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SECURITIZAÇÃO COMO CAPTAÇÃO
DE RECURSO E DESINTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA
ALUNO: JULIANO JOÃO ROMCY CÂMARA
ORIENTADOR: PROF. Ms. FRANCISCO JOSÉ ARAÚJO BEZERRA
Estrutura da Apresentação:
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
1.2 Problema
1.3 Hipótese
1.4 Objetivo Geral e Específicos
1.5 Metodologia
2. SECURITIZAÇÃO COMO FORMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS
2.1 Conceito
2.2 Histórico
3. MERCADOS DE SECURITIZAÇÃO
3.1 Mercado de securitização no Brasil e no Mundo
3.1.1 Tipos de ativos securitizados
3.1.2 O processo de securitização das exportações brasileiras
3.1.3 A importância dos ratings na tomada de decisão dos investidores de
ABS
3.1.4 Investidores de ABS
3.2 Vantagens e desvantagens da securitização
4. CONCLUSÃO
1.1 Contexto
• A Captação de recursos por empresas nos
dias atuais.
• Securitização como nova ferramenta para
captação de Recursos.
1. INTRODUÇÃO
1.2 Problema
Qual a importância e utilidade da
captação de recursos via securitização
para a competitividade das empresas?
1.3 Hipótese
Tem–se que uma maior utilização das
operações de securitização fornece maior
competitividade às empresas
interessadas em realizar captação de
recursos de forma mais efetiva e com
menor custo possível.
1.4 Objetivo Geral e Específicos
Objetivo Geral:
 analisar o processo de securitização como
forma de captação de recursos.
Objetivo Específicos:
 Conceituação do processo de securitização.
 Apresentação do mercado de securitização
brasileiro e mundial.
 Analisar as vantagens e desvantagens do
processo de securitização.
1.5 Metodologia
 Exploratória e Bibliográfica
Para Gil (2002, p. 41), as pesquisas exploratórias têm como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a
torná-lo mais explicito ou a construir hipóteses, porém seu principal
objetivo é o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições,
seu planejamento é flexível, de modo que possibilite a consideração
dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado.
Andrade (2003, p.126), mostra que a pesquisa bibliográfica
tanto pode ser um trabalho independente como se constitui
no passo inicial de outra pesquisa.
2. SECURITIZAÇÃO COMO FORMA DE
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
2.1 Conceito
 Securitização: é um processo de empacotamento de empréstimos
individuais e outros instrumentos de débito, que são convertidos em
títulos lastreados por este mesmo empréstimo e/ou instrumento de
débito.
 Originador: é o participante do processo que gera o ativo.
 SPE: é uma empresa de propósito único e específico de
comprar o pool de ativos do originador e emitir a ABS.
 ABS (Asset Backed Securities): são os títulos lastreados em
recebíveis.
 FIDC (Fundos de Investimentos em Direito Creditório): são
títulos lastreados em recebíveis, porém emitidos sem a
participação de uma SPE.
ORIGINADOR
SPE
INVESTIDORES
ADMINISTRADOR
PREÇO DE
VENDA DAS ABS
JUROS E
PRINCIPAL
PREÇO DE
VENDA
EXTRAÇÃO
DO LUCROVENDA DE
ATIVO
FLUXO DE CAIXA
ANTES DA
SECURITIZAÇÃO
MUTUÁRIO
FLUXO DE CAIXA APÓS
SECURITIZAÇÃO
AGÊNCIAS DE
RATINGS
Estrutura Clássica do Processo de Securitização:
Exemplo de um Processo de Securitização:
Governo Brasileiro Bancos Investidores
DÍVIDA
DESÁGIO
2.2 Histórico
Evolução:
 Criadas por agências federais nos EUA na década de 30 para solucionar o
problema de financiamento habitacional.
 Na década de 70, a securitização se deu pela venda de empréstimos hipotecários
na forma de pool totalmente garantido pelo governo.
 Em 1985 iniciou-se nos EUA a securitização de longo prazo o qual foram emitidos
1,2 bilhões de ABSs.
 Em 2001 foram emitidas 280 bilhões de ABSs.
 Em 2003 foram emitidas 350 bilhões de ABSs.
Tendências pós 1985:
• Securitização de propósito imobiliário  para vários segmentos da economia.
Ex: em Março de 1994 a Northwest Airlines foi à primeira companhia do setor aéreo a
ingressar no mercado de securitização através da emissão de ABS. As ABSs foram
lastreadas por recebíveis, os quais consistiam nos pagamento de bilhetes a serem
feitos pelos clientes de Northwest. […] Similares ABS foram emitidas por empresas de
cartões de crédito e por unidades de financiamento do automóvel.
3. MERCADOS DE SECURITIZAÇÃO
3.1 Mercado de Securitização no Brasil e no Mundo
Brasil:
O principal fator que estimula o crescimento do mercado de securitização
brasileiros é a redução da:
O cenário brasileiro de quedas na TAXA DE JUROS, é sem dúvida
altamente favorável para o mercado de CRÉDITO IMOBILIÁRIO, pois
aumenta o interesse de investimentos no MERCADO PRODUTIVO e
investimentos em PAPÉIS DE LONGO PRAZO, em detrimento às
aplicações de curto prazo no mercado financeiro. (apud PENNA JÚNIOR,
2004, p. 1)
TAXA DE JUROS
CONSUMO
EMPRESTIMOS
ORIGINADORES
A securitização além de possibilitar a CAPTAÇÃO DE RECURSOS
para empresas originadoras, não deixa de ser uma ferramenta de
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL.
A aptidão do mercado brasileiro de securitização se deu pela criação
dos FIDCs pela CMN na resolução 2.907/01 e posteriormente com a
regulamentação através das instruções 356/01 e 393/03 pela CVM.
Volume do mercado de securitização brasileiro:
Fonte: WATANABE, 2005, p. 2
Principais Ativos-objeto das Securitizações no Brazil:
 Empréstimos ao funcionalismo público  24%
 Duplicatas comerciais  21%
 Crédito Imobiliário  17%
Dentre outros abaixo:
Fonte: WATANABE, 2005, p. 3
No Mundo:
Quando falamos em mercado mundial de
securitização, vale dizer que os EUA representa
quase a totalidade das operações mundiais
contabilizando 500 bilhões de dólares.
Classificação Países componentes Milhões USD/Ano
Mercado de Grande
Volume
Estados Unidos 500.000 ou mais
Mercado
Desenvolvido
Reino Unido, Canadá, França, Austrália 500
Mercado em
Desenvolvimento
Argentina, México, Brasil, Chile, Espanha,
Suécia, Itália, Japão, Hong Kong, Filipinas, Índia
25 a 500
Mercado em Fase
Inicial
Finlândia, Bélgica, Indonésia, Malásia -
Fonte: MYERBERG, 2000, P. 150
Abaixo encontram-se a classificação dos mercados
mundiais por volume de operações:
O crescimento da securitização internacionalmente
é inevitável, porém devido há alguns fatores esse
crescimento pode tardar.
Fatores que tardam o crescimento
do mercado de securitização:
 Falta de apoio governamental como estímulo à
consolidação de um mercado financeiro seguro e
Independente.
 Altas taxas sobre atividades financeiras.
 Carência de tecnologia.
3.1.1 Tipos de Ativos Securitizados
Requisito básico  A existência de um fluxo de
caixa.
Leasings de Aeronaves
Financiamentos de Casas Pré-
Fabricadas Transportáveis
Financiamento de Autos Financiamentos Hipotecários de Imóveis
Leasings de Autos Leasing de vagões
Financiamentos de Barcos Imóveis
Recebíveis de Cartões de Crédito
Financiamentos de Veículos de
Recreação
Financiamento de Giro de
Concessionários (Floorplans)
Fluxo de Royalties
Leasings de Equipamentos Stranded Utility Costs (*)
Empréstimos garantidos por
Imóveis
Duplicatas
Financiamentos de Caminhões
Leasings de Containers Marítimos e de
Chassis
(*) Compensações financeiras por custos incorridos pelas Distribuidoras de Energia Elétrica devido a mudanças regulatórias nos EUA
Qualquer direito creditório pode ser objeto de securitização.
3.1.2 Securitização das Exportações Brasileiras
 O processo se torna possível  fluxo de caixa.
 O objetivo  antecipar recurso
Procedimento:
1. O exportador brasileiro cede seus direitos creditórios a um SPE no
exterior.
2. A SPE emite títulos lastreados nos contratos de exportação firmados,
os quais posteriormente serão vendidos a investidores internacionais.
3. Após serem vendido as ABS, os valores devidos são remitidos ao
exportador brasileiros.
4. O exportador embarca a mercadoria e os documentos deste
embarque se destinam a SPE o qual coletará a importância devida do
importador e remitirá os fundos aos investidores.
Nesta última etapa os documentos poderão também ir diretamente
para mão dos investidores.
É importante não confundir com pré pagamento ou pagamento antecipado, pois o
mesmo não há uma intermediação de uma SPE e serve como alternativa em casos
que não há acordo ou confiança entre Exportares e Importadores.
3.1.3 Ratings e a Tomada de Decisão
Finalidade  fornecer Informações adequadas
aos investidores
 Rating pode ser considerado como uma opinião
fundamentada
 As Rating Agencies possuem métodos e profissionais
capacitados para à análise qualitativa, quantitativa e jurídica
necessários para investigar os riscos de um negócio
específico e, portanto, a possibilidade de um emissor vir ou
não a cumprir com suas obrigações estabelecidas.
 No processo de securitização as Rating Agencies
exercem influencia direta na qualidade e transparência
das operações.
Categoria Moody’s Standard & Poor’s
LONGO PRAZO
Investment Grade
Aaa, Aa1, Aa2, Aa3, A1, A2,
A3, Baa1, Baa2, Baa3
AAA, AA+, AA, AA-, A+, A, A-,
BBB+, BBB e BBB-
Speculative Grade
Ba1, Ba2, Ba3, B1, B2, B3,
Caa1, Caa2, Caa3, Ca e C
BB+, BB, BB-, B+, B, B-,
CCC+, CCC, CCC-, CC e C
CURTO PRAZO
Investment Grade Prime-1, Prime-2 e Prime-3 A-1, A-2 e A-3
Speculative Grade Not Prime B e C
Fonte: SOARES, 2005, p. 22
Classificação adotada pelas duas principais Rating Agencies:
Um exemplo que pode mostrar as vantagens da classificação de um ativo
pelas Rating Agencies:
 A empresa Northwest anteriormente citada mesmo não estando em
boas condições financeiras, desde que os certificados foram lastreados por
recebíveis, eles obtiveram um rating AA.
3.1.4 Investidores de ABS
Universo de Investidores %
Companhias de Investimento 43
Companhias de Seguros 22
Administradores de Fundos 16
Governos Federal, Estaduais e Municipais 5
Empresas 4
Fundos Mútuos 3
Fundos de Pensão 3
Outros 5
Fonte: Moody's
3.2 Vantagens e desvantagens da securitização
Vantagens:
A maior vantagem é a desintermediação financeira e destina-se tanto
ao originador quanto ao investidor.
INVESTIDORES BANCOS CAPTADORES
SECURITIZAÇÃO
3X%
X%
FINANCIAMENTO
5X%
Outras Vantagens da Securitização
PARA OS INVESTIDORES PARA AS EMPRESAS
Segregação do risco da empresa - elimina o
risco de concordata ou falência
Custo de captação mais adequado -
menos impostos, com prazos mais
adequado ao fluxo de caixa
Diversificação de ativos Libera as linhas de crédito bancário
Maior transparência e confiabilidade das
publicações de
balanços auditados e registros na CVM
Melhora os índices financeiros
Defesa contra incertezas e informação real
time
Informações limitadas aos
ativos securitizados
Possibilidade de adquirir títulos com rating
As classificações dos recebíveis
determinam a taxa de juros
Fonte: VIAN, 2005, P. 29
Desvantagens Gerais:
 Operação complexa  Vários fatores externos
incidem.
 Tempo  É uma desvantagem para empresas que
necessitam de recursos de imediato.
 Custos  Podem ser inviáveis para operações com
pequenos valores.
Desvantagens Específicas:
 Carência de regulamentações em mercados em fase
embrionária  Poderá afastar os investidores
interessados.
 Carência de profissionais com conhecimento.
4. CONCLUSÃO
Conclui- se que a securitização como
captação de recursos e desintermediação
financeira é uma importante ferramenta
de alavancagem, que propicia excelentes
vantagens as empresas e empresários
interessados.
MUITO OBRIGADO!

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  • 1. SECURITIZAÇÃO COMO CAPTAÇÃO DE RECURSO E DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ALUNO: JULIANO JOÃO ROMCY CÂMARA ORIENTADOR: PROF. Ms. FRANCISCO JOSÉ ARAÚJO BEZERRA
  • 2. Estrutura da Apresentação: 1. INTRODUÇÃO 1.1 Contexto 1.2 Problema 1.3 Hipótese 1.4 Objetivo Geral e Específicos 1.5 Metodologia 2. SECURITIZAÇÃO COMO FORMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 2.1 Conceito 2.2 Histórico 3. MERCADOS DE SECURITIZAÇÃO 3.1 Mercado de securitização no Brasil e no Mundo 3.1.1 Tipos de ativos securitizados 3.1.2 O processo de securitização das exportações brasileiras 3.1.3 A importância dos ratings na tomada de decisão dos investidores de ABS 3.1.4 Investidores de ABS 3.2 Vantagens e desvantagens da securitização 4. CONCLUSÃO
  • 3. 1.1 Contexto • A Captação de recursos por empresas nos dias atuais. • Securitização como nova ferramenta para captação de Recursos. 1. INTRODUÇÃO
  • 4. 1.2 Problema Qual a importância e utilidade da captação de recursos via securitização para a competitividade das empresas?
  • 5. 1.3 Hipótese Tem–se que uma maior utilização das operações de securitização fornece maior competitividade às empresas interessadas em realizar captação de recursos de forma mais efetiva e com menor custo possível.
  • 6. 1.4 Objetivo Geral e Específicos Objetivo Geral:  analisar o processo de securitização como forma de captação de recursos. Objetivo Específicos:  Conceituação do processo de securitização.  Apresentação do mercado de securitização brasileiro e mundial.  Analisar as vantagens e desvantagens do processo de securitização.
  • 7. 1.5 Metodologia  Exploratória e Bibliográfica Para Gil (2002, p. 41), as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a construir hipóteses, porém seu principal objetivo é o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições, seu planejamento é flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Andrade (2003, p.126), mostra que a pesquisa bibliográfica tanto pode ser um trabalho independente como se constitui no passo inicial de outra pesquisa.
  • 8. 2. SECURITIZAÇÃO COMO FORMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 2.1 Conceito  Securitização: é um processo de empacotamento de empréstimos individuais e outros instrumentos de débito, que são convertidos em títulos lastreados por este mesmo empréstimo e/ou instrumento de débito.  Originador: é o participante do processo que gera o ativo.  SPE: é uma empresa de propósito único e específico de comprar o pool de ativos do originador e emitir a ABS.  ABS (Asset Backed Securities): são os títulos lastreados em recebíveis.  FIDC (Fundos de Investimentos em Direito Creditório): são títulos lastreados em recebíveis, porém emitidos sem a participação de uma SPE.
  • 9. ORIGINADOR SPE INVESTIDORES ADMINISTRADOR PREÇO DE VENDA DAS ABS JUROS E PRINCIPAL PREÇO DE VENDA EXTRAÇÃO DO LUCROVENDA DE ATIVO FLUXO DE CAIXA ANTES DA SECURITIZAÇÃO MUTUÁRIO FLUXO DE CAIXA APÓS SECURITIZAÇÃO AGÊNCIAS DE RATINGS Estrutura Clássica do Processo de Securitização:
  • 10. Exemplo de um Processo de Securitização: Governo Brasileiro Bancos Investidores DÍVIDA DESÁGIO
  • 11. 2.2 Histórico Evolução:  Criadas por agências federais nos EUA na década de 30 para solucionar o problema de financiamento habitacional.  Na década de 70, a securitização se deu pela venda de empréstimos hipotecários na forma de pool totalmente garantido pelo governo.  Em 1985 iniciou-se nos EUA a securitização de longo prazo o qual foram emitidos 1,2 bilhões de ABSs.  Em 2001 foram emitidas 280 bilhões de ABSs.  Em 2003 foram emitidas 350 bilhões de ABSs. Tendências pós 1985: • Securitização de propósito imobiliário  para vários segmentos da economia. Ex: em Março de 1994 a Northwest Airlines foi à primeira companhia do setor aéreo a ingressar no mercado de securitização através da emissão de ABS. As ABSs foram lastreadas por recebíveis, os quais consistiam nos pagamento de bilhetes a serem feitos pelos clientes de Northwest. […] Similares ABS foram emitidas por empresas de cartões de crédito e por unidades de financiamento do automóvel.
  • 12. 3. MERCADOS DE SECURITIZAÇÃO 3.1 Mercado de Securitização no Brasil e no Mundo Brasil: O principal fator que estimula o crescimento do mercado de securitização brasileiros é a redução da: O cenário brasileiro de quedas na TAXA DE JUROS, é sem dúvida altamente favorável para o mercado de CRÉDITO IMOBILIÁRIO, pois aumenta o interesse de investimentos no MERCADO PRODUTIVO e investimentos em PAPÉIS DE LONGO PRAZO, em detrimento às aplicações de curto prazo no mercado financeiro. (apud PENNA JÚNIOR, 2004, p. 1) TAXA DE JUROS CONSUMO EMPRESTIMOS ORIGINADORES
  • 13. A securitização além de possibilitar a CAPTAÇÃO DE RECURSOS para empresas originadoras, não deixa de ser uma ferramenta de DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. A aptidão do mercado brasileiro de securitização se deu pela criação dos FIDCs pela CMN na resolução 2.907/01 e posteriormente com a regulamentação através das instruções 356/01 e 393/03 pela CVM. Volume do mercado de securitização brasileiro: Fonte: WATANABE, 2005, p. 2
  • 14. Principais Ativos-objeto das Securitizações no Brazil:  Empréstimos ao funcionalismo público  24%  Duplicatas comerciais  21%  Crédito Imobiliário  17% Dentre outros abaixo: Fonte: WATANABE, 2005, p. 3
  • 15. No Mundo: Quando falamos em mercado mundial de securitização, vale dizer que os EUA representa quase a totalidade das operações mundiais contabilizando 500 bilhões de dólares. Classificação Países componentes Milhões USD/Ano Mercado de Grande Volume Estados Unidos 500.000 ou mais Mercado Desenvolvido Reino Unido, Canadá, França, Austrália 500 Mercado em Desenvolvimento Argentina, México, Brasil, Chile, Espanha, Suécia, Itália, Japão, Hong Kong, Filipinas, Índia 25 a 500 Mercado em Fase Inicial Finlândia, Bélgica, Indonésia, Malásia - Fonte: MYERBERG, 2000, P. 150 Abaixo encontram-se a classificação dos mercados mundiais por volume de operações:
  • 16. O crescimento da securitização internacionalmente é inevitável, porém devido há alguns fatores esse crescimento pode tardar. Fatores que tardam o crescimento do mercado de securitização:  Falta de apoio governamental como estímulo à consolidação de um mercado financeiro seguro e Independente.  Altas taxas sobre atividades financeiras.  Carência de tecnologia.
  • 17. 3.1.1 Tipos de Ativos Securitizados Requisito básico  A existência de um fluxo de caixa. Leasings de Aeronaves Financiamentos de Casas Pré- Fabricadas Transportáveis Financiamento de Autos Financiamentos Hipotecários de Imóveis Leasings de Autos Leasing de vagões Financiamentos de Barcos Imóveis Recebíveis de Cartões de Crédito Financiamentos de Veículos de Recreação Financiamento de Giro de Concessionários (Floorplans) Fluxo de Royalties Leasings de Equipamentos Stranded Utility Costs (*) Empréstimos garantidos por Imóveis Duplicatas Financiamentos de Caminhões Leasings de Containers Marítimos e de Chassis (*) Compensações financeiras por custos incorridos pelas Distribuidoras de Energia Elétrica devido a mudanças regulatórias nos EUA Qualquer direito creditório pode ser objeto de securitização.
  • 18. 3.1.2 Securitização das Exportações Brasileiras  O processo se torna possível  fluxo de caixa.  O objetivo  antecipar recurso Procedimento: 1. O exportador brasileiro cede seus direitos creditórios a um SPE no exterior. 2. A SPE emite títulos lastreados nos contratos de exportação firmados, os quais posteriormente serão vendidos a investidores internacionais. 3. Após serem vendido as ABS, os valores devidos são remitidos ao exportador brasileiros. 4. O exportador embarca a mercadoria e os documentos deste embarque se destinam a SPE o qual coletará a importância devida do importador e remitirá os fundos aos investidores. Nesta última etapa os documentos poderão também ir diretamente para mão dos investidores. É importante não confundir com pré pagamento ou pagamento antecipado, pois o mesmo não há uma intermediação de uma SPE e serve como alternativa em casos que não há acordo ou confiança entre Exportares e Importadores.
  • 19. 3.1.3 Ratings e a Tomada de Decisão Finalidade  fornecer Informações adequadas aos investidores  Rating pode ser considerado como uma opinião fundamentada  As Rating Agencies possuem métodos e profissionais capacitados para à análise qualitativa, quantitativa e jurídica necessários para investigar os riscos de um negócio específico e, portanto, a possibilidade de um emissor vir ou não a cumprir com suas obrigações estabelecidas.  No processo de securitização as Rating Agencies exercem influencia direta na qualidade e transparência das operações.
  • 20. Categoria Moody’s Standard & Poor’s LONGO PRAZO Investment Grade Aaa, Aa1, Aa2, Aa3, A1, A2, A3, Baa1, Baa2, Baa3 AAA, AA+, AA, AA-, A+, A, A-, BBB+, BBB e BBB- Speculative Grade Ba1, Ba2, Ba3, B1, B2, B3, Caa1, Caa2, Caa3, Ca e C BB+, BB, BB-, B+, B, B-, CCC+, CCC, CCC-, CC e C CURTO PRAZO Investment Grade Prime-1, Prime-2 e Prime-3 A-1, A-2 e A-3 Speculative Grade Not Prime B e C Fonte: SOARES, 2005, p. 22 Classificação adotada pelas duas principais Rating Agencies: Um exemplo que pode mostrar as vantagens da classificação de um ativo pelas Rating Agencies:  A empresa Northwest anteriormente citada mesmo não estando em boas condições financeiras, desde que os certificados foram lastreados por recebíveis, eles obtiveram um rating AA.
  • 21. 3.1.4 Investidores de ABS Universo de Investidores % Companhias de Investimento 43 Companhias de Seguros 22 Administradores de Fundos 16 Governos Federal, Estaduais e Municipais 5 Empresas 4 Fundos Mútuos 3 Fundos de Pensão 3 Outros 5 Fonte: Moody's
  • 22. 3.2 Vantagens e desvantagens da securitização Vantagens: A maior vantagem é a desintermediação financeira e destina-se tanto ao originador quanto ao investidor. INVESTIDORES BANCOS CAPTADORES SECURITIZAÇÃO 3X% X% FINANCIAMENTO 5X%
  • 23. Outras Vantagens da Securitização PARA OS INVESTIDORES PARA AS EMPRESAS Segregação do risco da empresa - elimina o risco de concordata ou falência Custo de captação mais adequado - menos impostos, com prazos mais adequado ao fluxo de caixa Diversificação de ativos Libera as linhas de crédito bancário Maior transparência e confiabilidade das publicações de balanços auditados e registros na CVM Melhora os índices financeiros Defesa contra incertezas e informação real time Informações limitadas aos ativos securitizados Possibilidade de adquirir títulos com rating As classificações dos recebíveis determinam a taxa de juros Fonte: VIAN, 2005, P. 29
  • 24. Desvantagens Gerais:  Operação complexa  Vários fatores externos incidem.  Tempo  É uma desvantagem para empresas que necessitam de recursos de imediato.  Custos  Podem ser inviáveis para operações com pequenos valores. Desvantagens Específicas:  Carência de regulamentações em mercados em fase embrionária  Poderá afastar os investidores interessados.  Carência de profissionais com conhecimento.
  • 25. 4. CONCLUSÃO Conclui- se que a securitização como captação de recursos e desintermediação financeira é uma importante ferramenta de alavancagem, que propicia excelentes vantagens as empresas e empresários interessados.