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E. E. Antonio Pinto Pereira
   Prof.ª Gecieny Ferraz Graf

      Aquarela e Toquinho

  3º Ano – Ensino Fundamental
Aquarela
   e
Toquinho
A história da música "Aquarela", de
                   Toquinho
• Toquinho:
O nome de Toquinho quase sempre é associado
ao de Vinícius. Uma associação correta, mas que
nem sempre faz justiça à qualidade de compositor
de Toquinho. Ele compôs clássicos, mesmo sem
Vinícius, e algumas de suas músicas se
eternizaram no cancioneiro popular do Brasil (e
não só do Brasil). Do site oficial de Toquinho,
conta-se a bela história de Aquarela, sucesso no
Brasil e em vários países do mundo
• Em 1982, após vários anos de apresentações
  na Itália, Toquinho já era um nome de destaque
  naquele país. O empresário Franco Fontana
  resolvera gravar um disco com Toquinho, com
  músicas novas. Para isso escolheu o músico
  italiano Maurizio Fabrizio, que havia vencido o
  festival de San Remo e que, na visão de
  Franco,         concentrava      características
  semelhantes às do violonista brasileiro.
• Do encontro dos dois resultou uma generosa
  parceria, e foi Franco que apresentou Toquinho
  ao Maurizi.
•     Conversa de Toquinho com Maurizi na
    reprodução de uma entrevista: “Nós temos que
    fazer músicas. Vamos combinar uma coisa: o
    que você não gostar daquilo que eu faço, me
    fala. E o que eu não gostar do que você faz, eu
    falo. Tudo bem?”. Ele concordou e começou a
    mostrar uma música. Achei meio chata a
    primeira parte, mas quando ele entrou na
    segunda parte, eu gostei, lembrava a primeira
    parte de “Uma rosa em minha mão”, que fiz
    com Vinicius, em 1974, para a novela “Fogo
    Sobre Terra”, da Globo.
• Então, toquei para ele, que, em seguida, começou
  com a segunda parte da música dele. Uma se
  encaixou na outra, naturalmente, na primeira
  tentativa, era a primeira música que ele me
  mostrava... Assim, gastamos nem três minutos para
  fazer a música que seria conhecida como
  “Acquarello”, em italiano, que é a nossa “Aquarela”.
  “Achei bonita, me animei, e nos outros dias fizemos
  umas oito melodias. Maurizio voltou para a Itália
  para criar os arranjos e trabalhar com o letrista. Eu
  não confiava nessa música como música de
  sucesso, nem imaginava isso. Para mim, era só
  uma canção de meio de disco. Então, me
  mostraram todas as letras e, por fim, a última:
  “Acquarello”.
• É uma letra mágica: desperta a criança que
  carregamos dentro de nós, reforça o romantismo
  da amizade, aviva as delícias de se ganhar o
  mundo com a rapidez moderna, e, por fim, nos
  alerta para o enigma do futuro que guarda em
  seu bojo a implacável ação do tempo, fazendo
  tudo perder a cor, perder o viço, perder a força.
• Gravei o disco e fizemos o lançamento em
  Sanremo – conta Toquinho. – Depois da
  primeira    apresentação       de    “Acquarello”,
  começaram a pipocar comentários os mais
  maravilhosos, o disco saiu com 30 mil cópias,
  que se esgotaram no segundo dia.
• Fui o primeiro artista brasileiro a ganhar um
  Disco de Ouro na Itália – 100.000 cópias, como
  aqui. Virei artista popular fora do Brasil! Então,
  resolveu-se gravar a música em português. Aqui
  no Brasil virou tema de publicidade, tarefa de
  escola para a criançada, e até hoje é exigida e
  cantada nos shows, como na época de seu
  lançamento. “Aquarela” foi um marco em minha
  carreira, como seria na de qualquer outro –
  continua Toquinho. – Uma coisa definitiva na
  vida de um compositor.
Aquarela
• Aquarela é uma música que tem algo melhor,
  quem sabe a força da ingenuidade infantil ligada
  a um encanto popular que emociona. O primeiro
  acorde já levanta as pessoas. Consolidou-se,
  tanto na Itália como aqui, na América do Sul e
  na Europa.
• Quanto à letra da música, começa assim:
  Numa folha qualquer / eu desenho um sol
  amarelo / E com cinco ou seis retas / é fácil
  fazer um castelo / Corro o lápis em torno da
  mão / e me dou uma luva / E se faço chover
  com dois riscos / tenho um guarda-chuva.
  Começa tratando do universo infantil, do prazer
  que a criança sente em se expressar
  desenhando em qualquer papel - mesmo na
  agenda novíssima da mãe, ou na parede da
  sala que a avó acabou de reformar - a sua
  impressão sobre o mundo e as coisas que a
  rodeiam.
• Se um pinguinho de tinta / cai num
  pedacinho azul do papel / Num instante
  imagino / uma linda gaivota voar no céu.
  Nestes versos a referência à capacidade que
  a criança tem de transformar as coisas, de
  usar sua imaginação para tornar o mundo à
  sua volta mais bonito. Para a criança,
  realidade e fantasia se misturam em um
  mesmo mundo, o seu. Aos poucos, a criança
  vai começando a separar e ao se tornar
  adulta, por vezes mergulhada demais na
  realidade, esquece de sonhar.
• Vai voando, contornando a imensa curva /
  norte –sul / Vou com ela viajando Havaí,
  Pequim / ou Istambul. Aqui o início do
  conhecimento sobre os lugares, sobre o
  mundo que nos rodeia. À medida que
  crescemos tomamos consciência do nosso
  espaço geográfico, percebemos que além das
  nossas casas existem outras casas, que além
  do nosso bairro existem outros bairros, que
  além da nossa cidade existem outras cidades,
  outros     Estados,    países,  continentes,
  planetas... outras formas de vida? E assim
  vamos contornando a imensa curva ou o ciclo
  da vida humana.
• Pinto um barco a vela branco navegando / É
  tanto céu e mar num beijo azul / Entre as
  nuvens, vem surgindo / um lindo avião rosa e
  grená / Tudo em volta colorindo, / com suas
  luzes a piscar / Basta imaginar e ele está
  partindo, / sereno, lindo / E se a gente quiser,
  ele vai pousar. Todos nós, em algum momento de
  nossas vidas quisemos ser um barco à vela
  branco navegando. Um barco branco, sem
  manchas, sem marcas. Assim nos pintamos
  quando crianças, temos sentimentos nobres,
  queremos ser médicos e salvar as pessoas...
  queremos ser professores para ensinar as
  crianças... queremos ser marinheiros e viajar o
  mundo todo.
• Numa folha qualquer / eu desenho um
  navio de partida / Com alguns bons
  amigos / bebendo de bem com a vida.
  Partimos da infância, mas no barco que
  desenhamos estamos levando uma
  carga de lembranças e atitudes que
  aprendemos. Assim como traumas,
  medos e bloqueios que talvez tenhamos
  que carregar por toda a vida. Porque o
  que a criança vive na infância, ela leva
  para a vida toda.
• De uma América a outra / eu consigo passar num
  segundo / Giro um simples compasso / e num círculo
  eu faço o mundo. Quando somos jovens tudo nos
  parece fácil de resolver, não há perigo que nos prive de
  uma boa aventura... o mundo nos pertence.
• O menino caminha / e caminhando chega no muro / E
  ali logo em frente / a esperar pela gente o futuro está.
  Mas precisamos crescer, nos tornar responsáveis, tomar
  decisões importantes. Todos os dias temos um muro à
  nossa frente, um problema a ser resolvido, um obstáculo
  a ser superado. Chegamos em cima do muro para ver
  qual o melhor caminho a seguir, para contemplar a
  paisagem, para ver o que há além do nosso quintal, para
  olhar o infinito. Mas não podemos ficar em cima do muro,
  o mundo nos pede atitude, o futuro nos espera, a vida
  escorre pelas mãos.
• E o futuro é uma astronave / que tentamos pilotar /
  Não tem tempo nem piedade, / nem tem hora de
  chegar. Metáfora fantástica, o futuro é uma astronave
  que tentamos pilotar. Realmente, tentamos, quando
  projetamos o futuro.
• Sem pedir licença muda a nova vida / e depois
  convida a rir ou chorar. São muitas as surpresas que
  acontecem em nossa vida, às vezes boas, às vezes
  más. Com as quais precisamos conviver e aprender
  sempre.
• Nessa estrada não nos cabe conhecer / ou ver o
  que virá / O fim dela ninguém sabe / bem ao certo
  onde vai dar. Não podemos ver ou prever o futuro. A
  nossa vida é essa estrada que não sabemos onde vai
  dar, onde vai terminar, como vai terminar, só podemos
  seguir.
• Vamos todos numa linda passarela / de uma aquarela
  que um dia enfim / Descolorirá. E assim seguimos.
  Desfilando numa estrada-passarela, com nossos sonhos,
  nossas vontades, nossa personalidade; com nossas
  qualidades e defeitos sendo muitas vezes maquiados à
  custa das circunstâncias, porque temos o olhar atento do
  outro seguindo nossos passos, registrando nossos fracassos
  e conquistas. Mas nessa passarela precisamos dar o melhor
  de nós mesmos, deixar bons registros de nossa passagem.
• Numa folha qualquer / eu desenho um sol amarelo / Que
  descolorirá / E com cinco ou seis retas / é fácil fazer um
  castelo / Que descolorirá / Giro um simples compasso /
  e num círculo eu faço o mundo / Que descolorirá. As
  fantasias de criança se dissipam com a maturidade; o jeito
  infantil de ver o mundo também cresce; a certeza de que se
  pode fazer tudo é revista. Temos por fim, a atualidade de
  Heráclito “A única coisa permanente da vida é a mudança”,
  porque tudo um dia descolorirá...
Aquarela - Toquinho - Escola APP - Prof.ª Gecieny

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Aquarela - Toquinho - Escola APP - Prof.ª Gecieny

  • 1. E. E. Antonio Pinto Pereira Prof.ª Gecieny Ferraz Graf Aquarela e Toquinho 3º Ano – Ensino Fundamental
  • 2. Aquarela e Toquinho
  • 3.
  • 4. A história da música "Aquarela", de Toquinho • Toquinho: O nome de Toquinho quase sempre é associado ao de Vinícius. Uma associação correta, mas que nem sempre faz justiça à qualidade de compositor de Toquinho. Ele compôs clássicos, mesmo sem Vinícius, e algumas de suas músicas se eternizaram no cancioneiro popular do Brasil (e não só do Brasil). Do site oficial de Toquinho, conta-se a bela história de Aquarela, sucesso no Brasil e em vários países do mundo
  • 5. • Em 1982, após vários anos de apresentações na Itália, Toquinho já era um nome de destaque naquele país. O empresário Franco Fontana resolvera gravar um disco com Toquinho, com músicas novas. Para isso escolheu o músico italiano Maurizio Fabrizio, que havia vencido o festival de San Remo e que, na visão de Franco, concentrava características semelhantes às do violonista brasileiro. • Do encontro dos dois resultou uma generosa parceria, e foi Franco que apresentou Toquinho ao Maurizi.
  • 6. Conversa de Toquinho com Maurizi na reprodução de uma entrevista: “Nós temos que fazer músicas. Vamos combinar uma coisa: o que você não gostar daquilo que eu faço, me fala. E o que eu não gostar do que você faz, eu falo. Tudo bem?”. Ele concordou e começou a mostrar uma música. Achei meio chata a primeira parte, mas quando ele entrou na segunda parte, eu gostei, lembrava a primeira parte de “Uma rosa em minha mão”, que fiz com Vinicius, em 1974, para a novela “Fogo Sobre Terra”, da Globo.
  • 7. • Então, toquei para ele, que, em seguida, começou com a segunda parte da música dele. Uma se encaixou na outra, naturalmente, na primeira tentativa, era a primeira música que ele me mostrava... Assim, gastamos nem três minutos para fazer a música que seria conhecida como “Acquarello”, em italiano, que é a nossa “Aquarela”. “Achei bonita, me animei, e nos outros dias fizemos umas oito melodias. Maurizio voltou para a Itália para criar os arranjos e trabalhar com o letrista. Eu não confiava nessa música como música de sucesso, nem imaginava isso. Para mim, era só uma canção de meio de disco. Então, me mostraram todas as letras e, por fim, a última: “Acquarello”.
  • 8. • É uma letra mágica: desperta a criança que carregamos dentro de nós, reforça o romantismo da amizade, aviva as delícias de se ganhar o mundo com a rapidez moderna, e, por fim, nos alerta para o enigma do futuro que guarda em seu bojo a implacável ação do tempo, fazendo tudo perder a cor, perder o viço, perder a força. • Gravei o disco e fizemos o lançamento em Sanremo – conta Toquinho. – Depois da primeira apresentação de “Acquarello”, começaram a pipocar comentários os mais maravilhosos, o disco saiu com 30 mil cópias, que se esgotaram no segundo dia.
  • 9. • Fui o primeiro artista brasileiro a ganhar um Disco de Ouro na Itália – 100.000 cópias, como aqui. Virei artista popular fora do Brasil! Então, resolveu-se gravar a música em português. Aqui no Brasil virou tema de publicidade, tarefa de escola para a criançada, e até hoje é exigida e cantada nos shows, como na época de seu lançamento. “Aquarela” foi um marco em minha carreira, como seria na de qualquer outro – continua Toquinho. – Uma coisa definitiva na vida de um compositor.
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  • 11. Aquarela • Aquarela é uma música que tem algo melhor, quem sabe a força da ingenuidade infantil ligada a um encanto popular que emociona. O primeiro acorde já levanta as pessoas. Consolidou-se, tanto na Itália como aqui, na América do Sul e na Europa.
  • 12. • Quanto à letra da música, começa assim: Numa folha qualquer / eu desenho um sol amarelo / E com cinco ou seis retas / é fácil fazer um castelo / Corro o lápis em torno da mão / e me dou uma luva / E se faço chover com dois riscos / tenho um guarda-chuva. Começa tratando do universo infantil, do prazer que a criança sente em se expressar desenhando em qualquer papel - mesmo na agenda novíssima da mãe, ou na parede da sala que a avó acabou de reformar - a sua impressão sobre o mundo e as coisas que a rodeiam.
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  • 14. • Se um pinguinho de tinta / cai num pedacinho azul do papel / Num instante imagino / uma linda gaivota voar no céu. Nestes versos a referência à capacidade que a criança tem de transformar as coisas, de usar sua imaginação para tornar o mundo à sua volta mais bonito. Para a criança, realidade e fantasia se misturam em um mesmo mundo, o seu. Aos poucos, a criança vai começando a separar e ao se tornar adulta, por vezes mergulhada demais na realidade, esquece de sonhar.
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  • 16. • Vai voando, contornando a imensa curva / norte –sul / Vou com ela viajando Havaí, Pequim / ou Istambul. Aqui o início do conhecimento sobre os lugares, sobre o mundo que nos rodeia. À medida que crescemos tomamos consciência do nosso espaço geográfico, percebemos que além das nossas casas existem outras casas, que além do nosso bairro existem outros bairros, que além da nossa cidade existem outras cidades, outros Estados, países, continentes, planetas... outras formas de vida? E assim vamos contornando a imensa curva ou o ciclo da vida humana.
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  • 18. • Pinto um barco a vela branco navegando / É tanto céu e mar num beijo azul / Entre as nuvens, vem surgindo / um lindo avião rosa e grená / Tudo em volta colorindo, / com suas luzes a piscar / Basta imaginar e ele está partindo, / sereno, lindo / E se a gente quiser, ele vai pousar. Todos nós, em algum momento de nossas vidas quisemos ser um barco à vela branco navegando. Um barco branco, sem manchas, sem marcas. Assim nos pintamos quando crianças, temos sentimentos nobres, queremos ser médicos e salvar as pessoas... queremos ser professores para ensinar as crianças... queremos ser marinheiros e viajar o mundo todo.
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  • 20. • Numa folha qualquer / eu desenho um navio de partida / Com alguns bons amigos / bebendo de bem com a vida. Partimos da infância, mas no barco que desenhamos estamos levando uma carga de lembranças e atitudes que aprendemos. Assim como traumas, medos e bloqueios que talvez tenhamos que carregar por toda a vida. Porque o que a criança vive na infância, ela leva para a vida toda.
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  • 22. • De uma América a outra / eu consigo passar num segundo / Giro um simples compasso / e num círculo eu faço o mundo. Quando somos jovens tudo nos parece fácil de resolver, não há perigo que nos prive de uma boa aventura... o mundo nos pertence. • O menino caminha / e caminhando chega no muro / E ali logo em frente / a esperar pela gente o futuro está. Mas precisamos crescer, nos tornar responsáveis, tomar decisões importantes. Todos os dias temos um muro à nossa frente, um problema a ser resolvido, um obstáculo a ser superado. Chegamos em cima do muro para ver qual o melhor caminho a seguir, para contemplar a paisagem, para ver o que há além do nosso quintal, para olhar o infinito. Mas não podemos ficar em cima do muro, o mundo nos pede atitude, o futuro nos espera, a vida escorre pelas mãos.
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  • 24. • E o futuro é uma astronave / que tentamos pilotar / Não tem tempo nem piedade, / nem tem hora de chegar. Metáfora fantástica, o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Realmente, tentamos, quando projetamos o futuro. • Sem pedir licença muda a nova vida / e depois convida a rir ou chorar. São muitas as surpresas que acontecem em nossa vida, às vezes boas, às vezes más. Com as quais precisamos conviver e aprender sempre. • Nessa estrada não nos cabe conhecer / ou ver o que virá / O fim dela ninguém sabe / bem ao certo onde vai dar. Não podemos ver ou prever o futuro. A nossa vida é essa estrada que não sabemos onde vai dar, onde vai terminar, como vai terminar, só podemos seguir.
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  • 26. • Vamos todos numa linda passarela / de uma aquarela que um dia enfim / Descolorirá. E assim seguimos. Desfilando numa estrada-passarela, com nossos sonhos, nossas vontades, nossa personalidade; com nossas qualidades e defeitos sendo muitas vezes maquiados à custa das circunstâncias, porque temos o olhar atento do outro seguindo nossos passos, registrando nossos fracassos e conquistas. Mas nessa passarela precisamos dar o melhor de nós mesmos, deixar bons registros de nossa passagem. • Numa folha qualquer / eu desenho um sol amarelo / Que descolorirá / E com cinco ou seis retas / é fácil fazer um castelo / Que descolorirá / Giro um simples compasso / e num círculo eu faço o mundo / Que descolorirá. As fantasias de criança se dissipam com a maturidade; o jeito infantil de ver o mundo também cresce; a certeza de que se pode fazer tudo é revista. Temos por fim, a atualidade de Heráclito “A única coisa permanente da vida é a mudança”, porque tudo um dia descolorirá...