Este documento descreve o ciclo hidrológico, incluindo seus principais processos como evaporação, precipitação, infiltração e escoamento superficial. O ciclo envolve a transferência contínua de água entre a atmosfera, os oceanos e a superfície terrestre, impulsionada pela energia solar.
1. Oceanografia Química
Tema: Ciclo Hidrológico
Turma A 1o Ano
Elementos do grupo curso
Nilton F. Nhantumbo G.Marinha
Helder Carlitos B.Marinha
Vanio Tomas Q.Marinha
Jerminio E. Massango Oceanografia
Joaquim V. Manguengue Oceanografia
Quelimane, Outubro 2014
2. Índice
1. Introdução
2. O ciclo hidrológico
3. Da superfície para a atmosfera
4. Da atmosfera de volta à superfície
5. Processos do ciclo hidrológico
5.1 Precipitação
5.2 Infiltração
5.3 Escoamento superficial
5.4 Evaporação
5.5 Transpiração
5.6 Condensação
5.7 Evapotranspiração
6. Referencias Bibliográficas
3. 1. Introdução
Neste presente trabalho ira si falar do ciclo Hidrológico onde refere-se ao movimento da água
entre os continentes, oceanos e a atmosfera, onde na atmosfera, o vapor da água esta em forma
de nuvens pode ser transformado em chuva, neve ou granizo, dependendo das condições do
clima. Essa transformação provoca o que se chama de precipitação. A precipitação ocorre sobre a
superfície do planeta, tanto nos continentes como nos oceanos. Nos continentes, uma parte das
precipitações é absorvida pelos seres vivos e plantas e depois devolvida para a atmosfera, sob a
forma de evaporação, uma segunda parte escoa superficialmente até atingir as redes de drenagem
e finalmente acabam desaguando nos oceanos depois de percorrer os caminhos recortados pelos
rios, enquanto uma terceira parte das precipitações é infiltrada no solo e irá abastecer as reservas
de água subterrâneas. Os oceanos, portanto, recebem água de duas fontes: das precipitações e do
desaguamento dos rios, e perdem pela evaporação.
A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituindo os
seguintes processos principais de transferência:
Evaporação
Precipitação
Evapotranspiração
Condensação
Escoamento superficial
4. 2.O ciclo hidrológico
Ciclo hidrológico é o movimento da água entre os continentes, oceanos e a atmosfera .
A água é a única substância que existe, em circunstâncias normais, em todos os três estados da
matéria (sólido, líquido e gasoso) na natureza. A coexistência destes três estados implica que
existam transferências contínuas de água de um estado para outro; esta sequência fechada de
fenómenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera é designado por ciclo
hidrológico.
3.Da superfície para a atmosfera
O ciclo da água inicia-se com a energia solar que incide na Terra. A transferência da água da
superfície terrestre para a atmosfera, passando do estado líquido ao estado gasoso, processa-se
através da evaporação directa, por transpiração das plantas e dos animais e por sublimação
(passagem directa da água da fase sólida para a de vapor). A vegetação tem um papel importante
neste ciclo, pois uma parte da água que cai é absorvida pelas raízes e acaba por voltar à
atmosfera pela transpiração ou pela simples e directa evaporação. Durante esta alteração do seu
estado físico absorve calor, armazenando energia solar na molécula de vapor de água à medida
que sobe à atmosfera.
Dado a influência da energia solar no processo de evaporação, a água evapora-se em particular
durante os períodos mais quentes do dia e em particular nas zonas mais quentes da Terra, a
evaporação é elevada nos oceanos que estão sob a influência das altas subtropicais. Nos oceanos
equatoriais, onde a precipitação é abundante, a evaporação é menos intensa. Nos continentes, os
locais onde a precipitação é mais elevada existem florestas e onde a precipitação é mais baixa,
5. existem desertos. Embora na terra algumas partes dos continentes, a precipitação é maior que a
evaporação e em outras regiões ocorre o contrário, contudo predomina a precipitação, sendo que
os oceanos cobrem o terreno evaporando mais água que recebem pela precipitação.
4. Da atmosfera de volta à superfície
O vapor de água é transportado pela circulação atmosférica e condensa-se após percursos muito
variáveis, que podem ultrapassar 1000 km. Poderá regressar à superfície terrestre numa das
formas de precipitação (por exemplo, chuva, granizo ou neve), como voltar à atmosfera mesmo
antes de alcançar a superfície terrestre (através de chuva miúda quente). Em situações menos
vulgares, poderá ainda transformar-se em neve e cair em cima de uma montanha e permanecer lá
1000 anos. Toda esta movimentação é influenciada pelo movimento de rotação da Terra e das
correntes atmosféricas
A água que atinge o solo tem diferentes destinos. Parte é devolvida à atmosfera através da
evaporação, parte infiltra-se no interior do solo, alimentando os lençóis freáticos. O restante,
escorre sobre a superfície em direcção às áreas de altitudes mais baixas, alimentando
directamente os lagos, riachos, rios, mares e oceanos. A infiltração é assim importante, para
regular a vazão dos rios, distribuindo-a ao longo de todo o ano, evitando, assim, os fluxos
repentinos, que provocam inundações. Caindo sobre uma superfície coberta com vegetação, parte
da chuva fica retida nas folhas A água interceptada evapora, voltando à atmosfera na forma de
vapor.
O ciclo hidrológico actua como um agente modelador da crosta terrestre devido à erosão e ao
transporte e deposição de sedimentos por via hidráulica, condicionando a cobertura vegetal e, de
modo mais genérico, toda a vida na terra.
O aquecimento das regiões tropicais devido à radiação solar provoca a evaporação contínua da
água dos oceanos, que é transportada sob a forma de vapor pela circulação geral da atmosfera,
para outras regiões. Durante a transferência, parte do vapor de água condensa-se devido ao
arrefecimento formando nuvens que originam a precipitação. O retorno às regiões de origem
resulta da acção conjunta da infiltração e escoamento superficial e subterrâneo proveniente dos
rios e das correntes marítimas.
6. 5.Processos do ciclo hidrológico
5.1Precipitação
Consiste no vapor de água onde as gotículas suspensas no ar se tornam pesadas e caem no solo
na forma de chuva. Em regiões muito frias a água condensada passa do estado gasoso para o
líquido e rapidamente para o estado sólido, formando a neve ou o granizo.
Chuva
Conjunto de águas originárias do vapor de água atmosférico que se precipitam, em estado líquido
sobre a superfície terrestre em consequência da intensificação da evapotranspiração sobre
superfícies quentes e húmidas.
A formação das chuvas está associada à ascensão das massas de ar quente e húmidas e a
formação de nuvens. As nuvens se formam pela perda do ar conter humidade. Isto ocorre
normalmente, quando massas de ar que estão com alta humidade relativa, sofrem resfriamento.
Na atmosfera ascensão do ar quente e húmido provoca um resfriamento do ar que pode fazê-lo
atingir o seu ponto de saturação, ou seja, sua capacidade de conter umidade. Ao atingir a 100%
da sua capacidade, se seguirá a condensação do vapor de água em forma de minúsculas gotas que
são mantidas em suspensão, como nuvens ou nevoeiros.
Para ocorrer uma chuva é necessário que essas gotículas cresçam a partir de "núcleos de
condensação" (poeira, aerossóis e etc.) até atingirem um peso suficiente capaz de sobrepor as
forças de sustentação e, portanto se precipitarem.
5.2 Infiltração
Quando o vapor de água condensado cai sobre a superfície terrestre, ocorre a Infiltração de uma
parte dessa água que vai alimentar os lençóis subterrâneos.
É portanto, o processo de penetração da água nas camadas de solo próximas à superfície do
terreno, movendo-se para baixo, através de vazios, sob a acção da gravidade, até atingir uma
camada suporte que a retém, formando então o teor de humidade de um solo. Por essa razão
torna-se uma das etapas mais importantes no ciclo hidrológico, uma vez que é responsável pela
recarga de aquíferos e influencia directamente o escoamento superficial e, consequentemente a
erosão hídrica (TUCCI e BELTRAME, 2000).
7. Usualmente, a infiltração decorrente de precipitações naturais não é capaz de saturar todo o solo,
restringindo-se a saturar, quando consegue, apenas as camadas próximas à superfície,
conformando um perfil típico onde o teor de água disponível decresce com a profundidade.
A infiltração depende de:
Humidade do solo – quanto mais saturado estiver o solo, menor será a infiltração;
Tipo do solo – a granulometria do solo condiciona a sua permeabilidade. Quanto mais fino for o
solo menor será a infiltração;
Ocupação da superfície - os processos de urbanização e devastação da vegetação diminuem
drasticamente a quantidade de água infiltrada ocorrendo o contrário com a aplicação de técnicas
adequadas de terraceamento e manejo do solo;
Topografia - declives acentuados favorecem o escoamento superficial direto diminuindo a
oportunidade de infiltração;
Depressões - a existência de depressões provoca a retenção da água diminuindo a quantidade de
escoamento superficial directo. A água retida infiltra no solo ou evapora.
5.3 Escoamento superficial
É a fase do ciclo hidrológico que trata da água oriunda das precipitações que, por efeito da
gravidade, se desloca sobre a superfície terrestre. Engloba, portanto, o volume de água
precipitada sobre o solo saturado ou uma superfície impermeável que escoa superficialmente,
seguindo linhas de maior declive, na direcção de um curso de água mais próximo indo,
posteriormente se desembocar nos oceanos. Sua duração está associada praticamente à duração
da precipitação (TUCCI, 2000).
As águas precipitadas que atingem o leito do curso de água de um rio por 4 vias diversas:
Escoamento Superficial iniciado a partir da precipitação após a ação da interceptação pelos
vegetais e/ou obstáculos, da saturação do solo e da subseqüente acumulação da água nas
depressões do terreno;
Escoamento Sub-Superficial – ocorre nas camadas superiores do solo, é difícil de ser separado do
escoamento superficial; Escoamento Subterrâneo - oriundo do acumulo de água em aqüíferos, é
responsável pela alimentação do curso de água durante períodos de estiagem;
Acção Directa das Precipitações – consequência das águas que se precipitam sobre as
superfícies líquidas.
8. 5.4 Evaporação
O calor irradiado pelo Sol aquece a água dos rios, lagos, mares e oceanos ocorrendo o fenómeno
da Evaporação. Nesse momento, ocorre a transformação do estado líquido da água para o seu
estado gasoso, à medida que se desloca da superfície da Terra para a atmosfera.
5.4,1 Factores que afectam a taxa de evaporação
A concentração da substância evaporante no ar. Se o ar contiver uma alta concentração da
substância que evapora, então tal substância evaporará mais devagar.
A concentração de outras substâncias no ar. Se o ar já estiver saturado com outras substâncias,
poderá ter uma capacidade menor para a substância que evapora.
Temperatura. Se a substância estiver quente, a evaporação será rápida.
Vazão de ar. Isto está em parte relacionado com o tópico da concentração citado anteriormente.
Se existe ar fresco passando pela substância o tempo todo, então é mais provável que sua
concentração não aumente, o que favorece uma evaporação mais rápida. Além disso, moléculas
em movimento têm mais energia cinética do que aquelas em repouso; por isso, quanto mais forte
o fluxo de ar, maior é o potencial para evaporação.
Forças intermoleculares. Quanto maiores as forças intermoleculares dentro do líquido ou sólido,
mais energia será necessária para fazer suas moléculas evaporarem.
5.5 Transpiração
Perda de água para a atmosfera na forma de vapor através dos estômatos e cutículas das plantas,
decorrente das acções físicas e fisiológicas dos vegetais, e dependentes da disponibilidade de
energia da água disponível no solo e governada pela resistência dos estômatos.
Este processo global de circulação fechada e perpétua da água entre a superfície terrestre e a
atmosfera, é impulsionado pela energia radiante, forças do vento e associado às forças da
gravidade terrestre.
Na natureza o solo, as plantas e a atmosfera podem ser consideradas como componentes de um
sistema fisicamente inter-relacionado e dinâmico, no qual processos de fluxo estão interligados
como elos de uma corrente (REICHARDT, 1990). Neste sistema, é importante e aplicável o
conceito de potencial hídrico, ou seja, o fluxo de água se move dos locais de maior potencial
para os de menor potencial. Ou seja, o fluxo sempre se dirige em direção do gradiente de
potencial negativo.
A quantidade de água transpirada diariamente é grande em relação às trocas de água na planta,
de modo que se pode considerar o fluxo através da planta, em curtos períodos de tempo, como
9. um processo em regime permanente. As diferenças de potencial, em distintos pontos dentro do
ecossistema são proporcionais à resistência do fluxo. A menor resistência ao fluxo é encontrada
na planta. E a maior resistência é detectada, no fluxo das folhas para atmosfera, devido à
mudança do estado líquido para o vapor. A passagem para atmosfera ocorre através dos
estômatos localizados nas folhas. O transporte de água desde as folhas até o ar atmosférico
ocorre também por difusão de vapor, sendo o mesmo proporcional a tensão do vapor de água.
5.6 Evapotranspiração
É o processo conjunto pelo qual a água que cai é absorvida pelas plantas, voltando à atmosfera
através da transpiração ou evaporação directa (quando não absorvida).
5.7 Condensação
O vapor da água esfria, se acumula na atmosfera e se condensa na forma de gotículas, que
formarão as nuvens ou nevoeiros. Neste momento, ocorre o processo de Condensação, ou seja, a
transformação do estado gasoso da água para seu estado líquido, sendo as nuvens, as gotículas de
água líquida suspensas no ar.
11. Índice
1. Introdução
2. O ciclo hidrológico
3. Da superfície para a atmosfera
4. Da atmosfera de volta à superfície
5. Processos do ciclo hidrológico
5.1 Precipitação
5.2 Infiltração
5.3 Escoamento superficial
5.4 Evaporação
5.5 Transpiração
5.6 Condensação
5.7 Evapotranspiração
6. Referencias Bibliográficas