuticas de um dado paciente e o fornecimento a ele não apenas dos medicamentos requeridos, mas também os serviços necessários para assegurar uma terapia segura e efetiva. Com isso abriu-se um caminho para aperfeiçoar o uso da farmacoterapia (quanto a sua segurança e efetividade) bem como para conscientizar pacientes e profissionais. Porém o enfoque ainda não estava nos pacientes, mas sim no acesso e disponibilidade do medicamento. Segundo Hepler (1988) o farmacêutico deveria acompanhar as transformações técnicas, sociais e econômicas que estavam acontecendo no mundo e defendeu a reeducação profissional baseada em quatro pilares: a farmácia tendo uma atividade central e função social, definição da filosofia profissional e relação com a sociedade, marketing e estruturação da profissão. Strand, Cipolle e Morley (1988) trabalharam em um processo racional e sistemático na tomada de decisões de forma que as necessidades do paciente com relação a farmacoterapia pudessem ser abordadas e documentadas. Fez-se necessário que o farmacêutico dedicasse seu tempo para entender as necessidades do paciente e participe juntamente com os demais profissionais da área de saúde na implantação, monitoração e planejamento de uma terapia segura e efetiva ao paciente. Ainda segundo os mesmos autores foram identificados oito categorias de problemas relacionados a medicamentos (PRM), porém não havia um critério de separação entre elas. 1 – Indicações não tratadas 2 – Seleção de medicamento inadequado 3 – Doses subterapêuticas
  • 13. 12 4 – O paciente não recebe o medicamento 5 - Sobredosificação 6 – Reações adversas a medicamentos 7 – Interações medicamentosas 8 – Emprego de medicamentos sem indicação Somente em 1993 a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu o trabalho do farmacêutico como um dispensador de atenção à saúde, dessa forma ele deve participar ativamente na prevenção de doenças e na promoção de saúde (OPAS, 2002). Assim a Atenção Farmacêutica passa a ser uma nova prática sendo definida: “O conjunto de atividades, valores éticos, funções, conhecimentos, responsabilidades e habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e qualidade de vida da população.” (OPAS, 2002) Em 1994 foi fundada a Pharmaceutical Care Network Europe (PCNE) com o intuito de implantar e desenvolver a Atenção Farmacêutica na Europa (BERNSTEN et al, 2001). Em seguida no Congresso da Federação Internacional dos Farmacêuticos (FIP) se discutiu a preparação do farmacêutico no terceiro milênio e concluiu-se que no futuro a farmácia teria a vocação de orientar o paciente (BRANDÃO, 1996). Na Suécia, a primeira publicação a respeito de Atenção Farmacêutica foi em 1993, pela Organização Nacional de Farmácias, essa publicação trazia orientações sobre medicamentos isentos de prescrição e promoção a saúde. Nos últimos anos ocorreu uma ênfase na identificação, resolução e documentação dos PRM, sendo desenvolvido um software que foi incorporado em todas as farmácias comunitárias (MIL, SCHULZ; 2006). Segundo o autor citado acima, na Holanda a farmacoterapia é discutida praticamente todo mês por médicos e farmacêuticos e a Atenção Farmacêutica está inclusa nos seguros de saúde. No Brasil o termo Atenção Farmacêutica foi utilizado pela primeira vez em 1995 durante o XVIII Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia na cidade de Natal. Neste encontro foi introduzido no país um novo modelo de prática profissional,
  • 14. 13 diante disto, estudantes e professores verificaram a necessidade de mudar a atitude quanto ao cuidado ao paciente que faz uso de medicamentos (BRASIL, 2009). Dentro dessa nova prática farmacêutica, o que passa a ser de suma importância é o bem estar e a qualidade de vida do paciente e o farmacêutico passa a assumir agora um papel muito importante, juntamente com outros profissionais de saúde para a promoção da mesma. O farmacêutico passa então a trabalhar para que o paciente não sofra nenhum comprometimento em sua qualidade de vida em virtude de seu tratamento farmacológico (SULPINO, 2007). É de suma importância que tanto as farmácias como as drogarias assumam um papel complementar ao serviço médico. O paciente quando sai de um consultório médico tem maior chance de cura se ele tiver acesso ao que foi prescrito e se essa prescrição estiver de acordo com a racionalidade da terapia. Faz-se necessário avaliar fatores que interferem no tratamento como: estilo de vida, tabagismo, histórico de alergia, uso de outros medicamentos e essa avaliação/orientação pode ser efetivada quando se implanta a Assistência Farmacêutica (FERRAES; CORDONI, 2012). Segundo BRASIL (2009) cita algumas iniciativas que o farmacêutico pode implantar para melhorar a saúde de uma dada população:  Acompanhamento e educação do paciente  Avaliar os fatores de risco  Prevenção, promoção da saúde e vigilância das doenças  Promover o uso correto (racional) dos medicamentos Segundo o autor citado a cima, a implantação da atenção farmacêutica enfrenta alguns obstáculos como o vinculo empregatício do farmacêutico e a rejeição do programa por alguns proprietários de farmácia. A humanização no atendimento ao paciente na farmácia passa por questões relativas ao ambiente de atendimento, é necessário que as instalações sejam adequadas para garantir bem-estar, confiança e privacidade ao usuário e para tanto há necessidade de uma sala reservada com este fim (FERRAES; CORDONI, 2012). De acordo com a importância da atenção farmacêutica e assistência farmacêutica observamos à necessidade de avaliar a Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) no município A e no município B .
  • 15. 14 REVISÃO DA LITERATURA 1.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA Não é suficiente oferecer atenção integral à saúde quando a Assistência Farmacêutica se reduz a adquirir, armazenar e distribuir medicamento. É necessário agregar valores a Assistência Farmacêutica, integrar a assistência ao sistema de saúde, ter trabalhadores qualificados, selecionar os medicamentos mais seguros, adquirir a quantidade correta no momento certo, entregar o medicamento ao usuário com a devida orientação e monitorar os efeitos adversos que este poderá apresentar (BRASIL, 2006a). Segundo a OPAS (2002) Atenção Farmacêutica é um modelo de prática farmacêutica desenvolvida no contexto da Assistência farmacêutica. Ela engloba valores éticos, comportamento, habilidade, compromisso e co-responsabilidade na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, sendo integrada a uma equipe de saúde. Trata-se da interação direta do farmacêutico com o usuário visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos voltados para a melhoria da qualidade de vida. Contudo, os farmacêuticos ainda não têm consciência das suas funções no cuidado à saúde, isso explica porque o SUS e outras fontes pagadoras de assistência à saúde não reconhecem o farmacêutico como prestador de cuidados (PROVIN; NIELSON; AMARAL, 2010). A Assistência Farmacêutica é definida com um grupo de atividades relacionadas à medicação, destinada a apoiar as práticas sanitárias exigidas por uma comunidade. É o fornecimento de medicamentos, armazenamento e controle de qualidade, segurança terapêutica e eficácia do medicamento, o acompanhamento e avaliação do seu usar, a aquisição e difusão do seu usar de informação sobre os medicamentos e educação permanente dos profissionais de saúde, pacientes e comunidade, a fim de garantir o uso racional de medicamento (BRASIL, 1998). A orientação prestada ao paciente quando a medicação é dispensada pelo farmacêutico, é importante para promoção do seu uso racional. O papel do farmacêutico na Assistência Farmacêutica é orientar, educar quanto à saúde, selecionar e programar o fornecimento, adquirir o medicamento e distribuir o mesmo (BRASIL, 2001a).
  • 16. 15 A Atenção Farmacêutica está integrada a Assistência Farmacêutica, no entanto, tem sido introduzida no Brasil em diferentes vertentes e compreensões que muitas vezes não levam em conta as características do país e seu sistema de saúde. Essa nova prática vem crescendo e ganhando um papel importante nas discussões dos rumos e perspectiva da profissão e na consolidação do farmacêutico na equipe multiprofissional. Surgem em vários pontos do país grupos de estudos sobre Atenção Farmacêutica, no entanto a carência de diretrizes tornou esse processo muito difícil e heterogêneo no que diz respeito a métodos e conceitos de aplicação da Assistência (BRASIL, 2003). Para que ocorra a Atenção Farmacêutica, é necessário que ocorra mudança na prática farmacêutica. O foco deixa de ser o medicamento em si, e passa a ser o usuário, dessa forma faz-se necessário um novo perfil de farmacêutico. Assim o profissional passa a ser co-responsável pelas intervenções na saúde do cliente, ou seja, não basta à terapia farmacológica gerar efeito e deve melhorar a saúde como um todo (JARAMILLO, 2003). Para a autora citada acima, a diferença entre o Brasil e os demais países, quando se trata de Atenção Farmacêutica é que o Brasil propõe uma Atenção Farmacêutica como um componente da Assistência Farmacêutica. A proposta brasileira não se prende apenas no tratamento farmacoterapêutico, não se limita apenas nessa parte, e sim no uso racional, educação em saúde e atendimento farmacológico sendo parte da mesma. Segundo o Relatório de Atenção Farmacêutica, houve um consenso distinto entre Atenção e Assistência Farmacêutica, sendo que a primeira são as atividades específicas do Farmacêutico no âmbito da atenção à saúde e a segunda envolve um conjunto de ações mais amplo com características multiprofissionais (BRASIL, 2002). Para que o profissional exerça a Atenção Farmacêutica com enfoque no usuário, além de conhecimento técnico, o farmacêutico deve deixar de ocupar o centro de seu universo cedendo esse espaço ao usuário. Neste momento o profissional deve estar sintonizado no outro, sua atenção deve estar totalmente voltada ao usuário. Essa idéia apesar de básica ainda não é vivenciada pela maioria dos farmacêuticos na sua prática farmacêutica (OLIVEIRA, 2003).
  • 17. 16 1.2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO BRASIL Um dos grandes desafios enfrentados pela humanidade é controlar, reduzir e/ou eliminar o sofrimento causado pelas enfermidades. A saúde e o uso de medicamento não é o que define a saúde de uma população, porém é inegável a importância do uso do mesmo no cuidado a saúde (ALBUQUERQUE, 2006). A Assistência Farmacêutica teve seu início em 1971, como política pública, quando foi instituída a Central de Medicamentos (Ceme), tendo como missão o fornecimento de medicamento a pessoas menos favorecidas e que por isso não tinham condições de adquiri-los. Essa central se caracterizou por ter uma política centralizada de aquisição e distribuição dos medicamentos. A Central de Medicamentos foi responsável pela Assistência Farmacêutica no Brasil até 1977, ano de sua desativação, sendo que suas atribuições passaram para órgãos e setores do Ministério da Saúde (BRASIL, 1971). Algumas entidades e instituições decidiram constituir um grupo de trabalho para promoção da Atenção Farmacêutica no Brasil no final de 2000. Esse grupo era constituído pelo Conselho Federal de Farmácia, Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ministério da Saúde, profissionais, docentes entre outros. A primeira reunião do grupo aconteceu durante o III Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e posteriormente se reuniram, por algumas vezes, na sede da Organização Pan-Americana e tem utilizado a internet como meio de comunicação (BRASIL, 2002). A proposta adotada pelo grupo inicialmente foi a realização de consulta na página da Organização Pan-Americana para apresentação de experiências sobre Atenção Farmacêutica; construção de conceitos para a promoção da mesma no Brasil; ampla divulgação de pré-cosensos; seminários nacionais; busca de implementação dos conceitos, estratégias e recomendações consensuais (BRASIL, 2002). Segundo MARTINEZ e ROMERO (1996) o profissional farmacêutico deve atuar em busca da saúde do usuário, orientando-o em todos os sentidos. Sua atuação profissional inclui várias ações, comportamento e habilidade na prestação da farmacoterapia, tendo como objetivo alcançar resultados eficientes e seguros.
  • 18. 17 A prática de Atenção Farmacêutica envolve os seguintes componentes: educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico, avaliação dos resultados (IVAMA, 2002). A Assistência Farmacêutica contempla a Atenção Farmacêutica reforça e dinamiza a organização desses sistemas de saúde e a população, e por sua vez torna-se mais eficiente consolidando vínculos entre os serviços e a população, além contribuir para universalização do acesso e a integralidade das ações (PROVIN; NIELSON; AMARAL, 2010). 1.3 FARMACÊUTICO E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde – OMS (1988) com 104 países em desenvolvimento, mostra que em 24 destes países, 30% da população tem acesso regular aos medicamentos essenciais; em 33 países, entre 30% e 60% da população e apenas nos 47 países restantes, mais de 60% da população tem acesso a esses medicamentos. As diferenças na disponibilidade de medicamentos entre os países estão relacionadas a questões políticas referentes a medicamentos essenciais, assim como a suas situações financeiras. O acesso a esse medicamento é limitado nos países pobres por dois motivos: os preços destes produtos são altos para a média de rendimentos de suas populações e os medicamentos necessários ao tratamento das principais doenças não se encontram disponíveis (WHO, 1988). No Brasil, o SUS, foi criado pela Constituição Federal de 1988 e institucionalizado pela Lei Orgânica da Saúde, estabelecendo expressamente que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos a saúde. É reconhecido por seus princípios de universalidade e igualdade no atendimento e integralidade das ações e de seus serviços de saúde. A integralidade pressupõe que as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde não podem ser separadas, sendo assim as diversas unidades prestadoras de serviços devem atender aos vários graus de complexidade da assistência á saúde. O direito à assistência farmacêutica, como parte integrante do direito social à saúde é instituído no ordenamento jurídico como um direito social. Conforme os artigos 6º e 7º da Lei
  • 19. 18 Orgânica da Saúde a assistências terapêuticas e farmacêuticas devem ser garantidas integralmente aos cidadãos brasileiros, de acordo com o princípio da integralidade de assistência (BRASIL, 1990a). A Lei 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que ainda está em vigor, conferiu as atividades farmacêuticas um enfoque mercantilista. Assim qualquer empresário pode abrir uma farmácia ou drogaria desde que tenha um profissional farmacêutico, que se responsabilize pelo estabelecimento. Essa Lei estabelece, ainda, que o processo de dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabilidade do profissional farmacêutico, porém não assegura que este seja o responsável pela dispensação (BRASIL, 1973). A Resolução 328/99 diz que o farmacêutico é responsável pela supervisão da dispensação, ao utilizar a palavra supervisão, o farmacêutico passa a ser aquele que apenas acompanha o processo de dispensar. Assim torna-se importante ressaltar que o farmacêutico acaba delegando à outra pessoa a responsabilidade de dispensar o medicamento (ALENCAR et al, 2010). O farmacêutico passou a ser um mero empregado da farmácia, não tendo uma confiança da sociedade o que fez com que ele se distanciasse de seu papel de agente de saúde (BARROS, 1995). Uma pesquisa realizada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revelou que de cada dez farmácias em funcionamento no Sistema Único Saúde, apenas três tem como responsável um farmacêutico, as outras sete tem, em sua maioria, como responsável a equipe de enfermagem. Este ato fere a legislação, representa um exercício ilegal da profissão e deixa o usuário do medicamento sem as devidas orientações que lhe são de direito, fazendo com que o mesmo retorne a unidade de saúde ou mesmo ao hospital gerando mais gastos ao Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2010). No Estado de São Paulo, a dispensação de medicamento no setor público é preocupante. Dados de fiscalização realizados pelo CRF-SP, apontam que 67% das farmácias públicas funcionam sem assistência farmacêutica. Sendo que a maioria dos usuários dos medicamentos não recebe orientações sobre uso, armazenamento, reações adversas, interações medicamentosas ou com alimentos. Infelizmente ao contrário das farmácias e drogarias privadas, as farmácias públicas não contam com farmacêutico em período integral, não havendo assim uma assistência farmacêutica adequada (BRASIL, 2008).
  • 20. 19 Se os farmacêuticos estivessem disponíveis no momento da dispensação 60% dos pacientes não apresentariam problemas relacionados a medicamentos e 84% dos pacientes conseguiriam alcançar excelentes resultados no tratamento farmacológico (JOHNSON; BOOTMAN, 1997). O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado em 1994, ele elege a família como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde, auxiliando a família a desenvolver suas potencialidades individuais e comunitárias. No início o PSF tinha como equipe básica um médico clinico geral, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde (BRASIL, 2000). Tendo em vista que o PSF atende as necessidades da comunidade, este então passa a ser ponto de distribuição de medicamentos, embora de maneira escassa e seletiva, para que se torne fácil o acesso da população aos medicamentos essenciais (CANABARRO; HAHN, 2009). No ano de 2001 foi aprovada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), com o objetivo de assegurar a eficácia e segurança dos medicamentos, promover o uso racional e acesso aos medicamentos considerados essenciais (BRASIL, 2001b). A Resolução nº. 338 de 6 de maio de 2004, regulamenta a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), dessa forma a assistência Farmacêutica passa a tratar de um conjunto de ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 2004). A Portaria 698, de 30 de março de 2006, do Ministério da Saúde insere o Farmacêutico na atenção básica incluindo no Programa Saúde da Família (PSF). Foi essa portaria que reorganizou o custeio do SUS, e representa o início de um novo ciclo para a saúde brasileira e em especial a classe farmacêutica. Dessa forma o farmacêutico se inclui na equipe multiprofissional, passando a ter contato direto com o médico (prescritor) e enfermeiro (administrador) (ROCHA, 2006). Houve então o surgimento do assistente farmacêutico em alguns municípios que desempenham tarefas de caráter administrativas, pois algumas farmácias públicas possuem um déficit de farmacêuticos, sendo impossível para este desempenhar sozinho todas as funções podendo, assim, acarretar prejuízos a atenção farmacêutica. Esses assistentes são treinados para executar tarefas como: auxilio a gestão administrativa, técnica e operacional farmacêutica, tarefas de apoio e, especificamente, no âmbito da Saúde Pública, a prevenção e controle de situações de risco como a contaminação de produtos, descarte de resíduos, uso
  • 21. 20 inadequado e indiscriminado de medicamentos, classificação e conservação de medicamentos, decorrentes de armazenagem e a exposição de fatores internos e externos. Esse treinamento não é obrigatório, mas se faz necessário para que se diminuam os erros evitando que pessoas sem treinamento exerçam essa atividade como, por exemplo, auxiliar de limpeza, balconista, agente comunitário de saúde dentre outros. Deve-se deixar claro que esses assistentes não podem assumir o papel do farmacêutico, eles podem auxiliar Responsável Técnico nas suas atividades (BRASIL, 2008b). O farmacêutico compõe a NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família), que serve de apoio para no mínimo 5 equipes e no máximo 20 equipes de PSF, sendo que sua implantação é de responsabilidade dos Municípios que elaboram projetos de sua abrangência. Ela é composta por farmacêuticos, fisioterapeutas, médicos, enfermeiras, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional entre outros. Cabe ao farmacêutico desta equipe mostrar que a assistência farmacêutica é um passo fundamental para assegurar a dispensação adequada dos medicamentos, melhor adesão ao tratamento, prevenir a interação medicamentosa, preparar trabalhos educativos e muitos outros benefícios. Cabe ressaltar que os farmacêuticos são essenciais na orientação da equipe e dos usuários, pois na maioria das vezes a terapêutica usada é medicamentosa (BRASIL, 2009). Cabe ao farmacêutico realizar ações voltadas para discussões sobre hábitos saudáveis, ressaltando a importância de medidas não farmacológicas na terapia, desenvolvimento de palestra sobre medicamentos e doenças para um grupo específico (hipertenso, diabético), isso faz com que o farmacêutico interaja como a comunidade, não ficando apenas dentro da farmácia (VIEIRA, 2007). 1.4 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA O planejamento é um processo sistematizado, dinâmico, contínuo, racional, participativo, realista, pragmático, de se conhecer e intervir na realidade local, para o alcance de uma situação desejada. O produto do planejamento é o plano de ação, que, de forma simplificada, pode-se dizer que é um documento elaborado a partir da identificação de problemas, para os quais, elaboram-se objetivos, ações/atividades com o fim de resolvê-los, em conformidade com um cronograma de execução, que
  • 22. 21 responda as seguintes questões: como, quem, quando e quanto. O planejamento da Assistência Farmacêutica tem como objetivo: possibilitar uma visão ampliada e melhor conhecimento dos problemas internos e externos; evitar o improviso e o imediatismo da rotina; comprometer o gerenciamento para objetivos e resultados; proporcionar eficiência, eficácia e efetividade nas ações programadas; possibilitar o controle, o aperfeiçoamento contínuo, a avaliação permanente das ações e resultados alcançados; estabelecer prioridades (BRASIL, 2006a). Segundo o mesmo autor a cima para o alcance de bons resultados em qualquer atividade é preciso estabelecer objetivos claros, identificar onde e como estamos, aonde pretendemos chegar. Quem não planeja suas ações e atividades não sabe agir estrategicamente, não está gerenciando, está apenas “fazendo coisas”. Só a partir de uma análise situacional, de uma referência de partida, pode- se intervir na realidade e avançar para processos de melhoria. 1.5 MEDICAMENTOS ESSENCIAIS Desde a década de 1970, a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomendou que os governos adotem listas de medicamentos recomendados como essenciais, como política fundamental para garantir o acesso da população aos medicamentos seguros, eficazes e custo efetivos, relacionados aos atendimentos de suas patologias mais prevalentes e que esteja disponíveis em quantidades adequadas (PEÑA, 2000). A medida que aumenta a demanda pela qualidade à saúde, devido ao envelhecimento das populações, e também que se elevam os custos para garantir o acesso a medicamentos, a seleção de medicamentos essenciais tem sido apontada relevante não apenas para os países em desenvolvimento mas também para aqueles que são desenvolvidos ( HOGERZEIL, 2004). No Brasil, mesmo antes da recomendação da Organização Mundial de Saúde, e da existência do Sistema Único de Saúde, o país já adotava uma lista de medicamentos que considerava como essenciais. A partir de 1989 essa lista de medicamento passou a ser denominada Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e passa a ser atualizada bianualmente (BRASIL, 2006c). A adoção dessa relação tornou prioridade da política farmacêutica do país, e o
  • 23. 22 Ministério da Saúde tem feito esforços para manter a comissão que seleciona os medicamentos para atualização da lista (BRASIL, 1999). A Rename não é uma lista de oferta obrigatória nos serviços de saúde. Para o Sistema Único de Saúde, ela consiste em uma lista de referencia que deve nortear a oferta, prescrição e dispensação de medicamento (BRASIL, 2008). Sendo assim, nem todos os medicamentos que constam na Rename, tem seu financiamento definido no Sistema Único de Saúde. Os gestores utilizam essa relação para preparar as listas de medicamentos financiáveis que fazem parte dos programas de assistência farmacêutica (SOBRAVIME, 2001). 1.6 POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTO No que se refere a ampliação do acesso aos medicamentos no Brasil os gestores vem buscando sanar as lacunas que foram aumentadas em 1990. A equidade no acesso aos medicamentos no Sistema Único de Saúde tem sido discutida a partir do conceito de que a Assistência Farmacêutica implica na partilha entre os entes federativos das responsabilidades legais do Estado, de propiciar o acesso igualitário e universal aos medicamentos e procedimentos terapêuticos para a assistência integral à saúde do cidadão. Da necessidade de apontar aos gestores um caminho para a área resultou na formação de um grupo de profissionais, que discutiu os aspectos relacionados aos medicamentos. Foi então que se estabeleceu a Política Nacional de Medicamento, publicada pela Portaria GM/MS n. 3916 em 1998, essa política estabelece algumas diretrizes e prioridades que levaram ao avanço na regulamentação sanitária, no gerenciamento de medicamentos e na organização e gestão da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2011). Segundo o mesmo autor citado a cima a Política Nacional de Medicamento tem as seguintes finalidades: garantir segurança, eficácia e qualidade aos medicamentos; promover uso racional de medicamentos; acesso da população aos medicamentos essenciais. Apresenta ainda um conjunto de diretrizes para poder alcançar os objetivos propostos, que são:  Adoção da Relação de Medicamentos Essenciais  Regulamentação sanitária dos medicamentos
  • 24. 23  Reorientação da Assistência Farmacêutica  Promover o uso racional de medicamentos  Desenvolvimento científico e tecnológico  Promover a produção de medicamento  Garantir a segurança, qualidade e eficácia do medicamento  Desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos Para poder alcançar os objetivos prioritário estabelecidos pela Política Nacional de Medicamentos, foi necessário descentralizar a gestão da Assistência Farmacêutica, desenvolver atividades para assegurar o uso racional de medicamento, ações que otimizem e tornem mais eficaz a distribuição de medicamentos no setor público (BRASIL, 2002). Assegurar o acesso a medicamentos é uma das questões cruciais no SUS, a Assistência Farmacêutica no SUS é constituída no eixo norteador das políticas públicas estabelecidas na área da Assistência Farmacêutica, considerando que estes insumos são uma intervenção terapêutica muito utilizada, causando um impacto diretamente sobre a resolubilidade das ações de saúde. Nesta área, em especial após a publicação da Política Nacional de Medicamentos e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, muitos foram os avanços e as conquistas. Isto inclui o acesso a medicamentos tanto nos Componentes Básico e no Estratégico, como o acesso ao tratamento de doenças cujas linhas de cuidado estão estabelecidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, disponibilizados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (BRASIL, 2011). 1.7 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi aprovada por meio da Resolução CNS nº 338, de 6 de maio de 2004, num conceito de maior amplitude, na perspectiva de integralidade das ações, como uma política norteadora para formulação de políticas setoriais, tais como: políticas de medicamentos, ciência e tecnologia, desenvolvimento industrial, formação de recursos humanos, entre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao SUS, envolvendo tanto o setor público
  • 25. 24 como o privado de atenção à saúde (BRASIL, 2004). Segundo a mesma Resolução, está possui os seguintes eixos estratégicos:  Garantia de acesso e equidade às ações de saúde, incluindo necessariamente a Assistência Farmacêutica.  Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS.  Qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de atenção.  Descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando à superação da fragmentação em programas desarticulados.  Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos.  Modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção dos laboratórios farmacêuticos oficiais, visando ao suprimento do SUS e ao cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos.  Utilização da Rename, atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da Assistência Farmacêutica;  Pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e ao desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção.  Implementação de forma intersetorial e, em particular, com o Ministério da Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam aos interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS.  Definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com
  • 26. 25 embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no país.  Construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade.  Estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos.  Promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. A mesma Resolução tem como finalidade contribuir na melhoria da qualidade de vida da população, integrando ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde e como objetivo Apoiar as ações de saúde na promoção do acesso aos medicamentos essenciais e promover o seu uso racional (BRASIL, 2004). Tem como função e atividades:  Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações.  Articular a integração com os serviços, profissionais de saúde, áreas interfaces, coordenação dos programas, entre outras.  Elaborar normas e procedimentos técnicos e administrativos.  Elaborar instrumentos de controle e avaliação.  Selecionar e estimar necessidades de medicamentos.  Gerenciar o processo de aquisição de medicamentos.  Garantir condições adequadas para o armazenamento de medicamentos.  Gestão de estoques.  Distribuir e dispensar medicamentos.  Manter cadastro atualizado dos usuários, unidades e profissionais de saúde.  Organizar e estruturar os serviços de Assistência Farmacêutica nos três níveis de atenção à saúde no âmbito local e regional.  Desenvolver sistema de informação e comunicação, e capacitar recursos humanos  Participar de comissões técnicas.
  • 27. 26  Promover ações educativas para prescritores, usuários de medicamentos, gestores e profissionais da saúde e promover o uso racional de medicamentos.  Desenvolver estudos e pesquisa em serviço.  Elaborar material técnico, informativo e educativo.  Prestar cooperação técnica.  Assegurar qualidade de produtos, processos e resultados. 1.8 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Tradicionalmente, o financiamento federal da Assistência Farmacêutica se dava através de programas constituídos com a finalidade de estabelecer um elenco de medicamentos a ser ofertado a população no âmbito ambulatorial, ou seja: a lógica era garantir o acesso aos medicamentos. Cada programa que era criado tinha sua própria regulamentação, com definição dos recursos de financiamento (VIEIRA, 2007). A conformidade dos programas variava, eram constituídos para uma doença específica (tuberculose, hanseníase, AIDS), para determinado nível de complexidade da atenção a saúde (atenção básica ou alta complexidade) ou para linhas de cuidados a saúde (saúde da mulher, saúde mental). Em 2007, o financiamento federal da Assistência Farmacêutica, bem como das demais ações e serviços de saúde, foi reorganizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2007). Nessa nova regulamentação, ainda que os programas existissem inclusive os de Assistência Farmacêutica, o órgão caracterizou os recursos federais de saúde em blocos de financiamentos. Na prática houve um agrupamento dos programas em componentes desses blocos de financiamento. Do ponto de vista da gestão, esse agrupamento facilitou a execução financeira por parte dos gestores do Sistema Único de Saúde (VIEIRA, 2007). O financiamento da Assistência Farmacêutica é de responsabilidade das três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde e pactuado na Comissão Intergestores Tripartite. Conforme estabelecido na Portaria GM/MS n. 204/2007, atualizada pela Portaria GM/MS n. 837/2009, os recursos federais são repassados
  • 28. 27 na forma de blocos de financiamento, entre os quais o Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica, que é constituído por três componentes (BRASIL, 2011):  Componente Básico da Assistência Farmacêutica: destina-se à aquisição de medicamentos e insumos no âmbito da Atenção Primária em saúde e àqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, inseridos na rede de cuidados deste nível de atenção.  Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica: financiamento para o custeio dos medicamentos destinados ao tratamento de patologias que, por sua natureza, possuem abordagem terapêutica estabelecida, entre elas a tuberculose; hanseníase; malária; leishmaniose; doença de Chagas; e outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional; antirretrovirais dos Programas de DST/Aids; hemoderivados; e dos imunobiológicos. Com a publicação da Portaria GM/MS n. 3237/2007, relacionada à regulamentação do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, a partir de janeiro de 2008, passam a integrar este componente os medicamentos para os programas de combate ao tabagismo e de alimentação e nutrição. Este componente é financiado pelo Ministério da Saúde, que adquire e distribui os insumos a ele relacionados.  Componente Especializado da Assistência Farmacêutica: este componente aprimora e substitui o componente medicamentos de Dispensação Excepcional, e tem como principal característica a busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, de agravos cujas abordagens terapêuticas estão estabelecidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados pelo Ministério da Saúde. Estes PCDT estabelecem quais são os medicamentos disponibilizados para o tratamento das patologias contempladas e a instância gestora responsável pelo seu financiamento. Segundo o mesmo autor citado a cima a garantia do acesso aos medicamentos depende de um financiamento sustentado, o qual deve ser assegurado por todas as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, de acordo com a política estabelecida para a Assistência Farmacêutica e para os medicamentos a serem disponibilizados nos diferentes níveis de atenção e programas de saúde. Somente com financiamento assegurado é possível
  • 29. 28 disponibilizar os medicamentos necessários para dar suporte às ações de atenção à saúde e viabilizar o desenvolvimento e continuidade das ações nesta área. 1.9 CICLO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA No Brasil, o medicamento ainda é considerado um bem de consumo e não um insumo básico de saúde, o que favorece a desarticulação dos serviços farmacêuticos. A organização da Assistência Farmacêutica, fundamentada no enfoque sistêmico, caracteriza-se por ações articuladas e sincronizadas entre as diversas partes que compõem o sistema, que influenciam e são influenciadas umas pelas outras (MARIN et al., 2003). As atividades do ciclo da Assistência Farmacêutica ocorrem numa sequência ordenada. A execução de uma atividade de forma imprópria prejudica todas as outras, comprometendo seus objetivos e resultados. Como consequência, os serviços não serão prestados adequadamente, acarretando insatisfação dos usuários e, apesar dos esforços despendidos, evidenciam uma má gestão (BRASIL, 2011). Segundo o mesmo autor citado acima, o ciclo da Assistência Farmacêutica abrange a seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos, além do acompanhamento, da avaliação e da supervisão das ações. As atividades estratégicas do ciclo são: 1. Seleção de Medicamentos: é a etapa inicial e a mais importante, pois todas as atividades lhes são decorrentes (MARIN et al, 2003). Estabelecem a relação de medicamentos a serem utilizados na rede pública, sendo decisiva para assegurar a atividade dos mesmos e tem como objetivo proporcionar ganhos terapêuticos e econômicos e deve ser feita criteriosamente, não sendo tarefa a ser assumida por quem não domina a área. 2. Programação de Medicamentos: tem como objetivo garantir a disponibilidade dos medicamentos previamente selecionados, nas quantidades adequadas e no tempo oportuno para atender as necessidades da população (MARIN et al, 2003). A programação deve ser ascendente, levando em conta as necessidades locais de cada serviço de saúde, evitando compras desnecessárias, falta ou perda de medicamentos na rede de saúde. Deve
  • 30. 29 considerar os recursos financeiros disponíveis e as prioridades estabelecidas para a área de saúde. 3. Aquisição de Medicamento: Consiste em um conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva a compra dos medicamentos estabelecidos na programação, com o objetivo de disponibilizar os mesmos em quantidade, qualidade e menor custo, visando manter a regularidade e o funcionamento do sistema. 4. Transporte, armazenamento e distribuição de medicamento: deve ser feito de forma segura, em meios de transporte que possuam condições adequadas para assegurar sua integridade. O armazenamento é caracterizado por um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as atividades de recebimento, estocagem, segurança e conservação, controle de estoque e entrega dos produtos, garantindo a segurança e a qualidade dos medicamentos até sua dispensação ao usuário. A distribuição deve garantir a rapidez na entrega, segurança e eficiência no sistema de informações, controle e transporte adequado. 5. Dispensação de medicamentos: é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta a apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. A dispensação não se configura apenas como o fornecimento do medicamento prescrito, devendo atender a aspectos técnicos, com o objetivo de garantir a entrega do medicamento correto ao usuário, na dosagem e na quantidade prescrita, com instruções suficientes para seu uso adequado e forma correta de ser guardado. 1.10 USO RACIONAL DE MEDICAMENTO A Organização Mundial de Saúde considera que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. Lidera em conjunto com outras instituições gestoras e de pesquisa, movimentos que buscam a prescrição e o uso racional de medicamentos, a seleção de medicamentos essenciais e a disponibilização de informações científicas e independentes aos
  • 31. 30 profissionais de saúde, por meio de boletins e de formulários terapêuticos (BRASIL, 2007). Existem diferentes iniciativas para que os medicamentos sejam prescritos e utilizados de forma correta, isso se deve ao fato de que os medicamentos, apesar de serem importantes instrumentos de saúde, eles podem ser potenciais fontes de agravo e causar danos à saúde (BRASIL, 2011). Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou comercializados de forma inapropriada, sendo que metade dos usuários os utiliza incorretamente (WHO, 2010). Vários são os obstáculos para o uso racional de medicamentos no Brasil como: número excessivo de produtos farmacêuticos no mercado; a prática da automedicação; a falta de informações aos usuários; os problemas nas prescrições (prescrição incorreta, prescrição múltipla); a disponibilidade ainda insuficiente de diretrizes clínicas tanto no setor privado como público; divulgação de informações inapropriadas sobre os medicamentos; propaganda e marketing de medicamentos entre outros. Todos esses fatores além de trazerem agravos a saúde da população levam também á um desnecessário gasto financeiro, quer sejam eles originários de desembolso financeiro direto ou financiados com recursos públicos (BRASIL, 2011). Há algumas estratégias para o uso racional de medicamentos que são acessíveis e passíveis de implementação, como a seleção adequada, a elaboração de formulário terapêutico, o gerenciamento competente dos serviços farmacêuticos, a dispensação e o uso apropriado de medicamentos, a farmacovigilância10, a educação dos usuários quanto aos riscos da automedicação, da interrupção e da troca da medicação prescrita (MARIN et al, 2003). Entre as ações relacionadas à promoção do uso racional nos serviços farmacêuticos, destaca-se o fortalecimento da Assistência Farmacêutica na Atenção Primária; a revisão e a atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename); a disponibilização do Formulário Terapêutico Nacional; o apoio à Rede de Centros de Assistência e Informação Toxicológica (Renaciat) e o apoio à reestruturação dos centros e serviços de informação de medicamentos no país. Pode-se mencionar ainda, a realização de cursos nacionais de capacitação de multiplicadores para estratégias de prescrição racional de medicamentos, por meio de parceria entre OPAS/OMS, Ministério da Saúde e a Agência Nacional Vigilância Sanitária (BRASIL, 2007).
  • 32. 31 Embora tenham sido realizadas diversas ações referentes à promoção do uso racional de medicamentos no país, a área carecia de uma articulação formal entre os diferentes atores envolvidos com o tema. Nesta perspectiva, foi criado o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, com representações de diversas instituições e ministérios (BRASIL, 2006d).
  • 33. 32 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Verificar a opinião da população em relação a assistência farmacêutica prestada, considerando que o município A possui um responsável técnico em período integral e o município B há um responsável técnico somente em meio período. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Verificar se há diferença significativa na assistência farmacêutica prestada nos dois municípios . b) Verificar se a assistência farmacêutica prestada nos municípios podem influenciar na terapia medicamentosa. c) Analisar as diferenças entre uma assistência integral e assistência parcial.
  • 34. 33 3 MATERIAL E MÉTODO Aplicação de um questionário estruturado (apêndice) em 100 pessoas de ambos os sexos, num período de 30 dias. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Censo 2010), o município A apresenta cerca 1447 habitantes onde entrevistou-se 6,9% da população, já no município B apresenta 8836 habitantes, onde 1,13% da população responderam o questionário. Aplicou-se 100 questionários em cada município no momento em que o paciente fazia uso da Farmácia Pública, e colhida as informações referentes a dispensação, atendimento do profissional, a frequência com que utiliza a farmácia; foram informados sobre o objetivo do estudo e a coleta de dados só foi aplicada nas unidades com prévio consentimento do Coordenador de Saúde dos referidos municípios, mantendo a confidencialidade dos entrevistados e dos municípios em questão.
  • 35. 34 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Idade dos entrevistados Cidade A Cidade B Entre 14 e 24 anos Entre 25 e 35 anos Entre 14 e 24 anos Entre 25 e 35 anos Entre 36 e 46 anos Entre 47 e 57 anos Entre 36 e 46 anos Entre 47 e 57 anos Entre 58 e 68 anos Entre 69 a 79 anos Entre 58 e 68 anos Entre 69 e 79 anos 6% Entre 80 e 90 anos 6% 5% 4% 21% 8% 19% 20% 18% 30% 26% 18% 19% Figura 1 – Faixa etária dos entrevistados Figura 2 – Faixa etária dos entrevistados Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Nas figuras 1 e 2 apresentamos as faixas etárias em que foram feitas as entrevistas e podemos observar que no município A apresentaram maior quantidade de jovens, em comparação ao município B que apresentou maior número de pacientes com idade mais avançada.
  • 36. 35 4.2 Sexo dos entrevistados Cidade A Cidade B Masculino Feminino Masculino Feminino 32% 37% 63% 68% Figura 3 – Sexo dos entrevistados Figura 4 - Sexo dos entrevistados Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Nas figuras 3 e 4, relatamos o sexo dos entrevistados, onde observamos que em ambos os municípios prevaleceu a maior utilização da Farmácia Pública pelos pacientes do sexo feminino. É justificada essa maior taxa de usuários do sexo feminino, devido aos municípios apresentarem maior quantia de mulheres do que homens, segundo (IBGE, 2010), e ainda pelo fato da mulher se preocupar mais com a saúde e serem na sua maioria donas de casa, tendo assim uma maior disponibilidade para procurar a unidade de saúde.
  • 37. 36 4.3 Frequência com que utilizam a Farmácia Pública Cidade A Cidade B Utilizam sempre que precisam Utilizam sempre que precisam Utilizam mensalmente Utilizam mensalmente Utilizam raramente Utilizam raramente 8% 17% 25% 49% 43% 58% Figura 5 – Frequência com que utilizam a Figura 6 – Frequência com que utilizam a Farmácia Pública. Farmácia Pública. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Com relação à assiduidade com que os entrevistados utilizam a Farmácia verificamos que no município A (figura 5), apresenta maior quantidade de pacientes que utilizam mensalmente e que utilizam raramente; em relação ao município B (figura 6) que tem o índice de pacientes que utilizam sempre que precisam bem maior. Isso pode se dar ao fato de ter uma boa assistência farmacêutica e um bom atendimento na cidade A.
  • 38. 37 4.4 Conhece a função de quem dispensou os medicamentos Cidade A Cidade B Não sabem quem dispensou Não sabem quem dispensou Sabem = Farmacêutico Sabem = Farmacêutico Recepcionista Enfermeira Agente de Saúde 8% Serviços diversos 2% 1% 6% 92% 9% 35% Figura 7 – Sabe a função de quem dispensou 47% os medicamentos. Fonte: Elaboração própria. Figura 8 – Sabe a função de quem dispensou os medicamentos. Fonte: Elaboração própria. Na figura 7 referente ao município A, os entrevistados demonstraram conhecer o profissional Farmacêutico, e apenas uma pequena parcela disseram não saber quem dispensou. Já na figura 8 que se refere ao município B, houve uma maior incidência de pacientes que disseram não saber quem dispensou, comparado ao município A, e relataram também a dispensação por outros profissionais da Unidade Básica de Saúde. Segundo a OMS que reconhece o farmacêutico como um dispensador de atenção à saúde, a assistência farmacêutica é um conjunto de atividades com objetivo de alcançar a qualidade de vida da população. Porém podemos perceber que em lugares onde não há a presença de um farmacêutico em tempo integral, uma parcela muito grande da população desconhece esse trabalho, como aponta a pesquisa nas figuras 7 e 8.
  • 39. 38 4.5 Sempre é atendido pelo mesmo funcionário Cidade A Cidade B São atendidos pelo mesmo funcionário São atendidos pelo mesmo funcionário Não são Não são 17% 27% 73% 83% Figura 9 – Sempre é atendido pelo mesmo Figura 10 – Sempre é atendido pelo mesmo funcionário. funcionário. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria Nas figuras 9 e 10 há uma controvérsia muito grande, onde aproximadamente 80% relataram serem atendidos pelo mesmo funcionário no município A, enquanto que no B em torno de 70% relataram o contrário. De acordo com OPAS (2002), a assistência farmacêutica trata-se da interação direta do farmacêutico como usuário para uma farmacoterapia racional e melhor qualidade de vida. Isso nos mostra realmente a falha na assistência farmacêutica na figura 10 do município B em que 70% da população relatou não serem atendidos pelo mesmo funcionário, então nos perguntamos como é aplicada a assistência farmacêutica, quando um número tão alto de pessoas não são atendidas pelo farmacêutico. Essa falta de assistência farmacêutica pode acarretar danos a terapia medicamentosa e a saúde do paciente, podendo ocorrer troca de medicamentos no ato da administração, intoxicações, descaso com o tratamento como não adesão a ele, e repercutindo diretamente no município como um todo, pois existem pessoas que tem acesso ao medicamento gratuito e não o utilizam, deixando-o guardado quando poderia ser utilizado por outro paciente, também aumentando as internações por intoxicações, super dosagens e também mais gastos ao munícipio.
  • 40. 39 4.6 Faz uso de medicamento de uso contínuo Cidade A Cidade B Utilizam medicamento contínuo Utilizam medicamento contínuo Não utilizam Não utilizam 39% 49% 51% 61% Figura 11 – Faz uso de medicamento de uso Figura 12 – Faz uso de medicamento de uso contínuo. contínuo. Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria Na figura 11 referente ao município A, percebemos que praticamente a metade dos entrevistados utilizam medicamentos de uso contínuo. Na figura 12 que se refere ao município B a quantidade de pacientes que fazem uso contínuo de medicamentos é menor. Outro importante papel da assistência farmacêutica é o gerenciamento dos medicamentos: selecionar os mais prescritos e de maior importância de acordo com o quadro epidemiológico do município e da região, tendo como base os medicamentos essenciais para adquiri-los em quantidades adequadas, para não ocorrer risco de faltar medicamentos e fornece-los aos pacientes.
  • 41. 40 4.7 Orientação quanto ao uso do medicamento Cidade A Cidade B Sim Não Sim Não 0% 22% 78% 100% Figura 13 – Sempre é orientado quanto ao Figura 14 – Sempre é orientado quanto ao modo de uso do medicamento. modo de uso do medicamento. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Na cidade A 100% dos entrevistados alegaram receber orientação quanto ao modo de uso do medicamento, enquanto que na B 22% alegaram não recebê-la. Segundo PROVIN (2010) os farmacêuticos ainda não tem consciência de suas funções no cuidado à saúde, isso explica porque o SUS e fontes pagadoras de assistência à saúde não reconhecem o farmacêutico como prestador de cuidados. E para mais uma confirmação (BRASIL, 2008) mostra que as farmácias públicas não contam com farmacêutico em período integral, fazendo com que a maioria dos usuários não recebam orientação sobre uso (figura 13 e 14); reações adversas e interações medicamentosas (figura 15 e 16); o que também podemos confirmar com a pesquisa que demonstra que no município B (figura 12), em que não há assistência farmacêutica integral uma quantia muito grande não recebe as informações citadas acima e ainda nota-se um número grande de usuários de medicamentos contínuos e controlados, que deveriam ser os mais privilegiados com tais informações.
  • 42. 41 4.8 Orientação quanto as possíveis reações adversas e interações medicamentosas Cidade A Cidade B Sim Não Sim Não 27% 26% 73% 74% Figura 15 – É orientado quanto as possíveis Figura 16 – É orientado quanto as possíveis reações adversas e interações reações adversas e interações medicamentosas. medicamentosas. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Neste caso cerca de 70% recebem orientação sobre reações adversas e interações medicamentosas na cidade A e na B quase a mesma quantia não recebem tais informações. A pouco transmissão de informações sobre interações medicamentosas podem ocasionar problemas como potencialização, diminuição, e até anulação dos efeitos terapêuticos causando riscos à saúde e diversos tipos de agravos dependendo dos medicamentos em questão. Já o aparecimento de reações adversas pode influenciar no abandono do tratamento por acentuar os efeitos indesejados e acarretar ineficácia terapêutica, não obtendo os resultados esperados (SECOLI, 2001).
  • 43. 42 4.9 Nota ao atendimento Cidade A Cidade B 1a5 6a7 8a9 10 1a5 6a7 8a9 10 0% 6% 11% 19% 47% 47% 43% 27% Figura 17 – Nota ao atendimento. Figura 18 – Nota ao atendimento. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Observou-se que na cidade A, a grande maioria 80% foram de notas entre 8, 9 e 10 e não relataram defeitos, somente algumas qualidades como: atencioso, dedicado, simpático e prestativo. Já na B a notas foram mais variadas baixando para cerca de 50% as mesmas notas e 46% apresentaram notas entre 1 e 7, relatando qualidades como: bom atendimento, satisfatório e atencioso, e defeitos como: gostariam de receber mais explicações, orientação sobre reações adversas e interações medicamentosas, que fossem mais ágeis, gostariam de receber mais atenção e que melhorassem o humor. Na pesquisa desenvolvida prova-se que a população mesmo sendo leiga sobre vários aspectos da atenção farmacêutica, percebe que quando o atendimento não é realizado apenas pelo farmacêutico não é tão bom quanto deveria, notamos isso ao comparar as notas destinadas ao atendimento e o que seria necessário mudar nele, entre as cidades A e B, onde a que não conta com Assistência Farmacêutica integral houve menos índice de notas maiores e que gostariam que mudasse várias características, sendo todas relacionadas aos atendentes que substituem o farmacêutico, e ainda requerem farmacêutico em tempo integral como podemos verificar na figura 20.
  • 44. 43 4.10 Quanto ao atendimento, o que é necessário mudar Cidade A Cidade B Nada Nada Melhorar a educação dos atendentes Mais agilidade Funcionários capacitados Farmacêuticos em período integral 100% 31% 39% Figura 19 – Quanto ao atendimento, o que julga necessário mudar. 12% Fonte: Elaboração própria. 13% 5% Figura 20 – Quanto ao atendimento, o que julga necessário mudar. Fonte: Elaboração própria. Na figura 19 referente a cidade A, 100% das pessoas entrevistadas alegaram não haver necessidade de mudanças, já na figura referente a cidade B nos mostra que 39% das pessoas também alegaram não necessitar de mudanças, porém 30% disseram que deveriam melhorar a educação dos atendentes, que fossem mais ágeis e que capacitassem os funcionários e ainda 31% questionaram a necessidade da presença do farmacêutico em tempo integral na farmácia pública. Algumas farmácias públicas possuem um déficit de farmacêuticos, sendo impossível desempenhar sozinho todas as funções, então coloca-se assistentes que deveriam ser muito bem treinados para auxiliá-lo e não assumir seu papel; podendo acarretar prejuízos à atenção farmacêutica (BRASIL,2008). Segundo VIEIRA (2005) a maioria das farmácias públicas não funciona porque um profissional com poucos conhecimentos sobre medicamentos atua na dispensação. Com a grande demanda de necessidades, os serviços de farmácia não são prioritários na disputa por recursos nos orçamentos, com certeza sua importância não esteja explícita para os gestores. O que fere totalmente a Lei nº 5991, artigo 15, dispõe que farmácias e drogarias terão obrigatoriamente um técnico responsável inscrito no CRF, e ainda no
  • 45. 44 parágrafo 1º, que sua presença será obrigatória em todo o período de funcionamento do estabelecimento. 4.11 Já foi embora com dúvidas sobre o modo de usar Cidade A Cidade B Sim Não, nunca Sim Não, nunca 3% 20% 80% 97% Figura 21 – Já foi embora com dúvida. Figura 22 – Já foi embora com dúvida. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Na cidade A, apenas 3% das pessoas já foram embora com dúvida sobre o modo de uso do medicamento; enquanto que na B 20% passaram por essa situação. Vimos também que a automedicação, a falta de informações aos usuários e os problemas com prescrições inadequadas que são funções do farmacêutico, trazem agravo à saúde populacional e torna difícil o uso racional de medicamentos (MARIN, 2003). Como acontece nessa pesquisa na cidade B (figura 22) que 20% dos entrevistados já foram embora com o medicamento e com dúvidas sobre o mesmo, e ainda uma pequena parcela que diz que já foi negada informação quanto ao uso do medicamento. Mesmo que seja pequena essa quantia, isso não deveria acontecer jamais. Pois além do medicamento ser um importante instrumento para a melhoria da saúde, ele pode ser fonte de agravo e causar danos à ele, quando prescritos, dispensados e utilizados de forma inadequada.
  • 46. 45 4.12 Já foi negada informação quanto ao uso do medicamento Cidade A Cidade B Sim Não, nunca Sim Não, nunca 0% 5% 100% 95% Figura 24 – Já foi negada informação quanto Figura 23 – Já foi negada informação quanto ao uso do medicamento. ao uso do medicamento. Fonte: Elaboração própria. Fonte: Elaboração própria. Na figura 23, que se refere a cidade A, 100% dos entrevistados responderam não ter sido negada nenhum tipo de informação. Na cidade B, gráfico 24, 5% relataram já ter sido negada informações, desses 5%, 2% perguntaram novamente e 3% se dirigiram a outra farmácia particular para sanar as duvidas. Também podemos perceber a falha na estrutura das farmácias que geralmente ocupa pequenos espaços, e ainda é possível encontrar farmácias em que á grades que separam o farmacêutico do paciente, como acontece na farmácia pública da cidade B. Além disso falta pessoal capacitado; desse modo não há boas condições para se desempenhar sua função e que as relações sejam humanizadas.
  • 47. 46 5 CONCLUSÃO A ausência de serviço de farmácia adequado, que zele pelo uso racional de medicamentos, em parceria com os demais serviços e profissionais de saúde, constitui um problema importante de saúde pública. Os serviços farmacêuticos de atenção primária contribuem para a diminuição de internações ou do tempo de permanência no hospital, à assistência aos portadores de doença crônica, à prática de educação em saúde e para intervenção terapêutica mais efetiva. Com os resultados obtidos na pesquisa apresentada pode-se dizer que na farmácia pública onde há assistência farmacêutica em período integral, existe maior assiduidade do usuário, pois quando o mesmo é atendido por um profissional qualificado, tem orientações quanto: reações adversas, interações medicamentosas, modo de uso, posologia adequada; podendo ser aplicado o uso racional de medicamento, evitando-se desperdício destes, de recursos financeiros e ainda proporcionando melhora na qualidade de vida do paciente. E na unidade em que não há assistência em todo período de funcionamento apresenta mais reclamações, há menor frequência e menos orientações sobre os medicamentos. Portanto se houver farmacêutico presente durante à dispensação, grande parte dos pacientes não apresentariam dúvidas quanto ao uso de medicamentos e reconheceriam melhor a importância de seu trabalho. E mesmo quando não reconhecem o trabalho do farmacêutico, a população têm noção de que é necessário um profissional em período integral para serem melhores atendidos e assistidos. Observa-se então que a assistência farmacêutica é de indiscutível importância para obter-se resultados terapêuticos e melhora na qualidade de vida dos usuários de medicamentos e que é fundamental tê-la em período integral para que esse trabalho seja realizado com êxito.
  • 48. 47 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, R. B.; CORDEIRO, M.; LINS, A. C. V.; NEIVA, J. S. M.; ROCHA, M. S. Parecer n.1.300/2006-AGU/CONJUR-MS/JSMN. Parecer de consolidação da Assistência Farmacêutica, 2006. ALENCAR, T.O.; BASTOS, V.P.; ALENCAR, B.R., FREITAS, I.V. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. Dispensação Farmacêutica: Uma Análise dos Conceitos Legais em Relação à Prática Profissional. 2010. Disponível em:http://servbib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/1221/1047 Data do acesso: 20/10/2012. BARROS, JAC. Propaganda de medicamentos: atendendo à saúde? São Paulo: Hucitec/ Sobravime; 1995. BERNSTEN C et al. Improving the well-being of elderly pacients via community pharmacy-based provision of pharmaceutical care. Drugs & Aging, v.18, n.1, p. 63- 77, 2001. BRANDÃO A. FIP: Vocação da Farmácia é orientar paciente. Pharmácia Brasileira, n.3, p.27, 1996. BRASIL. Decreto n. 68.806, de 25 de junho de 1971. Institui a Central de Medicamentos (Ceme). Diário Oficial da União, Brasília; 1971. BRASIL. Lei n. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sob o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providencias. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de dezembro de 1973. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_5991_73.htm. Acesso: 14/10/2012. BRASIL. Lei n. 8080, de 19 de setembro de 1990a. Criação do SUS. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lei8080.pdf. Acesso: 14/10/2012.
  • 49. 48 BRASIL, Ministério da Saúde. ABC do SUS. Doutrinas e princípios. Brasília 1990b. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM n. 3916, de 30 de Outubro de 1998. Aprova a politica Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, 10 nov.1998 Seção 1, p.18-22. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde; 1999. Disponível em: bvsms_saude.gov.br/bvs/publicações/política_medicamentos.pdf Data de acesso: 30/10/2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SPS n. 16, de 14 de dezembro de 1999. Estabelece o Elenco Mínimo e Obrigatório de medicamentos para pactuação na Atenção Básica, referente ao Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2000a. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. A Implantação da Unidade de Saúde da Família. Brasília; MS; 2000b. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção Farmacêutica no Brasil: Trihando Caminhos. Relatório 2001-2002. Disponível em: http://new.paho.org/bra/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=24&It emid=423. Data de acesso: 15/09/2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Política de Saúde, Departamento de Atenção Básica, Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência Farmacêutica: INSTRUÇÕES Técnicas Para a Organização SUA. Brasília, 2001a. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Política de Saúde. Política Nacional de Medicamentos 2001. Brasília: MS; 2001b. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Medicamentos, de 1998. 6ª Reimpressão.
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  • 51. 50 BRASIL. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais- Rename 2008. Brasília; Ministério da Saúde. 2008. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia. Revista do Farmacêutico / Janeiro- Fevereiro-Março de 2008a. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia. Revista do Farmacêutico do Estado de São Paulo nº 92/ Setembro-Outubro de 2008b. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia. Revista do Farmacêutico do Estado de São Paulo nº 96/ Agosto-Setembro-Outubro de 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relatório do 1º Seminário Internacional para Implementação da Atenção Farmacêutica no SUS. Brasília. Editora do Ministério da Saúde, 2009a. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia. Revista do Conselho Regional de Farmácia: FAMÁCIA NÃO É UM SIMPLES COMÉRCIO. Fascículo III, Serviços Farmacêuticos, 2009b. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Revista Pharmacia Brasileira nº. 78- Setembro/ Outubro 2010; p. 24-25. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/128/024a025_farmAcia_do_sus.pdf. Data de acesso: 22/10/2012. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011.186 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 7). CANABARRO, I.M. HAHN, S. Panorama da Assistência Farmacêutica na Saúde da Família em Município do Interior do Estado do Rio Grande do Sul. Epidemiol. Serv. Saúde v.18 n.14 Brasília dic. 2009. Disponível em:
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  • 53. 52 http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=355580. Acesso em: 30/10/2012. IVAMA, A. M. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde, 2002. 24p. JARAMILLO, N.M. Revista Pharmacia Brasileira do Conselho Federal de Farmácia. Maio-Junho de 2003. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/90/proposta.pdf. Data de acesso: 15/09/2012. JOHNSON JA, BOOTMAN JL. Drug-related morbidity and mortality and the economic of pharmaceutical care. Am J. Health Syst Pharm. 1997; 54: 554-8. MARIN, N.; LUIZA, V. L.; CASTRO, C. G. S. O.; SANTOS, S. M. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: Opas/OMS, 2003. 334p. MARTINEZ, ROMERO, F. Atención Farmacéutica em España: un gran compromiso. Buenos Aires: Farmácia Profesional, 1996. p. 6-12. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia. Fascículo III, Serviços Farmacêuticos. Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde. Farmácia não é um simples comércio. Maio 2010. Apud MIL, V. F.; SCHULZ, M. A Review of Pharmaceutical Care in Community Pharmacy in Europe. Health highlights. Harvard Health Policy Review. Spring 2006. Vol.7, No. 1: 155-68 OLIVEIRA, D. R. Pharmaceutical care uncovered: An ethnographic study of pharmaceutical care. Minnesota: University of Minnesota; 2003. 425p. [Doctoral Dissertation] OPAS, ORGANIZAÇÃO PAN- AMERICANA DE SAÚDE: Propostas: Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Atenção Farmacêutica no Brasil: “trilhando caminhos”. Brasília: OPAS, 2002.
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  • 55. 54 WHO (World Health Organization), 1988. The World Drug Situation. Geneva: WHO. WHO. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Medicines: rational use of medicines. Fact sheet n. 338, May 2010. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs338/en/>. Acesso em 30/10/2012.
  • 56. 55 APÊNDICE Questionário 1 - Idade: 2 - Sexo ( ) F ( ) M 3 - Costuma utilizar a farmácia pública com qual frequência? 4- Você sabe a função de quem dispensou medicamentos para você na farmácia? NÃO ( ) SIM ( ). 5 -Se sim qual a função deste funcionário? RECEPCIONISTA ( ) SERVIÇO DIVERSO ( ) ACS ( ) ENFERMEIRA ( ) SECRETARIA DE DENTISTA ( ) OUTROS ( ) _____________________________________ 6- Você é sempre atendido pelo mesmo funcionário? 7- Faz uso de medicamento de uso contínuo? (explicar quais medicamentos são) 8- Você sempre é orientado quanto ao modo de uso do medicamento? NÂO ( ) SIM ( ) 9- Você é orientado quanto as possíveis reações adversas e interações medicamentosas dos medicamentos de que necessita? 10- De 1 a 10, qual a sua nota ao atendimento? Relate as qualidades e os defeitos deste atendimento. 11- Quanto ao atendimento o que julga ser necessário mudar? 12- Já foi embora com o medicamento nas mãos e com dúvida sobre o modo de usá-lo? 13 – Alguma vez já foi negada informação quanto ao uso do medicamento? 14 – Se sim, qual sua atitude? 15- Quando é necessário fazer uso de medicamento injetável, o mesmo é dispensado na farmácia? 16- E quanto a aplicação, qual profissional aplica a injeção? FARMACÊUTICO ( ) ENFERMEIRA ( ) TEC. ENFERMAGEM ( ) 17- A farmácia dispensa os medicamentos necessários a inalação? 18- Quando você precisa fazer inalação, qual o profissional prepara a inalação? FARMACÊUTICO ( ) ENFERMEIRA ( ) TEC. ENFERMAGEM ( )
  • 57. 56