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FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO22222
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO
FÁBIODESALLESMEIRELLES
Presidente
AMAURIELIASXAVIER
Vice-Presidente
EDUARDODEMESQUITA
Vice-Presidente
JOSÉCANDÊO
Vice-Presidente
MAURÍCIOLIMAVERDEGUIMARÃES
Vice-Presidente
LENYPEREIRASANT'ANNA
Diretor 1º Secretário
JOÃOABRÃOFILHO
Diretor 2º Secretário
MANOELARTHURB.DEMENDONÇA
Diretor 3º Secretário
LUIZ SUTTI
Diretor 1º Tesoureiro
IRINEUDEANDRADEMONTEIRO
Diretor 2º Tesoureiro
SIGEYUKIISHII
Diretor 3º Tesoureiro
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
FÁBIODESALLESMEIRELLES
Presidente
GERALDOGONTIJORIBEIRO
Representante da Administração Central
BRAZAGOSTINHOALBERTINI
Presidente da FETAESP
EDUARDODEMESQUITA
Representante do Segmento das Classes Produtoras
AMAURIELIASXAVIER
Representante do Segmento das Classes Produtoras
VICENTEJOSÉROCCO
Superintendente em exercício
SÉRGIOPERRONERIBEIRO
Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 33333
TRABALHADOR NA
APLICAÇÃO DE
AGROTÓXICOS
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
COM PULVERIZADOR COSTAL
MANUAL
TRABALHADOR NA
APLICAÇÃO DE
AGROTÓXICOS
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
COM PULVERIZADOR COSTAL
MANUAL
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
SÃO PAULO - ABRIL DE 2005
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO44444
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente da FAESP e do SENAR/SP
COORDENAÇÃO
Jair Kaczinski
Chefe da Divisão Técnica do SENAR/SP
AUTORES
Ronaldo da Silva Ciati
Técnico em Agropecuária
Jarbas Mendes da Silva
Técnico em Agropecuária do SENAR/SP
Marco Antonio de Oliveira
Técnico em Agropecuária do SENAR/SP
REVISÃO DO TEXTO
Antonio Nazareno Favarin
Professor
DIAGRAMAÇÃO
Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR/SP
FOTOS
Hirofumi Samesima
Fotógrafo
Ficha Catalográfica elaborada por
Maria Amélia L. de Campos Maravieski - Bibliotecária
CRB/8 nº 4898
Direitos Autorais: é proibida a
reprodução total ou parcial des-
ta cartilha, e por qualquer pro-
cesso, sem a expressa e prévia
autorização do SENAR/SP.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração
S514t Regional do Estado de São Paulo.
Trabalhador na aplicação de agrotóxicos: aplicação de
agrotóxicos com pulverizador costal manual / Elaboração
de Ronaldo da Silva Ciati e Marco Antonio de Oliveira.
São Paulo : SENAR, 2000.
40 p. : il.
Bibliografia.
1. Agrotóxicos - Prevenção de acidentes I. Oliveira, Marco
Antonio de II. Ciati, Ronaldo da Silva III. Título.
CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 55555
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
O
SERVIÇO NACIONALDEAPRENDIZAGEM
RURAL - SENAR, criado em 23 de dezembro
de 1991, pela Lei n° 8.315 e, regulamentado em
10 de junho de 1992, como Entidade de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve a
Administração Regional do Estado de São Paulo criada
em 21 de maio de 1993.
Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura
do Estado de São Paulo - FAESP, o SENAR/SPtem, como
objetivo, organizar, administrar e executar, em todo o
Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional
e da Promoção Social Rurais dos trabalhadores e
pequenos produtores rurais que atuam na produção
primária de origem animal e vegetal, na agroindústria,
no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços
rurais.
Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de
elevar o nível técnico, social e econômico do Homem do
Campo e, conseqüentemente, a melhoria das suas
condições de vida, o SENAR/SP elaborou esta cartilha
com o objetivo de proporcionar, aos trabalhadores e
pequenos produtores rurais, um aprendizado simples e
objetivo das práticas agro-silvo-pastoris e o uso correto
das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua
produção e produtividade.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso
de fundamental importância para os trabalhadores e
pequenos produtores, será também, sem sombra de
dúvida, um importante instrumento para o sucesso da
aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
FÁBIO DE SALLES MEIRELLES
Presidente do SENAR/SP
Presidente da FAESP
1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO66666
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 77777
SUMÁRIOSUMÁRIO
INTRODUÇÃO
ASPECTOS GERAIS
I - AGROTÓXICOS .................................................13
1. Definição de agrotóxicos ........................13
2. Definição de pragas e doenças ..............13
3. Métodos de controle................................13
4. Características e classificação dos
agrotóxicos ..............................................14
5. Vias de intoxicação (ou contaminação)....15
6. Fatores que influenciam nas aplicações
de agrotóxicos .........................................16
7. Aquisição do produto .............................17
8. Segurança no transporte ........................18
9. Armazenamento ......................................19
II - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(E.P.I.) .........................................................21
1. Segurança do aplicador .........................22
2. Revisão do E.P.I., antes e depois da
aplicação de agrotóxicos........................22
III - PULVERIZADOR COSTAL MANUAL.....................23
IV - APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS .........................27
1. Preparo da calda ....................................27
2. Aplicação da calda.................................30
3. Lavagem do equipamento de aplicação ...33
4. Descarte das embalagens vazias ............34
5. Conservação do E.P.I. (Equipamento de
Proteção Individual) ...............................34
6. Primeiros Socorros..................................35
V - BIBLIOGRAFIA ................................................39
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO88888
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 99999
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
Com o aumento da população, veio a necessidade de
se produzir mais alimentos. Para atender ao aumento
da produção agrícola, houve a exigência de se
desenvolver novas tecnologias, desde o preparo do
solo até a colheita e beneficiamento dos produtos.
Dentre essas tecnologias, está a aplicação de
agrotóxicos, os quais podem variar de alta a baixa
toxicidade; portanto, é de extrema importância que,
para utilizarmos esses produtos, tenhamos o
conhecimento quanto à sua escolha, mistura, aplicação
e carência.
O uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras vem
causando grandes prejuízos econômicos à saúde
humana e ao meio ambiente.
Esse fato mostra a necessidade de levarmos o
conhecimento aos pequenos produtores e
trabalhadores rurais quanto à maneira correta de
aplicação dos agrotóxicos. Desta maneira, podemos
diminuir os danos à saúde do aplicador, à preservação
ambiental, à qualidade dos produtos hortifrutigranjeiros
e aumentar a produtividade.
É de suma importância a capacitação de mão-de-obra,
para que os trabalhadores rurais obtenham melhores
resultados em suas atividades profissionais, atuando
corretamente, de acordo com as técnicas indicadas.
A profissionalização, por sua vez, proporciona ao
trabalhador rural o preparo para a atuação profissional
e a competitividade no mercado de trabalho, estando
apto para desempenhar as tarefas referentes à sua
ocupação.
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1010101010
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
O SENAR/SP oferece cursos e treinamentos de
Formação Profissional Rural, que possibilitam a
profissionalização ao trabalhador rural.
Com isto, poderemos oferecer melhor serviço e,
conseqüentemente, bons resultados, tanto no aspecto
pessoal quanto financeiro, proporcionando benefícios
ao Homem do Campo.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1111111111
ASPECTOSGERAISASPECTOSGERAIS
Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos é a
ocupação que efetua a aplicação de produtos
agrotóxicos nas várias formas (líquida, pó, granulados
etc.), para proteger a lavoura de doenças, pragas, plantas
daninhas, e evitar os prejuízos.
Essa aplicação é efetuada com equipamentos
específicos, entre os quais o pulverizador costal manual,
quando a indicação técnica a recomenda nas áreas
infestadas ou sujeitas à infestação.
Para se fazer uma boa aplicação, é necessário conhecer:
os materiais específicos, o produto e a forma de sua
utilização e de sua aquisição, o E.P.I. (Equipamento
de Proteção Individual), os equipamentos de aplicação,
o modo de preparar a calda e de fazer a desinfecção,
o descarte das embalagens e os primeiros socorros.
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1212121212
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1313131313
I - AGROTÓXICOSI - AGROTÓXICOS
DEFINIÇÃO DE AGROTÓXICOS
A partir da promulgação da lei 7.802, de 11 de julho
de 1989, e do decreto regulamentador n.º 98.816, de
11/01/1990, os agrotóxicos passaram a ser definidos
como: "produtos e agentes de processos físicos,
químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores
de produção, no armazenamento e beneficiamento
de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas nativas ou implantadas, de ecossistemas e
também ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja
finalidade seja alterar a composição da fauna e da flora,
e de preservá-las da ação danosa de seres vivos
considerados nocivos; substâncias e produtos
empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimulantes e inibidores de crescimento."
DEFINIÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS
Qualquer população de organismos nocivos que
causem danos, lesões ou destruição das plantas, dos
animais e do homem.
MÉTODOS DE CONTROLE
Os principais métodos de controle de pragas, doenças
e plantas invasoras são:
a) controle químico - uso de agrotóxicos;
b) controle físico - feito por meio do controle da
temperatura e umidade;
c) controle mecânico - uso de armadilhas e barreiras;
d) controle biológico - uso de inimigos naturais das
pragas;
11
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33
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1414141414
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
FIG. 1 - Os agrotóxicos e suas formulações
e) práticas agrícolas - consiste no preparo correto do
solo, na destruição de restos de cultura, na limpeza
de máquinas e implementos, na rotação de culturas,
no plantio de variedades resistentes, na
diversificação de culturas etc.;
f) M.I.P. (Manejo Integrado de Pragas) - utilização
em conjunto de todos os métodos aqui expostos.
CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO
DOS AGROTÓXICOS
Os agrotóxicos são apresentados em várias
formulações (características físicas de cada produto),
que têm por objetivo facilitar o aplicador a efetuar as
aplicações no campo. São elas:
a) formulações que já vêm prontas para serem
utilizadas: pó-seco, granulados, UBV (ultrabaixo
volume);
b) formulações que requerem diluição em água para
serem aplicadas como: pó-molhável, concentrados
emulsionáveis e suspensões concentradas, com
solubilização na água.
Os agrotóxicos são agrupados de acordo com o tipo
de praga a ser controlada, como seguem abaixo:
a) inseticidas - para matar insetos que infestam a
lavoura;
b) herbicidas - para matar as plantas invasoras ou ervas
daninhas;
c) fungicidas - para matar os fungos encontrados na
lavoura;
d) acaricidas - para matar os ácaros;
e) molusquicidas - para matar lesmas, caracóis e
caramujos.
44
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1515151515
Todos os agrotóxicos apresentam, no rótulo, uma
faixa que, de acordo com a cor, indica a classe
toxicológica, ou seja, o grau de toxicidade que cada
produto apresenta.
VIASDEINTOXICAÇÃO(OUCONTAMINAÇÃO)
Como vimos, no item anterior, os agrotóxicos
apresentam diferentes graus de toxicidade. Por isso,
podem acarretar problemas à saúde do aplicador
(trabalhador).
Existem três vias de entrada de agrotóxicos no
organismo humano. São elas:
a) via dérmica - é a penetração pela pele. É a mais
freqüente e ocorre não somente pelo contato direto
com os produtos, mas também pelo uso de roupas
contaminadas ou pela exposição contínua à névoa
do produto, formada no momento da aplicação;
Nesses casos, nos dias mais quentes do ano, os
cuidados precisarão ser redobrados, pois, devido à
transpiração do corpo, aumenta a absorção pela pele.
Podemos, também, incluir nessa via de penetração a
entrada do produto pelos cortes (ferimentos no corpo
do aplicador).
b) via digestiva - é a penetração do produto pela
boca;
c) via respiratória - o produto penetra quando
respiramos sem a utilização de máscaras.
FIG. 2 - Agrotóxicos das quatro
classes toxicológicas
55
AGROTÓXICOS
Classe Toxicológica Cor da Faixa
I - Extremamente Tóxico VERMELHA
II - Altamente Tóxico AMARELA
III - Mediamente Tóxico AZUL
IV - Pouco Tóxico VERDE
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1616161616
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
FATORES QUE INFLUENCIAM NAS
APLICAÇÕES DE AGROTÓXICOS
Para fazermos a aplicação de agrotóxicos na lavoura,
é preciso ficarmos atentos aos seguintes fatores:
a) porte da cultura (estágio de crescimento) - de acordo
com o tamanho da planta, o local a ser tratado
será maior ou menor. Conseqüentemente, implicará
em um maior ou menor volume de calda gasta por
área;
b) solo - de acordo com as condições do preparo do
solo, caso existam muitos torrões ou restos culturais
no momento da aplicação de herbicidas em pré-
plantio incorporado (antes do plantio) ou pré-
emergentes (após o plantio, porém, antes da
germinação), eles poderão afetar o desempenho
do produto;
c) temperatura - os produtos agrotóxicos deverão ser
aplicados nas horas mais frescas do dia, pois, com
altas temperaturas, poderão ocorrer efeitos
fitotóxicos (intoxicação e queima superficial da
planta) e perda do produto por evaporação;
d) vento - evite a aplicação dos agrotóxicos quando
houver ventos fortes, pois acarretará a perda do
produto, que será desviado da planta. Sem os
ventos, não existirá nenhuma possibilidade de que
o produto passe para outra direção, que não seja a
do alvo (a planta);
e) umidade - evite aplicar os agrotóxicos quando
houver orvalho ou chuva, pois a umidade excessiva
prejudica o desempenho do produto aplicado.
66
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1717171717
AQUISIÇÃO DO PRODUTO
Como vimos no capítulo II, temos uma lei específica
sobre o uso de agrotóxicos, que determina e atribui
responsabilidade a todos aqueles que fabricam,
comercializam e aplicam estes produtos.
Portanto, a aquisição do produto precisa ser feita sob
orientação de um profissional habilitado que, após a
sua visita à propriedade, emitirá um receituário
agronômico com a recomendação do produto e o
E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual) a serem
usados. Cabe ao usuário seguir as orientações desse
receituário e as instruções contidas no rótulo do
produto.
Verificar, no momento da compra, se o produto
corresponde ao receituário agronômico, bem como a
sua validade, o estado de conservação da embalagem
e as condições do rótulo.
77
FIG. 3a - Receituário agronômico (frente) FIG. 3b - Receituário agronômico (verso)
AGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1818181818
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
88
17
FIG. 4 - Veículo em condições de
transporte de agrotóxicos
SEGURANÇA NO TRANSPORTE
Ao transportar os agrotóxicos, algumas regras básicas
devem ser seguidas, a fim de evitar acidentes:
a) os agrotóxicos precisam ser transportados
isoladamente, ou seja, longe de pessoas, alimentos,
rações, sementes e animais, para que estes não sejam
contaminados;
b) verifique se o local de armazenamento é seguro;
caso tenha pregos, parafusos ou lascas de madeira
etc., elimine-os, evitando danificar as embalagens;
c) no carregamento, fazer o empilhamento das
embalagens de agrotóxicos conforme a
recomendação do fabricante, evitando-se, assim,
peso excessivo sobre elas;
d) tenha sempre o E.P.I. (Equipamento de Proteção
Individual) no veículo, para utilizá-lo em caso de
acidentes;
e) não se deve fumar ou comer durante a manipulação
das embalagens, a fim de evitar uma possível
intoxicação ou contaminação.
Alerta ecológico:
Em caso de acidentes, verifique as instruções no
rótulo e notifique, imediatamente, as autoridades
competentes.
FIG. 5 - A embalagem do
agrotóxico e seu rótulo
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1919191919
99 ARMAZENAMENTO
O local de armazenamento deverá ficar distante de
nascentes de água, rios, lagos, açudes e moradias,
evitando-se, assim, possíveis acidentes contra o meio
ambiente, o homem e os animais.
Precaução:
É importante frisar que o depósito, para
armazenar os agrotóxicos, deverá ser somente
utilizado para esse fim.
Este local deverá:
a) ter uma boa cobertura;
b) ser bem ventilado;
c) ter boa iluminação;
d) ser identificado por meio de placas, indicando não
se aproxime (Perigo);
e) ser cercado, evitando-se a aproximação de pessoas
estranhas e animais.
Devemos seguir algumas regras de armazenamento,
com a finalidade de facilitar a identificação e a retirada
dos agrotóxicos para sua utilização, tais como:
a) colocar os produtos em prateleiras, mantendo-os
em suas embalagens originais e separando-os, de
acordo com o tipo de praga que controlam.
Ex.: herbicidas com herbicidas/fungicidas com
fungicidas /inseticidas com inseticidas;
b) colocar as embalagens, com os rótulos voltados
para a frente, e verificar se elas estão lacradas ou
bem fechadas, caso tenha sido utilizada parte do
conteúdo.
FIG. 6 - Disposição dos agrotóxicos
no depósito
AGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2020202020
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2121212121
II - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (E.P.I.)
II - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (E.P.I.)
FIG. 7 - Os equipamentos de proteção individual
LIXO
Existem roupas e equipamentos específicos para o
aplicador de agrotóxicos, que têm por finalidade evitar
o contato direto com o produto durante a aplicação.
Cada equipamento de proteção tem
uma função específica, como:
a)proteção da pele - usar luvas, chapéu
de abas largas e avental impermeáveis,
camisa com mangas longas e calça;
b)proteção dos pés - botas impermeáveis;
c)proteção dos olhos e face - óculos
de segurança e protetor facial;
d) proteção quanto à inalação do
produto - máscaras com filtros
específicos, para a aplicação de
agrotóxicos.
Precaução:
Utilize o E.P.I. em todas as operações: transporte,
armazenamento, manuseio e aplicação dos
agrotóxicos.
Atenção!
O aplicador deve estar barbeado antes de utilizar
a máscara, para que ela tenha maior encaixe
sobre o rosto, vedando completamente a
passagem do produto agrotóxico.
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2222222222
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SEGURANÇA DO APLICADOR
A segurança do aplicador está relacionada diretamente
à sua exposição ao produto e ao risco de intoxicação.
Desta forma, sua segurança dependerá da escolha e
da utilização correta do Equipamento de Proteção
Individual.
A higiene pessoal é de grande importância antes,
durante e após as aplicações de agrotóxicos; portanto,
deve-se evitar comer, beber ou fumar e não tocar o
rosto ou qualquer parte do corpo com as luvas sujas.
Ao terminar a aplicação, é necessário tomar um banho,
com água e sabão, e, depois, vestir roupas limpas.
REVISÃO DO E.P.I., ANTES E DEPOIS DA
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
Antes de iniciar a aplicação de agrotóxicos, é necessário
fazer uma revisão no E.P.I. (Equipamento de Proteção
Individual); ele deverá estar sem furos ou rasgos e em
boas condições de uso.
Após a utilização, verifique, novamente, o seu estado
de conservação.
11
22
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2323232323
A regulagem consiste em verificar a quantidade de
calda consumida por unidade de área (hectare e
alqueire), a qual tem como sistema de medida o: litros
por hectare, por alqueire etc.
O volume de calda a ser utilizado depende de fatores,
como: tipo e estágio de desenvolvimento da cultura,
tipo de produto químico e de equipamento, no caso,
o pulverizador costal manual, formulação do produto
e condições climáticas.
Nesse equipamento, existem dois tipos de bicos mais
comuns:
a) Bico leque - mais recomendado na aplicação de
herbicidas.
b) Bico cone - usado para aplicação de fungicidas,
inseticidas, herbicidas pós-emergentes e adubação
foliar.
FIG. 8 - Bico leque
FIG. 9 - Bico cone
III - PULVERIZADOR COSTAL MANUALIII - PULVERIZADOR COSTAL MANUAL
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2424242424
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
Procedimentos para fazer a regulagem:
a) demarque uma área de 100 m2 (10 m x 10 m) na
lavoura onde será realizada a aplicação do
agrotóxico;
b) encha o tanque do pulverizador com água limpa,
sem retirar a peneira;
c) coloque o pulverizador nas costas, ajustando as alças.
Para isso, é bom que tenha uma outra pessoa para
ajudar a colocar o tanque;
FIG. 11 - Aplicador enchendo o tanque do pulverizador
FIG. 12 - Colocação do pulverizador nas costas
do aplicador e seu ajuste
FIG. 10 - Demarcação da área de aplicação de agrotóxico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2525252525
FIG. 13 - Complemento da água
no pulverizador com dosador
d) pulverize a área demarcada, mantendo a velocidade
e a pressão constantes;
e) retire o pulverizador das costas, com auxílio de
outrapessoa;
f) complete o tanque até o nível original, medindo o
consumo com dosador;
g) repita a operação mais duas vezes, para tirar a média
de consumo;
Exemplo: 1ª aplicação - gasto de 1,4 litro.
2ª aplicação - gasto de 1,6 litro.
3ª aplicação - gasto de 1,5 litro.
Média em 100 m2 - 1,5 litro.
h) calcule o consumo por hectare (10.000 m2),
multiplicando o resultado calculado, anteriormente,
por 100;
Exemplo: 1,5 litro x 100 = 150 litros por hectare.
i) calcule o número de maquinadas por hectare. Esse
cálculo é feito dividindo o consumo, por hectare,
pela capacidade do tanque do pulverizador.
Exemplo: Para um pulverizador de 20 litros, temos:
PULVERIZADORCOSTALMANUAL
150 litros por hectare
= 7,5 maquinadas por hectare
20 litros
(capacidade do pulverizador)
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2626262626
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2727272727
IV - APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOSIV - APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS
PREPARO DA CALDA
O preparo da calda consiste em diluir o produto na
proporção correta de água.
Precaução:
Para o preparo da calda, devemos estar com o
E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual).
A dose do produto a ser utilizada é calculada por
tanque de pulverização, dividindo a dosagem
recomendada tecnicamente pelo número de
maquinadas.
Exemplo: Para uma dosagem de 450 ml de agrotóxico
por hectare, segundo a recomendação técnica, temos:
Misture, em um balde, os 60 ml de agrotóxico com 2
litros de água. No caso de pó-molhável, faça uma pré-
mistura. Acrescente a água ao pó, gradativamente,
utilizando um pedaço de madeira, para que não haja
contato do produto com as mãos. Em seguida,
despeje-a e misture-a no tanque do pulverizador costal
e complete com água limpa.
Procedimentos para o preparo da calda:
a) coloque 2 litros de água limpa, em um balde;
b) acrescente 60 ml do produto (agrotóxico);
c) mexa com um pedaço de madeira, também, limpo;
11
7,5 maquinadas
450 ml de agrotóxico
= 60 ml de agrotóxico por maquinada
FIG. 14 - O aplicador,
preparando a calda
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2828282828
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
d) despeje a mistura no tanque do pulverizador costal;
e) coloque 3 litros de água no mesmo balde e mexa
com um bastão (pedaço de madeira), com o
propósito de diluir o restante do produto;
f) despeje essa mistura no tanque do pulverizador;
g) repita os procedimentos dos itens "e" e "f";
h) complete com água o pulverizador costal.
Precaução:
Nunca faça a mistura do produto no balde com
as mãos. Utilize um pedaço de madeira limpa
para esse fim.
Caso ocorra o esvaziamento da embalagem, faça a
tríplice lavagem. Esse tipo de lavagem visa reduzir ao
mínimo a quantidade de agrotóxico dentro da
embalagem, aproveitando melhor o produto e não
contaminando o meio ambiente.
Os procedimentos da tríplice lavagem são:
a) coloque água em um quarto (1/4) da embalagem;
FIG. 15 - Complemento
da água no pulverizador
FIG. 16 - Embalagem com um quarto de água
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2929292929
b) agite-a fortemente durante 30 segundos;
c) despeje a mistura no tanque de pulverização;
d) repita essa operação mais duas vezes;
e) fure o fundo da embalagem para inutilizá-la,
preservando o rótulo. Caso venha a ocorrer um
acidente (intoxicação), vá ao pronto-socorro e leve
a embalagem, com o rótulo, para a identificação
do produto tóxico.
FIG. 17 - Agitação da embalagem
FIG. 18 - Despejo de água de lavagem no pulverizador
FIG. 19 - Aplicador furando
a embalagem
APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3030303030
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
Precauções:
A calda deve ser preparada em ambientes
abertos, longe de crianças e de residências,
utilizando sempre água limpa. Menores de 18
anos, idosos, enfermos e gestantes não devem
trabalhar com agrotóxicos.
Alerta ecológico:
A calda deve ser preparada longe de córregos,
nascentes e outras fontes de água.
APLICAÇÃO DA CALDA
Essa operação consiste na aplicação do
agrotóxico, já diluído, no campo. Deve ser feita,
preferencialmente, no período mais fresco do
dia.
Deve-se evitar aplicar o produto com ventos
fortes, pois poderão ocasionar o arrastamento
(deriva) da calda para outros locais. Como
conseqüência, teremos maus resultados no
controle esperado, além de ser perigoso, caso o
desvio da calda dirija-se ao aplicador, à água,
aos animais ou às habitações.
Após aplicação do produto, verifique, no rótulo
da embalagem, o período de carência para entrar
no local onde foi feita a aplicação, para colher o
produto e comercializá-lo.
22
FIG. 20 - Aplicador com
E.P.I.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3131313131
Precauções:
A calda deverá ser preparada próximo ao local
de aplicação.
A dosagem do produto deverá ser a mesma
indicada no receituário agronômico.
Somente preparar o volume de calda necessário,
evitando, assim, sobras de calda no tanque do
pulverizador.
O aplicador deverá, nesse momento, utilizar o
E.P.I. completo, pois o produto encontra-se em
alta concentração.
Procedimentos para a aplicação:
a) aperte o gatilho da haste do pulverizador costal;
b) assegure-se de que o bico da haste esteja numa
distância adequada do alvo (planta), de forma a
obter uma boa cobertura em toda a sua superfície;
FIG. 21 - Jato de pulverização correto
FIG. 22 - Bico a distância adequada do alvo
APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3232323232
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
c) aplique o produto, mantendo as passadas e o
bombeamento o mais constante possível;
d) evite movimentos bruscos, principalmente com o
tanque do pulverizador cheio;
e) quando for se abaixar com o pulverizador nas costas,
dobre os joelhos para não derramar a calda.
Para um bom controle, deve-se fazer uma anotação
em caderno próprio, após cada aplicação, observando:
o dia da aplicação, o produto aplicado, a quantidade
gasta de produto, a cultura tratada e a área aplicada,
visando respeitar o período de carência do produto.
Precauções:
Antes de começar a aplicação do agrotóxico,
deve-se sinalizar a área com um aviso de
advertência e estar sempre acompanhado de
outra pessoa, para o caso de um eventual mal-
estar do aplicador.
Durante a aplicação, o aplicador não deve comer,
beber ou fumar, de modo a evitar a ingestão do
agrotóxico.
FIG. 23 - Aplicador acionando pulverizador
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3333333333
Atenção!
Aplique o agrotóxico somente do lado que estiver
segurando a haste, para evitar desperdício do
produto e possível contaminação ao se cruzar a
haste na frente do corpo.
LAVAGEM DO EQUIPAMENTO DE
APLICAÇÃO
É necessário que, após o término da aplicação, o
equipamento seja lavado de forma a estar pronto para
o próximo uso. Para isso, o aplicador deverá utilizar o
E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual) adequado.
O equipamento deverá ser lavado com água limpa e
corrente, secado à sombra e guardado com a boca
voltada para baixo, em um depósito.
Alerta ecológico: A água resultante da lavagem do
equipamento de aplicação não deve ser jogada no leito
de rios, açudes etc.
33
FIG. 24 - Aplicador com luva
lavando pulverizador
FIG. 25 - Condições da guarda
do pulverizador
APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3434343434
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
DESCARTE DAS EMBALAGENS VAZIAS
As embalagens trazem riscos ao homem e à natureza;
portanto, descarte-as em local apropriado, distante de
casas, fontes de água, caminhos e locais que tenham
algum tipo de cultivo.
As embalagens poderão ser guardadas,
temporariamente, em local seguro (fechado e
identificado), como, por exemplo, o próprio depósito
de agrotóxicos, sendo posteriormente levadas para
locais próprios de reciclagem.
Alerta ecológico:
As embalagens não podem ficar expostas no
campo. Não deverão, também, ser descartadas
em locais impróprios (leitos dos rios etc.).
Atenção!
Procure informar-se com um profissional da área,
a fim de verificar a existência de algum programa
de reciclagem de embalagens de agrotóxicos em
sua região.
CONSERVAÇÃO DO E.P.I. (EQUIPAMENTO
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)
Após o término da aplicação, siga as seguintes
recomendações:
a) lave o E.P.I. longe das roupas de casa;
b) lave-o, com água e sabão, no tanque de roupas,
com água corrente. Nessa tarefa, use luvas
impermeáveis;
44
55
FIG. 26 - Aplicador lavando
E.P.I. com a utilização de luvas
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3535353535
c) coloque-o para secar à sombra;
d) guarde o E.P.I. longe de casa e não junto aos
produtos agrotóxicos.
Atenção!
Depois de lavar o E.P.I., o aplicador deverá tomar
um banho com água fria e sabão e vestir roupas
limpas.
PRIMEIROS SOCORROS
São as primeiras providências a serem tomadas no
caso de uma pessoa ter sido intoxicada por agrotóxicos.
A prestação dos primeiros socorros pode ser decisiva
para salvá-la.
Como já foi dito, a contaminação pode ocorrer por
contato (via dérmica) e por ingestão (via oral).
FIG. 27 - E.P.I. secando ã sombra
FIG. 28 - Aplicador tomando banho
66
APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3636363636
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
O contato com a pele é a forma mais freqüente de
intoxicação com agrotóxicos e se dá por meio do
contato direto com o produto ou por causa do uso
de roupas contaminadas.
6.1. Em caso de intoxicação por contato:
a) retire o paciente do local de trabalho;
b) tire o E.P.I. do paciente e lave as partes
contaminadas com água e sabão;
c) lave os olhos em água corrente por 15 minutos,
caso forem atingidos.
A contaminação por ingestão é muito perigosa, mas
pode ser evitada e reduzida com procedimentos que
o aplicador deve tomar: não fume, não coma etc.,
sem ter lavado bem as mãos ao término da aplicação.
Não reutilize as embalagens para o uso diário, como:
guarda-líquidos ou alimentos.
6.2. No caso de intoxicação por ingestão, siga as instruções
abaixo:
a) retire o paciente do local de trabalho;
b) provoque o vômito quando recomendado no
rótulo da embalagem (atitudes de primeiros
socorros);
c) faça com que o paciente tome muita água, com a
finalidade de diluir o agrotóxico.
Precaução:
Em ambos os casos supracitados, quando for tirar
o E.P.I. da pessoa contaminada, utilize
Equipamento de Proteção.
FIG. 29 - Símbolo da cruz
vermelha
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3737373737
Atenção!
Em ambos os casos , procure o médico
imediatamente, levando o rótulo da embalagem
do agrotóxico.
Precaução:
Os pacientes intoxicados com agrotóxicos não
devem tomar leite nem produtos alcoólicos.
Nunca provoque vômito em pacientes inconscientes.
APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3838383838
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3939393939
V - BIBLIOGRAFIAV - BIBLIOGRAFIA
22
11
33
44
55
ALMEIDA, Elber. J. Curso de Especialização por Tu-
toria a Distância. Rio de Janeiro:
Alcomeo, 1989.
ANDEF -ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFENSIVOSAGRÍCO-
LAS. Descarte de Embalagens Vazias de Defensi-
vos Agrícolas - Folheto. São Paulo, 1991.
CASTANHEIRA, Luiz Carlos. Discussão sobre o Uso
de Equipamentos de Proteção Individual para
Aplicação de Pesticidas no Meio Rural. Belo
Horizonte: Anais do XXXI Congresso Brasilei-
ro de Olericultura, 1991.
FUNDACENTRO. Equipamentos de Proteção
Individual para o Trabalho Rural. São Pau-
lo: Série Técnica n.º 10, 1990.
GELMINI, Gerson Augusto. Agrotóxicos, Legislação,
Receituário Agronômico. Campinas: CATI
(Coordenadoria de Assistência Técnica Integral)
- Secretaria da Agricultura e Abastecimento de
São Paulo - Manual nº 29, 1991.
SANTOS, Heraldo Nelson Guimarães. Avaliação
Qualitativa da Exposição dos Aplicadores de
Pesticidas em Diversas Culturas. São Paulo:
FUNDACENTRO, 1989.
66
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO4040404040
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
GIFAP. Field Evaluation of Protective Clothing
Materials in a Tropical Climate. Thailand,
1988.
MACHADO NETO, Joaquim Gonçalves. Quantificação e
Controle da Exposição Dérmica de Aplicadores
de Agrotóxicos em Cultura Estaqueada de
Tomate na Região de Cravinhos. Jaboticabal:
Tese de Doutoramento, 1990.
MEIRELLES, Clovis Eduardo ET ALII. Agrotóxicos,
Riscos e Prevenção. . Manual de Treinamento -
São Paulo: FUNDACENTRO, 1991.
SHELL - INTERNATIONAL CHEMICAL COMPANY LTD.
Pesticides, a Safety Guide. London, s/ data.
BRITISH AGROCHEMICALS ASSOTIATION.
Spray Operator Safety Study - Summary
and Recomendations. London, 1987.
88
99
1010
77
1111
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 4141414141
ANOTAÇÕESANOTAÇÕES
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO4242424242
TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 4343434343
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RUA BARÃO DE ITAPETININGA, 224
CEP 01042-907 - SÃO PAULO (SP)
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Aplicacao agrotoxicos manual

  • 1.
  • 2. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO22222 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO FÁBIODESALLESMEIRELLES Presidente AMAURIELIASXAVIER Vice-Presidente EDUARDODEMESQUITA Vice-Presidente JOSÉCANDÊO Vice-Presidente MAURÍCIOLIMAVERDEGUIMARÃES Vice-Presidente LENYPEREIRASANT'ANNA Diretor 1º Secretário JOÃOABRÃOFILHO Diretor 2º Secretário MANOELARTHURB.DEMENDONÇA Diretor 3º Secretário LUIZ SUTTI Diretor 1º Tesoureiro IRINEUDEANDRADEMONTEIRO Diretor 2º Tesoureiro SIGEYUKIISHII Diretor 3º Tesoureiro SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO FÁBIODESALLESMEIRELLES Presidente GERALDOGONTIJORIBEIRO Representante da Administração Central BRAZAGOSTINHOALBERTINI Presidente da FETAESP EDUARDODEMESQUITA Representante do Segmento das Classes Produtoras AMAURIELIASXAVIER Representante do Segmento das Classes Produtoras VICENTEJOSÉROCCO Superintendente em exercício SÉRGIOPERRONERIBEIRO Coordenador Geral Administrativo e Técnico
  • 3. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 33333 TRABALHADOR NA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM PULVERIZADOR COSTAL MANUAL TRABALHADOR NA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM PULVERIZADOR COSTAL MANUAL SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO SÃO PAULO - ABRIL DE 2005
  • 4. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO44444 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS IDEALIZAÇÃO Fábio de Salles Meirelles Presidente da FAESP e do SENAR/SP COORDENAÇÃO Jair Kaczinski Chefe da Divisão Técnica do SENAR/SP AUTORES Ronaldo da Silva Ciati Técnico em Agropecuária Jarbas Mendes da Silva Técnico em Agropecuária do SENAR/SP Marco Antonio de Oliveira Técnico em Agropecuária do SENAR/SP REVISÃO DO TEXTO Antonio Nazareno Favarin Professor DIAGRAMAÇÃO Thais Junqueira Franco Diagramadora do SENAR/SP FOTOS Hirofumi Samesima Fotógrafo Ficha Catalográfica elaborada por Maria Amélia L. de Campos Maravieski - Bibliotecária CRB/8 nº 4898 Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial des- ta cartilha, e por qualquer pro- cesso, sem a expressa e prévia autorização do SENAR/SP. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração S514t Regional do Estado de São Paulo. Trabalhador na aplicação de agrotóxicos: aplicação de agrotóxicos com pulverizador costal manual / Elaboração de Ronaldo da Silva Ciati e Marco Antonio de Oliveira. São Paulo : SENAR, 2000. 40 p. : il. Bibliografia. 1. Agrotóxicos - Prevenção de acidentes I. Oliveira, Marco Antonio de II. Ciati, Ronaldo da Silva III. Título. CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8CDU 632.95:614.8
  • 5. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 55555 APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO O SERVIÇO NACIONALDEAPRENDIZAGEM RURAL - SENAR, criado em 23 de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315 e, regulamentado em 10 de junho de 1992, como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993. Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo - FAESP, o SENAR/SPtem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais dos trabalhadores e pequenos produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais. Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e econômico do Homem do Campo e, conseqüentemente, a melhoria das suas condições de vida, o SENAR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos trabalhadores e pequenos produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas agro-silvo-pastoris e o uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua produção e produtividade. Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os trabalhadores e pequenos produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição. FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente do SENAR/SP Presidente da FAESP 1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
  • 6. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO66666 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 7. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 77777 SUMÁRIOSUMÁRIO INTRODUÇÃO ASPECTOS GERAIS I - AGROTÓXICOS .................................................13 1. Definição de agrotóxicos ........................13 2. Definição de pragas e doenças ..............13 3. Métodos de controle................................13 4. Características e classificação dos agrotóxicos ..............................................14 5. Vias de intoxicação (ou contaminação)....15 6. Fatores que influenciam nas aplicações de agrotóxicos .........................................16 7. Aquisição do produto .............................17 8. Segurança no transporte ........................18 9. Armazenamento ......................................19 II - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (E.P.I.) .........................................................21 1. Segurança do aplicador .........................22 2. Revisão do E.P.I., antes e depois da aplicação de agrotóxicos........................22 III - PULVERIZADOR COSTAL MANUAL.....................23 IV - APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS .........................27 1. Preparo da calda ....................................27 2. Aplicação da calda.................................30 3. Lavagem do equipamento de aplicação ...33 4. Descarte das embalagens vazias ............34 5. Conservação do E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual) ...............................34 6. Primeiros Socorros..................................35 V - BIBLIOGRAFIA ................................................39
  • 8. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO88888 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 9. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 99999 INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Com o aumento da população, veio a necessidade de se produzir mais alimentos. Para atender ao aumento da produção agrícola, houve a exigência de se desenvolver novas tecnologias, desde o preparo do solo até a colheita e beneficiamento dos produtos. Dentre essas tecnologias, está a aplicação de agrotóxicos, os quais podem variar de alta a baixa toxicidade; portanto, é de extrema importância que, para utilizarmos esses produtos, tenhamos o conhecimento quanto à sua escolha, mistura, aplicação e carência. O uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras vem causando grandes prejuízos econômicos à saúde humana e ao meio ambiente. Esse fato mostra a necessidade de levarmos o conhecimento aos pequenos produtores e trabalhadores rurais quanto à maneira correta de aplicação dos agrotóxicos. Desta maneira, podemos diminuir os danos à saúde do aplicador, à preservação ambiental, à qualidade dos produtos hortifrutigranjeiros e aumentar a produtividade. É de suma importância a capacitação de mão-de-obra, para que os trabalhadores rurais obtenham melhores resultados em suas atividades profissionais, atuando corretamente, de acordo com as técnicas indicadas. A profissionalização, por sua vez, proporciona ao trabalhador rural o preparo para a atuação profissional e a competitividade no mercado de trabalho, estando apto para desempenhar as tarefas referentes à sua ocupação.
  • 10. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1010101010 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS O SENAR/SP oferece cursos e treinamentos de Formação Profissional Rural, que possibilitam a profissionalização ao trabalhador rural. Com isto, poderemos oferecer melhor serviço e, conseqüentemente, bons resultados, tanto no aspecto pessoal quanto financeiro, proporcionando benefícios ao Homem do Campo.
  • 11. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1111111111 ASPECTOSGERAISASPECTOSGERAIS Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos é a ocupação que efetua a aplicação de produtos agrotóxicos nas várias formas (líquida, pó, granulados etc.), para proteger a lavoura de doenças, pragas, plantas daninhas, e evitar os prejuízos. Essa aplicação é efetuada com equipamentos específicos, entre os quais o pulverizador costal manual, quando a indicação técnica a recomenda nas áreas infestadas ou sujeitas à infestação. Para se fazer uma boa aplicação, é necessário conhecer: os materiais específicos, o produto e a forma de sua utilização e de sua aquisição, o E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual), os equipamentos de aplicação, o modo de preparar a calda e de fazer a desinfecção, o descarte das embalagens e os primeiros socorros.
  • 12. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1212121212 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 13. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1313131313 I - AGROTÓXICOSI - AGROTÓXICOS DEFINIÇÃO DE AGROTÓXICOS A partir da promulgação da lei 7.802, de 11 de julho de 1989, e do decreto regulamentador n.º 98.816, de 11/01/1990, os agrotóxicos passaram a ser definidos como: "produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas, de ecossistemas e também ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da fauna e da flora, e de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimulantes e inibidores de crescimento." DEFINIÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS Qualquer população de organismos nocivos que causem danos, lesões ou destruição das plantas, dos animais e do homem. MÉTODOS DE CONTROLE Os principais métodos de controle de pragas, doenças e plantas invasoras são: a) controle químico - uso de agrotóxicos; b) controle físico - feito por meio do controle da temperatura e umidade; c) controle mecânico - uso de armadilhas e barreiras; d) controle biológico - uso de inimigos naturais das pragas; 11 22 33
  • 14. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1414141414 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS FIG. 1 - Os agrotóxicos e suas formulações e) práticas agrícolas - consiste no preparo correto do solo, na destruição de restos de cultura, na limpeza de máquinas e implementos, na rotação de culturas, no plantio de variedades resistentes, na diversificação de culturas etc.; f) M.I.P. (Manejo Integrado de Pragas) - utilização em conjunto de todos os métodos aqui expostos. CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS Os agrotóxicos são apresentados em várias formulações (características físicas de cada produto), que têm por objetivo facilitar o aplicador a efetuar as aplicações no campo. São elas: a) formulações que já vêm prontas para serem utilizadas: pó-seco, granulados, UBV (ultrabaixo volume); b) formulações que requerem diluição em água para serem aplicadas como: pó-molhável, concentrados emulsionáveis e suspensões concentradas, com solubilização na água. Os agrotóxicos são agrupados de acordo com o tipo de praga a ser controlada, como seguem abaixo: a) inseticidas - para matar insetos que infestam a lavoura; b) herbicidas - para matar as plantas invasoras ou ervas daninhas; c) fungicidas - para matar os fungos encontrados na lavoura; d) acaricidas - para matar os ácaros; e) molusquicidas - para matar lesmas, caracóis e caramujos. 44
  • 15. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1515151515 Todos os agrotóxicos apresentam, no rótulo, uma faixa que, de acordo com a cor, indica a classe toxicológica, ou seja, o grau de toxicidade que cada produto apresenta. VIASDEINTOXICAÇÃO(OUCONTAMINAÇÃO) Como vimos, no item anterior, os agrotóxicos apresentam diferentes graus de toxicidade. Por isso, podem acarretar problemas à saúde do aplicador (trabalhador). Existem três vias de entrada de agrotóxicos no organismo humano. São elas: a) via dérmica - é a penetração pela pele. É a mais freqüente e ocorre não somente pelo contato direto com os produtos, mas também pelo uso de roupas contaminadas ou pela exposição contínua à névoa do produto, formada no momento da aplicação; Nesses casos, nos dias mais quentes do ano, os cuidados precisarão ser redobrados, pois, devido à transpiração do corpo, aumenta a absorção pela pele. Podemos, também, incluir nessa via de penetração a entrada do produto pelos cortes (ferimentos no corpo do aplicador). b) via digestiva - é a penetração do produto pela boca; c) via respiratória - o produto penetra quando respiramos sem a utilização de máscaras. FIG. 2 - Agrotóxicos das quatro classes toxicológicas 55 AGROTÓXICOS Classe Toxicológica Cor da Faixa I - Extremamente Tóxico VERMELHA II - Altamente Tóxico AMARELA III - Mediamente Tóxico AZUL IV - Pouco Tóxico VERDE
  • 16. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1616161616 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS FATORES QUE INFLUENCIAM NAS APLICAÇÕES DE AGROTÓXICOS Para fazermos a aplicação de agrotóxicos na lavoura, é preciso ficarmos atentos aos seguintes fatores: a) porte da cultura (estágio de crescimento) - de acordo com o tamanho da planta, o local a ser tratado será maior ou menor. Conseqüentemente, implicará em um maior ou menor volume de calda gasta por área; b) solo - de acordo com as condições do preparo do solo, caso existam muitos torrões ou restos culturais no momento da aplicação de herbicidas em pré- plantio incorporado (antes do plantio) ou pré- emergentes (após o plantio, porém, antes da germinação), eles poderão afetar o desempenho do produto; c) temperatura - os produtos agrotóxicos deverão ser aplicados nas horas mais frescas do dia, pois, com altas temperaturas, poderão ocorrer efeitos fitotóxicos (intoxicação e queima superficial da planta) e perda do produto por evaporação; d) vento - evite a aplicação dos agrotóxicos quando houver ventos fortes, pois acarretará a perda do produto, que será desviado da planta. Sem os ventos, não existirá nenhuma possibilidade de que o produto passe para outra direção, que não seja a do alvo (a planta); e) umidade - evite aplicar os agrotóxicos quando houver orvalho ou chuva, pois a umidade excessiva prejudica o desempenho do produto aplicado. 66
  • 17. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1717171717 AQUISIÇÃO DO PRODUTO Como vimos no capítulo II, temos uma lei específica sobre o uso de agrotóxicos, que determina e atribui responsabilidade a todos aqueles que fabricam, comercializam e aplicam estes produtos. Portanto, a aquisição do produto precisa ser feita sob orientação de um profissional habilitado que, após a sua visita à propriedade, emitirá um receituário agronômico com a recomendação do produto e o E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual) a serem usados. Cabe ao usuário seguir as orientações desse receituário e as instruções contidas no rótulo do produto. Verificar, no momento da compra, se o produto corresponde ao receituário agronômico, bem como a sua validade, o estado de conservação da embalagem e as condições do rótulo. 77 FIG. 3a - Receituário agronômico (frente) FIG. 3b - Receituário agronômico (verso) AGROTÓXICOS
  • 18. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO1818181818 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS 88 17 FIG. 4 - Veículo em condições de transporte de agrotóxicos SEGURANÇA NO TRANSPORTE Ao transportar os agrotóxicos, algumas regras básicas devem ser seguidas, a fim de evitar acidentes: a) os agrotóxicos precisam ser transportados isoladamente, ou seja, longe de pessoas, alimentos, rações, sementes e animais, para que estes não sejam contaminados; b) verifique se o local de armazenamento é seguro; caso tenha pregos, parafusos ou lascas de madeira etc., elimine-os, evitando danificar as embalagens; c) no carregamento, fazer o empilhamento das embalagens de agrotóxicos conforme a recomendação do fabricante, evitando-se, assim, peso excessivo sobre elas; d) tenha sempre o E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual) no veículo, para utilizá-lo em caso de acidentes; e) não se deve fumar ou comer durante a manipulação das embalagens, a fim de evitar uma possível intoxicação ou contaminação. Alerta ecológico: Em caso de acidentes, verifique as instruções no rótulo e notifique, imediatamente, as autoridades competentes. FIG. 5 - A embalagem do agrotóxico e seu rótulo
  • 19. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1919191919 99 ARMAZENAMENTO O local de armazenamento deverá ficar distante de nascentes de água, rios, lagos, açudes e moradias, evitando-se, assim, possíveis acidentes contra o meio ambiente, o homem e os animais. Precaução: É importante frisar que o depósito, para armazenar os agrotóxicos, deverá ser somente utilizado para esse fim. Este local deverá: a) ter uma boa cobertura; b) ser bem ventilado; c) ter boa iluminação; d) ser identificado por meio de placas, indicando não se aproxime (Perigo); e) ser cercado, evitando-se a aproximação de pessoas estranhas e animais. Devemos seguir algumas regras de armazenamento, com a finalidade de facilitar a identificação e a retirada dos agrotóxicos para sua utilização, tais como: a) colocar os produtos em prateleiras, mantendo-os em suas embalagens originais e separando-os, de acordo com o tipo de praga que controlam. Ex.: herbicidas com herbicidas/fungicidas com fungicidas /inseticidas com inseticidas; b) colocar as embalagens, com os rótulos voltados para a frente, e verificar se elas estão lacradas ou bem fechadas, caso tenha sido utilizada parte do conteúdo. FIG. 6 - Disposição dos agrotóxicos no depósito AGROTÓXICOS
  • 20. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2020202020 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 21. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2121212121 II - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (E.P.I.) II - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (E.P.I.) FIG. 7 - Os equipamentos de proteção individual LIXO Existem roupas e equipamentos específicos para o aplicador de agrotóxicos, que têm por finalidade evitar o contato direto com o produto durante a aplicação. Cada equipamento de proteção tem uma função específica, como: a)proteção da pele - usar luvas, chapéu de abas largas e avental impermeáveis, camisa com mangas longas e calça; b)proteção dos pés - botas impermeáveis; c)proteção dos olhos e face - óculos de segurança e protetor facial; d) proteção quanto à inalação do produto - máscaras com filtros específicos, para a aplicação de agrotóxicos. Precaução: Utilize o E.P.I. em todas as operações: transporte, armazenamento, manuseio e aplicação dos agrotóxicos. Atenção! O aplicador deve estar barbeado antes de utilizar a máscara, para que ela tenha maior encaixe sobre o rosto, vedando completamente a passagem do produto agrotóxico.
  • 22. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2222222222 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS SEGURANÇA DO APLICADOR A segurança do aplicador está relacionada diretamente à sua exposição ao produto e ao risco de intoxicação. Desta forma, sua segurança dependerá da escolha e da utilização correta do Equipamento de Proteção Individual. A higiene pessoal é de grande importância antes, durante e após as aplicações de agrotóxicos; portanto, deve-se evitar comer, beber ou fumar e não tocar o rosto ou qualquer parte do corpo com as luvas sujas. Ao terminar a aplicação, é necessário tomar um banho, com água e sabão, e, depois, vestir roupas limpas. REVISÃO DO E.P.I., ANTES E DEPOIS DA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS Antes de iniciar a aplicação de agrotóxicos, é necessário fazer uma revisão no E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual); ele deverá estar sem furos ou rasgos e em boas condições de uso. Após a utilização, verifique, novamente, o seu estado de conservação. 11 22
  • 23. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2323232323 A regulagem consiste em verificar a quantidade de calda consumida por unidade de área (hectare e alqueire), a qual tem como sistema de medida o: litros por hectare, por alqueire etc. O volume de calda a ser utilizado depende de fatores, como: tipo e estágio de desenvolvimento da cultura, tipo de produto químico e de equipamento, no caso, o pulverizador costal manual, formulação do produto e condições climáticas. Nesse equipamento, existem dois tipos de bicos mais comuns: a) Bico leque - mais recomendado na aplicação de herbicidas. b) Bico cone - usado para aplicação de fungicidas, inseticidas, herbicidas pós-emergentes e adubação foliar. FIG. 8 - Bico leque FIG. 9 - Bico cone III - PULVERIZADOR COSTAL MANUALIII - PULVERIZADOR COSTAL MANUAL
  • 24. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2424242424 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS Procedimentos para fazer a regulagem: a) demarque uma área de 100 m2 (10 m x 10 m) na lavoura onde será realizada a aplicação do agrotóxico; b) encha o tanque do pulverizador com água limpa, sem retirar a peneira; c) coloque o pulverizador nas costas, ajustando as alças. Para isso, é bom que tenha uma outra pessoa para ajudar a colocar o tanque; FIG. 11 - Aplicador enchendo o tanque do pulverizador FIG. 12 - Colocação do pulverizador nas costas do aplicador e seu ajuste FIG. 10 - Demarcação da área de aplicação de agrotóxico
  • 25. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2525252525 FIG. 13 - Complemento da água no pulverizador com dosador d) pulverize a área demarcada, mantendo a velocidade e a pressão constantes; e) retire o pulverizador das costas, com auxílio de outrapessoa; f) complete o tanque até o nível original, medindo o consumo com dosador; g) repita a operação mais duas vezes, para tirar a média de consumo; Exemplo: 1ª aplicação - gasto de 1,4 litro. 2ª aplicação - gasto de 1,6 litro. 3ª aplicação - gasto de 1,5 litro. Média em 100 m2 - 1,5 litro. h) calcule o consumo por hectare (10.000 m2), multiplicando o resultado calculado, anteriormente, por 100; Exemplo: 1,5 litro x 100 = 150 litros por hectare. i) calcule o número de maquinadas por hectare. Esse cálculo é feito dividindo o consumo, por hectare, pela capacidade do tanque do pulverizador. Exemplo: Para um pulverizador de 20 litros, temos: PULVERIZADORCOSTALMANUAL 150 litros por hectare = 7,5 maquinadas por hectare 20 litros (capacidade do pulverizador)
  • 26. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2626262626 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 27. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2727272727 IV - APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOSIV - APLICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS PREPARO DA CALDA O preparo da calda consiste em diluir o produto na proporção correta de água. Precaução: Para o preparo da calda, devemos estar com o E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual). A dose do produto a ser utilizada é calculada por tanque de pulverização, dividindo a dosagem recomendada tecnicamente pelo número de maquinadas. Exemplo: Para uma dosagem de 450 ml de agrotóxico por hectare, segundo a recomendação técnica, temos: Misture, em um balde, os 60 ml de agrotóxico com 2 litros de água. No caso de pó-molhável, faça uma pré- mistura. Acrescente a água ao pó, gradativamente, utilizando um pedaço de madeira, para que não haja contato do produto com as mãos. Em seguida, despeje-a e misture-a no tanque do pulverizador costal e complete com água limpa. Procedimentos para o preparo da calda: a) coloque 2 litros de água limpa, em um balde; b) acrescente 60 ml do produto (agrotóxico); c) mexa com um pedaço de madeira, também, limpo; 11 7,5 maquinadas 450 ml de agrotóxico = 60 ml de agrotóxico por maquinada FIG. 14 - O aplicador, preparando a calda
  • 28. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO2828282828 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS d) despeje a mistura no tanque do pulverizador costal; e) coloque 3 litros de água no mesmo balde e mexa com um bastão (pedaço de madeira), com o propósito de diluir o restante do produto; f) despeje essa mistura no tanque do pulverizador; g) repita os procedimentos dos itens "e" e "f"; h) complete com água o pulverizador costal. Precaução: Nunca faça a mistura do produto no balde com as mãos. Utilize um pedaço de madeira limpa para esse fim. Caso ocorra o esvaziamento da embalagem, faça a tríplice lavagem. Esse tipo de lavagem visa reduzir ao mínimo a quantidade de agrotóxico dentro da embalagem, aproveitando melhor o produto e não contaminando o meio ambiente. Os procedimentos da tríplice lavagem são: a) coloque água em um quarto (1/4) da embalagem; FIG. 15 - Complemento da água no pulverizador FIG. 16 - Embalagem com um quarto de água
  • 29. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2929292929 b) agite-a fortemente durante 30 segundos; c) despeje a mistura no tanque de pulverização; d) repita essa operação mais duas vezes; e) fure o fundo da embalagem para inutilizá-la, preservando o rótulo. Caso venha a ocorrer um acidente (intoxicação), vá ao pronto-socorro e leve a embalagem, com o rótulo, para a identificação do produto tóxico. FIG. 17 - Agitação da embalagem FIG. 18 - Despejo de água de lavagem no pulverizador FIG. 19 - Aplicador furando a embalagem APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
  • 30. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3030303030 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS Precauções: A calda deve ser preparada em ambientes abertos, longe de crianças e de residências, utilizando sempre água limpa. Menores de 18 anos, idosos, enfermos e gestantes não devem trabalhar com agrotóxicos. Alerta ecológico: A calda deve ser preparada longe de córregos, nascentes e outras fontes de água. APLICAÇÃO DA CALDA Essa operação consiste na aplicação do agrotóxico, já diluído, no campo. Deve ser feita, preferencialmente, no período mais fresco do dia. Deve-se evitar aplicar o produto com ventos fortes, pois poderão ocasionar o arrastamento (deriva) da calda para outros locais. Como conseqüência, teremos maus resultados no controle esperado, além de ser perigoso, caso o desvio da calda dirija-se ao aplicador, à água, aos animais ou às habitações. Após aplicação do produto, verifique, no rótulo da embalagem, o período de carência para entrar no local onde foi feita a aplicação, para colher o produto e comercializá-lo. 22 FIG. 20 - Aplicador com E.P.I.
  • 31. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3131313131 Precauções: A calda deverá ser preparada próximo ao local de aplicação. A dosagem do produto deverá ser a mesma indicada no receituário agronômico. Somente preparar o volume de calda necessário, evitando, assim, sobras de calda no tanque do pulverizador. O aplicador deverá, nesse momento, utilizar o E.P.I. completo, pois o produto encontra-se em alta concentração. Procedimentos para a aplicação: a) aperte o gatilho da haste do pulverizador costal; b) assegure-se de que o bico da haste esteja numa distância adequada do alvo (planta), de forma a obter uma boa cobertura em toda a sua superfície; FIG. 21 - Jato de pulverização correto FIG. 22 - Bico a distância adequada do alvo APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
  • 32. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3232323232 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS c) aplique o produto, mantendo as passadas e o bombeamento o mais constante possível; d) evite movimentos bruscos, principalmente com o tanque do pulverizador cheio; e) quando for se abaixar com o pulverizador nas costas, dobre os joelhos para não derramar a calda. Para um bom controle, deve-se fazer uma anotação em caderno próprio, após cada aplicação, observando: o dia da aplicação, o produto aplicado, a quantidade gasta de produto, a cultura tratada e a área aplicada, visando respeitar o período de carência do produto. Precauções: Antes de começar a aplicação do agrotóxico, deve-se sinalizar a área com um aviso de advertência e estar sempre acompanhado de outra pessoa, para o caso de um eventual mal- estar do aplicador. Durante a aplicação, o aplicador não deve comer, beber ou fumar, de modo a evitar a ingestão do agrotóxico. FIG. 23 - Aplicador acionando pulverizador
  • 33. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3333333333 Atenção! Aplique o agrotóxico somente do lado que estiver segurando a haste, para evitar desperdício do produto e possível contaminação ao se cruzar a haste na frente do corpo. LAVAGEM DO EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO É necessário que, após o término da aplicação, o equipamento seja lavado de forma a estar pronto para o próximo uso. Para isso, o aplicador deverá utilizar o E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual) adequado. O equipamento deverá ser lavado com água limpa e corrente, secado à sombra e guardado com a boca voltada para baixo, em um depósito. Alerta ecológico: A água resultante da lavagem do equipamento de aplicação não deve ser jogada no leito de rios, açudes etc. 33 FIG. 24 - Aplicador com luva lavando pulverizador FIG. 25 - Condições da guarda do pulverizador APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
  • 34. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3434343434 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS DESCARTE DAS EMBALAGENS VAZIAS As embalagens trazem riscos ao homem e à natureza; portanto, descarte-as em local apropriado, distante de casas, fontes de água, caminhos e locais que tenham algum tipo de cultivo. As embalagens poderão ser guardadas, temporariamente, em local seguro (fechado e identificado), como, por exemplo, o próprio depósito de agrotóxicos, sendo posteriormente levadas para locais próprios de reciclagem. Alerta ecológico: As embalagens não podem ficar expostas no campo. Não deverão, também, ser descartadas em locais impróprios (leitos dos rios etc.). Atenção! Procure informar-se com um profissional da área, a fim de verificar a existência de algum programa de reciclagem de embalagens de agrotóxicos em sua região. CONSERVAÇÃO DO E.P.I. (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) Após o término da aplicação, siga as seguintes recomendações: a) lave o E.P.I. longe das roupas de casa; b) lave-o, com água e sabão, no tanque de roupas, com água corrente. Nessa tarefa, use luvas impermeáveis; 44 55 FIG. 26 - Aplicador lavando E.P.I. com a utilização de luvas
  • 35. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3535353535 c) coloque-o para secar à sombra; d) guarde o E.P.I. longe de casa e não junto aos produtos agrotóxicos. Atenção! Depois de lavar o E.P.I., o aplicador deverá tomar um banho com água fria e sabão e vestir roupas limpas. PRIMEIROS SOCORROS São as primeiras providências a serem tomadas no caso de uma pessoa ter sido intoxicada por agrotóxicos. A prestação dos primeiros socorros pode ser decisiva para salvá-la. Como já foi dito, a contaminação pode ocorrer por contato (via dérmica) e por ingestão (via oral). FIG. 27 - E.P.I. secando ã sombra FIG. 28 - Aplicador tomando banho 66 APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
  • 36. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3636363636 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS O contato com a pele é a forma mais freqüente de intoxicação com agrotóxicos e se dá por meio do contato direto com o produto ou por causa do uso de roupas contaminadas. 6.1. Em caso de intoxicação por contato: a) retire o paciente do local de trabalho; b) tire o E.P.I. do paciente e lave as partes contaminadas com água e sabão; c) lave os olhos em água corrente por 15 minutos, caso forem atingidos. A contaminação por ingestão é muito perigosa, mas pode ser evitada e reduzida com procedimentos que o aplicador deve tomar: não fume, não coma etc., sem ter lavado bem as mãos ao término da aplicação. Não reutilize as embalagens para o uso diário, como: guarda-líquidos ou alimentos. 6.2. No caso de intoxicação por ingestão, siga as instruções abaixo: a) retire o paciente do local de trabalho; b) provoque o vômito quando recomendado no rótulo da embalagem (atitudes de primeiros socorros); c) faça com que o paciente tome muita água, com a finalidade de diluir o agrotóxico. Precaução: Em ambos os casos supracitados, quando for tirar o E.P.I. da pessoa contaminada, utilize Equipamento de Proteção. FIG. 29 - Símbolo da cruz vermelha
  • 37. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3737373737 Atenção! Em ambos os casos , procure o médico imediatamente, levando o rótulo da embalagem do agrotóxico. Precaução: Os pacientes intoxicados com agrotóxicos não devem tomar leite nem produtos alcoólicos. Nunca provoque vômito em pacientes inconscientes. APLICAÇÃODOSAGROTÓXICOS
  • 38. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO3838383838 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 39. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 3939393939 V - BIBLIOGRAFIAV - BIBLIOGRAFIA 22 11 33 44 55 ALMEIDA, Elber. J. Curso de Especialização por Tu- toria a Distância. Rio de Janeiro: Alcomeo, 1989. ANDEF -ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFENSIVOSAGRÍCO- LAS. Descarte de Embalagens Vazias de Defensi- vos Agrícolas - Folheto. São Paulo, 1991. CASTANHEIRA, Luiz Carlos. Discussão sobre o Uso de Equipamentos de Proteção Individual para Aplicação de Pesticidas no Meio Rural. Belo Horizonte: Anais do XXXI Congresso Brasilei- ro de Olericultura, 1991. FUNDACENTRO. Equipamentos de Proteção Individual para o Trabalho Rural. São Pau- lo: Série Técnica n.º 10, 1990. GELMINI, Gerson Augusto. Agrotóxicos, Legislação, Receituário Agronômico. Campinas: CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) - Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo - Manual nº 29, 1991. SANTOS, Heraldo Nelson Guimarães. Avaliação Qualitativa da Exposição dos Aplicadores de Pesticidas em Diversas Culturas. São Paulo: FUNDACENTRO, 1989. 66
  • 40. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO4040404040 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS GIFAP. Field Evaluation of Protective Clothing Materials in a Tropical Climate. Thailand, 1988. MACHADO NETO, Joaquim Gonçalves. Quantificação e Controle da Exposição Dérmica de Aplicadores de Agrotóxicos em Cultura Estaqueada de Tomate na Região de Cravinhos. Jaboticabal: Tese de Doutoramento, 1990. MEIRELLES, Clovis Eduardo ET ALII. Agrotóxicos, Riscos e Prevenção. . Manual de Treinamento - São Paulo: FUNDACENTRO, 1991. SHELL - INTERNATIONAL CHEMICAL COMPANY LTD. Pesticides, a Safety Guide. London, s/ data. BRITISH AGROCHEMICALS ASSOTIATION. Spray Operator Safety Study - Summary and Recomendations. London, 1987. 88 99 1010 77 1111
  • 41. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 4141414141 ANOTAÇÕESANOTAÇÕES
  • 42. FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO4242424242 TRABALHADORNAAPLICAÇÃO DEAGROTÓXICOS
  • 43. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 4343434343 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO RUA BARÃO DE ITAPETININGA, 224 CEP 01042-907 - SÃO PAULO (SP) TELEFAX.: (11) 3257-1300 www.faespsenar.com.br webmaster@faespsenar.com.br