1. ALVES, Nilda; OLIVEIRA, Inês
Barbosa de
UMA HISTÓRIA DA
CONTRIBUIÇÃO DOS
ESTUDOS DO COTIDIANO
ESCOLAR AO CAMPO DE
CURRÍCULO
2. Os estudos americanos a respeito do cotidiano
escolar comparavam o a uma “caixa-preta”,
O uso da metáfora foi usado para
compreender a impossibilidade de se saber o
que se passa no cotidiano escolar que acaba
sendo considerado negligenciável. Ou seja, a
intervenção no sistema educacional deve-se
dar nos planos de entrada (inputs),
realimentado com dados obtidos no final do
processo anterior (feedback), possível por
meio da avaliação dos indicativos fornecidos
pelos resultados de saída (outputs).
3. Ao analisar cotidiano escolar
recorrendo as teorias sistêmicas segue
toda uma tendência de redução do
real de suas varáveis controláveis
porque se entendia o “mundo escolar”
como um mundo separado do mundo
real, sem considerar que os sujeitos ali
inseridos mantêm relações com o
mundo exterior.
4. As pesquisas de acordo com a concepção de Stake,
feitas no Brasil permitiram entender que a forma
hegemônica de compreensão do cotidiano escolar era
insuficiente para fazer uma análise de seus problemas
e possíveis soluções.
Stake construiu um método avaliativo que denomina de Avaliação
Responsiva. Esta perspectiva defende a ideia de que as intenções da
avaliação podem sofrer transformações e por isso a necessidade de haver
comunicações contínuas entre o avaliador e o avaliado.
5. Mais tarde vem a ideia de professor
pesquisador, que permite a este através da
pesquisa questionar suas diversas práticas e
possibilitando assim fazer as intervenções
necessárias no cotidiano escolar.
No momento da pesquisa é importante
considerar os múltiplos sujeitos do cotidiano
escolar para compreender as diferenças
culturais existentes na vida em sociedade.
6. Para continuar a análise do cotidiano escolar há a
necessidade de esclarecer a dicotomia entre os aspectos
quantitativos e qualitativos deste cotidiano; chegando à
conclusão de que: o cotidiano é o conjunto de atividades
que desenvolvemos no nosso dia-a-dia, tanto do que nelas é
permanência (o seu conteúdo) quanto do que nelas é
singular (as sua formas).
7. Portanto, para compreender a lógica da vida cotidiana,
precisamos nela mergulhar (Oliveira e Alves), aceitando a
impossibilidade de obtermos dados relevantes gerais
numa realidade caótica e a necessidade de considerar
todos os elementos constitutivos.
Para aprendermos e apreendermos a multiplicidade dos
elementos constitutivos da realidade do cotidiano é
preciso que nele cheguemos de modo aberto, sem
preconceitos.