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Elvandro Burity

  M açons

dEExpressões
     da
   almao

  Passado...
     Rio de Janeiro
         2013


   Edição virtual
Capa elaborada pelo autor
 através de recursos disponibilizados no Corel .
Ao fundo tela Águas Revoltas IV de Ticon -1990.
        Fotografias do álbum da família.
Outra figuras obtidas por pesquisa na internet.




                   Impresso
           RosaNorte Artes Gráficas
           Tel. 0 xx 21 3105-5471
INTERPRETAÇÃO EX-LIBRIS
EX-LIBRIS

[Do lat. ex libris, ‘dos livros de’.] S. m. 2 n.

1. Fórmula que se inscreve nos livros, acompanhada do nome, das iniciais ou de outro
sinal pessoal, para marcar possessão.

2. Pequena estampa, ger. alegórica, que contém ou não divisa, e vem sempre acompa-
nhada do próprio termo ex libris e do nome do possuidor, a qual se cola na contracapa
ou em folha preliminar do livro.

INTERPRETAÇÃO:

Âncora - emblema de uma esperança bem fundamentada e de uma vida bem empregada.

Ampulheta - o tempo que voa e vida humana que se escoa, semelhante, ao cair da
areia.

Pensador - cada ser humano com sua individualidade física ou espiritual, portador de
qualidades que se atribuem exclusivamente à espécie humana, quais sejam, a racionalidade,
a consciência de si, a capacidade de agir conforme fins determinados e o discernimento
de valores.

Livro com os óculos - no passado, no presente ou no futuro nunca esteve só quem
teve um bom livro para ler e boas idéias sobre as quais meditar.

A expressão latina “PRIMUM VIVERE, DEINDE PHILOSOPHARI” - Primeiro
viver, depois filosofar. Na certeza de que a vida é expansão... se quiser triunfar aplique-
se à sua vocação... na grande escola da vida trabalhe com firmeza para ousar ter uma
tranquila velhice.
Do mesmo autor:
- A Dinâmica dos Trabalhos - 1987 - FBN 41.637
- Loja Cayrú 100 Anos de Glórias
- Revivendo o Passado... - FBN 277.471
- Ecos do Centenário
- Caminhos do Ontem
- Fatos e Reflexões...
- Contos e Fatos
- 30 Anos de Trabalhos à Perfeição (versão virtual)
- Em Loja! (edição virtual)
- Loja Cayrú 100 Anos de Glórias (2a. ed. versão virtual)
- Ecos do Centenário (2a. ed. versão virtual)
- Ao Orador de uma Loja (ediçao virtual)
- Dito Feito (FBN 354.520)
- Coletânea para um Mestre Maçom (edição virtual)
- Companheiro Maçom (edição virtual)
- O Desafio Versejar... Viajando pela Imaginação - FBN 359.618
- Ao Secretário de uma Loja... Alguns Procedimentos (edição virtual)
- É Preciso Saber Viver... (1a. e 2a. edição virtual)
- Só Poetrix (edição virtual)
- Glossário Maçônico (edição virtual)
- Cronologia Maçônica (edição virtual)
- Gotas Poéticas - FBN 374.355 e edição virtual
- Marujo? Sim... - FBN 377.251 e edição virtual
- Uma Conversa Diferente (edição virtual)
- Na Trilha do Social (edição virtual)
- Mestre Instalado - Um Pequeno Ensaio (edição virtual)
- O Príncipe dos Joralistas - Pequena Antologia de Carlos de Laet
(edição virtual)
- Maçons do Passado (edição virtual)
- Pequeno Dicionário Prático Maçônico (edição virtual)
- EU, poetificando... (edição independente - Bienal do Livro -
RioCentro - RJ - 2009 e 2a. edição virtual)
- Somente Aldravias (edição vitual)
- Rien que des Aldravias - edição bilingue português/francês) -
IBSN 9 782846 683425 (Salão do Livro de Paris - Março/2012)
PEQUENA FAMÍLIA

                         1963 - 2013


as horas que há 50 anos me estimula e apoia, enfrentando com
        À minha mulher, companheira, cúmplice e amiga de todas


nossas vidas. Pelas alegrias, sonhos acalentados, dias
ânimo elevado, carinho e dedicação os momentos difíceis de
compartilhados, pelos risos e lágrimas, nossos sucessos e até
desapontamentos.

importante, razão de minha vida, pelo incentivo.
       À minha filha, a segunda tarefa e a segunda, mais

         A todas as pessoas com as quais, nos últimos 50 anos,
um dia, fizeram parte deste caminhar, obrigado pela indulgência.
Obrigado aos “contrários”. Efetivamente, deles não mereci os
desdéns ou a qualificação de que o meu casamento era uma
“farsa”.
        Alguém dirá estranho gesto de gratidão. Com muita
propriedade a “Balada de Louco”, de Arnaldo Baptista e Rita
Lee, inerpretação de Ney Matogrosso, assim se encerra:
          “Mais louco é quem diz que não é feliz”.
        A desorientação social que marca a vida atual, pós-
industrial, deriva da incapacidade de traçarmos as coordenadas
de nosso presente e definirmos com lucidez o porto de atracação
de nossa felicidade... Não posso perder a confiança em mim
mesmo e na pessoa com que compartilho as Bodas de Ouro.


                                Com muito axé.
                                                     O autor


                               6
Família! Família!

                      Vive junto todo dia.




Da direita para a esquerda: Elvandro, Daise e a nossa filha Elda.
                     Família êh! Família ah!

                     Família êh! Família ah!




                                 7
Daise e Elvandro Burity
12/01/1963 - 12/01/2013
Bodas de Ouro

           8
(ALEGRIA... que me anima)


            ALEGRIA

           São as luzes...
São as chamas... que me dão calor
           E muito mais!
    Meus sonhos e quimeras...
           É preciso crer!
           É preciso crer!
      Nas confidências e juras
Nestes versos porejam sentimentos...
           É preciso crer!
         Felicidade perene.
    ALEGRIA... que me anima.




                  9
RETROSPECTIVA...

Naqueles tempos existia o que chamado álbum de Nossas Nupcias,
onde os noivos guardavam as fotografia do casamento.




Para montar esta retrospectiva, recorremos à algumas fotografias,
esmaecidas pelo tempo, mas que são prova incontestável do início
de uma cinquntenária caminhada.

|Troca de fotografias, início do namoro - 29.01.1961




O noivado - 09.04.1961




                                10
O casamento - 12.01.1963




                           11
Documento emitido logos após a celebração do casamento




                             12
Cortando o bolo




                  13
Árvore genealógica




                     14
15
(lutando contra o tempo)


TEMPO E ETERNIDADE

 Voltar o tempo impossível...
     Passa o tempo fugaz
   Gotejando tal uma torneira
 Parecendo areia de ampulheta
    Vai o tempo escoando...
    Não somos eternidade...
Não há como as horas enganar...
      Ah! Se eu pudesse
       No tempo voltar...
  Pro futuro daria um prazo...
   Lutando contra o tempo...
     Viveria do passado...
        Sem lamentos...
      Dele sinto saudade.
Mas quem não sente o tempo...
        passar... voar...




               16
(no vazio das calçadas)


   LEMBRANÇAS...

 No asfalto cintilam gotas
    de noturno pranto
     e na delgada rua
    me faço presente.
  No vazio das calçadas
meus passos perambulam.
Nas sombras daquele chão
     o que encontro?
     A nossa amizade
e magistrais lembranças...




             17
(o meu caminho)


 PROSSIGO SINGRANDO...

Qual gaivota coroando o espaço...
 Entre encontros e desencontros,
       alegrias e tristezas...
Contigo Daise prossigo singrando...
         o meu csminho...




                 18
(palavras mutiladas)


  DELÍRIO DE SONHOS...

         Nos meus sonhos
        Nada me pertence...
           Nada nítido...
        Viajando em sonhos
     Com palavras mutiladas
Entre lágrimas e suores me inundo...
 Deixando voar minha imaginação
           Tudo passa...
         A dor transpassa...




                  19
(desejos)


    ETERNO NAMORADO

   Tal sol se indo... se pondo...
Meus desejos nascem explodindo...
          Desejos carnais
      ao vento se exaurindo...
    Sou teu eterno namorado.
Não sou um companheiro frustado...




                20
(cinquentenário relacionamento)


            AMOR...

        Quero alcançá-la...
      Num abraço bem forte
    apertá-la em meus braços...
   Quero que tudo desapareça...
  Que somente nós dois existamos.

    Nossos lábios se tocando...
    E eu, demais, te querendo...
        Tudo isto realidades
de um cinquentenário relacionamento.




                  21
(o amanhã)


QUESTÃO DE TEMPO...

     Só me sinto inteiro
  Se me divido em amor...

      Sou este caos...
   Fantasma de rebeldia...

        Sou sombra
       Sou espanto...

  Não tenho mais pressa...
   Agora conto o tempo.

      Conto as rugas...
        O amanhã

Tudo é uma questão de tempo.




              22
(meus passos)


       MEUS PASSOS

    Sei que não te esqueço
Muita vezes não faço o teu jogo
Um lugar, um sorriso, um aceno...
   Retraço os meus passos.
  Não me canso de fazê-lo.




                 23
(inquietude)


           DOCE AMOR

     Teu sorriso invade minh’alma
     Teu olhar refresca e acalma...
      Fico cheio de ansiedades...
    Ainda vivo a magia do encanto.
 Vivo o encanto de sedutores abraços.
    De tua companhia me alimento.

            Nesta inquietude
  Pensando bem, não tenho dúvidas.
      Tudo que vem de ti é preciso.
     Nestes versos vale o improviso
     Pois nesta história de 50 anos
do teu não querer, também, me alimento:
            Meu doce amor.




                   24
(terra quente a palpitar)


      NESTA VIDA

          Nesta vida
         Tudo passa...
           Os sonhos
Estes passam mais depressa.
          Nesta vida
  Por caminhos tortuosos
 Colhemos algumas flores.
 Assim a vida foi passando...
          Nesta vida
 Momentos felizes ou tristes
Eis o tempo gerando a vida...
          Nesta vida
  No céu da noite estrelas
   No mar espuma branca
      Em terra cigarras.
  Pela manhã abro a janela
Um raio de sol me incandesce
  Terra quente a palpitar...
          Nesta vida:
          quanta luz...
        quanta beleza...




               25
(soturno conheiro)


 O TEMPO QUE VOA...

  O tempo passa depressa...
   Oh! Tempo surdo-mudo
       Tudo surpresa...
 Como as pessoas esquecem.
         Oh! Tempo
      soturno cocheiro
     Deste carro fúnebre.
         Oh! Tempo
        Passa logo...
      Passa depressa...
           Espera!
        Eu não notei!
     Oh! Tempo que voa
          sem volta
cinquenta anos se passaram...




              26
(é bom demais)


  O TEMPO PASSA...

O tempo passa e tudo leva...
      O meu coração
       Bate... Bate...
     É bom demais...
    A doçura de tua voz
Tua imagem em meus olhos
O cheiro de tua macia pele.




              27
(voltamos a “amar”)


     POR QUE NÃO

 Tudo não parece acabado
  A saudade é um legado.
       No amanhã...
       Um abraço.
       Um sorriso.
Como se fosse a primeira vez
   voltamos a “amar”.




             28
(poeira que o vento leva)


   NO AR SE ESVAI...

     As horas se esvaem
  rotineiras... implacáveis...

Tudo poeira que o vento leva
    que no ar se esvai.




                 29
(reviver em versos)


ESCREVENDO UMA HISTÓRIA

     Como sonho surgiste...
            Fui atrás...
       Em tua “malha” cai.
 Estranho! Parece algo de louco.
   Coisa do destino? Não sei.
Acredite! Esta história reescrevo...
   Para em versos... reviver...




                 30
(a vida continua)


       GELO NO CORAÇÃO

   Perdoemos a mão que nos prende
       Há tropeços pelo caminho.
    A rosa se defende com espinhos.
            A vida continua...
   Quando ouço o sussurrar do vento
     Vejo o reluzir no firmamento.
Testemunho o purpurino manto da aurora
  Momentos que sinto minha alma alar.
       Oh! Natureza! Extasiado...
              divagando ...
               Inspirado...
           componho versos.
 Num misto de prazeres ou lembranças
            a vida continua.
        Melhor poesia na cabeça
         que gelo no coração.




                   31
(no tempo voltaria...)


SE EU FOSSE VENTO

   Que todos vivam
   o que vivo agora...
      No meu peito
contáveis recordações....

    Neste turbilhão
      fico quieto
   Se eu fosse vento
 Ah! Se eu fosse vento
  no tempo voltaria...




           32
(versos cheios de amor e fantasias)


         MEU CORAÇÃO

      Não faço versos com rima
  São feitos de sonhos e sentimentos.
   Meu coração em ritmo vintaneiro
     Pulsa cordas de emoções...

   Para suavizar tais momentos...
Faço versos cheios de amor e fantasias.
   Meu coração parece que bebeu
   se embriaga pensando em você.




                    33
(o tempo não apaga )


    O TEMPO NÃO APAGA...

      Meu corpo ginga desejos
Meus lábios queimam fortes ardências
        Um amor polivalente
     Meu corpo ginga desejos.
         Meus olhos luzem
       vontades e prazeres ...
        Doces lembranças...
      que o tempo não apaga...




                 34
(relato fatos)


        POR QUE ESCREVO

        Escrevo aquilo que sinto
         sem esvaziar opiniões
           Assim escrevendo
         Extravaso insatisfações

    Escrevo da nobreza e da pobreza
             Relato fatos
       Escrevo aquilo que sinto.

Mesmo reconhecendo as minhas limitações
    Com furor... E ingênuo ímpeto...
          Explorando hábitos
        e costumes humanistas
  Escrevo crônicas, prosas e poesias.

       Sem galvanizar façanhas
      Mesmo sem especular lendas
        É gratificante escrever...

            Por que escrevo
      Escrevo em nome da beleza
 Do amor e da desinteressada amizade...
           Que são eternos.



                    35
(alma sofrida)


  BOLAS DE SABÃO

       Aflição...
       Solidão...
       Silêncio...
      Alma sofrida.

       Face triste
Um vazio sangra minh’alma
       Quimeras...
São apenas bolas de sabão.




            36
(contorno de um rosto)


SAUDOSAS LÁGRIMAS

A alegria desperta a memória
    mastiga lembranças.
     Teus olhos escuros
  no contorno do teu rosto
  rolam saudosas lágrimas.




             37
(a noite é mestra)


EXPLICAÇÕES E RESPOSTAS

   Com os olhos no horizonte
      Vejo o dia agonizar...
       o sol se despedir...
   Contigo nada me intristece...
         A noite é mestra
em remarcar no peito as alegrias...
  As tristezas... Para apagá-las
na meditação deixo-me devanear...




                38
39
ALDRAVIA

     Aldravia é uma composição poética MINIMALISTA.
     Não é um empilhamento de palavras

                      Resumidamente:
             Conta com 6 versos e 6 palavras.
            Somente uma palavra em cada verso.
                        Minimalismo.
     Deixa uma ideia clara e ao mesmo tempo subliminar.
              Uso de metonímia e sinédoque
                     Uso de metáforas.

Doce
Desejo
Querer
Ardente
Cegos
Sentimentos


                                                    Morena
                                                     Faceira
                                                     Corres
                                                     Esbelta
                                                      Esguia
                                                   Charmosa




                             40
Amor
Presença
Carinho
Sorriso
Me
Abraça

                        Astros
                     IIuminam
                         Belos
                    Momentos
                           Da
                          Vida

Olhares
Se
Cruzaram
Nossas
Amas
Se
Reconheceram




               41
POETRIX

        O que é poetrix? Poema contemporâneo criado pelo poeta
baiano Goulart Gomes, no final da década de 90. Constituído
com no máximo 30 (trinta) sílabas métricas distribuídas em 03
(três) versos (terceto). O potrix é dissidente dos haikais, de origem
japonesa. Diferentemente do haikai, exigível um título, que não
entra na contagem silábica e pode dar complementariedade ao
texto. O poetrix é uma forma brasileira de compor tercetos.


BRUXO
No silêncio
Entre o belo e o luxo
um sofrido bruxo

                                                   HISTÓRIA
                                                Sonhos e vitórias
                                              Fracassos e glórias
                                         Compõem minha história


                    O AMOR ENCANTA
                     Na vida o ideal fascina
                        O amor encanta
                     O agora já não seduz
ALMA MENDIGA...
Em minh’alma
Meus versos são cantigas
De amor, de paz e acalento


                                      NO JOGO DA VIDA
                                           No jogo da vida
                                           Algumas apostas
                                      Ah! Não posso revelar


BUSCA...
Passarinho conquista o espaço
Eu busco o teu carinho
Para eternamente te amar


                                         FUNDO DO BAÚ
                                          Lá no fundo do baú
                                   no meu coração guardado,
                        está guardado o nome de minha amada
Gastamos, apenas, alguns minutos para casar.
Esperamos meio século para comemorarmos
          BODAS DE OURO




             Daise e Elvandro
           12/1/1963 - 12/1/2013




                     44
AMAR NÃO DÓI (*)
        Por que sofremos tanto por amor?
        O certo é, por amor, não sofrermos. Consequentemente,
agradeço por ter conhecido uma pessoa tão bacana, Daise, que
gerou, em mim, um sentimento intenso e que me faz companhia
por 50 anos: TEMPO FELIZ.
        Sofremos por quê? Quando esquecemos o que foi
desfrutado... esquecemos de compartilhar palavras e silêncios.
Sofremos pelos beijos não dados.
       Entretanto, na pluralidade de atitudes e reações, sofremos
quando não nos envolvemos em mil aventuras...
        Para mim o importante não foi viver por 50 anos ao
lado da mesma mulher... O importante foi o aprendizado do saber
ouvir e entender... Importante, também, foi não ter me
escondido atrás do argumento “eu sou assim mesmo". Um
importante ponto para a “longevidade do relacionamento” foi a
cumplicidade praticada e o respeito às individualidades inerentes
de cada um.
 * - Texto adaptado do artigo VIVER NÃO DÓI de autoria desconhecida.




                      "A dor é inevitável.

                   O sofrimento é opcional.

                    O resgate obrigatório.”



                                  45
ATO DE DE AGRADECIMENTO E
              LOUVOR

Daise agradece aos seus pais

               Felinto Correa e Irene Correa

Eu, também, o faço agradecendo aos meus

       Aldrovando Burity e Zelia de Azevedo Burity

Obrigado! Por terem possibilitado viéssemos cumprir o nosso
ciclo terrenal.

Agradecemos a Deus por nos manter unidos nas alegrias e nas
tristezas.

Agradecemos a todos os parentes - testemunhas do nosso caminhar.

Por último, mas não menos importante, agradecemos, também, a
Deus pela filha que nos deu e a quem dedicamos grande parte de
nossas vidas.




        A verdadeira felicidade está na própria casa,

                 entre as alegrias da família.
                                                   Léon Tolstoi



                               46
( Cabeças erguidas)


     RETRIBUIU

     Cinquenta anos
        semeados
       sem adubos
 regados ora com choro
        e alegrias.
       Desfrutados
  em doce caminhada...
Pontilhados de esperança,
          sonhos,
      paciência e fé.
   Cabeças erguidas.
      Caminhamos...
    na certeza de que
   a vida nada tomou
         retribuiu.




            47
Acredito que o atento leitor constatou que este livro, em
 síntese, é a resultante tentativa de enaltecer em versos
      uma caminhada de 50 anos de união conjugal.




                            48
Neste livro não há devaneios, minh’alma diz:

      São palavras que, em breves pensamentos,
vibram e dormitam nas águas serenas das recordações.
     Nestas águas o meu coração salta e se exulta
            nas doces e felizes lembranças.




                            49
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50 Anos de Amor e Compartilhamento

  • 1. 1
  • 2. Elvandro Burity M açons dEExpressões da almao Passado... Rio de Janeiro 2013 Edição virtual
  • 3. Capa elaborada pelo autor através de recursos disponibilizados no Corel . Ao fundo tela Águas Revoltas IV de Ticon -1990. Fotografias do álbum da família. Outra figuras obtidas por pesquisa na internet. Impresso RosaNorte Artes Gráficas Tel. 0 xx 21 3105-5471
  • 4. INTERPRETAÇÃO EX-LIBRIS EX-LIBRIS [Do lat. ex libris, ‘dos livros de’.] S. m. 2 n. 1. Fórmula que se inscreve nos livros, acompanhada do nome, das iniciais ou de outro sinal pessoal, para marcar possessão. 2. Pequena estampa, ger. alegórica, que contém ou não divisa, e vem sempre acompa- nhada do próprio termo ex libris e do nome do possuidor, a qual se cola na contracapa ou em folha preliminar do livro. INTERPRETAÇÃO: Âncora - emblema de uma esperança bem fundamentada e de uma vida bem empregada. Ampulheta - o tempo que voa e vida humana que se escoa, semelhante, ao cair da areia. Pensador - cada ser humano com sua individualidade física ou espiritual, portador de qualidades que se atribuem exclusivamente à espécie humana, quais sejam, a racionalidade, a consciência de si, a capacidade de agir conforme fins determinados e o discernimento de valores. Livro com os óculos - no passado, no presente ou no futuro nunca esteve só quem teve um bom livro para ler e boas idéias sobre as quais meditar. A expressão latina “PRIMUM VIVERE, DEINDE PHILOSOPHARI” - Primeiro viver, depois filosofar. Na certeza de que a vida é expansão... se quiser triunfar aplique- se à sua vocação... na grande escola da vida trabalhe com firmeza para ousar ter uma tranquila velhice.
  • 5. Do mesmo autor: - A Dinâmica dos Trabalhos - 1987 - FBN 41.637 - Loja Cayrú 100 Anos de Glórias - Revivendo o Passado... - FBN 277.471 - Ecos do Centenário - Caminhos do Ontem - Fatos e Reflexões... - Contos e Fatos - 30 Anos de Trabalhos à Perfeição (versão virtual) - Em Loja! (edição virtual) - Loja Cayrú 100 Anos de Glórias (2a. ed. versão virtual) - Ecos do Centenário (2a. ed. versão virtual) - Ao Orador de uma Loja (ediçao virtual) - Dito Feito (FBN 354.520) - Coletânea para um Mestre Maçom (edição virtual) - Companheiro Maçom (edição virtual) - O Desafio Versejar... Viajando pela Imaginação - FBN 359.618 - Ao Secretário de uma Loja... Alguns Procedimentos (edição virtual) - É Preciso Saber Viver... (1a. e 2a. edição virtual) - Só Poetrix (edição virtual) - Glossário Maçônico (edição virtual) - Cronologia Maçônica (edição virtual) - Gotas Poéticas - FBN 374.355 e edição virtual - Marujo? Sim... - FBN 377.251 e edição virtual - Uma Conversa Diferente (edição virtual) - Na Trilha do Social (edição virtual) - Mestre Instalado - Um Pequeno Ensaio (edição virtual) - O Príncipe dos Joralistas - Pequena Antologia de Carlos de Laet (edição virtual) - Maçons do Passado (edição virtual) - Pequeno Dicionário Prático Maçônico (edição virtual) - EU, poetificando... (edição independente - Bienal do Livro - RioCentro - RJ - 2009 e 2a. edição virtual) - Somente Aldravias (edição vitual) - Rien que des Aldravias - edição bilingue português/francês) - IBSN 9 782846 683425 (Salão do Livro de Paris - Março/2012)
  • 6. PEQUENA FAMÍLIA 1963 - 2013 as horas que há 50 anos me estimula e apoia, enfrentando com À minha mulher, companheira, cúmplice e amiga de todas nossas vidas. Pelas alegrias, sonhos acalentados, dias ânimo elevado, carinho e dedicação os momentos difíceis de compartilhados, pelos risos e lágrimas, nossos sucessos e até desapontamentos. importante, razão de minha vida, pelo incentivo. À minha filha, a segunda tarefa e a segunda, mais A todas as pessoas com as quais, nos últimos 50 anos, um dia, fizeram parte deste caminhar, obrigado pela indulgência. Obrigado aos “contrários”. Efetivamente, deles não mereci os desdéns ou a qualificação de que o meu casamento era uma “farsa”. Alguém dirá estranho gesto de gratidão. Com muita propriedade a “Balada de Louco”, de Arnaldo Baptista e Rita Lee, inerpretação de Ney Matogrosso, assim se encerra: “Mais louco é quem diz que não é feliz”. A desorientação social que marca a vida atual, pós- industrial, deriva da incapacidade de traçarmos as coordenadas de nosso presente e definirmos com lucidez o porto de atracação de nossa felicidade... Não posso perder a confiança em mim mesmo e na pessoa com que compartilho as Bodas de Ouro. Com muito axé. O autor 6
  • 7. Família! Família! Vive junto todo dia. Da direita para a esquerda: Elvandro, Daise e a nossa filha Elda. Família êh! Família ah! Família êh! Família ah! 7
  • 8. Daise e Elvandro Burity 12/01/1963 - 12/01/2013 Bodas de Ouro 8
  • 9. (ALEGRIA... que me anima) ALEGRIA São as luzes... São as chamas... que me dão calor E muito mais! Meus sonhos e quimeras... É preciso crer! É preciso crer! Nas confidências e juras Nestes versos porejam sentimentos... É preciso crer! Felicidade perene. ALEGRIA... que me anima. 9
  • 10. RETROSPECTIVA... Naqueles tempos existia o que chamado álbum de Nossas Nupcias, onde os noivos guardavam as fotografia do casamento. Para montar esta retrospectiva, recorremos à algumas fotografias, esmaecidas pelo tempo, mas que são prova incontestável do início de uma cinquntenária caminhada. |Troca de fotografias, início do namoro - 29.01.1961 O noivado - 09.04.1961 10
  • 11. O casamento - 12.01.1963 11
  • 12. Documento emitido logos após a celebração do casamento 12
  • 15. 15
  • 16. (lutando contra o tempo) TEMPO E ETERNIDADE Voltar o tempo impossível... Passa o tempo fugaz Gotejando tal uma torneira Parecendo areia de ampulheta Vai o tempo escoando... Não somos eternidade... Não há como as horas enganar... Ah! Se eu pudesse No tempo voltar... Pro futuro daria um prazo... Lutando contra o tempo... Viveria do passado... Sem lamentos... Dele sinto saudade. Mas quem não sente o tempo... passar... voar... 16
  • 17. (no vazio das calçadas) LEMBRANÇAS... No asfalto cintilam gotas de noturno pranto e na delgada rua me faço presente. No vazio das calçadas meus passos perambulam. Nas sombras daquele chão o que encontro? A nossa amizade e magistrais lembranças... 17
  • 18. (o meu caminho) PROSSIGO SINGRANDO... Qual gaivota coroando o espaço... Entre encontros e desencontros, alegrias e tristezas... Contigo Daise prossigo singrando... o meu csminho... 18
  • 19. (palavras mutiladas) DELÍRIO DE SONHOS... Nos meus sonhos Nada me pertence... Nada nítido... Viajando em sonhos Com palavras mutiladas Entre lágrimas e suores me inundo... Deixando voar minha imaginação Tudo passa... A dor transpassa... 19
  • 20. (desejos) ETERNO NAMORADO Tal sol se indo... se pondo... Meus desejos nascem explodindo... Desejos carnais ao vento se exaurindo... Sou teu eterno namorado. Não sou um companheiro frustado... 20
  • 21. (cinquentenário relacionamento) AMOR... Quero alcançá-la... Num abraço bem forte apertá-la em meus braços... Quero que tudo desapareça... Que somente nós dois existamos. Nossos lábios se tocando... E eu, demais, te querendo... Tudo isto realidades de um cinquentenário relacionamento. 21
  • 22. (o amanhã) QUESTÃO DE TEMPO... Só me sinto inteiro Se me divido em amor... Sou este caos... Fantasma de rebeldia... Sou sombra Sou espanto... Não tenho mais pressa... Agora conto o tempo. Conto as rugas... O amanhã Tudo é uma questão de tempo. 22
  • 23. (meus passos) MEUS PASSOS Sei que não te esqueço Muita vezes não faço o teu jogo Um lugar, um sorriso, um aceno... Retraço os meus passos. Não me canso de fazê-lo. 23
  • 24. (inquietude) DOCE AMOR Teu sorriso invade minh’alma Teu olhar refresca e acalma... Fico cheio de ansiedades... Ainda vivo a magia do encanto. Vivo o encanto de sedutores abraços. De tua companhia me alimento. Nesta inquietude Pensando bem, não tenho dúvidas. Tudo que vem de ti é preciso. Nestes versos vale o improviso Pois nesta história de 50 anos do teu não querer, também, me alimento: Meu doce amor. 24
  • 25. (terra quente a palpitar) NESTA VIDA Nesta vida Tudo passa... Os sonhos Estes passam mais depressa. Nesta vida Por caminhos tortuosos Colhemos algumas flores. Assim a vida foi passando... Nesta vida Momentos felizes ou tristes Eis o tempo gerando a vida... Nesta vida No céu da noite estrelas No mar espuma branca Em terra cigarras. Pela manhã abro a janela Um raio de sol me incandesce Terra quente a palpitar... Nesta vida: quanta luz... quanta beleza... 25
  • 26. (soturno conheiro) O TEMPO QUE VOA... O tempo passa depressa... Oh! Tempo surdo-mudo Tudo surpresa... Como as pessoas esquecem. Oh! Tempo soturno cocheiro Deste carro fúnebre. Oh! Tempo Passa logo... Passa depressa... Espera! Eu não notei! Oh! Tempo que voa sem volta cinquenta anos se passaram... 26
  • 27. (é bom demais) O TEMPO PASSA... O tempo passa e tudo leva... O meu coração Bate... Bate... É bom demais... A doçura de tua voz Tua imagem em meus olhos O cheiro de tua macia pele. 27
  • 28. (voltamos a “amar”) POR QUE NÃO Tudo não parece acabado A saudade é um legado. No amanhã... Um abraço. Um sorriso. Como se fosse a primeira vez voltamos a “amar”. 28
  • 29. (poeira que o vento leva) NO AR SE ESVAI... As horas se esvaem rotineiras... implacáveis... Tudo poeira que o vento leva que no ar se esvai. 29
  • 30. (reviver em versos) ESCREVENDO UMA HISTÓRIA Como sonho surgiste... Fui atrás... Em tua “malha” cai. Estranho! Parece algo de louco. Coisa do destino? Não sei. Acredite! Esta história reescrevo... Para em versos... reviver... 30
  • 31. (a vida continua) GELO NO CORAÇÃO Perdoemos a mão que nos prende Há tropeços pelo caminho. A rosa se defende com espinhos. A vida continua... Quando ouço o sussurrar do vento Vejo o reluzir no firmamento. Testemunho o purpurino manto da aurora Momentos que sinto minha alma alar. Oh! Natureza! Extasiado... divagando ... Inspirado... componho versos. Num misto de prazeres ou lembranças a vida continua. Melhor poesia na cabeça que gelo no coração. 31
  • 32. (no tempo voltaria...) SE EU FOSSE VENTO Que todos vivam o que vivo agora... No meu peito contáveis recordações.... Neste turbilhão fico quieto Se eu fosse vento Ah! Se eu fosse vento no tempo voltaria... 32
  • 33. (versos cheios de amor e fantasias) MEU CORAÇÃO Não faço versos com rima São feitos de sonhos e sentimentos. Meu coração em ritmo vintaneiro Pulsa cordas de emoções... Para suavizar tais momentos... Faço versos cheios de amor e fantasias. Meu coração parece que bebeu se embriaga pensando em você. 33
  • 34. (o tempo não apaga ) O TEMPO NÃO APAGA... Meu corpo ginga desejos Meus lábios queimam fortes ardências Um amor polivalente Meu corpo ginga desejos. Meus olhos luzem vontades e prazeres ... Doces lembranças... que o tempo não apaga... 34
  • 35. (relato fatos) POR QUE ESCREVO Escrevo aquilo que sinto sem esvaziar opiniões Assim escrevendo Extravaso insatisfações Escrevo da nobreza e da pobreza Relato fatos Escrevo aquilo que sinto. Mesmo reconhecendo as minhas limitações Com furor... E ingênuo ímpeto... Explorando hábitos e costumes humanistas Escrevo crônicas, prosas e poesias. Sem galvanizar façanhas Mesmo sem especular lendas É gratificante escrever... Por que escrevo Escrevo em nome da beleza Do amor e da desinteressada amizade... Que são eternos. 35
  • 36. (alma sofrida) BOLAS DE SABÃO Aflição... Solidão... Silêncio... Alma sofrida. Face triste Um vazio sangra minh’alma Quimeras... São apenas bolas de sabão. 36
  • 37. (contorno de um rosto) SAUDOSAS LÁGRIMAS A alegria desperta a memória mastiga lembranças. Teus olhos escuros no contorno do teu rosto rolam saudosas lágrimas. 37
  • 38. (a noite é mestra) EXPLICAÇÕES E RESPOSTAS Com os olhos no horizonte Vejo o dia agonizar... o sol se despedir... Contigo nada me intristece... A noite é mestra em remarcar no peito as alegrias... As tristezas... Para apagá-las na meditação deixo-me devanear... 38
  • 39. 39
  • 40. ALDRAVIA Aldravia é uma composição poética MINIMALISTA. Não é um empilhamento de palavras Resumidamente: Conta com 6 versos e 6 palavras. Somente uma palavra em cada verso. Minimalismo. Deixa uma ideia clara e ao mesmo tempo subliminar. Uso de metonímia e sinédoque Uso de metáforas. Doce Desejo Querer Ardente Cegos Sentimentos Morena Faceira Corres Esbelta Esguia Charmosa 40
  • 41. Amor Presença Carinho Sorriso Me Abraça Astros IIuminam Belos Momentos Da Vida Olhares Se Cruzaram Nossas Amas Se Reconheceram 41
  • 42. POETRIX O que é poetrix? Poema contemporâneo criado pelo poeta baiano Goulart Gomes, no final da década de 90. Constituído com no máximo 30 (trinta) sílabas métricas distribuídas em 03 (três) versos (terceto). O potrix é dissidente dos haikais, de origem japonesa. Diferentemente do haikai, exigível um título, que não entra na contagem silábica e pode dar complementariedade ao texto. O poetrix é uma forma brasileira de compor tercetos. BRUXO No silêncio Entre o belo e o luxo um sofrido bruxo HISTÓRIA Sonhos e vitórias Fracassos e glórias Compõem minha história O AMOR ENCANTA Na vida o ideal fascina O amor encanta O agora já não seduz
  • 43. ALMA MENDIGA... Em minh’alma Meus versos são cantigas De amor, de paz e acalento NO JOGO DA VIDA No jogo da vida Algumas apostas Ah! Não posso revelar BUSCA... Passarinho conquista o espaço Eu busco o teu carinho Para eternamente te amar FUNDO DO BAÚ Lá no fundo do baú no meu coração guardado, está guardado o nome de minha amada
  • 44. Gastamos, apenas, alguns minutos para casar. Esperamos meio século para comemorarmos BODAS DE OURO Daise e Elvandro 12/1/1963 - 12/1/2013 44
  • 45. AMAR NÃO DÓI (*) Por que sofremos tanto por amor? O certo é, por amor, não sofrermos. Consequentemente, agradeço por ter conhecido uma pessoa tão bacana, Daise, que gerou, em mim, um sentimento intenso e que me faz companhia por 50 anos: TEMPO FELIZ. Sofremos por quê? Quando esquecemos o que foi desfrutado... esquecemos de compartilhar palavras e silêncios. Sofremos pelos beijos não dados. Entretanto, na pluralidade de atitudes e reações, sofremos quando não nos envolvemos em mil aventuras... Para mim o importante não foi viver por 50 anos ao lado da mesma mulher... O importante foi o aprendizado do saber ouvir e entender... Importante, também, foi não ter me escondido atrás do argumento “eu sou assim mesmo". Um importante ponto para a “longevidade do relacionamento” foi a cumplicidade praticada e o respeito às individualidades inerentes de cada um. * - Texto adaptado do artigo VIVER NÃO DÓI de autoria desconhecida. "A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. O resgate obrigatório.” 45
  • 46. ATO DE DE AGRADECIMENTO E LOUVOR Daise agradece aos seus pais Felinto Correa e Irene Correa Eu, também, o faço agradecendo aos meus Aldrovando Burity e Zelia de Azevedo Burity Obrigado! Por terem possibilitado viéssemos cumprir o nosso ciclo terrenal. Agradecemos a Deus por nos manter unidos nas alegrias e nas tristezas. Agradecemos a todos os parentes - testemunhas do nosso caminhar. Por último, mas não menos importante, agradecemos, também, a Deus pela filha que nos deu e a quem dedicamos grande parte de nossas vidas. A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família. Léon Tolstoi 46
  • 47. ( Cabeças erguidas) RETRIBUIU Cinquenta anos semeados sem adubos regados ora com choro e alegrias. Desfrutados em doce caminhada... Pontilhados de esperança, sonhos, paciência e fé. Cabeças erguidas. Caminhamos... na certeza de que a vida nada tomou retribuiu. 47
  • 48. Acredito que o atento leitor constatou que este livro, em síntese, é a resultante tentativa de enaltecer em versos uma caminhada de 50 anos de união conjugal. 48
  • 49. Neste livro não há devaneios, minh’alma diz: São palavras que, em breves pensamentos, vibram e dormitam nas águas serenas das recordações. Nestas águas o meu coração salta e se exulta nas doces e felizes lembranças. 49
  • 50. 50