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Agrupamento de Escolas de Arouca Cód. 151634
Ficha de avaliação de Português - 8º ano
dezembro de 2012
………………………………………………………………………………………
GRUPO I – Leitura (50 %)
A – O Mito de Osíris
A religião do Egito Antigo teve um papel fundamental no desenvolvimento da
cultura egípcia. A fé egípcia baseava-se numa diversidade de antigos mitos, no
culto da natureza e na adoração de muitas divindades. Os egípcios contavam
belas histórias sobre as origens e os atributos dos seus deuses, através das
quais procuravam explicar os mistérios da natureza. Uma das mais conhecidas
dessas histórias é o mito de Osíris.
Segundo a crença egípcia, no início apenas existia o oceano e o deus do sol,
Ré. Este nasceu de uma flor de lótus e de um ovo e, quando surgiu à superfície
da terra, trouxe consigo quatro crianças, os deuses Shu e Geb e as deusas
Tefnut e Nut. Da união de Geb e Nut nasceram dois filhos, Osíris e Seth, e duas
filhas, Ísis e Néftis. Osíris sucedeu a Ré como rei da terra, tendo sido apoiado pela sua esposa, Ísis.
Seth, o deus-vento do deserto, era mau e invejoso. Tinha inveja da brisa fresca que soprava ao
entardecer, que empurrava suavemente as velas dos barcos que subiam o Nilo e das águas fertilizantes
do grande rio. Acima de tudo invejava o seu irmão Osíris, casado com a bela deusa da chuva, Ísis.
Um dia, não conseguindo ultrapassar o ódio que o consumia, Seth matou Osíris, retalhando o seu
corpo em pedaços que espalhou por todo o Egito. Depois fomentou a desordem e a violência.
Ísis chorou amargamente a morte do seu esposo amantíssimo. As suas lágrimas caíram sobre os
campos, parecendo gotas de chuva refrescante. Noite e dia, Ísis procurou, sem parar, os restos mortais
de Osíris por todo Egito. Por fim, a deusa, revolveu as entranhas da terra, recolhendo um a um todos os
pedaços do corpo do seu amado marido. Auxiliada por Anúbis, o deus-chacal, embalsamou o corpo de
Osíris, que ressuscitou, para voltar a reinar, triunfante e imortal. O ódio e a inveja já nada podem contra
Osíris – com a coroa branca na cabeça e empunhando o cetro e o chicote, passou a presidir o
julgamento dos mortos.
Do grande amor de Ísis nasceu um filho, o deus-falcão Hórus, que ficou a reinar no Egito em vez de
seu pai. Mais tarde, Hórus derrotou Seth numa grande batalha e tornou-se senhor da terra.
Texto adaptado da Infopedia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-10-15]
1. O mito de Osíris relata a história de dois deuses, que eram irmãos.
Reconstrói a história, ordenando as sequências apresentadas.
a) Ajudada por Anúbis, Ísis procurou os restos mortais do seu marido.
b) Geb e Nut tiveram quatro filhos, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
c) Após ter sucedido a seu pai, Hórus derrotou o seu tio Seth, numa batalha cruel.
d) Ré era o deus do sol.
e) Osíris sucedeu a Ré, tornando-se no rei da terra.
f) Com inveja e maldade, Seth matou o seu irmão Osíris, retalhando o seu corpo.
g) Quando Ré veio viver para a terra, trouxe consigo quatro crianças, Shu, Geb, Tefnut e Nut.
h) Seth tinha muita inveja de seu irmão Osíris.
2
B –
1. Lê a seguinte carta que faz parte da obra Dom Quixote de la Mancha.
CARTA DE TERESA PANÇA A SANCHO PANÇA, SEU MARIDO
Recebi a tua carta, meu Sancho da minha alma, e juro-te, como católica, que não faltaram dois dedos para eu ficar
louca de contentamento. Olha, mano, quando ouvi dizer que estás sendo governador, por pouco não caí morta de puro
gozo; que tu bem sabes que dizem que tanto mata a súbita alegria, como a grande aflição. A Sanchita, de puro
contentamento, pôs-se num charco sem se sentir. Eu tinha diante de mim o fato que me mandaste, e os corais que a
5 senhora duquesa me enviou ao pescoço, e as cartas nas mãos, e o portador ali presente, e ainda me parecia, com tudo
isso, que era sonho o que eu via e tocava; porque, também, quem é que podia pensar que um pastor de cabras ainda havia
de ser governador de ilhas? Bem sabes, amigo, que dizia a minha mãe, que para ver muito era necessário viver muito; digo
isto, porque espero ainda ver mais, se mais viver. […] A duquesa, minha senhora, te dirá o desejo que tenho de ir à corte;
pensa nisso e dize-me o que queres que eu faça; que procurarei honrar-te na cidade andando sempre de coche.
10 O Cura, o barbeiro, o bacharel e até o sacristão não querem acreditar que sejas governador, e dizem que tudo são
embelecos ou coisas de encantamento, como todas as de D. Quixote teu amo […]. Cá as notícias do lugar são que a
Barrueca casou a filha com um pintor de má-morte que chegou a este povo par pintar o que aparecesse. Mandou-lhe a
câmara pintar as armas de sua majestade, nas portas dos Paços do Concelho: pediu dois ducados, deram-lhos adiantados;
esteve oito dias a trabalhar, e no fim dos oito dias não tinha pintado coisa nenhuma; e disse que não acertava com tantas
15 bugigangas; teve de restituir o dinheiro e, com tudo isso, casou a título de bom oficial de pintor; é verdade que já deixou o
pincel e pegou na rabiça do arado, e vai ao campo como um gentil-homem. […] Este ano nem há azeitonas, nem se
encontra uma gota de vinagre em todo este povo. […] A Sanchita faz renda, e ganha todos os dias oito maravedis, livres de
despesas, que vai deitando num mealheiro, para ajuda do enxoval; mas agora que tu estás governador, tu lhe darás dote
sem ela se matar. O chafariz da praça secou; caiu um raio na picota e ali caiam todos. Espero resposta desta, e a
20 resolução da minha ida à corte; e com isto Deus te guarde mais anos do que a mim, ou tantos, que eu não quero deixar-te
sozinho neste mundo.
Teresa Pança
Miguel de Cervantes, O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de la Mancha, trad.
De Viscondes de Castiho e Azevedo, Publ. Europa-América, s.d. (com
supressões)
Vocabulário: “mano”, ”amigo” (ll. 2, 7)– querido (forma de tratamento epistolar entre esposos);
“embelecos” (l.11) – enganos, embustes; “má-morte” (l.12) – sem talento; “ducados”, ”maravedis”
(ll. 13.17) – antigas moedas; “picota” (l.19) – engenho de água
1.1. O texto que acabaste de ler é uma carta familiar, escrita por Teresa Pança a Sancho Pança, seu marido.
1.1.1. Aponta os objetivos com que foi redigida.
1.2. Ao longo desta carta, Teresa Pança dá a conhecer a Sancho os sentimentos que ela e Sanchita
experienciaram face à receção de uma carta deste.
1.2.1. Identifica os sentimentos em causa, bem como as várias reações que os denunciam.
1.3. A obra de onde é extraída esta carta reporta-se à Espanha do século XVII, focando aspetos relativos à
qualidade de vida quer da alta sociedade quer do povo.
1.3.1. Comenta a afirmação anterior, fundamentando a tua opinião com elementos textuais.
1.4. Relata dois acontecimentos ocorridos na aldeia de Teresa.
3
GRUPO II – Gramática (30%)
1. Considera os seguintes excertos.
a.“A Sanchita faz renda, e ganha todos os dias oito maravedis.”
b.“O chafariz da praça secou; caiu um raio na picota e ali caiam todos.”
c.Na clareira, um fio de água caía sobre uma vasta laje escavada.
d.Tristemente, andava um melro a assobiar.
e.Rostabal, é preciso matar Guanes.
f.Os jovens gostam de histórias fantásticas.
1.1. Identifica as funções sintáticas dos constituintes destacados.
1.2. Diz a que classe e subclasse pertencem todas as palavras da frase f.
2. Presta atenção às palavras.
a. palavra-chave d. motel
b. monóculo e. parisiense
c. ensurdecer f. otorrino
2.1. Classifica-as quanto ao seu processo de formação.
GRUPO III – Produção escrita ( 20%)
Escolhe apenas UM dos temas propostos.
Tema A – Atenta nos seguintes provérbios que traduzem características negativas do ser humano.
a) Quem tudo quer, tudo perde.
b) Quem com ferros mata, com ferros morre.
c) O feitiço vira-se contra o feiticeiro.
Escolhe um destes provérbios e relaciona-o com o comportamento e a personalidade das personagens do
conto “O tesouro”. Redige um texto, entre 120 a 150 palavras, em que ilustres essa associação.
Tema B – Redige um texto, entre 120 a 150 palavras, em que expresses a tua opinião sobre a forma como
termina este conto. Segue as seguintes orientações:
• na introdução, deves referir o assunto sobre o qual vais emitir opinião;
• no desenvolvimento, deves apresentar com clareza o que pensas sobre o assunto, utilizando exemplos do
texto;
• na conclusão, deves referir resumidamente a tua apreciação.
Bom trabalho!
A profª : Fátima Carmo

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  • 1. 1 Agrupamento de Escolas de Arouca Cód. 151634 Ficha de avaliação de Português - 8º ano dezembro de 2012 ……………………………………………………………………………………… GRUPO I – Leitura (50 %) A – O Mito de Osíris A religião do Egito Antigo teve um papel fundamental no desenvolvimento da cultura egípcia. A fé egípcia baseava-se numa diversidade de antigos mitos, no culto da natureza e na adoração de muitas divindades. Os egípcios contavam belas histórias sobre as origens e os atributos dos seus deuses, através das quais procuravam explicar os mistérios da natureza. Uma das mais conhecidas dessas histórias é o mito de Osíris. Segundo a crença egípcia, no início apenas existia o oceano e o deus do sol, Ré. Este nasceu de uma flor de lótus e de um ovo e, quando surgiu à superfície da terra, trouxe consigo quatro crianças, os deuses Shu e Geb e as deusas Tefnut e Nut. Da união de Geb e Nut nasceram dois filhos, Osíris e Seth, e duas filhas, Ísis e Néftis. Osíris sucedeu a Ré como rei da terra, tendo sido apoiado pela sua esposa, Ísis. Seth, o deus-vento do deserto, era mau e invejoso. Tinha inveja da brisa fresca que soprava ao entardecer, que empurrava suavemente as velas dos barcos que subiam o Nilo e das águas fertilizantes do grande rio. Acima de tudo invejava o seu irmão Osíris, casado com a bela deusa da chuva, Ísis. Um dia, não conseguindo ultrapassar o ódio que o consumia, Seth matou Osíris, retalhando o seu corpo em pedaços que espalhou por todo o Egito. Depois fomentou a desordem e a violência. Ísis chorou amargamente a morte do seu esposo amantíssimo. As suas lágrimas caíram sobre os campos, parecendo gotas de chuva refrescante. Noite e dia, Ísis procurou, sem parar, os restos mortais de Osíris por todo Egito. Por fim, a deusa, revolveu as entranhas da terra, recolhendo um a um todos os pedaços do corpo do seu amado marido. Auxiliada por Anúbis, o deus-chacal, embalsamou o corpo de Osíris, que ressuscitou, para voltar a reinar, triunfante e imortal. O ódio e a inveja já nada podem contra Osíris – com a coroa branca na cabeça e empunhando o cetro e o chicote, passou a presidir o julgamento dos mortos. Do grande amor de Ísis nasceu um filho, o deus-falcão Hórus, que ficou a reinar no Egito em vez de seu pai. Mais tarde, Hórus derrotou Seth numa grande batalha e tornou-se senhor da terra. Texto adaptado da Infopedia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-10-15] 1. O mito de Osíris relata a história de dois deuses, que eram irmãos. Reconstrói a história, ordenando as sequências apresentadas. a) Ajudada por Anúbis, Ísis procurou os restos mortais do seu marido. b) Geb e Nut tiveram quatro filhos, Osíris, Seth, Ísis e Néftis. c) Após ter sucedido a seu pai, Hórus derrotou o seu tio Seth, numa batalha cruel. d) Ré era o deus do sol. e) Osíris sucedeu a Ré, tornando-se no rei da terra. f) Com inveja e maldade, Seth matou o seu irmão Osíris, retalhando o seu corpo. g) Quando Ré veio viver para a terra, trouxe consigo quatro crianças, Shu, Geb, Tefnut e Nut. h) Seth tinha muita inveja de seu irmão Osíris.
  • 2. 2 B – 1. Lê a seguinte carta que faz parte da obra Dom Quixote de la Mancha. CARTA DE TERESA PANÇA A SANCHO PANÇA, SEU MARIDO Recebi a tua carta, meu Sancho da minha alma, e juro-te, como católica, que não faltaram dois dedos para eu ficar louca de contentamento. Olha, mano, quando ouvi dizer que estás sendo governador, por pouco não caí morta de puro gozo; que tu bem sabes que dizem que tanto mata a súbita alegria, como a grande aflição. A Sanchita, de puro contentamento, pôs-se num charco sem se sentir. Eu tinha diante de mim o fato que me mandaste, e os corais que a 5 senhora duquesa me enviou ao pescoço, e as cartas nas mãos, e o portador ali presente, e ainda me parecia, com tudo isso, que era sonho o que eu via e tocava; porque, também, quem é que podia pensar que um pastor de cabras ainda havia de ser governador de ilhas? Bem sabes, amigo, que dizia a minha mãe, que para ver muito era necessário viver muito; digo isto, porque espero ainda ver mais, se mais viver. […] A duquesa, minha senhora, te dirá o desejo que tenho de ir à corte; pensa nisso e dize-me o que queres que eu faça; que procurarei honrar-te na cidade andando sempre de coche. 10 O Cura, o barbeiro, o bacharel e até o sacristão não querem acreditar que sejas governador, e dizem que tudo são embelecos ou coisas de encantamento, como todas as de D. Quixote teu amo […]. Cá as notícias do lugar são que a Barrueca casou a filha com um pintor de má-morte que chegou a este povo par pintar o que aparecesse. Mandou-lhe a câmara pintar as armas de sua majestade, nas portas dos Paços do Concelho: pediu dois ducados, deram-lhos adiantados; esteve oito dias a trabalhar, e no fim dos oito dias não tinha pintado coisa nenhuma; e disse que não acertava com tantas 15 bugigangas; teve de restituir o dinheiro e, com tudo isso, casou a título de bom oficial de pintor; é verdade que já deixou o pincel e pegou na rabiça do arado, e vai ao campo como um gentil-homem. […] Este ano nem há azeitonas, nem se encontra uma gota de vinagre em todo este povo. […] A Sanchita faz renda, e ganha todos os dias oito maravedis, livres de despesas, que vai deitando num mealheiro, para ajuda do enxoval; mas agora que tu estás governador, tu lhe darás dote sem ela se matar. O chafariz da praça secou; caiu um raio na picota e ali caiam todos. Espero resposta desta, e a 20 resolução da minha ida à corte; e com isto Deus te guarde mais anos do que a mim, ou tantos, que eu não quero deixar-te sozinho neste mundo. Teresa Pança Miguel de Cervantes, O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de la Mancha, trad. De Viscondes de Castiho e Azevedo, Publ. Europa-América, s.d. (com supressões) Vocabulário: “mano”, ”amigo” (ll. 2, 7)– querido (forma de tratamento epistolar entre esposos); “embelecos” (l.11) – enganos, embustes; “má-morte” (l.12) – sem talento; “ducados”, ”maravedis” (ll. 13.17) – antigas moedas; “picota” (l.19) – engenho de água 1.1. O texto que acabaste de ler é uma carta familiar, escrita por Teresa Pança a Sancho Pança, seu marido. 1.1.1. Aponta os objetivos com que foi redigida. 1.2. Ao longo desta carta, Teresa Pança dá a conhecer a Sancho os sentimentos que ela e Sanchita experienciaram face à receção de uma carta deste. 1.2.1. Identifica os sentimentos em causa, bem como as várias reações que os denunciam. 1.3. A obra de onde é extraída esta carta reporta-se à Espanha do século XVII, focando aspetos relativos à qualidade de vida quer da alta sociedade quer do povo. 1.3.1. Comenta a afirmação anterior, fundamentando a tua opinião com elementos textuais. 1.4. Relata dois acontecimentos ocorridos na aldeia de Teresa.
  • 3. 3 GRUPO II – Gramática (30%) 1. Considera os seguintes excertos. a.“A Sanchita faz renda, e ganha todos os dias oito maravedis.” b.“O chafariz da praça secou; caiu um raio na picota e ali caiam todos.” c.Na clareira, um fio de água caía sobre uma vasta laje escavada. d.Tristemente, andava um melro a assobiar. e.Rostabal, é preciso matar Guanes. f.Os jovens gostam de histórias fantásticas. 1.1. Identifica as funções sintáticas dos constituintes destacados. 1.2. Diz a que classe e subclasse pertencem todas as palavras da frase f. 2. Presta atenção às palavras. a. palavra-chave d. motel b. monóculo e. parisiense c. ensurdecer f. otorrino 2.1. Classifica-as quanto ao seu processo de formação. GRUPO III – Produção escrita ( 20%) Escolhe apenas UM dos temas propostos. Tema A – Atenta nos seguintes provérbios que traduzem características negativas do ser humano. a) Quem tudo quer, tudo perde. b) Quem com ferros mata, com ferros morre. c) O feitiço vira-se contra o feiticeiro. Escolhe um destes provérbios e relaciona-o com o comportamento e a personalidade das personagens do conto “O tesouro”. Redige um texto, entre 120 a 150 palavras, em que ilustres essa associação. Tema B – Redige um texto, entre 120 a 150 palavras, em que expresses a tua opinião sobre a forma como termina este conto. Segue as seguintes orientações: • na introdução, deves referir o assunto sobre o qual vais emitir opinião; • no desenvolvimento, deves apresentar com clareza o que pensas sobre o assunto, utilizando exemplos do texto; • na conclusão, deves referir resumidamente a tua apreciação. Bom trabalho! A profª : Fátima Carmo